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20 julho 2013

Fato da Semana

Fato: A minuta da estrutura conceitual do Iasb

Qual a relevância disto? – A estrutura conceitual apresenta as definições de ativo, passivo, patrimônio líquido, receita e despesa. Esta semana o Iasb colocou em minuta uma nova proposta de estrutura conceitual com alterações na existente. Estas mudanças podem ter reflexo no reconhecimento (ou não) de certos itens polêmicos. Além disto, podem ajudar (ou atrapalhar) a resolver as dúvidas existentes.

A mudança recente é sinal da “superprodução de normas”, fenômeno comum no nosso que já abordamos neste blog várias vezes. Sua principal característica é a existência de muitas normas, algumas delas revisão de outras aprovadas no passado. No caso da estrutura conceitual, a existente talvez seja recente demais para ser alterada. A discussão continuará acontecendo nos próximos meses e provavelmente esta nova estrutura conceitual só entra em vigor em dois ou mais anos, apesar do Iasb ser bastante otimista quanto ao prazo.

Positivo ou Negativo? – Depende. O teste da nova estrutura conceitual é a ajuda que pode fornecer para resolver polêmicas.  

Desdobramentos – Uma nova estrutura conceitual geralmente demanda uma revisão nas normas existentes. Assim, sua eventual aprovação deverá implicar em mudanças nas regras existentes. Os países que adotam, total ou parcialmente, as normas internacionais também terão que se adequar. Entre eles o Brasil. Entretanto, neste momento inicial o impacto será muito mais verborrágico do que prático.

Outro fato relevante: as consequências da crise do grupo Batista terão reflexos sobre muitas áreas, inclusive a contabilidade: governança corporativa, auditores, divulgação de informações são aspectos ligados a nossa área. 

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1 – Esta empresa resolveu adotar uma nova forma de contabilizar seu hedge. E provocou polêmicas e confusão:
OGX
Petrobras
Vale

2 – A empresa Lupatech está enfrentando dificuldades, inclusive para pagar suas dívidas. Esta empresa está sofrendo os efeitos
Da falta de demanda no mercado interno
Da lentidão nos investimentos do pré-sal
Das mudanças das regras no setor elétrico

3 – As operações fora de balanço estão sendo consideradas na Petrobras para
Aumentar os investimentos estrangeiros na empresa
Reduzir o nível de endividamento
Resolver seus problemas de caixa

4 – 10,7 bilhões de reais refere-se
Empréstimos do grupo de Eike com o BNDES
Impostos que não foram pagos pelas empresas de petróleo em 2012
Quantidade de dívida de curto prazo da OGX

5 – Esta semana as entidades AICPA e NASBA chegaram a um acordo sobre:
Aplicação do exame de CPA em outros países
Apoio a posição do rodízio de auditores do PCAOB
Normas contábeis das pequenas e médias empresas

6 – Zeng Chengje foi punido por organizar uma pirâmide na área de imóveis. Por este motivo foi comparado ao Madoff. Isto ocorreu
Na China
Na Coréia
No Canadá

7 – Este dirigente esportivo está sendo processado na Alemanha por corrupção:
Bernie Ecclestone, da F1
Jacques Rogge, do COI
Joseph Blatter, da FIFA

8 – A empresa de consultoria Moody´s fez uma análise desta nova lei e seu veredito é pessimista:
Código Comercial
Lei de falências
LOA

9 – A empresa BP, que ficou conhecida pelo desastre ambiental do Golfo do México, criou um 0800 para
Alertar para situações potenciais de riscos ambientais
Coletar informações sobre empresas rivais
Denunciar quem estiver pedido indenização indevida

10 – O Compliance Week fez uma análise da rapidez com que o congresso dos EUA votou contra qualquer norma sobre rodízio nas empresas de auditoria daquele país. E resumiu numa palavra
Desconhecimento
Dinheiro
Vingança

Acertando 10 ou 9 questões = medalha de ouro; 7 ou 8 = prata; 5 ou 6 = bronze

Respostas: (1)Petrobras; (2) Pré-sal; (3) Caixa; (4) empréstimos do Eike com o BNDES; (5) normas contábeis das pequenas e médias empresas; (6) China; (7) Ecclestone, da F1; (8) Lei de falências; (9) denunciar quem estiver pedido indenização indevida; (10) dinheiro

Comitê Britânico “independente” contra Rodízio é patrocinado pela PwC

O Reino Unido está discutindo reformas no sentido de melhorar a indústria de auditoria. Esta discussão tem gerado aplausos e críticas. No Corporate Reporting Users Forum  (Cruf), um fórum denominado de independente para ajudar investidores, tem apresentado algumas posições críticas em relação a proposta da Competition Commission, que está tentando regular as empresas de auditoria. O Cruf argumenta que as mudanças não irão beneficiar os acionistas e irá impor custos para as empresas e auditores.

