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23 março 2015

O que é preciso para o Brasil crescer?


O que é preciso para crescer?

Fernando Dantas
21 março 2015 | 19:45

Novo centro de pesquisa sobre desenvolvimento da FGV tem como foco educação e eficiência. Políticas industriais serão questionadas.

Num momento de recessão e paralisia econômica, um novo “think tank” sobre crescimento está sendo criado: o Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico, ligado à presidência da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Por enquanto, três pesquisadores estão à frente do projeto: Pedro Cavalcanti Ferreira e João Victor Issler, professores da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE/FGV), e Roberto Castello Branco, ex-diretor e economista-chefe da Vale, hoje na FGV.
No dia 8 de abril, na FGV-Rio, haverá um seminário de inauguração do Centro, que contará com personalidades conhecidas como Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC), e Ricardo Paes de Barros, especialista em temas sociais com carreira no Ipea, mas atualmente no Insper.

O tema principal do centro não são as agruras conjunturais pelas quais o País está passando, mas sim o crescimento no médio e longo prazo. O foco é o Brasil mas o trabalho vai recorrer bastante a comparações internacionais.

Ferreira explica de forma bem clara a abordagem e a linha geral de pensamento que vai guiar a pesquisa. Para ele, o que explica a defasagem de desenvolvimento econômico entre o Brasil e os países mais ricos não é a falta de investimento ou as dificuldades da indústria, mas sim as deficiências da educação e problemas de produtividade, ou eficiência.

“Nossa abordagem é contrária à visão cepalina (de Cepal, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), heterodoxa, que busca incentivar investimentos em setores chaves”, ele diz. Segundo o economista, mais da metade da diferença de renda entre o Brasil e os países ricos provém da menor produtividade, uma boa parte vem da educação inferior e apenas uma pequena parcela deve-se a investimento em capital fixo.
“Não somos atrasados porque não temos boas estradas ou porque não temos investimento suficiente”, ele diz. É claro que Ferreira não nega a importância de estradas e investimento, mas considera que o aumento da eficiência econômica ampliaria o retorno do capital e faria o investimento aumentar.

Uma questão decisiva, na sua abordagem, é o setor de serviços. Ele nota que as economias avançadas vêm aumentando o setor de serviços, o que também é uma tendência em países emergentes como o Brasil. De maneira simplificada, os países saíram da predominância agrícola para a industrialização, concomitante à expansão dos serviços. Num momento mais recente, a indústria recua e os serviços aumentam ainda mais.
Ferreira já investigou a questão dos serviços, de forma comparativa, no Brasil e na Coreia do Sul. Há 50 anos, ele observa, ambos os países eram 65% agrícolas, mas hoje têm 65% a 70% da sua economia em serviços. “O problema é que os serviços coreanos são de altíssima produtividade e os nossos são muito pouco eficientes”, nota o economista.

A diferença está muito no tipo de serviço que predomina. Ferreira exemplifica com empregadas domésticas e guardadores de carro, tipicamente uma mão de obra pouco educada e de baixa eficiência, em contraste com segmentos como design, software, mercado financeiro, etc.

Segundo o pesquisador, o tipo de política pública que decorre de sua análise – e que é a visão do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico – é a promoção do avanço da educação em quantidade e qualidade e a agenda microeconômica de melhora do ambiente de negócios e de racionalização tributária e burocrática.

A má alocação de capital por políticas intervencionistas, seja de proteção, subsídios ou conteúdo local, é um entrave ao desenvolvimento. Ele cita a Sete Brasil, com o projeto de bilhões de dólares de construir plataformas de petróleo no Brasil que hoje estão custando duas vezes mais do que externamente. “Este capital poderia estar indo para outros setores em que somos mais competitivos”.

Uma das tarefas que o centro estabeleceu para si é medir a produtividade de setores e subsetores da economia. No caso dos serviços, são sete subsetores, e, por razões comparativas, também a produtividade na indústria e na agricultura – para as quais há mais dados – será estudada. Em todos os casos, trata-se da produtividade total dos fatores (PTF), e Issler, especialista em econometria, vem trabalhando em técnicas para vencer o desafio de fazer essas mensurações.

No site do centro, já é possível encontrar alguns estudos como um trabalho sobre os Brics, de Castello Branco, e sobre o desenvolvimento brasileiro no pós-guerra, de Ferreira e do economista Fernando Veloso, da FGV-Rio, entre outros. (fernando.dantas@estadao.com)

Fernando Dantas é jornalista da Broadcast

Finanças Pessoais: Qual o objetivo das finanças pessoais?

Enquanto as empresas são administradas nas suas finanças com um objetivo bem definido – agregar valor, a gestão das finanças pessoais não é tão objetiva. Um executivo financeiro de uma empresa sabe que suas decisões serão confrontadas no futuro com a geração de valor. Mas uma pessoa que gerencia seu dinheiro não tem esta mesma objetividade.

Entretanto muitas obras de finanças pessoais consideram que a finalidade das suas dicas seja o enriquecimento do individuo. Como muitos instrumentos de administração são copiados das finanças corporativas, é fácil fazer a adaptação para a meta do enriquecimento. Mas existem exceções, como algumas obras que estão mais preocupadas com a relação do dinheiro com a felicidade das pessoas. Ou outras que incentivam as pessoas a serem pequenos empresários. Em outras culturas, as finanças pessoais buscam deixar dinheiro para as gerações futuras. Diversas reportagens estão focadas na resolução dos problemas financeiros, em especial as dívidas.

Em suma, não existe uma resposta para a pergunta. Os instrumentos que usamos nas finanças pessoais podem ser facilmente adaptados aos diversos objetivos das pessoas. Isto, por um lado, torna as finanças pessoais flexíveis, mas dificulta algumas conclusões das obras.

22 março 2015

Qual é a melhor forma de aprender matemática?



Professor Jo Boaler
 
Professor Jo Boaler
Professor Jo Boaler says students learn math best when they work on problems they enjoy, rather than exercises and drills they fear.
 
Students learn math best when they approach the subject as something they enjoy. Speed pressure, timed testing and blind memorization pose high hurdles in the pursuit of math, according to Jo Boaler, professor of mathematics education  at Stanford Graduate School of Education and lead author on a new working paper called "Fluency Without Fear." (link is external)

"There is a common and damaging misconception in mathematics – the idea that strong math students are fast math students," said Boaler, also cofounder of YouCubed (link is external) at Stanford, which aims to inspire and empower math educators by making accessible in the most practical way the latest research on math learning.

Fortunately, said Boaler, the new national curriculum standards known as the Common Core Standards for K-12 schools de-emphasize the rote memorization of math facts. Maths facts are fundamental assumptions about math, such as the times tables (2 x 2 = 4), for example. Still, the expectation of rote memorization continues in classrooms and households across the United States.

