Translate

27 abril 2014

O poder de um simples “obrigado”

A pesquisa da Dra. Laura Trice começou com uma constatação muito simples. Ela sempre se encontrava em situações em que sentia vontade de agradecer as atitudes das pessoas, mas não o fazia, por vergonha. Então, começou a se perguntar se isso acontecia também com as outras pessoas, e resolveu pesquisar mais a fundo a questão.

Com a experiência de trabalhar em uma clínica de reabilitação, com pacientes que estão entre a vida e a morte por conta de um vício, a Dra. Trice conta que a ferida mais profunda que a maioria deles tem é que nunca ouviram seus pais dizerem: “Eu tenho muito orgulho de você, filho”.

Mas não porque os pais não tinham esse sentimento, e sim porque nunca tiveram coragem de dizer com todas as palavras para quem mais precisava ouvi-las. Na maioria dos casos, o paciente acaba sabendo que o pai tinha de fato orgulho dele pelos outros familiares.

Se você ficasse muito pobre do dia para a noite, poderia ser feliz de novo?

E esse simples grupo de palavras não ditas poderia ter mudado radicalmente a história não só desses pacientes, mas de muitas outras pessoas que, todos os dias, têm boas atitudes que não recebem o reconhecimento que deveriam. Mas por que fazemos isso?

Segundo a Dra. Trice, não agradecemos e elogiamos mais as pessoas porque o ato de mostrar gratidão fornece uma quantidade crucial de informações a nosso respeito. É como dizer a outra pessoa o que nos causa insegurança, ou em que aspectos precisamos de ajuda. É como se fossemos todos socialmente obrigados a viver dentro dessa armadura inquebrável a la Homem de Ferro, e um simples gesto como um “obrigado” romperia essa estrutura. Agradecer, então, mostraria um lado vulnerável que aprendemos a esconder.

E aí, passamos a tratar as outras pessoas como inimigos. Afinal, o que alguém pode fazer com essa informação, de que temos um lado “mais humano”? Podemos ser negligenciados, ou chantageados. Ou pode acabar satisfazendo suas necessidades.

Por isso, a Dra. Trice faz um convite: seja honesto sobre os elogios que você precisa ouvir. E talvez, assim, você comece a ter dicas mais claras a respeito do que as outras pessoas também gostariam de ouvir, especialmente quando não estão esperando.

A palestra da Dra. Trice, feita no TED Talks, tem 3 minutos absolutamente inspiradores. Dê o play para ouvir diretamente dela que ser agradecido, ou reconhecido com algumas das palavras mais simples do mundo, é o tipo de coisa que realmente nos motiva, tanto no trabalho como em todos os outros aspectos da vida. Em “Languages”, no canto inferior direito, escolha “Portuguese, Brazilian” e aparecerão legendas em português.



Em outras palavras, se você se sente subvalorizado, deixe claro para as pessoas em sua vida que você se sente assim. Afinal, alguém que realmente se importa com você vai estar mais do que disposto a mudar essa situação.

Aliás, se você leu esse artigo até aqui, obrigada!


Fonte: Aqui

26 abril 2014

Rir é o melhor remédio

"Selfie"

Fato da Semana: Encontro Fasb e Iasb para discutir Leasing

Fato da Semana: O Encontro conjunto Fasb e Iasb para discutir o arrendamento. Na quarta-feira as duas entidades fizeram uma reunião sobre o e chegaram a conclusão de que devem fazer mais destes eventos para esgotar o assunto.  
Qual a Relevância disto?  Havia uma dúvida sobre o destino do projeto conjunto de leasing que foi escrito pelo Fasb, dos Estados Unidos, e o Iasb. A pressão por deliberar contra a proposta ou recuar em alguns pontos era grande. Ademais, as controvérsias levantadas na audiência pública dos Estados Unidos eram diferentes daquelas obtidas pelo Iasb. Finalmente, o fracasso da reunião poderia sinalizar que as outras propostas conjuntas (reconhecimento de receita, seguros e instrumentos financeiros) poderiam sofrer um revés.

Na sexta feira o Fasb divulgou as decisões que foram tomadas. Basicamente três questões técnicas. Mas no final do documento o Fasb informa que haverá novas discussões. Isto provavelmente atrasará a aprovação final, mas pode representar um alívio para os adeptos da convergência.

Positivo ou negativo? É um pouco frustrante o resultado final, mas valeu a pena para aqueles que gostariam de ter todos os países com uma linguagem contábil comum.

Desdobramentos: Haverá avanço na discussão da norma, mas será lento. O prazo previsto será cumprido? Tenho dúvidas. 

Teste da Semana

A semana passada foi curta e não tivemos o tradicional teste. Esta semana estamos abarcando as duas semanas. Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia sobre a contabilidade:

1 Esta entidade lançou um programa para incentivar as pesquisas contábeis:

CVM
Fundação CPC
Fundação Iasb

2 O Brasil figurou na “lista dos dez mais” preparada pelo Catho e divulgada esta semana:

Maior acesso a internet
Maior perspectiva de crescimento
Os mais miseráveis

3 Esta norma contábil teve o prazo de finalização postergada para final de maio pelo Fasb

Instrumentos Financeiros
Reconhecimento de Receita
Seguros

4 Esta empresa de auditoria está patrocinando a olimpíada de Xadrez que irá ocorrer na Noruega

Deloitte
EY
KPMG

5 Esta entidade apresentou uma minuta de documento sobre o gerenciamento de risco em instituições financeiras

Banco Central do Brasil
Basileia
Iasb

6 R$23 bilhões foi a soma do prejuízo deste grupo empresarial brasileiro

Eletrobras
Empresas que compunham o grupo X
Gerdau

7 A empresa foi acusada pelas autoridades dos Estados Unidos de promover um esquema de pirâmide

Anway
Herbalife
Telexfree

8 Dois milhões. Poderia ser este o número do fato da semana

Número de visitantes do blog
Quantidade de declarações entregue no IR
Valor da multa a ser paga por um executivo condenado pela CVM

9 Uma investigação da CVM mostrou que este empresário negociou ações com informações que não eram públicas

Abílio Diniz
Eike Batista
Garnero

10 “Prêmio Dilma” refere-se

A aposta com ações da Petrobras sobre a vitória nas eleições
Possibilidade de aumentar a taxa de juros após as eleições
Risco adicional pelos problemas de gerenciamento governamental

Respostas: (1) Fundação Iasb; (2) miseráveis; (3) Reconhecimento de Receita; (4) KPMG; (5) Iasb; (6) Grupo X; (7) Telexfree; (8) visitantes; (9) Eike Batista; (10) aposta

Se acertou 9 ou 10 = bom leitor e boa memória; 7 ou 8 = sem muita preocupação com o que acontece de importante no mundo contábil; 6 ou 5 = sorte ou azar?

