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14 março 2010

Rir é o melhor remédio























Adaptado daqui

Big Three?

O relatório sobre a quebra do Lehman levou o Financial Times (A future ‘Big Three’?, Paul Murphy) a perguntar: Teremos num futuro somente três grandes empresas de auditoria?

Lehman Brothers

Um relatório divulgado nesta sexta-feira sobre a queda do banco americano Lehman Brothers, considerada um marco do início da crise econômica mundial, diz que executivos da instituição esconderam o real estado das contas do banco antes dele pedir concordata, em setembro de 2008. 

O documento afirma que o banco de investimentos estava insolvente - não conseguia pagar suas dívidas na data do vencimento - por semanas antes de quebrar. 

Ele também acusa os executivos de "manipulação dos relatórios financeiros" e de usar um recurso de contabilidade para esconder as dívidas do Lehman Brothers. 

A empresa de auditoria Ernst & Young, que prestou serviços para a empresa, também foi citada no relatório, sendo acusada de graves erros que levaram ao ocorrido. 

Processo 

O documento de 2,2 mil páginas afirma que há possibilidade de um processo contra os ex-executivos do banco. 

O advogado Anton Valukas, presidente da companhia de advocacia americana que liderou a investigação, afirmou que os credores poderão abrir um processo contra o presidente do Lehman Brothers Dick Fuld e os diretores financeiros do banco Chris O'Meara, Erin Callan e Ian Lowitt, alegando negligência ou não cumprimento de deveres. 

Valukas também afirmou que há provas suficientes de que a Ernst & Young foi negligente e que a companhia poderá ser processada por "incompetência profissional". 

A Ernst & Young respondeu ao relatório afirmando que seu trabalho no Lehman Brothers foi "apresentado de forma clara", de acordo com as regras de auditoria. 

"Nossa última auditoria para a companhia foi para o ano fiscal que terminou em 30 de novembro de 2007. Nossa opinião indicava que as declarações financeiras do Lehman para aquele ano foram apresentadas de forma clara", afirmou a empresa de auditoria em uma declaração. 

'Repo 105' 

A maior parte do relatório, que recolheu provas junto a todos os principais envolvidos no colapso do Lehman Brothers e nas tentativas de resgatar a companhia, traz acusações do uso de um "truque" conhecido como "Repo 105". 

Este é um recurso de contabilidade que, por meio da manipulação de informações sobre ativos, dá a impressão que o nível de endividamento de uma empresa diminuiu. 

O Lehman Brothers teria usado cada vez mais este recurso enquanto seus problemas aumentavam. 

Valukas afirma que o Repo 105 foi usado para "dar a aparência de que o Lehman estava reduzindo sua dívida total" em 2008, quando, na verdade, não estava. 

O relatório estima que o Lehman usou a prática para remover, temporariamente, US$ 50 bilhões em bens de seu relatório financeiro apenas em 2008. 

A instituição começou a usar o Repo 105 já em 2001, mas a prática aumentou "de forma dramática" a partir do fim de 2007, segundo o documento. 

A advogada de Dick Fuld, Patricia Hynes, respondeu ao relatório e afirmou que ele "não sabia o que aquelas transações (o Repo 105) eram". 

"Ele não estruturou ou negociou estas transações", afirmou a advogada. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.


 

Lehman Brothers escondeu dívidas antes de quebrar, diz relatório – Estado de São Paulo – 12/março de 2010

Lehman Brothers 2

NOVA YORK - Comunicados financeiros enganosos e falhas na divulgação de certos detalhes sobre o colapso do Lehman Brothers deram motivo para queixas legais plausíveis contra o ex-executivo-chefe e outros altos executivos do banco de investimento, de acordo com um relatório do investigador da justiça dos EUA Anton Valukas.

 
 

Para o investigador, também há razões plausíveis para queixas legais contra os credores JPMorgan Chase e Citibank, unidade do Citigroup. Esses bancos de investimento fizeram pedidos por colaterais e modificaram acordos com o Lehman que prejudicaram a liquidez da empresa e a levaram à concordata.

 
 

Valukas afirmou ainda que o auditor externo Ernst & Young deveria ser sujeito a um processo "por, entre outras coisas, seu fracasso em questionar e desafiar divulgações impróprias ou inadequadas nos comunicados financeiros".

 
 

Embora os executivos não possam ser legalmente responsabilizados por apostas erradas e pela perda da confiança de seus apoiadores, eles podem ser processados por fracassarem em revelar o que sua avaliação defeituosa provocou no balanço financeiro da companhia. "Há evidências críveis suficientes" para sustentar processos contra o ex-executivo-chefe Richard S. Fuld Jr. e três diretores financeiros - Christopher O'Meara, Erin. M. Callan e Ian T. Lowitt, afirmou o no relatório.

 
 

"As decisões de negócio que levaram o Lehman para a crise de confiança podem ter sido erros, mas a decisão de não revelar os efeitos dessas avaliações dá motivo para queixas contra os altos executivos que supervisionaram e certificaram comunicados financeiros enganosos", disse Valukas. O investigador, no entanto, observou que ele não é quem tomará a decisão final sobre o caso.

 
 

O juiz James M. Peck, da Corte de Falências de Manhattan, deu a ordem para que o relatório fosse revelado em uma audiência hoje. Em janeiro do ano passado, Peck ordenou a nomeação de um investigador para analisar várias questões geradas pelo colapso do Lehman, em setembro de 2008, o maior da história, e os eventos que levaram a esse desfecho. As informações são da Dow Jones. 


 

JPMorgan e Citi podem enfrentar a justiça por colapso do Lehman Brothers - Danielle Chaves 12/3/2010 - Estado de São Paulo

13 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

E-book


O livro eletrônico (E-book) tornou-se uma realidade com o lançamento e consolidação do Kindle, da Amazon. As vantagens são significativas, entre as quais a facilidade de acesso e o custo. Sobre o custo, a discussão diz respeito ao preço justo dos livros que são vendidos.
Quando a Amazon divulgou seu livro eletrônico, a empresa acenou para possibilidade de comercializar os livros a 9,99 dólares, o que corresponde a um preço um pouco acima dos quinze reais. Este valor é um atrativo, já que o leitor brasileiro geralmente incorre num custo elevado do frete.
A lista dos mais vendidos revela que o preço encontra-se acima deste valor, em torno de treze dólares. Entretanto, existem extremos dentro da loja da Amazon. Um grande número de obras é vendido por valores simbólicos (alguns centavos de dólares até dois dólares). Mas outro número de obras possui um preço muito mais salgado, ultrapassando a casa dos cinqüenta dólares.
Algumas editoras não gostaram da idéia de vender suas obras por menos de dez dólares. O argumento, é o que nos interessa, é tipicamente da contabilidade de custos.
Livro Tradicional
Comecemos com um livro tradicional. Metade do valor que você paga por ele fica com as livrarias. As despesas operacionais (impressão, estocagem, distribuição, capa, edição etc) correspondem a US$4 dólares nos Estados Unidos. No Brasil deve ser maior em razão da tiragem da dispersão territorial. Os direitos autorais correspondem a 15% do preço de capa, nos EUA, e a 10%, no Brasil. Calculando uma despesa de marketing de US$1 dólar, tem-se a seguinte estrutura de custos:
Preço – 0,5 x Preço – 4 – 0,15 x Preço – 1 = 0,35 Preço – 4,00
Supondo um livro vendido a $25 tem-se:
Lucro = 0,35 x 25 – 4,00 = 4,75
Este é o valor por exemplar. Sobre este montante é necessário calcular as despesas indiretas da empresa.
Livro Eletrônico
Os custos de distribuição do livro eletrônico são, inicialmente, menores, representando 30% do valor do preço da capa. De igual forma, o custo de marketing também é menor, já que se aproveita das despesas já realizadas com o livro tradicional. A princípio, os valores dos direitos autorais são, percentualmente, maiores; mas como o preço é menor, o valor por produto vendido é menor para o autor. Existe um custo adicional de conversão do livro tradicional num livro eletrônico, mas o valor deve estar em torno de cinqüenta centavos de dólar. A estrutura de custos seria:
Preço – 0,3 x Preço – 0,75 – 0,20 x Preço – 0,50 = 0,5 x Preço – 1,25
Estamos considerando custo de marketing de US$0,75 e direitos autorais de 20%. Se o preço for de treze dólares o lucro será:
Lucro = 13 x 0,5 – 1,25 = 5,25

 

