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08 abril 2011

Tudo o que voce sempre quis saber e nunca teve a quem perguntar...

Por Pedro Correia


Agora tem: http://www.answers.com/


Fiz a seguinte pergunta sobre contabilidade :Define accounting and principles of accounting


A resposta obtida foi esta:


Accounting is the process of communicating financial information about a business entity to users such as shareholders and managers.


Accounting is defined by the American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) as, "the art of recording, classifying, and summarizing in a significant manner and in terms of money, transactions and events, which are, in part at least, of financial character, and interpreting the results thereof."


The principles of accounting are basically the rules and regulation set by a committee, in the U.S.A. these rules are set by the Financial Accounting Standards Board (FASB) and are referred to as Generally Accepted Accounting Principles (GAAP).


In short the GAAP is a codification of how a business prepare and present their business income and expenses, assets, and liabilities on their financial statements.


Read more: http://wiki.answers.com/Q/Define_accounting_and_principles_of_accounting&src=ansTT


Existe uma infinidade de assuntos ,perguntas e respostas interessantes.Um espaço incrível. É bom conferir as perguntas sobre Finanças. Algumas dúvidas podem ser facilmente esclarecidas.Confira.

Qui dit crédit dit créance

Por Pedro Correia


A música Alors on danse é um sucesso internacional. Por isso, tive a curiosidade ver sua tradução.Pra minha surpresa encotrei isto:


Alors on danse


Qui dit étude dit travail;


Qui dit taf te dit les thunes;


Qui dit argent dit dépenses;


Qui dit crédit dit créance;


Qui dit dette te dit huissier;


Então, vamos dançar; Quem diz estudo; diz trabalho; Quem diz moeda; diz nota; Quem diz dinheiro;diz despesa ;Quem diz crédito, diz débito Quem diz dívida, diz fiscal


Ouça aqui.

Andar de carro é mais barato do que de taxi?

Por Pedro Correia


Para começar é possível saber algo mais sobre o custo de uma corrida de Taxi. Então de posse desses valores podemos chegar a alguns números interessantes.


No caso de Brasília, ao entrar no Taxi você paga R$ 3,30 e para cada quilômetro rodado paga-se R$ 1,80 (Bandeira 1) e R$ 2,28 (Bandeira 2). Se supormos um trajeto do tipo Casa-Trabalho-Casa todos os dias (os finais de semana poderia ser (Casa-Diversão-Casa), então temos R$ 6,60/dia somente para entrar no Taxi. No meu caso, isto corresponde a um custo de 2 vezes R$ 24,57 (Bandeira 1) ou 2 vezes R$ 30,24 (Bandeira 2) por dia.


Para arredondar, vamos dizer que o gasto seria de R$ 50,00/dia. Ao longo de 365 dias isto daria R$ 18.250,00 por ano. Isto é quase o preço de um carro popular. Então carro é mais barato, certo? Não é tão simples.


O uso do carro envolve não só o preço de compra do veículo, mas custos adicionais (combustível, estacionamento, manutenção). Em contas simples, ao longo de 7 anos (neste blog tem alguns detalhes) o custo do carro é praticamente o dobro do valor de compra.


Então pode realmente ser um caso a se pensar. No meu caso, como não tenho pressa em trocar de carro, o custo ainda não compensa. Mas se começarem a cobrar estacionamento a história pode ser outra.


Texto de Leonardo de Menezes.

Time da casa é favorecido no futebol?

Por Pedro Correia

A economia pode ajudar a saber se os árbitros favorecem sistematicamente o time da casa. E é justamente isso que Sutter e Kocher estudaram no artigo:Favoritism of agents – The case of referees home bias


Tomando como base os jogos do campeonato alemão de 2000/ 2001, Sutter e Kocher estudaram dois aspectos da arbitragem: o tempo de acréscimo dado pelos juízes e a marcação de pênaltis.


