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15 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio


Fuga da prisão e o Wikileaks

Teste #395

A revista Time fez uma listagem dos dez grandes negócios de 2010. Juntamente com fatos mundiais, um dos itens está relacionado com o Brasil. Este evento seria:

a compra da Burger King por um fundo de investimento do Brasil
a oferta de ações da Petrobras
a presença de um brasileiro entre os mais ricos do mundo

Resposta do Anterior: 41,3 bilhões de dólares. Fonte: aqui

Homem Aranha na Brodway

Um interessante exercício de custo e lucratividade foi realizado por Rampell Catherine para o New York Times (Spider-Man Economics: recouping that initial investment).

Trata-se do musical sobre o Homem Aranha, que deverá estrear na Broadway. Este musical terá um investimento de 65 milhões de dólares, que é um recorde em termos de musicais. Para se ter uma idéia, o musical de Shrek teve um orçamento de 50% deste valor. Mas será que o dinheiro gasto vale a pena?

O exercício sobre a viabilidade financeira do negócio é interessante. Semanalmente serão apresentadas oito vezes o musical, num teatro com capacidade de 1932 lugares. O valor do ingresso varia conforme a sessão, a peça e uma série de outras variáveis. Usando dados passados de outras peças, poderia considerar um ingresso médio de 111 dólares e uma ocupação de 96% do teatro (que só deverá ocorrer se a peça for um sucesso). Com estes dados é possível calcular a receita bruta da peça em cada semana:

Receita = Valor do Ingresso x Quantidade de Assentos do Teatro x Ocupação média x número de apresentações por semana
Receita Bruta = 111 x 1932 x 96% x 8 = 1 646 991

Deste valor é necessário retirar descontos diversos, como as tarifas pagas para administradoras de cartão de crédito. Estima-se que estes descontos cheguem a 10% do valor da receita bruta:

Receita Líquida = Receita Bruta (1 – Descontos)
Receita Líquida = 1 646 991 x 90% = 1 482 292

O custo semanal de manutenção, que inclui salários de atores, aluguel e eletricidade, deve estar em torno de um milhão de dólar. O valor após este custo é:

Resultado após Custos de Manutenção = 1 482 292 – 1 000 000 = 482 292

Sobre o valor acima é necessário considerar os royalties e outras despesas, que geralmente são despesas variáveis. Uma estimativa é que estas despesas representem 35% do valor:

Resultado após Despesas Variáveis = 482 292 x 65% = 313 489

Este é o valor que irá sobrar por semana. Como o investimento realizado foi de 65 milhões de dólares, pode-se obter em quantas semanas o investimento será retornado:

Retorno do Investimento em semanas = 65 000 000 / 313 489 = 207 semanas

Ou quase quatro anos. A peça deve permanecer em cartaz em até quatro anos para que o investimento se pague. É viável? Algumas peças ficaram em cartaz menos que isto: A pequena sereia ficou um pouco mais de um ano.

Wikileaks

Entre as informações divulgadas pelo Wikileaks, alguns poucos tópicos sobre a contabilidade. Destaque para a pressão do governo de Moscou contra a PwC em razão da empresa de auditoria na Yukos. Esta informação, por sinal, engrandece a PwC.

Custo de um ataque de vírus na internet

Diante dos ataques de hackers nos sítios da PayPal, Visa e MasterCard uma pergunta: quanto custa?

Baseado em situações ocorridas no passado com o Google, um texto do New York Times (F.B.I. Memos Reveal Cost of a Hacking Attack, Verne Kopytoff, 14 dez 2010) os valores são elevados.

Em 2005, a Google usou uma equipe de engenheiros para combater um vírus. A estimativa foram custos, em termos de homens hora e perda de receita, acima de 500 mil dólares.

Fiscalização para Auditorias

As grandes empresas de auditoria agora sabem o que passaram as agências de classificação de risco quando foram alçadas a vilãs da crise mundial de 2009.