Observe que o lucro seria superior ao livro tradicional, indicando que o livro eletrônico seria um bom negócio para as editoras.
Entretanto esta conclusão deve ser considerada com ressalvas por três razões principais.
Em primeiro lugar, estes cálculos foram realizados considerando que o livro eletrônico seria um subproduto do livro tradicional. A realidade mostrou que o avanço do livro eletrônico pode reduzir o número de exemplares de livros tradicionais vendidos. Assim, alguns custos que hoje estão considerados no livro tradicional devem ser suportados pelo livro eletrônico.
Em segundo lugar, o processo de canibalização poderá fazer com que a estrutura do livro tradicional torne-se muito dispendiosa, sendo necessário existir um subsídio cruzado, do livro eletrônico para o livro tradicional.
Em terceiro lugar, o livro eletrônico pode criar um processo de expectativa de reduzido preço por parte dos compradores. Assim, os clientes provavelmente não desejarão pagar cinqüenta dólares por um livro de custo, mesmo que ele tenha oitocentas páginas, com ilustrações. Isto teria também um efeito sobre o livro tradicional, pressionando por uma redução na margem praticada pelas livrarias e, conseqüentemente, pelas editoras.
Existirá uma pressão no canal de distribuição, das livrarias. Entretanto, se o livro eletrônico tornar-se mais popular, provavelmente as atuais livrarias serão as lojas de discos de hoje.


Os dados deste texto foram baseados livremente no texto de Motoko Rich, Math of Publishing Meets the E-Book, para o New York Times.

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12 março 2010

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui

Planejamento e ciclo de vida

Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil das empresas brasileiras no que se refere à estruturação do processo de planejamento, associado aos estágios do ciclo de vida. O foco está no entendimento de como o processo estruturado de planejamento, que inclui o planejamento estratégico, o orçamento e o controle orçamentário, está sendo utilizado pelas empresas brasileiras nos diversos estágios do ciclo de vida organizacional. Trata-se de uma pesquisa empírica desenvolvida a partir de uma amostra orientada, com 112 empresas. Os métodos de tratamento de dados foram a análise fatorial e a correlação. A justificativa para o estudo está na percepção de que o desenvolvimento de um processo de planejamento estruturado, dentre outras coisas, depende do estágio vivido pela entidade. O estudo conclui que existe correlação entre os estágios do ciclo de vida organizacional e o perfil de formalização de planejamento. Contudo, a inexistência do orçamento tanto no nascimento, quando não se mostra uma prioridade, como no declínio, quando deveria ser entendido como uma alavanca de recuperação, provoca uma reflexão relevante sobre as possibilidades perdidas por uma organização que não prioriza o processo.

ANÁLISE DO PERFIL DE PLANEJAMENTO ASSOCIADO AO CICLO DE VIDA ORGANIZACIONAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS - Fábio Frezatti, Tânia Regina Sordi Relvas, Emanuel R. Junqueira, Artur Roberto do Nascimento - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Os mais vendidos

Os livros mais vendidos do Kindle no item Business & Investing

1. Switch: how to change things when change is hard - Heath & Heath - US$11,99
2. Payback time - Town - US$16,20
3. Stregthsfinder 2.0 - Rath - 13,70
4. The Quants - Patterson - 11,99
5. No One Would Listen - Markopolos - 16,71
6. Too big to fail - Sorkin - 11,99

Observe que o preço médio dos livros é relativamente reduzido.

Jornais eletrônicos brasileiros disponíveis no Kindle

1) O globo
2) Zero Hora
3) A Notícia
4) Pioneiro
5) Diário Catarinense
6) Jornal de Santa Catarina

Terceirização

Por que tantas empresas estão terceirizando os serviços gerais?

(...) Uma explicação possível é sugerida por estudos segundo os quais empregados que executam a mesma tarefa ganham mais se trabalharem para empregadores mais prósperos. Uma emprega economicamente próspera pode ser considerada injusta se contratar empregados para serviços gerais pelo salário-mínimo e com benefícios reduzidos. Mas os mesmos empregados podem estar dispostos a aceitar um emprego nesses mesmos termos em uma emprega cujas circunstâncias econômicas sejam relativamente modestas. Dessa forma, um salário baixo pode parecer justo se for pago por uma pequena empresa independente, mas extremamente injusto se for pago pela IBM ou pela Google.


FRANK, Robert. O naturalista da economia. p. 202

Receita Federal

Receita inicia megaoperação de fiscalização a grandes contribuintes

Renata Veríssimo, da Agência Estado - 12/3/2010

BRASÍLIA - No momento em que os contribuintes estão preparando sua declaração do imposto de renda, a Receita Federal iniciou, em março, uma megaoperação de fiscalização de pessoas físicas grandes contribuintes. O objetivo é atingir oito mil pessoas até o final do ano, o que deve gerar uma arrecadação entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. Segundo o subsecretário de Fiscalização, Marcos Vinícius Neder, nos meses de março e abril, dois mil contribuintes já devem ser notificados. Até ontem, a Receita já tinha emitido 680 notificações.

A operação, que está sendo chamada de Quebra-Cabeça, vai cruzar várias informações dos contribuintes nos últimos cinco anos. Um dos focos será executivos das empresas, que recebem salários por meio do Fundo de Previdência Privada. Segundo a Receita, para burlar o pagamento do imposto de renda, grande parte do salário é depositada no fundo pela empresa e, depois, sacada pelo executivo. Isso faz com que a pessoa física não seja tributada na alíquota de 27,5% do Imposto de Renda e reduz a contribuição do INSS. O subsecretário disse que é nesse grupo que deve ocorrer o maior volume de arrecadação dessa operação.

A Receita também investigará aplicadores em bolsas de valores que não recolheram imposto referente ao ganho de capital. "Muita gente ganhou dinheiro na bolsa nos últimos anos e esqueceu do fisco", disse Neder. Segundo ele, embora a Receita já fiscalize ganhos em renda variável, este ano, o órgão tem novos instrumentos que permitirão investigar um maior número de pessoas que operam em bolsa.

Também serão alvo da operação cotistas de fundos de investimentos pequenos. Neder explicou que a Receita vem percebendo que fundos pequenos, com duas ou três pessoas físicas vinculadas entre si, fazem movimentação de um fundo para o outro, sem passar pela movimentação financeira e não declaram esses rendimentos. Ele destacou, no entanto, que dos 27.500 fundos de investimento que existem no país só cerca de 1% é formado por pessoas com ligações entre si.

A operação de fiscalização também investigará profissionais liberais, pessoas com gastos em cartão de crédito acima dos rendimentos declarados à Receita, contribuintes com atividade rural, aqueles com acréscimo patrimonial incompatível com os rendimentos declarados à Receita, e contribuintes que venderam imóveis e não pagaram imposto de renda devido sobre ganho de capital.

O subsecretário disse que o objetivo desta operação, neste momento, é marcar presença e alertar o contribuinte que está fazendo a declaração do imposto de renda deste ano de que a Receita está atuando.

Ele informou que, nas operações anteriores, a média arrecadada por auto de infração foi de R$ 350 mil por contribuinte. Ele orientou que aquelas pessoas que quiserem retificar suas declarações, por estarem suspeitando que podem ser alvo da fiscalização, devem fazer antes de serem notificadas. Após o recebimento da notificação, se ficar provado que houve sonegação, o contribuinte pode receber multa de 75% ou de 150% se ficar provado que houve a intenção de sonegar.

Neder anunciou também que, em abril, a Receita Federal inicia uma ação de fiscalização nos escritórios de contabilidade que prometem reduzir o pagamento do imposto de renda ou aumentar a restituição do contribuinte. Ele não quis divulgar o número de escritórios que serão fiscalizados. Mas ele disse que, no ano passado, a fiscalização em apenas um escritório gerou multa qualificada, ou seja, de 150%, para mais de 1.500 contribuintes no valor médio de R$ 300 mil por pessoa.

11 março 2010

Rir é o melhor remédio



Leilão:

Primeiro cartaz: perdi meu iPod. Recompensa: $50
Segundo cartaz: perdi meu iPod. Recompensa: $51

Teste #244

A atriz Jenna Jameson é a grande estrela no mundo pornográfico. Iniciou sua carreira em 1991, com 17 anos, como stripper. Hoje recebe de 50 a 150 mil dólares por filme, mais um percentual de 3% sobre a receita de venda de filmes que ultrapassem a vendagem de dez mil cópias. Isto significa que anualmente Jameson recebe:

$50 milhões de dólares
$30 milhões de dólares
$10 milhões de dólares

Resposta do anterior: 200 mil, ou mais precisamente 189 mil. Fonte: Aqui

Links


Embraer adota dólar como moeda

Conselho Fiscal

Gráficos mundiais no Google

Propaganda contra cigarro

EBITDA

A recente Instrução CVM 480 trouxe como uma de suas inovações o Formulário de Referência, que possibilitará aos diversos interessados ter uma visão mais rica e mais profunda das companhias cujas ações são negociadas no mercado brasileiro.

