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23 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: Organizations and Markets

Pesquisa

Prezado Leitor,

A aluna de mestrado Juliana Grigol Fonsechi está fazendo uma pesquisa, para sua dissertação de mestrado, no Programa Multiinstitucional e Inter-Regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis UnB/UFPB/UFRN. O questionário destina-se aos auditores e analistas de investimento, de empresas, de mercado, equity ou relacionado.

Para ajudar a discente, peço clicar aqui e responder ao referido questionário.

Grato

Custo da Legalidade

Se você pensa em abrir uma empresa no Brasil, que tal uma pizzaria no Amapá? A pergunta, em tom de brincadeira, é do gerente de Infraestrutura e Novos Investimentos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Cristiano Prado. Ele explicou que, durante a realização de um estudo inédito sobre os custos e a burocracia para se abrir uma empresa no país, ao telefonar para a Junta Comercial do Amapá para obter informações de como abrir uma empresa, a chamada cai numa pizzaria:

— As dificuldades já começam na procura por informações e continuam na enorme burocracia e gastos elevados. Isso dificulta a abertura de novas empresas.

O estudo, que será divulgado hoje pela Firjan, conclui que o custo médio para se abrir uma empresa no Brasil é de R$2.038, três vezes mais que a média do Bric — blobo que inclui Rússia, Índia e China — onde a despesa é de R$672 . Aqui, gasta-se mais com o visto do advogado, que representa 35% do total, e com o alvará do Corpo de Bombeiros, outros 25%.

Processo com até8 etapas e 16 taxas

Na malha da burocracia, o estudo, que levou três meses para ser elaborado, conclui também que a abertura de uma empresa envolve de seis a oito etapas, além do pagamento de até 16 taxas.

O executivo destacou que o gasto maior para se abrir uma empresa no país implica perda de competitividade do Brasil em relação aos seus principais concorrentes.

De acordo com o estudo, em 2008, para a abertura de 247,5 mil empresas, foram gastos R$430 milhões. Considerando os custos para abrir empresas nos demais países que, junto com o Brasil, formam o bloco chamado Bric (Rússia, Índia e China), o gasto no país foi R$264 milhões maior. Ou seja, nesses três países o custo médio foi de R$166 milhões.

— O custo da nossa ineficiência é de R$264 milhões, comparando com os demais países do Bric, nossos grandes competidores — disse Prado.

Entre os países sul-americanos, a Colômbia é uma referência em facilidades para abertura de empresas. Além de ter menos burocracia, o custo no país é de R$1.213.

No ranking dos 21 estados pesquisados, o lugar mais caro para se abrir uma empresa fica em Sergipe: R$3.597. O Estado do Rio é o quinto mais caro: R$2.811. Já a Paraíba é o mais barato do país: R$ 963. São Paulo é o sétimo mais barato, com um custo de R$1.711. Segundo Prado, os dados coletados mostraram que o custo médio para se abrir uma empresa no Brasil varia até 431%, sem considerar os gastos com alvará sanitário, no caso de médias e grandes empresas.

O estudo apurou também que os custos médios para se abrir uma indústria no país variam de R$ 2.548, sem alvará sanitário, a R$3.134, com o alvará. Já para se abrir um comércio os custos chegam a R$2.631, enquanto numa empresa de serviços atingem R$2.600.

— A conclusão é que só é legal no Brasil o empreendedor que quer muito. Porque o sistema todo está construído de uma forma que incentiva a não legalização da empresa, dificultando ao máximo o processo, que também é muito caro — destacou Prado.

De acordo com o executivo, na apresentação hoje do estudo a ideia é discutir o assunto, com especialistas nacionais e internacionais, a fim de elaborar um conjunto de sugestões a serem encaminhadas ao governo e aos candidatos à Presidência da República. Integrar todos os processos será uma das sugestões dos empresários. Prado explicou que a ideia é que todo o processo e acompanhamento dos custos seja centralizado, por exemplo, na Junta Comercial.

Entre sugestões, o fim da autenticação

Mas, além da simplificação do processo, a ideia da Firjan é apresentar sugestões para reduzir os custos de abertura de empresas no país. Uma delas é eliminar a exigência de ter o visto de um advogado no processo.

— O verdadeiro valor do advogado não é receber para dar o visto em um documento, e sim o trabalho que faz de avaliação do negócio — afirmou Prado.

A redução do custo do alvará do Corpo de Bombeiros, que representa 25% dos gastos totais, faz parte do rol de sugestões. Outras que certamente farão parte do trabalho, segundo o executivo, é a eliminação dos custos com cartório e o fim da necessidade de autenticar documentos.

— Só no Rio de Janeiro cada cópia autenticada custa R$5,09 — citou Prado como exemplo.


O preço elevado da legalidade - O Globo - 23 jul 2010 - Ramona Ordoñez

Exportando o Leão

O Sicobe (Sistema de Controle de Produção de Bebidas), da Receita Federal brasileira, tem servido de exemplo a outros países.

A partir deste segundo semestre, o governo do Marrocos vai começar a usar um sistema de controle fiscal inspirado no brasileiro.

Com o objetivo de tornar mais efetivo o controle, a fiscalização e o combate à sonegação fiscal na fabricação de bebidas, o Sicobe permite à Receita Federal acompanhar, em tempo real, a fabricação de refrigerantes, cervejas e água mineral no país.

Em março, uma delegação marroquina visitou o Brasil, onde também conheceu a fábrica da AmBev, em Gama, no Distrito Federal, a primeira planta onde a companhia instalou o sistema.

Delegações do México e do Vietnã também já estiveram no Brasil neste ano para conhecer o funcionamento do sistema.

A lei 11.827, de 2008, estabeleceu que todos os fabricantes do país são obrigados a instalar esses contadores.

Mais de cem fabricantes de cervejas, refrigerantes e águas do país instalaram o Sicobe em 2009.

Cerca de 11 bilhões de litros de cerveja e 13 bilhões de litros de refrigerante foram controlados pelo sistema no ano passado, de acordo com dados da Receita Federal.


Folha de São Paulo - 23 jul 2010

Zero à esquerda

No meu dicionário Houaiss tem a seguinte definição de "zero à esquerda"

indivíduo destituído de qualquer valor, sem competência, capacidade ou préstimo; nada, nulidade, zero

Cita, o dicionário, o seguinte exemplo:

ser um z. à esquerda em matemática

Em outras palavras, o zero à esquerda de um número não tem validade nenhuma. Assim, escrever "06" não faz sentido, pois o zero não tem valor.

Qual a razão, então, para que tenhamos o CPC 01, CPC 02, CPC 03... CPC 09? Será que quanto existirem mais de uma centena de CPC teremos também o CPC 010, CPC 011 ...?

Qual o poder da abordagem comportamental?

Depois do sucesso dos trabalhos dos pesquisadores acadêmicos, ocorreu um exagero na crença que tudo seria possível usando as abordagens comportamentais.

O exemplo deste extremo encontra-se na obra Nudge, de Thaler, onde diversas propostas foram feitas no sentido de melhorar a vida das pessoas. Isto incluía desde a quantidade de dinheiro poupado pela população até as situações prosaicas, como a limpeza dos banheiros masculinos.

Isto levou os governantes acreditarem que, com pequenas mudanças nas abordagens dos problemas, poderia resolver grandes problemas, sem muito esforço. Assim, na Inglaterra adotou-se um sistema de informar aos moradores a quantidade de eletricidade consumida pelos vizinhos.

O uso da abordagem comportamental como panacéia para todos os problemas começa a ser questionado. Mas as dúvidas não são provenientes dos economistas tradicionais, que acreditam na força do mercado. Mas dos próprios pesquisadores da área.

Dois autores da área, George Loewenstein e Peter Ubel observaram que as políticas baseadas nas suposições comportamentais não são suficientes para resolver os problemas. O programa britânico de economia de energia, através da informação do consumo do vizinho, reduziu somente 1 a 2,5%, um valor muito pequeno.

Para ler mais

Can behavioral economics cause real harm? – Reuters – 15 jul 2010 -

The Limits of Behavioral Economics – Stephen Dubner,

Is behavioural economics a political placebo?

Beatles


A história dos Beatles, segundo seus cabelos. Fonte: Flowing Data

Múltiplo

Entre as técnicas existentes para avaliar uma empresa, o múltiplo talvez seja a técnica que menos recebe atenção da literatura.

Ao contrário que diz alguns autores, a técnica do múltiplo é a mais usada no mundo dos negócios. Estes autores acreditam que o fluxo de caixa descontado seja mais freqüente. Mas nenhuma pequena empresa é negociada com a complexidade das estimativas e cálculos e sim por regras simples dos múltiplos.

Enquanto nos Estados Unidos existem livros escritos sobre o assunto (por exemplo, Business Valuation for Dummies, de Holton e Bates; The Small business Valuation Book, de Tuller ou The Complet Idiot´s guide, de Paulson) e sítios sobre o assunto (BVR ou bizbuysell). Assim regras são estabelecidas como por exemplo: vendas de peças de automóveis (40% das vendas anuais e estoques).

No Brasil, parece que as pessoas têm vergonha em usar os múltiplos. Mas usam. Sabemos que uma farmácia é vendida por três vendas mensais mais estoques; ou que loja de móveis, cujo valor é dado por metade das vendas anuais.