Em relação aos acréscimos, viu-se que os árbitros tendem a dar mais tempo extra principalmente quando o time da casa está perdendo por um gol de diferença. Neste caso os acréscimos ficam em torno de 2,75 minutos.


Porém, se o time da casa está vencendo por um gol, a média de acréscimos fica abaixo dos dois minutos. Pode não parecer uma grande diferença, mas estes segundos a mais foram fundamentais para que o Internacional vencesse o Brasiliense no dia 20/11/2005.


A conclusão do paper, basicamente é que árbitros favorecem o time da casa. Eles dão mais acréscimos quando o time da casa está perdendo, e menos quanto está ganhando, além de acertar mais nas marcações de penaltys para o time da casa.



Fonte:Blog do Torero

07 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

O Problema é o imposto

Sobre o escândalo de suborno da Siemens, empresa alemã, e o julgamento do ex-executivo da empresa:
Também o acusam [Ganswindt ] de evasão de impostos, porque os subornos foram oficialmente considerados como custos de consultoria, que podiam ser deduzidos da cobrança tributária. A sentença máxima é de cinco anos de prisão. Nos últimos anos, investigações internas da Siemens e os promotores revelaram um sistema de caixa dois usado para pagar até € 1,3 bilhão em subornos. A revelação levou à saída de quase toda a principal equipe administrativa e custou à Siemens mais de € 2 bilhões em multas e pagamentos a consultores.
Ex-executivo da Siemens é julgado – Valor Econômico – 6 de abr de 2011

Estranho, muito estranho...

Eis uma notícia publicada ontem. Vejam os comentários abaixo:
De correntista, uma servidora pública se tornou a dona de parte de uma agência do Banco do Brasil (BB), graças a um lançamento indevido em seu cartão de crédito.
A procuradora federal [1] Alessandra Chaves Braga Guerra ganhou na Justiça o direito de comprar uma sala onde hoje funcionam os terminais de autoatendimento da instituição financeira no Gilberto Salomão, centro comercial mais tradicional do Lago Sul. (...)
A disputa começou com a cobrança de uma dívida de R$ 983 [2] , valor correspondente a três compras não realizadas por Alessandra e lançadas incorretamente na fatura pela BB Administradora de Cartões de Crédito, em julho de 2000. Ao detectar o extravio de seu cartão de crédito Mastercard, ela comunicou ao banco a perda e o possível uso por terceiros. Também registrou a ocorrência por meio de 14 cartas.
Alessandra conta no processo que ligou várias vezes para reclamar, sem sucesso. Ela pagou a conta, excluindo os valores errados. O Banco do Brasil, então, passou a enviar cobranças por telefone e correspondências, com inclusão de juros. O cartão de crédito foi cancelado e o nome de Alessandra foi incluído no Serasa. Ela reclama de ter sido submetida a constrangimentos.
A procuradora, então, ajuizou ação para declarar a inexistência do débito cobrado pelo Banco do Brasil. Ela pediu também uma indenização por dano moral. O processo transitou em julgado em 2006, com ganho de causa para ela. O Tribunal de Justiça do DF não só reconheceu que a servidora não devia nada ao cartão de crédito como também considerou que a cobrança lhe causou dano.