While research shows that knowledge of math facts is important, Boaler said the best way for students to know math facts is by using them regularly and developing understanding of numerical relations. Memorization, speed and test pressure can be damaging, she added.

Number sense is critical

On the other hand, people with "number sense" are those who can use numbers flexibly, she said. For example, when asked to solve the problem of 7 x 8, someone with number sense may have memorized 56, but they would also be able to use a strategy such as working out 10 x 7 and subtracting two 7s (70-14).
"They would not have to rely on a distant memory," Boaler wrote in the paper.

In fact, in one research project the investigators found that the high-achieving students actually used number sense, rather than rote memory, and the low-achieving students did not.
The conclusion was that the low achievers are often low achievers not because they know less but because they don't use numbers flexibly. "They have been set on the wrong path, often from an early age, of trying to memorize methods instead of interacting with numbers flexibly," she wrote. Number sense is the foundation for all higher-level mathematics, she noted.

Role of the brain

Boaler said that some students will be slower when memorizing, but still possess exceptional mathematics potential. "Math facts are a very small part of mathematics, but unfortunately students who don't memorize math facts well often come to believe that they can never be successful with math and turn away from the subject," she said.

Prior research found that students who memorized more easily were not higher achieving – in fact, they did not have what the researchers described as more "math ability" or higher IQ scores. Using an MRI scanner, the only brain differences the researchers found were in a brain region called the hippocampus, which is the area in the brain responsible for memorizing facts – the working memory section.

But according to Boaler, when students are stressed – such as when they are solving math questions under time pressure – the working memory becomes blocked and the students cannot as easily recall the math facts they had previously studied. This particularly occurs among higher achieving students and female students, she said.

Some estimates suggest that at least a third of students experience extreme stress or "math anxiety" when they take a timed test, no matter their level of achievement. "When we put students through this anxiety-provoking experience, we lose students from mathematics," she said.

Math treated differently

Boaler contrasts the common approach to teaching math with that of teaching English. In English, a student reads and understands novels or poetry, without needing to memorize the meanings of words through testing. They learn words by using them in many different situations – talking, reading and writing.
"No English student would say or think that learning about English is about the fast memorization and fast recall of words," she added.

Strategies, activities

In the paper, coauthored by Cathy Williams, cofounder of YouCubed, and Amanda Confer, a Stanford graduate student in education, the scholars provide activities for teachers and parents that help students learn math facts at the same time as developing number sense. These include number talks, addition and multiplication activities, and math cards.

Importantly, Boaler said, these activities include a focus on the visual representation of number facts. When students connect visual and symbolic representations of numbers, they are using different pathways in the brain, which deepens their learning, as shown by recent brain research.

"Math fluency" is often misinterpreted, with an over-emphasis on speed and memorization, she said. "I work with a lot of mathematicians, and one thing I notice about them is that they are not particularly fast with numbers; in fact some of them are rather slow. This is not a bad thing; they are slow because they think deeply and carefully about mathematics."

She quotes the famous French mathematician, Laurent Schwartz. He wrote in his autobiography that he often felt stupid in school, as he was one of the slowest math thinkers in class.
Math anxiety and fear play a big role in students dropping out of mathematics, said Boaler.

"When we emphasize memorization and testing in the name of fluency we are harming children, we are risking the future of our ever-quantitative society and we are threatening the discipline of mathematics," she said. "We have the research knowledge we need to change this and to enable all children to be powerful mathematics learners. Now is the time to use it."

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio

Wheeler e a patente do papel higiênico, uma das maiores invenções da história da humanidade. De 1891. O desenho é do registro da patente.

História da Contabilidade Conta de Receita e Despesa


Em termos da nossa história, a demonstração do resultado do exercício é uma informação relativamente nova. Mas anteriormente existia a Conta de Receitas e Despesas, que fazia o papel da DRE (1). E esta conta, como o nome já diz, mostrava os valores destes dois itens do resultado.

O que é interessante e importante notar é que a Conta de Receita e Despesas era muito evidenciada para as entidades os entes públicos e o terceiro setor desde antes da nossa independência. Não sei a razão para que isto tenha ocorrido na história da contabilidade brasileira, mas arriscaria uma explicação: o desenvolvimento dos empreendimentos econômicos era, durante a presença da família real portuguesa e do império, restrito a alguns poucos setores econômicos, em particular a agricultura e extração mineral.

Conforme já mostramos aqui em outras postagens, talvez a primeira evidenciação contábil tenha ocorrido numa entidade do terceiro setor, mais especificamente no Theatro de S João. O que é também importante destacar que a divulgação contábil de outras entidades do terceiro setor logo após a proclamação da independência era muito usual. Mas mais importante ainda é que existia uma pressão para esta divulgação, conforme veremos, em outra postagem, sobre a Santa Casa de Ouro Preto.

Logo após a independência, diversas entidades assistenciais divulgavam a Conta de Receita e Despesa. Qual a razão desta evidenciação? Talvez a resposta tenha sido dada pela administração do Imperial Collegio de S Joaquim, que em 1823 divulga seu resultado com a seguinte informação (2):

Como seja do primeiro dever de qualquer Cidadão, encarregado de administrar Estabelecimentos Públicos, o darem provas de sua conducta, honra, e inteireza no bem servir a essa administração; vamos por isso rogar-lhes queiram VV. M. fazer publico pela sua folha a conta demonstrativa da Receita, e Despeza que temos feito na administração o Imperial Collegio de S Joaquim, a fim de que ella vejam os nossos Concidadãos, o quanto se faz digno do Publico socorro este Estabelecimento, pelo bem que resulta já no presente, como no futuro, o sustentar-se a prosperidade dele, que nada menos he, que a do Imperio Brasilico, educando-se aquelles que um dia ham de pugnar pelos Direitos da nossa prosperidade.

Observe que o texto indica claramente o papel da evidenciação contábil como forma de prestar contas (conhecida nos dias de hoje como accountability). Mas além de “darem provas de sua conducta, honra e inteireza”, a divulgação serve também para que as pessoas possam ver o trabalho desenvolvido pelo Collegio, fazendo-se possível a doação de recursos ou o “Publico socorro”.

A preocupação com a boa evidenciação esta presente num caso interessante, quando o tesoureiro dos Lazaros fez divulgar uma errata da Conta de Receita e Despesa, indicando que anteriormente os erros de impressão impediam que a soma destas duas contas conduzissem ao total indicado (3).