O que torna o método válido é o processo de compra e venda de empresas. Considere uma farmácia, cuja a negociação foi estabelecida como cinco vezes o faturamento mensal. Mas o comprador poderá perceber que esta regra faz com que o valor esteja muito acima do adequado. Se em outra negociação o valor estabelecido for duas vezes o faturamento, o valor está subestimado. Diante de vários processos de compra e venda de uma farmácia, a negociação através de múltiplos tende a estabelecer uma regra justa, tanto para o comprador quanto para o vendedor.

Assim, apesar da dificuldade de explicar a regra de múltiplo, sua validade está assentada no próprio mercado.

Veja mais sobre o assunto:

Determining Your Company’s Value: Multiples and Rules of Thumb – Barbara Taylor, 15 julho de 2010, New York Times

22 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Novas regras para o setor financeiro, recessão e reação dos bancos

Teste #316

Estudamos, em análise de balanços, a medir o endividamento de uma empresa. Entretanto, é possível existir uma empresa sem dívida. Das empresas listadas abaixo, apenas uma, e somente uma, possuí dívidas, segundo a CNBC.

Apple
eBay
Electronic Arts
GAP Inc.
Google
Microsoft

Resposta do Anterior: noções de grammatica francesa. Na realidade era noções de grammatica nacional. Fonte: Provincia de Sao Paulo, 4/4/1878, p. 3

Links

50 atletas mais bem pagos dos EUA: Tiger Woods, ainda 1o., perdeu 22 milhões de dólares em patrocínio

Vídeo com Conan Doyle: Holmes e experiência paranormal

Índice de oportunidade - medida de transformação estrutural de um país, que capta o potencial de melhoria, crescimento e desenvolvimento através da variedade e sofisticação dos produtos

Perdendo uma boa oportunidade: atores que recusaram papéis famosos

Evolução de Jobs


Montagem com fotografias do empresário Jobs, entre 1998 a 2010.

Encol

O texto a seguir é da Isto é Dinheiro. O empresário Pedro Paulo de Souza tenta reescrever a história da Encol, com teorias conspiratórias.

"A Encol foi sequestrada"
O empresário Pedro Paulo de Souza rompe 11 anos de silêncio e lança um livro com sua versão da falência da maior construtora do Brasil
Por Guilherme Queiroz

O engenheiro capixaba Pedro Paulo de Souza costuma contar que ergueu o maior império da construção civil brasileira do século 20 a partir de “meio Fusca”. Item único nas posses da Encol em 1961, o carro popular daria origem a um patrimônio de US$ 1,2 bilhão no apogeu da empresa, em valores de 1994. Considerada um exemplo de companhia moderna e arrojada, a Encol vendia apartamentos como água.

Para fechar negócio, seus corretores aceitavam até produtos e bens diversos como parte dos pagamentos. As receitas dos lançamentos bancavam as construções vendidas anteriormente, até que um dia as fontes financeiras secaram e a Encol protagonizou a quebra mais dramática vivida por uma grande empresa brasileira até então.

Ao ter a falência decretada, em 1999, a companhia goiana deixou como legado 710 esqueletos de concreto espalhados pelo Brasil, 23 mil funcionários desempregados e 42 mil clientes sem dinheiro e sem os imóveis que haviam comprado. Entrou para a história como uma empresa mal administrada, adepta de práticas fraudulentas de gestão e de relações promíscuas com o poder público. Recluso nos últimos 11 anos, Souza agora emerge para narrar a sua versão dos fatos.

No livro Encol – O sequestro: tudo o que você não sabia (Bremen, 351 páginas), o empresário reescreve os capítulos finais da companhia e atribui sua falência a uma intrincada trama urdida por diretores do Banco do Brasil na ocasião e avalizada pelo então secretário-geral da Presidência da República do governo Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Jorge Caldas Pereira. “Agora tenho como provar o que aconteceu.

Quero que vejam as provas. A empresa faliu e eu não sabia por quê”, disse Souza à DINHEIRO no lançamento do livro, na quinta-feira 14, em Goiânia. Durante oito anos, ele juntou relatos e documentos que revelariam uma “artimanha” para “sequestrar” a companhia. Segundo ele, o arquiteto do plano foi o então diretor de crédito do BB, Edson Soares Ferreira, que é apresentado no livro como homem de confiança de Caldas Pereira.

O dono da Encol sustenta que procurou o secretário-geral da Presidência, no início de 1994, para interceder a favor de um empréstimo no BB, no que teria sido o início do longo processo de sangria nas finanças da Encol.

Na versão do construtor, durante os dois anos que antecederam a intervenção na empresa, a diretoria do BB o manipulou, sabotou financiamentos do BNDES e do Itaú e orquestrou a saída do Banco Pactual do processo de reestruturação do grupo. "A diretoria do banco queria ficar com a empresa", diz ele.

Um empréstimo de R$ 600 milhões junto a um pool de bancos, coordenado pelo BB, teria sido inviabilizado pelos diretores da instituição quando eles elevaram para R$ 1,8 bilhão o valor estimado como necessário para salvar a empresa. As últimas 80 páginas do livro reproduzem os documentos que comprovariam essa versão.

Uma carta sigilosa do então presidente do conselho fiscal, Ely Kaufman, ao presidente do banco, Andrea Calabi, em março de 1999, revela o sumiço de um cofre do conselho fiscal do BB. Nele, haveria documentos sigilosos que, segundo Souza, provariam que a Encol tinha capacidade financeira em 1995 e não teria quebrado se não fosse a ação do banco.

Ouvidos pela DINHEIRO, os ex-executivos do BB contestam a versão do sequestro da Encol. Calabi e Ferreira não confirmam o sumiço do cofre. “Não tenho lembrança disso agora. Era um episódio cheio de acusações recíprocas. Coisas desse tipo seriam encaminhadas para a área jurídica”, diz Calabi, que assumiu o banco em 1999. Edson Soares Ferreira refuta as acusações.

“A Encol não submergiu em função de nenhum plano maquiavélico. Ela sofreu da incapacidade de sobreviver em uma economia estabilizada”, afirma. Caldas Pereira, ex-secretário de FHC, também desmente a versão do complô. “Ele já fez essas acusações ao Ministério Público, que investigou e nunca achou evidência alguma de que isso era verdadeiro. A Encol era uma bicicleta e parou de funcionar”, afirmou à DINHEIRO.

O empresário falido escolheu a data de seu 74º aniversário para lançar o livro num luxuoso hotel de Goiânia. Ele diz que tira seu sustento de serviços de consultoria para “meia dúzia” de empresas de construção sediadas em cidades como Cuiabá, Ribeirão Preto e Goiânia.

Com todo o patrimônio perdido na falência da Encol, Souza mora num apartamento de classe média no bairro Setor Oeste da capital goiana, que aluga por R$ 650 de “uma velha senhora”. E diz que voltou a frequentar bons restaurantes. Vaidoso, ainda pinta o cabelo de acaju, como nos tempos gloriosos da Encol.


“A diretoria do banco queria ficar com a Encol”

Qual seria a motivação dos diretores de um banco para “sequestrar” uma empresa? Pedro Paulo de Souza, ex-dono da Encol, acusa ex-executivos do Banco do Brasil de elaborar um plano para ficar com a maior construtora de imóveis do Brasil. Ele falou à DINHEIRO:

Por que decidiu escrever o livro?
Logo depois de ser preso (em 1999, durante 59 dias), estive no Congresso e ouvi uma declaração do Jair Bilachi (ex-presidente da Previ) dizendo que o Banco do Brasil havia retirado o Banco Pactual da recuperação da Encol. Aí percebi o que estava acontecendo.

O sr. não poderia simplesmente ter encerrado a negociação com o Banco do Brasil?
Poderia, mas só depois da falência é que eu soube o que tinha acontecido. Se tivesse procurado um banco privado, a Encol não teria falido. Os que procurei foram corretos comigo. Fiquei imobilizado pela direção do Banco do Brasil.

Por que o sr. diz que a empresa foi “sequestrada”?
Foi pelo fato de o Banco do Brasil me retirar da presidência da empresa. Primeiro solicitaram que eu caucionasse minhas ações por cinco anos, com a justificativa de resolver o problema. A diretoria do banco queria ficar com a Encol.

O sr. pretende apresentar os documentos à Justiça?
Vamos preparar uma ação contra o Banco do Brasil e os diretores que prejudicaram a Encol.

Economia informal

A economia informal no Brasil equivale a uma Argentina, ou a R$ 578,4 bilhões por ano, o equivalente a 18,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Também conhecida como economia subterrânea, a informalidade compreende toda a produção de bens e serviços não informada aos governos. A perda de arrecadação anual chega a R$ 200 bilhões.

Esse conjunto de atividades foi mensurado em um estudo inédito do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), encomendado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco). Eles calcularam o Índice da Economia Subterrânea. A proporção em relação ao PIB apresentou queda em relação a 2003, quando o índice chegou a 21% do PIB.

Segundo o responsável pelo estudo, professor Fernando Holanda Barbosa Filho, os principais fatores que respondem pela redução da economia subterrânea no Brasil são o aumento do crescimento do PIB, a elevação do número de pessoas formalizadas no mercado de trabalho e a expansão do crédito.

Outros elementos importantes estão relacionados à modernização da economia, maior abertura comercial, com o avanço das exportações e a evolução de sistemas de arrecadação, como notas fiscais eletrônicas.