Saque normal

A Petrobras afirmou ontem que considera "normal" um saque de US$ 10 milhões feito em 2010 em uma conta da refinaria de Pasadena em uma corretora. O valor foi retirado apenas com base em uma autorização verbal, sem registro contábil. A realização do saque foi revelada pelo jornal "O Globo", na edição de ontem, com base em relatório de auditoria feita pela empresa em 2011, ao qual a publicação teve acesso.

O documento relatava "falta de autorização documental para saque em corretora". A retirada teria ocorrido em 5 de fevereiro de 2010. Naquele período, a Astra ainda era sócia da Petrobras, a quem vendeu 50% da refinaria em 2006. Os sócios estavam em disputa judicial havia oito meses, mas os representantes da empresa belga já tinham deixado o dia a dia de Pasadena.


Fonte: Aqui

25 abril 2014

Encontro para discutir Leasing 2

Conforme comentamos em postagem anterior, o Fasb e o Iasb estiveram reunidos para delibara sobre a evolução dos projetos conjuntos, em especial o de arrendamento. Hoje o Fasb emitiu um comunicado sobre as decisões tomadas no encontro que se resumem a três tópicos bastantes técnicos e específicos. O mais importante foi o final da nota que informa que “os comitês irão continuar as deliberações conjuntas da minuta de maio de 2013 num futuro encontro”. Ou seja, aparentemente teremos mais reuniões conjuntas e tudo leva a crer que também sairemos com uma norma conjunta. 

25 de abril

Sabe que dia é hoje?

História da contabilidade: dia do contador

Qual o melhor dia para ser dia do contador?

João de Lyra Tavares - Patrono da contabilidade

Agradecemos à futura contadora, Camila Sousa, pela lembrança.

P. S. - Hoje também comemora-se em Portugal a Revolução dos Cravos. *.*

Rir é o melhor remédio

Já comentamos sobre a arte de Banksy neste blog (aqui, aqui, aqui e aqui). Eis o que fez o pintor sobre a privacidade das comunicações nos dias de hoje:

Nova Era do Capitalismo de Laços


Ukraine’s troubled state has long been dominated by its oligarchs. But across the emerging world the relationship between politics and business has become fraught. India’s election in April and May will in part be a plebiscite on a decade of crony capitalism. Turkey’s prime minister is engulfed by scandals involving construction firms—millions of Turks have clicked on YouTube recordings that purport to incriminate him. On March 5th China’s president, Xi Jinping, vowed to act “without mercy” against corruption in an effort to placate public anger. Last year 182,000 officials were punished for disciplinary violations, an increase of 40,000 over 2011.

As in America at the turn of the 20th century, a new middle class is flexing its muscles, this time on a global scale. People want politicians who don’t line their pockets, and tycoons who compete without favours. A revolution to save capitalism from the capitalists is under way.

The kind of rents estate agents can only dream of

“Rent-seeking” is what economists call a special type of money-making: the sort made possible by political connections. This can range from outright graft to a lack of competition, poor regulation and the transfer of public assets to firms at bargain prices. Well-placed people have made their fortunes this way ever since rulers had enough power to issue profitable licences, permits and contracts to their cronies. In America, this system reached its apogee in the late 19th century, and a long and partially successful struggle against robber barons ensued. Antitrust rules broke monopolies such as John D. Rockefeller’s Standard Oil. The flow of bribes to senators shrank.

In the emerging world, the past quarter-century has been great for rent-seekers. Soaring property prices have enriched developers who rely on approvals for projects. The commodities boom has inflated the value of oilfields and mines, which are invariably intertwined with the state. Some privatisations have let tycoons milk monopolies or get assets cheaply. The links between politics and wealth are plainly visible in China, where a third of billionaires are party members.

Capitalism based on rent-seeking is not just unfair, but also bad for long-term growth. As our briefing on India explains (see article), resources are misallocated: crummy roads are often the work of crony firms. Competition is repressed: Mexicans pay too much for their phones. Dynamic new firms are stifled by better-connected incumbents. And if linked to the financing of politics, rent-heavy capitalism sets a tone at the top that can let petty graft flourish. When ministers are on the take, why shouldn’t underpaid junior officials be?

The Economist has built an index to gauge the extent of crony capitalism across countries and over time (see article). It identifies sectors which are particularly dependent on government—such as mining, oil and gas, banking and casinos—and tracks the wealth of billionaires (based on a ranking by Forbes) in those sectors relative to the size of the economy. It does not purport to establish that particular countries are particularly corrupt, but shows the scale of fortunes being created in economic sectors that are most susceptible to cronyism.

Rich countries score comparatively well, but that is no reason for complacency. The bailing out of banks has involved the transfer of a great deal of wealth to financiers; lobbyists have too much influence, especially in America (see article); today’s internet entrepreneurs could yet become tomorrow’s monopolists. The larger problem, though, lies in the emerging world, where billionaires’ wealth in rent-heavy sectors relative to GDP is more than twice as high as in the rich world. Ukraine and Russia score particularly badly—many privatisations favoured insiders. Asia’s boom has enriched tycoons in rent-seeking sectors.

Wanted: emerging-market Roosevelts

Yet this may be a high-water mark for rent-seekers, for three reasons. First, rules are ignored less freely than they used to be. Governments seeking to make their countries rich and keep people happy know they need to make markets work better and bolster the institutions that regulate them. Brazil, Hong Kong and India have beefed up their antitrust regulators. Mexico’s president, Enrique Peña Nieto, wants to break its telecoms and media cartels. China is keen to tackle its state-owned fiefs.

