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25 agosto 2014

Curso de Contabilidade Básica: Sem fins lucrativos

Quando olhamos as demonstrações contábeis de uma entidade sem fins lucrativos, nossa atenção é diferente daquela que usamos numa empresa. Neste tipo de entidade temos que observar se a entidade tem possibilidade de continuar sobrevivendo para cumprir sua missão. E se os recursos estão sendo geridos de maneira adequada.

Vamos observar as informações contábeis da Federação Mineirade Futebol. O balanço mostra que seu ativo é composto principalmente de caixa e equivalentes (2,2 milhões no final de 2013), contas a receber (1,4 milhão) e imobilizado (803 mil reais). No passivo, um grande volume de valores a pagar (1,7 milhão) e “provisão para passivos contingentes”, com 35,8 milhões.

Esta provisão é importante pois diante de um ativo de 5,1 milhões, este passivo é sete vezes maior que o ativo. Em virtude disto, a federação possui um patrimônio social negativo de 33,3 milhões de reais. Diante disto, é necessário verificar o que diz a nota 11, destacada no balanço:



Da provisão, quase 30 milhões tem sua origem no “processo judicial INSS”. Ou seja, a federação está dando calote na previdência social. E isto não é de hoje; pelos valores, a federação faz tempo que não paga a obrigação patronal. Também existem dívidas com o fisco.

Qual a chance da dívida ser paga nos próximos anos? Provavelmente pouca. Veja o leitor a demonstração do resultado. Em 2013 a federação teve uma receita de 13 milhões e o superávit foi de 117 mil reais. Se a entidade não tivesse nenhuma despesa nos próximos anos, ainda sim levaria quase três anos para pagar esta dívida (para obter este valor basta dividir 35 milhões por 13 milhões). Considerando somente o superávit seriam 305 anos. E se utilizar o caixa gerado nas operações (divulgado no link acima) levaria 20 anos.


(Para complementar a análise recomendamos a leitura do texto “Há 11 anos, Federação Mineira paga contas e salárioscom dinheiro vivo” mostrando a situação caótica da entidade. 

Mestres das Finanças: Entrevista com Gene Fama

Auditoria Interna

O Institute of Internal Auditors (IIA) anunciou em agosto propostas de mudanças no International Professional Practices Framework. Pelo texto, a auditoria interna se esforça para “to enhance and protect organizational value by providing stakeholders with risk-based, objective and reliable assurance, advice and insight.”

Além disto, a proposta apresentou 12 princípios para a auditoria interna (a seguir). A perspectiva é que a alteração esteja disponível em 2016. A versão em português estará disponível no dia 1o. de setembro.

Pedalada

Nos últimos meses estão aparecendo maneiras criativas de tentar melhorar as contas públicas. Agora um novo termo: pedaladas. Ou atrasar o pagamento das contas. Veja o seguinte texto:

O Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu ontem uma investigação do órgão no Banco Central e Tesouro Nacional para apurar as chamadas "pedaladas fiscais" nos repasses do governo aos bancos responsáveis pelos pagamentos de benefícios sociais e previdenciários.

As "pedaladas" são os atrasos do Tesouro na transferência de recursos aos bancos, que, por lei ou contrato, continuam pagando em dia os beneficiários. O Ministério Público vê possível "maquiagem" no cálculo das contas públicas federais.

(...) Ao atrasar os repasses, o Tesouro estaria elevando o endividamento público e, com isso, o Banco Central, que apura o resultado fiscal, poderia inserir na conta esses descompassos no sistema.

(...) Antecipação de receita. O procurador também apontou que as "pedaladas" podem ser enquadradas como "antecipação de receitas orçamentárias", o que, segundo o artigo 38 da LRF, é "proibido no último ano de mandato do presidente, governador ou prefeito municipal".

(...) Na representação, o Ministério Público junto ao TCU aponta as razões do Tesouro para efetuar as "pedaladas" nas contas fiscais. "Ao que parece, o objetivo de colocar em prática referido procedimento seria melhorar o resultado primário do governo federal, tornando-o mais superavitário ou menos deficitário", escreve o procurador do MP .(...)


Um novo estudo que descobriu que os leitores usando um Kindle eram "significativamente" piores do que leitores de livros de papel para recordar os eventos ocorreram em uma história de mistério faz parte da nova e importante pesquisa em toda a Europa que olha o impacto da digitalização sobre a experiência de leitura.

O estudo, apresentado na Itália em uma conferência no mês passado e previsto para ser publicado como um artigo, deu a 50 leitores a mesma história de Elizabeth George para ler. Metade leram a história de 28 páginas em um Kindle e metade em um livro de bolso, com os leitores, em seguida, sendo testados em aspectos da história, incluindo objetos, personagens e cenários.


Guardian, via aqui

Listas: 10 melhores bilheterias do cinema de 2014

A figura mostra as melhores bilheterias até o momento de 2014 no cinema. A maior bilheteria é também aquele filme com a pior nota do ImdB. Transformers também foi o filme com melhor bilheteria no exterior. O filme mais doméstico (maior bilheteria dos Estados Unidos) foi também o décimo da lista, mas o baixo orçamento compensou a receita menor. O filme mais bem avaliado no ImdB, Guardiães da Galáxia, teve baixa bilheteria internacional.

24 agosto 2014

Rir é o melhor remédio

Há muitos anos, um contador comprou um cavalo de um fazendeiro por 200 moedas. O fazendeiro concordou em entregar o cavalo no dia seguinte. Quando o contador foi buscar o cavalo, o fazendo disse que o cavalo tinha morrido.

- Então você devolve meu dinheiro, disse o contador.
- Não posso, já gastei.
- Preciso recuperar meu dinheiro. Vamos fazer o seguinte. Não diga para ninguém que o cavalo morreu. Eu irei rifá-lo, disse o contador
- Você está louco. Ninguém irá comprar esta rifa.
- Apenas não diga para ninguém que o cavalo não morreu.