Além de ser usada no terceiro setor, a Conta de Receita e Despesa também estava presente na contabilidade pública. Entretanto, é necessário destacar que não se tratava de “receita”, mas sim recebimento e nem “despesa”, mas saída de dinheiro. Em 1823, portanto logo após a independência, uma discussão no legislativo contemplou a seguinte frase de Ribeiro de Andrade (4):

Diz o Ilustre Preopinante que antigamente se mandavão das Provincias os respectivos balanços ao Erario; eu não me oponho a isso; mas seja-me permitido dizer que balanços não são Relatorios que possão servir para deles se tirarem exactas informações do Estado da Provincia, porque balanço não he outra cousa se não a conta da receita e despeza de uma Provincia.

Observe que Ribeiro de Andrade afirma existir prestação de contas na área pública, mas que não existiam balanços, somente a Conta de Receita e Despesa. Mas o certo é que existiu uma expansão desta Conta por diversas entidades da administração pública. Em 1826 havia uma proposta no Senado, na Comissão de Saúde Pública, solicitando que o Intendente Geral da Polícia preste conta da receita e despesa do Polícia (5). Em 1825 o regulamento do Hospital de S. Pedro de Alcantara da cidade de Goiás (atual Goiás Velho), indicava, no Título III, dos empregados do hospital, que o diretor teria “os livros necessarios para a conta da receita, e despeza” (6). Havia críticas naquela época ao foco nesta Conta. Algumas pessoas sabiam que somente esta conta não seria suficiente para evidenciar a situação das entidades públicas. Eis o disse o Visconde de Caravellas sobre o assunto (7):

Huma simples conta de receita, e despeza não nos pode dar huma idéa exacta da situação da Camara: para isso faz-se necessario que ella dê hum balanço geral, por onde conste o seu rendimento anual, as suas dividas tanto activas, como passivas, quanto esta consignado para a amortisação destas, a quanto montão as despesas ordinarias &c [etc]; de outro modo he impossível fazermos sobre isto huma idéa tão precisa, como desejamos, e he mister.

Mas tudo leva a crer que havia a adoção da Conta era bastante difundida na área pública. Um exemplo é que em 1830 a Província de São Paulo aprova as contas da Camara de Antonina (8). É bem verdade que esta expansão no uso da Conta de Receita e Despesa era decorrente de uma imposição legal. Afinal, em 1826 um decreto legislativo afirmava que na Administração e Economia das Províncias era necessário remeter, anualmente, “a conta da receita, e despeza da PRovincia, depois de fiscalizada” (9)

Finalmente, é interessante notar que não existia uma padronização do exercício contábil. A Conta da Receita e da Despesa da Caixa Pia Ecclesiastica referia-se ao período de fevereiro de 1829 a março de 1829 (10). O Imperial Collegio de S Joaquim divulgou em 1825 a sua Conta do período compreendido entre 1º. De Agosto de 1824 a 31 de julho de 1825 (11). E em alguns casos divulgava-se a informação de períodos menores que um ano, como foi o caso da Santa Casa da Misericordia, que evidenciou sua Conta do último trimestre de 1828 (12).

Notas
(1) Observe o leitor que o nome era “Conta da Receita, e da Despeza” conforme pode ser notado a seguir
(2) Império do Brasil. Diário do Governo, 1823, edição 2, p. 316. Transformou-se mais tarde no Colégio Dom Pedro II.
(3) Império do Brasil. Diário do Governo, 1824, edição 3, p. 76. É interessante notar que Lázaros significava doentes de hanseníase.
(4) Diário da Assemblea Geral Constituinte Legislativa do Imperio do Brasil, 1823, ed. 59, p. 14.
(5) Diário da CAmara dos Senadores do Imperio do Brasil, 1826, ed 32, p. 1. Esta proposta foi posteriormente recusada.
(6) Imperio do Brasil Diario Fluminense, 1825, ed. 5, p. 98.
(7) Diário da Camara dos Senadores do Imperio do Brasil, 1826, ed 18, p. 10.
(8) O Farol Paulistano, 1830, ed. 433, p. 1. Neste caso aprovou-se a conta de receita de 1829, mas a aprovação da despesa ficou pendente. A cidade de Antonina fica perto de Curitiba. Naquela época, o Paraná fazia parte de São Paulo.
(9) Imperio do Brasil, 1826, ed. 49, p. 20. Eis o princípio da anualidade, não do orçamento, mas da execução do dinheiro público.
(10) O Farol Paulistano, 1829, ed. 204, p. 4. Um aspecto curioso é que a Conta foi aprovada em 25 de março de 1829. Isto não era exclusividade do terceiro setor. A Conta da Camara da cidade de São Paulo de 1828 referia-se ao período de 17 de março de 1827 a 9 de fevereiro de 1828. Vide O Farol Paulistano, 1828, ed. 101, p. 1.
(11) Imperio do Brasil Diario Fluminense, 1825, ed. 5, p. 265.
(12) Esta demonstração também apresentava dados não monetários, como o número de enfermos, pobres, falecidos, etc. Imperio do Brasil Diario Fluminense, 1829, ed. 13, p. 66.

21 março 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Fato da Semana: O gato subiu no telhado ... (Semana 12 de 2015)

Fato da Semana: A notícia saiu ontem, no Estadão. E se for verdade nós teremos muito que discutir sobre a forma de cálculo. A Agência Estado apurou que a empresa irá usar os dados “oficiais” da Operação Lava Jato para apurar as perdas com a corrupção. A notícia é que a empresa obteve, na justiça, o acesso aos documentos da operação e os valores dos desvios. E isto naturalmente será menor que os valores apresentados anteriormente, que incluía, num só bolo, as perdas com a corrupção e com os valores estimados a maior nos ativos.

Ainda segundo a Agência Estado, até o momento o Ministério Público Federal já somou desvios nos valores de 2,1 bilhões, mas este não será o valor a ser utilizado.

Qual a relevância disto? A primeira impressão é que a amortização será somente do valor da corrupção. E isto seria um grande erro contábil da empresa. Será que o contador teria coragem de assinar um balanço deste jeito? E a PwC concordar com um parecer limpo?

Veja o leitor que quando um funcionário é corrompido, o prejuízo desta corrupção é não somente o valor pago. Deve estar incluso nos efeitos os resultados negativos em decorrência disto. Considere, a título de exemplo, o pagamento de uma propina de R$20 milhões para que o conselho ou um grupo de funcionários aprove a compra de uma refinaria. Esta aquisição é tão ruim para a empresa que o ativo que valia R$200 milhões foi adquirido por R$ 1,5 bilhão. Qual o valor que deve ser amortizado? Pelo teor da reportagem seria somente R$20 milhões, mas a propina induziu a uma decisão tão ruim para a empresa que o prejuízo foi de R$1,3 bilhão com a decisão de compra.