A Justiça determinou como compensação o pagamento de indenização de R$ 22 mil [3]. O Banco do Brasil não pagou a dívida, tampouco propôs acordo judicial na fase de execução [4]. Com a demora no desfecho do caso, a servidora pública entrou na Justiça com pedido de penhora de patrimônio da instituição financeira, como forma de obter o recebimento da vantagem que a Justiça lhe concedeu.
Penhora
Partiu de Alessandra a escolha da sala em que funciona parte da agência do Banco do Brasil para a penhora. O imóvel foi aceito em juízo e nem desta vez o Banco do Brasil teria apresentado alguma contestação [4]. Em seguida, os advogados de Alessandra pediram a avaliação da área. Um oficial de Justiça cuidou da estimativa do valor do imóvel que, segundo os representantes da servidora pública, levou em conta o mercado do Distrito Federal e o fato de a área estar ocupada pelo Banco do Brasil, o que reduziria o interesse pela sala.
O imóvel deveria ir a leilão em que qualquer pessoa poderia arrematá-lo pelo melhor lance. O preço de venda seria transferido para o banco, abatido o valor de R$ 22 mil devido a Alessandra. A Justiça [5], no entanto, acatou pedido de adjudicação feito pelos advogados de Alessandra, ou seja, deu a ela o direito de comprar a sala pelo preço avaliado durante o processo.
Alessandra e o marido, Alan Guerra, pediram empréstimos com amigos e fizeram financiamentos bancários para arrematar o bem, que hoje já está escriturado em nome da procuradora. Ou seja, ela já se tornou dona de parte da agência do Banco do Brasil no Lago Sul. Os advogados sustentam que o casal está disposto a alugar a área para o próprio Banco do Brasil, pelo preço que a instituição vizinha, o Bradesco, paga pela permanência no Gilberto Salomão. O casal aceitou dar apenas uma declaração sobre o episódio: “Foi uma vitória da Justiça. Uma servidora pública e o maior banco da América Latina foram tratados com igualdade”. [6]
Jacques Veloso, advogado de Alessandra, afirma que já não cabem mais recursos, uma vez que a ação de indenização transitou em julgado e a escritura do imóvel já está em nome da servidora. “Isso só aconteceu porque o banco sempre protelou uma solução para o caso [4]. Foi intimado e não pagou a indenização, não contestou a penhora e não questionou a avaliação do imóvel [4]. O direito não socorre a quem dorme”, afirmou o advogado.
A assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou ontem que a equipe jurídica está envolvida no caso e vai recorrer da decisão porque não se conforma com a medida. Vai lançar mão de todos os meios jurídicos para contestar a transferência do bem para a procuradora federal. Em nota enviada à noite ao Correio, o BB informa que reconhece uma dívida de “pouco mais de R$ 20 mil” com a procuradora. No entanto, a instituição contesta a avaliação de R$ 300 mil porque sustenta que, em valores no mercado imobiliário, o bem valeria em torno de R$ 1,5 milhão. Por isso, alega o banco, a procuradora será alvo de uma representação na Corregedoria da Procuradoria da Fazenda Nacional “em face de suposto enriquecimento sem causa”.
Cobrada indevidamente, servidora fica com agência de banco no Lago Sul - Ana Maria Campos