No Brasil, a má fama das avaliadoras de rating foi recentemente transferida às Big Four, como são chamadas KPMG, Deloitte, PwC (antiga Price) e Ernst &Young Terco, graças à descoberta de buracos na contabilidade do Carrefour e do Banco Panamericano.

Por conta destes episódios, as gigantes de auditoria veem voltar à tona uma discussão que andava adormecida no país: a criação de um órgão independente para fiscalizar a atuação delas. Essa entidade, que está em gestação, deve reunir reguladores como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central (BC) e especialistas.

Além de definir o modelo de atuação e de composição, há outro grande desafio: saber quem pagará a conta.

Nos Estados Unidos, o Conselho de Supervisão de Contabilidade de Companhias Abertas (PCAOB, na sigla em inglês), entidade sem fins lucrativos criada após os escândalos contábeis de Enron e Worldcom, em 2002, é financiado pelas companhias.

"A criação de uma espécie de PCAOB brasileiro nunca saiu da ordem do dia", diz Ana Maria Elorrieta, presidente do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon). "A ideia é que o órgão tenha um número mínimo de profissionais das empresas, para garantir sua independência."

Esse ponto é considerado tão relevante quanto a forma de financiamento. "O ideal é que a supervisão do trabalho dos auditores não seja feita por órgãos corporativos, como o Ibracon e o Conselho Federal de Contabilidade (CFC)", diz Marco Antonio Papini, diretor da Map Auditores.

Conhecido como revisão de pares, o processo no qual uma empresa de auditoria revisa trabalhos de outra, tende a ganhar credibilidade no novo modelo. "Como é feito hoje, sob coordenação do CFC, a impressão é de que a revisão não é tão independente", diz o presidente de uma auditoria de menor porte, que pediu para não ser identificado.

Com relação às fontes de financiamento, o órgão deve enfrentar resistência por parte das grandes empresas listadas na bolsa. "Nos Estados Unidos, o rateio é feito pelo tamanho das empresas. Se o critério for o mesmo por aqui, onde as maiores representam boa parte da capitalização, haverá muita reclamação", diz Guilhermo Braunbeck, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).

Outro quinhão no orçamento deve caber às próprias firmas de auditoria, o que também incomoda o setor. "Se a criação do órgão apertar o cinto para as menores, pode ter o efeito contrário ao desejado", diz Francisco Reis, sócio da empresa de auditoria Crowe Horwath, que está entre as 10 maiores do país.

Mais polêmica

A chegada de uma entidade fiscalizadora é apoiada pela CVM, que manteria sua função, regulando e punindo auditores de companhias de capital aberto, diz Alessandro Broedel, diretor da autarquia. Elogiada por grande parte do mercado, a criação do órgão, porém, é vista como desnecessária por alguns, que acreditam que as raízes de problemas como os do Panamericano estão na falta de aplicação de regras existentes.

"Se há uma questão que envolve um banco de capital aberto, surge sempre uma espécie de zona cinzenta que dificulta entender os limites de atuação da CVM e do BC", diz Érica Gorga, da Fundação Getulio Vargas. "Nesses casos, seria melhor pecar por excesso do que por ausência de regulação."

Para a CVM, no entanto, não existe bola dividida. "O responsável pela auditoria das instituições financeiras, mesmo as de capital aberto, é o BC", diz Broedel.


Em crise, auditorias terão maior fiscalização - Luciano Feltrin - Brasil Econômico - 14/12/10

Regulação das auditorias

Episódios recentes, como os rombos na contabilidade do Carrefour e do banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, colocaram novamente em debate o comportamento das empresas de auditoria e até que ponto é consistente a avaliação que fazem dos balanços das empresas. Assim como em outras oportunidades, tanto no mercado brasileiro como em outros mercados, o aval que dão aos demonstrativos financeiros de companhias com ações negociadas em bolsa deveria ser entendido como mais um suporte para o fortalecimento dos negócios acionários.

Mas, com esses novos eventos negativos, fica abalada não apenas a credibilidade de quem teria como função fiscalizar, como toda a estrutura de um mercado ainda a caminho da maturidade.

