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25 julho 2011

Petrobras e Equador

O Equador informou que ofereceu pagar 168 milhões de dólares pelos ativos da Petrobras no país andino, depois que a estatal brasileira se recusou, no ano passado, a aceitar o novo modelo de contrato proposto pelo governo equatoriano.
Após a recusa da Petrobras, o governo do Equador assumiu o controle das operações da empresa, uma produção de cerca de 19,3 mil barris diários de petróleo por dia, em torno de 1 por cento da produção total da Petrobras no Brasil.
A Petrobras quer receber 300 milhões de dólares pelos ativos.
Reuters - O Globo - Governo do Equador oferece US$ 168 mi por ativos da Petrobras

Atualmente a Petrobras possui ativos no valor de US$200 bilhões (fonte, aqui). Proporcionalmente, 1% da produção da Petrobras corresponderia a 2 bilhões. Mas este seria o valor justo dos ativos da Petrobras no Equador? Talvez não já que este valor está superestimado, pois a percentagem é sobre a produção de petróleo no Brasil; ou seja, não considerou a produção total da empresa.

Mas, por outro lado, o valor do ativo provavelmente está a custo histórico. Ou seja, o valor de 200 bilhões pode estar subestimado. (Só o valor de mercado das ações é de 217 bilhões)

É importante considerar um aspecto que reduz o preço dos ativos é a possibilidade de ser utilizado em outras situações. Ou seja, o grau de flexibilidade que a empresa (e o governo do Equador) possui em usar os ativos em outras atividades ou em outros lugares. Isto diminui o preço do ativo. Talvez a influencia deste aspecto seja decisiva para a empresa sugerir o preço de 300 milhões para aqueles ativos.

Finalmente, parte da estrutura de ativos da empresa são custos que são atribuídos a toda empresa. Isto faz com que o valor usado superestimado.

Evolução da Internet

Abaixo a comparação dos endereços mais populares da internet, nos EUA, entre 1996 e 2011. É interessante que no ano de 1996 era comum os endereços educacionais tinham bastante acesso. Fonte: aqui


24 julho 2011

Rir é o melhor remédio

O escândalo dos jornais ingleses mostrou um novo vilão: Murdoch, o empresário, dono dos jornais que praticavam a escuta ilegal. Ele foi considerado o culpado pela mídia (= concorrentes). A fotografia a seguir mostra isto (observem com atenção o homem atrás dele e parte de sua camisa):

Fonte: aqui e aqui

Será o pré-sal um bilhete premiado, sem riscos ou custos?

Por Pedro Correia


Na última sexta-feira a Petrobras anunciou a aprovação do seu Plano de Negócios de 2011-2015, com investimentos totalizando US$ 224,7 bilhões (R$ 389 bilhões).A cada dia que passa os brasileiros estão mais confiantes no total sucesso da exploração do Pré-sal. Como afirmou Demétrio Magnoli :

"A narrativa oficial, fixada pela bilionária publicidade da Petrobrás, sedimentada nos livros escolares, conta a epopeia de uma empresa triunfante, que fez do mar a fronteira do petróleo no Brasil. É uma história de esforços hercúleos, rupturas tecnológicas, recordes de perfuração sucessivos sob uma lâmina d"água sempre mais profunda. Mas, e se, fora do olhar do grande público, existir uma história não contada?"

Assim,o povo brasileiro esquece dos riscos de um projeto desta magnitude.O jornalista Norma Gal escreveu um excelente texto sobre os desafios, riscos e problemas relacionados à finanças, política, geologia, logística da exploração da do pré-sal.A leitura do texto na íntegra é fundamental ,mas os questionamentos feitos na conclusão são muito relevantes:

A Petrobras e o governo podem vencer todos esses desafios? Políticos, gestores e técnicos se deparam com esses riscos com uma coragem beirando a temeridade. As descobertas do pré-sal criaram o mito dos recursos ilimitados, que acabam gerando incentivos a gastos sem comedimento. O Brasil realmente precisa investir no desenvolvimento do pré-sal a esta velocidade e escala? Será que esses investimentos acelerados não criarão distorções na economia do país? Serão os investimentos em petróleo os mais importantes para o futuro do Brasil? Ou seriam preferíveis investimentos para corrigir enormes deficiências como no ensino público, portos, aeroportos, geração e transmissão de eletricidade, comunicações, saneamento básico e infra-estrutura de transporte?

Embora os recursos de petróleo do Brasil em águas profundas sejam um dos principais alvos na busca mundial por novas reservas, a Petrobras pode ter de trabalhar com mais cautela e tempo para superar as limitações na capacidade financeira, técnica e de recursos humanos. Terá sido correto estabelecer em lei a obrigatoriedade de participação da Petrobras em pelo menos 30% de todos os campos de exploração de petróleo? Isso não levará a empresa a uma exaustão financeira?



Pra concluir este post, deixo uma bela frase de Machado de Assis no conto Teoria do Medalhão:

A vida...é uma enorme loteria; os prêmios são poucos, os malogrados inúmeros, e com os suspiros de uma geração é que se amassam as esperanças de outra. Isto é a vida.

Mundial

Links sobre o caso das ações da Mundial:

CVM investiga manipulação em ações da Mundial

Mundial volta a ser pequena após sonhar em ser blue chip

Mundial se diz vítima de "assalto especulativo

Carta enviada à CVM

Gráfico da MNDL 3:


Fonte do gráfico: The Drunk

23 julho 2011

Rir é o melhor remédio

Fotografias dos atletas de salto

Você confia no seu corretor de imóveis?

O vídeo abaixo traduz a questão apresentada no capítulo do livro Freakonomics:How is the Ku Klux Klan like a group of real-state agents?

Dívidas surgiram antes do dinheiro

O aumento do endividamento no Brasil preocupa o governo e os brasileiros, mas uma análise histórica sobre este tipo de problema indica que, no longo prazo, pode não ser algo tão novo ou urgente. “Na história da humanidade, a maior parte das pessoas foi endividada, pelo menos em algum ponto de sua vida. O aumento do endividamento é uma repetição da história”, explicou David Graeber, antropólogo que estudou a história do dinheiro e das dívidas.

Graeber lançou neste mês nos Estados Unidos o livro “Debt, The First 5000 Years” (Dívida, os primeiros 5 mil anos), em que analisa a perspectiva histórica das relações de dívida. Segundo ele, a história do dinheiro é a mesma história do sistema de crédito e débito. Ao contrário do que se pode pensar, entretanto, a dívida surgiu antes do dinheiro. “Os sistemas de crédito vieram primeiro, e as moedas foram inventadas muito tempo depois”, explicou.

Após estudar o tema, ele diz que os primeiros registros que existem do sistema de dívida e crédito são de 3 mil anos antes de Cristo, mas é impossível ter certeza exatamente de quando ele surgiu. “O dinheiro não surgiu na forma impessoal e fria, como metal e com valor intrínseco. Ele originalmente aparece como forma de medida, uma abstração, mas também como uma relação de dívida e obrigação entre seres humanos”, disse.

Nascido nos Estados Unidos, Graeber é professor da Universidade de Londres, na Inglaterra. Segundo ele, contar a história simplista de que a economia surgiu nas primeiras cidades em que moedas foram usadas para trocas comerciais, “para comprar uma vaquinha”, é uma forma de eliminar os elementos sociais e críticos da questão. Segundo ele, a ideia de dívida é a arma mais potente já usada pelos poderosos para convencer as pessoas de que elas têm que obedecer a seu poder e é tudo por culpa delas mesmas. Um exemplo disso até os dias atuais seria a exploração de trabalho escravo de imigrantes para pagarem as dívidas da própria viagem.