Semanas depois o fazendeiro encontrou o contador e pergunta sobre a rifa

- Foi ótima. Vendi 500 bilhetes a duas moedas cada e tive um lucro de 800 moedas.
- Ninguém reclamou?

- Somente a pessoa que ganho. Então eu dei as suas duas moedas de volta.

Justiça obriga BNDES a publicar informações sobre seus empréstimos


Justiça obriga BNDES a dar detalhes de seus empréstimos à população

Banco se negava a fornecer informações sobre crédito, inclusive, ao Ministério Público; segundo juíza, sigilo bancário não se aplica quando se trata de dinheiro público

Veja.com, 21/08/2014


Prédio do BNDES no Rio de Janeiro (Vanderlei Almeida/AFP/VEJA)

Segundo juíza, sigilos bancário e empresarial não se aplicam quando se trata de dinheiro público
A Justiça Federal do Distrito Federal condenou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a tornar públicas todas as informações sobre empréstimos concedidos a empresas públicas ou privadas nos últimos dez anos — e de hoje em diante. O BNDES alega sigilo bancário como argumento para não fornecer informações sobre os empréstimos. Contudo, a juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara, concluiu que o sigilo não deve ser cumprido quando se trata de dinheiro público.
Entre as informações que deverão ser públicas nos termos da Lei de Acesso à Informação estão os valores emprestados, os prazos do investimento, o grau de risco, as taxas de juros, os valores de aquisição de ações, a forma de captação do recurso utilizado, as garantias exigidas, os critérios ou justificativas de indeferimento de eventuais pedidos de apoio financeiro e a compatibilidade do apoio concedido com as linhas de investimento do Banco.

A sentença também condena o BNDES a repassar ao Ministério Público Federal as informações requisitadas sobre as atividades realizadas pela instituição ou suas sua subsidiária – a BNDESPAR, algo que não ocorria até então. A multa de descumprimento da sentença é de 50 mil reais por dia.

A decisão foi tomada após análise da ação civil pública que questionava o banco por sua atuação na tentativa de fusão entre o Carrefour e o Pão de Açúcar, operação na qual o BNDES investiria 4,5 bilhões de reais. O banco tem utilizado, ao longo da década, dinheiro público emprestado a juros subsidiados para financiar grupos privados sem qualquer função de desenvolvimento social. Questionado pelo MP à época, o banco se negou a passar informações sobre o negócio. Em julho, a instituição autorizou 2,7 bilhões de reais para a B2W, empresa de e-commerce dona de Lojas Americanas e Submarino. O banco também financiou a construção do porto de Mariel, em Cuba, sem informar o exato destino dos recursos.

Excesso de otimismo

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu processar o empresário Eike Batista e sete executivos da petroleira OGX pela divulgação de boletins exageradamente otimistas e omissos sobre a real situação dos reservatórios da empresa, podendo "induzir o mercado a erro". De acordo com a investigação, dois executivos –Paulo Mendonça e Marcelo Faber Torres, respectivamente ex-presidente e ex-diretor de relações com investidores– são suspeitos ainda de, com a divulgação dos comunicados ao mercado (os chamados fatos relevantes), terem manipulado preços e, na sequência, vendido ações. Segundo o processo da CVM, ao qual a Folha teve acesso, o relatório da investigação foi encaminhado ao Ministério Público Federal por trazer indício de crime de manipulação de mercado.

Folha de S Paulo

23 agosto 2014

Rir é o melhor remédio

Trabalho mal feito:




Teste da Semana

Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia sobre a contabilidade:

1 – Este famoso empresário prestou depoimento à Justiça Federal esta semana:
Abílio Diniz
Eike Batista
Sílvio Santos

2 – O parecer sem ressalva da Oi foi da seguinte empresa de auditoria
Deloitte
EY
KPMG

3 – Por ser um país onde é possível cometer suicídio de maneira assistida, este país está recebendo cada vez mais “visitantes”:
Alemanha
Reino Unido
Suíça

4- No jogo Botafogo e Fluminense, da renda de mais de R$2,2 milhões restaram para o mandante um pouco mais de
R$500 mil
R$1 milhão
R$100 mil

5 – Esta organização conseguiu 400 mil associados
AICPA
CFC
Ibracon

6 – Segundo o presidente da CVM, o julgamento de Eike e outros executivos do Grupo X acontecerão em
2015
2016
2017

7 – A PwC foi multada em 25 milhões
Pela Comunidade Europeia
Pelo estado de Nova Iorque
Pelo governo da França

8 – Uma pesquisa mostrou que 2,52% do faturamento dos supermercados brasileiros representam
Gastos com publicidade
Perdas
Valor do aluguel de gondolas

9 – A famosa refinaria de Pasadena registrou um lucro no semestre de
1,3 milhão de dólar
13 milhões de dólares
130 milhões de dólares

10 – Este órgão internacional está ajudando o governo brasileiro a fechar as contas este ano:
Comitê da Basileia
IFAC
IFRS

Respostas: (1) Sílvio Santos; (2) KPMG; (3) Suíça; (4) R$500 mil; (5) AICPA; (6) 2015; (7) estado de Nova Iorque; (8) perdas; (9) 130 (10) Comitê da Basileia

Se acertou 9 ou 10 = bom leitor e boa memória; 7 ou 8 = sem muita preocupação com o que acontece de importante no mundo contábil; 6 ou 5 = sorte ou azar?

Fato da Semana

Fato: Parecer com ressalva da empresa Oi.

