Dados da Similar Web sugerem que a Netflix teve um tropeço no quatro trimestre no Brasil. O nosso país é um mercado importante e foi um dos primeiros em termos de expansão da empresa. A estimativa de usuários ativos diários, que serve para analisar a tendência dos assinantes, caiu entre o quarto e o terceiro trimestre. A redução foi de 10%, o que levou a redução anual a 5%.
Estes são os usuários que abrem a página da empresa todo dia. Na América Latina, a Netflix possui 29 milhões de assinantes pagos, em 30 de setembro.
08 janeiro 2020
Nova DRE a caminho
Companies would be required to provide three new profit subtotals: “operating profit,” “operating profit and income and expenses from integral associates and joint ventures,” and “profit before financing and income tax.” (Via aqui)
O objetivo da proposta do Iasb de uma nova DRE, com lucro operacional, lucro operacional e receitas e despesas de investimentos e lucro antes de financiamento e imposto sobre o lucro é reduzir a utilização de medidas não GAAP.
Tenho dúvidas se isto será suficiente para esta redução. Afinal, o objetivo de empresas que divulgam medidas não GAAP é o gerenciamento de impressões/manipulação dos resultados.
O objetivo da proposta do Iasb de uma nova DRE, com lucro operacional, lucro operacional e receitas e despesas de investimentos e lucro antes de financiamento e imposto sobre o lucro é reduzir a utilização de medidas não GAAP.
Tenho dúvidas se isto será suficiente para esta redução. Afinal, o objetivo de empresas que divulgam medidas não GAAP é o gerenciamento de impressões/manipulação dos resultados.
07 janeiro 2020
Conformidade da NBC - SP nos estados e municípios
As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público vêm passando por transformações. Um dos objetivos dessas transformações é a promoção de maior transparência na aplicação do dinheiro público. Sendo assim, foi estabelecida a seguinte questão: qual o nível de conformidade inicial das normas contábeis das capitais e estados brasileiros? Foi calculada a frequência de adoção dos 32 itens elencados neste estudo, nos estados e capitais; depois empregada a análise do teste de médias; e posteriormente a análise de regressão em painel, efeitos aleatórios, para testar se as variáveis Ativo Total, Liquidez e Endividamento permitiam identificar uma propensão desses em atender aos itens requisitados pelas normas. Observou-se uma evolução das capitais sobre a conformidade das normas na ordem de 50% do ano de 2014 para 2015. Já nos estados, observou-se uma evolução da conformidade na ordem de 81% do ano de 2014 para 2015. O teste de médias indicou que não há diferença entre as conformidades dos estados e capitais. Foi identificada uma relação positiva entre a variável Tamanho dos estados e capitais com a adoção inicial das normas, sugerindo que as unidades com maiores recursos disponíveis estão mais adequadas às exigências normativas contábeis. As unidades com menor recurso e mais endividadas, por sua vez, apresentam grau de conformidade inferior à média.
Texto completo aqui
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Estatística da década: Amazônia
Much like Oxford English Dictionary’s “Word of the Year” competition, the international statistic is meant to capture the zeitgeist of this decade. The judging panel accepted nominations from the statistical community and the public at large for a statistic that shines a light on the decade’s most pressing issues.
On Dec. 23, we announced the winner: the 8.4 million soccer fields of land deforested in the Amazon over the past decade. That’s 24,000 square miles, or about 10.3 million American football fields. (...)
Continue lendo aqui
On Dec. 23, we announced the winner: the 8.4 million soccer fields of land deforested in the Amazon over the past decade. That’s 24,000 square miles, or about 10.3 million American football fields. (...)
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Efeito da crise no Oriente Médio
A crise entre EUA e Irã, com a morte de Soleimani, trouxe a maior queda no preço das ações da Saudi-Aramco. A empresa já perdeu US$200 bilhões em valor de mercado, quando comparado com o máximo após a oferta pública de ações. Agora, a empresa tem um valor estimado de US$1,8 bilhão. É interessante que o preço do petróleo subiu com a crise.
A preocupação é com eventual retaliação do Irã. Apesar da mudança nos preços, o volume de negociação é relativamente baixo, conforme a figura (parte de baixo). Mas uma queda maior pode levar o governo da Arábia Saudita, que é o grande acionista da empresa, a entrar no mercado
A preocupação é com eventual retaliação do Irã. Apesar da mudança nos preços, o volume de negociação é relativamente baixo, conforme a figura (parte de baixo). Mas uma queda maior pode levar o governo da Arábia Saudita, que é o grande acionista da empresa, a entrar no mercado
06 janeiro 2020
Fator alavancagem: ciclo de crédito e retorno dos ativos
Resumo:
Research finds strong links between credit booms and macroeconomic outcomes like financial crises and output growth. Are impacts also seen in financial asset prices? We document this robust and significant connection for the first time using a large sample of historical data for many countries. Credit boom periods tend to be followed by unusually low returns to equities, in absolute terms and relative to bonds. Return predictability due to this leverage factor is distinct from that of established factors like momentum and value and generates trading strategies with meaningful excess profits out-of-sample. These findings pose a challenge to conventional macrofinance theories.
The Leverage Factor: Credit Cycles and Asset ReturnsJosh Davis and Alan M. TaylorNBER Working Paper No. 26435November 2019
Research finds strong links between credit booms and macroeconomic outcomes like financial crises and output growth. Are impacts also seen in financial asset prices? We document this robust and significant connection for the first time using a large sample of historical data for many countries. Credit boom periods tend to be followed by unusually low returns to equities, in absolute terms and relative to bonds. Return predictability due to this leverage factor is distinct from that of established factors like momentum and value and generates trading strategies with meaningful excess profits out-of-sample. These findings pose a challenge to conventional macrofinance theories.
The Leverage Factor: Credit Cycles and Asset ReturnsJosh Davis and Alan M. TaylorNBER Working Paper No. 26435November 2019
Evidenciação
Parece que falta uma melhor evidenciação no terceiro setor em todo lugar do mundo. E no caso das igrejas, o problema também é grande. Nos Estados Unidos, há uma denúncia sobre a forma como os mórmons, como são conhecidos a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, estão usando os recursos obtidos pelas doações de seus fiéis. O díziimo de 10% arrecadado estaria sendo desviado para outras finalidades. Como muitas vezes tenta-se evitar uma discussão pública, isto termina por aumentar a especulação sobre as finanças da Igreja.
São 16 milhões de fiéis que deve gerar algo em torno de 7 bilhões de dólares de doação.
São 16 milhões de fiéis que deve gerar algo em torno de 7 bilhões de dólares de doação.
Scielo
Um texto interessante sobre a função do Scielo:
O SciELO (Scientific Electronic Library Online) foi concebido no Brasil em 1997 – há 22 anos – como uma biblioteca de acesso aberto, baseada na web, com um modelo de publicação que visa indexar, preservar, melhorar e dar alta visibilidade a uma coleção de periódicos avaliados por pares publicados independentemente por sociedades científicas, associações profissionais, universidades e outras instituições de pesquisa.
Atualmente, o modelo está sendo usado por 17 países que compõem a rede SciELO de coleções nacionais de periódicos, com mais de 1.200 periódicos publicando 50 mil novos artigos por ano, apenas 42% em inglês, cobrindo todos as áreas, mas principalmente ciências da saúde, ciências humanas, ciências sociais aplicadas e agricultura. O repositório da Rede SciELO acumulou mais de 700 mil artigos em acesso aberto, que atendem a uma média diária de 1.2 milhão de downloads, de acordo com as regras COUNTER, que excluem robôs.
A principal contribuição do SciELO é o reconhecimento da relevância de seus periódicos para o avanço da pesquisa em uma perspectiva global, pois eles comunicam pesquisas básicas e, principalmente, aplicadas, relacionadas a questões nacionais. Em um aspecto, o SciELO atende à academia e, em outro, informa políticas públicas, comunidades profissionais, currículos educacionais e questões públicas em geral. Juntamente com o Professor Rogerio Meneghini, que cofundou o SciELO comigo, enfatizamos a ideia de que fazer boa ciência significa também fazer bons periódicos. Também estou convencido de que o SciELO e coleções de periódicos similares operam de forma semelhante nos limites de uma dualidade ideal de ciência aberta e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).
O modelo de publicação SciELO é orientado pelas características e fortalezas intrínsecas da web:
A desintermediação de conteúdo, que nos levou a adotar o acesso aberto via dourada e as licenças CC-BY. Durante a Conferência SciELO 20 Anos em 2018, nos comprometemos a adotar as práticas abertas de comunicação científica nos próximos três a cinco anos, incluindo a operação de um servidor de preprints, suporte ao gerenciamento de dados de pesquisa e a abertura da avaliação por pares.
O hipertexto e a interoperabilidade permitiram uma Rede SciELO totalmente descentralizada, que provou ser altamente eficiente na promoção de capacitação nacional, sustentabilidade, operação acessível, escala de conteúdo e visibilidade, e, particularmente, gerenciamento bem-sucedido de assimetrias. O SciELO é um produto de centenas de instituições e milhares de pessoas; autoridades de pesquisa, profissionais da informação, editores, pareceristas etc., para atender a milhões de usuários.
Ser, na medida do possível, “independente das tiranias”, permitindo estruturar uma rede de adesão voluntária e sem acordos formais, garantindo a independência editorial dos periódicos e buscar avaliação e relevância da pesquisa além da simplicidade do ranking deus ex-machina do fator de impacto.
O SciELO possui, desde o início, um status de pesquisa e informação científica certificada, conferida pelas organizações por trás da Rede SciELO. Desejo apenas fazer referência a três delas, pioneiras do SciELO: a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), uma das mais importantes agências de fomento à pesquisa brasileiras, o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e a Comissão Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica do Chile (CONICYT), que adotou o modelo pela primeira vez, iniciando o desenvolvimento da Rede SciELO.
Em resumo, em uma dimensão, a publicação SciELO serve de estrutura para a implementação de políticas públicas nacionais para o desenvolvimento de periódicos avaliados por pares sob condições nacionais e, ao mesmo tempo, faz parte de uma rede internacional seguindo o estado da arte da comunicação científica. E, em outra, a Rede SciELO incorpora um programa de cooperação internacional para o progresso da pesquisa e sua comunicação aberta, com vistas a um fluxo global inclusivo de informação científica que considere a diversidade de áreas geográficas, áreas temáticas, culturas, multilinguismo e a resultante riqueza de assimetrias.
O SciELO (Scientific Electronic Library Online) foi concebido no Brasil em 1997 – há 22 anos – como uma biblioteca de acesso aberto, baseada na web, com um modelo de publicação que visa indexar, preservar, melhorar e dar alta visibilidade a uma coleção de periódicos avaliados por pares publicados independentemente por sociedades científicas, associações profissionais, universidades e outras instituições de pesquisa.
Atualmente, o modelo está sendo usado por 17 países que compõem a rede SciELO de coleções nacionais de periódicos, com mais de 1.200 periódicos publicando 50 mil novos artigos por ano, apenas 42% em inglês, cobrindo todos as áreas, mas principalmente ciências da saúde, ciências humanas, ciências sociais aplicadas e agricultura. O repositório da Rede SciELO acumulou mais de 700 mil artigos em acesso aberto, que atendem a uma média diária de 1.2 milhão de downloads, de acordo com as regras COUNTER, que excluem robôs.
A principal contribuição do SciELO é o reconhecimento da relevância de seus periódicos para o avanço da pesquisa em uma perspectiva global, pois eles comunicam pesquisas básicas e, principalmente, aplicadas, relacionadas a questões nacionais. Em um aspecto, o SciELO atende à academia e, em outro, informa políticas públicas, comunidades profissionais, currículos educacionais e questões públicas em geral. Juntamente com o Professor Rogerio Meneghini, que cofundou o SciELO comigo, enfatizamos a ideia de que fazer boa ciência significa também fazer bons periódicos. Também estou convencido de que o SciELO e coleções de periódicos similares operam de forma semelhante nos limites de uma dualidade ideal de ciência aberta e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).
O modelo de publicação SciELO é orientado pelas características e fortalezas intrínsecas da web:
A desintermediação de conteúdo, que nos levou a adotar o acesso aberto via dourada e as licenças CC-BY. Durante a Conferência SciELO 20 Anos em 2018, nos comprometemos a adotar as práticas abertas de comunicação científica nos próximos três a cinco anos, incluindo a operação de um servidor de preprints, suporte ao gerenciamento de dados de pesquisa e a abertura da avaliação por pares.
O hipertexto e a interoperabilidade permitiram uma Rede SciELO totalmente descentralizada, que provou ser altamente eficiente na promoção de capacitação nacional, sustentabilidade, operação acessível, escala de conteúdo e visibilidade, e, particularmente, gerenciamento bem-sucedido de assimetrias. O SciELO é um produto de centenas de instituições e milhares de pessoas; autoridades de pesquisa, profissionais da informação, editores, pareceristas etc., para atender a milhões de usuários.
Ser, na medida do possível, “independente das tiranias”, permitindo estruturar uma rede de adesão voluntária e sem acordos formais, garantindo a independência editorial dos periódicos e buscar avaliação e relevância da pesquisa além da simplicidade do ranking deus ex-machina do fator de impacto.
O SciELO possui, desde o início, um status de pesquisa e informação científica certificada, conferida pelas organizações por trás da Rede SciELO. Desejo apenas fazer referência a três delas, pioneiras do SciELO: a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), uma das mais importantes agências de fomento à pesquisa brasileiras, o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e a Comissão Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica do Chile (CONICYT), que adotou o modelo pela primeira vez, iniciando o desenvolvimento da Rede SciELO.
Em resumo, em uma dimensão, a publicação SciELO serve de estrutura para a implementação de políticas públicas nacionais para o desenvolvimento de periódicos avaliados por pares sob condições nacionais e, ao mesmo tempo, faz parte de uma rede internacional seguindo o estado da arte da comunicação científica. E, em outra, a Rede SciELO incorpora um programa de cooperação internacional para o progresso da pesquisa e sua comunicação aberta, com vistas a um fluxo global inclusivo de informação científica que considere a diversidade de áreas geográficas, áreas temáticas, culturas, multilinguismo e a resultante riqueza de assimetrias.