Second, the financial incentives for businesses may be changing. The share of billionaire wealth from rent-rich industries in emerging markets is now falling, from a peak of 76% in 2008 to 58% today. This is partly a natural progression. As economies get richer, infrastructure and commodities become less dominant. Between 1900 and 1930 new fortunes in America were built not in railways and oil but in retailing and cars. In China today the big money is made from the internet, not building heavy industrial plants with subsidised loans on land secured through party connections. But this also reflects the wariness of investors: in India, after a decade of epic corruption, industrialists in open and innovative sectors such as technology and pharmaceuticals are back in the ascendant.

The last reason for optimism is that the incentives for politicians have changed, too. Growth has slowed sharply, making reforms that open the economy vital. Countries with governments that are reforming and trying to tackle vested interests, such as Mexico, have been better insulated from the jitters in the financial markets.

There is much more to be done. Governments need to be more assiduous in regulating monopolies, in promoting competition, in ensuring that public tenders and asset sales are transparent and in prosecuting bribe-takers. The boom that created a new class of tycoon has also created its nemesis, a new, educated, urban, taxpaying middle class that is pushing for change. That is something autocrats and elected leaders ignore at their peril.


Fonte: aqui

Curso de Contabilidade Básica: Denominação

Os investidores necessitam que a denominação das contas de uma empresa seja autoexplicativa. Assim, quando lemos “terrenos” já imaginamos o que representa. Ou “bancos”, “empréstimos”, “valores a receber” etc.
  
Ao observar o relatório anual da empresa Tupy temos o seguinte ativo:

O que seria “ferramentais de terceiros”? Como é uma denominação pouco usual, o leitor poderia perguntar o que representa este ativo de curto prazo. Como se trata de uma empresa na área de fundição de ferro e ferramental representa uma classe de ferramenta projetada com fim específico, geralmente de uso industrial já temos uma ideia do que seria tal ativo. Mas a empresa ajuda o usuário ao esclarecer o que seria este ativo:


Isto realmente confirma aquilo que pensamos inicialmente. É também interessante notar que estes ativos também fazem parte das despesas operacionais da empresa:


Assim, ao se deparar com uma conta com significado diferente, o usuário poderia observar se a empresa fez alguma observação sobre a mesma.


Pesquisar com o Iasb

O Iasb está procurando uma aproximação com a comunidade acadêmica através do IFRS Research Centre:

The IFRS Research Centre aims to facilitate communication between the IASB and the broader research community.

Its main objectives are to increase awareness of the issues that the IASB will be considering in the coming two to three years, to encourage research professionals to undertake targeted research projects and to contribute to the IASB moving to more evidence based standard-setting.

The centre will highlight ways for academics to participate in the standard-setting process and enable those engaged in research to stay informed about the IASB's research activities.

Listas: Os países mais miseráveis do mundo

Fonte: Catho

Os últimos colocados são:
Japão, Usbesquistão, Taiwan, Cingapura, Coréia e Tailândia.

24 abril 2014

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Curso de Contabilidade Básica: Ativos Biológicos

Em algumas empresas, os ativos biológicos representam uma parcela expressiva do balanço patrimonial. Veja o caso da Duratex. De um ativo de 8,2 bilhões no consolidado, R$1,1 bilhão é da conta “ativos biológicos”, ou 14%. Estes ativos são avaliados a valor justo.
 

Durante o ano de 2013 sofreram uma variação de 192 milhões de reais, que a empresa considerou logo após a Receita na Demonstração do Resultado.
Mas este valor não é considerado na DFC da empresa pois não representa a movimentação no caixa:
A empresa informa que o valor justo é determinado pelo valor em ponto de colheita previsto líquidos dos custos de plantio a valor presente.

5 crises que moldaram o sistema financeiro



What is mankind’s greatest invention? Ask people this question and they are likely to pick familiar technologies such as printing or electricity. They are unlikely to suggest an innovation that is just as significant: the financial contract. Widely disliked and often considered grubby, it has nonetheless played an indispensable role in human development for at least 7,000 years.

At its core, finance does just two simple things. It can act as an economic time machine, helping savers transport today’s surplus income into the future, or giving borrowers access to future earnings now. It can also act as a safety net, insuring against floods, fires or illness. By providing these two kinds of service, a well-tuned financial system smooths away life’s sharpest ups and downs, making an uncertain world more predictable. In addition, as investors seek out people and companies with the best ideas, finance acts as an engine of growth.

Yet finance can also terrorise. When bubbles burst and markets crash, plans paved years into the future can be destroyed. As the impact of the crisis of 2008 subsides, leaving its legacy of unemployment and debt, it is worth asking if the right things are being done to support what is good about finance, and to remove what is poisonous.

History is a good place to look for answers. Five devastating slumps—starting with America’s first crash, in 1792, and ending with the world’s biggest, in 1929—highlight two big trends in financial evolution. The first is that institutions that enhance people’s economic lives, such as central banks, deposit insurance and stock exchanges, are not the products of careful design in calm times, but are cobbled together at the bottom of financial cliffs. Often what starts out as a post-crisis sticking plaster becomes a permanent feature of the system. If history is any guide, decisions taken now will reverberate for decades.




This makes the second trend more troubling. The response to a crisis follows a familiar pattern. It starts with blame. New parts of the financial system are vilified: a new type of bank, investor or asset is identified as the culprit and is then banned or regulated out of existence. It ends by entrenching public backing for private markets: other parts of finance deemed essential are given more state support. It is an approach that seems sensible and reassuring.


But it is corrosive. Walter Bagehot, editor of this newspaper between 1860 and 1877, argued that financial panics occur when the “blind capital” of the public floods into unwise speculative investments. Yet well-intentioned reforms have made this problem worse. The sight of Britons stuffing Icelandic banks with sterling, safe in the knowledge that £35,000 of deposits were insured by the state, would have made Bagehot nervous. The fact that professional investors can lean on the state would have made him angry.

These five crises reveal where the titans of modern finance—the New York Stock Exchange, the Federal Reserve, Britain’s giant banks—come from. But they also highlight the way in which successive reforms have tended to insulate investors from risk, and thus offer lessons to regulators in the current post-crisis era.


Continua aqui

Pessoa e a Contabilidade

O poeta português Fernando Pessoa (1888 - 1935) também foi editor de uma revista de contabilidade: a Revista de Comércio e Contabilidade. Nesta revista publicou alguns artigos onde expressa algumas opiniões interessantes.