A reação dos principais envolvidos nos episódios veio rapidamente, ganhando força a ideia de criar uma entidade reguladora para as auditorias. Ou seja, uma espécie de "fiscal do fiscal".

A proposta, que tem o aval de entidades como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seria semelhante ao Conselho de Supervisão de Contabilidade de Companhias Abertas, dos Estados Unidos, criado na esteira dos estragos provocados pelos escândalos da Enron e da Worldcom, em 2002.

O novo órgão, contudo, não garantiu um mercado americano livre de solavancos nestes oito anos. É só atentar para os fatos posteriores à quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008.

Uma proposta alternativa é a volta do rodízio entre auditorias, previsto para vigorar a partir de 2012, que obriga as companhias a trocarem de auditoria de cinco em cinco anos. Também na proposta alternativa argumenta-se que deveria haver mecanismos para que as pequenas auditorias participem do rodízio, uma maneira de quebrar a espécie de oligopólio que domina o segmento.

Todas as 50 maiores companhias abertas com ações negociadas na Bovespa são auditadas por uma das cinco maiores auditorias que atuam no país. Trata-se de uma centralização que em nada contribui para a boa imagem das empresas fiscalizadoras.


Um órgão regulador para as auditorias - 14/12/10 | Brasil Econômico | Editorial

Auditorias

Por volta de abril de 1996, menos de dois anos depois de o Plano Real ter colocado ordem na bagunça inflacionária que assolava o país, começaram a surgir as primeiras "vítimas" da estabilidade da moeda. A partir daquele momento, conglomerados financeiros até então poderosos, como o Banco Econômico, o Banco Nacional e o Bamerindus, desapareceram da praça por razões que podem ser resumidas numa ideia simples: não se adaptaram a um cenário em que o dinheiro não perdia valor a cada segundo.

Naquele momento, uma pergunta frequente nas rodas em que se debatia a economia era: por que as auditorias, que recebiam fortunas para atestar a qualidade dos balanços das instituições, eram incapazes de alertar o mercado sobre o que estava acontecendo?

As respostas das firmas que estavam sob o facho incômodo dos holofotes não primavam pela originalidade. De acordo com os executivos das auditorias, tudo o que elas faziam era atestar a qualidade de práticas contábeis que diziam respeito ao passado, não ao presente.

Por olhar sempre para trás, elas não tinham meios para perceber o que estava acontecendo aqui e agora. Além disso, diziam, seus clientes principais eram os acionistas das empresas.

E qualquer auditor tem a capacidade de ação reduzida diante de clientes que não adotavam padrões de controle interno capazes de detectar fraudes e falhas contábeis.

Pois bem. Agora, essas empresas estão novamente contra a parede - não apenas pela incapacidade de prever a bancarrota de bancos pelo mundo afora, na esteira da crise internacional de 2009, mas também por acontecimentos recentes, como o do Banco Panamericano no Brasil. Ainda assim, são extremamente necessárias.

Talvez precisem se reciclar e incluir em suas rotinas práticas de prevenção de fraudes (algo que, até aqui, não está entre suas funções). Talvez precisem de uma lei - ou, de preferência, de um código de autorregulamentação — que lhes garanta acesso irrestrito a toda a vida da empresa, não apenas ao passado.

Assim, estarão preservando o direito dos acionistas, sobretudo dos minoritários que aplicam suas economias em papéis de empresas que têm a obrigação de ser bem administradas.


Ruim com as auditorias? Bem pior sem elas - 14/12/10 Ricardo Galuppo - Diretor de redação do Brasil Econômico

Petrobras, PDVSA e a Refinaria de Pernambuco

A Petrobras admitiu nesta terça-feira a "hipótese" de que a venezuelana PDVSA desista da refinaria binacional que ambas concordaram construir em Pernambuco e cujas obras foram iniciadas apenas com recursos brasileiros.