Positivo ou Negativo – Negativo. A notícia parece um ensaio para ver a reação das pessoas. Divulgada na sexta, reduz a reação negativa. Será que o mercado irá engolir? Ao longo dos últimos dias estamos lendo uma série de notícias sobre o assunto.

Desdobramentos – Certamente a empresa não irá amortizar 89 bilhões. Nos próximos dias mais informações serão divulgadas sobre o resultado.

Orçamento

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que fará um contingenciamento "significativo" do Orçamento da União neste ano para garantir o cumprimento da meta de superávit primário de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), admitindo que o país está com desequilíbrio fiscal.

“Esta semana foi aprovado o Orçamento, agora, assim que sancionado, nós vamos... fazer o contingenciamento, que será significativo, não vai ser um pequeno contingenciamento”, disse a presidente a jornalistas em Eldorado do Sul (RS), após participar da Abertura da Colheita do Arroz Ecológico.


Fonte: Aqui

19 março 2015

Rir é o melhor remédio

Utilidade da Biblioteca: wi-fi e café barato

Parecer de auditoria

A questão do parecer do auditor é sempre um polêmico assunto. Em agosto de 2014 o FASB soltou um documento discutido o going concern nas demonstrações financeiras na tentativa de melhorar a qualidade desta opinião. Afinal, uma pesquisa da Bloomberg entre os pareceres emitidos no período de 1996 a 2002 descobriu que mais da metade das empresas com falência (673 no total) não tiveram a dúvida da continuidade. O trabalho da Deloitte na Vodafone merece uma citação aqui por expandir os horizontes de um parecer de auditoria. Será este o futuro desta informação?

Crianças não querem ser banqueiros



Um vídeo belga sobre a profissão de banqueiro. E a reação, negativa, das crianças. Via aqui

Senhas

Fonte: Aqui

18 março 2015

Sorteio: Contabilidade Básica - Ricardo Ferreira

Ah! O meu amor por encomendas e livros! S2

Boa noite queridos leitores!

Após muito falar sobre isto no Instagram, cá estamos com o sorteio do livro do professor Ricardo Ferreira (Ed. Ferreira) sobre Contabilidade Básica para concursos.
Foi um super brinde da Editora! \o/ \o/

(Dá até pra ler o FINALMENTE ali na foto né?
Acho que é pra mim que estou com o livro há eras e só hoje dei as caras!)

Olha a belezura!! Quase 8 cm!

É isso pessoal... nós adquirimos o livro, achamos interessante e a editora nos disponibilizou um super brinde. Sério. Eles foram super fofos e prestativos. (Os Correios, nem tanto!)

Para participar preencham os campos [abaixo ou em http://goo.gl/forms/JQ6HZCVHvE ] e sigam as regrinhas. Esperamos que adorem, assim como nós ficamos encantados.




O questionário ficará aberto até o dia 19 para que postemos o sorteado no dia do blogueiro! \o/ Isso mesmo! Dia 20 de março descobriremos o felizardo S2

Não se esqueçam das nossas regras básicas:

O prêmio será enviado pelos autores do blog - a quem são reservados direitos de substituir um ou todos os prêmios por outro de valor igual ou superior caso algum prêmio divulgado se torne indisponível. Os sorteados serão notificados por meio do e-mail cadastrado e devem responder em até 3 dias (72 horas) com um endereço de envio de correspondência válido ou estará abrindo mão do prêmio e um novo participante será selecionado. Ao aceitar o prêmio, todos os participantes concordam que os autores do blog poderão postar o seu nome em páginas e textos relacionados a "sorteios anteriores" e em qualquer outro tipo de publicidade sem qualquer compensação ou consideração adicional, a não ser que lei a proíba.

Será escolhido apenas um vencedor.

Divirtam-se e boa sorte!

Contabilidade Financeira e Editora Ferreira

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Frase

Brazil’s Clean Companies Act (CCA) goes further than the FCPA by prohibiting bribery of foreign and local government officials, while the FCPA prohibits bribery only of foreign officials. 

(Jaclyn Jaeger, Compliance Week, Petrobras Probe Portends Brazil Enforcement Crackdown)

Links

Os finalistas do concurso de fotografia do Smithsonian

Este livro é um planetário (vídeo)

Meninos da Índia fazem cálculo de forma rápida (Ábaco)

Ambush: novo mural de Lonac (fotografia)

Medida agregada do impacto de desastres naturais

Iasb informa os efeitos da norma de leasing

17 março 2015

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Agora vai...

O senhor Bresser-Pereira tem toda razão. Com o dólar a 3,26, a indústria nacional está bombando. Os economistas heterodoxos são realmente jeniais.


Já o novo desenvolvimentismo que defendo é muito diverso tanto do liberalismo econômico quanto do desenvolvimentismo comum. A diferença fundamental está na tese que só uma taxa de câmbio equilibrada, de “equilíbrio industrial”, pode garantir  o crescimento acelerado ou o “catching up” – uma taxa que torna competitivas as  empresas nacionais de bens comercializáveis (tradables) que usam tecnologia  moderna, e não apenas as exportadoras de commodities. Qual é essa taxa? Eu vinha  afirmando que, a preço de hoje, estaria em torno de R$ 3,00 por dólar. Entretanto,  José Luis Oreiro, Flavio A.C. Basílio e Gustavo J.G. Souza, em trabalho  apresentado ao Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas, calcularam
recentemente a taxa de câmbio de “equilíbrio industrial” em R$ 3,26 por dólar.


Fonte: Bresser-Pereira - Valor 01/01/2014

Petro fora do Índice de Sustentabilidade


A Petrobras informa que foi comunicada pelo Comitê do Índice Dow Jones de Sustentabilidade que a partir de 23 de março de 2015 não será mais integrante do Dow Jones Sustainability Index World (DJSI World), do qual fazia parte desde 2006. A saída do índice não implica, contudo, que a empresa deixará de ter ações negociadas na Bolsa de Nova York.

Fonte; aqui

16 março 2015

Rir é o melhor remédio




Momento perfeito

Finanças Pessoais: Cartão de Crédito

O cartão de crédito é uma das formas de pagamentos mais utilizadas nos dias de hoje. Geralmente quando se faz uma compra, a utilização do cartão parece ser uma excelente opção, já que só iremos pagar no futuro, muitas vezes sem nenhum acréscimo. Além disto, usar o cartão é prático, pois carregamos uma grande quantidade dinheiro num pedaço de plástico.

Mas o conselho mais adequado é “evite utilizar o cartão de crédito”. Diversas pesquisas já realizadas mostraram que uma pessoa com cartão pagar mais por um produto, sendo irracional no seu gasto. Assim, se você entrar no supermercado com um cartão de crédito, o valor da sua compra será maior do que se você estiver somente com dinheiro vivo. Existem várias explicações para este comportamento, incluindo um “esquecimento seletivo” do total utilizado com o cartão. O consumidor que usa o cartão geralmente esquece que esta conta terá que ser paga no próximo mês, assim como esquece o que já foi gasto até aquele momento.