“Na verdade, tudo o que consideramos comportamento natural de mercado é um efeito colateral de guerras e confrontos entre as pessoas. Isso gerou a escravidão e a ideia de dívida social entre vencedores e perdedores. Os mercados de dinheiro sempre tiveram relação com campanhas militares. As pessoas preferem não olhar isso de forma direta, mas é uma parte essencial do capitalismo”, explicou.

Sempre que um povo vence o outro em uma guerra trata-se da ideia de conquista, e os derrotados devem aos vencedores por isso, explicou. Os povos sempre têm que pagar por terem sido conquistados, ele explica, e as vítimas se sentem responsáveis por seu próprio sofrimento.

Fonte: aqui

Audiência pública CPC/CVM: participe!

Por Isabel Sales

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocaram em audiência pública minutas de revisão dos seguintes Pronunciamentos Técnicos e Orientação Técnica:

CPC 20 – Custos de Empréstimos
CPC 21 – Demonstração Intermediária
CPC 44 – Demonstrações Combinadas
OCPC 06 – Apresentação de Informações Financeira Pro forma.

Para apresentar sugestões ou comentários, basta enviar um e-mail para cpc@cpc.org.br até 15 de agosto de 2011.

Clique aqui para mais informações.

Termômetro da "bolha" de tecnologia 2

Segundo o site Broadstuff, a bolha chegou ao nível 6:



22 julho 2011

Rir é o melhor remédio

Via aqui|

Links

A partir 2013 a cerveja deixa de ser alimento na Rússia e passa a ser bebida alcóolica

The Economist: Os jogadores de futebol querem ficar no Brasil

Bater penalti primeiro tem 60% de chance de vencer

Iasb e Fasb irão rever as mudanças no leasing

Auditores preocupados com a dívida municipal da China

Auditorias defendem o fim do rodízio no Brasil

Devemos descontar a vida humana na relação custo-benefício?

A participação estrangeira em escritório de advogados no Brasil

Peso das armaduras pode ter alterado a história

As cidades mais caras do mundo (aqui, aqui e aqui )

Pacientes e Esportes

O gráfico mostra o que ocorre numa emergência de um hospital durante a transmissão de um jogo de hockey no Canadá.

Sucata

Notícia de Portugal sobre um esquema de fraude:

 Manuel Godinho emitia facturas falsas relativas à venda de sucata, em nome de empresas não declarantes fiscais por pessoas com dificuldades económicas. Os cheques que se destinavam ao pagamento das transacções fictícias eram descontados, e o dinheiro ‘vivo’ voltava aos emissores, que depois o incorporavam no seu património. O esquema envolveu 31 suspeitos e 16 empresas, que, no total, incorporaram na sua contabilidade 44 milhões de euros.

Gorjeta e Qualidade do Serviço

Gorjeta supostamente deveria constituir um incentivo para garçons fornecerem um serviço excelente.


De acordo com um estudo apresentado no Planet Money, no entanto, o tempo quente e um ambiente divertido - um navio de cruzeiro ou um bar - são os fatores que realmente levam a uma boa gorjeta. As pessoas dão grandes gorjetas quando estão de bom humor. 


As pessoas também dão dinheiro quando sente pena do garçom.

Via aqui

Por que você deve manter em segredo seus objetivos?

Por Pedro Correia

Após definir um plano de vida novo e brilhante, o nosso primeiro instinto é dizer a alguém, mas Derek Sivers afirma que é melhor manter em segredo nossos objetivos. Ele apresenta uma pesquisa, com origem no ano de 1926, para mostrar por que as pessoas que falam sobre suas ambições podem ter menor probabilidade de alcançá-las.

BDO

Cem dias depois de ver seus sócios no Brasil se debandarem para a KMPG, o presidente mundial da BDO, Jeremy Newman, acha que já é hora de a firma de auditoria e consultoria seguir em frente.

"Coisas ruins acontecem com pessoas boas. Não podemos ficar lamentando para sempre", diz.

Apenas nove pessoas da equipe (que originalmente era da Trevisan Auditores, mas que já havia assumido o nome BDO) permaneceram na BDO após ofensiva da KPMG.

Depois da associação com a RCS, sua nova parceira de serviços, a BDO conta com 400 funcionários, dos quais 27 são auditores com registro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central e Superintendência de Seguros Privados (Susep).

A firma tem hoje 780 clientes, dos quais 12 são registradas na CVM, e projeta faturar em torno de R$ 40 milhões no Brasil neste ano.

"Estou certo de que possuímos capacidade técnica para pegar grandes clientes na área de auditoria. Neste momento, no entanto, vamos apostar nas companhias médias e emergentes", diz Newman. "Somos otimistas e também realistas."

Na segunda-feira, o executivo esteve em São Paulo para participar de um coquetel de lançamento da marca BDO RCS Auditores Independentes. Cerca de 500 pessoas participaram do evento, segundo a BDO. Executivos da firma no México, na Argentina e na Alemanha também vieram para o encontro.

Considerado uma espécie de porta-voz das pequenas e médias auditorias no mundo, Newman tem convicções polêmicas. Uma delas é que os governos poderiam usar seu poder de compra para fortalecer atuação de firmas de menor porte e, com isso, diluir o poder das "Big Four".

"Isso criaria um ambiente mais seguro para que pequenas e médias auditorias fizessem os investimentos necessários para crescer", justifica.

No fim de setembro, Newman, 51 anos, deixará a BDO, única companhia na qual trabalhou em toda a sua vida. "Tenho acordado com a sensação de que preciso fazer alguma coisa diferente na minha vida. Mas ainda não sei o que é", diz o executivo, há 33 anos na BDO.

Mas antes de deixar seu cargo - que será ocupado pelo holandês Martin van Roekel - Newman promete dar mais algumas de suas "alfinetadas" na concentração no mercado, um hábito que ele faz questão de cultivar em seu blog na internet.

Em um dos seus posts, o executivo conta, por exemplo, que um banco na China recentemente exigiu que um de seus clientes contratasse uma das Big Four. Trata-se de uma prática comum em outras partes do mundo - inclusive no Brasil -, mas rara na China, onde o governo costuma ser mais enérgico no combate às movimentações anticoncorrenciais no mercado de auditorias. Lá, o faturamento da BDO cresceu 60% no ano passado.

"Ainda não sei como as autoridades da China vão proceder diante disso. Mas, com certeza, farei de tudo para que tomem conhecimento do fato", garante.


Fonte: Valor Econômico

Concentração de auditoria é discutida

A discussão sobre a concentração no mercado de auditorias atualmente na Europa envolve, além da questão concorrencial entre as firmas, o desenvolvimento de uma política mundial de prevenção de crises.

Na maior parte dos países da União Europeia, as multinacionais PricewaterhouseCoopers, Deloitte, KPMG e Ernst & Young respondem por 90% do setor. Há um receio de que um eventual colapso de uma dessas auditorias possa contaminar todo o mercado.

Diante disso, a Comissão Europeia (CE) deve divulgar, até novembro, um conjunto de medidas de regulação do setor de auditorias, com base na diretrizes de um "green paper" apresentadas em fevereiro pelo órgão.

O documento foi construído a partir de discussões sobre o papel do auditor que vieram à tona depois da crise financeira.

Um de seus pontos mais polêmicos é a instituição de auditorias articuladas (realizada por duas empresas) em companhias abertas, modelo adotado na França. "Pequenas firmas ganhariam reputação. Mas não acredito que esse sistema melhore a qualidade do serviço", diz Klaus Günter Klein, executivo-chefe na Alemanha da Grant Thornton na Alemanha, sexta maior firma do mundo por faturamento.

Uma alternativa a essa proposta - considerada bastante onerosa para as companhias - seria a aplicação do conceito de consórcio de auditorias.