Qual a relevância disto? O parecer com ressalva é uma exceção na contabilidade. Quando este parecer diz respeito a uma das maiores empresas brasileiras, mesmo que seja de demonstrações trimestrais, o assunto é relevante. A empresa de auditoria KPMG, diante dos problemas decorrentes do Banco do Espirito Santo e seus reflexos sobre a Portugal Telecom, decidiu ser conservadora. Em decorrência disto, a CVM abriu processo administrativo para fazer uma investigação. Excesso de cautela? Talvez o tempo tenha a resposta.

Positivo ou Negativo?  De neutro a positivo. Se a cautela da KPMG mostrar certeira, é bom para a profissão que antecipou ao problema. Caso a reação tenha sido exagerada, a questão será neutra. Em termos mais abrangente, a decisão pode ser interessante por mostrar que os auditores não estão recebendo seu dinheiro para dizer “amém”.


Desdobramentos: Talvez em alguns meses saberemos melhor os efeitos da operação da Oi. 

Fantástico: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + ... = -1/12



What do we get if we sum all the natural numbers? This was the question we asked in our recent Numberphile video. The answer we gave was, to the surprise of many I'm sure, 1/12. It's by no means obvious, but this is the only sensible value one can attach to this divergent sum. Infinity is not a sensible value. In my opinion, as a physicist, infinity has no place in physical observables, and therefore no place in Nature. David Hilbert, one of the founding fathers of quantum mechanics, described infinity as "a mathematical abstraction that does not have a physical content". I think most physicists would firmly agree with this sentiment. The trouble is that divergent sums like the one we discuss in the video do appear in calculations of physical observables, such as the Casimir energy, or in the dimensionality of the Universe in bosonic string theory. Therefore, only a very brave individual would dream of attaching the value infinity to sums like this. Minus a twelfth is far less crazy a value when you start talking about Physics.

Fonte: aqui

Listas: Os melhores filmes

Os melhores filmes de 2013
1. O Ato de Matar
2. Gravidade
3. Azul é a cor mais quente
4. A grande beleza
5. Frances Ha
6. Um Toque de Pecado
7. Upstream Colour
8. The Selfish Giant
9. Um estranho no lago

Fonte: Aqui

Os melhores filmes de todos os tempos

1. Um Corpo que Cai (foto)
2. Cidadão Kane
3. Era uma vez em Tóquio
4. A regra do jogo
5. Aurora
6. 2001
7. Rastros de Ódio
8. Um homem com uma cÂmera
9. O Martirio de Joana D´Arc
10. 8 ½

Fonte: Aqui

Quantos filmes você já assistiu?

22 agosto 2014

Rir é o melhor remédio

Trabalho mal feito:




Curso de Contabilidade Básica: Parecer com Ressalva

O parecer dos auditores é uma peça importante nas demonstrações contábeis. Na maioria dos casos este parecer não possui ressalvas. Em outras palavras, é um parecer “limpo”. Isto ocorre por três motivos. Em primeiro lugar, o processo de auditoria não é uma guerra entre o auditor e a empresa. Pelo contrário, na maioria dos casos existe muito dialogo entre as partes. Quando o auditor não concorda com um procedimento contábil ou tem alguma dúvida, ele geralmente procura a empresa para conversar. Expõe o problema e sugere correções. Como existe um interesse na empresa em divulgar as demonstrações contábeis sem ressalvas, as recomendações do auditor podem ser acatadas.

Em segundo lugar, temos que acreditar que as empresas e as pessoas são honestas e competentes por princípio. Assim, os erros e as manipulações na contabilidade são exceções. Talvez você seja incrédulo e não acredite muito nisto. Mas isto ajuda a explicar parte dos pareceres sem ressalva.

Finalmente, o processo de auditoria pode ser por diversos motivos falho. O auditor não encontrou o problema por usar uma amostra enviesada, ter outros interesses na auditoria, não ter competência etc.

Exatamente por ser uma exceção, o parecer com ressalva costuma chamar a atenção. Isto não significa que a empresa deva ser “execrada”; pelo contrário, muitas vezes a ressalva pode ser injusta, ou não ser expressiva para as conclusões que tomamos a partir das informações contábeis. Mas é um alerta. Uma ressalva é como um produto que causa mal para a saúde e existe um aviso no rótulo: “faz mal para saúde; é por sua conta e risco”.


Contabilidade e Software

Eis uma reportagem estranha (Contabilidade vai para o software, Valor Econômico, 21 de agosto de 2014, Tatiane Bortolozi)

Para contornar a burocracia, a contabilidade das empresas está migrando para o software.
Tive que ler duas vezes. Há uma mistura de assuntos aqui. Na frase se afirma que a contabilidade das empresas é burocrática (no decorrer do texto parece indicar que não é bem isto), que a solução é “software” e que isto está ocorrendo agora. Historicamente a contabilidade sempre esteve associado a automação (ou seja, software, que é um pedaço deste processo; mas iremos perceber a razão do uso deste termo aqui mais adiante). Processo não é de agora.

A facilidade de comunicação contribui para melhorar a eficiência do trabalho de um mercado com mais de 500 mil profissionais no país, de nível superior e técnico, segundo o Conselho Federal de Contabilidade.
Novamente confuso. Qual a relação com o parágrafo anterior? Nenhuma, apesar de serem frases do mesmo parágrafo. Aqui se afirma que a melhor comunicação melhora a eficiência do trabalho do profissional de contabilidade.

A burocracia dos processos contábeis é um grande problema, mas cria um amplo mercado potencial, diz Antoine Colaco, sócio da Valor Capital Group, fundo de venture capital com sede em Nova York que investe em empresas iniciantes brasileiras.
Continuo achando confuso. O processo contábil não é burocrático, mas o ambiente legal. O processo contábil está baseado no evento, registro pelo método das partidas dobradas e encerramento de resultado.

“O grande negócio é olhar quanto tempo os contadores ganham e a economia que isso gera. Com a comunicação mais fácil, as companhias poderão poupar muito tempo.”
Insistem na comunicação mais fácil. E que isto irá reduzir o tempo na atividade contábil.