Uma pesquisa publicada este ano no Journal of Consumer Policy (PODDAR, Amit; ELLIS, Cameron; OZCAN, Timucin. Imperfect Recall: the impact of composite spending information disclosure on credit card spending, volume 38, n. 1, março 2015) apresentou um experimento onde isto foi novamente comprovado. Usando um grupo de consumidores, toda vez que o cartão era utilizado informava-se não somente o valor da conta como o total gasto de forma cumulativa com aquela compra. Isto lembrou a este grupo o valor que foi comprometido no futuro com este meio de pagamento. Ao ser “lembrado” do valor, os consumidores começaram a reduzir o uso do cartão, num valor de quase 10% do valor a menos na conta.

Propaganda de boneca

O vídeo a seguir mostra uma propaganda de uma boneca, Suzy Cute, de 1964. Com a participação do músico Louis Armstrong.

15 março 2015

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

História da Contabilidade: Orçamento público de 1829

Durante o primeiro império, uma das figuras de maior destaque foi o Marquês de Barbacena (1). Logo após a independência, atuou na guerra Cisplatina, procurou uma nova para Pedro I na Europa. Tornou-se ministro do Império e adotou a prática de prestar contas ao Parlamento. No final do ano de 1830 foi demitido pelo imperador, que apressou o fim do primeiro reinado (2).

Poucos meses antes de sua queda, em maio de 1830, o Marquês de Barbacena apresentou no parlamento uma prestação de contas das finanças do império, cujo exercício tinha encerrado em 30 de junho de 1829. Segundo suas palavras, ele tentou melhorar a qualidade das contas públicas para ajudar que a Câmara pudesse analisa-las. Nas palavras do marquês (3):

Em todas as contas procurei introduzir alguma uniformidade de escripturação, e toda a clareza, que cabia em minhas faculdades, para facilitar a esta Camara o exame legal e arithmetico das mesmas contas.

Mas Barbacena reconhece que existiam uma série de problemas nos valores apresentados, conforme afirmação logo a seguir:

Não sâo ellas perfeitas, nem podem corresponder completamente á quanto a Camara tem direito de exigir e dezejar, porque em contabilidade, escripturaçâo, revisão de contas muito há que aperfeiçoar, e criar.

Esta afirmação indicava que os números apresentados ao legislativo eram questionáveis, já que não estavam incluídos alguns itens, conforme reconhecia Barbacena. Reconhecia que o Império possuía uma dívida de 35 milhões de cruzados, mas afirmava que este valor não era substancial em comparação com outros países. Entretanto, este valor era bem superior ao valor da receita. No comunicado ao parlamento, Barbacena informava que a receita do exercício encerrado em meados de 1829 era 41% maior que o orçamento. Para ele

O que prova exuberantemente a inexactidâo de taes orçamentos, inexactidâo, que não se deve imputar aos calculadores, mas sim á falta de informações ou elementos exactos, e á eventualidade das nossas rendas, que todas sâo indirectas.

Logo a seguir, comentava sobre o orçamento do período compreendido entre primeiro de julho de 1831 a 30 de junho de 1832. Nos números apresentados, o principal orçamento era da Fazenda, com 42% do valor, seguido pela Guerra (32%) e Marinha (14%). Mas reconhecia que não tem alguns dados da província e que alguns ministros, em especial o da Guerra, tiveram dificuldade para mostrar um orçamento exato. O orçamento da Guerra era elevado em razão dos montepios, pensões, viúvas, reformados, etc.

Entretanto, num orçamento de despesa de 16 milhões de cruzados, a receita orçada era de 11 milhões, num déficit de cinco milhões. Apesar deste ser um número provisório, o marquês de Barbacena indicava que para combater o déficit, propunha-se melhorar a administração.


(1) Uma maior descrição da vida e feitos do marquês pode ser encontrado na Wikipedia. Esta foi a fonte da fotografia do marquês.
(2) o primeiro reinado acabou em 1831, com a abdicação do imperador.
(3) O Universal, Ouro Preto, edição 448, páginas 1 a 4, 1830.As citações a seguir também são da mesma fonte. Preservou-se a linguagem da época.

14 março 2015

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Fato da Semana: Processo de Falência do BVA (Semana 11 de 2015)

Fato da Semana: O fato desta semana reflete o otimismo deste blog. Um texto do Valor Econômico mostrou que a falência do BVA pode estar terminando nos próximos meses, em 2016. Este processo de falência está sendo conduzido por uma empresa (pessoa jurídica) e não um administrador (pessoa física).

Qual a relevância disto? Podemos estar diante de uma solução para os demorados processos existentes na nossa economia. Geralmente o gestor tem interesse em alongar o processo, em razão dos seus incentivos pessoais. A empresa deseja passar a imagem de eficiência e rapidez, para conseguir obter mais processos e conquistar este potencial mercado.

A melhoria na rapidez pode ajudar nos contratos entre empresas e potenciais credores.

Positivo ou Negativo – Positivo.

Desdobramentos – Esperamos que nenhum tribunal não torne ilegal esta novidade. No longo prazo podemos ter empresas especializadas em fazer estes processos.

Crescimento

Se a economia da Coreia do Sul crescer este ano 3%, isto corresponderá ao tamanho da economia da Coreia do Norte

Pi Day

Hoje é o Pi Day. Em língua inglesa o dia de hoje é março, dia catorze do ano 15. Ou 3 14 15, que corresponde ao número Pi (3,1415).

13 março 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Pensões

Segundo a agência de notícia Reuters, o Iasb está pensando na possibilidade de criar uma nova norma contábil para as pensões que não se enquadram nas categorias tradicionais. Ainda conforme a Reuters, existe uma migração do benefício definido para contribuição definida em todo o mundo, mas algumas empresas estão trabalhando com um regime híbrido, que não se enquadram em nenhuma das categorias.

"Regimes de pensões modernos podem ter variações infinitas, a partir dos extremos de contribuição definida até o benefício definido, com diferentes graus e formas de partilha de risco", afirmou o presidente do Iasb Hoogervorst.

Links

50 tons de cinza - como o gênero do crítico influencia na sua nota

A imprensa usa a palavra "custo" na área pública quando quer dizer "transferência"

Um algoritmo para ajudar você a comprar as roupas do House of Cards

O futuro da pesquisa não está no Google

Jornal de Psicologia bane teste de significância

O cirurgião plástico (e brasileiro) de Kadafi (fotografia)

12 março 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Curso de Contabilidade Básica: Empréstimo, Fluxo de Caixa e Despesa Financeira

Quando uma empresa possui empréstimo, isto irá gerar despesa financeira. Esta decisão de captar recursos de terceiros irá aparecer no balanço patrimonial, na demonstração do resultado e na demonstração dos fluxos de caixa.