Na prática, significa que uma grande companhia poderia contratar uma firma diferente para cada uma de suas filiais no mundo. Os dados coletados seriam consolidados por outra firma. "Hoje, as grandes companhias trabalham com apenas uma única marca de auditoria", explica o executivo. Günter acredita que a aplicação de consórcio de firmas será uma das medidas aprovadas pela Comissão Europeia.

"O órgão também deve se posicionar contra o prática dos bancos de exigir que seus clientes contratem uma das quatro maiores para concessão de empréstimos", aponta o executivo.

Já o rodízio obrigatório de firmas -- que será exigido novamente no Brasil a partir do ano que vem - não deve aparecer na lista de regras da CE. Pelo menos é isso que Günter espera, pois não há consenso algum sobre o tema. "Mas deve ser aprovada uma exigência de que as empresas justifiquem, periodicamente, por quais motivos decidiram manter ou trocar sua firma de auditoria".


Fonte: Valor Econômico

Bolhas e jornalistas

Por Pedro Correia

Cientistas afirmam que quando a linguagem utilizada por analistas financeiros e jornalistas torna-se cada vez mais semelhante, o mercado de ações pode estar superaquecido. Após examinar 18 mil artigos publicados no sítio do Financial Times, The New York Times e da BBC, os cientistas da computação descobriram que durante a formação de uma bolha, os verbos e substantivos utilizados por analistas e jornalistas financeiros são semelhantes. Imediatamente após a bolha, a linguagem utilizado por ambos é diferente. O estudo mostra que as tendências no uso de palavras por jornalistas financeiros estão intimamente relacionadas com alterações nos principais índices ações - o Dow Jones, o Nikkei-225, e o FTSE-100.

Leia mais detalhes do estudo aqui.

Preço


A Vale estuda uma maneira de aproveitar a capacidade de redução de gás carbônico (CO2) de seu minério com maior teor de ferro como um aditivo de preço do produto no futuro.


Segundo o diretor de marketing, vendas e estratégia, José Carlos Martins, o foco é gerar valor a partir qualidade do insumo siderúrgico. "O aumento deve vir com a percepção da qualidade do minério", afirma.


A mineradora assegura que o teor de ferro mais elevado de seu minério faz as siderúrgicas consumirem menos coque, o carvão usado em altos-fornos para transformar o insumo em aço. Isso reduziria o custo do insumo, além de atender demandas de uma produção menos poluente.


(...) Caso a Vale consiga estruturar uma fórmula de precificação agregando a compensação de CO2, o movimento pode ser similar ao realizado no auge da crise 2008/2009, quando pressionou a mudança no sistema mundial de preço.


Na ocasião, a empresa passou a cobrar um valor adicional para cada 1% de ferro contido em seu minério, alegando que o insumo siderúrgico produzido por ela, na casa dos 65% de ferro, era superior ao negociado no mercado (62%).


A nova fórmula, junto com ganhos logísticos, representou um ganho de US$ 5 bilhões no faturamento da companhia. "O desafio foi trabalhar para o mercado reconhecer a qualidade do minério", conta Martins.


Brasil Econômico
Vale quer usar crédito de carbono no preço do minério - Nivaldo Souza - 21/07/11

Silogismo da Política

Aprendendo com a Wikipedia: 

 1) Devemos fazer alguma coisa
2) Isso é alguma coisa
3) Portanto, devemos fazer isso.

 Ou então:

1) Para melhorar as coisas, as coisas devem mudar
2) Estamos mudando as coisas
3) Portanto, estamos melhorarando as coisas.

21 julho 2011

Rir é o melhor remédioF

Adaptado daqui

Teste 503

No ano de 2010 o Brasil, talvez pela primeira vez na histórica do Iasb, participou de forma mais efetiva com doação a entidade internacional de contabilidade. Do Brasil foram doados 197 mil libras esterlinas (aproximadamente 500 mil reais), ou 1% do valor recebido em 2010 pelo Iasb em doação. Você saberia dizer quem fez esta doação?

Resposta do Anterior: Externalidade

Roubo de Auditores


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recebeu uma denúncia inédita. A BDO, quinta maior firma de contabilidade do mundo, acusa a KPMG de prática anticoncorrencial por comprar quase toda sua equipe de auditores e consultores, cerca de 750 profissionais.


A BDO tinha uma parceria no Brasil com a Trevisan, que a colocava entre as cinco maiores no país. Neste ano, os sócios decidiram ir para a KPMG, num negócio estimado em R$ 150 milhões.


A BDO, quinta maior firma de contabilidade do mundo, apresentou uma denúncia inédita de prática de concorrência desleal no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade): a "compra" de toda sua equipe de auditores e consultores - de cerca de 750 profissionais - pela concorrente KPMG em março. A BDO apresentou impugnação da operação no mesmo mês.A equipe da BDO era formada por profissionais de uma parceria da firma com o empresário Toninho Marmo Trevisan, a BDO Trevisan. O empresário saiu do negócio em 2009, vendendo sua participação para os demais sócios. Em março deste ano, eles fecharam com a KPMG. O negócio foi estimado em R$ 150 milhões.


A disputa entre a BDO e a KPMG no mercado de auditorias acendeu um sinal de alerta no Cade do Ministério da Justiça, que pretende fazer uma ampla análise da competição no setor.


Inicialmente, o Conselho vai verificar se a contratação pela KPMG da equipe de auditores da antiga Trevisan prejudica a competição. A partir da análise desse caso específico, o Cade vai partir para uma verificação maior envolvendo todo o mercado. O objetivo é saber se as aquisições realizadas pelas quatro maiores firmas - KPMG, Deloitte, PricewaterhouseCoopers e Ernst & Young - estão prejudicando a concorrência.


Segundo o conselheiro Olavo Chinaglia, relator do processo, essas empresas, conhecidas como "Big Four" (as quatro grandes), estão realizando aquisições de equipes inteiras de companhias concorrentes em vários países. Ao fazê-lo, elas levam também os clientes dessas equipes.


"Onde existia um quinto concorrente, além das "Big Four", com capacidade maior de crescer, aparentemente está havendo um movimento no sentido de adquiri-lo", afirmou o conselheiro. "É uma circunstância que vamos levar em consideração", completou.Chinaglia obteve essas informações em conversas com integrantes do Cade britânico, o Office of Fair Trading (OFT). "Eles falaram sobre o setor de auditoria e disseram que há operações no mundo todo", relatou. Para ele, é importante para o Cade compreender o contexto mundial em que essas aquisições acontecem, pois elas terão reflexos no Brasil. "Claro que estamos observando não apenas o caso (da KPMG e da BDO), mas tentando identificar o que acontece no mundo todo."


A concentração das maiores empresas do setor, no Brasil, é significativa. As quatro maiores firmas de contabilidade do país ficaram com 96% de toda a receita paga pelas 200 maiores contas entre as companhias abertas, em 2009. Contabilizadas as aquisições feitas pela KPMG e pela Ernst & Young, a concentração subiu para 99,9%, na mesma base de comparação.


Segundo Chinaglia, a discussão envolvendo a concorrência entre auditorias é nova no Brasil e diferente de todos os outros casos no Cade. "Não estamos falando da aquisição de unidades industriais ou de marcas, mas sim, da transferência de capital intelectual."


O processo está sob análise inicial da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, que vai fazer um parecer sobre o assunto, indicando medidas a serem adotadas pelo Cade. Para tanto, a Seae terá de definir quais os mercados principais de competição das firmas de auditorias e verificar como se dá a concorrência em cada um deles. A secretaria já iniciou uma divisão entre alguns mercados para diferenciar, por exemplo, as auditorias de grande porte das chamadas auditorias em capital fechado para fins fiscais. A Seae não tem prazo para concluir essa análise.