Sobre os conselhos fiscais, por exemplo, Pessoa comentava:

Quantos são os membros dos Conselhos Fiscais que examinam a valer as contas da Sociedade Anónima? Quantos são os membros dos Conselhos Fiscais que têm as habilitações precisas, de contabilistas, para esse exame? Salvo casos excepcionais, os membros dos Conselhos Fiscais são escolhidos por serem homens sérios e de boa posição social. Não consta, porém, que a seriedade seja a contabilidade, nem que a boa posição social seja um curso intuitivo de guarda-livros.

Escolhem-se homens sérios para os Conselhos Fiscais. Mas os homens sérios podem ser estúpidos — há muitos —; os homens sérios podem ser confiados — há muitíssimos —; os homens sérios podem ser desleixados — há imensos —; e o accionista perde o seu dinheiro, sem que os homens muito sérios deixem de ser muito sérios, o que é uma consolação insuficiente para quem perdeu o dinheiro que fiou da fiscalização incompetente, se não inexistente, dos homens de muita seriedade.

Tudo isto, no fundo, é uma comédia sem graça. A Direcção de uma Sociedade Anónima é, por natureza, um conselho técnico de gerência; o Conselho Fiscal de uma Sociedade Anónima é, e por natureza, um conselho técnico de fiscalização. A Direcção produz resultados; o Conselho Fiscal verifica esses resultados. E como os resultados se traduzem por números, isto é, por contas, parece que o Conselho Fiscal deve ser constituído por gente especializada no exame e conferência de contas. E parece também que o Conselho Fiscal deve ser constituído por gente suficientemente independente da Gerência para poder fiscalizar essas contas com independência. O que se faz entre nós? Elege-se um Conselho Fiscal de pessoas de probidade e incompetência e, é claro, de pessoas em magníficas relações de amizade com a Gerência, e portanto com toda a confiança nela. Em resumo: o melhor fiscal dos actos de alguém é um amigo incompetente. É ou não uma comédia?


A solução seriam os auditores:

E assim é que deve ser. De todas as formas das sociedades comerciais as Sociedades Anónimas são as que mais se prestam ao abuso e ao desleixo da Gerência, pois que nelas há uma intervenção já teoricamente periódica, mas, em geral, praticamente nula dos sócios (isto é, dos accionistas) na gerência. Há mister, pois, que deleguem em alguém a fiscalização que nem podem, nem em geral sabem, exercer. Delegá-la em Conselhos Fiscais equivale a delegá-la em ninguém, ou a delegá-la na própria gerência a fiscalizar. Não, não há outra solução senão os auditors, os peritos contabilistas — competentes porque são técnicos, independentes porque não pertencem à Sociedade, e responsáveis criminalmente por abuso, ou mesmo desleixo, no exercício do seu cargo.

Pessoa não acreditava na participação do Estado na economia. Eis o que dizia o poeta sobre o assunto:

De todas as coisas “organizadas", é o Estado, em qualquer parte ou época, a mais mal organizada de todas.

(...) A administração pelo Estado de uma indústria ou de um comércio é prejudicial ao Estado, porque todo o comércio ou indústria mal administrado é prejudicial a si mesmo; e é prejudicial à indústria ou ao comércio particular, que por ela fica proibido. Só pode, em certos casos, beneficiar o consumidor; porque pode bem ser que o produto vendido o seja em condições anormalmente favoráveis. Há serviços de Estado em muitos países, que trabalham com deficit previsto para beneficiar o consumidor. Como, porém, esse consumidor é ao mesmo tempo contribuinte, o que o Estado lhe dá com a mão direita, terá fatalmente que tirar-lho com a esquerda. O consumidor é, no fim, quem paga o que deixa de pagar.

Postergando a norma de reconhecimento de receita

Como é praxe, o Financial Accounting Standards Board (FASB) anunciou (via aqui) que o calendário da aprovação da norma sobre reconhecimento da receita foi postergado. O prazo é até final de maio e a norma deve entrar em vigor em 2017. A justificativa é que trata-se de um dos padrões mais longos daquela entidade, além de substituir diversas outras normas já emitidas.

Como este é um dos projetos conjuntos Fasb+Iasb tentei verificar a existência de algum comunicado do Iasb. Mas não encontrei na página do Iasb nenhuma aviso sobre o assunto. Por enquanto.

Listas: Estados com maior percentagem de analfabetos

Os estados com maior percentagem de analfabetos, em percentagem da população.

27 Alagoas 22.52
26 Piauí 21.14
25 Paraíba 20.20
24 Maranhão 19.31
23 Rio Grande do Norte 17.38
22 Ceará 17.19
21 Sergipe 16.98
20 Pernambuco 16.73
19 Bahia 15.39
18 Acre 15.19
17 Tocantins 11.88

Os melhores:

10 Minas Gerais 7.66
9 Espírito Santo 7.52
8 Goiás 7.32
7 Mato Grosso do Sul 7.05
6 Paraná 5.77
5 Rio Grande do Sul 4.24
3 Rio de Janeiro 4.09
3 São Paulo 4.09
2 Santa Catarina 3.86
1 Distrito Federal

Tecnologia

O vídeo a seguir mostra como as crianças reagem diante do Walkman:



Como esta tecnologia parece defasada, nos dias de hoje.

23 abril 2014

Rir é o melhor remédio


Resenha: A Informação

O novo livro de James Gleick, de Caos, tem uma missão ambiciosa: explicar a teoria da informação. Em 15 capítulos e mais de 400 páginas (500, com notas e índice), Gleick tenta mostra a história da informação. O capítulo cinco, por exemplo, mostra a expansão do telégrafo, os códigos desenvolvidos para mandar as mensagens, as abreviaturas utilizadas para economizar no custo da mensagem e a análise booleana. O livro mostra uma grande pesquisa por parte do autor.

A finalidade desta coluna neste blog é falar de livros. Espera-se geralmente recomendação. Mas não é este o caso. Pensamos até em colocar uma unidade para sorteio entre os leitores. Não iremos fazer isto.

Vale a pena? Não. Aqui e ali tem alguns trechos interessantes. Mas como obra de divulgação científica este livro possui um grave problema: é chato. Esta não é um livro que você irá pegar e só largar quando terminar a leitura. A mistura de muitos assuntos num mesmo capítulo, a falta de uma redação mais atrativa, a ligação inadequada entre os tópicos são fatores que não ajudam. O grande número de páginas também é um obstáculo. Eu não irei recomendar este livro em sala de aula, por exemplo. 