A redução da burocracia tributária, com a instituição do regime Super Simples, também colaborou para a formalização.

“O crescimento do PIB é um santo remédio”, comentou Luiz Schymura, diretor do Ibre. Segundo ele, a expansão do nível de atividade permite melhorias institucionais no País, como a busca de eficiência produtiva e o aumento da formalização no mercado de trabalho.

Na avaliação de Barbosa Filho, se o Brasil crescer cerca de 7% neste ano, é factível que o índice de economia subterrânea chegue a 18% do PIB ao final de 2010.

Investimento. “Com a continuidade da expansão do País, a economia subterrânea deve continuar em queda, embora não seja possível afirmar agora qual seria o nível exato de redução”. De acordo com os responsáveis pela pesquisa, a informalidade no Brasil ainda é muito alta. Nos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa está ao redor de 10% do PIB.

André Franco Montoro Filho, presidente executivo do instituto Etco, diz que em outros países da América Latina o índice de informalidade é ainda mais preocupante, chegando a 30% do PIB.

Na avaliação de Montoro Filho, a redução da economia subterrânea indica a evolução do nível de desenvolvimento da economia. Ele pondera que o termo economia informal é uma espécie de eufemismo para a economia ilegal, que comporta quem não paga impostos por suas atividades. “Isso é ruim, pois emite sinais negativos para os empresários formais e gera um mau ambiente de negócios”, comentou.

Segundo ele, a economia subterrânea inibe investimentos, pois parte das empresas não encontra incentivos para ampliar suas atividades se os concorrentes não pagam tributos. “Considerando a carga tributária, é possível estimar que há sonegação de aproximadamente R$ 200 bilhões por ano no País”, diz Montoro Filho. “Muitos empregos poderiam ser gerados, pois todo o investimento do governo federal no ano chega a R$ 30 bilhões”.


Economia informal representa 18,3% do PIB - Ricardo Leopoldo - O Estado de São Paulo - 22 julho de 2010

21 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Fraude em Pombal

A Policia Judiciária deteve ontem o contabilista que é suspeito de ter desviado cerca de 500 mil euros da Câmara de Pombal. Vítor Leitão, 58 anos, estava a ser vigiado pela Polícia e foi apanhado, com uma mulher brasileira, a levantar dinheiro num banco, em Leiria.

O suspeito, que começou a ser interrogado por um juiz, ao início da noite de ontem, terá caído numa ratoeira armada pelos investigadores da Directoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ(, que também apanhou a mulher que o acompanhou ao banco, ontem de manhã.

Depois de a Câmara de Pombal se ter queixado do desfalque, na sexta-feira à noite, a PJ interrogou Vítor Leitão, no dia seguinte, e não o sujeitou logo a interrogatório judicial. Deixou-o em liberdade, mas manteve-o sob vigilância e, ontem de manhã, ele fez o mais óbvio: dirigiu-se a um banco, para levantar dinheiro que se presume ter desviado, por via informática, de uma conta da Câmara de Pombal no BPI. A PJ acompanhou os movimentos de Vítor Leitão e da referida mulher e apanhou-os já com a mão na massa.

O levantamento suscitou a hipótese de Vítor Leitão pretender fugir. E sendo o perigo de fuga pressuposto para a prisão preventiva, é provável que o arguido fique sujeito a esta medida de coacção - à hora de fecho desta edição, era desconhecido o resultado do interrogatório judicial, no Tribunal de Pombal.

À beira da reforma

Vítor Leitão era funcionário da Câmara de Pombal há 33 anos e tinha requerido a aposentação antecipada, o que deveria conseguir no próximo mês de Setembro. Segundo as informações recolhidas pelo JN, o técnico superior não tinha autonomia para fazer transferências bancárias, na secção de contabilidade da autarquia, onde estava colocado. Para o efeito, necessitava do aval de um superior hierárquico.

A verdade, porém, é que Vítor Leitão começou a fazer transferências da uma conta bancária da Câmara para outras, a partir do final do ano passado. Tem-se comentado que, para o efeito, ele terá obtido ilicitamente a palavra- passe que permitia, informaticamente, movimentar a conta da autarquia, mas não foi possível confirmar essa informação. Resta também apurar a identidade dos titulares das contas a que se destinou o meio milhão de euros, sendo provável que pertencessem a terceiros que, posteriormente, transferiam uma parte do dinheiro para Vitor Leitão.

Foi por mero acaso que o funcionário foi apanhado, a dois meses da reforma. Na última sexta-feira, terá sido detectada uma nota contrafeita num depósito em numerário da autarquia, o que suscitou a análise dos movimentos dessa conta no BPI e a detecção dos desfalques.

No dia seguinte, Vítor Leitão assumiu os crimes perante a PJ, demitiu-se do cargo de vogal do Núcleo Sportinguista de Pombal e, em declarações à Radio Cardal, justificou-se: "[Fui] enrolado por indivíduos que me iludiram com situações estranhas de empreendimentos turísticos no Brasil. Estava convencido que iria buscar algum dinheiro e levaram-me a cometer esta loucura".

Vítor Leitão não tem carta de condução e, ontem de manhã, uma funcionária do referido Núcleo Sportinguista conduziu-o até Leiria. Frequentadores do Núcleo ouvidos pelo JN contaram que Vitor Leitão manteve sociedade, entre Maio e Junho deste ano, numa "boite" de Alfeizarão onde trabalhavam cidadãs brasileiras. Um dos três sócios do estabelecimento terá, entretanto, desaparecido de circulação.

Vítor leitão, ontem, no tribunal de Pombal, ainda antes de começar a ser inquirido por um juiz de instrução


Contabilista da Câmara preso a levantar dinheiro - Jornal de Notícias - 20 jul 2010
NELSON MORAIS

Custos na Aviação Civil

O objetivo deste estudo é analisar a tecnologia das aeronaves como determinante de custos, investigando o seu efeito nos custos das principais companhias aéreas brasileiras no período de 1997 a 2005. (...) Ao final da investigação, demonstra-se que o determinante de custos com tecnologia das aeronaves tem influência direta nos principais custos do setor: o consumo de combustível, o custo de manutenção e a depreciação ou arrendamento de aeronaves. A GOL demonstrou êxito ao alinhar o determinante de custos com tecnologia das aeronaves e apresentou os menores custos dentre as empresas pesquisadas. A TAM reestruturou a sua frota de aeronaves e reduziu significativamente seus custos. No caso da VASP, que atuou com aeronaves sucateadas, verificou-se que a companhia incorreu em custos significativamente mais elevados que as demais concorrentes analisadas.



Análise da Tecnologia das Aeronaves como Determinante de Custos no Setor de Aviação Comercial Brasileiro - Carlos Alberto Diehl, Genossi Rauch Miotto, Marcos Antônio Souza - RBGN, 2010

Q de Tobin na Siderurgia

Modelos de avaliação de investimentos, que empregam medidas financeiras com base no mercado, como o q de Tobin, ainda são incipientes na literatura nacional. Assim, o presente trabalho tem por objetivo analisar o comportamento do q de Tobin para Companhias Siderúrgicas Brasileiras e Norte-americanas, com ações negociadas na BOVESPA e NYSE, apresentando um estudo econométrico sobre alguns de seus principais determinantes macro e microeconômicos no período de 1997 a 2005. O q de Tobin calculado para as empresas brasileiras selecionadas apresentou-se crescente ao longo do período selecionado. Em relação ao q de Tobin para as empresas norte-americanas, verificou-se que este indicador foi menor que 1, demonstrando um desestímulo a novos investimentos. A análise econométrica realizada indicou que, as variáveis econômicas tais como a taxa de juros, a taxa de desemprego e o nível de produção industrial foram fatores de influência determinantes para explicar o comportamento do q de Tobin, tanto para as empresas brasileiras como para as empresas norte-americanas. Conclui-se que este indicador captura informações relevantes dos principais determinantes macro e microeconômicos do setor siderúrgico, destacando o seu potencial para a análise financeira deste setor.



O q de Tobin e o Setor Siderúrgico: um estudo em companhias abertas brasileiras e norte-americanas - Igor Vasconcelos Nogueira, Wagner Moura Lamounier, Romualdo Douglas Colauto - RBGN, 2010

20 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Boingboing

Teste #315

Em 1878, um anúncio de um Externato Particular no jornal A Província de São Paulo, informava que os alunos teriam aulas de

primeiras lettras
noções de grammatica francesa
contabilidade
systhema metrico decimal

Qual item não constava do anúncio do Externato?

Resposta do anterior: 1875, publicado no A Província de Sao Paulo, 11 de maio, atualmente O Estado de São Paulo, p. 3.

Normas internacionais de Pensões


Los cambios propuestos de las normas internacionales sobre la contabilidad en las compañías de las pensiones de jubilación que asumen suponen importantes variaciones que no siempre van a beneficiar a las corporaciones sometidas a los mismos.

Los cambios propuestos en el estándar internacional de contabilidad de compromisos por pensiones (International Accounting Standard 19-IAS19), plasmados en un documento de consulta provisional y publicado por el “International Accounting Standards Board”, afectarán a los resultados de los grupos de empresas que preparen sus cuentas siguiendo dicha norma, fundamentalmente las empresas que cotizan en las bolsas internacionales. Estos cambios afectarán la forma de contabilizar los compromisos de "prestación definida".