A aquisição da equipe da BDO foi interpretada como um movimento de reação da KPMG ao avanço da rival Ernst & Young, que adquiriu a Terco, então parceira da Grant Thornton, no fim de 2010.


O executivo-chefe da BDO, Jeremy Newman, espera que o Cade dê uma sinalização de que está atento aos movimentos anticoncorrenciais no mercado de auditoria e envie uma mensagem de que não permitirá mais aquisições como as que ocorreram.


"Ninguém falou nada quando a Ernst & Young comprou a Terco", comenta. "Deixar que esse tipo de movimentação aconteça de novo e de novo, não é inteligente para o mercado."


Procurada, a KPMG disse que está "certa de que a transação é legítima e não provocará concentração de mercado" e que "se exime de emitir comentários sobre o processo até a sua conclusão."


'Roubo' de auditores chega ao Cade - Marina Falcão, Denise Carvalho e Juliano Basile | De São Paulo e Brasília - Valor Econômico - 21/07/2011 (dica de Caio Tibúrcio, grato)

IFRS e Tribunal

 Um dos aspectos considerados relevantes para a total convergência das normas contábeis diz respeito a influencia legal das novas normas. Assim, os críticos dos EUA ao processo de convergência afirmam que normas baseadas em princípios podem gerar problemas legais nos tribunais daquele país.

Usando uma metodologia experimental com mais de 700 estudantes de graduação, Kathryn Kadous e Molly Mercer promoveram júris para avaliar a conduta do auditor em situações onde os padrões são mais imprecisos, exatamente como os críticos argumentam que será o cenário com as normas internacionais.

Os resultados encontrados mostram que em algumas situações os veredictos contra os auditores aumentam, enquanto que em outras diminuem. Ou seja, precisamos de mais pesquisa.

Apple

Atualmente,a Apple é a segunda maior companhia aberta em termos de valor de mercado.Com capitalização de 349,38 bilhões de dólares.A Exxon Mobil é a primeira e tem valor de 411,97 bilhões. O Wall Street Journal deu destaque para alguns dados do resultado semestral da Apple:

Apple reported earnings of $7.31 billion, or $7.79 a share, blowing past consensus estimates of $5.85 a share. The company’s sales surged to $28.57 billion, topping expectations of $24.99 billion by a hefty few billion.

Curiously, the company offered a pretty tepid fiscal fourth-quarter outlook. It estimates earnings of $5.50 a share and revenue of $25 billion. That would be a sequential retreat, which might cause some head scratching among the Apple faithful.

Among the earnings highlights:

The company said it sold 20 million iPhones in the quarter.

Mac unit sales were 3.95 million.

The company now has $76 billion in cash.[1] That’s a nearly $10 billion surge in three months. No wonder they need a new headquarters.


iPods keep selling, with 7.54 million out-the-door in the quarter.
iPads? 9.25 million sold.
iPad sales grew 184%, iPhones sales grew 142%.


The company said it sold every iPad it could make.


The iPod has a 70% market share and is the top device in every country it is sold.


Apple’s shares are up 54% in the last year, more than double the gain of the S&P 500 over that same period.

Fonte:
WSJ

[1] Leia uma análise sobre o Caixa da Apple

Honestidade

Uma experiência interessante está sendo realizada em algumas cidades dos Estados Unidos. Um stand de venda de chá, com valor de $1 a garrafa (um valor abaixo do preço normal), onde o cliente deve depositar o dinheiro numa caixa. Não existe punição para aqueles que não pagam, mas o movimento está sendo registrado. Aqui o vídeo promocional. Aqui o endereço com o resultado atualizado. Em Seattle, uma cidade ao norte, do lado do Pacífico, 97% pagaram o valor pedido. Los Angeles teve 90% de honestidade.

Capes e Ética

Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP mostra que a pressão por publicações feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sobre os pesquisadores gera condutas antiéticas. “Quem não publica muito pode ser responsável pela redução da nota do curso e, por consequência, pode ser retirado do programa”, afirma Jesusmar Ximenes de Andrade. (...) 


Um dos fatores indicados como incentivadores de más condutas foi a grande necessidade por publicações. “É algo que merece reflexão da própria Capes e de toda a comunidade científica. É melhor ter quantidade ou qualidade? Publicações com qualidade exigem tempo para serem produzidas”, afirma. Andrade ressalta que o questionamento não é ao papel da Capes. “Associado aos mecanismos atuais outros deviam ser pensados para equilibrar quantidade e qualidade. Isso na contabilidade é particularmente importante, já que não temos uma boa qualidade de revisores”. De acordo com os resultados do questionário, a má conduta existe, mas não com muita frequência. 


Porém, segundo Andrade, “só o fato de existir já é um alerta. Ainda que ocorra pouco, é preciso buscar que não aconteça nunca”. Coautoria e bibliografia Entre as condutas mais citadas nas respostas está o fato de pesquisadores creditarem outros como coautores sem que estes tenham contribuído para o trabalho. Isso com o intuito de que, em outra pesquisa, haja a retribuição do favor. 


“Pesquisadores que fazem isso podem ter vantagem em concursos públicos ou em indicações para projetos de pesquisas pois teriam mais publicações que outros”, explica Andrade. Outra prática bastante recorrente é a citação de obras que não foram lidas na bibliografia para fazer parecer que o trabalho tem um maior embasamento teórico. (...)

 Fonte: Aqui. Veja aqui um texto de Staubus

Pedra, Papel e Tesoura é um jogo de sorte e azar?


O jogo de “pedra, papel e tesoura” é muito conhecido e até crianças jogam. É um jogo de duas pessoas em que cada uma delas deve escolher, sem que a outra saiba, entre “pedra”, “papel” e “tesoura”. Quando começar a disputa, os dois adversários devem apresentar, com gestos das mãos, se escolheu um desses. Pedra vence tesoura; tesoura vence papel; e papel vence pedra.

Se você pensou em colocar “pedra” e seu adversário colocar também “pedra” o jogo terminou em empate; se o adversário colocar papel, você perdeu; e se o oponente escolheu tesoura, você ganhou. Ou seja, o jogo tem 1/3 de chance de empate e 1/3 de chance de vitória para um dos lados.

Pesquisas recentes mostraram que talvez estas chances não sejam tão exatas. A decisão de cada jogador termina sendo afetada pelo movimento do outro lado. Uma pesquisa realizada na University College de Londres com este jogo sendo feito com os participantes de olhos vendados, o empate aconteceu em 33,3% dos casos ou 1/3 dos casos. Exatamente como previsto na teoria.

Entretanto, quando os pesquisadores retiraram a venda, o número de empates aumentou para 36,3% dos casos. A explicação para este aumento no número de jogos sem vencedor, segundo os pesquisadores, deve-se a tendência natural, e as vezes inconsciente, que temos de imitar os outros.  A imitação muitas vezes não é consciente e voluntária. Observe que neste jogo para vencer é necessário não imitar a outra pessoa.

Via aqui (com sugestões de estratégias para vencer no jogo)

Driblando os contribuintes

Os proprietários de equipes esportivas frequentemente recorrem ao contribuinte em geral para ajudá-los a construir belos estádios novos, incluindo camarotes luxuosos para torcedores abastados.Como o fazem?Em parte, pagando os consultores para que produzam estudos que demonstrem o grande impacto econômico favorável na região do novo estádio.O problema com esses estudos é que são falhos. Os eleitores do Estado de Washington rejeitaram o financiamento público do novo campo Safeco de beisebol em Seattle, mas a assenbleia legislativa reuni-se em sessão especial para aprovar uma lei tributária que financiasse essa construção.Logo despois, se solicitou dos contribuintes que pagassem 325 milhões de dólares para demolir o velho estádio de futebol americano, Kingdome, e fosse construído um novo estádio para os Seattle Seahawks. Quando se perguntava por que recursos públicos deviam financiar instalações privadas para a prática de esportes tradicionais, a resposta era:"Mesmo que você não seja aficicionado por futebol, o alto nível de atividade econômico gerado pelos Seahawks lhe afeta...O impacto econômico total anual do Seahawks no Estado de Washington corresponde a 129 milhões de dólares".