Existe uma grande polêmica quanto ao tratamento deste fato nas demonstrações contábeis. Na demonstração do resultado, a classificação da despesa financeira deveria ser após o lucro operacional. Nos últimos anos as empresas brasileiras estão considerando o lucro antes e depois do resultado financeiro, por indução das autoridades reguladoras. E o fluxo de caixa com esta operação na DFC é mais contraditório ainda: o pagamento dos juros é classificado como operacional e o pagamento do principal é financeiro.

A figura a seguir é o balanço da Tracbel, uma distribuidora de máquinas agrícolas.
O volume de empréstimo no final de 2014 aumentou de 28,5 milhões para 38,6 milhões. Isto tem reflexo no resultado da empresa:

No resultado financeiro da empresa tem-se que as despesas financeiras reduziram de 7,8 milhões para 6,7 milhões. O efeito dos empréstimos e financiamentos na DFC estão a seguir:


Na parte “operacional” têm-se os encargos financeiros sobre financiamentos, que somados a despesas financeiras irão compor o fluxo de caixa com o pagamento de juros. Na parte do financiamento, a empresa informa o volume captado e o volume pago com este item.

Valor da Propina

Segundo a Folha de S Paulo, os diretores da empresa Petrobras consideram que não há meios para calcular o "sobrepreço" nas obras antes da conclusão das investigações do Ministério Público. E que este cálculo seria importante para que a empresa de auditoria, a PwC, "aprove o balanço. Desde novembro, a auditoria tem feito ressalvas à contabilidade". Segundo o jornal, a empresa cogitou usar o percentual de 3% citado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, mas o próprio percentual parece que não era fixo.

O jornal afirma que o cálculo também representa um parâmetro para determinar quanto as empreiteiras devem devolver aos "cofres públicos". Será?

Há estudos demais...

Parece piada, mas não é

Um novo estudo descobriu que existem demasiados estudos. O número de artigos científicos tem crescido rapidamente nos últimos anos, o que torna mais difícil para as pessoas manter o controle de todos os documentos relevantes para o seu trabalho, de acordo com o abtract [do artigo], o que significa que a quantidade de atenção real que pode ser dedicado a qualquer um deles é muito menor do que era antes. Consequentemente, as pessoas esquecem os artigos muito mais facilmente, já que há um fluxo constante de novos [artigos] que podem vir a substituí-lo. O que o texto conclui é, paradoxalmente, a enorme abundância de conhecimento disponível pode significar acadêmicos com menos conhecimento geral, onde a atenção deles é espalhada e assim esquecem as coisas mais facilmente.

Fonte: Aqui

Braskem

O gráfico mostra o desempenho das ações da Braskem. A empresa foi acusada de pagar propina para ter contratos favoráveis com a Petrobras. Apesar da negativa da empresa, o mercado considerou que a acusação poderá trazer problemas futuros para a empresa. 

11 março 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui e aqui

Pesquisa: decisões de investimento no mercado financeiro

Queridos leitores, abaixo segue a solicitação de participação em uma pesquisa:

Sou Robson Braga, doutorando do programa de Controladoria e Contabilidade da Universidade de São Paulo – USP, sob orientação do Prof. Dr. Luiz Paulo Fávero. Como parte do desenvolvimento de minha tese, estou realizando uma pesquisa sobre decisões de investimento no mercado financeiro e gostaria de contar com sua participação.

Para tal, basta acessar o link http://www.researchusp.com/pesquisa.faces?op=inicio (preferencialmente, utilize o navegador Google Chrome) e seguir as instruções apresentadas no instrumento. O tempo médio estimado para a conclusão da pesquisa é de quinze minutos, sendo que você poderá responder parcialmente e concluir em outro momento, caso algo o impeça de finalizar de uma só vez.

Temos certeza de que achará interessante a pesquisa, especialmente pelo fato de ter uma aplicação interativa semelhante a uma plataforma de negociação de ações. Pedimos apenas que suas respostas apresentem a maior fidedignidade possível em relação ao seu comportamento decisório.

Ao concluir a pesquisa, você estará concorrendo ao sorteio de um IPad Mini Retina 32Gb. Ficaremos gratos se você compartilhar esse link com sua rede de contatos.

Atenciosamente,

Robson Braga
Doutorando em Controladoria e Contabilidade
FEA-USP

Prof. Dr. Luiz Paulo Fávero
FEA-USP
Professor orientador

Links

Jogadores de futebol possuem um elevado auto-controle 

Mesmo macacos tomam decisões irracionais

No teste de hipótese, você aprende mais com a não rejeição

Testes de stress estão menos informativos

Os fusos horários mais estranhos do mundo

50 tons de cinza

Emma Pierson comenta que os críticos masculinos foram mais duros com o filme "50 Tons de Cinza", muito embora as mulheres também não gostaram muito. Existe uma diferença de percepção sobre a qualidade de um filme conforme o gênero do crítico. Assim, 78% das mulheres que fazem críticas sobre filme gostaram de Simplesmente Amor, mas somente 58% dos homens gostaram. Mas 80% dos homens gostaram do Lobo de Wall Street e somente 57% das mulheres. Esta diferença tem influencia direta sobre a bilheteria:

Os críticos de cinema não são os únicos especialistas vulneráveis às disparidades do gênero. Investidores profissionais do sexo feminino são financeiramente mais avessas ao risco do que os investidores do sexo masculino. As juízes do sexo feminino são mais propensos a decidir em favor do assédio e discriminação sexual em demandas sexuais. As médicas do sexo feminino passam mais tempo com seus pacientes . (...) Se queremos que as nossas instituições a tomar decisões representativas, precisamos de mais mulheres em posições de poder (...)

Processo de Falência e Incentivos

O Valor Econômico traz notícias sobre o processo de falência do BVA (Falência do BVA pode ser encerrada em 2016 , Fabiana Lopes, 9 de março de 2015). Iniciado no fim de 2014, o processo deverá ser encerrado em 2016. Isto é completamente diferente da demora usual para este tipo de processo.

Segundo o jornal, o que difere este processo dos demais é que o juiz contratou uma empresa para fazer este trabalho: a Alvarez e Marsal. Apesar de previsto na lei brasileira, a contratação de uma empresa de consultoria para fazer o processo é inédita.

O texto não cita o aspecto mais relevante: incentivo. Enquanto uma empresa está preocupada em reduzir seus custos e ser eficiente, o gestor visa aproveitar ao máximo o período de falência.