As empresas brasileiras perdem 108 dias por ano com burocracia e impostos, segundo pesquisa divulgada pelo Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo (Sescon-SP) em julho.
Aqui o tema muda novamente. Fala-se do tempo com a papelada, ou a burocracia da empresa (não dos processos contábeis)

“Um dos motivos para a alta mortalidade das novas empresas no Brasil é a falta de controle de fluxo de caixa”, diz Anderson Thees, sócio-fundador da Redpoint e.ventures, empresa com US$ 130 milhões em investimentos em empresas de tecnologia.
Outra mudança de rumo. Agora é sobre a mortalidade das empresas e o fluxo de caixa.

“Sem a ajuda de um software ou de ferramentas de tecnologia, o acesso a informações de clientes pode demorar semanas, senão meses”, diz Frederico Fernandes, sócio da L.A. Contab, um escritório de contabilidade no Rio de Janeiro com 48 funcionários. “Algumas vezes, o cliente não consegue entender quais informações deve disponibilizar; em outras, o contador tem dificuldade ao explicar quais documentos são necessários.”
Acredito que este problema sempre existirá. É um problema de comunicação. A presença de software e tecnologia não resolve isto.

A Redpoint e a Valor Capital Group são fundos de investimento em participação focados em empresas iniciantes (startups) com um relevante potencial de crescimento futuro. Juntos, apoiaram a startup Nibo, que lançou há uma semana uma plataforma de informações integradas de fluxo de caixa para ser acessada por contadores e pequenas e médias empresas. O software, que dá nome à companhia, permite a unificação dos formatos de arquivos contábeis e seu compartilhamento entre as duas partes.
Agora eu entendi o texto. O objetivo é informa que o Nibo resolve seus problemas. Mas é jornalismo? Volte para as primeiras frases do texto e compreenderá a razão. Para finalizar:

O Nibo estima aumentar com a nova plataforma a eficiência dos processos de contabilidade para empresas em, ao menos, dez vezes, diz o fundador e presidente Gabriel Gaspar. “Quando o produto alcança o contador, ele tem o interesse de expandir para outros clientes”, afirma Gaspar, que espera passar dos atuais 50 mil para 300 mil clientes até o fim do ano.

SS e o Pan

O empresário Silvio Santos, dono do SBT, minimizou a participação de alguns dos principais executivos na fraude contábil do Banco PanAmericano, durante seu primeiro depoimento à Justiça Federal sobre o caso, na terça-feira (19). De acordo com relatos de advogados que estiveram presentes, o empresário disse que o ex-presidente do PanAmericano Rafael Palladino não parecia ser o "autor intelectual" da fraude contábil, que ocasionou um rombo de R$ 4,3 bilhões. Segundo os mesmos relatos, ele disse ao juiz Marcelo Cavali, titular da 6ª Vara Criminal, que o executivo mais capacitado para elaborar manobras era Wilson de Aro, ex-diretor financeiro

Fonte: Aqui

Listas: Os livros mais vendidos

Livros mais vendidos

1. De volta ao Mosteiro
2. O monge e o Executivo
3. Sonho Grande
4. Pai Rico, Pai Pobre
5. O Livro dos Negócios
6. O Poder do Hábito
7. A Arte da Guerra
8. Os segredos da mente milionária
9. Casais Inteligentes enriquecem jungos
10. A Arte de Fazer acontecer

Fonte: Valor Econômico, 19 de agosto de 2014.

21 agosto 2014

Rir é o melhor remédio

Trabalho mal feito:



Curso de Contabilidade Básica: Receita recorrente

Uma empresa está sujeita a eventos que são razoavelmente comuns e, por consequência, fáceis de serem previstos. Mas existem eventos que não ocorrem todo o ano. Considere o caso da receita: a receita de ocorre todo ano recebe a denominação de receita recorrente. O nome não é muito simpático, mas quer dizer que aquela receita provavelmente irá ocorrer nos próximos períodos. Existe outro tipo de receita, que não se espera que sua ocorrência irá ocorrer novamente nos próximos períodos; este tipo de receita é denominado de receita não recorrente.

Quando observamos uma demonstração do resultado de uma entidade pode ser útil saber qual parcela da receita que é não recorrente. Sabendo isto, podemos avaliar o impacto desta receita sobre o resultado da entidade.

Considere o caso do São Paulo FC que apresentou no seu balanço de 2013 e 2012 os seguintes valores:


A receita do clube aumentou de 283 milhões de reais para 363 milhões. Este aumento ocorreu principalmente na área de negócios “futebol profissional e de base”, onde a receita chegou a 306 milhões. É fácil verificar que apesar da redução dos direitos de transmissão (de 112 para 72 milhões), o valor da negociação de atletas aumentou em mais de 100 milhões de reais.

Então, a pergunta importante é saber se estamos diante de uma receita recorrente ou não recorrente. É preciso entender o que provocou este aumento na receita. Para aquele que acompanha o futebol, a resposta parece fácil. Mas para quem interessante distante neste assunto, a sugestão é olhar todas as informações e tentar descobrir uma “pista” do que ocorreu. Veja o que descobrimos numa das notas explicativas:

Este é o valor das transações que ocorreram em 2013. Fica muito claro que a maioria dos montantes decorre da negociação do atleta “Lucas Moura” (aquele que fazia propaganda da Volkswagen) e Casimiro. Então, estas receitas são recorrentes ou não recorrentes?

Parecer com ressalva na Oi

O relatório de revisão das informações trimestrais da Oi, referente ao segundo trimestre deste ano, foi emitido com ressalva pela KPMG Auditores Independentes. Os motivos são incertezas geradas com o acordo fechado entre a Oi e a Portugal Telecom (PT), em julho, após um calote tomado pela tele portuguesa, com a qual a Oi está em processo de fusão.