O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, admitiu nesta terça-feira em entrevista coletiva que a companhia brasileira adiou alguns investimentos na refinaria por conta da "hipótese" de que a empresa venezuelana finalmente desista do negócio.

(...) Segundo Costa, há a necessidade de comprar uma unidade especial de redução de enxofre que custa entre US$ 350 milhões e US$ 400 milhões para poder processar o petróleo venezuelano, mas a empresa não efetuará a compra enquanto a indefinição se mantiver [1]. De acordo com o diretor de abastecimento, a estatal está trabalhando com a hipótese de ter que assumir o projeto sozinha. [2]

A entrevista foi concedida nesta terça-feira no Rio de Janeiro, e contou ainda com a presença do presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, que apenas duas semanas atrás havia manifestado sua confiança na resolução dos problemas. [3]

Costa disse que, para garantir sua parte no projeto, a PDVSA teria que desembolsar R$ 7,6 bilhões como contrapartida a empréstimos assumidos pela Petrobras e às despesas que já fez na construção da refinaria. [4]

O dirigente explicou que, apesar dos acordos já terem sido assinados e não haja nenhum impedimento contratual, a PDVSA precisa superar dois empecilhos que a impedem de assumir sua parte na refinaria.

O primeiro é a responsabilidade por 40% de um empréstimo já concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e no qual sua parte equivale a R$ 3,6 bilhões. Também é necessário que faça uma contribuição de capital de 40% do que a Petrobras já investiu na refinaria, o que significa que teriam que desembolsar mais R$ 4 bilhões.

Costa disse que Petrobras não tem nenhuma previsão de quando a PDVSA conseguirá solucionar esses problemas e acrescentou que, enquanto isso, a construção da refinaria "avança rapidamente" com a meta de que seja possível começar a operar no final de 2012. EFE


Petrobras admite hipótese de desistência da Venezuela em refinaria conjunta - EFE

[1] Esta unidade é para processar o petróleo venezuelano, tradicionalmente conhecido por ter uma elevada parcela de enxofre. Ao não comprar a unidade, a Petrobras está assumindo que a parte do fornecimento do petróleo da Venezuela não irá ocorrer, não sendo necessária a unidade.
[2] Um pergunta: isto muda o tratamento contábil para Petrobrás? Não, pois a refinaria continuaria sendo controlada pela empresa.
[3] De novo ele. Veja a postagem sobre insistência irracional de hoje.
[4] O mercado sabe que a situação financeira da PDVSA não é boa. Recursos em caixa é algo que a empresa venezuelana não possui.

CVM multa

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou nesta terça-feira 2,6 milhões de reais em multas após julgar processo que apura a responsabilidade de administradores [1] da Sadia por eventuais irregularidades relacionadas a derivativos e na divulgação de informações pela companhia.

Segundo a decisão, a qual ainda cabe recurso, dos 14 acusados, apenas quatro foram absolvidos: Alcides Lopes Tapias, Marcelo Fontana, Cássio Casseb Lima e Roberto Faldini.

Adriano Lima Ferreira foi inabilitado de exercer funções administrativas pelo período de três anos e os demais acusados terão de pagar multas estipuladas em 200 mil reais ou em 400 mil reais.

Foram multados em 400 mil reais Everaldo Nigro dos Santos, Francisco Silvério Cespede, Walter Fontana Filho e José Marcos Comparato.

Diva Helena Furlan, Eduardo Fontana D'Avila, Luiza Helena Rodrigues, Norberto Fatio e Vicente Falconi [2] foram multados em 200 mil reais.

A Sadia perdeu cerca de 2 bilhões de reais em 2008 devido a operações com derivativos que acompanhavam a variação do real. A empresa foi surpreendida pela forte alta do dólar naquele ano, com a eclosão da crise financeira internacional, e registrou fortes prejuízos em suas posições.

Os problemas com essas operações debilitaram as finanças da empresa, que registrou prejuízo líquido de 2,5 bilhões de reais no encerramento do exercício de 2008.

Posteriormente, a companhia acabou sendo adquirida pela rival Perdigão, operação que criou a Brasil Foods.