Conferência Internacional de Contabilidade Ambiental 2015


Informamos que a submissão dos artigos para a Conferência Internacional de Contabilidade Ambiental (CSEAR South America), CSEAR IV 2015 ainda está aberta.

A IV Edição do CSEAR South América ocorrerá em Salvador, Bahia, de 29 a 30 de junho de 2015, e pretende fomentar as discussões sobre a terminologia deste campo de conhecimento, buscando aprofundar pesquisa sobre reconhecimento, mensuração e accountability dos elementos sociais e ambientais que impactam o resultado econômico das entidades, tendo como tema: Contabilidade para sustentabilidade: este é o caminho?


Confiram a chamada e as diretrizes para submissão de trabalhos visitando o site oficial do evento: http://www.csear.ufba.br/index.html


As datas importantes do evento são:


01/11/2014 - Abertura da submissão de trabalhos
01/11/2014 - Abertura das inscrições
15/03/2015 - Encerramento da submissão dos trabalhos15/04/2015 - Divulgação do resultado da avaliação dos trabalhos
Encerramento das inscrições:
Para participantes com trabalho aprovado: 30/04/2015
Para participantes sem trabalho aprovado: 30/05/2015
29 e 30/06/2015 - Realização do Evento.


As áreas temáticas para submissão de artigos são as seguintes:
1- Evidenciação para sustentabilidade
2- Auditoria versus sustentabilidade
3- Mensuração de eventos sociais e ambientais
4- Controladoria ambiental: Gestão ambiental (logística reversa, resíduos)
5- Aspectos sociais (práticas anticorrupção, direitos humanos e direitos do consumidor)
6- Temas contemporâneos


Os 12 melhores artigos apresentados na IV Conferência Internacional de Contabilidade Ambiental da América do Sul (CSEAR South America) serão encaminhados ao periódico Advances in Environmental Accounting and Management (AEAM), ISSN: 1479-3598. Em seguida, o AEAM irá selecionar, dentre eles, pelo menos seis a serem publicados em uma edição especial em 2016. Para uma melhor compreensão, conheça a página do periódico: http://www.emeraldgrouppublishing.com/products/books/series.htm?id=1479-3598#sthash.gSEG6Lep.dpuf


As principais regras para encaminhamento dos artigos para o AEAM são:
· o trabalho ter sido apresentado por pelo menos um dos autores, no período de realização do evento (29 e 30 de junho de 2015);
· estar entre os 12 melhores, selecionados pela comissão organizadora. O(s) autor(es) deverá(ão) se responsabilizar pela tradução do seu trabalho para o inglês, caso esteja em língua portuguesa ou espanhola, até 30 de novembro de 2015;
· depois de revisado pelo(s) seu(s) autor(es) e mediante autorização, o trabalho completo será encaminhado em 31 de dezembro de 2015 para a AEAM que escolherá pelo menos seis, entre os doze artigos;
· comunicado de aceite pela AEAM em 01 de março de 2016;
· publicação em número especial da AEAM em 2016.


Esperamos nos ver no CSEAR South America 2015!

Cordialmente,
Comissão Organizadora
Profa. Dra. Aracéli Cristina de Sousa Ferreira - UFRJ
Prof. Ms. Antônio Carlos Ribeiro da Silva - UFBA
Prof. Dr. José Célio Silveira Andrade - UFBA
Profa. Dra. Maísa de Souza Ribeiro - FEA-USP
Profa. Dra. Sonia Maria da Silva Gomes - UFBAProfa. Dra. Fátima de Souza Freire- UnB

10 março 2015

Rir é o melhor remédio




Prioridades

Abrindo a caixa preta do BNDES

Nos últimos anos, o governo abriu como nunca as torneiras do Tesouro, aportando vultosos recursos ao BNDES, através do qual concedeu empréstimos subsidiados. Qual o resultado dessa política? A resposta curta é: não sabemos, pois não estão disponíveis dados necessários para uma análise rigorosa dos vários programas e empréstimos individuais do banco.

Políticas públicas são financiadas por impostos e é obrigação do governo prestar contas de seu uso aos cidadãos que os pagam. Não menos importante, os recursos são escassos e as necessidades da população virtualmente ilimitadas; os recursos escassos deveriam, então, ser aplicados às políticas que gerem maior benefício à sociedade. Por essas razões, toda e qualquer política pública deveria ser criteriosamente avaliada, com cômputos e apresentação à sociedade de seus custos e benefícios. 

Do lado dos custos, a discussão se dá de maneira um tanto quanto confusa. A atividade principal de um banco é conceder empréstimos. O risco desses empréstimos (e, portanto, seu custo econômico) é incorrido por quem financia o banco. O custo de financiamento de um banco está relacionado ao risco de seu portfólio de ativos, ou seja: os recursos que financiam a atividade do banco devem ser remunerados de acordo com o risco que impõe aos financiadores. 

Um exemplo: parte substancial do financiamento do BNDES vem de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para os quais não há qualquer compromisso de repagamento de seu principal pelo banco. Portanto, o FAT é, de facto, acionista do BNDES e deveria ser remunerado de acordo com os riscos com os quais um acionista se depara. A despeito disso, recebe como remuneração a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). De forma análoga, o governo é acionista do BNDES e deveria ser remunerado como tal. Em particular, ao contrário do que o debate público sugere, o subsídio implícito em qualquer empréstimo feito pelo BNDES é a diferença entre a taxa do empréstimo e o custo econômico de financiamento do banco: fazer com que a TJLP se iguale à Selic reduziria, mas não eliminaria o subsídio.
Além do custo de financiamento do banco, há um outro custo que deve ser levado em consideração. O FAT, por exemplo, é financiado por impostos pagos pelas empresas e distorcem suas decisões do quanto investir em capital e empregar trabalhadores e, portanto, impõe um custo à sociedade que deve ser levado em consideração para se avaliar o custo do BNDES. 

Se do lado dos custos o problema nos parece ser conceitual, do lado dos benefícios o problema é que não há informação suficiente para que a sociedade os avalie. A principal justificativa para a atuação de um banco de desenvolvimento é a existência de projetos cujos benefícios sociais sejam maiores que os benefícios privados. Numa situação dessas, os agentes privados não conseguirão se apropriar de todos os benefícios gerados. Assim, ausentes a atuação do banco e alguma forma de subsídio, esses projetos não seriam levados a cabo, com consequências negativas para a sociedade. Isso ocorre, por exemplo, em projetos que geram o que os economistas chamam de externalidades positivas, isto é, quando um projeto gera ganhos sociais para além daqueles que se beneficiam diretamente dele.