Além do fornecimento de novos dados, o Formulário de Referência prevê o detalhamento de informações que as empresas vinham divulgando de maneira agregada ou de modo impreciso ou incompleto. Uma das novas exigências diz respeito à necessidade de esclarecimentos caso as companhias publiquem medições não contábeis. O exemplo mais comum de medição não contábil é o lucro antes dos juros, imposto de renda, depreciação e amortização - Lajida, que é também conhecido pela sigla Ebitda, em inglês.

A Instrução CVM 480 estabelece que, "caso o emissor tenha divulgado, no decorrer do último exercício social, ou deseje divulgar no formulário de referência medições não contábeis, como o Lajida, deve: informar o valor das medições não contábeis; fazer as conciliações entre os valores divulgados e os valores das demonstrações financeiras auditadas; e explicar o motivo pelo qual entende que tal medição é mais apropriada para a correta compreensão da sua condição financeira e do resultado de suas operações."

A providência é muito bem-vinda, já que as companhias abertas vêm divulgando à larga e segundo critérios particulares, discrepantes entre si, o Lajida como uma medição paralela às convencionais apresentadas nas demonstrações contábeis - normalmente, sem reconciliá-la com a medição econômica baseada nas normas contábeis mais diretamente comparáveis.

Visa-se com o Lajida produzir um tipo de fluxo de caixa bruto da empresa que sirva, por exemplo, como uma medida da capacidade de servir a dívida e o capital dos acionistas, quando comparada aos recursos aplicados na companhia (valor de mercado mais dívida líquida). Ou para ser utilizado como um múltiplo para avaliação de empresas.

Para refletir, como aproximação, a geração de caixa operacional normal da companhia, o cálculo do Lajida deveria considerar apenas receitas ou despesas diretamente vinculadas ao negócio e que sejam recorrentes, ou seja, as que se espera que sejam auferidas ou incorridas nos próximos exercícios. Da receita líquida deveriam ser subtraídos os custos e as despesas administrativas e de vendas, e somadas as cotas de depreciação e de amortização do período, que são despesas de caráter provisional e não representam saída de caixa.

Faltou à Instrução a proposição de uma rotina de cálculo, para pôr um pouco de ordem na confusão em relação ao cálculo do Lajida. Entre as exigências, deveria haver a de uma menção ao fato de ter sido feita, ou não, a revisão por auditores independentes, assim como uma referência obrigatória às limitações dessas medidas não contábeis. O uso da Lajida como indicador do fluxo de caixa da companhia, sem consideração de outros fatores, pode levar a graves equívocos.

A medida ignora as necessidades adicionais de capital de giro, o que pode ser particularmente grave em certos momentos do ciclo de negócios. Desconsidera também os investimentos que serão necessários para ampliação da capacidade e de manutenção que possam exceder o valor das cotas de depreciação e de amortização apropriadas no período. O Lajida não é um bom indicador de liquidez, nem representa os recursos que estarão efetivamente à disposição da companhia para saldar dívidas e distribuir proventos a seus acionistas.

Receitas e despesas são construções contábeis que se baseiam em critérios de reconhecimento. O lucro nem sempre representa dinheiro no caixa - por influência, inclusive, desses critérios de reconhecimento, que não são uniformes entre as empresas, variando de acordo com as características de cada negócio. Em certas indústrias, como bens de capital e construção civil, o caixa gerado no período pode estar bem distante do Lajida calculado. Melhor se fiar no fluxo de caixa.

O usuário deve também estar atento a regras simples, como a de que quanto menor for a participação das cotas de depreciação e amortização, melhor a qualidade do Lajida. Ele conta com a força do hábito e o apelo da simplicidade. Ruge muito, mas, devido às suas limitações, tem escassa efetividade como ferramenta de análise.

As limitações do lajida como ferramenta de análise - Reginaldo Alexandre – Valor Econômico – 9/3/2010

Iasb para PME

O International Accounting Standard Board (IASB) editou, em julho de 2009, as "IFRS for SME", ou seja, as Normas Internacionais de Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. Trata-se de uma importante iniciativa já que, segundo dados divulgados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), essa categoria de empresas representa 95% das empresas existentes no mundo. [1]

No Brasil, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), órgão com competência para emitir as normas contábeis brasileiras convergentes com as normas internacionais, emitiu o "CPC-PME" - para as pequenas e médias empresas. Ele foi aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio da NBCT nº 19.41, cuja aplicação é exigida a desde 1º de janeiro deste ano.

As normas específicas para as PME chegam em boa hora pois, do contrário, não restaria alternativa a não ser atender às normas completas ou ainda, equivocadamente, manter padrões de contabilidade que não levassem em conta as mudanças.

As empresas são classificadas em três categorias: as que têm obrigação pública de prestação de contas; as sociedades de grande porte e as pequenas e médias empresas. As que têm obrigação pública de prestação de contas são as companhias abertas, ou seja, aquelas que têm instrumentos de dívida (debêntures) ou patrimoniais (ações) negociados em mercado de ações, aquelas que estão em processo de emissão desses instrumentos, bem como aquelas que lidam com recursos de terceiros, como por exemplo, instituições financeiras e seguradoras.

A categoria sociedades de grande porte foi criada pela Lei nº 11.638, de 2007 e inclui as sociedades com receita bruta superior a R$ 300 milhões ou ativo total superior a R$ 240 milhões. Assim, as pequenas e médias empresas são todas aquelas que não têm obrigação pública de prestação de contas e não se enquadram como sociedades de grande porte.

Portanto, a título ilustrativo, uma sociedade anônima de capital fechado, mesmo obrigada a publicar suas demonstrações contábeis, desde que não se enquadre como sociedade de grande porte, é considerada para fins de aplicação da norma contábil como uma PME.

O objetivo da divulgação de normas específicas para as pequenas e médias empresas foi o de padronizar as práticas contábeis sem, contudo, ter todas as opções previstas no IFRS para as demais sociedades, ou seja, buscou-se facilitar e como consequência, reduzir o custo de atendimento às normas internacionais [2]. Assim, exigências como a elaboração da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e informações por segmento não foram requeridas para as PME.

Quanto a determinadas práticas contábeis que demandariam elevado custo para a mensuração de seus efeitos, e que foram simplificadas para as PME, podemos destacar a possibilidade de essas sociedades amortizarem o ágio decorrente de rentabilidade futura (goodwill), considerando a vida útil estimada. Enquanto as empresas sujeitas às normas completas não devem amortizar, e para evitar que esse ativo fique acima de seu valor de realização, deve-se aplicar periodicamente o teste de realização, o "impairment".

Como até mesmo a estimativa da vida útil trata-se de matéria complexa, o CPC foi mais flexível ainda, permitindo, caso não seja possível para a PME estimar a vida útil de forma confiável, a utilização presumida de um prazo de dez anos. Também foi permitido o uso do prazo presumido de dez anos para fins de amortização do intangível com vida útil estimável.

Há outras simplificações que beneficiam as PME, dentre as quais destacamos: (i) divulgações foram simplificadas e reduzidas; (ii) custos com empréstimos devem ser reconhecidos no resultado quando incorridos, enquanto que as normas completas determinação a incorporação ao custo do ativo quando for possível a vinculação com o ativo em construção; (iii) quanto aos instrumentos financeiros, houve significativa simplificação, apesar de, no meu entender a terminologia ainda ser complexa; (iv) nas normas completas as propriedades para investimento devem ser avaliadas pelo valor justo. A PME pode utilizar o método de custo, caso não seja possível ou o custo para obtenção do valor justo seja significativo. Nesse caso, as propriedades devem ser reclassificadas para o ativo imobilizado.

Dessa forma, haverá benefícios para as pequenas e médias empresas visto que suas demonstrações contábeis tornaram-se comparáveis [3] com outras sociedades, haverá maior qualidade e atendimento às necessidades dos usuários e, por consequência, a possibilidade de reduzir o custo de acesso a capital de terceiros. [4]

Para que uma empresa possa declarar que atende às normas para as pequenas e médias empresas deve adotá-las integralmente, com atenção especial ao primeiro ano de adoção da norma, onde normas específicas de transição devem ser aplicadas.