 [1] Observem o cargo...
[2] Observem o valor...
[3] Observem o valor ...
[4] Observem a atitude do BB ...
[5] Justiça = do latim justitìa,ae '; justeza, exatidão (do peso); bondade, benignidade' (Houaiss)
[6] Existem servidores e servidores.

 Veja mais sobre a notícia na próxima postagem.

Estranho, muito estranho 2 ...

Sobre a postagem "Estranho, muito estranho..."

a) Considerando a dívida inicial de 983 reais em julho de 2000 e usando uma taxa de desconto de 1% ao mês, o valor hoje seria R$3.583. Se a taxa utilizada for de 2% ao mês, o valor seria R$12,899, muito abaixo do valor inicial.

b) Supondo que a indenização da justiça, de R$22 mil, tenha sido julgada em julho de 2006, a 1% de taxa de desconto tem-se um valor atual de 80 mil reais. Se a taxa for de 2% ao mês, o valor será de 289 mil reais.

c) Supondo o valor de mercado de R$1,5 milhão do imóvel, em relação a dívida, de R$983, o ganho da procuradora será de 5,8% ao mês. No período não existiu investimento com este retorno.

Marketing

Para os países e empresas que estão por trás desses aviões e armas, não há melhor instrumento de vendas do que o combate real. Para forças aéreas às voltas com cortes de orçamento, trata-se de uma briga pelo próprio valor do poder aéreo. "Quando um avião ou arma é empregado em mobilização operacional, isso se torna instantaneamente uma operação de marketing. Ele se torna "testado em combate"", diz um ex-alto funcionário de exportações de equipamentos bélicos de um país da Otan, falando sob condição de anonimato sobre o tema delicado.
Ação militar na Líbia se torna vitrine para mercado de armas - Autor(es): Tim Hepher e Karen Jacobs | Reuters, de Paris - Valor Econômico - 05/04/2011, via clipping do Ministério do Planejamento

Moral da história


De todas as histórias surgidas dos colapsos, em 2008, da Fannie Mae e da Freddie Mac, esta pode ser a mais incrível: até hoje, nenhuma das duas empresas admitiu que quaisquer dos números em suas demonstrações financeiras daquele ano estavam errados.

Parece também que a Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC) nada fará para contestar essa pretensão, e isso pode ser intencional. Durante anos, a SEC vem evitando acusar as principais instituições financeiras de cozinhar seus balanços, mesmo quando é óbvio que o fizeram. Isso é que é assegurar integridade financeira.

Na semana passada, a agência fiscalizadora notificou Daniel Mudd, ex-presidente da Fannie Mae, de que poderá dar entrada com um processo cível contra ele. Mas as acusações não teriam relação com a contabilidade da Fannie Mae. Elas iriam concentrar-se em se a financiadora habitacional garantida pelo governo divulgou aos investidores quanto de seus empréstimos eram de quitação incerta ("subprime").

"A divulgação de informações e procedimentos que constituem objeto da investigação são precisas e completas", disse Mudd em comunicado na semana passada. Ele disse que apresentará uma resposta por escrito "que deixará claro por que a equipe da SEC não deve prosseguir com nenhuma ação nessa questão".

(...) É indiscutível que os balanços da Fannie e da Freddie eram uma farsa. À época em que foram colocadas sob um interventor, ambas as empresas tinham supervalorizado seus ativos tributários diferidos em bilhões de dólares. Quanto maiores ficaram os prejuízos, mais seus ativos tributários cresceram, com base na ridícula alegação das empresas de que eles iriam usar todos esses créditos para compensar encargos tributários futuros, porque eles seriam enormemente lucrativos nas décadas seguintes.

As duas "blindaram" seus lucros e seu capital regulamentar contra bilhões de dólares de prejuízos financeiros com títulos lastreados em hipotecas, rotulando as perdas de "temporárias", quando era óbvio que as quedas eram tudo, menos isso. Elas também alegaram, falsamente, estarem adequadamente capitalizadas.

E fizeram tudo isso em plena luz do dia e com conhecimento e aprovação do sua fiscalizadora, a Federal Housing Finance Agency. Isso ajuda a explicar por que a SEC está tentando encontrar alguma coisa diferente de erros contábeis, ao tentar montar processos contra ex-executivos da Fannie e Freddie. O maior problema, para a SEC, será apurar irregularidades sobre as quais o governo não tinha conhecimento.

As maiores beneficiárias da abordagem do tipo "não queremos ver males contábeis" da SEC são as quatro grandes firmas de contabilidade. A Freddie Mac é auditada pela PricewaterhouseCoopers. A Deloitte auditou a Fannie Mae. A KPMG auditou a Countrywide. A Ernst & Young auditou a IndyMac.

Enquanto a SEC se apega à posição de que inexistiram erros nas demonstrações financeiras dessas empresas, não poderá alegar ter havido algo de errado nas auditorias das empresas. Isso ajuda a proteger os auditores de responsabilização potencialmente devastadora em litígios legais. (...)

Moral para os executivos: escolham bem a sua fraude - Jonathan Weil - Bloomberg - (Tradução de Sergio Blum.) - Publicado no Valor Econômico, 4 de abr de 2011 (via aqui)

Prêmios

A tabela mostra os maiores prêmios pagos, em percentuais, em processos de aquisição nos Estados Unidos. O interessante é que o setor de saúde é responsável pela metade das operações . Fonte: aqui

Lucro da CBF

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) registrou um lucro líquido de R$ 83 milhões ao longo do ano passado. O resultado positivo é recorde na história da entidade. 