Parace impressionante, mas esse argumento é falacioso. A maior parte desse dinheiro teria sido gasto no Estado de Washington de qualquer maneira, mesmo que os Seahawks tivessem se mudado de Seattle para outra cidade. Se um torcedor local não tivesse um jogo dos Seahawks para assistir, o que ele faria com o dinheiro?Queimaria? Dificilmente. Quase todo esse dinheiro teria sido gasto na região de qualquer maneira. Uma estimativa independente do gasto adicional que viria para o Estado de Washington em consequência da manutenção dos Seahawks em Seatte colocou o impacto econômico total em menos da metade do valor erroneamente alegado pelos preponentes do estádio. Colocando esses cálculos numa perspectiva apropriada,o próprio Centro Fred Hutchinson de Pesquisa do Câncer tem um impacto econômico duas vezes maior do que o das equipes de esportes profissionais em Seattle.

Fonte:Tom Griffin,"Only a Game", Columns - The University of Washington Alumni Magazine, junho de 1997,pp.15-17.

20 julho 2011

Rir é o melhor remédio




Preguiça

Qual o melhor número da poltrona ao fazer uma viagem?


Se você pretende fazer uma viagem a escolha do número do assento pode ser um problema.

Caso a viagem seja de ônibus, a escolha é simples e foi-me ensinada pelo meu pai, uma pessoa sábia que viaja de ônibus regularmente: escolha o número 23. Em geral este número é janela, o preferido pelos que usam o ônibus. Mas o principal atrativo deste número é fato de que as pessoas são gostam de viajar no número “24”, principalmente os homens. Por este motivo, existe uma grande chance de você fazer sua viagem sem nenhuma pessoa ao lado, para seu maior conforto.

Em viagens de avião imagina-se que a escolha do assento pode levar em conta diversos fatores. Caso seja importante viajar com o lugar ao lado desocupado, a sugestão é não ser preconceituoso e escolher qualquer assento com o número “24”. Novamente a chance de você viajar com mais conforte é maior, pois a chance de ter uma pessoa ao lado é menor. Mas se você é daqueles que na escola, numa lista numerada, pulava o número “24”, esqueça a dica. Mas nunca escolha as poltronas da portas de emergência, pois a chance de uma pessoa de “peso” viajar ao seu lado são maiores.

Caso você goste de ser o primeiro a pisar no solo, escolha um número de corredor, no início do avião. Se estiver com fome, os melhores assentos são os primeiros e os últimos, pois geralmente o lanche começa a ser servido neste sentido. Sendo estatístico, escolha os últimos assentos: a chance de sobrevivência para quem estiver na cauda do avião são maiores.

Teste 502


Esta foto é um exemplo de um conceito da economia, muito importante na vida prática. Que conceito é este?

Resposta do Anterior: Receita Diferida

Pesquisa e Desenvolvimento

Por Pedro Correia


No artigo intitulado "Foreign acquisitions, domestic multinationals, and R&D", os autores buscaram examinar o que acontece nas atividades de P & D de empresas suecas,após a aquisição por uma multinacional estrangeira.É importante ressaltar que multinacionais de origem sueca, como Volvo, Saab, Asea, e Astra foram adquiridas por estrangeiros e, portanto, não são mais suecas.Ademais,eventos semelhantes são observados e debatidos em muitos outros países.

A figura abaixo mostra a importância das multinacionais estrangeiras e suecas no setor manufatureiro do país. Ambos os tipos de multinacionais respondem juntas por cerca de 80% do emprego total no setor. No entanto, a contribuição relativa dos dois grupos mudou bastante na última década. Enquanto as multinacionais suecas foram responsável pela maioria do emprego no início de 1990,no início dos anos 2000 as estrangeiras dominavam esse quesito. Esta mudança se deve principalmente a aquisições de empresas multinacionais suecas por estrangeiros.




Bandick e Gorg (2010) e Bandick e Karpaty (2010) constataram que tais aquisições não resultam em reduções no emprego ou fechamento de fábricas. No entanto,o que acontece com as atividades de P& D,nas empresas que,anteriormente eram multinacionais suecas? Afinal, o adquirente ,normalmente possui essas atividades em seu país de origem. Será que as atividades P & D são realocados para o país de origem do novo proprietário, retirando da Suécia essa atividade de extrema relevância? Ou será que a localização de P & D é mantida e até mesmo expandida,devido à aquisição estrangeira?

Em uma rápida comparação,as multinacionais estrangeiras e suecas realizam maiores investimentos em P & D (medido como a razão de gasto em P & D sobre o total de vendas em uma empresa) que as não-multinacionais.No entanto, não há diferença estatística significante nos gastos de P & D entre multinacionais estrangeiras e suecas. Esta simples comparação, obviamente, não permitem qualquer conclusão sobre o potencial efeito de uma aquisição externa nas atividades P & D de multinacionais suecas.



A fim de resolver este problema, os autores empregam uma estratégia empírica, que envolve a construção de um grupo contrafactual de controle, ou seja, empresas que possuem características semelhantes as empresas alvos de aquisição, mas que não foram adquiridas por estrangeiros. Para esses dois grupos de: empresas adquiridas e grupo controle, a diferença no crescimento da intensidade de P & D antes e após a aquisição são então comparados.

Os resultados sugerem que as atividades de P & D em empresas suecas não diminuem após serem adquiridas por um proprietário estrangeiro. Ao contrário, os resultados econométricos sugerem que a P & D aumentam de intensidade entre 3% a 10% após a aquisição estrangeira. Embora estes efeitos sejam mais fortes para a aquisição de empresas suecas não-multinacionais do que para as multinacionais suecas, é importante ressaltar que mesmo para a aquisição de multinacionais suecas o efeito em P & D é geralmente positiva, nunca negativa.


Assim, os resultados sugerem que os temores de que a aquisição de grandes multinacionais suecas por proprietários estrangeiros poderia levar a um deslocamento das atividades de pesquisa e desenvolvimento para o exterior parecem infundadas.

Avaliação de Docente

Sobre a avaliação de um professor, eis um comentário pertinente de Dan Ariely:
A missão de ensinar, e sua avaliação, são incrivelmente intrincadas e complexas. Além de ser capaz de ler, escrever e fazer alguns cálculos e ciências, nós queremos que os alunos sejam informados, tenham a mente aberta, sejam criativos, sejam alunos ao longo da vida, etc etc etc Em cima disso, todos nós podemos prontamente concordar que a educação é um processo de longo prazo que, por vezes, leva muitos anos para vir a ser concretizadas. Com toda essa complexidade e dificuldade de descobrir o que faz um bom ensino, também é incrivelmente difícil dizer com precisão e avaliar exaustivamente o quão bem os professores estão fazendo.