Mudança na auditoria: EUA x Reino Unido
Dois dos principais mercados do mundo estão pensando em mudar as regras para os auditores independentes. Nos Estados Unidos, a SEC, entidade que fiscaliza o mercado de capitais, está trabalhando no sentido de relaxar as regras. No Reino Unido, o Financial Reporting Council (FRC) está pensando em fortalecer a independência.
O Chairman da SEC já afirmou que esta será a prioridade da entidade para o próximo ano. A expectativa é que a mudança de regra possa trazer mais competição no mercado. Já o foco do FRC é evitar um potencial conflito de interesse. No caso britânico, os recentes escândalos (Carillion e Tomas Cook, por exemplo) é a justificativa da escolha.
Fonte: aqui
05 janeiro 2020
Narrativas Econômicas: o novo livro de Shiller
Resumo:
This address considers the epidemiology of narratives relevant to economic fluctuations. The human brain has always been highly tuned towards narratives, whether factual or not, to justify ongoing actions, even such basic actions as spending and investing. Stories motivate and connect activities to deeply felt values and needs. Narratives “go viral” and spread far, even worldwide, with economic impact. The 1920-21 Depression, the Great Depression of the 1930s, the so-called “Great Recession” of 2007-9 and the contentious political-economic situation of today, are considered as the results of the popular narratives of their respective times. Though these narratives are deeply human phenomena that are difficult to study in a scientific manner, quantitative analysis may help us gain a better understanding of these epidemics in the future.
Fonte: aqui
This address considers the epidemiology of narratives relevant to economic fluctuations. The human brain has always been highly tuned towards narratives, whether factual or not, to justify ongoing actions, even such basic actions as spending and investing. Stories motivate and connect activities to deeply felt values and needs. Narratives “go viral” and spread far, even worldwide, with economic impact. The 1920-21 Depression, the Great Depression of the 1930s, the so-called “Great Recession” of 2007-9 and the contentious political-economic situation of today, are considered as the results of the popular narratives of their respective times. Though these narratives are deeply human phenomena that are difficult to study in a scientific manner, quantitative analysis may help us gain a better understanding of these epidemics in the future.
Fonte: aqui
Trabalhando no feriado
An analysis of submissions to two top journals showed that scientists in the U.S. were highly likely to be working during holidays.
A study found that more than a tenth of U.S.-based researchers who submitted manuscripts and peer review reports to journals did so during the holidays.
By Dalmeet Singh Chawla
Dec. 18, 2019
Jay Van Bavel, a social neuroscientist at New York University, is vowing not to work during the Christmas holidays.
A few years ago, Dr. Van Bavel had agreed to conduct peer review on a couple of manuscripts before the end of the semester. But he got really busy and ended up having to do one on Christmas Day and another on New Year’s Eve, while his family was visiting.
“I felt like I let down myself and my family,” said Dr. Van Bavel, who gets asked to conduct peer-review 100 to 200 times a year. But he says he has now learned his lesson, and is not planning to do any work in the Christmas holidays this year, except perhaps the odd email.
If Dr. Van Bavel holds to his vow, he’ll beat the trend of many of his colleagues. While you might be setting an out-of-office message and backing away from your keyboard as the winter holidays set in, many researchers in academia can be found working straight through the season. Scientists based in the United States are, in fact, the third most likely to work during holidays, behind only their counterparts in Belgium and Japan, according to a study published Thursday in BMJ.
The study — aiming to quantify some of the overwork and burnout experienced by researchers in the sciences — examined nearly 50,000 manuscript submissions and more than 75,000 peer-review submissions to BMJ and its sister journal, BMJ Open. More than a tenth of U.S.-based researchers who submitted manuscripts and peer review reports to journals did so during the holidays.
At the same time, researchers in China lead the world in working on weekends, where more than a fifth of academics submitted papers and peer-review reports, followed by those based in Japan, Italy and Spain. More than a tenth of researchers in the United States turned in studies on weekends, and more than 15 percent conducted peer review.
Scandinavian nations had the best work-life balance. Scientists in Sweden were least likely to work during holidays, and those in Norway generally kept their weekends free.
Adrian Barnett, a statistician and metascience researcher at Queensland University of Technology in Australia, who co-wrote the analysis, thought of conducting the analysis while submitting a paper on the weekend.
“This is a real marker of how hard I’m working,” he said.
The study has shortcomings. Among them, it only accounts for manuscript submissions and peer review, just two of many tasks on an academic’s plate, for instance.
“While this study provides a starting point to demonstrate that academics are indeed spending time working on weekends and holidays, it does not delve deeper into the types or amounts of work that academics may be doing on weekends or holidays,” says Valerie Miller, assistant director of postdoctoral affairs at the University of Chicago.
Dr. Barnett acknowledges these shortcomings, although he noted that these markers were most easily traceable because academic publishers time-stamp electronic study and peer-review submissions.
Dr. Miller is currently conducting a survey on the work of postdoctoral researchers, who are usually considered to be early in their careers. A study conducted by the Young Academy of Europe earlier this year found that around half of early-career researchers there work more than 50 hours a week. Other studies have also reported a mental health crisis among graduate students, with large numbers saying their Ph.D. is the cause of their mental condition.
Another limitation of the BMJ study is that it can’t distinguish between researchers’ career stages, and only includes scientists working predominantly in health and medicine.
While submitting a study can lead to a publication that is valuable for an academic’s career, peer-review can be a more thankless task.
Some countries, like Italy, Spain, France and New Zealand report higher percentages of peer-review activity on weekends than manuscript submissions. Dr. Barnett suggests that academics find themselves lacking the time to perform this labor during their workweek because it’s often not considered “actual work.”
As a measure of how peer review is regarded, a survey published earlier this year found that around half of just under 500 researchers had during their careers ghostwritten peer review reports on behalf of senior faculty.
“Peer review is central to the scientific mission and ought to be re-centered in our evaluation systems, not something to be done in an academic’s ‘free time,’” said Rebeccah Lijek, a biologist at Mount Holyoke College in Massachusetts who led the ghostwriting study.
It’s also getting more difficult to recruit academics to conduct peer review, a report released last year showed, and a small batch of reviewers seem to be doing a disproportionate amount of peer review.
Dr. Lijek thinks Dr. Barnett’s findings are only the tip of the iceberg: “What’s still under water are the many hours of labor performed by teams of junior researchers that precede submission.”
Dr. Barnett feels that academics are forced to do too much.
“We’re pushed to produce more so that universities can rise up the league tables,” he said.
With that in mind, Dr. Van Bavel is trying to take a new approach in his lab.
“A few weeks ago, I had a lab meeting where we created a work life balance policy to minimize the pressure to work on the weekend,” he said.
© 2020 The New York Times Company
A study found that more than a tenth of U.S.-based researchers who submitted manuscripts and peer review reports to journals did so during the holidays.
By Dalmeet Singh Chawla
Dec. 18, 2019
Jay Van Bavel, a social neuroscientist at New York University, is vowing not to work during the Christmas holidays.
A few years ago, Dr. Van Bavel had agreed to conduct peer review on a couple of manuscripts before the end of the semester. But he got really busy and ended up having to do one on Christmas Day and another on New Year’s Eve, while his family was visiting.
“I felt like I let down myself and my family,” said Dr. Van Bavel, who gets asked to conduct peer-review 100 to 200 times a year. But he says he has now learned his lesson, and is not planning to do any work in the Christmas holidays this year, except perhaps the odd email.
If Dr. Van Bavel holds to his vow, he’ll beat the trend of many of his colleagues. While you might be setting an out-of-office message and backing away from your keyboard as the winter holidays set in, many researchers in academia can be found working straight through the season. Scientists based in the United States are, in fact, the third most likely to work during holidays, behind only their counterparts in Belgium and Japan, according to a study published Thursday in BMJ.
The study — aiming to quantify some of the overwork and burnout experienced by researchers in the sciences — examined nearly 50,000 manuscript submissions and more than 75,000 peer-review submissions to BMJ and its sister journal, BMJ Open. More than a tenth of U.S.-based researchers who submitted manuscripts and peer review reports to journals did so during the holidays.
At the same time, researchers in China lead the world in working on weekends, where more than a fifth of academics submitted papers and peer-review reports, followed by those based in Japan, Italy and Spain. More than a tenth of researchers in the United States turned in studies on weekends, and more than 15 percent conducted peer review.
Scandinavian nations had the best work-life balance. Scientists in Sweden were least likely to work during holidays, and those in Norway generally kept their weekends free.
Adrian Barnett, a statistician and metascience researcher at Queensland University of Technology in Australia, who co-wrote the analysis, thought of conducting the analysis while submitting a paper on the weekend.
“This is a real marker of how hard I’m working,” he said.
The study has shortcomings. Among them, it only accounts for manuscript submissions and peer review, just two of many tasks on an academic’s plate, for instance.
“While this study provides a starting point to demonstrate that academics are indeed spending time working on weekends and holidays, it does not delve deeper into the types or amounts of work that academics may be doing on weekends or holidays,” says Valerie Miller, assistant director of postdoctoral affairs at the University of Chicago.
Dr. Barnett acknowledges these shortcomings, although he noted that these markers were most easily traceable because academic publishers time-stamp electronic study and peer-review submissions.
Dr. Miller is currently conducting a survey on the work of postdoctoral researchers, who are usually considered to be early in their careers. A study conducted by the Young Academy of Europe earlier this year found that around half of early-career researchers there work more than 50 hours a week. Other studies have also reported a mental health crisis among graduate students, with large numbers saying their Ph.D. is the cause of their mental condition.
Another limitation of the BMJ study is that it can’t distinguish between researchers’ career stages, and only includes scientists working predominantly in health and medicine.
While submitting a study can lead to a publication that is valuable for an academic’s career, peer-review can be a more thankless task.
Some countries, like Italy, Spain, France and New Zealand report higher percentages of peer-review activity on weekends than manuscript submissions. Dr. Barnett suggests that academics find themselves lacking the time to perform this labor during their workweek because it’s often not considered “actual work.”
As a measure of how peer review is regarded, a survey published earlier this year found that around half of just under 500 researchers had during their careers ghostwritten peer review reports on behalf of senior faculty.
“Peer review is central to the scientific mission and ought to be re-centered in our evaluation systems, not something to be done in an academic’s ‘free time,’” said Rebeccah Lijek, a biologist at Mount Holyoke College in Massachusetts who led the ghostwriting study.
It’s also getting more difficult to recruit academics to conduct peer review, a report released last year showed, and a small batch of reviewers seem to be doing a disproportionate amount of peer review.
Dr. Lijek thinks Dr. Barnett’s findings are only the tip of the iceberg: “What’s still under water are the many hours of labor performed by teams of junior researchers that precede submission.”
Dr. Barnett feels that academics are forced to do too much.
“We’re pushed to produce more so that universities can rise up the league tables,” he said.
With that in mind, Dr. Van Bavel is trying to take a new approach in his lab.
“A few weeks ago, I had a lab meeting where we created a work life balance policy to minimize the pressure to work on the weekend,” he said.
© 2020 The New York Times Company
Retratações
O RetractionWatch é um site especializado em monitorar as retratações na pesquisa científica. É um trabalho notável e já usamos algumas das notícias do site aqui no blog (aqui, aqui e aqui). Ao fazer um levantamento de 2019, o site computou mais de mil retratações. Na verdade, mais de 1.433 (até meados de dezembro).
O site também fez uma lista de dez casos interessantes, que foi publicado na The Scientist. Entre eles selecionamos os seguintes:
a) A retratação de Eric Potts-Kant tem um valor específico: 112 milhões de dólares. O pesquisador, quando vinculado a Duke University, usou dados falsos nas suas pesquisas. E estas pesquisas foram usadas para pedir ajuda pública para a escola. O governo não gostou e cobrou da universidade.
b) O periódico Journal of Fundamental and Applied Sciences teve 434 retratações. Em maio, a Clarivante tirou o periódico do Web of Science.
c) O coreano Cho Kuk publicou em 2009 um artigo no Korean Journal of Pathology em co-autoria com sua filha, que era primeira autora.O detalhe que sua filha estava no ensino médio. Tempos depois, a filha de Cho Kuk estudou na Pusan National University, onde foi reprovada por duas vezes nos exames e recebeu 10 mil dólares de auxílio financeiro.
d) Em 2017 dois indianos publicaram um artigo no CrystalEngComm. O artigo tinha uma grande semelhança com um manuscrito submetido em outro periódico, Dalton Transactions, onde um dos autores tinha sido parecerista.
O site também fez uma lista de dez casos interessantes, que foi publicado na The Scientist. Entre eles selecionamos os seguintes:
a) A retratação de Eric Potts-Kant tem um valor específico: 112 milhões de dólares. O pesquisador, quando vinculado a Duke University, usou dados falsos nas suas pesquisas. E estas pesquisas foram usadas para pedir ajuda pública para a escola. O governo não gostou e cobrou da universidade.
b) O periódico Journal of Fundamental and Applied Sciences teve 434 retratações. Em maio, a Clarivante tirou o periódico do Web of Science.
c) O coreano Cho Kuk publicou em 2009 um artigo no Korean Journal of Pathology em co-autoria com sua filha, que era primeira autora.O detalhe que sua filha estava no ensino médio. Tempos depois, a filha de Cho Kuk estudou na Pusan National University, onde foi reprovada por duas vezes nos exames e recebeu 10 mil dólares de auxílio financeiro.
d) Em 2017 dois indianos publicaram um artigo no CrystalEngComm. O artigo tinha uma grande semelhança com um manuscrito submetido em outro periódico, Dalton Transactions, onde um dos autores tinha sido parecerista.
Número de autores
A quantidade de papers por número de autores revela um grande número de artigos com mais de mil autores. Parece exagero. Além disto, entre 2009 a 2013 versus 2014 a 2018, este número cresceu para mais de mil artigos. (Via aqui)
04 janeiro 2020
Luca Pacioli: Father of Accounting
Um vídeo sobre Luca Pacioli. É um pouco antigo (veja os computadores que aparece), mas é bem interessante para quem gosta de história. Infelizmente, sem legendas em português.