Uno de los cambios que se introducirían, caso de prosperar esta propuesta de cambio, sería suprimir la opción ahora existente en los planes de jubilación de reconocer gradualmente en balance los déficits o superávits que se generen dentro del plan de prestación definida. En ese sentido, el efecto de reconocer inmediatamente dichos déficits o superávits producirá disminuciones o incrementos en la provisión contable, con lo cual se verá afectado el valor patrimonial neto de las empresas.

Otro de los cambios se refiere a las prestaciones a largo plazo anteriores a la jubilación, por ejemplo, los premios de antigüedad o vinculación. En estos momentos, las desviaciones producidas en relación con estos compromisos pasan por la cuenta de pérdidas y ganancias, pero, con la enmienda, serían ajustes directos a patrimonio, teniendo, por tanto, a partir de ahora, el mismo tratamiento que las prestaciones de post-empleo.

Por otro lado, otro cambio de los que ahora se proponen implicaría también abolir la opción (de aplicación casi universal fuera de España) de considerar una hipótesis de rendimiento del fondo por encima del tipo de interés técnico tomado a la hora de cuantificar el compromiso del plan de pensiones. La consecuencia hasta ahora de aplicar dicha opción ha sido reducir el gasto contable e incrementar el beneficio empresarial comunicado en bolsa, con lo que el suprimir la citada opción previsiblemente reducirá los beneficios comunicados.

Para las empresas con operaciones en el exterior, el tercero de estos cambios podría revestir más importancia que los dos primeros, por la magnitud de las cantidades que se suele manejar, e incluso ha sido uno de los argumentos que se han empleado en los países anglosajones para invertir la mayor parte del fondo en renta variable.

Adicionalmente, se ampliaría la información sobre los compromisos incluida en las notas a las cuentas con una descripción de los posibles riesgos y un análisis de sensibilidad para cuantificar el efecto de posibles cambios de las hipótesis sobre los números calculados.


Implicación para las empresas de la modificación normativa internacional de contabilidad en compromisos asumidos por pensiones - Henry Karsten. Director del área de Previsión Social de la consultora Mercer - Nueva Empresa

Contabilidade peculiar

A ameaça de execução por apedrejamento pesa sobre Sakineh Mohammadie Ashtiani, mãe de dois filhos. Forçada a confessar o “crime” de adultério, mediante as 99 chibatadas rituais, foi considerada culpada em 2006, num julgamento que até pelos padrões do fundamentalismo é discutível. Nestes casos, exige-se o testemunho de quatro homens, ou de três homens e duas mulheres (notem a peculiar contabilidade) para o veredicto.


MOACYR SCLIAR - Zero Hora - 20 jul 2010 - Grifo do blog

Exemplo

— Fico até bravo quando alguém me pergunta sobre lixo — disse ele, antes mesmo de iniciarmos a entrevista.

Sem usar as palavras resíduo ou sucata, conversamos então sobre a matéria prima que ele utiliza há mais de dez anos para fabricar computadores novos a partir de equipamentos velhos. Por ano, a Planac, empresa que ele criou, vende cerca de 50 mil computadores remanufaturados a preços que variam entre R$180 e R$500 e dá a uma fatia da população a possibilidade de ter um computador em casa pela primeira vez.

A semente da ideia foi plantada quando Jair ainda era criança e catava sucatas nas ruas do bairro de Jacanã, em São Paulo, para sustentar a casa onde vivia com a mãe. Para não se submeter aos baixos preços do mercado de sucata, ele resolveu levar a sério a brincadeira de transformar lixo em objetos, e parou de vender os resíduos por quilo. Assim Jair se sustentou até os 18 anos, quando virou balconista, emprego que pagou sua faculdade de Ciências Contábeis. Depois disso, ele abriu uma empresa de contabilidade, e a vida ficou assentada. Mas faltava resolver um compromisso pessoal: montar um negócio de cunho social que também desse lucro. Foi aí que Jair juntou a profissão com o conhecimento que carregava das ruas:

— Minha empresa já era parceira da IBM na área de contabilidade. Passei a aceitar computadores velhos como parte do pagamento e desmontei todos. Nunca me conformei com a forma como as pessoas viam seus computadores, como lixo. Dentro deles, há um monte de matéria prima, muitas vezes intacta. Menos de 10% do total precisa ser descartado. De resto, tudo que recebo está em condições de ser reaproveitado.

Envolto por montanhas de placas-mãe, discos, memórias, teclados e outros restos de equipamentos, Jair coordena jovens de comunidades da região de Butantã, em São Paulo, todos seus funcionários na fábrica da Planac. Na ponta do projeto estão dois tipos de inclusão, a desses jovens no mercado de trabalho e de milhares de pessoas, a cada ano, no mundo digital. Segundo Jair, entre seus principais estão famílias das classes C e D que precisam dos equipamentos para o auxílio da educação de suas crianças e jovens, e universitários, passando por empresas:

— Meu objetivo é ter um impacto social. Em alguns casos, eu poderia comprar um mouse mais simples, mais barato, em vez de reaproveitar, mas aí esbarraria no meu modelo de negócio, que não tem como base só o lucro. Se eu fizer isso, estarei criando empregos lá na China e descartando lixo eletrônico. Não faço caridade, mas muitos dos meus clientes são pessoas que não têm condições de pagar mais de R$800 para ter um computador. Com R$200 as pessoas compram um computador bom, que vai servir para tudo que precisam.

E quem precisa de equipamentos mais potentes também os encontra nos galpões da Planac. Por cerca de R$500, os melhores computadores remanufaturados da empresa rodam programas mais atualizados. Embora seja um negócio social, não há restrição para os consumidores. Além de famílias, Jair têm entre seus compradores muitas pequenas empresas e ONGs, que precisam de equipamentos mais baratos para se equiparem.

O empresário ainda espera ampliar a marca anual de 50 mil computadores vendidos. Em parceria com a Fundação Bradesco, ele aguarda autorização da prefeitura de São Paulo para montar um galpão, que seria um dos maiores centros de triagem de lixo eletrônico do mundo.


No primeiro telefonema para marcar a reportagem, o ex-catador e hoje empresário social Jair Martinkovic, gentilmente, logo deu o aviso:
O Globo - 20 jul 2010

Risco no Relatório da Administração


O estudo objetiva identificar as categorias de riscos evidenciadas no Relatório da Administração (RA), relativa ao ano de 2007, das empresas brasileiras com emissão de American Depositary Receipt (ADRs). A pesquisa caracteriza-se como descritiva, realizada por meio de análise documental. A amostra compreende 28 empresas brasileiras com emissão de ADRs na Bolsa de Valores de Nova Iorque (EUA). Consideraram-se sete categorias de riscos corporativos, identificadas a partir da metodologia do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO, 2004): riscos estratégicos, riscos de mercado, riscos de crédito, riscos de liquidez, riscos operacionais, riscos legais e riscos de imagem. Os resultados da pesquisa mostram que, em geral, não há uma padronização quanto aos tipos de riscos evidenciados pelas empresas. Ao todo foram identificados 14 tipos de riscos. A categoria predominante na evidenciação foi risco operacional, com 20,72% das observações. Não foi encontrada evidenciação de riscos de imagem nos RA das empresas pesquisadas. Constatou-se que 19 empresas evidenciam algum tipo de risco a que a empresa está exposta, o que representa 67,86% da amostra. Por outro lado, nove empresas (32,14%) não evidenciaram nenhum tipo de risco.


Categorias de Riscos Evidenciadas nos Relatórios da Administração de Empresas Brasileiras com ADRs - Vinícius Costa da Silva Zonatto & Ilse Maria Beuren - RBGN, v. 12, n. 35, 2010.

Imagem: Fffound!

19 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #314

Observe o seguinte texto:

"Os 9 centimos são dignos de reparo; ninguém poderá duvidar da fidelidade e da exacta contabilidade de um funccionario que nem esqueceu esses nove centimos!"

Este texto mostra que a sensação de segurança na contabilidade, pela [falsa] sensação da sua exatidão, já era antiga. Este texto é da seguinte data:

1875
1910
1945

Resposta do anterior: tarefa e responsabilidade.

Links

Ator Wisley Snipes na cadeia por evasão fiscal

U2 é a banda que mais ganha dinheiro no mundo da música

Proposta de Normas de Auditoria Governamental Aplicáveis ao Controle Externo

Índios cobram do governo federal uma indenização de 563 mil por protesto na Esplanada

Curso Commercial no Império


Fonte: Província de São Paulo, 18 maio 1878, p. 4

Simulação

Quem quer aprender como funciona o mercado de ações, antes de começar a investir para valer, tem agora disponível um simulador mais próximo da realidade. A BM&FBovespa lançou uma ferramenta gratuita chamada SimulAção, que imita o funcionamento de um Home Broker, a plataforma que permite a negociação de ações pela internet. O usuário pode acompanhar o valor real das cotações dos papéis e simular todas as operações possíveis do mercado à vista. Na última sexta-feira, apenas um dia após o lançamento oficial, mais de 2 mil participantes já estavam cadastrados.

Na ferramenta, o investidor começa com R$100 mil para aplicar em ações. Todos os 635 papéis das 373 empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) estão disponíveis. É possível emitir ordens de stop loss (vendas automáticas para evitar perdas maiores), por exemplo. As taxas de corretagem e emolumentos (pagos à Bolsa) serão “cobradas” nas operações. Os melhores “investidores” serão premiados.