Brasileiro

O graphjam é um sítio muito interessante, com gráficos de mentira. Tenho utilizado alguns dos gráficos na seção de "Rir é o melhor Remédio". Eis um dos mais recentes deles:
(O que as pessoas fazem quando eu digo que sou brasileiro? Elas param de falar comigo com medo). Junte a isto uma propaganda do Trident. Observem o "samba" e outras coisas, mas o comercial termina com mensagens em espanhol. Vejam aqui:
(fonte do vídeo, aqui)

Homem e Mulher

A figura acima apresenta uma propaganda da Nike (observem com atenção que a mulher está com tênis desta empresa). Uma pesquisa sobre o comportamento do gênero e a propaganda mostra alguns aspectos interessantes. Ao mostrar esta fotografia para homens e mulheres notou-se diferença na atenção. Ambos observam muito a face da modelo. Os homens também observam outra parte da propaganda (não é necessário dizer qual). Já as mulheres também focam sua atenção para coxa e para o calçado. Enquanto o homem gastou em média 4,18 segundos observando a face da modelo, as mulheres passaram 3,01 segundos neste detalhe. O segundo ponto de maior observação na foto teve mais tempo de observação do homem (1,57 segundo, bem abaixo do tempo olhando o rosto) do que da mulher (1,05 segundo). Os homens olharam 0,95 segundo para o sapato versus 1,49 segundo das mulheres.

Parece mentira? Veja outra figura abaixo. Novamente uma mulher atraente, agora numa praia, de biquíni. Os homens gastaram bem mais tempo olhando o rosto da modelo (2,28 segundos versus 1,61 segundo), tempo quase igual no tronco (1,23 versus 1,28), mas menos tempo nas pernas (0,52 versus 0,65) e nos textos.
Fonte: aqui

19 julho 2011

Rir é o melhor remédio

Cores, segundo o homem e a mulher

Teste 501

Uma sugestão para melhorar o desempenho financeiro dos clubes de futebol no Brasil é a venda antecipada de ingressos (vide postagem de hoje sobre o assunto). Esta venda antecipada recebe uma denominação na contabilidade. Qual o nome dela?

Resposta do Anterior: Custo do transporte. Detroit está muito mais perto do mercado consumidor.

Links


Gráfico interativo: evolução no número de jornais nos Estados Unidos

Gráfico: Onde a Wikipedia está sendo atualizada

As maiores reservas de ouro

Portugal descobre um buraco no orçamento (Aqui também)

Mulheres manda mais mensagens explicitas ou fotos

Murdoch e os acionistas

Crescimento econômico e tamanho do …

Reservas de petróleo da Venezuela são maiores que da Arábia Saudita

Localização da escola e desempenho do aluno

compensação de cheque é de dois dias

Renda fixa é o melhor investimento em 17 anos

Gambiologia: a ciência da Gambiarra [foto]

Os livros mais roubados

Efeito Beleza


Londres, dia 19 de maio de 2011. Na conferência anual da Royal Economic Society, realizada na Universidade de Londres, dois economistas israelenses causaram comoção ao apresentar um estudo realizado em 2010. Eles mostraram, por meio de números, que a beleza ajuda homens e prejudica as mulheres na hora da seleção para um emprego. "Nossa pesquisa chamou bastante atenção dentro e fora da conferência", diz o economista Ze’ev Shtudiner, um dos responsáveis pelo trabalho (leia mais na entrevista abaixo).

A reação trouxe de volta a discussão: a beleza ajuda ou atrapalha no mercado do trabalho? O assunto vem sendo abordado desde a década de 1970, com pesquisas mostrando que os belos ganham mais e são promovidos mais rapidamente. A diferença agora, apontada pelos israelenses, é a questão da suposta discriminação das mulheres bonitas na hora da escolha, reduzindo suas chances de contratação em até 30%. A hipótese formulada para explicar os resultados é, no mínimo, polêmica. "Como a área de recursos humanos tem mão de obra predominantemente de mulheres, o motivo é a inveja feminina", afirma Shtudiner. (...)

Outros fatos apurados surpreenderam a publicitária [Juliana Penha Gomes, no seu trabalho de mestrado]. Todas as entrevistadas afirmaram que preferiam ter um gestor homem. "Pude perceber que elas associavam as mulheres a estereótipos de falsidade e inveja. Uma comentou que, quando a chefe era mulher, precisava pensar mais para falar e não podia ser direta, pois tinha medo de como seria interpretada." (...) (Quando ser bonita atrapalha a carreira - Estado de S Paulo - 10 de julho de 2011 - Empregos, p. 6)

Aqui  uma postagem anterior sobre o assunto. A questão do efeito beleza já foi discutida amplamente. Mas parece que as conclusões do texto acima contradizem a maioria das pesquisa, onde o efeito beleza é bastante favorável aos mais belos. As escolhas políticas são afetadas pela beleza. Particularmente fiz uma pesquisa com um aluno de graduação (André Brandão) e constatamos que os candidatos mais belos são os mais votados. No Brasil. 

Na prostituição, as mais bonitas recebem mais, segundo pesquisa realizada no México e Equador. Isto também interfere na remuneração dos executivos. No mercado de trabalho foi constatado que os mais belos ganham mais (aqui também). Isto inclui a televisão.

Mas os mais belos possuem mais chance de obterem empréstimo e, olhem só, serem mal pagadores.

Algumas pesquisas sugerem que a beleza das russas deve-se a falta de mercado da beleza feminina no comunismo. Aqui uma discussão sobre a relação entre beleza e felicidade.

Outro efeito interessante é que as pessoas tendem a acreditar que são mais belas que a média, um viés conhecido como Efeito Lake Wobegon. 

(fonte da foto: aqui)

Qualidade da Exportação Piorou


O gráfico acima mostra o tipo de exportação brasileira sobre o total exportado. Se na década de 90 prevalecia a exportação de produtos manufaturados (acima de 50% do total exportado), nos últimos anos o Brasil está exportando cada vez mais produtos básicos. Ou seja, regredimos em termos de qualidade da nossa exportação. O gráfico abaixo mostra que em termos absolutos o volume exportado de manufaturados caiu após a crise financeira.


Os dados são do Banco Central.

Fazendas

Uma comparação entre o tamanho das fazendas, no Brasil e nos Estados Unidos. Dos 815 milhões de acres de fazenda no Brasil, mais de 40% possui mais de mil acres de tamanho. Somente uma pequena parcela é de minifúndio. O contrário ocorre nos Estados Unidos. 

O PIB agrícola dos EUA representa 0,9% da sua economia, enquanto no Brasil é de 4,53%. Em termos de paridade do poder de compra, o PIB dos EUA é de 14 trilhões, enquanto o PIB brasileiro é de 2,1 trilhões. Isto significa que a agricultura dos EUA é 30% maior que a brasileira. 

Mas levando em conta a área, os EUA utilizam 2 261 milhões de acres ou 177% a mais que o Brasil. Assim, em termos de área, a produção agrícola brasileira é maior que dos EUA. 

(Com base nos dados da Wikipedia)

Venda Antecipada


Organizar um sistema eficiente de venda antecipada de ingressos é a melhor maneira de os clubes conseguirem a garantia de receitas expressivas com o público que frequenta os estádios. Essa é uma das conclusões do levantamento "Estudo da demanda por ingressos no futebol brasileiro", elaborado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). (...)


Para o clube, a vantagem é poder ter um planejamento financeiro e operacional mais eficiente. Com conhecimento antecipado da receita, pode-se, por exemplo, montar elencos mais fortes, o que amplia a perspectiva de bons resultados em campo.


Bagunça. Há, porém, empecilhos para essa mudança de método na comercialização dos ingressos. Um deles é o calendário. "É um sério problema, as mudanças de datas não são boas para ninguém", atesta Machado. (...)


O preço do bilhete, concluiu a pesquisa, está ligado à demanda de público. "Um aumento médio de R$ 10 diminuiu o público em 2,11%", diz o professor. "Mas tem peso menor do que a performance recente do time. E clássicos ou jogos que envolvam equipes do Rio e de São Paulo têm efeito positivo sobre a demanda."