Como Custos ajuda a explicar o setor de Streaming
Uma entrevista de Jimmy Iovine tem alguns detalhes interessantes. Iovine é executivo que ajudou a criar a empresa Beats e a Apple Music. Quando questionado sobre o maior problema do streaming de música (como Spotify, Apple Music, Amazon Music, entre outros) e afirmou que era a margem, que não aumenta. Fazendo uma comparação ele disse que na Netflix, ao contrário, “quanto mais assinantes você tiver, menor o custo”. Obviamente ele se refere ao custo unitário. E continua afirmando que “na transmissão de música, os custos seguem você”.
Isto é interessante pois lida com os conceitos básicos de custos: custo variável e custo fixo. O que Iovine disse é que no streaming de música, os custos são essencialmente variáveis. Ou seja, o que interessa é a margem de contribuição, que deve ser necessariamente positiva. Já na televisão, como é o caso da Netflix, as produções próprias fazem com que a existência dos custos associados ao produto exclusivo de cada canal possam ser absorvidos pelo preço. Assim, o aumento no número de assinantes permite a existência de uma economia de escala, que não existe na música.
No setor de música, Iovine destaca que os serviços são iguais. Assim, as músicas existentes na Amazon ou na Spotify são semelhantes. O mesmo parece não ocorrer na televisão: se gosto dos desenhos da Disney, tenho que assinar o streaming da Disney; se quero ver La Casa del Papel, devo assinar a Netflix. Em setores customizados, a guerra de preços pode ser fatal, já que não existe diferenciação no produto.
Ver a declaração dele aqui
Professor demitido por telegrama
Um professor, cujo nome revelaremos no final deste texto, venceu, no Tribunal Superior do Trabalho, um processo contra seu ex-empregador, a Fundação São Paulo-PUC (SP). Irá receber uma indenização de 50 mil reais. Eis a notícia, conforme divulgada no site do TST:
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a condenação da Fundação São Paulo-PUC (SP) ao pagamento de indenização de R$ 50 mil a um professor que teve sua dispensa comunicada por telegrama. Por maioria, o colegiado entendeu que a forma de dispensa do empregado, “com excelente reputação na empresa e sem qualquer falta ou advertência”, não foi apenas deselegante, mas despótica.
Natal
Na reclamação trabalhista, o professor disse que foi comunicado da dispensa sete dias antes do Natal de 2014. No telegrama, considerado “frio e trágico” pelo empregado, a fundação informava que havia decidido rescindir o contrato a partir de 17/12 e agradecia a colaboração do professor “no período de sua dedicação junto ao seu departamento”. Para ele, foi doloroso tratar de questões rescisórias e realizar exame demissional justamente durante o período de festas natalinas.
Padrão
Em contestação, a fundação afirmou que não houve qualquer irregularidade no fato de a dispensa ter ocorrido às vésperas do Natal e justificou a data com o fim do período letivo e com o agravamento da indisponibilidade de recursos orçamentários. Ainda de acordo com a fundação, a comunicação por telegrama é procedimento padrão, previsto em convenção coletiva de trabalho.
Consideração
O juízo da 60ª Vara do Trabalho de São Paulo (SP) julgou improcedente o pedido de indenização, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região reformou a sentença para condenar a Fundação ao pagamento de R$ 50 mil ao empregado. Para o TRT, não foi apenas a dispensa, mas a atitude abusiva no ato que caracterizou lesão à honra e à imagem do professor.
Função social
Para o relator do caso no TST, ministro Cláudio Brandão, ao rejeitar o exame do recurso contra a condenação, a fundação “não deu ao seu direito potestativo a finalidade social que deveria ser respeitada, cometendo verdadeiro abuso de direito”. O ministro lembrou que o exercício da atividade econômica se condiciona à observância de princípios constitucionais, como a valorização do trabalho humano, a existência digna e de acordo com a justiça social e a função social da propriedade.
Na avaliação do relator, o empregador, ao despedir o empregado por meio de um simples telegrama, após uma vida dedicada à empresa, praticou ato lesivo à sua dignidade. Segundo ele, o ato da fundação configurou tratamento que não pode ser considerado meramente deselegante, mas sim despótico, “porque extrapolou os limites de tolerância de qualquer ser humano”.
O texto não revela o nome do professor, mas um link para o processo mostra que se trata de Rubens Fama, um nome bastante conhecido na área de finanças e contabilidade, com atuação em mercado de capitais, ativos intangíveis, estrutura de capital, governança corporativa e desempenho empresarial. (Atenção, não confundir com Eugenne Fama, da Universidade de Chicago)
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a condenação da Fundação São Paulo-PUC (SP) ao pagamento de indenização de R$ 50 mil a um professor que teve sua dispensa comunicada por telegrama. Por maioria, o colegiado entendeu que a forma de dispensa do empregado, “com excelente reputação na empresa e sem qualquer falta ou advertência”, não foi apenas deselegante, mas despótica.
Natal
Na reclamação trabalhista, o professor disse que foi comunicado da dispensa sete dias antes do Natal de 2014. No telegrama, considerado “frio e trágico” pelo empregado, a fundação informava que havia decidido rescindir o contrato a partir de 17/12 e agradecia a colaboração do professor “no período de sua dedicação junto ao seu departamento”. Para ele, foi doloroso tratar de questões rescisórias e realizar exame demissional justamente durante o período de festas natalinas.
Padrão
Em contestação, a fundação afirmou que não houve qualquer irregularidade no fato de a dispensa ter ocorrido às vésperas do Natal e justificou a data com o fim do período letivo e com o agravamento da indisponibilidade de recursos orçamentários. Ainda de acordo com a fundação, a comunicação por telegrama é procedimento padrão, previsto em convenção coletiva de trabalho.
Consideração
O juízo da 60ª Vara do Trabalho de São Paulo (SP) julgou improcedente o pedido de indenização, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região reformou a sentença para condenar a Fundação ao pagamento de R$ 50 mil ao empregado. Para o TRT, não foi apenas a dispensa, mas a atitude abusiva no ato que caracterizou lesão à honra e à imagem do professor.
Função social
Para o relator do caso no TST, ministro Cláudio Brandão, ao rejeitar o exame do recurso contra a condenação, a fundação “não deu ao seu direito potestativo a finalidade social que deveria ser respeitada, cometendo verdadeiro abuso de direito”. O ministro lembrou que o exercício da atividade econômica se condiciona à observância de princípios constitucionais, como a valorização do trabalho humano, a existência digna e de acordo com a justiça social e a função social da propriedade.
Na avaliação do relator, o empregador, ao despedir o empregado por meio de um simples telegrama, após uma vida dedicada à empresa, praticou ato lesivo à sua dignidade. Segundo ele, o ato da fundação configurou tratamento que não pode ser considerado meramente deselegante, mas sim despótico, “porque extrapolou os limites de tolerância de qualquer ser humano”.
O texto não revela o nome do professor, mas um link para o processo mostra que se trata de Rubens Fama, um nome bastante conhecido na área de finanças e contabilidade, com atuação em mercado de capitais, ativos intangíveis, estrutura de capital, governança corporativa e desempenho empresarial. (Atenção, não confundir com Eugenne Fama, da Universidade de Chicago)
03 janeiro 2020
A fuga de Ghosn
O ex-CEO da Nissan, Carlos Ghosn, fugiu do Japão na noite de domingo, após secretamente embarcar em dois aviões particulares para retornar à sua casa no Líbano.
Segundo Robert Allen, um professor da Tulane e especialista em segurança, estima-se que a fuga de Ghosn esteja na faixa de alguns milhões de dólares.
As descrições das pessoas que Ghosn contratou para coordenar a operação de fuga variaram. A Reuters se referiu a eles como uma "empresa de segurança privada", enquanto o Financial Times usou o termo "agentes de segurança privada". Quem planejou a fuga de Ghosn provavelmente era habilidoso, disse Allen, mas provavelmente não foi o trabalho de uma empresa de segurança respeitável, que não iria querer arriscar o dano de ser pego à reputação.
Para realizar esse tipo de operação de alto risco, você precisa planejá-lo de forma a minimizar suas chances de ser detectado. Isso significa viajar à noite e usar um aeroporto privado, o que permitiria ao passageiro embarcar em suas aeronaves mais rapidamente do que em um aeroporto público e evitar verificações de segurança extensas, disse Allen.
Adaptado de: aqui e aqui.
Segundo Robert Allen, um professor da Tulane e especialista em segurança, estima-se que a fuga de Ghosn esteja na faixa de alguns milhões de dólares.
As descrições das pessoas que Ghosn contratou para coordenar a operação de fuga variaram. A Reuters se referiu a eles como uma "empresa de segurança privada", enquanto o Financial Times usou o termo "agentes de segurança privada". Quem planejou a fuga de Ghosn provavelmente era habilidoso, disse Allen, mas provavelmente não foi o trabalho de uma empresa de segurança respeitável, que não iria querer arriscar o dano de ser pego à reputação.
Para realizar esse tipo de operação de alto risco, você precisa planejá-lo de forma a minimizar suas chances de ser detectado. Isso significa viajar à noite e usar um aeroporto privado, o que permitiria ao passageiro embarcar em suas aeronaves mais rapidamente do que em um aeroporto público e evitar verificações de segurança extensas, disse Allen.
Adaptado de: aqui e aqui.
Ghosn na lista da Interpol
O Líbano recebeu um pedido de prisão da Interpol contra o ex-presidente da aliança Renault-Nissan Carlos Ghosn, o magnata do setor automotivo que fugiu do Japão para Beirute, anunciou o ministro da Justiça libanês nesta quinta-feira (2). [...]
Alvo de quatro acusações de crimes financeiros e em prisão domiciliar sob fiança desde abril de 2019, Ghosn vivia com certa liberdade de movimento no Japão, mas sob condições estritas.
O empresário teria conseguido escapar do país em um jatinho privado com a ajuda de uma empresa privada de segurança, segundo a Reuters, na última segunda (30). Ele mesmo divulgou um comunicado, afirmando que estava no Líbano, e que não fugiu da Justiça: "Escapei da injustiça".
Nascido no Brasil, ele também tem cidadania libanesa e francesa. [...]
Prisão de Ghosn
Carlos Ghosn foi preso no Japão no dia 19 de novembro de 2018 e, desde então, deixou a presidência do conselho das três montadoras que comandava: da Nissan, da Mitsubishi e da Renault.
Ele foi solto sob pagamento de fiança em março de 2019, após mais de 100 dias detido, mas acabou preso novamente em abril, por novas acusações das autoridades. No mesmo mês, foi solto após pagamento de fiança de US$ 4,5 milhões, valor equivalente a R$ 17,8 milhões. E agora aguardava o julgamento, previsto para 2020.
As circunstâncias da fuga ainda não estão claras. Ele teria usado um jato particular que decolou do aeroporto de Kansai, no oeste do Japão. Segundo a imprensa japonesa, uma aeronave deste modelo teria deixado o país no dia 29 de dezembro, às 23h, em direção a Istambul. A aterrissagem teria acontecido no aeroporto de Atatürk, fechado para voos comerciais.
Na mídia libanesa levantou-se a hipótese que Ghosn teria escapado escondido em uma caixa de instrumento depois de um concerto privado na sua residência. "É ficção pura", disse a mulher Carole, em conversa com a Reuters.
Pessoas próximas a Ghosn disseram ele foi recebido pelo presidente do Líbano, Michel Aoun.
Já em Beirute, Ghosn divulgou um comunicado em que afirmou que não será "mais ser refém de um sistema judicial japonês fraudulento em que se presume culpa, onde direitos humanos básicos são negados. Não fugi da justiça. Escapei da injustiça e da perseguição política. Agora posso finalmente me comunicar livremente com a mídia e estou ansioso para começar na próxima semana".
Nesta quinta-feira (2), a secretária de Estado francês para a Economia, Agnès Pannier-Runacher, declarou que o empresário não será extraditado se vier para a França. “A França nunca extradita seus cidadãos, então aplicaremos a Ghosn as mesmas regras que aplicamos para todos. Não é por isso que achamos que ele não deva ser julgado pela Justiça japonesa”, declarou, em entrevista ao canal BFMTV.
Fonte: aqui. Mais sobre Ghosn: aqui.
Alvo de quatro acusações de crimes financeiros e em prisão domiciliar sob fiança desde abril de 2019, Ghosn vivia com certa liberdade de movimento no Japão, mas sob condições estritas.
O empresário teria conseguido escapar do país em um jatinho privado com a ajuda de uma empresa privada de segurança, segundo a Reuters, na última segunda (30). Ele mesmo divulgou um comunicado, afirmando que estava no Líbano, e que não fugiu da Justiça: "Escapei da injustiça".
Nascido no Brasil, ele também tem cidadania libanesa e francesa. [...]
Prisão de Ghosn
Carlos Ghosn foi preso no Japão no dia 19 de novembro de 2018 e, desde então, deixou a presidência do conselho das três montadoras que comandava: da Nissan, da Mitsubishi e da Renault.
Ele foi solto sob pagamento de fiança em março de 2019, após mais de 100 dias detido, mas acabou preso novamente em abril, por novas acusações das autoridades. No mesmo mês, foi solto após pagamento de fiança de US$ 4,5 milhões, valor equivalente a R$ 17,8 milhões. E agora aguardava o julgamento, previsto para 2020.
As circunstâncias da fuga ainda não estão claras. Ele teria usado um jato particular que decolou do aeroporto de Kansai, no oeste do Japão. Segundo a imprensa japonesa, uma aeronave deste modelo teria deixado o país no dia 29 de dezembro, às 23h, em direção a Istambul. A aterrissagem teria acontecido no aeroporto de Atatürk, fechado para voos comerciais.
Na mídia libanesa levantou-se a hipótese que Ghosn teria escapado escondido em uma caixa de instrumento depois de um concerto privado na sua residência. "É ficção pura", disse a mulher Carole, em conversa com a Reuters.
Pessoas próximas a Ghosn disseram ele foi recebido pelo presidente do Líbano, Michel Aoun.
