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22 dezembro 2022

Nova Zelândia avança nas normas sobre clima, que serão adotadas nos próximos dias

Do excelente Iasplus:


Em setembro de 2020 (1), o governo da Nova Zelândia anunciou sua intenção de implementar relatórios obrigatórios sobre riscos climáticos, encarregou o XRB de desenvolver padrões de relatórios para apoiar o novo regime de relatórios e observou que tinha "um forte apetite para avançar rapidamente". Portanto, os padrões de relatório foram desenvolvidos por meio de três iterações consultivas (2) em apenas 18 meses (3), com os padrões finais publicados hoje e as entidades economicamente mais significativas da Nova Zelândia para começar a se reportar aos padrões a partir de 1 de janeiro de 2023 (4).

As observações:

(1) veja a data, logo após o início da pandemia, mas bem antes de outras entidades

(2) três consultas e finalizou o debate. 

(3) que levou 18 meses para finalizar, muito rápido para um padrão deste tipo. (Se bem que de setembro de 2020 a dezembro de 2022 temos mais tempo)

(4) E sem a desculpa de conceder prazos e prazos. 

Em 73 páginas do documento, a palavra "accounting" é citada 12 vezes. Mas IFRS é citado 34 vezes, especialmente no primeiro documento. O segundo documento é mais resumido. O terceiro apresenta aspectos relevantes para contabilidade, como uma discussão sobre materialidade.

16 agosto 2021

Custo sanitário e a produção de filmes na Nova Zelândia


A Nova Zelândia ficou conhecida como sendo um grande cenário para filmes, como Senhor dos Anéis. Além de ter uma grande quantidade de recursos humanos especializada, o que inclui técnicos em efeitos especiais, as montanhas, praias e neves da Nova Zelândia pode ser uma atração a parte. E nas últimas décadas, o governo da Nova Zelândia ofereceu generosos subsídios para atrair a produção de filmes, a tal ponto que os chineses resolveram filmar propagandas partidárias por lá. Dinheiro do contribuinte sendo usado para financiar propaganda política.

Mas eis agora a Amazon decidiu transferir a filmagem da série (?) O Senhor dos Anéis, que deveria começar neste momento, da Nova Zelândia para Inglaterra. A justificativa apresentada seria a política sanitária do país, que exige 14 dias de isolamento, antes do começo dos trabalhos. A Amazon já tinha alugado um estúdio em Auckland e desistiu do projeto no país (lembrando que isto é custo perdido e não deve ser levado em consideração).   

A restrição sanitária poderia reduzir muitas produções cinematográficas em razão do custo derivado do Covid. Este custo sanitário está sendo levado em consideração na escolha do local de filmagem. Aparentemente, a Inglaterra não teria esta restrição.  

Foto: Tobias Keller

01 setembro 2020

Nova Zelândia, Covid e Regime de Competência




 Ok, talvez seja forçar muito afirmar que o sucesso da Nova Zelândia deva-se ao regime de competência. É o que fez um artigo da Forbes (The Secret Behind New Zealand’s Victory Over Covid-19: Its Balance Sheet, Shivaram Rajgopal), mas esqueça o exagero e aproveite algumas informações uteis do artigo. 

Tenho certeza de que há muitos fatores epidemiológicos e sociais que explicam seu sucesso, mas quero me concentrar em um fator-chave que contribui: o mundo da Nova Zelândia superando a gestão das finanças públicas que criou um poder executivo e legislativo disciplinado e baseado em dados.

A Nova Zelândia é um dos 14 países no mundo que realmente publica um balanço em nível de país. É talvez o único país do mundo que depende totalmente do regime de competência, o padrão ouro do setor privado, onde as entidades precisam antecipar as saídas de caixa futuras por conta dos compromissos assumidos hoje, como pensões e seguridade social.

Como os países podem ter balanços? Bem, para que conste - os membros do G7, Alemanha, Itália e Japão, não[possuem]. Mas, considerando o exemplo da Nova Zelândia, ela opera de forma muito semelhante a uma empresa do setor privado, relatando ativos avaliados em NZ $ 390 bilhões (US $ 257 bilhões) e passivos de NZ $ 274 bilhões (US $ 181 bilhões).