O simulador (www.simulacaobmfbovespa.com.br) faz parte dos planos de popularizar a Bolsa. O objetivo é ter 5 milhões de investidores pessoa física nos próximos cinco anos, ante 556 mil investidores atuais.


‘Test-drive’ para novatos na Bovespa - 19+ jul 2010 - O Globo

AIG

A gigante americana dos seguros AIG concordou em pagar 725 milhões de dólares para encerrar uma ação por fraude, anunciou o secretário de Justiça de Ohio nesta sexta-feira.

"O acordo resolve as acusações de que a AIG esteve por trás de uma ampla fraude entre outubro de 1999 e abril de 2005 por meio de práticas contra o mercado, violações na contabilidade e manipulação do preço de ações", explicou o escritório do secretário de Justiça de Ohio, Richard Cordray, por meio de um comunicado.


AIG concorda em pagar US$ 725 mi para encerrar ação nos EUA - Agence France Presse - 16 julho 2010

Congresso de Custos

Na XVII edição do Congresso Brasileiro de Custos, que irá ocorrer em Belo Horizonte, teremos a presença do Professor Don R. Hansen (Oklahoma State University). Hansen é co-autor do livro Gestão de Custos.

O site do congresso pode ser acesso aqui

18 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Modelos de determinação da quantidade de caixa

A literatura apresenta três modelos para determinar a quantidade de caixa que uma empresa deve manter:

1) Caixa Minimo Operacional

Caixa Mínimo Operacional=360/(Ciclo de Caixa)

Vantagens: Modelo simples; Chama a atenção para o fato de que o valor do caixa depende do ciclo operacional.

Desvantagens: Pode resultar num número negativo; Não considera outras variáveis relevantes

Recomendação: Usar como um parâmetro inicial somente

2) Modelo de Baumol

Parte do suposto que a empresa possui recebimentos periódicos e desembolsos constantes e diários. Existem dois ativos, caixa e aplicação financeira (A), onde é possível alocar os recursos num ou em outro. Existe um custo para fazer a transação de aplicação e resgate (denominado b) e a aplicação possui uma rentabilidade igual a i.

A gerência poderá escolher a melhor estratégia em termos de rentabilidade, onde:

Max (A i – N b)

Sendo conhecidos i e b, determina-se o número de transações, N. Sabendo o valor do recebimento periódico, R, o valor da aplicação será facilmente determinado. Para conhecer o número de resgates da aplicação financeira, N, é necessário calcular:

N = Raiz [(0,5 R i /b)]

O valor de cada resgate é dado por

Resgate = R/N

Como os desembolsos diários são constantes e conhecidos, o saldo médio de caixa é dado por

Saldo Médio de Caixa = raiz [(R b/ 0,5i)]

Vantagens: Leva em consideração o custo da aplicação (e o custo de oportunidade de deixar dinheiro parado no caixa); Considera a existência de aplicação financeira

Desvantagens: As suposições de recebimentos periódicos e pagamentos diários constantes é muito restritiva; Em situações onde o custo de transação é reduzido, a estratégia ótima para o período mensal é dada por N=30.

Recomendação: É um modelo interessante que pode ser útil para explicar certas situações práticas. Entretanto, provavelmente possui pouca validade

3) Modelo Miller e Orr

Parte da suposição da existência de dois ativos, caixa e aplicação financeira, do modelo anterior, onde existe um custo de transação, b, e uma rentabilidade na aplicação, i. Mas o fluxo de caixa é incerto. O modelo estabelece três pontos para o gerenciamento do caixa: o caixa mínimo, o ponto de retorno e o ponto máximo.

O caixa mínimo, m, é determinado pela administração da empresa, baseado na aversão ou propensão ao risco. Em situação de propensão ao risco,

m = 0

O ponto de retorno é o valor após cada resgate ou após cada aplicação:
z* = m + RAIZ CÚBICA[(0,75 b VARIANCIA)/i]

sendo VARIANCIA = variância do fluxo de caixa. Esta variância é calculada a partir da série histórica da empresa.

Finalmente, o ponto de máximo, h*, é dado por:

h* = m + 3z*

Vantagens: Leva em consideração a dispersão do fluxo de caixa; Possui uma regra clara de valor máximo no caixa e valor mínimo;

Desvantagens: Dificuldade de determinar o valor mínimo; Deixa de levar em consideração fatores como sazonalidade; Não considera o fluxo de caixa projetado futuro no resgate e na aplicação

Recomendação: O modelo é muito interessante para ser utilizado em consultoria, pelo suporte acadêmico e por apresentar solução fácil de ser seguida pelo empresário: “quanto o caixa tiver neste nível, resgate/aplique”.

17 julho 2010

Rir é o melhor remédio

*O SEGREDO...*

Um medico saiu a caminhar e viu essa velhinha da foto sentada no banco de
uma praça fumando um cigarrinho.

Aproximou-se e perguntou:

"Nota-se que está bem, qual é seu segredo?? "

Ela então respondeu:

"Sou Contadora, durmo às 4 da manhã fechando balanços, me levanto às 6. Nos fins de semana não pratico esportes, não me divirto. Trabalho fazendo: Classificações Contábeis, Provisões, Conciliações, Auditoria de Balanço, Analise de Resultado, SOX analises, etc... muitas vezes aos finais de semana, sábados, domingos e feriados também. Não tomo café da manhã, não almoço e nem janto porque não dá tempo.'

O doutor então exclamou:

- "Mas isso é extraordinário. A senhora tem quantos anos? "

- "37!" respondeu-lhe a velhinha....


Enviado por Saulo, grato

Links

Celulares analógicos estão extintos no país

Agência chinesa de rating Dagong rebaixa a dívida dos Estados Unidos

Índice de Pobreza Multidimensional

Responsabilidade social, valor da empresa e desempenho financeiro no Brasil

Relevância dos derivativos para a agricultura

Informação privilegiada


A loba e o cordeiro
Por Redação da Dinheiro - 17 jul 2010

Robert Moffatt era um executivo de sucesso, com uma carreira de mais de 30 anos na IBM, onde era vice-presidente. Sua última tarefa havia sido domar os fornecedores da companhia. Graças as suas jornadas longuíssimas de trabalho, ele cortou custos em US$ 6,5 bilhões. Moffatt chegou a ser cotado para suceder Sam Palmisano na presidência da empresa. Danielle Chiesi era uma das melhores analistas de ações de tecnologia, que gostava de três “s” – sexo, esportes e ações (sex, sports e stocks, em inglês).

A bela loura de olhos azuis era uma loba do mercado, faminta por informações sobre empresas que pudessem antecipar altas ou baixas das ações. Moffatt, atleta nos tempos de faculdade e que conversava com todos os fornecedores da IBM, era o cordeiro que ela precisava. Ela se insinuou para ele, e o que começou como um relacionamento de negócios tornou-se um caso tórrido entre o casado Moffatt e a divorciada Danielle. Nas conversas de travesseiro ela obteve informações privilegiadas que nortearam decisões de investimentos do gestor de fundos Mark Kurland.

Responsável pelo fundo New Castle, Kurland fazia apostas pesadas em tecnologia e dependia das informações da bela Danielle, com quem teve um caso por vários anos, simultaneamente ao envolvimento dela com Moffatt. O esquema foi descoberto e agora ela está sendo acusada de gerar lucros ilegais de US$ 25 milhões com as informações privilegiadas que conseguiu. Além da carteira da New Castle, ela ajudou o bilionário Raj Rajaratnam, fundador da gestora Galleon.

Um dos negócios investigados é a obtenção de informações privilegiadas sobre associação entre a fabricante de processadores AMD e investidores árabes para produzir computadores. Os planos da AMD chegaram aos ouvidos de Danielle porque a IBM estava no negócio. A moça recomendou a compra das ações da AMD. O New Castle comprou 2,3 milhões de papéis e a Galleon, de Rajaratnam, adquiriu 8 milhões. A crise de 2008 impediu o New Castle e a Galleon de obter pleno sucesso na transação.

Os participantes desse triângulo amoroso agora lutam contra a prisão. Moffatt, que pediu demissão da IBM e abriu mão de US$ 65 milhões em opções de ações para ser exercidas, declarou-se culpado para reduzir sua pena e pode amargar seis meses de cadeia. Kurland foi condenado a 27 meses de prisão e ao pagamento de uma multa de US$ 900 mil. E a bela Danielle quer provar que é inocente e que foi usada. A loba agora quer se passar por ovelha.

16 julho 2010

Convite

PAINEL


Em comemoração aos 10 anos do Programa Multiisntitucional e Inter-Regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis


“O Desenvolvimento dos Cursos de Pós-Graduação Stricto sensu no Brasil: Evolução, tendências e perspectivas.”

Painelistas: Profª. Dra. Sonia Maria Rodrigues Calado Dias,
(Faculdades Boa Viagem – PE)
Prof. Dr. Jaime Evaldo Fensterseifer,
(Universidade Federal de Caxias do Sul – RS)
Prof. Dr. Tomás de Aquino Guimarães
(Universidade de Brasília – DF)

Dia: 13/08/2010
Local: Auditório Joaquim Nabuco – Prédio da FACE
Universidade de Brasília – UnB, Brasília/DF
Horário: 17 horas
Inscrições: Secretaria de Pós-Graduação, Sala FA B101/1, CCA/UnB

Rir é o melhor remédio


Um cartoon da The Economist, brincando com Sarkozy, a burka, e o escândalo L´oreal.