Os novos termos da fusão entre as companhias ainda precisam ser aprovados pelos acionistas da PT, em assembleia marcada para o dia 8 de setembro, e também dependem do aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)e do conselho de administração da empresa. "Em caso de não aprovação até 31 de março de 2015, nenhuma das companhias terá a obrigação de consumar a permuta nos termos previstos nos contratos", diz o relatório.

Após o posicionamento da KPMG, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para analisar o formulário da tele, o que é um procedimento padrão em situações como essa. No site da autarquia, é possível verificar que o processo 2014/8166 foi aberto no último dia 7 para análise do formulário de Informações Trimestrais (ITR).

A PT fez um investimento de 897 milhões em títulos comerciais da Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES), mas não recebeu o pagamento da empresa, que enfrenta dificuldades financeiras.

A Oi alegou não ter sido informada sobre a transação. Com o objetivo de manter a fusão, foi acertado que a PT receberá os títulos podres - que tinham passado para a Oi em meio à união dos negócios - e entregará ações da Oi no valor equivalente. Com isso, o calote ficará isolado na PT.

"Em virtude das incertezas quanto aos consequentes efeitos nas informações contábeis intermediárias da companhia, não nos foi possível concluir quanto aos consequentes impactos nos montantes resultantes da combinação de negócios", diz o documento.
Procurada, a Oi não comentou. Fonte que acompanha a operação afirmou, no entanto, que a empresa avalia que a ressalva é "transitória" e deve ser equacionada até a divulgação do próximo balanço, diante da possibilidade de aprovação dos novos termos do acordo na assembleia da PT.

Relatório de revisão. Esse tipo de documento é elaborado por auditores independentes, após análise das demonstrações financeiras trimestrais apresentadas pela empresa. Trata-se de um procedimento para verificar se a companhia seguiu as práticas contábeis adotadas no País, mas não tem a classificação de auditoria - que é mais complexa e é realizada uma vez por ano, com os dados consolidados do período.

Há três tipos de ressalvas, sendo a que foi emitida nesse caso da Oi a mais comum. A conclusão é de que, exceto pelo que foi destacado na ressalva, as demonstrações financeiras estão de acordo com as normas brasileiras e internacionais.

Outros dois tipos, considerados mais graves, são aqueles em que o auditor declara que a demonstração financeira está incorreta e, no outro, em que informa não poder opinar porque os problemas relatados não o permitem formar uma opinião.

O advogado Raphael Martins, sócio do escritório Faoro & Fucci e especialista em direito societário, diz que uma ressalva sobre demonstrações financeiras é algo muito sério. 'Significa que uma parte da demonstração financeira não pôde ser adequadamente mensurada pela auditoria externa", afirmou.


Fonte: Estado de S Paulo

Turismo do suícidio

A Suíça é o único país que permite o suicídio assistido. Com isto, é grande o número de pessoas que estão viajando para aquele país, a maioria da Alemanha e Reino Unido. (Fonte: aqui e aqui)

Premiação e Infância

Este gráfico é bastante interessante (via aqui). Uma pesquisa questionou se as pessoas achavam se numa competição esportiva, somente os vencedores deveriam receber troféus ou todos os que participaram? Da amostra, 57% afirmaram que somente os vencedores. Mas foi observado uma grande diferença conforme a característica do respondente. Os homens foram mais propensos a apoiar os vencedores (62% versus 52% das mulheres), confirmando pesquisas anteriores que mostram que os homens são mais competitivos. Escolaridade, raça e renda também influenciaram na resposta. O gráfico mostra que quanto maior a renda, maior a propensão a ser favorável a premiação dos vencedores.

Para onde foi a renda?

No domingo o Botafogo jogou contra o Fluminense em Brasília. Da renda de mais de dois milhões de reais, o lucro foi somente de 585 mil reais (sem contar os salários dos jogadores e despesas indiretas). Um gráfico interessante mostra o destino do dinheiro
Fonte: Aqui

20 agosto 2014

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Resenha: Winning Ugly

Este livro já é bastante antigo: a edição que eu li é de 1993. Mas é o “Príncipe” para área esportiva. O clássico de Maquiavel ensinava as regras da política, que deu origem ao termo maquiavélico. O livro Winning Ugly é Maquiavel aplicado ao tênis.

Um exemplo: Gilbert e Jamison descrevem uma estratégia para ganhar uma partida de tênis num clube. Os autores recomendam chegar mais cedo meia hora antes do horário do jogo, fazer um aquecimento de 20 minutos e enrolar mais vinte minutos. Com isto, chega-se “tarde” para partida. Como em alguns clubes as partidas são de uma hora, o adversário estará ansioso para jogar e poderá propor “pular” o aquecimento que tradicionalmente os jogadores fazem entre si antes de iniciar a partida. Assim, enquanto o adversário irá jogar “frio”, o leitor do livro terá uma grande vantagem de jogar aquecido.

Gilbert jogou tênis profissional nos anos oitenta e noventa. Neste período, jogou contra Sampras, Chang, Becker e Edberg. Depois foi técnico de Agassi, Roddick, Murray, entre outros. Foi considerado por Agassi “o maior treinador de todos os tempos”.

Ao contrário de outros livros de tênis, este não possui nenhuma ilustração ou fotografia. O objetivo é com a questão mental do jogador. Jogar feio pode ser útil para vencer. Com dezenove capítulos, o texto é útil para quem deseja ganhar uma partida de tênis, sem se preocupar em jogar bonito. Os primeiros capítulos são os melhores: conta a preparação mental antes do jogo, os equipamentos para ajudar a vencer e como jogar de maneira inteligente. No capítulo oito os autores fazem classificação dos jogadores existentes e apresenta dicas de como vencê-los. Talvez seja o capítulo mais útil do livro.