O jornal Independent descobriu algo curioso: o Cruf é administrado pela PricewaterhouseCoopers, que manda e-mails, hospeda o sítio, entre outras coisas. O Cruf insistiu que não é influenciado pela PwC: “nós somos independentes da PwC”, afirmou Crispin Southgate, da entidade. Mas reconheceu que a PwC hospeda a entidade e fornece café e biscoitos para as reuniões, segundo informou o Independent. O porta-voz da PwC também insistiu que o Cruf é independente, embora a PwC forneça suporte administrativo.

Leia mais em: Exclusive: PwC links to independent anti-reform lobbyist revealed, James Moore, Independent 

Custo dos ingressos

A divulgação ontem dos valores dos preços dos ingressos mostra que a Copa do Mundo no Brasil será cara. Entre as mais caras da história. Quando se considera a renda do brasileiro, o ingresso representa 24,7 horas de trabalho do brasileiro:

Proposta de alteração na estrutura conceitual II

Contrariando a expectativa que alguns agentes econômicos tinham, a volta do conceito de prudência para a Estrutura Conceitual do IFRS não está contemplada diretamente na proposta apresentada ontem pelo Iasb. Mas não está totalmente descartada.

Embora muitos contadores tenham aprendido na escola que o conservadorismo é um princípio da contabilidade, já faz tempo que ele não integra mais os normativos do padrão IFRS.

Primeiro ele foi substituído pelo conceito da prudência, que parecia menos incisivo, mas depois foi totalmente eliminado, pelo entendimento de que ele seria conflitante com o princípio da representação fidedigna da situação patrimonial da entidade. Ou seja, não deveria haver viés.

Mas ainda que não traga uma sugestão para a retomada do conceito, o órgão menciona que esse tema tem sido motivo de preocupação de alguns agentes e diz que ele pode ser contemplado.

A postura de evitar mudanças se justifica pela tentativa do órgão de não rever alterações feitas em 2010 nos capítulos iniciais da Estrutura Conceitual, que tratam do objetivo das demonstrações financeiras e das características qualitativas que devem ser observadas para a elaboração dos balanços - como representação fidedigna, relevância, comparabilidade etc.

Integram a lista de temas colocados em discussão pelo Iasb também assuntos como definição de modelo de negócio, unidade de conta, entidade em marcha e manutenção de capital.


Por enquanto, prudência fica de fora - Valor Econômico - 19/07/2013

Esta é uma questão polêmica. Brevemente irei fazer um comentário sobre um texto muito interessante de John Kay. Aguarde.

Proposta de alteração na estrutura conceitual do Iasb

O Iasb está propondo uma alteração na estrutura conceitual. Isto inclui "mudanças" na definição de ativo, passivo e outros itens. A seguir um texto sobre o assunto:

Enquanto conclui a revisão de normas contábeis abrangentes e polêmicas como instrumentos financeiros, leasing, seguros e reconhecimento de receita, o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês) acaba de entrar em um tema ainda mais complexo, embora aparentemente simples.

O Iasb pretende rever conceitos contábeis básicos, mas ao mesmo tempo fundamentais, como a definição de ativo e passivo, e também dar princípios sobre quais lançamentos devem entrar na demonstração de resultados do exercício (DRE) e quais devem ser registrados diretamente no patrimônio líquido.

O órgão internacional, com sede em Londres, colocou ontem em audiência pública um documento para discussão com uma proposta de revisão da "Estrutura Conceitual" do IFRS, que no Brasil é conhecida como CPC 00.

Neste documento existem hoje definições sobre conceitos como ativo, passivo, patrimônio líquido, receita e despesa, que servem para dar sustentação teórica à diretoria do Iasb quando ela elabora os pronunciamentos contábeis específicos.