Já em Beirute, Ghosn divulgou um comunicado em que afirmou que não será "mais ser refém de um sistema judicial japonês fraudulento em que se presume culpa, onde direitos humanos básicos são negados. Não fugi da justiça. Escapei da injustiça e da perseguição política. Agora posso finalmente me comunicar livremente com a mídia e estou ansioso para começar na próxima semana".
Nesta quinta-feira (2), a secretária de Estado francês para a Economia, Agnès Pannier-Runacher, declarou que o empresário não será extraditado se vier para a França. “A França nunca extradita seus cidadãos, então aplicaremos a Ghosn as mesmas regras que aplicamos para todos. Não é por isso que achamos que ele não deva ser julgado pela Justiça japonesa”, declarou, em entrevista ao canal BFMTV.
Fonte: aqui. Mais sobre Ghosn: aqui.
SEC e Não GAAP
Interessante a visão da SEC e do Iasb sobre as medidas não GAAP. Ambos entendem que o crescimento destas medidas é fruto de uma certa "incompetência" da contabilidade em dar informação de qualidade para as empresas que possuem alguns itens incomuns. Ambos estão preocupados com o assunto.
O Iasb está focado em trabalhar melhor as demonstrações contábeis, em particular a DRE. Parece-me que a SEC tem uma postura um pouco mais rígida sobre o assunto: em uma palestra no mês passado, um contador da SEC criticou a WeWork por usar margem de contribuição como uma medida de desempenho melhor para a empresa, em lugar do resultado - no caso, prejuízo.
Entretanto, tenho dúvidas se o objetivo das medidas não GAAP são legítimos, conforme afirmado aqui. O argumento é que as empresas com itens incomuns, como aquisições ou grandes amortizações que distorcem seus resultados, não possuem um boa medida de desempenho. Entretanto, isto não responde ao fato de que mesmo empresas que não se enquadram neste quesito usam medidas não GAAP.
O Iasb está focado em trabalhar melhor as demonstrações contábeis, em particular a DRE. Parece-me que a SEC tem uma postura um pouco mais rígida sobre o assunto: em uma palestra no mês passado, um contador da SEC criticou a WeWork por usar margem de contribuição como uma medida de desempenho melhor para a empresa, em lugar do resultado - no caso, prejuízo.
Entretanto, tenho dúvidas se o objetivo das medidas não GAAP são legítimos, conforme afirmado aqui. O argumento é que as empresas com itens incomuns, como aquisições ou grandes amortizações que distorcem seus resultados, não possuem um boa medida de desempenho. Entretanto, isto não responde ao fato de que mesmo empresas que não se enquadram neste quesito usam medidas não GAAP.
Fazer previsão sobre o futuro
Uma das frases mais conhecidas sobre previsão é: "é difícil fazer previsões, especialmente sobre o futuro". Mas a autoria da frase já foi atribuída ao físico Niels Bohr, ao produtor de cinema Samuel Goldwyn, ao lendário atleta Yogi Berra, ao escritor Mark Twain, ao profeta Nostradamus.
O Quote Investigator tentou traçar uma origem da frase. Tudo leva a crer que a frase é de origem dinamarquesa, do político, e defensor da Eugenia, Karl Kristian Steincke de 1948.
O Quote Investigator tentou traçar uma origem da frase. Tudo leva a crer que a frase é de origem dinamarquesa, do político, e defensor da Eugenia, Karl Kristian Steincke de 1948.
Custo x Qualidade de mensurar
Nem sempre gastar mais na tentativa de mensurar pode ser uma opção interessante. Veja o seguinte exemplo:
durante a Segunda Guerra Mundial, quando os Aliados quiseram etimar o número de tanques que estavam sendo produzidos na Alemanha. Estimativas puramente matemáticas com base nos números de série de tanques capturados previam que os alemães estavam produzindo 246 tanques por mês, enquanto as estimativos obtidas por meios de amplos (e sumamente arriscados) reconhecimentos aéreos sugeriam que o número estaria mais na ordem dos 1400. Depois da guerra, os registros alemães revelaram o número verdadeiro: 245.
Brian Christian e Tom Griffiths. Algoritmos para viver. p 219. Na nota de fim de livro tem-se o seguinte comentário:
Isto veio a ser conhecido como "O Problema do Tanque Alemão", e foi documentado em várias fontes. Ver, por exemplo, Gavyn Davies, "How a Statistical Formula Won the War", The Guardian, 19 jul. 2006 (...)
O princípio talvez não seja aplicável na contabilidade. Mas veja que chama a atenção para um aspecto importante: o custo da informação não significa qualidade.
durante a Segunda Guerra Mundial, quando os Aliados quiseram etimar o número de tanques que estavam sendo produzidos na Alemanha. Estimativas puramente matemáticas com base nos números de série de tanques capturados previam que os alemães estavam produzindo 246 tanques por mês, enquanto as estimativos obtidas por meios de amplos (e sumamente arriscados) reconhecimentos aéreos sugeriam que o número estaria mais na ordem dos 1400. Depois da guerra, os registros alemães revelaram o número verdadeiro: 245.
Brian Christian e Tom Griffiths. Algoritmos para viver. p 219. Na nota de fim de livro tem-se o seguinte comentário:
Isto veio a ser conhecido como "O Problema do Tanque Alemão", e foi documentado em várias fontes. Ver, por exemplo, Gavyn Davies, "How a Statistical Formula Won the War", The Guardian, 19 jul. 2006 (...)
O princípio talvez não seja aplicável na contabilidade. Mas veja que chama a atenção para um aspecto importante: o custo da informação não significa qualidade.
02 janeiro 2020
Política Fiscal com Dívida Alta e Juros baixos
Resumo:
U.S. policymakers face a combination of high and rising federal debt and low current and projected interest rates on that debt. Rising future debt will reduce growth and impede efforts to enact new policy initiatives. Low interest rates reduce, but do not eliminate, these concerns. The federal fiscal outlook is unsustainable even with projected interest rates that remain below the growth rate for the next 30 years. Short-term policy responses should focus on investments that are preferably tax-financed rather than debt-financed. Most importantly, policymakers should enact a debt reduction plan that is gradually implemented over the medium- and longterm. This would avoid reducing aggregate demand significantly in the short-term and, if done well, could actually stimulate current consumption and production. It would stimulate growth in the long-term, provide fiscal insurance against higher interest rates or other adverse outcomes, give businesses and individuals clarity about future policy and time to adjust, and provide policymakers with assurance that they could consider new initiatives within a framework of sustainable fiscal policy.
Fonte: Fiscal policy with high debt and low interest ratesWilliam Gale
U.S. policymakers face a combination of high and rising federal debt and low current and projected interest rates on that debt. Rising future debt will reduce growth and impede efforts to enact new policy initiatives. Low interest rates reduce, but do not eliminate, these concerns. The federal fiscal outlook is unsustainable even with projected interest rates that remain below the growth rate for the next 30 years. Short-term policy responses should focus on investments that are preferably tax-financed rather than debt-financed. Most importantly, policymakers should enact a debt reduction plan that is gradually implemented over the medium- and longterm. This would avoid reducing aggregate demand significantly in the short-term and, if done well, could actually stimulate current consumption and production. It would stimulate growth in the long-term, provide fiscal insurance against higher interest rates or other adverse outcomes, give businesses and individuals clarity about future policy and time to adjust, and provide policymakers with assurance that they could consider new initiatives within a framework of sustainable fiscal policy.
Fonte: Fiscal policy with high debt and low interest ratesWilliam Gale
14 razões para continuar blogando
Ano novo e fazemos nossas promessas. Há dias postei dez razões para continuar blogando. Escrevi, no final, que poderia contar com ajuda dos leitores, acrescentando "11. Posso contar com a ajuda dos leitores". Recebi um comentário animador de Victor e outros dois de anonimos. E três outras sugestões de Polyana
1. tenho algo interessante para dizer para as pessoas
2. é uma forma de reter um conhecimento importante
3. as pessoas reconhecem o esforço
4. conhecemos pessoas
5. força a reflexão sobre diversos temas
6. aprendemos muito com aquilo que postamos
7. tenho liberdade para escolher temas das postagens
8. serve como material para escritos futuros
9. ajuda na exposição de ideias
10. é uma forma de ensinar
11. Posso contar com a ajudar dos leitores
12. É uma forma de estimular o pensamento de que a Contabilidade é muito mais que débito e crédito.
13. Incentivar e inspirar outros blogueiros.
14. É muito legal! (como fui esquecer este?)
1. tenho algo interessante para dizer para as pessoas
2. é uma forma de reter um conhecimento importante
3. as pessoas reconhecem o esforço
4. conhecemos pessoas
5. força a reflexão sobre diversos temas
6. aprendemos muito com aquilo que postamos
7. tenho liberdade para escolher temas das postagens
8. serve como material para escritos futuros
9. ajuda na exposição de ideias
10. é uma forma de ensinar
11. Posso contar com a ajudar dos leitores
12. É uma forma de estimular o pensamento de que a Contabilidade é muito mais que débito e crédito.
13. Incentivar e inspirar outros blogueiros.
14. É muito legal! (como fui esquecer este?)
Preços
Desde o início do Plano Real, os preços no Brasil tiveram um aumento de 513%. Isto significa uma média de 7,5% ao ano. O interessante é a diferença no comportamento dos preços "livres" e daqueles "monitorados". Neste último grupo tem-se todos os produtos e serviços que são, de certa forma, tabelados: água, luz, IPTU, transporte público, planos de saúde, pedágios e outros. Ou seja, são produtos/serviços que o governo deveria ter o interesse social em controlar os preços.
A diferença aumenta com a estabilização efetiva, após 1997. E aumenta a partir de 2003, com o início do governo Lula.
A diferença aumenta com a estabilização efetiva, após 1997. E aumenta a partir de 2003, com o início do governo Lula.
Década dos Memes
O Estado de S Paulo fez um apanhado de 50 memes da década. Começa com o gemidão do zap, passa pela Nazaré confusa, "para nossa alegria", Nissim Ourfali e por aí vai. Confesso que alguns eu não lembrava, mas a maioria sim.
O BuzzFed também fez um apanhado da década. Na classificação 40 tem o "Come to Brazil". Em 35, a Nazaré confusa.
Aqui no blog temos aproveitado bastante dos memes. Eis um exemplo:
O BuzzFed também fez um apanhado da década. Na classificação 40 tem o "Come to Brazil". Em 35, a Nazaré confusa.
Aqui no blog temos aproveitado bastante dos memes. Eis um exemplo:
01 janeiro 2020
Taxação Ótima com vieses comportamentais
Resumo:
This paper develops a theory of optimal taxation with behavioral agents. We use a general behavioral framework that encompasses a wide range of behavioral biases such as misperceptions, internalities and mental accounting. We revisit the three pillars of optimal taxation: Ramsey (linear commodity taxation to raise revenues and redistribute), Pigou (linear commodity taxation to correct externalities) and Mirrlees (nonlinear income taxation). We show how the canonical optimal tax formulas are modified and lead to a rich set of novel economic insights. We also show how to incorporate nudges in the optimal taxation frameworks, and jointly characterize optimal taxes and nudges. We explore the Diamond-Mirrlees productive efficiency result and the Atkinson-Stiglitz uniform commodity taxation proposition, and find that they are more likely to fail with behavioral agents. (JEL: D03, H21).
Farhi, Emmanuel, and Xavier Gabaix. 2020. "Optimal Taxation with Behavioral Agents." American Economic Review, 110 (1): 298-336.DOI: 10.1257/aer.20151079
This paper develops a theory of optimal taxation with behavioral agents. We use a general behavioral framework that encompasses a wide range of behavioral biases such as misperceptions, internalities and mental accounting. We revisit the three pillars of optimal taxation: Ramsey (linear commodity taxation to raise revenues and redistribute), Pigou (linear commodity taxation to correct externalities) and Mirrlees (nonlinear income taxation). We show how the canonical optimal tax formulas are modified and lead to a rich set of novel economic insights. We also show how to incorporate nudges in the optimal taxation frameworks, and jointly characterize optimal taxes and nudges. We explore the Diamond-Mirrlees productive efficiency result and the Atkinson-Stiglitz uniform commodity taxation proposition, and find that they are more likely to fail with behavioral agents. (JEL: D03, H21).
Farhi, Emmanuel, and Xavier Gabaix. 2020. "Optimal Taxation with Behavioral Agents." American Economic Review, 110 (1): 298-336.DOI: 10.1257/aer.20151079
Queda de Isabel dos Santos
Isabel dos Santos nasceu em 1973 e é a mulher mais rica da África. Como ela conseguiu a fortuna? Sendo filha de José Eduardo dos Santos, que ficou no poder em Angola entre 1979 a 2017, Isabel teve bastante ajuda desta condição. Há controvérsia sobre o tamanho de sua fortuna, mas em 2013 foi estimada pela Forbes em 2 bilhões de dólares.
Com o término do governo de Santos, o poder de Isabel também sofreu. Desde 2018, o governo tem tentado executar Isabel por corrupção. No passado ela foi presidente da Petrobras de Angola, a Sonangol.
Agora, a justiça de Angola arrestou suas contas bancárias e participações em empresas angolanas. O Tribunal afirmou que está provado que Isabel foi favorecida nos seus negócios. Mas ela diz desconhecer o teor das acusações.
Com o término do governo de Santos, o poder de Isabel também sofreu. Desde 2018, o governo tem tentado executar Isabel por corrupção. No passado ela foi presidente da Petrobras de Angola, a Sonangol.
Agora, a justiça de Angola arrestou suas contas bancárias e participações em empresas angolanas. O Tribunal afirmou que está provado que Isabel foi favorecida nos seus negócios. Mas ela diz desconhecer o teor das acusações.
Tempo na implementação
Em um discurso feito em 10 de dezembro, o Chairman do Fasb, Russell Golden, fez uma afirmação
Today, I´m proud to say the Fasb devotes about 40% of our resources to implementation support
Golden tentou destacar o esforço que o regulador dedica na fase após a norma ser emitida. Mas não parece que existe uma ineficiência? Se quase metade dos recursos são gastos na fase de implementação, o problema não seria a qualidade da norma?