Denise Luna - CVM aplica R$ 2,6 milhões em multas em julgamento sobre Sadia - Reuters

[1] Na verdade a multa incluiu também parte do Conselho e não somente os gestores.
[2] É interessante, e irônico, a multa para Falconi. O famoso consultor de empresas e autor de livros como Qualidade Total, O Verdadeiro Poder, Gerenciamento pelas Diretrizes e Valor dos Recursos Humanos na Era do Conhecimento fazia parte do Conselho. Era bom para o currículo do consultor e bom para Sadia, que ostentava um nome de grife no Conselho.

Excesso de Confiança

Mais de 90% das decisões e reações feitas atrás do volante dependem de boa visão. Enquanto muitas pessoas acham que dias claros e ensolarados são ótimos para dirigir, a verdade é que o brilho cegante do sol, da neve e dos outros veículos é um fator que contribui muito com o número de acidentes de carro fatais. Além disso, pesquisa recente encomendada pela Essilor of America, Inc., líder mundial em lentes para óculos, revelou o fato perturbador de que 20% das pessoas que usam óculos às vezes dirigem sem os óculos de grau e usam óculos escuros sem grau, deixando a direção diurna perigosa sem necessidade.


Uma em cinco pessoas que usam óculos dirigem sem, informa pesquisa - PR Newswire

Isto recebe o nome de excesso de confiança, em finanças comportamentais.

Insistência irracional

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou hoje que os novos investimentos na Bolívia tem por objetivo garantir o cumprimento dos contratos de exportação de gás para o Brasil. A empresa confirmou hoje que vai assumir a operação do campo Itaú, com uma participação de 30%, projeto que era operado pela companhia francesa Total.


Gabrielli defende novos investimentos na Bolívia - Estado de São Paulo

Isto é conhecido em finanças comportamentais como insistência irracional.

14 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio


A crise na Europa e os PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). (Pigs = porcos)

Doze dicas para maximizar o seu potencial

Doze dicas para maximizar o seu potencial - Por Isabel Sales

O professor Ph.D. David Albrecht escreveu um artigo publicado na American Journal of Business Education no qual sugere 12 dicas para que os alunos maximizem seu potencial em aulas de contabilidade, o qual recomendo.

Ele conta a história de uma de suas alunas, Brenda, que não se destacava em suas aulas até tirar uma nota baixa, se irritar e afirmar que ainda daria a volta por cima nessa matéria. Claro que o professor não acreditou tendo em vista que, em sua experiência, aquilo era um grave e comum caso de maus hábitos estudantis. Mesmo que alguns alunos tentem uma reviravolta, não conseguem, simplesmente por não saberem estudar apropriadamente para uma aula de contabilidade. Essa doença pode ser curada, mas é necessária uma mudança no panorama, assim como um considerável esforço.

Felizmente Brenda ganhou destaque como uma das alunas preferidas do professor Albrecht. Ela se tornou mais participativa em aula e rapidamente seus comentários refletiam pontos-de-vista fantásticos. Conseguiu, ainda, tirar a nota máxima nas duas avaliações subseqüentes e encerrou o semestre com uma das maiores pontuações.

Muitas vezes os alunos perguntam aos professores como alcançar um bom desempenho nas matérias de contabilidade. Para ajudar, seguem as 12 dicas de Albrecht:

1. Saiba o que o professor espera: Os professores de contabilidade, quase sem exceções, se importam com seus alunos e ficam ansiosos para que se saiam bem nas avaliações. É possível tirar notas máximas, desde que os alunos entendam e identifiquem os conceitos, além de aplicá-los corretamente a qualquer pergunta que o professor fizer. Isso depende mais de boas técnicas de estudo do que de uma excelente inteligência.

2. Aprenda sozinho: A função do professor é apresentar o conteúdo do curso e explicá-lo. Não é responsabilidade dele que você aprenda o material, mas sim que o conteúdo seja apresentado de uma forma que possibilite o aprendizado. Aceite a responsabilidade e seja seu próprio professor.