Se decidir comprar o produto, sugerimos escolher um de nossos parceiros. O blog é afiliado aos seguintes programas:
Amazon Brasil
Americanas
Submarino
ShopTime
SouBarato.com.br

Evidenciação: o livro comentado nesta seção foi adquirido pelo autor do comentário. 

O Estado e o sistema financeiro



EVER since Lehman Brothers went bankrupt in 2008 a common assumption has been that the crisis happened because the state surrendered control of finance to the market. The answer, it follows, must be more rules. The latest target is American housing, the source of the dodgy loans that brought down Lehman. Plans are afoot to set up a permanent public backstop to mortgage markets (see article), with the government insuring 90% of losses in a crisis. Which might be comforting, except for two things. First, it is hard to see how entrenching state support will prevent excessive risk-taking. And, second, whatever was wrong with the American housing market, it was not lack of government: far from a free market, it was one of the most regulated industries in the world, funded by taxpayer subsidies and with lending decisions taken by the state.

Back in 1856 one of this newspaper’s editors, Walter Bagehot, blamed crashes on what he called “blind capital”—periods when credulous cash, ignoring risk, flooded into unwise investments. Given not only the inevitability of such moments of panic but also finance’s systemic role in the economy, a government had to devise some special rules to make finance safer. Bagehot invented one: the need for central banks to rescue banks during crises. But Bagehot’s rule had a sting in the tail: the bail-out charges should be punitive. That toughness rested on the view that governments should as far as they could treat financiers like any other industry, forcing bankers and investors to take as much of the risk as possible themselves. The more the state protected the system, the more likely it was that people in it would take risks with impunity.


That danger was amply illustrated in 2007-08. Having pocketed the gains from state-underwritten risk-taking during the boom years, bankers presented the bill to taxpayers when the bubble went pop. Yet the lesson has not been learnt. Since 2008 there has been a mass of new rules, from America’s unwieldy Dodd-Frank law to transaction taxes in Europe. Some steps to boost banks’ capital and liquidity do make finance more self-reliant: America’s banks face a tough new leverage ratio (see article). But overall the urge to regulate and protect leaves an industry that depends too heavily on state support.

Turning in his grave

The numbers would amaze Bagehot. In America a citizen can now deposit up to $250,000 in any bank blindly, because that sum is insured by a government scheme: what incentive is there to check that the bank is any good? Most countries still encourage firms and individuals to borrow by allowing them to deduct interest payments against tax. The mortgage-interest subsidy in America is worth over $100 billion.

Even Bagehot’s own financial long-stop has been perverted into a subsidy. Since investors know governments will usually bail out big financial firms, they let them borrow at lower rates than other businesses. America’s mortgage giants, Fannie Mae and Freddie Mac, used a $120 billion funding subsidy to line shareholders’ pockets for decades. The overall subsidy for banks is worth up to $110 billion in Britain and Japan, and $300 billion in the euro area, according to the IMF. At a total of $630 billion in the rich world, the distortion is bigger than Sweden’s GDP—and more than the net profits of the 1,000 biggest banks.

In many cases the rationale for the rules and the rescues has been to protect ordinary investors from the evils of finance. Yet the overall effect is to add ever more layers of state padding and distort risk-taking.

This fits an historical pattern. As our essay this week shows, regulation has responded to each crisis by protecting ever more of finance. Five disasters, from 1792 to 1929, explain the origins of the modern financial system. This includes hugely successful innovations, from joint-stock banks to the Federal Reserve and the New York Stock Exchange. But it has also meant a corrosive trend: a gradual increase in state involvement. Deposit insurance is a good example. Introduced in America in 1934, it protected the first $2,500 of deposits, a small multiple of average earnings then, reducing the risk of bank runs. Today America is an extreme case, but insurance of over $100,000 is common in the West. This protects wealth, and income, and means investors ignore creditworthiness, worrying only about the interest-rate offer, sending deposits flocking to flimsy Icelandic banks and others with pitiful equity buffers.

The overall effect is not just to enrich one industry, but to mute the beneficial effects of finance. Healthy financial markets speed up an economy, channelling credit to firms that need it. They can also make an economy fairer and more competitive, providing the funds for those without them to challenge incumbents. Modern finance is a more slanted system in which savings are drawn towards subsidies and tax distortions. Debt-fuelled housing goes wild while investment in machines and patents runs dry. All this dulls growth.

Blame the grandparents

How can the zombie-like shuffle of the state into finance be stopped? Deposit insurance should be gradually trimmed until it protects no more than a year’s pay, around $50,000 in America. That is plenty to keep the payments system intact. Bank bosses might start advertising their capital ratios, as happened before deposit insurance was introduced. Giving firms tax relief on financing costs is sensible, but loading it all onto debt rather than equity is not. And still more can be done to punish investors, not taxpayers, for failure. A start has been made with “living wills”, which describe how to wind down a megabank, and loss-absorbing bonds, which act as buffers in a crisis. But Europe is far behind America here, and the issue of how to resolve huge, cross-border banks remains.

The chances of politicians withdrawing from finance are sadly low. But they could at least follow Bagehot’s advice and make the cost of their support explicit. The safety net for finance now stretches well beyond banks to undercapitalised clearing-houses and money-market funds. Governments should report these liabilities in national accounts, like other subsidies, and exact a proper price for them. Otherwise, they have merely set up the next crisis.

From the print edition: Leaders

Curso de Contabilidade Básica: Imobilizado

O ativo imobilizado pode representar uma grande parcela do ativo de uma empresa. Por este motivo deve ser acompanhado de perto; isto inclui a política de depreciação, de aquisição e de venda. Considere o caso da Localiza, uma empresa de aluguel de automóveis. No primeiro trimestre de 2014 a empresa tinha um ativo de R$4,1 bilhões. Deste valor, R$3,1 bilhões era não circulante, sendo R$1,9 bilhão imobilizado. Conhecendo o negócio da Localiza é fácil imaginar a razão do elevado imobilizado, que representa 45% do ativo: o valor dos automóveis.