Today, I´m proud to say the Fasb devotes about 40% of our resources to implementation support
Golden tentou destacar o esforço que o regulador dedica na fase após a norma ser emitida. Mas não parece que existe uma ineficiência? Se quase metade dos recursos são gastos na fase de implementação, o problema não seria a qualidade da norma?
31 dezembro 2019
Normas contábeis e o longo prazo
Em uma palestra no final do ano, o presidente do Iasb tratou da relação entre padrões contábeis e o longo prazo. Hans Hoogervorst (foto) falou no nono simpósio de pesquisa contábil da Autorité des Normes Comptables (ANC) em Paris, França. Seu tema foi a influência de padrões de elevada qualidade para apoiar investimentos de longo prazo.
Inicialmente seu discurso chamou a atenção para os números não-GAAP, calculados pela administração. Seu raciocínio foi o seguinte: os problemas das medidas de não-GAAP decorre dos incentivos ao curto prazo e a forma de combater é com melhores normas. Para isto, o projeto de Primary Financial Statements e da Management Commentary Practice Statement são cruciais.
O projeto das demonstrações contábeis tem o foco na classificação do lucro. Segundo Hoogervorst, as
empresas precisam de ter subtotais que expliquem melhor as estratégias operacionais e o desempenho. Esta seria, inclusive, uma das razões da proliferação das medidas não-GAAP. O Iasb propôs uma minuta neste sentido.
O projeto do Management Commentary procura definir melhor como os aspectos da estratégia de longo prazo, que escapam das demonstrações financeiras, devem ser informados. Isto inclui o modelo de negócio, os recursos intangíveis e o impacto ambiental.
O restante do discurso foi uma defesa ao IFRS 9. Na verdade, mais de 50% do discurso foi sobre isto. Seria um sinal de que algo deu errado na implantação?
Veja o discurso aqui
Inicialmente seu discurso chamou a atenção para os números não-GAAP, calculados pela administração. Seu raciocínio foi o seguinte: os problemas das medidas de não-GAAP decorre dos incentivos ao curto prazo e a forma de combater é com melhores normas. Para isto, o projeto de Primary Financial Statements e da Management Commentary Practice Statement são cruciais.
O projeto das demonstrações contábeis tem o foco na classificação do lucro. Segundo Hoogervorst, as
empresas precisam de ter subtotais que expliquem melhor as estratégias operacionais e o desempenho. Esta seria, inclusive, uma das razões da proliferação das medidas não-GAAP. O Iasb propôs uma minuta neste sentido.
O projeto do Management Commentary procura definir melhor como os aspectos da estratégia de longo prazo, que escapam das demonstrações financeiras, devem ser informados. Isto inclui o modelo de negócio, os recursos intangíveis e o impacto ambiental.
O restante do discurso foi uma defesa ao IFRS 9. Na verdade, mais de 50% do discurso foi sobre isto. Seria um sinal de que algo deu errado na implantação?
Veja o discurso aqui
Jones no Fasb
O mandato do presidente do Fasb, Russel Golden, termina na metade de 2020. A fundação que comanda o Fasb, uma entidade do terceiro setor que elabora normas contábeis para os Estados Unidos, anunciou que Richard Jones irá substitui-lo. Se Golden era ex-funcionário da Deloitte e está na presidência do Fasb desde meados de 2013, Jones é proveniente da EY, onde está desde 1987. Ele é graduado pela University of New York. Na EY ele ocupou vários cargos e chegou a participar do Fasac, um braço do Fasb.
O anúncio foi feito há duas semanas pelo FAF. Jones deu a seguinte declaração
O processo independente de definição de padrões é um ativo nacional e é fundamental para nossos mercados financeiros robustos. Estou ansioso para me juntar aos meus novos colegas para continuar a missão de estabelecer e melhorar os padrões contábeis e educar as partes interessadas sobre como implementá-las com sucesso.
O primeiro mandato de Jones vai até meados de 2023, podendo ser novamente conduzido ao posto por mais três anos.
O anúncio foi feito há duas semanas pelo FAF. Jones deu a seguinte declaração
O processo independente de definição de padrões é um ativo nacional e é fundamental para nossos mercados financeiros robustos. Estou ansioso para me juntar aos meus novos colegas para continuar a missão de estabelecer e melhorar os padrões contábeis e educar as partes interessadas sobre como implementá-las com sucesso.
O primeiro mandato de Jones vai até meados de 2023, podendo ser novamente conduzido ao posto por mais três anos.
Fake News
Utilizo o vídeo do discurso feito por Nicolae Ceausescu na véspera do Natal nas minhas aulas de Economia da Informação. Um protesto realizado na cidade de Timisoara, na Romênia, no dia 17 de dezembro de 1989, foi atacado por tiros por pessoas ligadas ao governo comunista. Não se sabe quantos morreram, mas no dia seguinte, o ditador foi visitar o Irã, deixando a situação para ser resolvida por seus subordinados e sua espora. No dia 20, ao retornar à Romênia, Ceausescu encontrou um clima tenso e falou, para televisão estatal, que os eventos ocorridos em Timisoara era um interferência externa na Romênia. A imprensa não apresentava informação sobre os eventos e as pessoas começaram a sintonizar estações de rádios como Voz da América. No dia seguinte, dia 21, organiza-se uma "manifestação de apoio espontânea".
O discurso que Ceausescu fez neste dia passou para a história. Ele pode ser acompanhado abaixo:
O discurso ocorreu em Bucarest, na Praça da Revolução. As pessoas que estavam presentes receberam bandeiras da Romênia e fotografias de Ceausescu e sua esposa, Elena. A plateia era de 80 mil pessoas, que receberiam ordem de quando aplaudir e quando cantar. Na frente, membros do Partido Comunista, que agiam como animadores.
Aparentemente alguns tiros foram disparados. Os trabalhadores no fundo começaram a gritar: Ti - mi - soa - ra e alguns outros entoaram a palavra. Tentando silenciar a multidão, Ceausescu levanta a mão direita. Sua expressão de espanto mostrava que o ditador parecia não acreditar no que estava ocorrendo. Alguns começaram a deixar a praça; Ceausescu e Elena tentaram ordenar que as pessoas permanecessem sentadas. Para acalmar as pessoas, ele fala em aumento de salário e benefícios para as famílias. A fraqueza do regime estava exposta. O rei estava nu.
No Natal, Ceausescu e Elena foram capturados, julgados, condenados e fuzilados.
Gosto deste exemplo, pois é um exemplo do custo da supressão. Agora, fico sabendo que uma parte das notícias sobre Timisoara era uma farsa. Quando Ceausescu foi preso, o público fica sabendo da existência de corpos cobertos de mutilações atribuídas à polícia romena. No cemitério de Temisoara foram descobertos corpos, provas da repressão. Seriam mais de 60 mil mortos, número reduzido para menos de mil tempos depois.
Foi necessário esperar o mês de janeiro para que o balanço fosse avaliado e a mentira do cemitério fosse revelada: os cadáveres eram de pessoas mortas antes dos eventos e depois desenterradas.
Em 22 de dezembro, magistrados romenos e médicos legistas examinaram os cadáveres do cemitério e constataram que as mortes aconteceram muito antes do levante, explicou Balan à AFP. (...)
“A revolução romena também era um imaginário coletivo, um cenário, estávamos esperando por essas imagens, pois Ceausescu era um ditador sanguinário”, analisa o historiador e especialista em mídia Christian Delporte.
“Quando você quer acreditar em alguma coisa, encontra todas as razões para acreditar nela e a natureza onipresente dessa família Ceausescu aumentou a ideia de que tudo era possível”, observa Michel Castex.
Procurar furos, o espetacular, a pressão da concorrência: todos os ingredientes estavam lá para levar ao que a associação Repórteres Sem Fronteiras chamou de “um dos maiores enganos da história da mídia moderna”, que provocou danos à credibilidade da mídia.
O discurso que Ceausescu fez neste dia passou para a história. Ele pode ser acompanhado abaixo:
O discurso ocorreu em Bucarest, na Praça da Revolução. As pessoas que estavam presentes receberam bandeiras da Romênia e fotografias de Ceausescu e sua esposa, Elena. A plateia era de 80 mil pessoas, que receberiam ordem de quando aplaudir e quando cantar. Na frente, membros do Partido Comunista, que agiam como animadores.
Aparentemente alguns tiros foram disparados. Os trabalhadores no fundo começaram a gritar: Ti - mi - soa - ra e alguns outros entoaram a palavra. Tentando silenciar a multidão, Ceausescu levanta a mão direita. Sua expressão de espanto mostrava que o ditador parecia não acreditar no que estava ocorrendo. Alguns começaram a deixar a praça; Ceausescu e Elena tentaram ordenar que as pessoas permanecessem sentadas. Para acalmar as pessoas, ele fala em aumento de salário e benefícios para as famílias. A fraqueza do regime estava exposta. O rei estava nu.
No Natal, Ceausescu e Elena foram capturados, julgados, condenados e fuzilados.
Gosto deste exemplo, pois é um exemplo do custo da supressão. Agora, fico sabendo que uma parte das notícias sobre Timisoara era uma farsa. Quando Ceausescu foi preso, o público fica sabendo da existência de corpos cobertos de mutilações atribuídas à polícia romena. No cemitério de Temisoara foram descobertos corpos, provas da repressão. Seriam mais de 60 mil mortos, número reduzido para menos de mil tempos depois.
Foi necessário esperar o mês de janeiro para que o balanço fosse avaliado e a mentira do cemitério fosse revelada: os cadáveres eram de pessoas mortas antes dos eventos e depois desenterradas.
Em 22 de dezembro, magistrados romenos e médicos legistas examinaram os cadáveres do cemitério e constataram que as mortes aconteceram muito antes do levante, explicou Balan à AFP. (...)
“A revolução romena também era um imaginário coletivo, um cenário, estávamos esperando por essas imagens, pois Ceausescu era um ditador sanguinário”, analisa o historiador e especialista em mídia Christian Delporte.
“Quando você quer acreditar em alguma coisa, encontra todas as razões para acreditar nela e a natureza onipresente dessa família Ceausescu aumentou a ideia de que tudo era possível”, observa Michel Castex.
Procurar furos, o espetacular, a pressão da concorrência: todos os ingredientes estavam lá para levar ao que a associação Repórteres Sem Fronteiras chamou de “um dos maiores enganos da história da mídia moderna”, que provocou danos à credibilidade da mídia.
30 dezembro 2019
Desenvolvimento tecnológico na contabilidade
O texto a seguir foi publicado pelo El País com Susana Duran, que trabalha na Sage. O texto chama Susana de mãe dos robôs contábeis. No final ela lista apps que utiliza.
Las apps de la madre de los robots contables
Por
Patricia Coll Rubio
Susana Duran dirige el laboratorio encargado del desarrollo de tecnología puntera de Sage.
Recién recuperada del jet lag tras volver de Seattle (Estados Unidos), Susana Duran (Barcelona, 1975) dice que vuelve “sorprendida” de los últimos avances en inteligencia artificial de Microsoft y Amazon. Está explorando vías “de colaboración” con esos gigantes tecnológicos en nombre del Centro de Excelencia de Mobile Bots que dirige en Sage. “En lo que se está avanzando es en hacer la inteligencia artificial más humana y, a la vez, en automatizar tareas para ayudar a las personas. La cosa ya no va de robots sin sentimientos”, asegura la directiva de la multinacional especializada en soluciones de gestión empresarial.
Pone como ejemplo la aplicación Seeing AI de Microsoft, que emplea el reconocimiento facial y de vídeo para facilitar la vida de las personas invidentes. “Sustituye los sentidos humanos por la cámara, que te va diciendo dónde tienes que ir, lee por ti, te describe lo que ve la cámara de tu móvil… Lo que más me gustó es esta dimensión humana”, destaca. En Las Vegas presentó junto al director de tecnología global de Sage, Aaron Harris, “un nuevo asistente integrado” de contabilidad desarrollado por el laboratorio que lidera desde Barcelona.
El equipo de Duran está centrado en innovar en el ámbito de las aplicaciones móviles y los bots. “Nos dedicamos a gestionar todas estas soluciones tecnológicas de Sage y a analizar buenas prácticas de manejo de las mismas”, recuerda su directora. El nacimiento de este laboratorio surgió de una iniciativa de la propia Duran que, a los tres meses de aterrizar en la multinacional, propuso un proyecto de integración de la cartera de aplicaciones móviles de la compañía. “Presenté el problema, que era que cada país desarrollaba sus aplicaciones, y me ofrecí para empezar a trabajar en ello, así que me dieron un pequeño voto de confianza”, recuerda orgullosa.
La fe de la compañía en esta ingeniera barcelonesa se ha ido ampliando con el tiempo. Actualmente, además de dirigir el laboratorio de tecnología al que reportan ingenieros de toda la empresa, Sage la acaba de nombrar technical fellow, un título que las empresas tecnológicas conceden a los directivos que mejor representan a la compañía para que dediquen parte de su tiempo a asistir a eventos, a “evangelizar”. Es la única mujer de los cinco empleados de la multinacional con dicha distinción. “Por mirarlo desde el lado positivo, al menos hay una mujer”, puntualiza la directiva, que en sus ratos libres está comprometida en fomentar la participación de la mujer en el ámbito tecnológico. “Colaboro con Women in Mobile, una organización que tiene como objetivo visibilizar a la mujer a través de un evento anual paralelo al Mobile World Congress”, explica. “Aunque la concienciación por la igualdad de género va mejorando respecto a cuando yo empecé, en la mayoría de encuentros tecnológicos sigo siendo la única mujer”, lamenta. Por eso, cree que debe poner su granito de arena y empujar un poco, porque, de lo contrario, “las cosas no cambian solas”.
Para trabajar, relajarse y añadir un poco de magia a la realidad
1. LINKEDIN.- “Me permite mantenerme al día y contactar con conocidos y desconocidos”.
2. MAIL.- “Sin el correo electrónico desgraciadamente no se puede vivir. Mi teléfono dice que es la aplicación que más utilizo”.
3. SLACK.- “Estoy enganchada a la mensajería instantánea. Slack es la que utilizo para el trabajo, porque funciona muy bien para hacer preguntas rápidas”.
4. HEADSPACE.- “Esta aplicación de relajación tiene cursos y grupos de relajación en directo. También te ayuda a dormir contándote historias”.