Teste #313

Veja a seguinte notícia

Até o dia 21, o único responsável pelo prejuízo de US$ 2,1 bilhões sofrido pela fabricante de celulose Aracruz em 2008 por causa de apostas erradas no dólar era o ex-diretor financeiro Isac Zagury. No entanto, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não concorda. Nove executivos e conselheiros foram indiciados para apurar responsabilidades. A Aracruz foi surpreendida pela alta do dólar. O prejuízo forçou sua união com a concorrente Votorantim Celulose e Papel (VCP), formando a Fibria. (Istoé Dinheiro, Quem mandava na Aracruz?, Claudio Gradilon, Márcio Kroehn e Juliana Schincariol, 25 jun 2010)


Na administração existe uma máxima que resolve este problema: delega-se _________, não __________.


Resposta: Bolt. Fonte Usain Bolt and Taxes. New York Times.

Incerteza na IFRS

Segundo o blog Accounting Principles Presidente do trustee do Iasb, Padoa-Schioppa, afirmou que a adoção da IFRS pelos Estados Unidos é altamente incerta, que a sobrevivência do Iasb pode estar em jogo, que a interferência dos governos da Europa é uma ameaça, que as divergências na adoção das normas pode colocar em risco o financiamento do Iasb. Além disto, as receitas do Iasb caíram no ano passado, seja em razão da taxa de câmbio, seja pelos problemas financeiros dos doadores.

Frase

Sobre a situação financeira dos times de basquete da NBA:

"Puede que no haya ninguna pérdida en absoluto. Depende de qué procedimiento se utiliza en la contabilidad", matizo [Billy] Hunter. "Si se decide que no se cuentan los intereses y amortización, ya se sacó 250 de los 370 millones de dólares".

Sindicato NBA desmiente pérdidas de equipos

L´oréal

França prende quatro por escândalo L'Oréal
O Globo - 16 julho 2010
Deborah Berlinck

PARIS. Quatro pessoas ligadas à bilionária Liliane Bettencourt — principal acionista do grupo L'Oréal — foram detidas ontem para prestar esclarecimentos sobre o escândalo de uma suposta evasão fiscal e lavagem de dinheiro de uma das mulheres mais ricas da França. Entre os presos está Patrice de Maistre, gestor da fortuna de Bettencourt, e o fotógrafo de celebridades François-Marie Banier, que ganhou cerca de 1 bilhão em presentes da bilionária.

Denúncias resultam na abertura de 3 investigações

Além do gestor e do fotógrafo, foram detidos pela polícia financeira o ex-advogado tributarista da bilionária, Fabrice Goguel, e o administrador da ilha de Arros, nas Seychelles, Carlos Vejarano. Segundo o jornal “Le Monde”, as investigações mostram que a ilha teria sido comprada por “centenas de milhões de euros” sem o conhecimento do fisco.

O escândalo — deflagrado após a revelação de gravações telefônicas feitas pelo mordomo de Bettencourt — desencadeou três investigações: uma sobre o financiamento ilegal do UMP, o partido do presidente Nicolas Sarkozy, que teria recebido dinheiro da bilionária ilegalmente para sua campanha presidencial; outra sobre as evasões fiscais da bilionária e ainda uma terceira, sobre um eventual conflito de interesses do ministro Eric Woerth.

Um dos ministros-chave do governo Sarkozy, Woerth, que hoje ocupa a pasta do Trabalho, empregou sua mulher, Florence, na empresa que administra a fortuna de Bettencourt e é citado nas gravações como um “bom amigo”.

Caixa, muito caixa 3

Segundo Bates, Kahle e Stulz (Journal of Finance, Out 2009):

a) Transação – modelos de Baumol (1952) e Miller e Orr (1966) derivam a demanda ótima de caixa na situação onde existe um custo nas operações de investimento e resgate. Uma suposição é que existe uma relação entre tamanho da empresa e quantidade de caixa, ou seja, economia de escala com caixa.

b) Precaução – o caixa é relevante contra choques adversos, onde o acesso ao mercado de capitais torna-se muito caro. Em geral, empresas com maior variância de fluxo de caixa e menor acesso ao mercado de capitais possuem mais caixa. Além disto, empresas com mais oportunidades de investimento possuem mais caixa, pois é mais caro, em situações de crise, obter caixa para estas alternativas (oportunidades de investimento). Em resumo, quanto maior o risco, maior o volume de caixa

c) Motivo de Impostos – possibilidade de pagamento de impostos futuros aumenta caixa.

d) Motivo de Agência – Trabalho clássico de Jensen, de 1986, mostrou que administradores retem caixa mais do que o necessário.

Caixa, muito caixa 2

Entre 1980 a 2006, a relação caixa (caixa e aplicações financeiras) e ativo esteve entre 5,1% e 10,9%, nos Estados Unidos. Quando se utiliza a mediana, a relação esteve entre 5,5% a 14,8%. Quando se compara, no mesmo período, a alavancagem destas empresas, líquida do caixa, existe uma forte tendência a queda, com alavancagem líquida negativa nos três últimos anos. A razão para isto está: (a) na redução dos estoques; (b) no aumento no risco do fluxo de caixa; (c) na redução dos gastos de investimento; (d) no aumento nos gastos de P&D. Duchin (Journal of Finance, jun. 2010) encontrou que existe vínculo entre diversificação e liquidez.

SEC e Goldman

A SEC anunciou um acordo com a Goldman Sachs, no valor de 550 milhões de dólares, com respeita uma questão de fraude (o fundo Abacus). Com isto encerra-se o caso. A Goldman não admite qualquer fraude, só omissão.

As ações da Goldman subiram!! Segundo o Footnoted a razão é o reduzido valor pago pela Goldman, em relação as suas despesas e em relação ao prejuízo estimado. Mesmo assim, é uma das maiores penalidades já cobradas em Wall Street, Além disto, desde que o processo começou a correr na SEC, as ações da empresa caíram no mercado.

Qualidade da Morte

O Economist Intelligence Unit, do grupo The Economist, criou um ranking dos cuidados com a pessoa no fim-de-vida. O resultado foi publicado na quarta-feira, 14 de julho.

A Grã-Bretanha está no topo da tabela, pois os médicos britânicos tendem a ser honestos sobre o prognóstico, o doente recebe medicamentos de maneira abundante e existe uma preocupação com a saude mental dos pacientes em estado grave.

Para saber a posição do Brasil, veja a figura abaixo.

15 julho 2010

Rir é o melhor remédio







Fonte: aqui

Teste #312

Este conhecido atleta decidiu não competir em Londres em razão dos impostos. A carga tributária sobre os valores que receberia seria tão grande que não seria interessante. O atleta é:

Michael Phelps
Usain Bolt
Yelena Isinbayeva

Resposta do Anterior: 10 trilhões. Fonte Word´s Richest are hording $10 trillion in Cash. Wall Street Journal Blog

Links

Muito caixa ou pouco caixa?

SFAS 159 e a magia dos bancos

Contribuição política e retorno futuro das ações das empresas

Biblioteca digital mundial


Fotos da Copa


Fotos da Copa: melhor ator
Com expressões curiosas traduzidas do japonês, gráficos de "vela" ganham espaço nas análises do mercado financeiro
Emanuel Alencar - O Globo

RIO - "Bebê abandonado", "estrela cadente", "martelo invertido", "homem careca", "nuvem escura"... Expressões curiosas derivadas de leituras gráficas inventadas pelos japoneses no século XVIII, os candlesticks (castiçais, em português) quebram o tom muitas vezes formal e frio do mercado financeiro e ganham terreno no Brasil, num processo que começou, de maneira mais consistente, há cinco anos.

As análises gráficas de candlestick têm este nome porque os objetos que formam o gráfico referente ao desempenho de uma ação na Bovespa (Petrobras PN, por exemplo), lembram os suportes de velas. Para orientarem seus clientes, analistas técnicos - também chamados de "grafistas" - elaboram relatórios com estes gráficos, buscando identificar padrões e indicadores que se repetem periodicamente. A análise dos gráficos de candles é visual: o analista observa no gráfico uma tendência estabelecida e tenta encontrar figuras (chamadas padrões) que tenham certa relevância. São estes desenhos que ganham os nomes curiosos.

Cada candle ("vela") é formada ao fim de um determinado período. Dependendo do desempenho do papel, a "vela" formada terá um tipo de formato. Ao fim do pregão, os clientes recebem esta análise gráfica, com comentários dos analistas técnicos. Desta forma, o investidor pode tomar a decisão de vender ou não a ação, com base em comportamentos anteriores das "velas".

Além de ações específicas, os gráficos de candle podem se referir a um indicador específico na Bovespa, ou seja, a um conjunto de ações, como o Ibovespa.

Técnica se popularizou em Nova York
Especialistas de análise gráfica contam que a origem do candlestick é japonesa, ainda no tempo em que só eram negociados contratos futuros de arroz na bolsa. Naquela época, os japoneses já eram bons grafistas. A técnica sobreviveu no oriente e se popularizou graças a Steve Nisson, um americano que operava no mercado de ações de Nova York, no início da década de 80.