Os maiores ativos nos livros da Nova Zelândia são propriedades, instalações e equipamentos, avaliados coletivamente em NZ $ 182 bilhões (US $ 120 bilhões) e compreendendo terrenos, edifícios, rodovias estaduais e ativos de geração de eletricidade. O número do passivo é dominado por NZ $ 149 bilhões (USD 98 bilhões) de empréstimos, incluindo dívida governamental com garantia soberana de NZ $ 106 bilhões (USD 70 bilhões).

O número mais interessante é a diferença entre os ativos e passivos da NZ ou patrimônio líquido. O patrimônio líquido da NZ caiu de NZ $ 143 bilhões (US $ 94 bilhões) em junho de 2019 para NZ $ 116 bilhões (US $ 77 bilhões) em maio de 2020 por conta dos programas de estímulo da Covid-19. No entanto, o patrimônio líquido de cada um de seus 4,88 milhões de cidadãos, também conhecido como riqueza do cidadão, ainda é de NZ $ 23.770 ou cerca de US $ 15.463.


16 novembro 2019

Nova Zelândia e como usar o dinheiro público

A Nova Zelândia é considerada um exemplo na gestão das finanças públicas. Serviu até de modelo para a nossa Lei de Responsabilidade Fiscal. O país possui realmente uma transparência e evidenciação nesta área que é invejada por outros. Será?

Eis um fato interessante. A Nova Zelândia tornou-se um local de atração de empresas cinematográficas, desde que alguns filmes de aventura foram realizados lá em um passado recente: Senhor dos Anéis, Nárnia entre outros. Parece razoável: promove o país e gera empregos. Depois de assistir um filme com belas paisagens, muitos turistas colocaram na sua lista o país.

Mas temos problemas. Segundo este site, recentemente o dinheiro do contribuinte foi usado para incentivar a produção do filme "Anyone who offends China, no matter how remote, must be exterminated" ("Qualquer pessoa que ofenda a China, por mais remota que seja, deve ser exterminada"). O filme é uma propaganda, produzido por empresas estatais chinesas. Mas como aceitar e incentivar a produção do Senhor dos Anéis e recusar a produzir "Qualquer pessoa..."?

Os dados indicam que os subsídios tem um valor: 172 milhões de dólares. Parece pouco, mas é algo como 100 dólares por família.

Leia mais aqui

18 julho 2012

Subsídios Agrícolas

Subsídios em países desenvolvidos seguem elevados
Assis Moreira
Valor Econômico, 11/07/2012


Os subsídios agrícolas concedidos pelos países desenvolvidos alcançaram US$ 252 bilhões em 2011, ou 4,6% a mais do que no ano anterior, segundo levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que ainda será publicado e ao qual o Valor teve acesso.

A entidade ressalta que a alta registrada foi em dólar. O valor em euros (182 bilhões) permaneceu idêntico ao de 2010. O volume representa 19% das receitas agrícolas totais na OCDE, o menor nível observado desde que a entidade começou a calcular o apoio aos agricultores nos anos 1980. No ano passado, a OCDE havia publicado que os subsídios de 2010 tinham representado 18% da receita total, mas agora o índice subiu para 20%, com a sua revisão.

A organização utiliza uma metodologia própria para medir a proteção ao setor agrícola. É a Estimativa de Apoio ao Produtor (PSE, na sigla em inglês), um indicador do valor monetário bruto anual transferido por consumidores e contribuintes como apoio aos agricultores.
O recente declínio no apoio aos produtores ocorreu em virtude do aumento no preço das commodities no mercado mundial, mais do que em razão de mudanças nas políticas agrícolas. Com as cotações dos produtos em alta, agricultores americanos, europeus e asiáticos precisaram de menos ajuda.


