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18 novembro 2015

Rir é o melhor remédio






Fonte: Aqui

Lote Econômico de Compra e o Setor Público

Há exatos cem anos, Harris desenvolveu um modelo para determinar a quantidade de estoque que uma empresa deveria adquirir. O Lote Econômico de Compra (LEC) é um modelo útil, elaborado a partir da quantidade vendida de um produto num período de tempo e de um conjunto de suposições sobre a realidade. Para usar o modelo é necessário determinar o custo que a empresa possui na estocagem do produto, incluindo espaço físico e mão de obra, e o custo de se fazer um pedido ou custo de estocagem e custo do pedido, na ordem.

Durante anos o LEC era o parâmetro usado pelas melhores organizações mundiais na sua gestão de estoques. Mas na década de setenta as empresas japonesas começaram a dominar diversos setores industriais com uma visão aparentemente divergente do LEC. Estas empresas buscavam eliminar o estoque, trabalhando com poucos fornecedores, reduzindo as perdas no processo produtivo e a movimentação dos estoques durante a produção. Os analistas começaram a estudar o fenômeno e descobriram que o LEC estava sendo utilizado de maneira inadequada. De um lado, o custo de estocagem era subestimado ao ser inserido na fórmula; por outro lado, com a redução do número de fornecedores, o custo do pedido poderia ser reduzido. A combinação do aumento do custo de estocagem e a redução do custo do pedido fizeram com que a quantidade apurada no lote econômico de compra fosse bem menor que no passado. Assim, ao contrário de existir uma incompatibilidade entre o LEC e os métodos de produção consolidados no Japão, o tempo mostrou que o modelo continuava válido. (1)

A persistência do LEC na gestão dos estoques tem uma grande razão de ser. Durante anos, os estudiosos mostraram que o LEC poderia ser adaptado a diferentes situações reais. Existe inflação? É possível considerar a variação de preços dos estoques no modelo, levando em consideração os ganhos e perdas de estocagem. O custo de suprir uma empresa com todos os modelos de um produto é elevado? Desenvolveu-se um LEC onde o custo da falta pode ser inserido no modelo. O fornecedor oferece desconto para compras em grande quantidade? Basta ajustar o modelo a estas situações. Até em situações fora do contexto o LEC já foi usado. Baumol tomou a ideia central do modelo para construir uma explicação para a demanda de moeda e gestão de caixa numa empresa.

O lote econômico de compra também ajuda a explicar as situações reais. É o caso do setor público, onde o processo de aquisição de uma mercadoria passa por uma série de trâmites, que inclui a licitação, o pagamento e o recebimento do estoque. Para uma compra não basta encaminhar uma mensagem ao fornecedor para ser atendido. É necessário aprovar dentro da entidade uma solicitação de aquisição, dar publicidade ao ato, fazer a seleção e receber os itens, num processo que leva meses para ser concluído. O resultado disto é que o custo do pedido é muito mais alto que numa empresa privada. Afinal, as normas (e os órgãos de controle), em nome da defesa do bem público, impuseram uma série de procedimentos ao gestor.

Se o custo do pedido é elevado, isto significa que a quantidade adquirida em cada lote de compra deve ser maior. Ou seja, se faz menos compras, com quantidades maiores. O problema é que ao contrário do LEC, que busca o menor custo na gestão dos estoques, o foco no custo do pedido não significa “economicidade”, uma palavra muito usada na área pública. Pelo contrário. Como o custo de estocagem não é observado nos controles compra-se muito, sem o controle dos locais de armazenagem, com grandes perdas de recursos do contribuinte.

Talvez a primeira medida para tentar resolver esta distorção seja estudar este fenômeno. (2) Afinal, só podemos gerenciar aquilo que conseguimos medir. A seguir, procurar simplificar o processo de compras no setor público. Isto inclui a mudança nas normas e a mudança na filosofia dos controles impostos à gestão pública.

Um caminho longo, sem dúvida.

(1) Esta discussão está no livro Administração do Capital de Giro, de Assaf Neto e Silva, Editora Atlas.
(2) Isto é uma provocação aqueles que pesquisam ou pretendem pesquisar na área.

Eleições CRC 2015 - Último dia para votar


Você poderá votar até as 18h de hoje (horário local).

Quem não votar terá 30 dias para justificar.