A maioria das plataformas gráficas já começa a adotar os gráficos de candles, substituindo os de barra e os de linha - Carlos Alberto Debastiani
Apesar dos termos divertidos, os candles são coisa séria, sim senhor. Autor do livro "Candlestick - um método para ampliar lucros na bolsa de valores" (2007, Editora Novatec), o empresário Carlos Alberto Debastiani explica que o método oferece ao investidor uma visão mais precisa das tendências dos pregões do que, por exemplo, os gráficos de linhas ou barras:

- Os candles têm ganhado o gosto dos investidores. A maioria das plataformas gráficas já começam a adotar os gráficos de candles, subistituindo os de barra e os de linha. Ele é mais rico, diz com mais fidelidade o que acontece no pregão. Além disso não usa uma terminologia técnica. Os nomes lembram, de fato, os formatos. O martelo tem um formato semelhante à ferramenta. A "nuvem negra" é formada por candles brancos alongados, cobertos por um candle negro. Tem a ver. O Brasil vem pasando por uma etapa de crescimento do mercado de ações e a tendência é que este método se popularize.

Debastiani explica que os candles, como todos os demais gráficos, são montados sobre uma matriz bidimensional com eixos X e Y. A escala vertical demarca a evolução dos valores dos ativos enquanto a escala horizontal representa a linha do tempo, que irá marcar os intervalos. Esses intervalos podem ser de qualquer duração que se queira: um dia, uma semana ou "intraday", que são intervalos menores que um um dia (15 ou 30 minutos, por exemplo). Cada um desses intervalos definidos irá compor um elemento gráfico (um candle).

Para se criar o candlestick usa-se o preço de abertura, fechamento, máximo e mínimo de cada dia. O corpo do candlestick é representado por uma barra cuja altura é dada pela diferença entre o preço de fechamento e abertura, enquanto a linha acima (o pavio da vela) e abaixo correspondem ao preço máximo e mínimo respectivamente. Quando o preço de fechamento é maior que o preço de abertura do dia, o candlestick normalmente é representado pela cor branca. E quando o preço de fechamento é menor que o preço de abertura do dia, utiliza-se a cor preta.

Há dez anos poucas pessoas conheciam e muitas que conheciam não acreditavam (no método). De cinco anos pra cá tenho visto um "boom" dos candles - Rodrigo Correia
O analista técnico Rodrigo Correia, da Doji Star Four Graphics, empresa especializada em consultoria e treinamento em análise gráfica, também enxerga um "boom" dos candlesticks.

- Quando eu comecei na área, não traduzia nem associava os gráficos a estes termos. Mas hoje em dia a metodologia é muito usada aqui no Brasil. Há dez anos poucas pessoas conheciam e muitas que conheciam não acreditavam (no método). De cinco anos pra cá tenho visto um "boom" dos candles.


Além de integrar o vocabulário cotidiano dos analistas, estes termos acabam indo para relatórios de clientes, diz Correia.

- Aqui na empresa, o cliente está sempre ciente do padrão que pintou ou que está para pintar, principalmente no boletim diário.

Raphael Figueiredo, analista da Icap Brasil, diz que os gráficos ajudam os investidores a compreenderem melhor um assunto muitas vezes tido como complicado e confuso.

- É claro que esta linguagem menos formal, mais simples, ajuda a atrair novos clientes, mas expressões são mais faladas entre os especialistas do que nos relatórios.

Transparência na área pública

O site do governo federal para acompanhamento da execução orçamentária do País é o mais bem avaliado pela associação Contas Abertas, segundo levantamento divulgado hoje. O site do governo (www.transparencia.gov.br) recebeu nota 7,56, numa avaliação de zero a dez.

Se o recorte for feito apenas entre os Estados, sem contar o site federal, o portal de São Paulo (www.transparencia.sp.gov.br) fica na primeira posição, com 6,96 de avaliação. Para chegar a esta pontuação, o Contas Abertas analisou critérios como o conteúdo oferecido por cada site, a frequência na atualização das informações e o nível de facilidade da ferramenta de pesquisa.

A média geral entre os Estados foi de 4,98, número considerado baixo pela associação. "Os Estados brasileiros ainda não permitem à sociedade a fiscalização adequada dos gastos públicos", avalia Gil Castello Branco, secretário-geral do Contas Abertas, que atribui o fato de a nota mais alta ser do governo federal por se tratar de um site com sete anos de criação que tem "expertise no assunto". "Serviu até como parâmetro para outros sites estaduais e municipais", completa.

Os cinco primeiros colocados no ranking foram: São Paulo (6,96), Pernambuco (6,91), Rio Grande do Sul (6,29), Paraná (6,07) e Minas Gerais (5,60). O Rio de Janeiro ficou em 12º lugar (5,09), e o Distrito Federal em 14º (4,8). Os piores colocados no ranking foram Piauí, em último lugar (3,04), Roraima, em penúltimo (3,31) e Acre, Bahia e Rio Grande do Norte empatados com a terceira pior nota (3,82). Veja a lista completa em: www.indicedetransparencia.org.br.

Legislação

Castello Branco ressalva que o índice de transparência apontado pelo Contas Abertas não mensura a probidade administrativa, nem a eficiência na alocação de recursos públicos. De acordo com ele, no entanto, quanto mais transparente for o site, maior o poder de fiscalização da sociedade.

A Lei Complementar 131 estabelece o prazo de quatro anos para que a União, Estados e Municípios disponibilizem na internet informações pormenorizadas, em tempo real, sobre a execução orçamentária e financeira. A lei foi regulamentada em maio deste ano.

Contas Abertas: site do governo federal lidera avaliação
Por Carol Pires

Caixa, muito caixa



A tabela mostra as maiores empresas em volume de caixa nos Estados Unidos (não participam desta amostra bancos e outras instituições financeiras). As 20 maiores possuem mais de 600 bilhões de dólares em dinheiro, sendo que a primeira em caixa possui quase 150 bilhões em caixa. Fonte: Corporate Cash, Ritholtz

14 julho 2010

Rir é o melhor remédio



Uma partida de xadrez e o locutor

Teste #311

No teste anterior comentou-se sobre o caixa das empresas. Mas existe muito dinheiro de milionários (acima de um milhão de dólares) que não estão investidos. Uma estimativa indicou que o volume de dinheiro dos milionários que não está nas mãos de fundos de investimento (entre outros investidores) é de:

US$10 trilhões
US$ 1 trilhão
US$ 100 bilhões

Resposta do Anterior: O primeiro número refere-se a quantidade de caixa da Berkshire, a empresa que possui maior volume de caixa. O segundo número é a resposta correta. O terceiro, corresponde ao volume de caixa das 50 maiores empresas (em caixa e equivalente). Fonte: Corporate Cash, Rihotz

Economia Irracional

O livro Economia Irracional é decepcionante. Nem a presença de autores conhecidos como Akerlof, Arrow, Schelling, Shiller, Slovic e Sunstein, sendo os três primeiros ganhadores do Nobel de Economia, salva a obra. É uma junção de artigos, com assuntos como risco, superstição e racionalidade. Mas tudo muito superficial, com pouco vínculo entre os assuntos.

O artigo de superstição, de Shelling, discute a questão do número treze, da falácia de Monte Carlo, dos jogos contra natureza e de religião. Mas quatro páginas e meia não apresenta nada de novo. Na realidade, dos trinta capítulos, gostei somente de dois deles. Ambos discutem a questão da reação aos desastres naturais. O primeiro, O problema do Roubo, de Kip Viscusi, apresenta o caso interessante da cidade de Nova Orleans, que foi destruída pelo Katrina, um furação, em 2005. Apesar de muitos economistas questionarem a ajuda para reconstruir a cidade, em razão dos riscos ainda presentes de novas tragédias, a cidade está sendo reconstruída. Viscusi enxerga aqui o efeito propriedade, um problema estudado em finanças comportamentais, onde as pessoas costumam atribuir um valor exagerado aos seus bens.

O segundo artigo interessante é A Peculiar Política Americana da Administração de Desastres, de David Moss. O autor escreve sobre o comportamento do governo diante de situações de risco extremo, como é o próprio caso do Katrina. Em lugar de usar um “seguro”, o governo tem financiado estas situações com receitas orçamentárias emergenciais. Moss faz um retrospecto histórico mostrando que nem sempre isto foi assim: no passado, a assistência de grandes desastres era principalmente de entidades como a Cruz Vermelha, e cobriam somente uma pequena parcela dos dados estimados. Em 1927, um enchente no Misssissipi teve uma assistência de 3,3% dos danos coberta pelo governo e 5,8% pela Cruz Vermelha. Em 1993, um nova enchente no mesmo rio trouxe uma ajuda governamental de 52,5% do total dos danos, enquanto a Cruz Vermelha ajudou somente 0,4%. Moss acredita que a diferença entre as duas tragédias deve-se a atuação da imprensa e seus efeitos sobre a opinião pública. Cenas dramáticas das tragédias tendem a sensibilizar os políticos, inclusive os congressistas que irão aprovar o destino das verbas públicas. Além disto, as reportagens tendem a enfatizar as perdas (de vida ou de objetos materiais), deixando de lado as ações preventivas que poderiam ter sido realizadas.

Dois textos interessantes, mas pouco para uma obra cujo subtítulo é “Como tomar as decisões certas em tempos de incerteza”.