Condições climáticas também estão ligadas à decisão de ir ao jogo. O estudo mostrou que em dias de chuva o público sofreu redução de 23% em relação aos outros dias. "Com a venda antecipada, não haveria esse problema", afirma o professor. (...)


Venda Antecipada de entrada espanta torcedor de ocasião - Almir Leite - Estado de S Paulo, 12 jul de 2011 E2

Relatório do Iasb

A receita da Fundação IFRS depende da contribuição recebida de governos, empresas e particulares. Nos dois últimos anos praticamente não ocorreu muita variação na fonte e no valor total: a receita total da entidade foi de 22,7 milhões de libras esterlinas, sendo 16,6 de doações e 5,8 com publicações.
Já as despesas aumentaram substancialmente: era quase 23 milhões de libras e chegou a 24,1 milhões. Boa parte do aumento teve sua origem em salários. 
Assim, quando se compara a receita com a despesa tem-se um déficit crescente. 
Isto faz com que a dependência da doação das Big Four, as quatro grande empresas de auditoria, seja significativa. Suas doações representaram quase 30% das doações recebidas ou 21,8% da receita total. 



"Rodízio" de auditoria

As empresas de auditoria saudaram o aumento de tempo limite proposto para prestação de serviços a companhias abertas no Brasil, mas defendem o fim do "rodízio" exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Na quinta-feira, a CVM colocou em consulta pública até 15 de agosto a minuta de instrução que altera de 5 para 10 anos consecutivos o prazo para prestação de serviços de uma mesma auditoria externa para uma companhia, desde que ela tenha um comitê de auditoria em estatuto. "O rodízio não dá uma contribuição importante para o que foi proposto", afirmou o sócio-líder de auditoria da Ernst & Young Terco, Sergio Romani, à Reuters. Um dos principais pontos da troca obrigatória de auditores é evitar vícios e favoritismos na hora de revisar a contabilidade das companhias.

Para Romani, um forte reforço na governança corporativa das companhias, principalmente nos conselhos de administração, seria mais saudável do que a troca obrigatória de auditores. O sócio da KPMG Gilberto Munhoz acrescenta que a troca dos profissionais responsáveis pela análise dos números, e não das auditorias em si, a cada cinco anos também reforçaria a credibilidade do serviço. "O vício da auditoria você minimiza pela rotação dos responsáveis técnicos", sugeriu.

Passar mais tempo auditando uma companhia pode também ajudar na identificação de fraudes e rombos contábeis, apesar de não constituir nenhuma garantia quanto a isso. "Quanto mais tempo, mais você conhece o cliente, os sistemas de controle, a cultura, e há uma auditoria mais eficaz. Mas auditoria não é feita para identificar fraude", afirmou Munhoz.

Em um cenário no qual o fim do rodízio ainda não é previsto, a reforma da instrução, contudo, é considerada bem-vinda. "Se a gente olhar pela ótica de que o rodízio não vai acabar, a nova instrução é muito boa", disse o sócio-líder de auditoria da Ernst & Young Terco. Segundo ele, cinco anos para o rodízio é um prazo muito curto, já que as equipes de auditores têm que se adaptar, por exemplo, a cálculos complexos e controles internos que variam entre empresas.Além disso, as firmas de auditoria investem em treinamentos específicos que precisarão ser feitos novamente a cada rodízio, disse Munhoz, da KPMG.

"A cada cinco anos você treina equipes para determinados nichos de clientes, e todo o investimento você vai perder depois de cinco anos, e tem que treinar novamente. O custo fica muito grande." Custo que pode ficar maior para auditorias de pequeno e médio porte, já que as grandes dominam o mercado de prestação de serviço para companhias abertas e trocam entre si esses contratos.

"Acho que o rodízio é mais prejudicial às pequenas auditorias do que às grandes", disse o diretor superintendente da auditoria UHY Moreira, Paulo Moreira. A UHY Moreira, com sede em Porto Alegre (RS), possui apenas cinco clientes listados na Bovespa, entre eles a Telebrás.

No documento colocado em consulta pública, a CVM argumenta que, mantido o rodízio obrigatório com prazo maior, custos de treinamento de auditores seriam diluídos ao longo do tempo.As auditorias consultadas pela Reuters estão analisando se irão encaminhar sugestões para a modificação da instrução proposta pela CVM.

Fonte: aqui via Alexandre Alcantara

Trustees da Fundação IFRS

A composição dos trustees da Fundação IFRS revela um claro domínio europeu e dos Estados Unidos (quatro dos cinco representantes da América do Norte são deste país). América do Sul (ou seja, Pedro Malan, do Brasil) e África possuem um representante. 

Recompra de ações

Os programas de recompra de ações voltaram. Muito utilizadas em épocas em que o mercado está em baixa, essas operações foram anunciadas –ou renovadas– por diversas empresas neste ano, como Vale, Bradesco e Cyrela.Para o acionista minoritário das companhias, esses programas trazem diversas vantagens, dizem analistas. A recompra de ações é uma forma de a empresa mostrar aos investidores que acredita que seus papéis valem mais do que preço pelo qual estão sendo vendidos.



Com dinheiro em caixa, as companhias compram parte de suas próprias ações, como forma de aumentar sua negociação e, eventualmente, até elevar seu preço. Além disso, como acreditam que os papéis devem subir no longo prazo, elas também podem lucrar com a venda deles no futuro.Outra opção é cancelar as ações compradas, como será feito no caso da Vale.

A mineradora –que tem uma das ações mais negociadas da Bovespa– lançou em 30 de junho um programa para recomprar até 5,9% das ações em circulação. Para isso, vai gastar US$ 3 bilhões (R$ 4,72 bilhões).Desde então, sua ação preferencial teve valorização de 2,77% –nos mesmos 15 dias, a Bolsa caiu 4,69%. “Se a empresa lança esse programa de recompra, é porque entende que as ações dela são um bom investimento em relação a outras aplicações que ela poderia fazer com o seu caixa”, diz Márcio Cardoso, da Título Corretora.

Por conta dessa sinalização positiva, os analistas acreditam que os acionistas dessas empresas devam manter suas posições. Além disso, pode ser um bom momento para comprar esses papéis. A recompra tem um viés positivo para os acionistas”, afirma Marcelo Varejão, analista-chefe da Socopa.

Se a empresa cancela as ações, a participação de cada acionista na empresa aumenta automaticamente, mantendo o valor investido. Assim, o lucro por ação cresce. E, na hora de receber os dividendos, cada investidor terá um retorno maior.

Leandro Martins, da Walpires Corretora, alerta para o fato de que o anúncio da recompra não é suficiente para fazer os papéis começarem a subir de forma constante.“Em 2008, a ação da Vale teve recompra e continuou a cair. O acionista tem que tomar cuidado, fazer uma análise técnica da ação. Preço não é loteria, não é jogo, é preciso acompanhar a cotação”, afirma.

Os analistas concordam, no entanto, que a tendência para os preços é de alta.“A Vale, por exemplo, não faria isso de maneira inconsequente. Se isso fosse só jogada, o mercado perceberia rapidamente”, diz Cardoso, da Título Corretora.



Fonte: Folha de São Paulo -Giuliana Vallone,

18 julho 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Links sobre penalti


Equilibrio de Nash e cobrança de pênalti

Um jeito estranho de bater pênalti

Um vídeo sobre um jeito de bater pênalti

Segredo de bater o pênalti

Teoria do Jogos e Futebol

Parcialidade do juiz e o goleiro

Teste 500

A GM irá produzir um carro econômico em Detroit, segundo esta notícia. A redução do custo dos trabalhadores ainda é insuficiente para compensar o custo no México. Entretanto, existe uma economia de custo que não aparece no texto. Qual seria esta economia?