As normas são mais simples quando comparadas com as normas completas. Entretanto, há mudanças representativas em relação às normas contábeis adotadas anteriormente. Um exemplo são as regras de mensuração e avaliação dos instrumentos financeiros, as quais são substancialmente diferentes das normas anteriores, mas são simplificadas em relação às normas completas.

Para assegurar estabilidade às normas, o CPC prevê a primeira revisão após dois anos, e posteriormente revisões periódicas a cada três anos. Neste ponto reside outra vantagem para as PME, já que para as demais empresas as normas podem ser revisadas a qualquer momento.

Por outro lado, questões como a necessidade de revisar periodicamente a vida útil estimada dos ativos imobilizados e a necessidade de efetuar teste de realização dos ativos, foram mantidas para as PME.

A classe contábil deve encarar os desafios que estão em andamento como uma oportunidade de valorização de sua profissão e aprofundar seus estudos visando dominar as novas práticas o mais rápido possível.
Normas internacionais ao alcance de todos - Pedro Cesar da Silva


[1] Este percentual depende da própria classificação do que é pequena e média empresa. Isto parece sem sentido lógico. Se adotar uma medida de classificação restrita para grandes empresas, como é o caso da lei 11.638, o percentual aumenta. Se a classificação é mais ampla, por exemplo, uma receita de R$30 milhões, o percentual diminui. O número aqui provavelmente foi para ilustrar a representatividade. Mas o ideal seria a relevância das PME em termos de agregação de valor para economia.

[2] Aqui o autor coloca somente duas alternativas: (a) normas integrais do Iasb; (b) normas do Iasb e normas para PME. Mas existem outras, como não adotar normas contábeis para PME.

[3] Isto é contraditório, pois o autor afirma as exceções em relação as normas integrais do Iasb. São comparáveis em relação a outras PMEs

[4] Será?

Contratos sob suspeita 2


Conflito de interesses e as chamadas operações com partes relacionadas - empresas ou sócios de um mesmo grupo - estão entre os temas mais controversos do mercado de capitais brasileiro, por conta da predominância das companhias com controlador definido. E entre os mais obscuros também. Até o fim do ano passado, havia muito pouca informação sobre essas transações e o modo como as empresas lidam com elas.

Mas, neste ano, uma das principais novas regulamentações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Instrução 480, pode jogar um pouco de luz nesse cenário. Em 2008, houve a primeira evolução neste assunto, com o aumento das informações exigidas nas notas explicativas dos balanços por conta do processo de convergência contábil ao padrão internacional IFRS.

A nova regra do órgão regulador do mercado de capitais pede que as empresas divulguem, dentro do Formulário de Referência, substituto do Informativo Anual (IAN), suas políticas para lidar com essas situações e as operações existentes. A companhia não precisa ter a política, mas deixar claro que não tem se for esse o caso.

No caso dos contratos já firmados, a norma obriga a explicação sobre o que foi feito para se evitar o conflito de interesses e pede indicativos de que as operações estão dentro das condições de mercado.

O Valor verificou os primeiros nove documentos completos entregues à CVM de emissores da categoria A - que precisam preencher tais itens. Por enquanto, nenhuma das companhias possui política adicional ao que determina a própria Lei das Sociedades por Ações.

Apesar disso, o professor Alexandre Di Miceli, coordenador do Centro de Estudos em Governança (CEG), da Fipecafi, está otimista. Para ele, é essencial a divulgação de mais informações, porque as operações entre partes relacionadas (como são chamadas) estiveram no epicentro das maiores fraudes registradas nos mercados internacionais.

Érica Gorga, professora da unidade da Fundação Getúlio Vargas voltada ao direito, a GV Law, é menos entusiasta da mudança. "A Instrução [480 da CVM] pressupõe um mundo ideal em que há interesse de divulgar essas informações."

Para ela, seria mais determinante para a evolução do mercado se o regulador criasse normas objetivas sobre como lidar com essas operações, em especial a determinação de que sejam submetidas à aprovação de um órgão deliberativo específico em que só aqueles que não estiverem em conflito decidiriam a matéria.

Uma das questões que torna o assunto polêmico é que a Lei das Sociedades por Ações não veda as transações entre companhias do mesmo grupo nem determina qual o órgão que pode deliberar sobre o tema. Na maioria das companhias, essas operações são avaliadas apenas pelo conselho de administração e não chegam até a assembleia de acionistas.

Para Di Miceli, as novas regras permitirão que os acionistas cobrem mais esse assunto das empresas. Ele destacou que essas operações não precisam ser necessariamente destrutivas. Algumas vezes são economicamente mais eficientes do que as praticadas em mercado. No entanto, é preciso diligência com o tema.

Na opinião de Adriane de Almeida, coordenadora do Centro de Conhecimento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), caberá aos acionistas cobrar o que não for obrigatório. Para ela, é disso que dependerá o efeito prático da nova regra, além da fiscalização da CVM.

O modelo usado pela Invest Tur já levantava discussões no mercado mesmo antes da conversão antecipada das debêntures. Já se questionava, por exemplo, o contrato de consultoria com a GR Capital - que exercia atividades do próprio objeto social da empresa.

O modelo da companhia de resorts foi inspirado no da BrasilAgro, outra empresa criada do zero e oferecida aos investidores em maio de 2006, cujo objetivo é explorar oportunidades imobiliárias em áreas agrícolas. Lá, o contrato é com a Paraná Consultoria, dos fundadores Elie Horn (dono da Cyrela), da gestora de fundos Tarpon e da companhia argentina Cresud. Desde outubro do ano passado, os conselheiros da empresa avaliam modificar essa relação, mas até o momento não tomaram nenhuma decisão.

Para Érica, o Novo Mercado deveria trazer regras objetivas para essas operações. O tema foi abordado durante a discussão para a revisão das normas, iniciada em 2008 e ainda sem conclusão. Atualmente, o segmento exige a divulgação dos contratos quando superam R$ 200 mil ou 1% do patrimônio da empresa.

Governança: Empresas ainda divulgam poucos dados sobre contratos dentro do mesmo grupo - Graziella Valenti, de São Paulo – Valor Econômico – 9/3/2010

Contratos sob suspeita

Os sócios fundadores da antiga Invest Tur, atual Brazil Hospitality Group (BHG), estão sendo acusados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de ter agido em conflito de interesse com a empresa. A autarquia abriu um processo administrativo contra Carlos Manuel Guimarães, José Romeu Ferraz Neto e Márcio Moraes por conta de uma conversão de debênturesrealizada na época da incorporação da LA Hotels pela empresa, em fevereiro do ano passado.

Os acusados tiveram até 19 de fevereiro para apresentar defesa ao regulador e têm até o dia 18 deste mês para propor um acordo e encerrar a discussão com a autarquia. Caso contrário, a CVM levará o tema a julgamento. Procurados, os sócios não se manifestaram.

As debêntures pertenciam aos executivos desde a abertura de capital da Invest Tur, em julho de 2007, quando a empresa captou quase R$ 1 bilhão na Bovespa. Na época, os sócios pagaram R$ 100 mil pelos papéis - com valor unitário de R$ 1 mil - que funcionariam como uma espécie de plano de opções. A conversão em ações poderia ser feita num prazo de 15 anos, mas valeria a pena somente quando a cotação na bolsa ultrapassasse R$ 1 mil (considerando a cotação original da oferta inicial, antes dos desdobramentos).

Entretanto, com a chegada da GP Investimentos, pela combinação da Invest Tur com a LA Hotels, as debêntures foram convertidas pelos sócios antecipadamente.

A transação gerou polêmica na época, apesar de não ter impedido a aprovação da operação pelos acionistas em assembleia - que também deu aval para distribuição de R$ 300 milhões do caixa da empresa, pleito dos minoritários.

No momento em que os títulos de dívida foram convertidos eles praticamente não tinham valor, uma vez que as ações da Invest Tur na bolsa valiam cerca da metade do preço a partir do qual a troca seria conveniente economicamente.

A questão é que os papéis poderiam ser trocados por um prazo de mais 13 anos - já que valiam por 15 anos, originalmente. Segundo pessoas envolvidas na operação, não havia interesse do novo sócio de manter um risco de diluição futura. Daí a decisão de atribuir um preço ao que no momento não tinha valor. Isso porque naquele momento as debêntures não tinham valor de conversão, mas poderiam ter no futuro.