Economia Irracional. Organizado por Erwann Michel-Kerjan e Paul Slovic, Elsevier, 2010.

Portugal e a Crise

A agência de classificação de risco Moody's reduziu a avaliação da dívida de Portugal nesta terça-feira (13) em dois graus, de "AA2" para "A1", com perspectiva estável.


Fonte: Brasil Econômico. Comentário do sítio Business Insider

Desculpa Portugal, você é um dos PIGS, mas claramente você não importa hoje:
Londres: +0.7% (FTSE 100)
Paris: +0.6% (CAC 40)
Frankfurt: +0.6% (DAX)
Grécia: +0.4% (Athex)
Espanha: +0.4% (IBEX 35)
Portugal: -0.2% (PSI General Index)
Euro: $1.254 (-0.4%)


13 julho 2010

Rir é o melhor remédio

A chave

Teste #310

Os especialistas notam que o volume de dinheiro existente nas grandes empresas está aumentando ao longo do tempo. As vinte maiores empresas dos EUA, não financeiras, em termos de volume de caixa e equivalente possuíam:

US$147 bilhões
US$624 bilhões
US$824 bilhões

Resposta do Anterior: Scorsese. Fonte: Reuters, Scorsese é processado por consultor financeiro de celebridades

Links

Desentendimento no Iasb quanto as Normas Contábeis de Alta Qualidade

Pesquisa: As práticas contábeis antes da IFRS continuam com a adoção da IFRS

SEC: convergência ou adoção total das normas internacionais?

Pressão da imprensa e evidenciação ambiental na Nike e Hennes & Mauritz

Princípios contábeis e "neuro-contabilidade"

Avaliação de Docente

Desde 2003 a Universidade de Brasília vem fazendo, semestralmente, avaliação do seu corpo docente. A cada período chegam a ser aplicados entre 30 a 40 mil questionários. Esta massa de dados foi analisada por uma estatística da Universidade, Gabriela Barros. Usando dados de mais de 200 mil questionários, a pesquisadora descobriu alguns aspectos interessantes. Ao longo do período, o grau de satisfação tem aumentado, mesmo que de forma pouco significativa em termos estatísticos.

Tive oportunidade de ler a pesquisa de Gabriela Barros e achei interessantes os aspectos mais negativos na opinião dos alunos: uso de estratégia para motivar os alunos quanto ao conteúdo; discussão dos resultados de avaliação de aprendizagem; e incentivo para que o aluno possa aprofundar o aprendizado.

Surpreendente, em minha opinião, os pontos fortes apontados pelos alunos: domínio do conteúdo ministrado; assiduidade; cordialidade na relação com os alunos; e respeito às idéias dos alunos. Vivendo na UnB, e escutando frequentemente comentários sobre professores que faltam continuamente, é interessante notar que esta não é a opinião dos alunos.

Ambiente e Contabilidade

Um texto do The Guardian, Add environmental balance sheets to accounts, regulators told (Juliette Jowit, 13 de julho de 2010) discute a necessidade de reconhecer nos balances o impacto ambiental e social. Isto estaria sendo discutido pelos reguladores contábeis. Neste sentido, as empresas devem evidenciar o efeito sobre a qualidade do ambiente.

A origem estaria num relatório da ONU, que alertou sobre os perigos para o planeta. O líder do estudo, Pavan Sukhdev, estaria discutindo com o International Accounting Standards Board (IASB) e com o Financial Reporting Council, da Inglaterra. A idéia é evidenciar os impactos ambientais e sociais para permitir que as empresas possam monitorar e melhorar suas operações, ajudando a evitar os problemas de carona (free-riding) com os benefícios, afirmou Sukhdev ao The Guardian.

Uma pesquisa do The Economics of Ecosystems and Biodiversity (TEEB), citada pelo jornal, informa que os danos ambientais de três mil empresas em 2008 foi de 2,25 trilhões.

Concessão

A discrepância entre o novo valor fixado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a obtenção de licenças de TV a cabo e o praticado anteriormente pode gerar questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU).

A diferença entre o que a agência arrecadou até 2000, com a concessão de licenças pelo sistema de leilão, e o que o órgão regulador embolsará para os cofres públicos com a mudança do sistema para autorizações, em que a única exigência para as empresas é o pagamento de R$ 9 mil por município, é enorme.

Dados da Anatel revelam que as 210 outorgas licitadas de 1997 a 2000 geraram uma arrecadação de R$ 303,76 milhões, montante que, se corrigido para os dias atuais, representaria nada menos do que R$ 805,43 milhões. Com a nova proposta, os mais de mil pedidos de novas licenças em processamento na Anatel representariam pouco mais de R$ 9 milhões, considerado o preço único proposto. Como o montante de R$ 805 milhões não inclui o leilão de licenças em cidades como Rio e São Paulo, a distorção é ainda maior.

Ao Estado, o ministro do TCU José Jorge disse que o tribunal ainda não foi comunicado da decisão da Anatel. Mas quando isso ocorrer, explicou Jorge, a questão será analisada. “Ou, se alguém fizer denúncia, aí vamos apurar”, ressaltou. O ministro considera que ainda é cedo para avaliar as mudanças, que não foram implementadas na prática. “O TCU não interfere no pré. Interfere no pós. É difícil agir de ofício. E, pelo que sei, não há nenhum processo aberto nesse sentido”, observou.

Dentro do próprio órgão regulador, não existe por enquanto consenso sobre a questão. Alguns técnicos da agência afirmam que o TCU poderá intervir no processo, caso o tribunal considere que a União “não pode abrir mão de recursos públicos”.

Isso porque os R$ 9 mil fixados como preço único para toda e qualquer licença para operação de TV a cabo passam ao largo do valor mínimo fixado quando os leilões foram realizados. O menor valor fixado pela agência até então foi de R$ 38,16 mil para os municípios de Palmas (TO) e Sarandi (PR), que foram arrematados por R$ 215,94 mil e R$ 41,2 mil, respectivamente. O maior lance para arrematar uma licença foi oferecido no Recife (PE): R$ 18,12 milhões. E os valores estão sem a correção para os dias de hoje.

Outra vertente da Anatel, no entanto, já descarta a hipótese de intervenção do TCU. “O intuito do Estado é arrecadar dinheiro ou promover a competição?”, questionou um técnico da agência.

Quem pagou caro para atuar no mercado de TV a cabo também questiona a decisão da agência. “E eu, que paguei milhões pelas licenças?”, provocou André Borges, vice-presidente jurídico e de relações institucionais da Net. “Por que quem entrar agora vai uma situação mais benevolente?”, reforçou.

Disputa. Polêmicas não faltam em torno da decisão da Anatel - que, além de baixar o preço, deu sinal verde para a atuação das concessionárias de telefonia fixa atuarem no mercado de TV a cabo, disputando licenças também ao preço de R$ 9 mil.

O primeiro round deflagrado envolve a legalidade da iniciativa do órgão regulador. A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) defende que, como a Lei do Cabo - vigente desde 1995 e que impõe a restrição da entrada das teles em TV a cabo - não foi modificada, a decisão do Conselho Diretor da agência é inócua.

Entre juristas especializados na legislação de telecomunicações, não existe consenso. Alguns argumentam que há até um problema legal se a decisão entrar em vigor, já que a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) estabelece que cabe à Anatel aplicar a Lei do Cabo e, assim, realizar os leilões para a venda das licenças.

Há uma vertente no mercado, porém, que garante que a decisão da Anatel não contraria a Lei do Cabo. Essa é a tese defendida por Roberto Pinto Martins, secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações. “Não tem porque limitar as licenças”, afirmou. O secretário comparou o fim das restrições das licenças ao fim das capitanias hereditárias. “Todo mundo ganha com isso, pois vai aumentar a concorrência. Hoje, há muitos municípios que só têm uma empresa atuando”, observou.


TCU pode questionar redução em valor de licença de TV a cabo
Karla Mendes - O Estado de São Paulo - 13 jul 2010

Apesar do texto ser contrário a Anatel, a análise é muito mais complexa. Os atuais donos do mercado pagaram no passado um preço mais elevado, mas por outro lado adquiriram o direito de explorar o mercado durante anos, por um preço elevado pelos serviços prestados. Será que esta reserva inicial do mercado já compensou o preço pago no passado? Houve uma promessa do governo de que as regras seriam imutáveis?

Para o consumidor a questão é muito mais simples. Observe que o lado do consumidor é colocado em segundo plano pelo texto, mas o aumento da competição é sempre bom. Neste sentido, a frase do técnico da Agência sobre o papel de promover a competição é importante. Criar reservas de mercado é sempre péssimo para o consumidor.

12 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Acabou a Copa!

Teste #309

Este famoso diretor de cinema está sendo processado por Kenneth Starr, num valor de 600 mil dólares, por serviços de contabilidade executados entre 2006 e 2010. A empresa de Starr administrou o dinheiro do diretor, que não pagou a taxa de serviços de 5%. O interessante é que o atual endereço de Starr é uma prisão, pela acusação de ter desviado 59 milhões de dólares, pelo menos, de celebridades, como Uma Thurman, Al Pacino e outros. Starr também é acusado de fraude eletrônica e fraude de segurança. Este diretor é:

Martin Scorsese
Orson Welles
Woody Allen

Resposta do Anterior: Patrimônio de Afetação. Fonte aqui