Coincidência

“Uma análise realizada pelo The Wall Street Journal de startups de tecnologia com valor de mercado de pelo menos US$1 bilhão identificou 12 casos em que uma mesma empresa é avaliada de forma diferente por mais de um gestor de fundos de investimento na mesma data” (Grind, Kirsten. Fundos tem dificuldade para avaliar startups, Valor Econômico, 3 de nov. de 2015)

Como o processo de avaliação corresponde a uma opinião, com estimativas futuras de diversas variáveis (crescimento da receita, participação do mercado, custo do capital etc) o lógico seria a avaliação diferente. Encontrar uma avaliação igual seria muita coincidência.

17 novembro 2015

Rir é o melhor remédio

Agradecimentos honestos

Listas: 10 melhores periódicos de Contabilidade

Os autores deste artigo classificaram os 10 melhores períódicos de contabilidade do mundo, usando o número de citações normalizadas pelo tempo de publicação  como critério de classificação no período de 1991 a 2010.

1- Journal of Accounting and Economics

2Journal of Accounting Research

3The Accounting Review

4Review of Accounting Studies

5Accounting, Organizations, and Society

6Contemporary Accounting Research

7Management Accounting Research

8Accounting, Auditing, and Accountability Journal

9Journal of Management Accounting Research

10-  Auditing: A Journal of Practice and Theory


Fonte: Using Google Scholar citations to rank accounting programs: a global perspective - JY Chan, KC Chan, JY Tong, FF Zhang - Review of Quantitative Finance and Accounting, 2014

Links

A contribuição de cada um nos discos dos Beatles

Brookfield não será punida pela SEC pela corrupção no Brasil

Dez maiores empregadores do mundo

Homeopatia é uma piada que envergonha a medicina

Custo psicológico de obter um PhD

16 novembro 2015

Processo Eleitoral do CRC - Pleito 2015

Não se esqueçam: 

Acessem https://www.eleicaocrc.com.br/ e votem na chapa do Conselho da sua região.

Horário: De 8h do dia 17 às 18h do dia 18 de novembro - Horário Local.



Em Brasília já sabemos a chapa vencedora:



Além do DF, não há concorrência nos seguintes estados:
Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins.

Há duas chapas nos seguintes locais: Alagoas, Amapá, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rondônia, São Paulo

Parabéns aos contadores do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul que, de forma exemplar, têm três chapas concorrendo!!!

15 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


História da Contabilidade: Anos 40 do Século XIX

A desonestidade sempre existiu. Mas no início do século XIX temos os primeiros casos documentados de falcatruas no Brasil. Em Recife, nos anos de 1847, o escriturário A. J. Ferreira Braga foi “examinar” a tesouraria do município e encontrou uma diferença entre o saldo da contabilidade e o valor em moeda da época (1). Braga descobriu que a diferença estava nos pagamentos de pensões, soldos, montepios e tenças, comprovando o desfalque do antigo tesoureiro (2).

Outro aspecto importante que ocorreu neste período é o desenvolvimento de regulamentos com influencia sobre a contabilidade. Os diversos regulamentos irão culminar com o Código Comercial, aprovado no final deste período. Mas além deste Código é importante citar que diversas repartições começaram a normatizar seus trabalhos, incluindo a contabilidade. O Decreto 637, de 27 de setembro de 1849, por exemplo, trata do regulamento do Correio da Corte e da Provincia do Rio de Janeiro. No seu título VI o assunto é “Da turma da Contadoria” , com vários artigos sobre o tema (3).

(1) O Lidador, 26 de março de 1847, n. 162, p.2. Este jornal descreve exaustivamente o caso.
(2) As tenças eram um tipo de pensão.
(3) Publicado no Correio da Tarde, 20 de outubro de 1849, n. 521, p. 1 e seguintes.
(4) Veja http://www.contabilidade-financeira.com/2015/08/historia-da-contabilidade-10-fatos-que.html

Listas: Os países que mais fumam

20) Grã-Bretanha - 20% da população
19) Suíça - 20,4%
18) Eslovênia - 20,5%
17) Alemanha - 20,9%
16) Itália - 21,1%
15) República Tcheca - 22,2%
14) Lituânia - 22,2%
13) Áustria - 23,2%
12) Polônia - 23,8%
11) Turquia - 23,8%
10) Espanha - 23,9%
9) França - 24,1%
8) Rússia 24,2%
7) China - 25,5%
6) Estônia - 26%
5) Hungria - 26,5%
4) Chile - 29,8%
3) Letônia - 34,3%
2) Indonésia - 37,9%
1) Grécia — 38,9%

Fonte: Aqui