Entretanto, ao observar o balanço da empresa não é possível fazer uma análise mais aprofundada. Temos que observar as notas explicativas, onde a composição do imobilizado está detalhada. Veja o que diz a nota explicativa da empresa:


No final de março de 2014 o valor dos automóveis era de 1,8 bilhão, quase totalidade do imobilizado. O leitor poderá observar que a depreciação acumulada deste ativo é de 4% do valor de custo (64 milhões por 1796). É realmente um valor muito baixo. Um valor reduzido também é esperado já que a empresa deve manter uma frota nova para satisfazer seus clientes.

Observe que esta última afirmação tem uma consequência operacional para a empresa: o negócio de venda de carros usados é relevante e deve ser lucrativo. Eis um outro extrato das informações da empresa:

A empresa divulgou um extrato da demonstração do resultado segundo três segmentos: aluguel – seu negócio principal, gestão de frotas e franchising. A gestão de frotas é justamente a compra e venda de veículos, que apresentou receita trimestral de 220 milhões de reais.

Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)

Blogs de Contabilidade

Contabilidade Pública... não tenho palavras para te descrever.

Mas, para tentar mudar isso, há um blog novo na área:

Blog do Marilson Dantas

Para mais dicas, clique no nosso BlogRoll ou acesse o site "Blogs de Contabilidade"


Sorteio de livros


Ainda no espírito da comemoração de 8 anos de blog, vamos a mais sorteio de livros! Os da editora Atlas foram doados pelo autor, o professor César Augusto Tibúrcio Silva. Como nós já sorteamos o de Exame de Suficiência organizado por ele e quebramos a trinca, decidimos incluir o do IOB. Este sorteio vai até o dia 28 de abril, pois ainda temos mais um sorteio para realizar antes do fim do mês!

#8AnosDeBlog

Neste só haverá um ganhador. Preencha o seu nome e e-mail, e fique atento! Quando entrarmos em contato com o ganhador, ele terá 72h para nos responder ou escoheremos um segundo sorteado. Lembramos que é necessário morar no Brasil e ser maior de idade.

Cotação e Desempenho no Futebol

O gráfico mostra a cotação das ações do Manchester United, clube de futebol da Inglaterra (linha azul), e o índice SP500, que representa a média do mercado dos EUA. Nos últimos dias a cotação do clube apresentou alta. E na segunda foi anunciado que o clube estava demitindo seu técnico, que em dez meses de clube não trouxe muito sucesso: desclassificação na Champions League, o lucrativo torneio continental, e um lugar distante na tabela do campeonato inglês, que retira qualquer chance de participar da próxima Champions. O treinador demitido tinha o encargo de substituir Sir Alex Fergunson, que em mais de 20 anos transformou o clube inglês num dos maiores do mundo. Não conseguiu.

O aumento nas ações talvez reflita o comportamento dos investidores com uma provável mudança nos rumos do clube.

22 abril 2014

Rir é o melhor remédio



Eu tinha uma chefe que só falava "se eu for aí....". E tive um outro chefe que para eu encontrar algo era só chamá-lo que x aparecia (ou o computador voltava a funcionar, ou alguma outra mágica ocorria). Todos são (e foram)  sensacionais e aprendi muito. Ri um bocado também.

É a qualidade do disclosure, estúpido !

When Bill Clinton was running for president for the first time, one of the catch phrases of his campaign was, “It’s the economy, stupid”. One of the things meant by this (with Bill Clinton, you’re never sure if you’ve captured all of the intended meanings) was that people should focus on the main issue and stop talking about the many smaller peripheral issues that can distract voters from what is important. That’s the way I feel about many earnings press releases I read.


Take, for example, Walgreens recently released second quarter 2014 earnings. Readers of this blog will know that I often write about Walgreens, but when you write, its best to write about something you know, and having worked at Walgreens, I think I know it better than the average investor (I also own the stock). There are a lot of things going on in the second quarter earnings release, and to a certain extent, Walgreens finds itself boxed in by all the adjusted earnings they’ve reported in the past. 


[...]

However, what really caught my eye in the earnings release was a claim of combined synergies for Walgreen and its strategic partner, Alliance Boots, of approximately $236 million in the first half of fiscal year 2014. When I see a claim for such a big number, a red flag always goes up in my mind and I start looking for where all this money has filtered into the earnings statement. After all, if you are claiming a synergy, you either have to be buying better and thus reducing your cost of goods, or lowering your expenses, reducing your selling, general and administrative expense.

[...]


Which brings me full circle. These types of claims detract from and make it look as if the company is trying to obscure what is really going on - “Look at the great synergies we’re getting, not at the fact that earnings are down”. So my advice to companies that engage in this sort of junky accounting is: “It’s the quality of disclosure, stupid.”


Curso de Contabilidade Básica: Relatório dos Auditores

O relatório dos auditores independentes irá informar se a empresa elaborou suas demonstrações conforme as normas e práticas contábeis adotadas no Brasil. Seria de esperar que o relatório afirmasse "sim" ou "não" a esta questão.

Existem situações onde os auditores independentes não emitem opinião. Isto é interessante já que estes profissionais são pagos para fazer este trabalho. Eles naturalmente precisam justificar a razão de não emitir a opinião.

Esta semana isto ocorreu com o relatório da OSX. Esta é uma empresa do grupo X que está em recuperação judicial. Em razão disto, a empresa de auditoria, EY, apresentou as justificativas abaixo:



Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)

Listas: Os atletas mais bem pagos

1. Floyd Mayweather Jr (boxe) — $73.5 milhões de dólares
2. Cristiano Ronaldo — $50.2 milhões
3. Lionel Messi — $50.1 milhões
4. Aaron Rodgers (football) — $40.0 milhões
5. Zlatan Ibrahimovic (soccer) — $35.0 milhões
6. Matthew Stafford (football) — $31.5 milhões
7. Tom Brady (football) — $31.0 milhões
8. Kobe Bryant (basquete) — $30.5 milhões
9t. Matt Ryan (football) — $30.0 milhões
9t. Joe Flacco (football) — $30.0 million

Fonte: Aqui

Encontro para discutir Leasing

Durante os últimos anos, o Financial Accounting Standards Board (Fasb) e o International Accounting Standards Board (Iasb) tentaram desenvolver um conjunto de regras comum. Entre os projetos, uma norma para o arrendamento. A principal finalidade da norma seria colocar estas operações no balanço das empresas. Depois de realizado a primeira etapa, a construção de uma minuta, as duas entidades colocaram o documento em audiência. As primeiras reações foram ruins. E Fasb e Iasb começaram a divergir.