A sociedade tem o direito de julgar se os benefícios da concessão de empréstimos subsidiados compensam os custos. Afinal, não faltam outros problemas que podem ser mitigados com esses recursos, como as filas do SUS ou a falta de vagas em creche, para citar apenas duas de uma longa lista de carências. Para fazer a avaliação, é indispensável que a sociedade tenha acesso às informações. Por exemplo, sendo o empréstimo subsidiado, quais são a taxa efetiva, o prazo e o indexador? Como isso se compara com os juros o governo paga? Para empresas abertas, como o financiamento do BNDES se compara à taxa média de financiamento da empresa no mercado? O indexador é diferente? E como se compara às debêntures que a empresa possa ter? Na ausência dessa informação — o que ocorreria para empresas fechadas — como os termos se comparam com termos que empresas abertas comparáveis enfrentam? 

Até hoje os dados sobre cada empréstimo do BNDES não estão disponíveis, sob a justificativa de que seria uma violação do sigilo bancário. Uma possibilidade seria fazer com que cada empresa que receba empréstimos a taxas subsidiadas (que correspondem a um custo social) abra mão de confidencialidade de algumas informações relacionadas ao empréstimo, como contrapartida e sob condições a serem determinadas. É possível que, em circunstâncias muito especiais, seja socialmente desejável fomentar algumas empresas ou setores através de empréstimos subsidiados. Mas esse é tema para outro artigo. Nosso ponto aqui é mais básico: precisamos, antes de mais nada, mensurar corretamente o retorno social dos empréstimos subsidiados do BNDES. É hora de abrir a caixa preta.

Vinicius Carrasco é professor do Departamento de Economia da PUC-Rio; Arminio Fraga Neto é sócio do Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central; João Manoel Pinho de Mello é professor do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa

Curso de Contabilidade Básica: Taxa de Depreciação

A estimativa da depreciação de um imobilizado deveria ser objeto de um estudo técnico, onde para cada ativo a empresa teria um valor depreciado. Entretanto, o custo de produzir esta informação ultrapassa em muito o benefício de uma informação mais correta. Por este motivo geralmente a empresa estabelece que para determinado tipo de ativo, um computador, por exemplo, a depreciação seria uma taxa anual fixa.

No passado o fisco determinava o valor máximo de depreciação que poderia ser usado nas demonstrações contábeis para fins fiscais. O que era “valor máximo” tornou-se “o valor” e “fins fiscais”, “societário”. Com a adoção das normas internacionais de contabilidade esperava-se que as empresas tivessem liberdade de usar uma taxa mais conveniente, que expressasse melhor a realidade. Mas será que isto ocorreu?

Somente uma investigação mais profunda, numa grande quantidade de balanços, que será possível nós respondermos a esta questão. Entretanto, tudo leva a crer que as velhas taxas fiscais continuam sendo usadas pelas empresas.

Vamos usar o caso a Alpargatas. Esta empresa está associada às marcas Havaianas, Topper, Rainha, Mizuno, entre outras. Ou seja, é uma grande empresa. Usando suas demonstrações contábeis, encontramos as taxas usadas pela empresa:
Para Edifícios e Construções e Móveis e Utensílios a empresa manteve a taxa adotada pelo fisco no passado. Os itens do grupo “Máquinas e Equipamentos” são depreciados a 8% ao ano, o que levaria a uma estimativa de vida útil de 12,5 anos. Veículos sofrem uma depreciação anual de 15%, o que levaria a quase sete anos de vida útil.

Nova auditoria

A seguir trecho de uma entrevista com Ana María Martínez-Pina do Instituto de Contabilidad y Auditoría de Cuentas (ICAC) da Espanha:

(...) P. ¿Quizá el gran problema es que durante años los auditores han hecho de asesores?

R. Uno de los temas fundamentales que refuerza esta ley es que el auditor tiene que tener una actitud escéptica ante la empresa. El proyecto normativo incorpora por primera vez el concepto de escepticismo profesional. Como el auditor no estaba antes obligado a rotar y llevaba muchos años con la firma auditada generaba una excesiva familiaridad. Ahora la rotación es obligatoria. El auditor será más independiente de la auditada y podrá hacer su trabajo con mayor rigor.

P. ¿Se complica el trabajo del auditor?

R. No. Porque la normativa europea se ha acercado un poco a la española. Por ejemplo, la legislación comunitaria no tenía servicios prohibidos. La ley recogía un principio general de independencia que decía que el auditor tenía que velar por ella. En nuestro marco jurídico se tradujo desde 1988 en la incorporación de una serie de causas de incompatibilidad. La nueva legislación será más estricta, pero no supone un gran cambio para el auditor porque es muy parecida a la europea.

R. Pero asegura el informe del Consejo de Estado que el concepto de “servicios prohibidos” era “sumamente farragoso”.

R. El Consejo decía que todos los artículos de independencia y competencia eran farragosos. Es verdad que regular la independencia es muy complicado y antes de que se aprobara el proyecto de ley modificamos esos epígrafes para que no lo fueran. No cambiamos su contenido sino que simplificamos la lectura con el fin de que al auditor le resultara más fácil cumplir con esos preceptos.

P. ¿Cuáles son las líneas rojas de los servicios prohibidos?

R. Un auditor externo no puede encargarse de la auditoría interna; ni tampoco valorar el 90% del activo de la sociedad, porque entonces, cuando revisa esa valoración, se está revisando a sí mismo. También tiene prohibido ser su administrador. En el caso de los auditores de las Entidades de Interés Público (EIP), que incluye a las sociedades cotizadas, entidades de crédito y aseguradoras, no pueden prestar ningún servicio relacionado con las nóminas, los recursos humanos ni asesorar sobre la estrategia de inversión, financiación o de negocio de la firma.

P. El Proyecto de Ley fija una rotación máxima de 10 años, que se puede extender a cuatro más cuando la auditoría es conjunta. ¿Qué ventajas tiene rotar?

R. Evita la excesiva familiaridad entre el auditor y la auditada cuando tienes un contrato de muy larga duración. Si llevas con una entidad auditada 40 años a lo mejor tu nivel de escepticismo profesional baja y el auditor se relaja y te fijas más en años anteriores. La rotación refuerza el escepticismo profesional.

P. Si algo define al proyecto es la transparencia. ¿Cómo se concreta en la nueva normativa?

R. El informe de auditoría ahora es más extenso y los auditores de EIP, además de ese trabajo, están obligados a emitir otro a la Comisión de Auditoría de la entidad que auditan junto a un reporte de transparencia sobre su actividad. Asimismo deben informar al Banco de España, la CNMV o la Dirección General de Seguros de cualquier irregularidad grave detectada en la firma auditada.

P. ¿El endurecimiento de las multas supondrá el cierre de auditoras pequeñas y medianas?

R. Las sanciones son proporcionales a los honorarios que factura el auditor.