  Resposta do Anterior: Imprensa

Custos


O único carro subcompacto fabricado em solo americano sairá em breve de uma fábrica da área suburbana de Detroit tão incomum quanto o carro em si. A linha de produção foi confinada à metade do espaço de uma fábrica tradicional. Os robôs soldadores estão concentrados em grupos eficientes e não espaçados ao longo da linha, enquanto muitos trabalhadores recebem a metade de um salário típico de um sindicalizado. Até a primeira camada de agente antiferrugem foi reformulada para ter um centésimo da espessura, mais barata que o revestimento em outros carros.


Um dos mais antigos axiomas da indústria automobilística é que nenhuma companhia consegue construir um carro subcompacto nos Estados Unidos e ganhar dinheiro, porque seu preço de venda é baixo. O Ford Fiesta é montado no México. O Honda Fit em vários locais, incluindo China e Brasil. Mas com os americanos - e Detroit - redescobrindo carros pequenos por causa da alta do preço da gasolina, a General Motors pretende derrubar essa noção com o Sonic. O modelo não só proporcionará nova entrada da GM na camada inferior do mercado quando for lançado em setembro, como se espera que represente avanço no estabelecimento de um novo nível de cooperação entre Detroit e o UAW, o sindicato dos trabalhadores automotivos.


Economia. A fábrica radicalmente reformada opera com menos e mais baratos trabalhadores, muitos dos quais recebem US$ 14 por hora em vez do salário pleno de US$ 28 por hora do UAW. A planta em si é menor e reconfigurada para poupar dinheiro. Executivos moldaram mudanças acompanhando fábricas mais eficientes da GM na Alemanha e na Coreia do Sul.


A área da linha de montagem foi reduzida de cerca de 93 mil metros quadrados para cerca de 47 mil. A conta da energia foi reduzida com o acionamento de operações com gás metano de aterros sanitários próximos.


O Sonic será o menor e mais econômico carro da GM para combustíveis convencionais. Foi concebido em 2008 antes de o governo salvar a empresa da falência, quando negociadores da companhia e do sindicato começaram a quebrar a cabeça sobre como fazer um carro subcompacto lucrativo nos EUA em vez de fazê-lo em países de salários baixos. "Queríamos provar que podíamos fazê-lo", disse Diana D. Tremblay, diretora de relações trabalhistas da GM, "e entramos nisso de mente aberta."


O UAW tentou persuadir a Ford a produzir o subcompacto Fiesta nos EUA, mas a Ford optou pelo México, onde os salários e benefícios de um metalúrgico ficam em menos de US$ 10 por hora. Um trabalhador sindicalizado com salário completo nos EUA custa à GM perto de US$ 60 por hora. Mesmo um empregado em nível inicial custa US$ 30 por hora.


Embora não seja o único fator na produção de um subcompacto lucrativo, os custos mais baixos da mão de obra são críticos para a decisão de construir o Sonic em Michigan. Num acordo trabalhista inovador, o UAW permitiu que a GM pagasse a 40% de seus trabalhadores salário de nível inicial.


"A estrutura de salário em nível inicial foi um importante facilitador porque obviamente quanto menor o carro menor a margem de lucro", disse Diana.


O presidente do UAW, Bob King, disse que o sindicato considerou o significado de um subcompacto competitivo para a linha geral de produtos da GM. O Sonic é o primeiro subcompacto que a GM tentou fazer no mercado doméstico desde o Chevette, há quase 40 anos, fora um breve esforço conjunto com a Toyota para fazer o Geo Prisms. O menor carro de sua linha é atualmente o Aveo, subcompacto desenvolvido pela subsidiária sul-coreana da GM.


"Estamos comprometidos com o sucesso da empresa", disse King. "Tivemos de conversar sobre um modelo de negócios que faça sentido."


Apesar de todas suas promessas, o Sonic ainda terá de convencer os consumidores de que a GM encontrou a fórmula certa para um subcompacto atraente e acessível. Esforços anteriores foram pouco potentes e contribuíram para a reputação pouco animadora da GM no mercado de carros em geral. "A GM tem muita coisa a provar com o Sonic", disse Joseph Phillippi, da empresa de pesquisa Auto Trends. "É preciso cortar custos, mas produzindo um carro competitivo." / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK 

Nos EUA, GM se Reinventa para produzir o Sonic - Bill Vlasic - The New York Times, publicado no Estado de S Paulo 16 jul 2011, b15.

Um interessante estudo de caso para aula de custos.

Concessão


O texto a seguir mostra um interessante estudo de caso sobre a questão contábil da concessão:

O fim do prazo das concessões do setor elétrico corre sério risco de parar na Justiça, seja qual for a decisão do governo federal. De um lado, estão as empresas, lideradas especialmente pelas estatais, cujo principal objetivo é prorrogar os prazos de concessão de suas hidrelétricas. Do outro [1], estão os grandes consumidores de energia, que veem no vencimento dos prazos a oportunidade de derrubar os preços da energia elétrica no País.


(...) Para manter os contratos por mais tempo, o governo terá de aprovar uma nova lei no Congresso, já que a atual determina a retomada da concessão. "Mesmo que a lei seja alterada, o governo estaria ferindo a Constituição", afirma o presidente da Fiesp [Paulo Skaf]. Ele está disposto a tomar todas as providências para que uma nova licitação seja feita. A expectativa do executivo é reverter as elevadas tarifas de energia, uma vez que as usinas estão quase todas amortizadas [2]. Pelos cálculos de Skaf, uma nova licitação representaria uma economia de R$ 900 bilhões em 30 anos.


O presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, também espera que o fim dos contratos traga benefícios para os consumidores, extremamente prejudicados pelos preços da eletricidade. Ele acredita que o assunto vá provocar muita discussão na Justiça. Isso porque a legislação brasileira é confusa. Na Constituição, completa Pedrosa, é possível encontrar todo tipo de sinalização [3]. "Há juristas que entendem que apenas a mudança da lei seria suficiente para prorrogar as concessões. Outros acreditam que teria de mudar a Constituição."


Mas, se o governo decidir por novas licitações, também haverá manifestações contrárias. As geradoras argumentam que nem todas as usinas estão amortizadas [4], como os grandes consumidores afirmam. No caso da retomada da concessão, o governo teria de elaborar um mecanismo para remunerar as empresas por ativos ainda não amortizados. "Se a reversão da concessão não for feita de forma correta, poderá haver discussões judiciais", afirma o presidente da Associação das Grandes Empresas Geradoras de Energia (Abrage), Flávio Neiva. Ele destaca, entretanto, que as empresas não trabalham com essa possibilidade, pois apostam na prorrogação dos contratos. "A energia já esta barata. O problema são os tributos que incidem sobre ela."


Outro defensor da renovação das concessões é o secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal. Ele reconhece que terá de haver compensações para que os contratos sejam prorrogados. Mas, ao contrário de Paulo Skaf, não acredita que seja possível reduzir pela metade o preço das tarifas. "As usinas têm custos. Não dá pra cortar tudo", destaca ele, que mantém sob o comando da secretaria a administração da geradora Cesp.


Por enquanto, o governo continua sem dar sinalização de qual caminho seguirá. Desde fevereiro, há um documento pronto com as duas possibilidades. A maioria das concessões das usinas vence em 2015. 

(Usinas antigas podem parar na Justiça, Renée Pereira, Estado de S Paulo, 16 jul, B7)

[1] E os potenciais concorrentes
[2] Observem o termo contábil
[3] Isto talvez seja um argumento a favor da estratégia de "deixar como está".
[4] Não creio que isto seja um argumento relevante. O governo recompensaria por esta parcela.