A abrangência dos conceitos sendo discutidos dá uma ideia da relevância do debate do tema o futuro da contabilidade societária mundial. "Esse documento posto em discussão dá oportunidade às pessoas nos ajudarem a modelar o futuro das demonstrações financeiras, debatendo os conceitos que guiam nosso trabalho", declarou Hans Hoogervorst, presidente do Iasb, em comunicado divulgado ao mercado.

A área técnica do Iasb tentou ser bem sucinta nas definições propostas e procurou deixar clara a diferença entre a definição de um conceito como ativo ou passivo e os critérios para sua mensuração e reconhecimento no balanço.

Conforme o texto colocado em discussão, "um ativo de uma entidade é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados".

Em relação à definição atual de ativo, a principal diferença é a retirada do trecho que fala que se espera que de tais recursos "fluam futuros benefícios econômicos" para a entidade.

Como se nota, a ênfase ficou no recurso econômico, e não no benefício gerado por ele, o que pode ser uma fonte de discussão na audiência pública.

Do outro lado do balanço, o Iasb diz que "um passivo de uma entidade é uma obrigação presente de a entidade transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados".

Nesse ponto, foi suprimido o trecho que diz que, quando da liquidação da obrigação, "se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos".

Na definição de patrimônio líquido, a área técnica do Iasb propõe que seja mantida a definição atual, que o explica apenas pela diferença entre ativos e passivos - ou seja, seriam ativos residuais, líquidos dos passivos.

A decisão de rever algumas dessas definições é consequência de um processo de consulta realizado pelo Iasb, que ouviu agentes envolvidos com IFRS em todo o mundo a respeito de que pontos deveriam estar na sua agenda futura. E a revisão da Estrutura Conceitual ficou entre as prioridades apontadas.

As definições de ativos e passivos são apenas um dos pontos do documento colocado em discussão ontem pelo Iasb, que tem um total de 239 páginas.

Os critérios para reconhecimento e "desreconhecimento" de ativos e passivos, bem como o tema da mensuração por custo histórico ou valor justo também estão contemplados.

O documento traz ainda novidades, como considerações sobre que tipo de lançamento deve transitar pela DRE ou na conta de outros resultados abrangentes, diretamente no patrimônio líquido. E apresenta também orientações sobre princípios que devem ser observados para divulgação de informações, seja nas peças contábeis como balanço patrimonial e DRE, ou nas notas explicativas, tema que até então era abordado apenas em pronunciamentos específicos.

O documento colocado em discussão ficará em audiência pública até 14 de janeiro de 2014. Depois de ouvir os comentários e sugestões dos interessados, o Iasb deverá então apresentar uma minuta com um novo texto para essa parte da Estrutura Conceitual. Feito isso, os agentes de mercado terão nova oportunidade de fazer comentários, antes da publicação da nova versão oficial.

Sobre reconhecimento, a proposta diz que devem ser reconhecidos todos os ativos e passivos que atenderem a definição, a não ser que o Iasb decida que o registro do ativo ou passivo vai proporcionar uma informação não relevante para os usuários do balanço, ou que a sua não mensuração vai resultar numa representação suficientemente fiel do ativo e do passivo.


Contadores vão reescrever o bê-á-bá - Fernando Torres | De São Paulo - Valor Econômico - 19/07/2013

Não tive condições de analisar e refletir sobre o assunto, mas parece que as alterações não são tão pronunciadas quanto parecem. A conferir.


O pobre coitado do Eike

Eike Batista escreveu um texto para o Valor ontem. Ele tenta se fazer de vítima. A seguir uma "resposta" de uma colunista da Folha de S. Paulo. Um belo texto.

O empresário Eike Batista veio a público hoje pela primeira vez se manifestar sobre a derrocada do seu império por meio de um artigo escrito para o jornal "Valor". Aconselhado por assessores de imprensa e marqueteiros, escolheu a forma mais fácil. Escreveu o que quis e evitou perguntas que o expusessem ao contraditório.

No artigo, Eike se coloca no lugar de vítima, da mesma maneira que todos aqueles que perderam dinheiro ao comprar suas ações ou investir em seus bônus. Ele não usa a palavra vítima, mas é o que dá entender ao afirmar que estava "extasiado com as informações que me chegavam". Chega a dar pena: pobre Eike!

Eike se coloca como vítima de "consultorias de renome", que estimaram as reservas de petróleo da OGX, de "auditorias de renome", que falharam em prever que havia algo de errado com suas empresas, e de "executivos de renome", que "reafirmavam dia após dia" os prognósticos otimistas para a companhia.