De 2008 para 2009, o lucro havia subido 126%: de R$ 32 mi para R$ 72,4 milhões. O novo balanço foi divulgado na manhã desta quarta-feira pelo presidente Ricardo Teixeira, durante assembleia geral da confederação, no Rio. 


A reunião controu com a presença dos presidentes das 27 federações estaduais. 


No início de março, foi a vez de a Fifa divulgar com pompa um lucro de US$ 631 milhões (cerca de R$ 1 bi) no período 2007-2010, que engloba a Copa da África do Sul. 


Mas, segundo estimativa feita por ela em 2007, o lucro esperado seria de US$ 807 mi. O organismo que controla o futebol mundial ganhou no período o total de US$ 4,189 bilhões (R$ 6,9 bilhões), mas desembolsou US$ 3,558 bilhões (R$ 5,8 bilhões). 


Com esse dinheiro gasto pela Fifa, daria para erguer todos os estádios previstos para a Copa do Mundo de 2014 --o custo das arenas, que inicialmente seria de R$ 2 bilhões, segundo a CBF, já supera a cifra de R$ 5 bilhões. 

CBF registra lucro de R$ 83 mi em 2010, recorde da entidade - SÉRGIO RANGEL – Folha de São Paulo

06 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: New Yorker

Teste 458

Em “O golpe VIP que derrubou milionários” (Bruno Paes Manso - O Estado de S.Paulo, 3 de abr 2010, p. C5) temos a descrição de uma fraude interessante.

 O dono de uma empresa foi procurado, em 2007, com uma proposta interessante: um fundo de pensão estrangeiro oferecia empréstimo de longo prazo, com cinco anos de carência e 20 para pagar. Mas para receber o aporte, o empresário deveria apresentar um projeto de expansão; caso fosse aprovado, receberia 35 milhões de reais para investimento. Seria necessário oferecer garantias financeiras, através da aquisição de debêntures no valor de R$175 mil.

 Entusiasmado com o dinheiro, o empresário compra caminhões financiados, expandindo a empresa.
Mas o dinheiro, que deveria chegar em 2007, não veio. O meliante sumia por longos períodos e reaparecia dizendo que o aporte não ocorria por entraves burocráticos. No final do ano passado, depois de quatro anos, esgotado, Augusto percebeu que se tratava de um golpe. "A quadrilha oferece debêntures sem valor de mercado e fica com o dinheiro. 
 O teste de hoje é o seguinte:

a) Faça a contabilização dos eventos que ocorreram em 2007;
b) Faça os lançamentos contábeis após o empresário ter descoberto a fraude.

  Resposta do Anterior: 86,5 / 16,1 = 5,4 anos. Observe que esta conta só levou em consideração uma instância. Caso uma das partes recorra, seria maior.

Acredite, se quiser

A empresa Satyam representa, para contabilidade, um daqueles escândalos famosos. O caso ocorreu na Índia, em 2009, e envolveu a filial daquele país da PwC.

Agora, um texto de Floyd Norris (Indian Accounting Firm Is Fined $7.5 Million Over Fraud at Satyam, 5 de abril de 2011) mostra alguns detalhes dos problemas contábeis da empresa indiana prestadora de serviços. O relato de Norris é assustador, em razão das falhas grotescas cometidas pelos auditores. Em razão disto, os auditores foram multados em 7,5 milhões de dólares, o maior valor já pago por uma empresa estrangeira.

A fraude da Satyam não foi descoberta; foi revelada pelo presidente da empresa. O principal ponto foi o saldo das contas bancárias, que a empresa informava atingir 1 bilhão de dólares, quando era 66 milhões. Mas como isto passou pelos auditores?

Os auditores não verificaram, ou o fizeram de maneira inadequada, os valores existentes nas contas bancárias da empresa. É isto mesmo. Norris informa que o BNP Paribas informou aos auditores que empresa tinha um saldo em 31 de março de 2007, de US $ 11,2 milhões; a empresa afirmava que o valor era de 108,6 milhões. Em 2008 o Citibank afirmava que a conta corrente da empresa era de 330.172 dólares, 2% do valor que a empresa afirmar ter: 152,9 milhões de dólares.