Em todo caso, os subsídios que causam uma distorção no comércio - definidos como pagamentos baseados na produção - ainda representam 51% do total, comparados aos 86% entre 1986 e 1988.
Alguns países tentam cortar a ajuda ligada à produção e implantam o pagamento baseado em área histórica, número de rebanho, renda agrícola, etc. Quanto menor a ajuda ligada à produção, o produtor terá menos necessidade de aumentar a colheita com o objetivo de obter maiores subsídios.


A Nova Zelândia continua a dar o menor apoio aos seus agricultores, de apenas 1% da renda agrícola, e na Austrália são concedidos 3%. Os campeões continuam a ser Noruega (58%), Suíça (54%), Islândia (48%) e Coreia (45%). Na União Europeia, os subsídios alcançaram US$ 103,1 bilhões, equivalente a 18% da renda agrícola. Na média, os agricultores recebem 5% a mais do que os preços praticados no comércio mundial. Mas alguns produtos tem benefícios maiores, como o caso do açúcar (preços 6% mais altos), carnes bovina e ovina (20% superior), além de barreiras para importações que permitem que produtores de frangos ganhem 50% mais que os preços de mercado.

Nos EUA, a ajuda alcançou US$ 30,5 bilhões, representando 8% da renda agrícola, abaixo da média da OCDE. Os preços ao produtor eram 13% mais altos do que no mercado internacional entre 1886 e 1988, mas recuou para 1% entre 2009 e 2011. O maior subsídio foi concedido para o setor açucareiro.

No Japão, o apoio aos agricultores totalizaram US$ 61 bilhões no ano passado contra os US$ 55,2 bilhões em 2010. Os preços recebidos por eles eram 1,8 vezes mais altos do que no mercado mundial. Na Coreia, os subsídios são voltados principalmente para a produção de arroz.
Após décadas de declínio nos preços reais das commodities agrícolas, a OCDE avalia que no médio prazo as cotações vão se manter elevadas. O mercado passa a oferecer boa remuneração aos agricultores que antes precisavam de dinheiro público.


A expectativa da entidade é de que com o crescimento significativo da demanda, as pressões por recursos limitados e os efeitos incertos das mudanças climáticas, façam com que os governos tenham uma boa oportunidade para cortar os subsídios agrícolas.

15 junho 2012

O Parâmetro: Nova Zelândia

Se existe um parâmetro em termos de contabilidade pública o seu nome é Nova Zelândia. Neste link o leitor do blog poderá conferir isto: demonstrações claras, gráficos explicativos, uso do regime de competência e apresentação de índices analíticos.

A figura 1, abaixo, é uma demonstração disto. Mostra a relação entre o déficit operacional e o déficit de caixa.


Eis outro exemplo:

Trata-se de uma DRE, com receitas (real, prevista, diferença e projeção anual), despesas e o resultado operacional. É muito simples de analisar: a receita real foi menor que a prevista, assim como a despesa. Entretanto, persistiu um déficit operacional.

02 abril 2008

Contabilidade Governamental da Nova Zelândia descobre erro


Inicialmente, esta notícia é relevante? Creio que sim. Segundo New Zealand Press Association, foi descoberto um erro na contabilidade governamental da Nova Zelândia no valor de 600 milhões de dólares neo-zelandezes.

A questão é que o erro ocorreu em razão do fato do governo daquele país adotar o regime de competência.

A notícia (clique aqui para ler) conclui que mesmo com o problema o governo não irá modificar seus procedimentos contábeis para o regime de caixa.

Inveja deles...

10 janeiro 2007

Reduzindo a emissão de Metano

Uma notícia que pode ajudar na poluição e redução da emissão de metano:

O metano doméstico representa de 20 a 30 por cento do aquecimento global. A emissão vem das ovelhas e vacas. Na Nova Zelândia a média de uma vaca é 90 quilos de metano por ano, que equivale a 120 litros de petróleo.

As ovelhas de Nova Zelândia produzem 90% da emissão de metano do país.

algumas soluções: mudar a dieta (é sério) ou modificar geneticamente os animais, para emitir menos metano (já está sendo tentado)

Fonte: Adam Smith Institute Blog