5. WIZARDS UNITE.- “Me atrae la realidad aumentada porque es una manera de añadirle ciencia fi cción a la vida, en este caso, un poco de magia. Es un juego tipo Pokemon Go, pero de Harry Potter. Me gusta mucho, no solo porque me haya leído todos los libros de la saga, sino sobre todo porque aprecio que me haga moverme y que cambie en función de donde esté. Ideal para desconectar de la cruda realidad”.
6. SMASH HIT.- “Simplicidad y desconexión. Es un juego sencillo en el que has de romper cristales, estar atento, potenciar tus refl ejos. No necesita conexión.”
7. AMAZON GO- “La utilizo cuando estoy en San Francisco o Seattle, ya que de momento no está en muchas ciudades. La sensación de comprar en la tienda sin cajeros de Amazon es curiosa. La primera vez, para probar, cogí una lata de café con leche, me la metí en el bolso y salí. Sentí que estaba robando y me entraron dudas sobre si me habrían cobrado el producto o no. A los pocos segundos, recibí el recibo de compra. Está lleno de cámaras que no se ven, que te observan continuamente”.
8. EVERNOTE.- “Soy muy de libreta y al principio me daba apuro no utilizar dispositivos electrónicos. He descubierto esta aplicación que me permite tomar notas de forma ordenada y sincronizarlas en mis dos portátiles, mi móvil y mi tablet, en la que escribo mis notas a mano y dibujo esquemas”.
9. SAGE – CONTABILIDAD.- “Ayuda a autónomos y pequeñas empresas a llevar la contabilidad. La tengo para ser la primera en probar todo lo que hacemos”.
Fonte: El País
Las apps de la madre de los robots contables
Por
Patricia Coll Rubio
Susana Duran dirige el laboratorio encargado del desarrollo de tecnología puntera de Sage.
Recién recuperada del jet lag tras volver de Seattle (Estados Unidos), Susana Duran (Barcelona, 1975) dice que vuelve “sorprendida” de los últimos avances en inteligencia artificial de Microsoft y Amazon. Está explorando vías “de colaboración” con esos gigantes tecnológicos en nombre del Centro de Excelencia de Mobile Bots que dirige en Sage. “En lo que se está avanzando es en hacer la inteligencia artificial más humana y, a la vez, en automatizar tareas para ayudar a las personas. La cosa ya no va de robots sin sentimientos”, asegura la directiva de la multinacional especializada en soluciones de gestión empresarial.
Pone como ejemplo la aplicación Seeing AI de Microsoft, que emplea el reconocimiento facial y de vídeo para facilitar la vida de las personas invidentes. “Sustituye los sentidos humanos por la cámara, que te va diciendo dónde tienes que ir, lee por ti, te describe lo que ve la cámara de tu móvil… Lo que más me gustó es esta dimensión humana”, destaca. En Las Vegas presentó junto al director de tecnología global de Sage, Aaron Harris, “un nuevo asistente integrado” de contabilidad desarrollado por el laboratorio que lidera desde Barcelona.
El equipo de Duran está centrado en innovar en el ámbito de las aplicaciones móviles y los bots. “Nos dedicamos a gestionar todas estas soluciones tecnológicas de Sage y a analizar buenas prácticas de manejo de las mismas”, recuerda su directora. El nacimiento de este laboratorio surgió de una iniciativa de la propia Duran que, a los tres meses de aterrizar en la multinacional, propuso un proyecto de integración de la cartera de aplicaciones móviles de la compañía. “Presenté el problema, que era que cada país desarrollaba sus aplicaciones, y me ofrecí para empezar a trabajar en ello, así que me dieron un pequeño voto de confianza”, recuerda orgullosa.
La fe de la compañía en esta ingeniera barcelonesa se ha ido ampliando con el tiempo. Actualmente, además de dirigir el laboratorio de tecnología al que reportan ingenieros de toda la empresa, Sage la acaba de nombrar technical fellow, un título que las empresas tecnológicas conceden a los directivos que mejor representan a la compañía para que dediquen parte de su tiempo a asistir a eventos, a “evangelizar”. Es la única mujer de los cinco empleados de la multinacional con dicha distinción. “Por mirarlo desde el lado positivo, al menos hay una mujer”, puntualiza la directiva, que en sus ratos libres está comprometida en fomentar la participación de la mujer en el ámbito tecnológico. “Colaboro con Women in Mobile, una organización que tiene como objetivo visibilizar a la mujer a través de un evento anual paralelo al Mobile World Congress”, explica. “Aunque la concienciación por la igualdad de género va mejorando respecto a cuando yo empecé, en la mayoría de encuentros tecnológicos sigo siendo la única mujer”, lamenta. Por eso, cree que debe poner su granito de arena y empujar un poco, porque, de lo contrario, “las cosas no cambian solas”.
Para trabajar, relajarse y añadir un poco de magia a la realidad
1. LINKEDIN.- “Me permite mantenerme al día y contactar con conocidos y desconocidos”.
2. MAIL.- “Sin el correo electrónico desgraciadamente no se puede vivir. Mi teléfono dice que es la aplicación que más utilizo”.
3. SLACK.- “Estoy enganchada a la mensajería instantánea. Slack es la que utilizo para el trabajo, porque funciona muy bien para hacer preguntas rápidas”.
4. HEADSPACE.- “Esta aplicación de relajación tiene cursos y grupos de relajación en directo. También te ayuda a dormir contándote historias”.
5. WIZARDS UNITE.- “Me atrae la realidad aumentada porque es una manera de añadirle ciencia fi cción a la vida, en este caso, un poco de magia. Es un juego tipo Pokemon Go, pero de Harry Potter. Me gusta mucho, no solo porque me haya leído todos los libros de la saga, sino sobre todo porque aprecio que me haga moverme y que cambie en función de donde esté. Ideal para desconectar de la cruda realidad”.
6. SMASH HIT.- “Simplicidad y desconexión. Es un juego sencillo en el que has de romper cristales, estar atento, potenciar tus refl ejos. No necesita conexión.”
7. AMAZON GO- “La utilizo cuando estoy en San Francisco o Seattle, ya que de momento no está en muchas ciudades. La sensación de comprar en la tienda sin cajeros de Amazon es curiosa. La primera vez, para probar, cogí una lata de café con leche, me la metí en el bolso y salí. Sentí que estaba robando y me entraron dudas sobre si me habrían cobrado el producto o no. A los pocos segundos, recibí el recibo de compra. Está lleno de cámaras que no se ven, que te observan continuamente”.
8. EVERNOTE.- “Soy muy de libreta y al principio me daba apuro no utilizar dispositivos electrónicos. He descubierto esta aplicación que me permite tomar notas de forma ordenada y sincronizarlas en mis dos portátiles, mi móvil y mi tablet, en la que escribo mis notas a mano y dibujo esquemas”.
9. SAGE – CONTABILIDAD.- “Ayuda a autónomos y pequeñas empresas a llevar la contabilidad. La tengo para ser la primera en probar todo lo que hacemos”.
Fonte: El País
Aumenta o passivo da União
O governo federal viu disparar, nos últimos anos, o risco de perder ações na Justiça com impacto direto nos cofres públicos. As ações judiciais com risco de perda classificado como provável pela União cresceram quase oito vezes desde 2014 e somam R$ 634 bilhões neste ano. Há cinco anos, esse valor era de 81 bilhões.
Os dados fazem parte de um relatório do Tesouro Nacional que analisa os riscos fiscais para o governo federal, divulgado nesta sexta-feira. O documento avalia o risco de a União ter que gastar mais que o previsto no Orçamento por conta de demandas judiciais ou mesmo outros fatores.
O volume estimado de perda provável é bem maior que os R$ 403 bilhões que o governo considera provável receber dos devedores incluídos na dívida ativa da União.
O principal motivo para a disparada nos riscos da União foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tirou o ICMS da base da cálculo do PIS e da Cofins. A perda, só nesse caso, está estimada em R$ 246 bilhões. O Supremo ainda vai definir a aplicação dessa decisão. Será preciso definir, por exemplo, se o governo precisará devolver dinheiro para quem pagou imposto a mais.
De 2014 até 2019, os processos contra a União cresceram no total 290%, passando de R$ 559 bilhões para R$ 2,1 trilhões. Nessa conta estão também processos que o governo classifica como perda “possível”.
Daquele montante, enquanto 71% (R$ 1,5 trilhão) se referem a ações de risco possível, 29% (R$ 634 bilhões) diz respeito a ações classificadas com risco de perda provável.
“O comportamento crescente dos valores de passivos contingentes relacionados às demandas judiciais contra a União revela a necessidade de uma especial atenção ao tema”, diz o texto.
Os efeitos orçamentários e financeiros das decisões só se darão no fim do julgamento, com o pagamento das dívidas pela União. Mas isso também tem crescido.
Enquanto em 2014 os pagamentos referentes as ações judiciais ficaram em R$ 19,8 bilhões, em 2018 chegaram a R$ 38,2 bilhões (crescimento de 93%), representando 2,8% de todas as despesas do governo federal. Em 2019, apenas até junho, atingiram R$ 31,6 bilhões, podendo fechar o exercício em R$ 42 bilhões. Para 2020, esse gasto pode chegar a R$ 53 bilhões.
“Considerando que os gastos decorrentes de ações judiciais são despesas primárias (ou seja, são valores que entram na contabilidade federal), a sua trajetória ascendente revela-se ameaçadora do equilíbrio fiscal brasileiro, impactando diretamente importantes parâmetros fiscais, como o teto de gastos e a própria meta de resultado primário”, destaca o relatório.
Fonte: Aqui
Os dados fazem parte de um relatório do Tesouro Nacional que analisa os riscos fiscais para o governo federal, divulgado nesta sexta-feira. O documento avalia o risco de a União ter que gastar mais que o previsto no Orçamento por conta de demandas judiciais ou mesmo outros fatores.
O volume estimado de perda provável é bem maior que os R$ 403 bilhões que o governo considera provável receber dos devedores incluídos na dívida ativa da União.
O principal motivo para a disparada nos riscos da União foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tirou o ICMS da base da cálculo do PIS e da Cofins. A perda, só nesse caso, está estimada em R$ 246 bilhões. O Supremo ainda vai definir a aplicação dessa decisão. Será preciso definir, por exemplo, se o governo precisará devolver dinheiro para quem pagou imposto a mais.
De 2014 até 2019, os processos contra a União cresceram no total 290%, passando de R$ 559 bilhões para R$ 2,1 trilhões. Nessa conta estão também processos que o governo classifica como perda “possível”.
Daquele montante, enquanto 71% (R$ 1,5 trilhão) se referem a ações de risco possível, 29% (R$ 634 bilhões) diz respeito a ações classificadas com risco de perda provável.
“O comportamento crescente dos valores de passivos contingentes relacionados às demandas judiciais contra a União revela a necessidade de uma especial atenção ao tema”, diz o texto.
Os efeitos orçamentários e financeiros das decisões só se darão no fim do julgamento, com o pagamento das dívidas pela União. Mas isso também tem crescido.
Enquanto em 2014 os pagamentos referentes as ações judiciais ficaram em R$ 19,8 bilhões, em 2018 chegaram a R$ 38,2 bilhões (crescimento de 93%), representando 2,8% de todas as despesas do governo federal. Em 2019, apenas até junho, atingiram R$ 31,6 bilhões, podendo fechar o exercício em R$ 42 bilhões. Para 2020, esse gasto pode chegar a R$ 53 bilhões.
“Considerando que os gastos decorrentes de ações judiciais são despesas primárias (ou seja, são valores que entram na contabilidade federal), a sua trajetória ascendente revela-se ameaçadora do equilíbrio fiscal brasileiro, impactando diretamente importantes parâmetros fiscais, como o teto de gastos e a própria meta de resultado primário”, destaca o relatório.
Fonte: Aqui
Oito fracassos/escândalos de 2019
O ano não foi fácil para as empresas. No Brasil, o ano começou com o rompimento em uma barragem da Vale em Brumadinho, MG, que deixou centenas de mortos, e se encerra com uma briga na Odebrecht, entre o pai, Emílio Odebrecht, e filho, Marcelo.
Multinacionais também tomaram as manchetes, como o WeWork, que viu seu valor de mercado derreter depois do fracasso de seu IPO, o Facebook, levado a depor sobre a criação de sua criptomoeda Libra, e a Boeing, que busca se reerguer após dois acidentes fatais com o seu avião 737 Max.
Relembre abaixo 8 fracassos e escândalos empresariais que ocorreram durante o ano de 2019.
Vale
No dia 25 de janeiro, uma barragem de uma mina da Vale em Brumadinho, MG, estourou, deixando 256 mortos, 14 desaparecidos e um grande desastre ambiental. O rompimento levou à troca de presidência: o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, e três diretores da mineradora solicitaram em março o afastamento temporário do comando da companhia. Desde abril, a mineradora é liderada por Eduardo Bartolomeo.
A companhia finalizou, em dezembro, uma investigação sobre as origens do incidente e concluiu que a causa foi a “liquefação estática dos rejeitos” na estrutura.
A Vale estima que, este ano, terá desembolsado 1,6 bilhão de dólares, cerca de 6,55 bilhões de reais, com reparação, indenizações e despesas pelo desastre. Recentemente, a mineradora voltou a apresentar metas de produção de minério de ferro, já que a ordem nos últimos meses era concentrar os esforços na reparação dos danos ambientais e na indenização às vítimas.
WeWork
A saída do fundador Adam Neumann do cargo de CEO da empresa de aluguel de escritórios foi o clímax de uma crise que levou a empresa a perder bilhões em valor de mercado. Em setembro, Neumann deixou o cargo pressionado pelo maior acionista da WeWork, o conglomerado japonês Softbank, levando em troca um pagamento de 1,7 bilhão de dólares.
Depois da fracassada tentativa de fazer uma oferta inicial de ações (IPO, em inglês), que deveria ter acontecido em setembro, a empresa correu o risco de ficar sem caixa e recebeu uma ajuda de mais 10 bilhões de dólares do Softbank. As negociações com bancos para o socorro foram paralisadas hoje, o que complica ainda mais a situação da empresa.