Norris também comenta sobre quem é responsável pela auditoria da empresa: “embora as empresas de auditoria em todo o mundo usam nomes semelhantes e fazem parte de uma rede global, as empresas dizem que são juridicamente independentes”.

Links

Empresas que pagam pouco imposto
Os melhores salários dos EUA (tem atuário, mas não contador)
As melhores histórias do primeiro de abril
  Lendas urbanas em finanças
 As grandes empresas de auditoria e a Inglaterra
 A explicação da AIG Grécia é a Argentina amanhã
  Piadas Nerds, o livro
 Inglaterra aprova lei da Corrupção
 A história mundial da dívida
 O PCAOB, a KPMG na Bermudas e problemas significativos
 Químico da Unicamp é acusado de fraudar artigos científicos
 Aqui a reação do CNPq
 O mito dos salários de gay e lésbicas
 Clubes grandes pagam pelos custos dos pequenos
 Momentos cruciais: fotografias de animais alimentando Os melhores aeroportos do mundo

Você acha que faz parte da classe média?

Por Pedro Correia


Pois é, então dê uma olhadinha nos dados abaixo. Se o seu rendimento familiar per capita mensal é maior do que R$2000, então você está entre os 5% mais ricos do Brasil. E se ganha mais do que R$4650, você está entre os 1% mais rico. Inacreditável, né?




Enfim, apesar do que você tem ouvido, o Brasil é muito pobre e desigual.





Fonte:Blog do Leo Monastério-Economista do IPEA.


Dados:PNUD/IBGE-2009




Comentário: O que se fala sobre a melhoria da renda familiar é quando a análise é feita usando os dados familiar per capita.Com esses dados apresentados perbe-se que, talvez a melhora esteja superestimada.

A mudança para um padrão global foi atrasada pela crise

Por Pedro Correia

A pior crise financeira desde a Grande Depressão pode ter retardado a adoção de um único padrão contábil global "por alguns anos ", disse James Quigley, CEO da Deloitte. "A crise financeira pode ter retardado o processo ", afirmou Quigley. "Os reguladores nacionais devem estar pensando "Como posso proteger meus investidores no meu país?" Você, então, começar a trilhar uma estrada de normas nacionais e da regulamentação nacional e, a dinâmica que tinha em relação a globalização e os padrões globais para apoiar os mercados globais de capital tem sido um retrocesso. "


O Financial Accounting Standards Board está trabalhando para conciliar os padrões de contabilidade globais com o International Accounting Standards Board. Mesmo que isso não aconteça, a Securities Exchange Commission dos EUA poderá aprovar, este ano a utilização das Normas Internacionais do IASB Financial Reporting Standards, conhecido como IFRS.


Alinhando os dois sistemas os investidores e reguladores poderão melhor comparar demonstrações financeiras das empresas ao redor do mundo. Membros dos dois órgãos de contabilidade têm realizado mensalmente, e, às vezes semanalmente, reuniões sobre o assunto desde 2006.


A mudança para um padrão global, provavelmente, não irá ocorrer antes de 2015, assim as empresas e os auditores têm tempo para se adaptarem às mudanças, Quigley disse em entrevista na sede da Bloomberg em Nova York. Os executivos dos EUA têm posicionamento contrário à adoção de padrões de contabilidade globais por causa do custo para implementá-las, disse ele.


"Eu tenho a visão que temos mercados de capital capitais e mercados de capitais globais precisam de padrões globais, e a mudança para o IFRS é uma estrada que eu gostaria de ver a gente viajar", disse Quigley, que está deixando o cargo em junho. "Há alguns que acreditam que nunca vamos chegar lá."