Os sócios receberam pela conversão o equivalente, na época, a cerca de R$ 45 milhões. Nada em dinheiro. Não houve nenhum desembolso da GP ou da LA Hotels na conversão antecipada. Eles receberam ativos da Invest Tur.

Guimarães, Ferraz Neto e Moraes ficaram juntos com aproximadamente 3% da empresa em ações, após a combinação com a LA Hotels, e mais uma participação em terrenos. Na ocasião, foi feita uma avaliação do Merrill Lynch usada como base para o negócio. De lá para cá, as ações da companhia tiveram valorização superior a 65%. Ferraz Neto, além de sócio, é vice-presidente da empresa ainda hoje.

A Lei das Sociedades por Ações proíbe a realização, pelos administradores do negócio, de transação que tiver interesse conflitante ao da companhia. Para mitigar a situação de conflito na Invest Tur, os sócios utilizaram um laudo e não votaram na assembleia que optou pela modificação no contrato das debêntures, realizada em 18 de fevereiro de 2009.

Nesse encontro, os fundos Fama Futurevalue, Samambaia VI, Amber Latam Opportunities, Dow Employees Pension Plan, The Robert Wood Johnson Foundation, Wellington Trust e Argucia Income votaram contra a operação.

Contudo, segundo a legislação, ainda que sejam tomados cuidados para evitar um potencial conflito, a operação deve refletir exatamente o que seria praticado no mercado. Caso esse princípio seja infringido, o administrador interessado poderá sofrer a anulação do negócio ou transferir para a companhia as vantagens que eventualmente tiver obtido.

A antiga Invest Tur era um exemplo típico de companhia que chegou à Bovespa durante a fase de maior apetite dos investidores: o ano de 2007, quando estrearam 64 empresas na praça paulista. Na prática, os criadores do negócio ofereceram só aos investidores qualificados - que podem aplicar no mínimo R$ 300 mil - uma companhia criada do zero, que compraria terrenos em áreas paradisíacas brasileiras para construção de resorts e condomínios de luxo para veraneio.

Como não tinha ativos, o modelo do negócio envolvia a existência de diversos contratos entre os sócios criadores e a companhia - todos divulgados aos investidores durante a oferta pública inicial.

A operação mais concreta para ser apresentada ao público interessado era uma opção de compra do Txai, um conhecido resort na Região Nordeste do país de propriedade da família dos fundadores. A opção foi exercida logo após a captação em bolsa e o Txai foi comprado por R$ 15 milhões.

Além disso, uma das formas de remuneração dos sócios - além das debêntures - era um contrato de consultoria com uma empresa também deles, a GR Capital. Essa companhia ofereceria serviços de consultoria à Invest Tur para prospecção de terrenos e aquisições. O acordo previa uma remuneração atrelada ao capital social, em média de R$ 9 milhões ao ano.

Durante um ano e meio antes da aquisição pela GP Investimentos, a Invest Tur adquiriu 18 terrenos por R$ 400 milhões.

O negócio com a LA Hotels, que ao contrário da Invest Tur tinha um fluxo de caixa com atividades hoteleiras em áreas urbanas, ocorreu no auge da crise financeira internacional, quando a empresa de resorts teve de rever seus planos. Até mesmo o valor de seus ativos sofreu redução, e os terrenos sofreram uma provisão por perda de valor de quase metade do preço de aquisição - R$ 198 milhões.

A nova administração, além de modificar o perfil do negócio, também alterou e reduziu o valor do acordo com a GR Capital. Em abril de 2009, foi acertado que a companhia pagaria R$ 15,5 milhões em oito parcelas e que o acordo se encerraria em novembro deste ano.

Em janeiro, a empresa também mudou de nome, passou a chamar-se Brazil Hospitality Group. No balanço mais recente, a empresa tinha receita líquida de R$ 55,6 milhões, no acumulado de 2009 até setembro, e lucro líquido de R$ 10,6 milhões.

Contratos sob suspeita - Por Graziella Valenti, de São Paulo – Valor Econômico – 9/3/2010

Eficiência em Saúde

Este trabalho teve por objetivo levantar, medir e explicar as variações de desempenho dos Municípios Paulistas quanto à eficiência econômica na aplicação de recursos públicos nas ações de atenção básica à saúde em função do perfil de financiamento dos gastos gerais e específicos de tal área. A eficiência econômica reflete a capacidade de uma entidade obter máximos outputs ao menor custo e foi medida com o uso da técnica Data Envelopment Analysis (DEA): modelo em dois estágios. Por sua vez, a eficiência econômica é um dos parâmetros de avaliação de desempenho do setor público e é influenciada pela forma como os políticos e burocratas lidam com as restrições orçamentárias. Tais restrições podem ser mais suaves ou mais fortes em função do perfil de financiamento das políticas públicas, conforme determina a literatura sobre o federalismo fiscal. Para verificar a relação de dependência entre eficiência econômica e perfil de financiamento dos gastos com saúde foi usada a análise de regressão. Os resultados indicaram que seria possível aumentar, consideravelmente, a quantidade de serviços prestados à população sem a necessidade de novas dotações orçamentárias na maioria dos Municípios. Além disso, verificou-se que a maior proporção de idosos em uma jurisdição torna a prestação de serviços mais cara, o contrário acontecendo com maiores densidade populacional, grau de urbanização e escala dos estabelecimentos de saúde. E, principalmente, as transferências não-condicionais e sem contrapartida geram um efeito negativo no escore de eficiência, enquanto os repasses de recursos do Sistema Único de Saúde, tanto os não-vinculados quanto os vinculados, efeito positivo.

FLEXIBILIZAÇÃO DAS RESTRIÇÕES ORÇAMENTÁRIAS E EFICIÊNCIA ECONÔMICA DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS: UMA AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE - Patrícia Siqueira Varela; Gilberto de Andrade Martins; Luiz Paulo Lopes Fávero - USP

Os bilionários

1. Carlos Slim Helu e família
Fortuna: US$ 53,5 bilhões
Origem do dinheiro: Telecomunicações
Nacionalidade: mexicana

2. Bill Gates
Fortuna: US$ 53 bilhões
Origem do dinheiro: Microsoft
Nacionalidade: norte-americana

3. Warren Buffett
Fortuna: US$ 47 bilhões
Origem do dinheiro: Berkshire Hathaway
Nacionalidade: norte-americano

4. Mukesh Ambani
Fortuna: US$ 29 bilhões
Origem do dinheiro: petroquímica, petróleo e gás
Nacionalidade: indiana

5. Lakshmi Mittal
Fortuna: US$ 28,7 bilhões
Origem do dinheiro: Siderurgia
Nacionalidade: indiana

6. Larry Ellison
Fortuna: US$ 28 bilhões
Origem do dinheiro: Oracle
Nacionalidade: norte-americana

7. Bernard Arnault
Fortuna: US$ 27,5 bilhões
Origem do dinheiro: LVMH
Nacionalide: francesa

8. Eike Batista
Fortuna: US$ 27 bilhões
Origem do dinheiro: mineração, petróleo, logística
Nacionalidade: brasileira

9. Amancio Ortega
Fortuna: US$ 25 bilhões
Origem do dinheiro: Varejo
Nacionalidade: espanhola

10. Karl Albrecht
Fortuna: US$ 23,5 bilhões
Origem do dinheiro: Supermercados
Nacionalidade: Alemanha

Fonte: aqui

Mais poderes

Governo quer dar à Receita poder de juiz e de polícia sobre os contribuintes
Renato Andrade, de O Estado de S. Paulo - 11/3/2010

BRASÍLIA - Após dez meses em hibernação na Câmara, os deputados vão começar a discutir nas próximas semanas um pacote tributário enviado pelo governo que promove uma verdadeiro cerco aos contribuintes. No meio dos artigos para criar novos mecanismos de cobrança das dívidas ativas e penhora de bens, a Fazenda quer que seus fiscais ganhem poderes de polícia, sem autorização judicial. Os fiscais podem quebrar sigilo, penhorar bens e até arrombar portas de empresas e casas sem autorização prévia do Judiciário.

O pacote cria um sistema de investigação com acesso a todos os dados financeiros e cadastros patrimoniais dos cidadãos. A nova sistemática de cobrança valerá tanto para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, órgão responsável pela gestão da dívida ativa da União, quanto para as similares nos Estados e municípios. No limite, a penhora poderá ser aplicada contra uma grande empresa ou contra um contribuinte-pessoa física que tenha deixado de pagar o IPTU ou o IPVA. Na prática, um oficial da Fazenda, mesmo sem autorização de um juiz, pode arrestar uma casa ou um carro para quitar uma dívida tributária com o município.