3. Se empenhe desde o primeiro dia: Não procrastine e deixe o estudo apenas para a véspera das avaliações. Estudar de forma distribuída entre diversos dias ajuda a pensar sobre a matéria, contemplar potenciais aplicações, associar o conhecimento aos conceitos e deixar o subconsciente trabalhar no aprendizado. Estudar na véspera ocasiona ansiedade e estresse que são, comprovadamente, prejudiciais à atividade do lóbulo frontal (onde o aprendizado acontece).

4. Frequente todas as aulas: Há alta correlação entre a frequência regular de alunos e as notas finais. Assim, pense no tempo gasto em aula como tempo de estudo intensificado. Se a sua mente divagar, puxe-a de volta. Mesmo que você saiba a matéria, quanto mais repassar o assunto, maior será o conhecimento, a lembrança e a precisão.

5. Faça boas anotações: Em geral as anotações feitas por alunos não são boas o suficiente. Se esforce para que a sua seja. Anote o que o professor fala e, especialmente, o que coloca no quadro. Dentro das próximas 24h reescreva tudo, isso reforçará os pontos-chave. Se as aulas forem com base em apresentações de slides, confie nos arquivos do professor. Nesse caso o foco deverá ser voltado para o estudo do livro-texto.

6. Participe da aula: Se dois alunos estudarem o mesmo tanto, terá desempenho melhor o que participar ativamente das aulas. Quando o professor falar, imagine que ele está se dirigindo diretamente a você. Se importe, pois aquela é a sua aula. Não tenha medo de participar e dar respostas erradas, você poderá aprender com seus erros.

7. Leia e releia o livro-texto várias vezes: A primeira leitura deverá ser prazerosa, identificando os tópicos do capítulo. A segunda deve ser bem detalhada, com duração de cerca de duas a quatro horas. Ao resolver o dever de casa faça a terceira leitura e volte aos pontos-chave. Após o tópico ser apresentado em aula, leia o capítulo pela quarta vez.

8. Procure padrões: Após fazer boas anotações e ler o livro de forma crítica, você está em uma ótima posição para identificar padrões-chave. Comece enumerando os passos utilizados nas resoluções de problemas. Em seguida, utilize essa lista como guia e inicie a resolução de novas questões. Se você não conseguir completar o exercício com precisão com base nessa lista inicial, acrescente alguma mensagem explicativa ou pontos adicionais.

9. Faça o dever de casa: As regras contábeis foram feitas pelos homens e, nem sempre evidentes por si só, precisam ser aprendidas com base em um processo que inclui repetição e reforço. Resolva todos os exercícios e problemas do livro-texto.

10. Estude com amigos: Pratique a explicação e compreensão estudando com outros colegas. Como benefício adicional, o ato de analisar se o que o seu colega está elucidando é correto ajuda o desenvolvimento do seu senso crítico.

11. Estude muito e com determinação para cada prova: Recomenda-se 15 horas de estudo com foco apenas nas provas. Isso pode aparentar muito esforço, mas ser um bom aluno acarreta um alto custo de oportunidade. Se você não se preparar adequadamente para as avaliações prejudicará uma das principais razões em se fazer uma faculdade. De tal modo, identifique o que o professor espera que você saiba e quão bem, identifique o formato da prova (discursiva, múltipla escolha), refaça provas antigas, reveja suas anotações, trabalhe cada problema, se concentre nos princípios e padrões, assim como em sua aplicabilidade em cenários variados.

12. Tenha uma vida saudável: O lobo frontal do seu cérebro pode reagir negativamente a um estilo de vida prejudicial. Portanto, durma bem, pratique exercícios, beba muita água, se alimente de forma saudável, tome banhos de sol.

Aí estão as dicas para que você se torne um aluno melhor. Te desejo uma boa jornada!