Fonte: Bloomberg

"Ganha" e perde

Por Pedro Correia


No ano passado, 25 de hedge funds ganharam US $ 22 bilhões. No entanto, foi um ganho paradoxal. Segue um exemplo:


David Shaw of D. E. Shaw, a firm that uses complex algorithms to determine its investments, made the list with income of $275 million, even though his biggest fund returned a paltry 2.45 percent and over all the firm lost 40 percent of its assets, the magazine said. AR Magazine said Mr. Shaw, who gave up day-to-day oversight of the funds in 2002, made the list because the firm charged a 3 percent management fee and took 30 percent of the investment gains.


Fonte: The New York Times

Como descobrir erros

Apesar da contabilidade dos dias de hoje ser informatizada, existem algumas ocasiões onde o processo de cálculo ainda é manual. Uma dessas situações são os exercícios, e provas, que os alunos fazem em sala de aula.

Um dos problemas nestas situações são os erros ocorridos no processo de fechamento do balanço. Ou seja, o total dos débitos não é igual ao total dos créditos. Existem algumas dicas que podem ajudar a encontrar facilmente esses erros. Vamos explicar isto através de um exemplo simples. Observe o balancente de verificação abaixo:

O balancete apresentado mostra um total de débito de 74 mil e um total de crédito de 65 mil. O primeiro passo para achar onde foi cometido o erro é calcular a diferença. Neste caso, o valor é de R$9 mil. Se esta diferença for um número divisível por nove, existe grande chance de o erro ser de transposição. Em outras palavras, ao copiarmos o valor dos razonetes para o balancete de verificação trocamos os valores. Assim, em lugar de R$12 mil, colocamos R$21 mil, por exemplo. Mas neste caso, se o erro tivesse sido cometido na conta Bancos, isto aumentaria o total de débitos; então, podemos descartar o erro de transposição na conta Bancos. Mas se aconteceu em Terrenos, ou seja, em lugar de escrever R$45 mil escrevemos R$54 mil, a diferença é de R$9 mil. Ou seja, o erro pode ter sido cometido nesta conta.

Outra dica é olhar atentamente o valor da diferença entre o total do débito e o total do crédito. Observe que no exemplo este montante é de R$9 mil. Como a diferença corresponde a um número divisível por mil, a troca ocorreu em números consecutivos. No exemplo, entre 5 e 4. Mas imagine agora que o balancete seja o seguinte:

(Propositalmente corrigimos o erro em terrenos e acrescentamos um erro em receitas). A diferença entre o total de débitos e o total de créditos é de R$36 mil. Como este valor é divisível por nove, o erro foi de transposição. Observe que 36 dividido por 9 é igual a 4. Matemática elementar. Mas o “4” indica que a transposição ocorreu entre dois números cuja diferença aritmética é “4”: 1 e 5; 2 e 6; 3 e 7; 4 e 8; e 5 e 9. Neste caso, entre 1 e 5; isto significa dizer que o erro de transposição ocorreu em receitas.

Um segundo tipo de erro é considerar uma conta devedora como credora e vice-versa. Observe a figura abaixo:

A diferença é de 42 mil. Como este valor não é divisível por nove, não temos um erro de transposição. A próxima etapa é dividir esta diferença por dois: chegamos a um valor de R$21 mil. Observe que na figura existe uma conta com este valor: fornecedores. Olhando com mais atenção notamos que o valor está na coluna do débito, quando deveria estar no crédito. Basta fazer a correção.

Outro erro é esquecer alguma conta. Veja a nova figura:

A diferença é de doze mil reais. Este valor não é divisível por nove e portanto não existe um erro de transposição. Dividindo o valor por dois, encontramos seis mil. Como não existe nenhuma conta com este valor, podemos concluir que não existiu uma troca de coluna. A explicação seria a falta de um item no balancete: no exemplo, a conta Bancos.

Estas dicas funcionam razoavelmente bem quando não cometemos muitos erros. Caso o nosso balancete possua muitos problemas, recomendamos que estude novamente, para que da próxima vez seja cometido, no máximo, um erro.