As três propostas foram enviadas em abril do ano passado, mas só agora começaram a ter tramitação efetiva – no mês passado foi criada a comissão especial da dívida ativa. O deputado Jurandil Juarez (PMDB-AP), que preside a comissão, pretende organizar ao longo dos próximos meses audiências públicas para discutir as propostas. O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) será o relator das matérias.

A retomada das discussões não passou despercebida por entidades empresariais, tributaristas e pela seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que classificou as medidas como abusivas e inconstitucionais. O Planalto alega que as propostas são "indispensáveis" à "modernização" da administração fiscal e diz que está garantido aos contribuintes o princípio da "ampla defesa".

A OAB-SP, entretanto, entende de outra forma. "O conjunto de proposições choca pela forma contundente com que se pretende transferir, sem a intermediação salutar e constitucionalmente determinada do Poder Judiciário, e sem o devido processo legal, patrimônio jurídico dos particulares", afirmou a entidade em parecer entregue no mês passado ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), logo após a criação de uma comissão especial para discutir três dos quatro projetos de lei.

Na terça, o advogado-geral da União, Luis Adams, defendeu o pacote de vigilância fiscal no Conselho Federal da OAB. Adams disse aos advogados que as medidas são de interesse do Estado, e não do governo, pois ajudam a defender a sociedade dos sonegadores. As medidas, afirmou, ampliam o poder de fiscalização do Estado. Ele admitiu que a pressão administrativa da Fazenda e da Receita vão ajudar o contribuinte a ficar mais em dia com o Fisco.

Para o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, o pacote tem "viés autoritário" e "joga no lixo a presunção da inocência que vale para todo o cidadão, tenha ou não problemas com a Receita". As medidas, acrescentou, "só são boas para o governo, que quer chegar o mais rapidamente possível ao bolso do contribuinte, mesmo que à custa da quebra de todos os paradigmas do processo tributário".

10 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #243

O CPA corresponde a um contador certificado nos EUA. Quantos CPAs, aproximadamente, existem nos EUA?

200 mil
500 mil
1 milhão

Resposta do Anterior: $180 bilhões. Fonte: aqui

Links


Pessoas e Websites

Propagandas russas criativas (imagem)

Currículos criativos

Xadrez no cinema

Casamento custa muito mais que você imagina

Cooperativas de Crédito

Iniciativas que buscam disponibilizar crédito a população de baixa renda e sem acesso ao sistema financeiro tradicional têm-se tornado notórias, sendo que o cooperativismo de crédito desempenha um papel de destaque. No entanto essas entidades apresentam um elevado nível de mortalidade. Dada a importância social das cooperativas de crédito e a comprovação empírico-quantitativa de que a contabilidade pode antecipar desequilíbrios financeiros, esse trabalho tem como finalidade avaliar, por um lado, os fatores relacionados à mortalidade de cooperativas de crédito, e por outro, verificar se a longevidade dessas entidades está relacionada a esses mesmo fatores. Utilizando o modelo de regressão logística (Logit) e o modelo de Riscos Proporcionais de Cox verifica-se que a duração e mortalidade dessas entidades estão relacionadas principalmente a seu tamanho e sua eficiência operacional. Esse resultado sugere como forma de reduzir a mortalidade dessas entidades o fortalecimento da intercooperação e a busca de maior eficiência operacional por parte das cooperativas de crédito brasileiras. Como principal contribuição pode-se citar o fato do presente estudo empregar uma amostra nacional, utilizando para isso dados de cooperativas de crédito de todas as classes existentes no Brasil.

MORTALIDADE E LONGEVIDADE DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO BRASILEIRAS: UMA APLICAÇÃO DOS MODELOS LOGIT E DE RISCOS PROPORCIONAIS DE COX - Flávio Leonel de Carvalho; Aquiles Elie Guimarães Kalatzis; Maria Dolores Montoya Diaz; e Sigismundo Bialoskorski Neto (Universidade de São Paulo)

Toyota

Vikas Mittal, Rajan Sambandam e Utpal M. Dholakia analisaram 108 artigos do Wall Street Journal sobre a Toyota em fevereiro de 2010 e encontraram que 106 são negativos para a Toyota. Isto significa que a notícia dos problemas dos freios afetou a imagem da Toyota, certo? Na verdade, talvez não, pelo menos entre os donos do carro.

Pesquisando 455 donos de veículos da marca, os pesquisadores encontraram que eles estão felizes com a qualidade do automóvel, incluindo os freios.

Consumo de água

O gráfico abaixo é muito interessante. Mostra o consumo de água em dois dias distintos (27, linha verde, e 28 de fevereiro de 2010, linha azul) na cidade de Edmonton, Canadá, no período de 12 às 18 horas local. No dia 28 ocorria a disputa da medalha de ouro do hóquei nas olimpíadas de Vancouver. O hóquei é o esporte nacional do Canadá.

Em lugar do consumo estável ocorrido no dia 27, o consumo de água no dia 28 está ligado aos acontecimentos esportivos. Assim, ao final do primeiro tempo, o consumo aumentou substancialmente. O mesmo ocorreu no final do segundo e terceiro tempo, assim como no final da transmissão.

Fonte: What If Everybody in Canada Flushed At Once?



Matemática

"O custo do trigo no pãozinho varia de 10% a 16%. Com a restrição de 5%, que é quanto compramos dos Estados Unidos, aumentaria em 16%? É terrorismo"

Reinhold Stephanes
MINISTRO DA AGRICULTURA, SOBRE A AMEAÇA DE AUMENTO DO PREÇO DO PÃO
9 DE MARÇO DE 2010

XBRL

El precio de ‘vivir sin códigos’ en EU
Por: Paul Wilkinson

(...) Cuatro años después de la Regulación AB, la crisis financiera de 2008 hizo que el precio de vivir sin códigos para la transparencia de valores respaldados por hipotecas fuera claramente doloroso. Por otro lado, el código de construcción más exitoso es el de los Principios de Contabilidad Generalmente Aceptados en Estados Unidos (GAAP por sus siglas en inglés). Este anticuado código de construcción de valores funciona para la mayoría de las compañías públicas y ayuda a que los mercados de capital estadounidense sean más fuertes en el mundo.

Gracias a la transparencia estructural que requiere el GAAP, la confianza en la mayoría de las compañías públicas durante la crisis de 2008 se tambaleó sin caer por completo. Las compañías públicas y los inversionistas diversificados sobrevivieron a la crisis con daños a su propiedad pero sin lesiones fatales.

Donde no había transparencia GAAP, la falta de información confiable, y sobre todo, la incapacidad de los participantes del mercado para usar dicha información, hicieron que la confianza se desplomara. La incertidumbre cundió el pánico en Wall Street. Los líderes del sector cuestionaron si había cimientos lo suficientemente fuertes en los edificios que ayudaron a construir. El miedo llegó hasta el Gobierno, donde algunos ya habían creado una fortuna en la fabricación y distribución de los instrumentos opacos, y otros estaban convencidos, por miedo real, de que los mercados eran incapaces de encontrar un equilibrio razonable sin intervención gubernamental.

La crisis de los valores respaldados por hipotecas no se volvió una crisis de valores completa. Las firmas públicas sobrevivieron, a menos de que tuvieran cimientos de valores respaldados por hipotecas (como Bear Stearn y Lehman) o que estuvieran ya dañadas cuando se expusieron a las consecuencias del pánico (como GM).

Nuevos cimientos

La solución para los valores respaldados por activos sin estructura y no comparables es hacer que los valores sean tan transparentes como los valores de empresas públicas con aperturas transparentes, comparables y estructuradas. Gracias a los avances tecnológicos desde 2004, este sistema es práctico y efectivo.

En 2007, antes del gran colapso en el mercado de valores respaldados por hipotecas, los fondos de cobertura pagaron para analizar los valores usando una apertura estructurada, estandarizada y comparable. La solución de hoy es exponer la misma información al escrutinio público del mercado con la misma tecnología empleada por los fondos de cobertura.

En 2008, la SEC exigió que los hechos del GAAP (más complicados que la mayoría de los hechos de los valores hipotecarios) fueran informados en un lenguaje computacional llamado Lenguaje de Informe de Negocios Extensible (XBRL) el cual daba poder a los inversionistas para analizar los hechos de forma más eficiente.