Links

O fracasso do carro barato da Tata

A escolha da profissão

Uma campanha publicitária: camisinhas custam menos que bebês

CVM multa KPMG por conta do balanço da PErdigão

Governo do Timor Leste melhora a evidenciação das suas contas públicas

O clube de futebol do Barcelona possui o melhor contrato de publicidade do mundo do futebol

A língua mais controversa mundo: pirahã

A reação da Deloitte ao Wikileaks

Reconhecimento da Receita

A questão do reconhecimento da receita, nas atividades imobiliárias, foi sempre objeto de disputa e discussão na contabilidade. No passado, através do lobby das empresas fabricantes de avião, criou-se a possibilidade de reconhecer a receita no momento da produção. Isto nos Estados Unidos. Esta regra espalhou-se pelo mundo e tornou-se comum nos mais diversos países.

Recentemente uma tendência de eliminar a confusão do reconhecimento da receita. Mas parece que a posição brasileira será um pouco diferente, conforme texto a seguir:

(...) No caso específico decidido na sexta, a dúvida estava na definição de quando a incorporadora transfere, ao comprador, riscos, benefícios e o controle de um imóvel vendido ainda na planta.

A tese que prevaleceu é a de que essa transferência ocorre no momento da assinatura do compromisso de compra e venda, ou ao longo do período de execução da obra, o que permite que a receita seja reconhecida paulatinamente, desde a assinatura do contrato, como vinha sendo feito na contabilidade brasileira.

Entre os argumentos para isso está o de que o comprador já pode vender o imóvel em construção e que, caso haja uma desapropriação, ele recebe indenização proporcional ao valo pago.

Em relação ao controle, ainda que um comprador sozinho não possa alterar o projeto, a incorporadora tampouco tem esse poder, sendo obrigatório seguir o que foi registrado em cartório.

Se houvesse o entendimento de que os riscos e benefícios só são transferidos quando o imóvel está pronto e há a entrega das chaves, apenas nesse instante a receita de venda do imóvel seria registrada no balanço, toda de uma vez. (...)


Construtoras vencem disputa para manter regra contábil - Por Fernando Torres | De São Paulo - Valor Econômico

Aqui, reportagem anterior sobre o tema

Quarta-feira no supermercado

O texto a seguir lembra um pouco os textos do livro O Economista Naturalista:

Nacional, Zaffari, Extra, Carrefour: o que esses nomes têm em comum? Todos eles, de fato, são grandes redes de supermercado existentes no Brasil. No entanto, é possível apontar mais uma semelhança entre esses estabelecimentos: a prática de promoções, sempre às quartas-feiras. Qual a racionalidade econômica que está por trás dessa decisão? Porque os preços são menores na quarta-feira, e não no início ou fim-de-semana?

Aqui, mais uma vez, a característica de sinalização dos preços relativos pode nos ajudar a fornecer algumas respostas. A queda nos preços nada mais é que uma resposta a uma redução na demanda. Dada essa situação, os ofertantes oferecem incentivos para que seus produtos sejam consumidos através de promoções. Os motivos exatos pelos quais ocorre esse ajustamento podem ser os mais variados, mas é possível refletir um pouco sobre a questão e elencar algumas conjecturas.

O ato de realizar compras de acordo com a necessidade diária (on demand), mesmo para as pessoas que gostam de fazer isso, acarreta custos. Entre eles, existe o custo de oportunidade do tempo, o deslocamento, estacionamento, entre outros. Como os agentes econômicos são racionais, quanto mais essas despesas puderem ser evitadas, melhor. Por esse motivo, o maior movimento nos supermercados se dá no fim-de-semana, quando o custo de oportunidade do tempo para a maioria desses agentes é baixo, já que, ao longo semana, pode ser simplesmente impossível deixar de trabalhar para fazer compras, ou mesmo aproveitar pra descansar depois de um dia estafante no serviço. Dessa forma, alguns indivíduos têm o perfil de realizarem ranchos com periodicidade semanal, quinzenal, ou mesmo mensais e o fazem no início da semana (domingo ou segunda-feira, por exemplo). Ademais, existem pessoas que desejam descansar no fim-de-semana e não estão dispostas a enfrentar os transtornos causados pelo grande movimento das redes no fim-de-semana. Ocorre, portanto, um movimento de antecipação, de tal sorte que as compras são realizadas, por exemplo, na quinta ou sexta-feira.