De valor de mercado de 47 bilhões de dólares, o valuation caiu para 8 bilhões de dólares. A WeWork anunciou que vai demitir cerca de 2.400 funcionários no mundo, em estratégia de redução de custos para estabilizar sua operação de escritórios compartilhados.
Correios
A Polícia Federal desarticulou, em setembro, um esquema de fraudes nos Correios que causaram prejuízos de 13 milhões de reais.
A operação Postal Off envolveu 110 policiais e teve início em Santa Catarina em novembro de 2018, quando foi apurado o primeiro indício dos crimes praticados pelo grupo criminoso e que contava com a participação de funcionários dos Correios.
Em nota, os Correios informam que “estão colaborando plenamente com as autoridades. A empresa permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos. Os Correios reafirmam o seu compromisso com a ética, a integridade e a transparência.”
Os Correios estão entre as empresas visadas para privatização no governo Bolsonaro, processo que inclusive levou à troca de presidência na estatal.
Libra (e o Facebook)
O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, foi convocado pela comissão de serviços financeiros da Câmara a prestar esclarecimentos sobre a libra, a criptomoeda liderada pelo Facebook.
Anunciado em junho, o projeto reúne mais de 20 empresas na chamada Associação Libra. A expectativa era lançar a moeda no ano que vem, mas o plano vem sendo criticado por pontos que vão desde os problemas de privacidade do Facebook quanto à possibilidade de a moeda desestabilizar o sistema financeiro mundial ou ser usada para lavar dinheiro.
A empresa correu a dizer ontem que não é dona da libra. No mês passado, empresas como Mastercard e Visa, as duas principais bandeiras de cartão, e o sistema de pagamentos PayPal deixaram a associação.
Zuckerberg também sofre críticas ao não banir anúncios políticos da rede social. Em um discurso em outubro, ele afirmou que, embora tenha havido ataques de fake news comprovados em países como Irã, Rússia e China, segundo o executivo, suas redes sempre defenderão a “liberdade de expressão”.
Avianca Brasil
A Avianca Brasil, oficialmente OceanAir Linhas Aéreas, parou de voar em maio deste ano, deixando mais de 2.000 funcionários desempregados e milhares de clientes sem informações.
Em recuperação judicial desde dezembro do ano passado, os maiores ativos da companhia aérea eram os seus slots, ou direitos de pouso e decolagem, em aeroportos concorridos. Foram meses da novela de distribuição dos slots (horários de pouso e decolagem) da Avianca no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A disputa envolveu um leilão dos ativos para a Gol e a Latam, não aceito pela Anac, brigas entre credores e entre as próprias companhias aéreas.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) finalmente anunciou em agosto que os 41 slots ficarão com Azul, Map e Passaredo. Logo em seguida, a até então desconhecida Passaredo anunciou a aquisição da MAP, ampliando sua presença em Congonhas.
Ignorando os estragos, sua empresa-irmã, a colombiana Avianca Holdings, diz que quer “virar essa página” e fortalecer seus laços com o Brasil e assinou tratados de codeshare com a Azul e a Gol.
Tanto a Avianca Brasil como a Avianca Holdings têm como maior acionista o Synergy Group, grupo dos irmãos bolivianos naturalizados brasileiros Germán e José Efromovich.
Oi
A operadora de telefonia Oi, em recuperação judicial desde 2016, teve um 2019 dos mais atribulados do capitalismo brasileiro, culminando com o anúncio da mudança na presidência. O presidente da Oi, Eurico Teles, até então visto como o salvador da empresa e líder de sua reestruturação, irá deixar o comando no final de janeiro de 2020.
O anúncio foi feito em 10 de dezembro, no mesmo dia em que a companhia sofreu um mandado de busca e apreensão na Operação Mapa da Mina, nova fase da Lava Jato. A operação investiga contratos da Oi com o filho de Lula, o empresário Fábio Luís Lula da Silva, para benefício da companhia durante a negociação de compra da Telemar.
A companhia negou que a empresa tenha sido beneficiada pelos negócios mencionados pela PF. A Oi disse ainda que “atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades”.
A Oi passou por diversos obstáculos nos últimos meses, como a iminente falta de caixa para manter as operações, lentidão na venda de ativos e pressões de acionistas, além da investigação na Lava Jato.
Enquanto isso, trabalha no seu plano de recuperação. A operadora já conseguiu reverter 35 bilhões de reais de sua dívida de 65 bilhões de reais e planeja dobrar em 2020 seus investimentos no segmento corporativo.
Boeing
No início do mês, a Boeing decidiu suspender temporariamente, a partir de janeiro, a fabricação do polêmico modelo de avião 737 MAX, envolvido em dois acidentes que, ao todo, deixaram quase 350 mortos.
Segundo a investigação dos casos, esses acidentes com quase 350 mortos tiveram origem em um problema no software da aeronave e fizeram a Boeing entrar em uma crise sem precedentes.
Hoje, 23, a fabricante de aeronaves anunciou que irá realizar mudanças na diretoria. Dennis A. Muilenburg deixou o cargo de CEO e será substituído por David L. Calhoun, atual presidente do conselho de administração. A mudança passará a valer a partir de 13 de janeiro de 2020. De acordo com comunicado divulgado pela companhia, a nova liderança deve trazer um comprometimento renovado em transparência, além de buscar retomar o 737 Max.
Com a confiança do mercado abalada pelos acidentes, a Boeing entregou menos da metade do número de aeronaves nos primeiros onze meses de 2019 do que no mesmo período do ano passado, afetando seu balanço e toda sua cadeia de fornecedores.
Odebrecht
Além de uma recuperação judicial bilionária, ainda sem um plano aprovado pelos credores, a Odebrecht sofre com as disputas entre pai, Emílio Odebrecht, e filho, Marcelo.
Depois de ser demitido por justa causa e sem direito à indenização, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que carrega o nome de sua família, é alvo de uma investigação interna e corre risco de perder os benefícios da delação premiada que fez com o Ministério Público Federal (MF) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Marcelo estava afastado de qualquer função administrativa desde que foi preso em 2015, por conta da Operação Lava Jato. Porém, continuava na folha de pagamentos do grupo, recebendo 115 mil reais, além de benefícios como motorista e advogado.
Marcelo se sente injustiçado por ter sido condenado e preso, enquanto outros executivos que teriam cometido crimes, e não aderiram ao acordo de colaboração com o MPF, não passaram um dia na prisão.
Na semana passada, em entrevista ao jornal Valor Econômico, Ruy Sampaio respondeu às declarações de Marcelo e o acusou de chantagear a empresa justamente durante a assinatura do acordo de colaboração com MPF.
Fonte: Aqui
Multinacionais também tomaram as manchetes, como o WeWork, que viu seu valor de mercado derreter depois do fracasso de seu IPO, o Facebook, levado a depor sobre a criação de sua criptomoeda Libra, e a Boeing, que busca se reerguer após dois acidentes fatais com o seu avião 737 Max.
Relembre abaixo 8 fracassos e escândalos empresariais que ocorreram durante o ano de 2019.
Vale
No dia 25 de janeiro, uma barragem de uma mina da Vale em Brumadinho, MG, estourou, deixando 256 mortos, 14 desaparecidos e um grande desastre ambiental. O rompimento levou à troca de presidência: o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, e três diretores da mineradora solicitaram em março o afastamento temporário do comando da companhia. Desde abril, a mineradora é liderada por Eduardo Bartolomeo.
A companhia finalizou, em dezembro, uma investigação sobre as origens do incidente e concluiu que a causa foi a “liquefação estática dos rejeitos” na estrutura.
A Vale estima que, este ano, terá desembolsado 1,6 bilhão de dólares, cerca de 6,55 bilhões de reais, com reparação, indenizações e despesas pelo desastre. Recentemente, a mineradora voltou a apresentar metas de produção de minério de ferro, já que a ordem nos últimos meses era concentrar os esforços na reparação dos danos ambientais e na indenização às vítimas.
WeWork
A saída do fundador Adam Neumann do cargo de CEO da empresa de aluguel de escritórios foi o clímax de uma crise que levou a empresa a perder bilhões em valor de mercado. Em setembro, Neumann deixou o cargo pressionado pelo maior acionista da WeWork, o conglomerado japonês Softbank, levando em troca um pagamento de 1,7 bilhão de dólares.
Depois da fracassada tentativa de fazer uma oferta inicial de ações (IPO, em inglês), que deveria ter acontecido em setembro, a empresa correu o risco de ficar sem caixa e recebeu uma ajuda de mais 10 bilhões de dólares do Softbank. As negociações com bancos para o socorro foram paralisadas hoje, o que complica ainda mais a situação da empresa.
De valor de mercado de 47 bilhões de dólares, o valuation caiu para 8 bilhões de dólares. A WeWork anunciou que vai demitir cerca de 2.400 funcionários no mundo, em estratégia de redução de custos para estabilizar sua operação de escritórios compartilhados.
Correios
A Polícia Federal desarticulou, em setembro, um esquema de fraudes nos Correios que causaram prejuízos de 13 milhões de reais.
A operação Postal Off envolveu 110 policiais e teve início em Santa Catarina em novembro de 2018, quando foi apurado o primeiro indício dos crimes praticados pelo grupo criminoso e que contava com a participação de funcionários dos Correios.
Em nota, os Correios informam que “estão colaborando plenamente com as autoridades. A empresa permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos. Os Correios reafirmam o seu compromisso com a ética, a integridade e a transparência.”
Os Correios estão entre as empresas visadas para privatização no governo Bolsonaro, processo que inclusive levou à troca de presidência na estatal.
Libra (e o Facebook)
O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, foi convocado pela comissão de serviços financeiros da Câmara a prestar esclarecimentos sobre a libra, a criptomoeda liderada pelo Facebook.
Anunciado em junho, o projeto reúne mais de 20 empresas na chamada Associação Libra. A expectativa era lançar a moeda no ano que vem, mas o plano vem sendo criticado por pontos que vão desde os problemas de privacidade do Facebook quanto à possibilidade de a moeda desestabilizar o sistema financeiro mundial ou ser usada para lavar dinheiro.
A empresa correu a dizer ontem que não é dona da libra. No mês passado, empresas como Mastercard e Visa, as duas principais bandeiras de cartão, e o sistema de pagamentos PayPal deixaram a associação.
Zuckerberg também sofre críticas ao não banir anúncios políticos da rede social. Em um discurso em outubro, ele afirmou que, embora tenha havido ataques de fake news comprovados em países como Irã, Rússia e China, segundo o executivo, suas redes sempre defenderão a “liberdade de expressão”.
Avianca Brasil
A Avianca Brasil, oficialmente OceanAir Linhas Aéreas, parou de voar em maio deste ano, deixando mais de 2.000 funcionários desempregados e milhares de clientes sem informações.
Em recuperação judicial desde dezembro do ano passado, os maiores ativos da companhia aérea eram os seus slots, ou direitos de pouso e decolagem, em aeroportos concorridos. Foram meses da novela de distribuição dos slots (horários de pouso e decolagem) da Avianca no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A disputa envolveu um leilão dos ativos para a Gol e a Latam, não aceito pela Anac, brigas entre credores e entre as próprias companhias aéreas.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) finalmente anunciou em agosto que os 41 slots ficarão com Azul, Map e Passaredo. Logo em seguida, a até então desconhecida Passaredo anunciou a aquisição da MAP, ampliando sua presença em Congonhas.
Ignorando os estragos, sua empresa-irmã, a colombiana Avianca Holdings, diz que quer “virar essa página” e fortalecer seus laços com o Brasil e assinou tratados de codeshare com a Azul e a Gol.
Tanto a Avianca Brasil como a Avianca Holdings têm como maior acionista o Synergy Group, grupo dos irmãos bolivianos naturalizados brasileiros Germán e José Efromovich.
Oi
A operadora de telefonia Oi, em recuperação judicial desde 2016, teve um 2019 dos mais atribulados do capitalismo brasileiro, culminando com o anúncio da mudança na presidência. O presidente da Oi, Eurico Teles, até então visto como o salvador da empresa e líder de sua reestruturação, irá deixar o comando no final de janeiro de 2020.
O anúncio foi feito em 10 de dezembro, no mesmo dia em que a companhia sofreu um mandado de busca e apreensão na Operação Mapa da Mina, nova fase da Lava Jato. A operação investiga contratos da Oi com o filho de Lula, o empresário Fábio Luís Lula da Silva, para benefício da companhia durante a negociação de compra da Telemar.
A companhia negou que a empresa tenha sido beneficiada pelos negócios mencionados pela PF. A Oi disse ainda que “atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades”.
A Oi passou por diversos obstáculos nos últimos meses, como a iminente falta de caixa para manter as operações, lentidão na venda de ativos e pressões de acionistas, além da investigação na Lava Jato.
Enquanto isso, trabalha no seu plano de recuperação. A operadora já conseguiu reverter 35 bilhões de reais de sua dívida de 65 bilhões de reais e planeja dobrar em 2020 seus investimentos no segmento corporativo.
Boeing
No início do mês, a Boeing decidiu suspender temporariamente, a partir de janeiro, a fabricação do polêmico modelo de avião 737 MAX, envolvido em dois acidentes que, ao todo, deixaram quase 350 mortos.
Segundo a investigação dos casos, esses acidentes com quase 350 mortos tiveram origem em um problema no software da aeronave e fizeram a Boeing entrar em uma crise sem precedentes.
Hoje, 23, a fabricante de aeronaves anunciou que irá realizar mudanças na diretoria. Dennis A. Muilenburg deixou o cargo de CEO e será substituído por David L. Calhoun, atual presidente do conselho de administração. A mudança passará a valer a partir de 13 de janeiro de 2020. De acordo com comunicado divulgado pela companhia, a nova liderança deve trazer um comprometimento renovado em transparência, além de buscar retomar o 737 Max.
Com a confiança do mercado abalada pelos acidentes, a Boeing entregou menos da metade do número de aeronaves nos primeiros onze meses de 2019 do que no mesmo período do ano passado, afetando seu balanço e toda sua cadeia de fornecedores.