Nesta quarta feira, dia 24 de abril, tem um encontro de conciliação entre as entidades. Não se sabe se as entidades optarão por uma abordagem para todos os arrendamentos ou uma opção dupla, dependendo do tipo de contrato. A decisão poderá alterar em muito as demonstrações contábeis de várias empresas. 

Iasb e o gerenciamento de risco dos bancos

A entidade internacional que regulamenta as normas contábeis apresentou, na quinta-feira passada, uma proposta de evidenciação do gerenciamento dos riscos por parte das instituições financeiras, informou a Reuters. A questão da gestão do risco tornou-se crucial após a crise financeira de 2007, em particular o problema do hedge feito por estas entidades.


A proposta do Iasb ainda é um documento para discussão. Como o assunto é polêmico, deve-se esperar ainda uma longa maturação, antes do mesmo ser colocado em prática. 

KPMG irá patrocinar a Olimpíada de Tromsø

A olimpíada de xadre de Tromsø de 2014 terá como patrocinador a empresa de contabilidade KPMG. A olimpíada irá ocorrer em agosto e contará com a participação de diversos países. Os países mandam uma equipe de jogadores e durante dias disputam jogos entre as diferentes nações. O Brasil geralmente está colocado entre os 30 melhores tabuleiros, com pouca esperança de desempenho que o coloque entre os dez primeiros. Os favoritos são Armênia, Rússia e Ucrânia no masculino e China, no feminino.

Enquanto isto, a Hou Yifan passeou pelo torneio de Khanty-Mansiysk, terminando em primeiro, com 8,5 pontos. A segunda colocada ficou com 7 pontos, a uma vitória e um empate. A jovem chinesa de 20 anos possui um rating de 2618, mas tem tudo para crescer. E o atual campeão, o fenômeno Carlsen, está participando de um torneio em homenagem a um enxadrista falecido. Com duas vitórias em duas partidas, o rating de Carlsen chegou a quase 2890, a dez pontos de 2900!

Preço

Uma análise dos hábitos de preços no varejo feito pela empresa de inteligência Profitero revelou uma estatística bastante surpreendente: a Amazon muda seus preços mais de 2,5 milhões de vezes por dia. Em comparação, Walmart e Best Buy mudaram seus preços cerca de 50.000 vezes, cada uma, em todo o mês de novembro.

Fonte: Aqui

21 abril 2014

Rir é o melhor remédio


Hoje é aniversário de Brasília: A Capital da Esperança!

Na época da escola (cof cof) comentávamos que uma das poucas coisas não-malandragem feita pelos políticos foi colocar o "nosso" aniversário junto a outro feriado: Tiradentes. Um dia útil a mais pra gente (já que não há feriado 'próprio e único' para a cidade), mas não necessariamente para eles... cof cof... ;)

Fonte da imagem: Arte de lecionar



História da Contabilidade: Microcomputador

O computador começa a ser usado no Brasil através da representação de Valentim Bouças, que vendia máquinas Hollerith, da IBM. Durante os anos, as mudanças tecnológicas ocorridas nos países desenvolvidos também chegam ao Brasil. Os anos oitenta marcam a chegada do computador pessoal ao Brasil e sua “utilização” na contabilidade das empresas. Até então predominava os mainframes.

No início dos anos 80 lideravam, nos Estados Unidos, a Commodore, a Atari, a Tandy, a Sinclair e a Texas Instruments. O computador era

“basicamente um teclado, no qual estão embutidos os circuitos eletrônicos, que é conectado ao aparelho de televisão doméstico, para que este se transforme em um terminal. O consumidor pode comprar, em separado, outros periféricos, como unidades de memória – as quais aumentam a capacidade da máquina – unidades de disco (nestes armazenam-se informações) ou impressoras.” (1)

Em 1977 foi aprovada uma reserva de mercado para as empresas brasileiras. Isto incluía todas as máquinas com até 2 megabytes de memória central (2). Surgiram alguns produtores locais, como Polymax, Dismac, Prológica etc.

No ano de 1982, os computadores pessoais já faziam serviços de contabilidade (3). Um computador TK 82C possuía 2 k de memória, ampliado para 16 k. Um computador para fazer operações contábeis, folha de pagamento, controle de estoques, mala direta, emissão de etiquetas teria um preço variando entre 4 mil a 6 mil dólares, câmbio da época (4).

A figura a seguir mostra o comercial de um computador Itautec, do grupo Itaú, com 64 k de memória, interface para disquetes de 5 ¼.:

Em razão da reserva de mercado, muitas marcas nacionais “copiavam” as máquinas lançadas no exterior. Esta situação somente foi resolvida com o fim da reserva de mercado, em 1991, com a lei 8.248

(1) RIOS, Manuela. Nos EUA, um forte setor. O Estado de S Paulo, 20 de julho de 1982, ed 32907, p. 52. Dados de 1981.
(2) RIOS, Manuela. Ganhos no mercado de computadores. O Estado de S Paulo, 20 de julho de 1982, ed 32907, p. 52.
(3) NADER, José. Corridas, mapa astral, loteria? É só usar o computador pessoal. O Estado de S Paulo, 19 de dezembro de 1982. Ed. 33062, p. 67.

(4) O valor estava entre 1 milhão e 1,5 milhão de cruzeiros em dezembro de 1982. NADER, José. Corridas, mapa astral, loteria? É só usar o computador pessoal. O Estado de S Paulo, 19 de dezembro de 1982. Ed. 33062, p. 67.

Listas: Os 10 melhores filmes de animação

1. Pinóquio (1940)
2. A Viagem de Chiriro (2001)
3. Meu Amigo Totoro (1988)
4. Toy Story (1995)
5. Os Incríveis (2004)
6. Dumbo (1941)
7. O Gigante de Ferro (1999)
8. Branca de Neve e os 7 anões (1937)
9. O Estranho Mundo de Jack (1993)
10. O Fantástico Senhor Raposo (2009)

A lista é dos 100 melhores, que está aqui.