O mais interessante de tudo isso é que as promoções surtem o efeito desejado. O dia de maior movimento ao longo da semana se dá justamente nas quartas-feiras, quando os preços são menores. Isso sugere, de um modo geral, que a elasticidade-preço da demanda (em módulo) é alta, de tal sorte que alterações no preço causam grande impacto na quantidade demandada.

Quarta é sempre feira no supermercado - Texto de Oscar Frank (enviado por Pedro Correia, grato)

Nelson Machado sai do governo

Número dois do Ministério da Fazenda, o secretário executivo e ex-ministro da Previdência, Nelson Machado, vai deixar a equipe econômica. Machado confirmou que já começou a negociar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sua saída do cargo. Segundo ele, não está definido, no entanto, quando a mudança ocorrerá, se até o fim deste ano ou no início do governo Dilma Rousseff.


(...) O secretário Nelson Machado informou que, depois de vários anos trabalhando no governo federal, no Estado de São Paulo e na prefeitura paulista, pretende voltar a dar aulas em universidades. Ele é doutor em contabilidade pública. Machado, porém, não quis fazer comentários sobre a escolha de Mantega para ser o seu sucessor no cargo. À frente da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, Machado comanda o dia a dia da administração, mas nos últimos anos preparou uma reformulação da contabilidade pública, que já começou a ser implementada na administração federal. (...)


Nelson Machado vai deixar equipe econômica do governo - Por Adriana Fernandes e Fabio Graner - Estado de São Paulo - 13 de dezembro de 2010

Algumas das recentes conquistas da área contábil deve-se, sem dúvida nenhuma, a Nelson Machado. Nos anos recentes, a contabilidade teve acesso ao núcleo do poder através dele. A notícia, obviamente, não é boa para a área e pode trazer um atraso (senão um retrocesso) nas mudanças contábeis da área pública. A conferir.

(Veja esta postagem, onde comentamos sobre o resultado das eleições e a contabilidade)

Mulheres nos Conselhos

Cotas baseada em gênero foram aprovadas pelo governo da Noruega em 2003 e as empresas tiveram cinco anos para cumpri-las. A partir de 1 de janeiro de 2008, tornou-se obrigatória para as empresas norueguesas de nomear 40% das mulheres nos seus conselhos de administração. Com esta legislação ousada e seu sucesso relativo, as mulheres já ocupam cerca de 38% da composição do conselho, e faz da Noruega um caso de sucesso para cotas de gênero.

Mas o modelo norueguês é o único caminho a seguir? Cotas de gênero fazem sentido na Noruega, mas pode não fazer sentido em outros países. Aqui está o porquê: a Noruega tem uma pequena, mas maioria da população na zona urbana, com menos de 5 milhões de pessoas. Noventa e cinco por cento da população são parte do mesmo grupo étnico, 85% compartilham a mesma religião, o nível de alfabetização é de 100%, e não há uma língua oficial. Em outras palavras, neste contexto, a disparidade de gênero destaca-se como diferença marcante entre as pessoas.


The Best Way to Get Women into Boardrooms - Athena Vongalis-Macrow

As marcas mais valiosas do futebol mundial

Em R$ milhões

1 Manchester United 3.137,8
2 Real Madrid 2.262,3
3 Arsenal 2.019,5
4 Barcelona 1.710,0
5 Bayern de Munique 1.692,9
6 Liverpool 1.405,6
7 Milan 1.368,0
8 Juventus 1.121,8
9 Chelsea 1.104,7
10 Inter de Milão 706,2

Fonte: Crowe Horwarth RCS/Estado de São Paulo

Com a postagem anterior, isto significa o seguinte: o Corinthians é a 10a. marca de futebol mais valiosa do mundo.