Ao terminar a leitura do livro de Gilbert ficamos com a impressão de que seus ensinamentos podem ser aplicados a qualquer esporte. Pode também ser uma obra típica de autoajuda, já que possui ensinamentos sobre adversidades, estratégia, preparo mental, entre outros.

Vale a pena? A princípio é uma obra fundamental para o jogador de tênis amador que perde partidas fáceis ou não consegue dar trabalho para os jogadores mais fortes.


GILBERT, Brad; JAMISON, Steve. Winning Ugly. New York: Fireside, 1993. 

Curso de Contabilidade Básica: Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa

Em cada tipo de empresa existirá aquela conta que será relevante ser analisada. Numa instituição financeira esta conta é a “provisão” relacionada com os empréstimos de foram concedidos, a famosa “provisão para devedores duvidosos” (um leitor chamou a atenção, no passado, que o termo “provisão” não seria correto; apesar disto, o termo adquiriu tal força que é usado) ou PDD.

A PDD é relevante numa instituição financeira por dois motivos. Em primeiro lugar, como o seu principal negócio é usar o dinheiro depositado pelos correntistas para fazer empréstimos, ganhando com os juros, a PDD diz respeito ao risco desta operação. Se o PDD aumenta é um sinal de que a instituição financeira fez empréstimos ruins, sujeitos ao não recebimento. Em segundo lugar, a PDD tem um papel importante no “gerenciamento do resultado”. Quando o resultado cai, a instituição pode reduzir a PDD e com isto compensar o resultado ruim; quando o lucro melhora, a PDD pode ser elevada.

Quando uma instituição financeira apresenta seu resultado, os números do PDD são observados de perto, seja para verificar se está fazendo um bom trabalho ou se está ocorrendo algum tipo de gerenciamento de resultado. Vamos olhar o caso do Bic Banco e seu resultado do segundo trimestre de 2014.
Eis o texto do Bic sobre a Provisão:

O que o texto está afirmando é que o banco foi mais “conservador” na provisão. Ou seja, aumentou o valor da provisão e consequentemente reduziu o resultado. A tabela a seguir mostra que isto é realmente verdadeiro:


A PDD no trimestre foi de 615 milhões de reais, versus 433 do trimestre anterior. Foi o maior valor dos últimos trimestres. Realmente o Bic foi conservador com a sua PDD. Mas a carteira D-H atingiu o maior valor nos últimos trimestres; esta carteira é composta por clientes com maior nível de risco. Mas os devedores com parcelas vencidas são menores que no trimestre anterior, o que é mais um sinal de que o banco foi conservador na PDD. Em termos percentuais, a PDD estava em torno de 4%; no último trimestre subiu para 5,8%. Parte desta provisão mais alta decorre do aumento da carteira D-H, de maior risco, de 8 a 9% para 12,2%. 

400 mil

O AICPA noticiou que o número de membros ultrapassou aos 400 mil. É interessante um comparativo com o Conselho Federal de Contabilidade, que possui muitos mais membros, mesmo a economia brasileira sendo bem menor que a dos EUA. Além disto, aquele país é mais populoso que o nosso.

O que explicaria isto? Acredito que são duas as explicações. Primeiro, o CFC permitiu, durante muitos anos, que técnicos participassem da entidade (ainda é possível, mas hoje é muito mais difícil). Segundo, o CFC aparentemente possui um poder maior de regulação e punição.

Tartaruga

Segundo uma entrevista à Reuters do presidente da CVM, Leonardo Pereira, o julgamento dos processos contra Eike Batista e outros executivos do Grupo X, tendem a ficar para 2015.

No momento, há 11 processos administrativos instaurados e com julgamento pendente, disse à Reuters o presidente da CVM, Leonardo Pereira. Mas o número tende a aumentar, já que ainda estão em andamento outras 11 investigações.

"(Os processos) já têm relator. Eles precisam de tempo para fazer o relatório. (Os julgamentos) talvez não sejam ainda este ano, talvez fiquem para o ano que vem", disse Pereira, em entrevista na segunda-feira.

Os processos incluem o uso de informação privilegiada.

Atraso em sala de aula

Do total de 200 dias letivos do ano escolar aos quais os alunos brasileiros têm direito, 20 dias são desperdiçados por conta de atrasos dos professores, saídas dos docentes antes do término da aula e com outras atividades que nada tem a ver com o ensino e a aprendizagem. Nesse cálculo sequer foi considerado o tempo perdido com a contenção da bagunça e com a realização de outras atividades pelo professor, como a realização de chamada e a entrega de trabalhos escolares.

O desperdício de 10% dos dias letivos é uma das constatações presentes na mais recente pesquisa publicada pelo Banco Mundial, a Great Teachers: How to Raise Student Learning in Latin America and the Caribbean (Grandes professores: como melhorar o aprendizado dos estudantes na América Latina e no Caribe, em português).

O estudo da instituição – reconhecida por elaborar uma série de pesquisas para subsidiar políticas públicas na área da educação – foi feito em mais de 15 mil salas de aula de três mil escolas primárias e secundárias em sete países latinos, incluindo o Brasil. Na América Latina, como um todo, o porcentual do “desperdício” é de 9%.


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Listas: Cidades em decadência

Fonte: Aqui

19 agosto 2014

Rir é o melhor remédio

Fantástico este diagrama de Venn:

Nosso valores: confiança, parceria, inovação e desempenho.

Curso de Contabilidade Básica: Intangível

Nas indústrias o principal ativo são as máquinas e equipamentos; no comércio varejista, os estoques e os valores a receber; nas instituições financeiras, talvez as disponibilidades. Cada tipo de empresa terá no seu ativo um retrato daquilo que é e do que faz. Alguns futurólogos acham que a empresa do futuro terá no seu intangível o principal ativo.