Odebrecht
Além de uma recuperação judicial bilionária, ainda sem um plano aprovado pelos credores, a Odebrecht sofre com as disputas entre pai, Emílio Odebrecht, e filho, Marcelo.
Depois de ser demitido por justa causa e sem direito à indenização, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que carrega o nome de sua família, é alvo de uma investigação interna e corre risco de perder os benefícios da delação premiada que fez com o Ministério Público Federal (MF) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Marcelo estava afastado de qualquer função administrativa desde que foi preso em 2015, por conta da Operação Lava Jato. Porém, continuava na folha de pagamentos do grupo, recebendo 115 mil reais, além de benefícios como motorista e advogado.
Marcelo se sente injustiçado por ter sido condenado e preso, enquanto outros executivos que teriam cometido crimes, e não aderiram ao acordo de colaboração com o MPF, não passaram um dia na prisão.
Na semana passada, em entrevista ao jornal Valor Econômico, Ruy Sampaio respondeu às declarações de Marcelo e o acusou de chantagear a empresa justamente durante a assinatura do acordo de colaboração com MPF.
Fonte: Aqui
29 dezembro 2019
Aplicativos de entrega e Refeição
A popularização dos aplicativos de entrega pode gerar uma boa discussão em sala de aula, com aplicação de conceitos de custos e margem.Um restaurante tradicional possui um custo de preparação da comida - próximo ao custo de produção de uma fábrica. Também possui uma grande despesa com pessoal, que inclui cozinheiro, garçom, administradores e outros. Para atrair clientela, o restaurante precisa investir em localização e design do ambiente. Este custo é fixo; no caso do design, o custo ocorre com uma certa periodicidade.
Uma alternativa é abrir um restaurante que serve somente os serviços de entrega, tipo iFood, Uber Eats, Rappi e outros. São denominados de "dark kitchens". O principal custo desta opção é o percentual para a empresa que faz a entrega. Algo que varia entre 15 a 30%. Mas existem custos que podem ser evitados, presentes em um restaurante tradicional. Eis uma lista: garçom (que elimina os 10%), localização (este custo não é totalmente eliminado, mas pode ser reduzido substancialmente), design do ambiente, entre outros.
Observe que a análise aqui é incremental, não sendo necessário analisar cada um dos custos existentes de um restaurante. Por exemplo, o custo de preparação da comida talvez não se altere substancialmente. Pelo contrário, pode até reduzir, com a eliminação de pratos e talheres.
Leia mais sobre o assunto em Madureira, Daniele. Aplicativos de entrega dão as ordens na cozinha. Valro, 11 de dezembro de 2019, p. B1
Uma alternativa é abrir um restaurante que serve somente os serviços de entrega, tipo iFood, Uber Eats, Rappi e outros. São denominados de "dark kitchens". O principal custo desta opção é o percentual para a empresa que faz a entrega. Algo que varia entre 15 a 30%. Mas existem custos que podem ser evitados, presentes em um restaurante tradicional. Eis uma lista: garçom (que elimina os 10%), localização (este custo não é totalmente eliminado, mas pode ser reduzido substancialmente), design do ambiente, entre outros.
Observe que a análise aqui é incremental, não sendo necessário analisar cada um dos custos existentes de um restaurante. Por exemplo, o custo de preparação da comida talvez não se altere substancialmente. Pelo contrário, pode até reduzir, com a eliminação de pratos e talheres.
Leia mais sobre o assunto em Madureira, Daniele. Aplicativos de entrega dão as ordens na cozinha. Valro, 11 de dezembro de 2019, p. B1
Chantagem na Odebrecht
Em novembro de 2014, uma nova fase da operação Lava-Jato começou a investigar o grupo Odebrecht. Estima-se que a empresa pagou mais de 3 bilhões de dólares em propinas, em diversos países do mundo. As investigações levaram a condenação do então presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Marcelo era neto do fundador da empresa e tinha assumido o posto da empresa anos antes.
Recentemente, a prisão foi relaxada. Mas Marcelo tinha perdido poder na empresa e estava excluído das grandes decisões. No dia 16, a empresa trocou o executivo Luciano Guidolin por Ruy Sampaio na presidência do grupo. Sampaio é um executivo da confiança de Emílio Odebrecht, pai de Marcelo. Na sexta, dia 20, uma extensa reportagem do Valor Econômico traz revelações do novo presidente. Sampaio afirmou que Marcelo fez chantagem com a empresa, antes de assinar o acordo de delação premiada, em novembro de 2016. Marcelo exigiu, e conseguiu, que a empresa pagasse 310 milhões de reais para o presidente, sendo 70 milhões através de um título de VGBL em nome da esposa. Somente com o pagamento ele assinaria o acordo de delação. A acusação de chantagem revelou que Marcelo foi o único a receber um valor bem acima da multa que deveria pagar pelo escândalo. Mais ainda, Sampaio revelou que Marcelo era funcionário licenciado da empresa, mas que ainda recebia R$100 mil reais.
No sábado, dia 21 de dezembro, surgiu a notícia que Marcelo tinha sido demitido por e-mail por justa causa, sem direito a indenização. A razão é que ele teria extorquido a empresa. A explicação da empresa era que a demissão foi uma exigência do Ministério Público Federal e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Isto realmente pareceu estranho. Um detalhe é que a ameaça de Marcelo e a aceitação da empresa foi concretizada em um contrato assinado pelas partes, onde existia uma clausula de confidencialidade. E a imprensa teve acesso ao documento, de maneira sigilosa.
Além disto, foi informado que as regras da delação obrigam a revelação do patrimônio da pessoa e Marcelo não teria feito esta revelação. Na segunda, dia 23, mais informação divulgada na imprensa mostra que Marcelo recebia salário durante seu afastamento e benefícios, que totalizavam 200 mil por mês. Desde então, mais nenhuma notícia. Estranho?
Baseado nos seguintes textos:
Valenti, Graziella. Após saída de Marcelo, 8 delatores continuam na Odebrecht. Valor, 23 dez B5
Pereira, Reneé e outros. Odebrecht vai investigar Marcelo. Estado de S Paulo, 22 dez B3
Pereira, Reneé e outros. Por ordem do pai, Marcelo Odebrecht é demitido por justa causa do grupo. Estado de S Paulo, 21 dez B1
Valenti, Graziella. Odebrecht acusa ex-CEO Marcelo de chantagear empresa. Valor, 20 dez B2
Valenti, Graziella. Odebrecht troca presidência do grupo. Valor, 17 dez B3
Recentemente, a prisão foi relaxada. Mas Marcelo tinha perdido poder na empresa e estava excluído das grandes decisões. No dia 16, a empresa trocou o executivo Luciano Guidolin por Ruy Sampaio na presidência do grupo. Sampaio é um executivo da confiança de Emílio Odebrecht, pai de Marcelo. Na sexta, dia 20, uma extensa reportagem do Valor Econômico traz revelações do novo presidente. Sampaio afirmou que Marcelo fez chantagem com a empresa, antes de assinar o acordo de delação premiada, em novembro de 2016. Marcelo exigiu, e conseguiu, que a empresa pagasse 310 milhões de reais para o presidente, sendo 70 milhões através de um título de VGBL em nome da esposa. Somente com o pagamento ele assinaria o acordo de delação. A acusação de chantagem revelou que Marcelo foi o único a receber um valor bem acima da multa que deveria pagar pelo escândalo. Mais ainda, Sampaio revelou que Marcelo era funcionário licenciado da empresa, mas que ainda recebia R$100 mil reais.
No sábado, dia 21 de dezembro, surgiu a notícia que Marcelo tinha sido demitido por e-mail por justa causa, sem direito a indenização. A razão é que ele teria extorquido a empresa. A explicação da empresa era que a demissão foi uma exigência do Ministério Público Federal e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Isto realmente pareceu estranho. Um detalhe é que a ameaça de Marcelo e a aceitação da empresa foi concretizada em um contrato assinado pelas partes, onde existia uma clausula de confidencialidade. E a imprensa teve acesso ao documento, de maneira sigilosa.
Além disto, foi informado que as regras da delação obrigam a revelação do patrimônio da pessoa e Marcelo não teria feito esta revelação. Na segunda, dia 23, mais informação divulgada na imprensa mostra que Marcelo recebia salário durante seu afastamento e benefícios, que totalizavam 200 mil por mês. Desde então, mais nenhuma notícia. Estranho?
Baseado nos seguintes textos:
Valenti, Graziella. Após saída de Marcelo, 8 delatores continuam na Odebrecht. Valor, 23 dez B5
Pereira, Reneé e outros. Odebrecht vai investigar Marcelo. Estado de S Paulo, 22 dez B3
Pereira, Reneé e outros. Por ordem do pai, Marcelo Odebrecht é demitido por justa causa do grupo. Estado de S Paulo, 21 dez B1
Valenti, Graziella. Odebrecht acusa ex-CEO Marcelo de chantagear empresa. Valor, 20 dez B2
Valenti, Graziella. Odebrecht troca presidência do grupo. Valor, 17 dez B3
Fracasso da Libra
O projeto de criação da moeda digital libra, do Facebook, falhou em sua forma atual e precisa ser reformulado para ser aprovado, disse o ministro das Finanças da Suíça, onde a criptomoeda está buscando aprovação.
“Eu não acho [que a libra tem uma chance em sua forma atual], porque os bancos centrais não aceitarão a cesta de moedas”, disse o ministro Ueli Maurer à emissora SRF. “O projeto, desta forma, fracassou”, acrescentou.
A Associação Libra não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.
VEJA TAMBÉM: BR Distribuidora acerta venda de fatia de 49% na CDGN Logística
Os planos para a moeda digital liderada pelo Facebook, a ser emitida e administrada pela Associação Libra, com sede em Genebra, levantaram preocupações entre reguladores e políticos ao redor do mundo, que vão desde a privacidade até o potencial de influenciar a política monetária e mudar o cenário financeiro global.
Representantes do projeto, incluindo o co-criador David Marcus, do Facebook, disseram que os obstáculos regulatórios podem adiar o lançamento para além da data planejada em junho do próximo ano.
A proposta da libra prevê que a criptomoeda deve ser apoiada por uma reserva de ativos, como depósitos bancários e dívidas governamentais mantidas por uma rede de depositários. Essa estrutura visa promover a confiança e evitar as oscilações de preço que afetam outras criptomoedas como o bitcoin.
Fonte: Aqui
“Eu não acho [que a libra tem uma chance em sua forma atual], porque os bancos centrais não aceitarão a cesta de moedas”, disse o ministro Ueli Maurer à emissora SRF. “O projeto, desta forma, fracassou”, acrescentou.
A Associação Libra não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.
VEJA TAMBÉM: BR Distribuidora acerta venda de fatia de 49% na CDGN Logística
Os planos para a moeda digital liderada pelo Facebook, a ser emitida e administrada pela Associação Libra, com sede em Genebra, levantaram preocupações entre reguladores e políticos ao redor do mundo, que vão desde a privacidade até o potencial de influenciar a política monetária e mudar o cenário financeiro global.
Representantes do projeto, incluindo o co-criador David Marcus, do Facebook, disseram que os obstáculos regulatórios podem adiar o lançamento para além da data planejada em junho do próximo ano.
A proposta da libra prevê que a criptomoeda deve ser apoiada por uma reserva de ativos, como depósitos bancários e dívidas governamentais mantidas por uma rede de depositários. Essa estrutura visa promover a confiança e evitar as oscilações de preço que afetam outras criptomoedas como o bitcoin.
Fonte: Aqui
28 dezembro 2019
Trabalhadores na Samsung
A empresa coreana fundada em 1938 tem sido acusada há tempos de não tratar bem seus empregados. Isto inclui o uso de trabalho infantil por parte dos fornecedores. Mais recentemente, a empresa tem adotado uma postura diferente, incluindo uma política de tolerância zero para violações das leis de trabalho infantil.
Uma das posturas da empresa é a aversão aos sindicatos. Agora o presidente do conselho de administração da Samsung Electronics foi condenado a 18 meses de prisão por sabotar as entidades que representam os funcionários. A condenação é em primeira instância, mas o executivo já foi preso. Entre as atitudes que condenaram o executivo, a ameaça de corte de salários dos funcionários sindicalizados e punir os fornecedores que eram favoráveis aos sindicatos.
Recentemente a empresa começou a ter uma postura mais liberal sobre o assunto. Um sindicato foi criado na empresa em novembro de 2019.
Uma das posturas da empresa é a aversão aos sindicatos. Agora o presidente do conselho de administração da Samsung Electronics foi condenado a 18 meses de prisão por sabotar as entidades que representam os funcionários. A condenação é em primeira instância, mas o executivo já foi preso. Entre as atitudes que condenaram o executivo, a ameaça de corte de salários dos funcionários sindicalizados e punir os fornecedores que eram favoráveis aos sindicatos.
Recentemente a empresa começou a ter uma postura mais liberal sobre o assunto. Um sindicato foi criado na empresa em novembro de 2019.
XP
Fernando Torres, em Reflexões sobre o prospecto da oferta inicial de ações da XP, Valor Econômico em 10 de dezembro, chama a atenção para alguns aspectos da operação:
1. A sede formal da XP é nas Ilhas Cayman, um paraíso fiscal.
2. A estrutura societária permite que alguns minoritários controlem a entidade através da quebra da regra "um voto, uma ação". Isto significa que alguns acionistas são mais acionistas que outros.
Torres lembra também que no Conselho de Administração tem a presença da ex-presidente da CVM, Maria Helena Santana, que muito defendeu a regra de "um voto, uma ação" no Brasil.
O valor da empresa realmente pareceu exagerado. Mas este é o mercado exuberante, nem sempre racional.
1. A sede formal da XP é nas Ilhas Cayman, um paraíso fiscal.
2. A estrutura societária permite que alguns minoritários controlem a entidade através da quebra da regra "um voto, uma ação". Isto significa que alguns acionistas são mais acionistas que outros.
Torres lembra também que no Conselho de Administração tem a presença da ex-presidente da CVM, Maria Helena Santana, que muito defendeu a regra de "um voto, uma ação" no Brasil.
O valor da empresa realmente pareceu exagerado. Mas este é o mercado exuberante, nem sempre racional.
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