Aunque no podemos esperar que se analicen la sintaxis de las 15,000 etiquetas de información estándar (sin mencionar las etiquetas de información requeridas por los informes de las compañías), poner esta información a disposición del mercado en un solo formato del GAAP (incluso en formato impreso) fue efectivo por muchas décadas. De eso se trata el escrutinio del mercado.

Los valores respaldados por activos son mucho menos complejos que las compañías públicas, pues sólo representan un flujo futuro de los fondos. A diferencia de los valores de compañías públicas, no cuentan con la estructura y transparencia del GAAP, lo que dificulta más a los inversionistas juzgar el riesgo de moras que juzgar el potencial de un negocio para seguir siendo rentable.

En el formato impreso habría sido difícil o incluso imposible ofrecer tal transparencia para los valores respaldados por activos. Incluso hoy, el sistema EDGAR de la SEC tiene miles de ellos en formato ASCII y HTML, pero como no hay una estructura común, los valores son opacos. No se pueden imprimir en el papel adecuado, pero con base en la experiencia reciente, el mercado no cree que esa información sea particularmente útil.

El riesgo de limitar los análisis financieros modernos a las dos dimensiones del papel es una razón por la que XBRL se ha vuelto una práctica de construcción estándar, y en muchos casos, un código de construcción estándar para los negocios que informan a nivel mundial. Podría ser la base para crear mejores códigos de construcción para cualquier tipo de inversión o valor.

El principio básico de la ley de valores que ha funcionado bien para Estados Unidos desde que terminó la Segunda Guerra Mundial es que si quieren que el público invierta en sus negocios, deben dar a conocer los hechos materiales de cómo están construyendo su negocio no sólo a sus inversionistas, sino a todo el mercado, para que el poder del escrutinio del mercado pueda darle soporte a sus negocios.

Pueden buscar inversión privada, y en ese caso pueden ser menos transparentes, pero estas exenciones se han limitado para no crear lo que hoy se conoce como un "riesgo sistemático". Es decir, fueron lo suficientemente limitadas hasta que la capitalización total del mercado de valores respaldados por activos comenzó a alcanzar la capitalización total del mercado de todas las compañías públicas.

Los edificios más altos necesitan códigos de construcción más fuertes. Esto puede ser la diferencia entre un ciclo de negocios o una caída. Lo bueno en las finanzas es que la tecnología XBRL existe para crear códigos de construcción fuertes y transparentes sin imponer los costos y restricciones que preocupaban a los constructores y arquitectos en 2004. Los fondos de cobertura que usaron XBRL en 2007 probaron que su costo era eficiente.

Otra buena noticia es que la presidenta de la SEC, Mary Schapiro, hizo que su equipo revisara de nuevo el código de construcción de valores respaldados por activos. Si la SEC atiende este proyecto con una combinación de la visión que empleó para implementar el GAAP durante el último siglo, y el entendimiento de que la transparencia moderna necesita tecnología moderna, el mercado de valores respaldados por activos podría regresar al juego.

09 março 2010

Rir é o melhor remédio



Propaganda da Pepsi, com Messi na África. Fonte: aqui

Islândia disse não

Os islandeses rejeitaram em massa, no sábado (6), em referendo, por mais de 90%, o acordo destinado a reembolsar a Grã-Bretanha e a Holanda após a quebra do banco on-line Icesave, segundo resultados oficiais anunciados no domingo.

A aprovação do "não", mais forte que a prevista nas pesquisas, foi imediatamente reconhecida pelo governo.

(...) O texto, submetido à consulta popular, consistia em chegar a um acordo para o pagamento, até o ano de 2024, da dívida de € 3,9 bilhões (US$ 5,3 bilhões) contraída com a Grã-Bretanha e Holanda para indenizar os clientes britânicos e holandeses do banco islandês, que quebrou em outubro de 2008.

O ministro britânico das Finanças, Alistair Darling, declarou-se neste domingo pronto a "ser flexível" nas negociações sobre um novo acordo relacionado à falência do Icesave.

"Não podemos simplesmente ir a um pequeno país como a Islândia ... e dizer: Reembolsem-nos imediatamente. Tentamos ser razoáveis", declarou Darling no canal de televisão BBC One.

"O ponto fundamental para nós é receber o dinheiro de volta... mas seremos flexíveis", acrescentou, lembrando que o pagamento precisará de "muitos, muitos anos".

No total, 230.000 islandeses foram chamados no sábado para se pronunciarem sobre o acordo de pagamento, por Reykjavik, do dinheiro adiantado por Londres e Haia para indenizar seus cidadãos lesados com a quebra do Icesave, em outubro de 2008.


Islândia rejeita reembolso a Grã-Bretanha e a Holanda
Brasil Econômico - Por AFP

Provavelmente a rejeição poderia implicar em redução em ajuda econômica no futuro.

A fala do Oscar


As palavras mais usadas na entrega do Oscar

Japão e o Valor Justo

Segundo o Financial Times (Tokyo offers support for 'fair value' accounting standard, Rachel Sanderson, 8/3/2010), o Japão irá adotar a regra contábil do valor justo para algumas empresas. A decisão foi tomada pelo Japanese Financial Services Agency

The rule values loans and loan-like instruments at cost, and everything else, including complex instruments such as derivatives, at fair value. Accountants consider it a good compromise position in the fair value debate.

The decision by Japan, the world's second-largest capital market after the US, to show support for IFRS, or International Financial Reporting Standards, will go some way to bolster the position of the International Accounting Standards Board and its chairman, Sir David Tweedie, at a difficult time.

European politicians sent shockwaves through the accounting world last year by refusing to sanction an early introduction of IFRS 9 on fair value. Those opposed said that the rule did not go far enough to limit the use of fair value accounting.

Then the US Securities and Exchange Commission last month voted to wait until 2011 to decide whether US companies should adopt the IASB's International Financial Reporting Standards. Experts say that fair value is a sticking point, as US standards setters support a greater use than is advocated in Europe.

Japanese executives, including Atsushi Saito, president and chief executive of the Tokyo Stock Exchange, have voiced frustration at the failure of the US and Europe to come to an agreement on IFRS.

IFRS rules are in use or due to be adopted by more than 110 countries including those of Europe.

Certificado digital

Certificado digital gira R$ 3 bi e gera queixas
Folha de São Paulo - 9/3/2010

FÁTIMA FERNANDES & CLAUDIA ROLLI

O uso cada vez maior da internet como meio para as empresas transmitirem informações contábeis e fiscais e prestarem contas ao fisco impulsionou o mercado de certificação digital, estimado em cerca de R$ 3 bilhões neste ano.

O certificado digital é um documento eletrônico, com validade jurídica, que funciona como uma carteira de identidade virtual das empresas.

Permite realizar operações eletrônicas com mais segurança porque utiliza procedimentos lógicos e matemáticos complexos que asseguram a confiabilidade das informações.

Nove empresas -sete do setor público e duas do privado- estão autorizadas pelo ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), autarquia criada em 2001 e ligada à Casa Civil da Presidência da República, a conceder o certificado digital.

Na prática, porém, Certisign e Serasa Experian dominam esse negócio no setor privado. Cada uma delas credenciou outras empresas e entidades, como sindicatos e federações, e montou uma rede para fornecer a certificação digital pelo país.

Esse novo mercado é semelhante ao do cartão de crédito. As bandeiras dos cartões, como Visa e MasterCard, corresponderiam às nove empresas certificadoras, credenciadas pelo governo federal para conceder a certificação digital. E os bancos que oferecem os cartões aos clientes corresponderiam às entidades que firmam parcerias com as certificadoras.

O que fará o mercado crescer 50% neste ano em relação ao ano passado, segundo estimativa do ITI, da Certisign e da Serasa Experian, é o fato de a Receita Federal ter obrigado mais empresas, a partir deste ano, a ter certificação digital para prestar contas ao fisco. Hoje, só estão livres dessa obrigação as empresas que pagam impostos pelo Simples Nacional.

"A tendência é que cada vez mais pessoas físicas e jurídicas tenham CPF e CNPJ virtuais", afirma Márcio Nunes, diretor de desenvolvimento e produto da Certisign, que estima deter 60% do mercado.

"O Brasil passa por uma revolução virtual, está transformando todo o seu sistema contábil e fiscal em digital. E a ferramenta para isso é a certificação digital", afirma Helder Moreira, da Serasa Experian.