Para mostra um exemplo da situação de uma empresa onde o intangível é o principal ativo, nós trouxemos o caso dos Atletas Brasileiros. Esta empresa está vinculada ao Paraná Clube. Veja o último balanço publicado:


 Do ativo de 664 mil reais (a figura, apresentada pela empresa, está errada ao informar que os valores estão em “reais”; o correto seria “em mil reais”.), 72% é “intangível”. Como a empresa lida com a contratação de jogadores de futebol, o seu principal ativo é o vínculo criado com estes atletas. Assim, o intangível é composto pelos contratos dos jogadores, conforme nota explicativa:

Os contratos dos atletas são contabilizados pelo custo de aquisição dos direitos econômicos dos atletas. Estes valores são baixados através do mecanismo de “amortização” pelo período de vigência do mesmo. A grande mudança no valor deste item é justificada pela negociação de um atleta valioso (“Alex Alves”) para o Goiás, clube da primeira divisão do campeonato brasileiro. 

PwC multada

A empresa de auditoria PriceWaterhouseCoopers (PwC) foi condenada pelo Departamento de Serviços Financeiros do estado de Nova Iorque a uma pena pecuniária de US$25 milhões.

Tudo começou quando o Bank of Tokyo-Mitsubishi, um dos maiores do mundo, fez algumas transações bancárias com alguns países entre 2002 e 2007. É bom lembrar que em 2002 os Estados Unidos sofreram um horrível ataque terrorista, que destruiu dois prédios na ilha de Manhattan. As autoridades começaram a punir as empresas que faziam negócios com países que apoiavam grupos terroristas, entre eles o Irã.

Pois bem, o Bank of Tokyo-Mitsubishi foi uma instituição que realizou transações com alguns suspeitos de serem terroristas e foi punido com uma multa de 250 milhões. Mas o regulador descobriu que o banco teve ajuda da PwC. E não perdoou a empresa, assim como da Deloitte foi punida em 2013 por ajudar o Standard Chartered.

Leia mais aqui, aqui e aqui

Listas: Livros de contabilidade

Os 10 primeiros resultados quando digito “accounting” no sitio da Amazon

Accounting Made Simple: Accounting Explained in 100 Pages or Less
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Accounting (Carl S. Warren, James M. Reeve e Jonathan Duchac)
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Accounting (Carl S. Warren, James M. Reeve e Jonathan Duchac, 2008)
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Understanding Accounting Fundamentals: The Logic of Debit/Credit

Os 10 primeiros resultados quando digito "contabilidade" na Livraria Cultura

Contabilidade de Custos - Martins
Manual de Contabilidade Societária - Martins
Contabilidade Introdutória - USP
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Contabilidade Aplicada ao Setor Público - Glauber
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Contabilidade Geral Fácil - Ribeiro
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18 agosto 2014

Rir é o melhor remédio




Paisagem Urbana: ampulheta, oculista, silicone e árvore

Curso de Contabilidade Básica: Perdas no Supermercado

Um texto publicado no jornal Folha de S Paulo faz uma referência às perdas dos supermercados brasileiros. Segundo o texto, o valor representa 2,52% do faturamento líquido do setor. Ou seja, para cada R$100 de faturamento, R$2,52 não irão provocar efeito no resultado; pelo contrário, irá contribuir com a subtração deste montante. Em 2012 a percentagem era de 1,95%.

O texto informa as razões das perdas: roubo (na verdade, furto), quebra, extravio, erros administrativos e problemas com fornecedores. As maiores perdas ocorrem nas seções de frutas (a uva que o cliente consome na loja), legumes e verduras; peixaria; padaria/confeitaria e têxtil.

Como isto é medido? Vamos considerar que as frutas possuem uma margem uniforme de 20%. O supermercado iniciou o dia com R$20 mil em frutas a valor de custo ou R$24 mil a preços de venda. Quando uma fruta é vendida, o caixa registra o preço de venda. Ao final do dia, os caixas indicam um valor de venda de R$15 mil. Em valor de custo isto significa R$12.500 (ou R$15 mil divididos por 1,2. Para verificar que este é o valor correto, adicione 20% de R$12.500 a este valor e o total deverá ser R$15 mil). Ao fazer a contagem de frutas existentes nas gondolas ao final do dia observa-se um valor de R$12.000. O que aconteceu com a diferença? Parte o cliente consumiu sem passar no caixa; ou o caixa registrou o valor incorreto; ou a contagem, inicial ou final, estava incorreta; entre outras explicações. De qualquer forma, os R$500 representam 2,5% do valor inicial.

O leitor poderá perceber que não é difícil determinar o valor do Custo da Mercadoria Vendida e das perdas. Basta manter a mesma margem e fazer levantamentos físicos do estoque regularmente.


Lucro, Pasadena, Decisão

Na recente divulgação do resultado da empresa Petrobras informou-se que a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi a única a registrar lucro no primeiro semestre, de US$130 milhões.  Os acusados de terem feito um negócio ruim na compra da refinaria indicaram que irão usar esta informação na defesa junto ao TCU. Isto não se sustenta por três fortes motivos, novamente relacionados à melhor técnica de decisão de investimento, que os gestores insistem em negar.

Em primeiro lugar, a informação refere-se ao lucro. Mas tradicionalmente neste tipo de decisão é utilizado o valor do caixa. Neste caso, deve-se verificar o montante de caixa que a unidade estaria gerando, nunca o lucro. Este é um erro muito grosseiro, que não deveria ser cometido por gestores e ex-gestores “qualificados”.  Espera-se que o Tribunal de Contas da União não seja tão inocente em aceitar este argumento.