A soma do prejuízo

Com a divulgação do balanço da OSX, nesta quinta-feira 17, já é possível ter uma dimensão mais precisa da derrocada do empresário Eike Batista, no ano passado. Em 2013, as empresas ainda controladas ou criadas por ele somaram um prejuízo de R$ 23,435 bilhões. O valor é quase dez vezes superior às perdas do ano retrasado: R$ 2,476 bilhões.

A conta considera o prejuízo líquido consolidado atribuído aos controladores de seis empresas listadas em bolsa: a petroleira OGX, atual Óleo e Gás Participações (OGPar); a companhia de serviços navais OSX; a mineradora MMX; todas ainda controladas por Eike. Também entraram na conta as companhias criadas pelo empresário, mas cujo controle já foi vendido: a Eneva (ex-MPX, focada em energia, assumida pela alemã E.ON em controle compartilhado com Eike), a Prumo (ex-LLX, de logística, hoje controlada pela americana AIG), e a CCX (cujos ativos de carvão na Colômbia foram vendidos para a empresa turca Yildirim).

O perfil desse prejuízo também ajuda a contar a história da implosão do Grupo EBX. A OGX respondeu por 74% das perdas, ante 46% no ano retrasado. Os R$ 17,4 bilhões representam o maior prejuízo já sofrido por uma companhia brasileira. Até 2012, a petroleira era vista como a principal empresa de Eike, que a apresentava como uma “mini Petrobras”. Naquele ano, a companhia registrou um prejuízo de R$ 1,139 bilhão. O resultado foi apresentado pela diretoria da OGX como natural, já que a empresa ainda se encontrava em fase de investimentos, e, portanto, os desembolsos superariam as receitas. (...)


Fonte: aqui

Telexfree

Autoridades americanas congelaram milhões de dólares em bens e entraram com uma ação contra a TelexFree nos EUA nesta semana acusando o grupo de promover "esquema ilegal de pirâmide" financeira. Segundo a SEC (Comissão de valores mobiliários dos EUA), autora da ação na Corte Distrital de Massachusetts, a TelexFree opera por meio de "oferta fraudulenta e não registrada de títulos", que tem como principais alvos brasileiros e dominicanos que vivem nos EUA. A própria empresa diz ter arrecadado mais de US$ 1 bilhão, segundo o documento apresentado pela SEC ao tribunal, mas não torna pública nenhuma documentação comprovando a receita.
No Brasil, as operações da Telexfree foram bloqueadas em 2013, por tempo indeterminado, a pedido do Ministério Público do Acre


Fonte: Aqui

Histórias Contábeis

Agradecemos a postagem da querida Polyana que replicamos abaixo. Mas entrem no original também, clicando aqui, e sigam o Histórias Contábeis! *.*



Aniversário do Contabilidade Financeira!

Ando bem ausente daqui do Histórias Contábeis,  por motivos bons e ruins também. Mas deixa essa história pra depois...

Bom, hoje é aniversário do Blog de Contabilidade que mais admiro, e sigo, e leio religiosamente todos os dias. O Contabilidade Financeira me foi apresentado pela Cláudia Cruz,  do Ideias Contábeis acho que em 2008, quando nos conhecemos. E desde então, virou hit no meu coração!

Lembro que a primeira postagem que li foi um Rir é o melhor remédio, da lebre que tinha um orientador de peso. [A Tese do Coelho]

Daí virou febre e leitura obrigatória também pros meus alunos.
Com bom humor e ótimo senso de oportunidade para perceber fatos que nos passam despercebidos, o Blog sempre traz atualidades e curiosidades do mundo contábil e financeiro,  alem de outros assuntos bem interessantes.

Não poderia deixar de vir aqui dar um Parabéns tamanho infinito ao Prof . César, ao Pedro e à queridissima Isabel, menina linda que sempre me faz sentir melhor.

A estes, deixo um recado: sei que ser blogueiro às vezes cansa, mas agora não dá pra parar. O CF é patrimônio histórico e cultural da nossa profissão.

20 abril 2014

Rir é o melhor remédio


Uma ótima Páscoa a todos!

Ovo de páscoa

Ovo de Páscoa
Nos últimos dias você deve ter escutado uma comparação entre o preço do ovo de páscoa e o chocolate comum. Um ovo de pascoa Diamante Negro custaria mais de cem reais, enquanto a mesma quantidade de chocolate em tablete seria de R$31. Existe uma lista de razões para justificar esta diferença:

1. A produção do ovo de páscoa é mais cara – apesar de ser em essência o mesmo produto, o custo de produção de um ovo é muito mais caro por uma série de motivos. É um produto que requer um cuidado de fabricação que não existe no produto comum. Conforme apurou a já citada reportagem da Folha, um ovo de páscoa possui um processo de embalagem manual. Outro aspecto é o material usado na fabricação, diferente das barras de chocolate: papel alumínio, apoio de plástico, fita colorida e os pequenos brindes.

2. Fragilidade do produto – pelo seu formato, o ovo de páscoa é um produto bastante frágil. Os clientes evitam adquirir um produto que sofreu danos, exceto por um elevado deságio. Assim, os produtos e varejistas devem garantir que o produto não quebre. Isto tem implicações no custo: de transporte, de manuseio, de ocupação de espaço, etc.

3. Sazonalidade – Enquanto uma barra de chocolate é vendida o ano inteiro, o ovo de páscoa possui uma demanda sazonal. Isto requer um capital de giro para financiar durante o período de antecede a páscoa. Este financiamento possui um custo que provavelmente está inserido no preço. Outro aspecto é o fato da indústria produzir semanas antes da venda: caso a procura seja menor que a produção, o encalhe terá que ser assumido pela indústria. Em outras palavras, o risco do encalhe do produto é maior do que as barras de chocolate.

4. Custo do aluguel – o aluguel das prateleiras das grandes redes do supermercado e a necessidade de ter funcionários para trabalhar na exposição do produto também deve ser levado em consideração. Em razão do seu formato, um ovo de páscoa ocupa muito mais espaço nas prateleiras.

5. Preço não é só custo – outro aspecto que se deve considerar é que o custo é somente uma parcela do preço. A existência de concorrente e o comportamento do cliente também fazem parte das variáveis que devem ser consideradas na determinação do preço. Os fabricantes sabem que o ovo de páscoa é um produto comprado muitas vezes por “impulso”. Isto permite que seu preço seja mais elevado que a barra do produto.

Feliz páscoa !