O certificado digital ainda é algo novo -e desconhecido- para muitas empresas. Escritórios de contabilidade informam que clientes estão enfrentando dificuldades para obter a carteira de identidade virtual. Reclamam que o agendamento por meio da internet é demorado, que os preços são elevados e que o serviço deveria ser subsidiado pelo governo.

O e-CPF (versão eletrônica do CPF de pessoas físicas) custa a partir de R$ 110. O e-CNPJ (para empresas), R$ 165. A renovação do certificado digital, que pode ter validade de um e de três anos, também é pago.

Esses preços são das versões mais simples e não incluem cartões com chip, leitoras ópticas e uma espécie de pendrive que permitem ao usuário portar o certificado digital e acessar informações e documentos de qualquer computador.

Para atender o empresário em seu local de trabalho, as empresas cobram ainda taxas de cerca de R$ 300. Pacotes que incluem outros serviços -como implementação da nota fiscal eletrônica- chegam a custar até R$ 2.000.

"Defendemos que a certificação digital deva ser subsidiada pelo governo. Quando o projeto nasceu, o certificado digital era para ser gratuito", diz José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sescon-SP, sindicato que reúne empresas de contabilidade e de assessoria empresarial.

Renato Martini, diretor-presidente do ITI, diz que os preços do certificado digital são "baixos" considerando as vantagens com a troca do papel pelo documento eletrônico.

Certificado digital

Contadores suspeitam de preço combinado; empresas negam
Folha de São Paulo - 9/3/2010

Escritórios e assessorias de contabilidade suspeitam de combinação de preços em serviços oferecidos pelas empresas que atuam no mercado de certificação digital e criticam o fato de apenas a Serasa Experian e a Certisign comandarem o negócio no setor privado.

Os preços dos serviços considerados básicos -caso do e-CPF (versão eletrônica do CPF de pessoas físicas) e do e-CNPJ (pessoas jurídicas)- são iguais para certificados digitais com validade de um ano e têm diferença de R$ 5 nos produtos com validade de três anos.

"O contribuinte está praticamente nas mãos de duas empresas privadas. Não há concorrência de preços, o que é ruim para os clientes. Quando existem mais empresas, há disputa e oferta de preços. Hoje, a diferença está na forma de atender o cliente", diz Fernando Oberle, sócio da Oberle Assessoria Empresarial, que presta serviço para 195 empresas.

"As empresas informam que há pouca diferença nos preços dos produtos oferecidos pelas certificadoras", afirma a contadora Cristiane Barbosa Pires, que trabalha para 25 clientes.

Nos sites da Certisign e da Serasa Experian o e-CPF, na versão mais simples (com validade de um ano), é vendido por R$ 110. O e-CNPJ, também na modalidade mais simples, custa R$ 165 na Certisign e R$ 170 na Serasa Experian.

O prazo dado pela Receita Federal para que as empresas prestem contas usando a certificação -a partir deste semestre- provocou uma corrida em busca do serviço, o que pode resultar em elevação de preços e demora para tirar o e-CPF e o e-CNPJ, segundo contadores.

"As empresas têm prazo até maio para tirar o certificado digital. Agora, todos os escritórios de contabilidade do país estão correndo atrás desse serviço, que deveria ser mais descentralizado", diz Fernando Vieira Geromel, sócio da Confirmy Contabilidade Auditoria, que atende 70 clientes.

No setor público, há sete empresas que atuam com a certificação digital, mas atendem mercados específicos -caso da Caixa e da Casa da Moeda. "Para uma empresa entrar nesse negócio, são necessários R$ 20 milhões para criar a infraestrutura, além de pagar taxas de inscrição no ITI. Não há licitação, mas as empresas têm de se credenciar e cumprir normas técnicas. Por isso, o número de empresas que atuarão no setor privado não deve se expandir", diz Renato Martini, diretor-presidente do ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), que regula o setor.

As próprias empresas reconhecem que os preços são semelhantes, mas explicam que isso se deve ao fato de os custos também serem similares.

"Cada empresa estabelece o seu preço. Alguns produtos têm diferenças maiores e outros menores", diz Helder Moreira, da Serasa Experian. "Os produtos têm um custo calculado a partir de gastos com treinamento, tecnologia, auditorias", diz Márcio Nunes, da Certisign.

A tendência, segundo dizem, é que, com a ampliação desse mercado, ocorra uma queda de preços porque haverá maior ganho de escala em produtos e serviços oferecidos.

Remuneração 2

Executivos alegam surpresa e tentam impedir divulgação
Por Nelson Niero e Graziella Valenti, de São Paulo - Valor Econômico - 8/3/2010

Apesar de ter sido discutida em audiência pública, a obrigatoriedade divulgação da remuneração da diretoria e dos conselhos das companhias de capital aberto acabou sendo uma surpresa para os executivos.

"Achei que era só um balão de ensaio", disse Keyler Carvalho Rocha, vice-presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP). "A privacidade das pessoas está sendo violada."

A exigência faz parte de um pacote de medidas aprovadas no ano passado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado de capitais, com o objetivo de aumentar as informações prestadas pelas companhias aos investidores. Para Rocha, a autarquia foi "cabeça-dura" ao levar adiante essa questão.

A Instrução 480, da CVM, que entrou em vigor neste ano, pede a divulgação das políticas de remuneração e a abertura dos valores máximo, médio e mínimo pagos por órgão de gestão (diretoria e conselhos) - o que na prática significa divulgar o quanto ganha o executivo-chefe.

O regulador também determinou, com a Instrução 481, que esse detalhamento conste da proposta da diretoria para a assembleia geral ordinária, com objetivo de estimular o debater desse tema pelos acionistas.

Até o ano passado, as companhias divulgavam apenas o orçamento global da remuneração. Não havia como saber se o montante divulgado incluía bônus ou continha apenas os salários fixos, nem quantos diretores dividiam o bolo ou se o valor também considerava conselhos e comitês.

Na semana passada, o Ibef-Rio conseguiu uma liminar que desobriga seus associados do cumprimento da regra. Segundo José Roberto Castro Neves, advogado do Ibef-Rio, a exigência agride o direito a privacidade dos executivos. A CVM deve recorrer.

O Ibef-SP, com cerca de 800 associados, também é contrário à regra da CVM, mas não vai seguir o mesmo caminho da secional fluminense. "Não vamos à Justiça", disse Rocha. A posição foi tomada depois de uma consulta aos associados, feita antes de a liminar ter sido concedida ao Ibef-Rio. A decisão, no entanto, pode ser revista, disse Rocha, se houver movimentação dos sócios nesse sentido.

A diferença de postura entre as duas secionais do Ibef - as mais representativas da entidade - seria por conta do maior "conservadorismo" dos paulistas no que se refere à contestação de atos regulatórios, comentou uma pessoa que acompanhou a discussão do assunto. Uma outra fonte afirmou que não houve consenso de que as vias judiciais seriam as mais adequadas.

Embora também exista preocupação com as consequências da divulgação dos salários, alguns executivos paulistas ficaram temerosos com a mensagem que o apoio a um embate judicial pela não abertura dos dados poderia causar na imagem de governança da companhia. Alguns consideraram também que a manifestação foi tardia, já que o Ibef não participou da consulta pública da norma, e por isso seria uma "causa perdida".

As solicitações de extensão de prazo para cumprimento da norma feitas à CVM pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) são outro sinal de que as empresas não haviam se preparado para essa nova realidade.

Em dezembro de 2008, quando lançou a consulta pública, a CVM declarou sua intenção de exigir a abertura dos salários individualmente, junto com separação entre ganhos fixos, variáveis e planos de opção, além da política por trás desses pagamentos. Na época, o próprio regulador pediu especial atenção e contribuições para esse tema na audiência, dada a mudança significativa que representaria, inclusive, culturalmente.

Não foram raros comentários de que a autarquia estava "subindo a régua" alto demais na consulta, para poder conseguir algo mais na reformulação da instrução.

A consulta pública referia-se a toda a Instrução 480, que criou o Formulário de Referência, documento que substitui o Informativo Anual (IAN). O debate ficou aberto por três meses. Em outubro, o regulador levou a público a versão final do documento que passaria a ser exigido, já neste ano. Essa nova audiência já não tinha por objetivo a discussão do conteúdo. A função principal era evitar eventuais incorreções.

Alguns executivos ressaltam que o dado não tem relevância para a análise do acionista e que não existia esse tipo de questionamento no Brasil. Mas há quem argumente que o debate não existia porque era um tema considerado tabu dentro das empresas.