Em segundo lugar, trata-se de uma informação pontual, de seis meses somente. Isto se torna mais grave quando sabemos que foi a primeira vez que a unidade registrou lucro, desde que a informação foi consolidada em 2012. Como existe o pressuposto do “valor do dinheiro no tempo”, a geração de um resultado positivo somente agora, muitos períodos depois da compra, depõe ainda mais contra a decisão.


Finalmente, e talvez mais importante, a análise do TCU deve focar no momento em que a decisão foi tomada pela empresa. Ou seja, há oito anos, quando a empresa adquiriu metade da refinaria por 360 milhões de dólares  e cujo contrato obrigava a compra do restante, que resultado no grande prejuízo para a empresa. Somente ao recuar no tempo é que o TCU poderá determinar a qualidade da decisão. É bem verdade que esta análise deverá ser mais probabilística do que determinista. A tarefa do TCU é inglória já que é muito difícil de comprovar, na prática, que a compra foi realizada com a intenção de provocar prejuízo na empresa. Erros no processo decisório podem ocorrer por várias razões, como acasos, informações incompletas, incompetência dos gestores e até por motivos escusos. 

Capital, Basileia e Criatividade

Sem ter ideia do uso que fariam em terras tupiniquins das mais recentes regras que baixou, o Comitê de Basileia, órgão internacional que define as regras prudenciais que devem ser observadas pelas instituições financeiras, está dando uma mãozinha para o governo brasileiro fechar as contas deste ano, e quem sabe dos próximos.

A Caixa Econômica Federal já conseguiu autorização do Banco Central para reclassificar R$ 8 bilhões que recebeu do governo originalmente na forma de empréstimo perpétuo para dentro do patrimônio líquido, como capital próprio. E mais R$ 28 bilhões estão em processo de validação para seguir o mesmo caminho.

O mesmo ocorrerá com o Banco do Brasil, que disse ontem que dentro de 60 a 90 dias espera receber sinal verde do BC para classificar R$ 8,1 bilhões em títulos híbridos de capital e dívida como capital principal.

Isso é possível porque as regras de Basileia 3 trazem uma abordagem mais principiológica do que jurídica para definir o que é capital genuíno de um banco.

A mudança se justifica porque, no passado, muito dinheiro foi colocado dentro do patrimônio líquido de bancos estrangeiros, na forma jurídica de compra de ações, por meio de instrumentos que, na verdade, se pareciam muito mais com títulos de dívida, com remuneração garantida e até mesmo vencimento de principal.

No caso que está havendo é a mão inversa. Papéis que juridicamente nasceram como instrumentos de dívida estão sendo tratados como capital próprio, com suas características sendo redesenhadas para passar pelo crivo do BC.

Para o Tesouro Nacional, é o melhor do mundos. Torna possível aumentar o patrimônio dos bancos públicos sem precisar realocar carteiras de investimento em ações de uma instituição para a outra (como ocorreu entre BNDES e Caixa no passado) e sem lançar uma despesa nas contas da União que prejudique o superávit primário.

Mais do que isso, as instituições financeiras federais ficam com um nível de capitalização suficiente tanto para aumentar os empréstimos - como deseja o governo - como para pagar um valor maior de dividendos, que entram como receita primária no cálculo do superávit.

Trata-se de um novo modelo de contabilidade criativa. Mas nesse caso com a benção do Comitê de Basileia.


Fonte: Aqui

Endividamento

O diretor de política econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, afirmou nesta sexta-feira que o endividamento das empresas brasileiras é baixo na comparação internacional e que elas não têm exposição cambial relevante (1). “O comprometimento da receita das empresas com o serviço da dívida está abaixo da crise de 2008 e está se mantendo estável”, disse na abertura do IX Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária. “A exposição ao risco de taxa de juros diminuiu, houve ampliação de prazo e redução de encargos.”

Hamilton acrescentou que o endividamento externo das empresas brasileiras “permanece pequeno”. “Apenas um número pequeno se endivida em moeda estrangeira, apenas grandes corporações exportadoras ou com operações em outros países. Logo, o acompanhamento do BC mostra que não há exposição cambial relevante das empresas brasileiras”, disse.

Expansão do crédito

Para Hamilton, o ritmo de expansão do crédito no Brasil "moderou" no período recente, tanto para pessoa física como para as empresas, e o cenário hoje difere "substancialmente" do de 2010 ou mesmo do pré-crise de 2008. "Em algumas linhas, a expansão do crédito pessoa física está abaixo do crescimento da renda", disse o diretor na abertura do IX Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária. "E o perfil de demanda pelo crédito mudou, com aumento da demanda por financiamento habitacional."

Segundo Hamilton, a comparação internacional mostra que ainda há "bastante" espaço para crescimento do financiamento imobiliário no Brasil. Ele citou que, no país, o crédito imobiliário não chega a 10% do PIB. Lembrou também que, como o financiamento é de longo prazo, não afeta o comprometimento da renda (2).

Hamilton afirmou que, depois que o BC adotou medidas macroprudenciais em 2010, conseguiu mitigar riscos sobre o sistema creditício brasileiro. Prova disso é a redução da inadimplência para níveis históricos de baixa.


Fonte: Aqui

(1) Isto também é decorrente da baixa abertura da economia brasileira.
(2) É isto mesmo? Não depende somente do prazo, mas também do montante e da taxa de juros.

Listas: Estados por PIB

1 São Paulo
2 Rio de Janeiro
3 Minas Gerais
4 Rio Grande do Sul
5 Paraná
6 Santa Catarina
7 Distrito Federal
8 Bahia
9 Goiás
10 Pernambuco
11 Espírito Santo
12 Pará
13 Ceará
14 Mato Grosso
15 Amazonas
16 Maranhão
17 Mato Grosso do Sul
18 Rio Grande do Norte
19 Paraíba
20 Alagoas
21 Rondônia
22 Sergipe
23 Piauí
24 Tocantins
25 Amapá
26 Acre
27 Roraima

Fonte: Aqui