Ele sugere que o mercado não teve paciência em esperar os resultados da OGX e de suas demais empresas ao dizer que "se pudesse voltar no tempo não teria recorrido ao mercado de ações", mas "estruturado um private equity que permitisse criar do zero e desenvolver ao longo de pelo menos 10 anos cada companhia".

"O texto de Eike é uma tentativa patética de se vitimar e se eximir de responsabilidade pelo fracasso operacional de suas empresas e pela conduta inconsequente diante do mercado de capitais nos últimos anos", disse à coluna Ricardo Lacerda, sócio da BR Partners e um dos banqueiros mais experientes do mercado.

Eike levantou a espantosa quantia de US$ 26 bilhões em abertura de capital de empresas e venda de participações para sócios. Desde a estreia da OGX na bolsa, em 2008, o mercado esperou quatro anos para cobrar a fatura. E só começou a penalizar Eike no ano passado, quando a OGX não respondeu às expectativas de produção.

O mercado exagera na subida e na descida. Ajudou a inflar de forma irracional as empresas do grupo EBX lá atrás, e, provavelmente, está projetando para as companhias hoje um valor inferior ao que realmente valem. Mas o fato é que, sem o mercado de capitais, Eike não teria ido tão longe.

No artigo, Eike se esquece de seus deveres de administrador. Caberia a ele desconfiar das previsões otimistas e confrontar seus executivos o tempo todo para saber quais eram as chances reais daqueles prognósticos darem certo. Caberia a ele fazer o "papel de advogado do diabo", afinal os investidores confiaram nele para tirar aqueles sonhos do papel.

Mas, pelo contrário, os relatos de executivos que trabalharam com Eike é que ele não gostava de más notícias e desafiava aqueles que vinham com previsões pessimistas, chamando-os de "calças curtas". Segundo esses relatos, Eike já contava que o mercado iria dar um desconto para suas previsões, aceitando alguma frustração.

O empresário, no entanto, tem méritos. Efetivamente apostou em projetos que o Brasil precisa e tirou dinheiro do próprio bolso para colocar em suas empresas. No texto, ele afirma que "quem mais perdeu com a derrocada no valor da OGX foi um acionista: Eike Batista". É verdade. Ele também promete que "não deixará de pagar um único centavo de cada dívida que contraiu". Menos mal. Tomara que consiga.


Pobre Eike - Raquel Landim - Folha de S Paulo

Frase

Hoje, se pudesse voltar no tempo, não teria recorrido ao mercado de ações. (Eike Batista, no Valor Econômico, 19 de julho de 2013)

Acontece que o problema das empresas é operacional. Ou seja, não é a forma de financiamento (passivo), mas a qualidade dos seus ativos.

19 julho 2013

Rir é o melhor remédio

Última chance: sem recepção nos próximos 400 quilômetros

Dinheiro e Rodízio

Na semana passada postamos sobre a decisão do Congresso dos Estados Unidos contrária a qualquer iniciativa do PCAOB sobre o rodízio. Chegamos a destacar o fato como a grande notícia da semana. O caso chama a atenção pelo fato da vitória ser esmagadora e pela rapidez que a decisão foi tomada pelo congresso (três meses somente).

Um texto da Compliance Week (Following the Money on Audit Firm Rotation) descreve as forças políticas envolvidas na decisão do congresso. Conforme o título afirma, dinheiro é a resposta para decisão tomada pelo legislativo dos Estados Unidos.

Usando dados públicos, o artigo mostra que 14 congressistas receberam doações totais de mais de 500 mil dólares em 2011 e 2012. Estas informações mostram que o setor de auditoria fez doações, desde 2007, no valor de 19 milhões de dólares para vários membros do legislativo.

IFRS no Canadá

O Canadá adotou as normas internacionais de contabilidade, promulgadas pelo Iasb, recentemente. Uma pesquisa local, realizada pelo Financial Executives International Canada encontrou que 47% das empresas tiveram custos de elaboração das demonstrações contábeis parecidos com as normas canadenses. Já 38% afirmaram que ocorreu um aumento nos custos e 15% que reduziram.

Os custos de transição variou de 10 mil dólares para uma empresa com receita de 6 milhões (menos de 0,2%) até 25,5 milhões de dólares para uma receita de 30 bilhões (menos de 0,1%). Quando questionado sobre os custos de transição, os respondentes afirmaram que foram expressivos, mas controláveis. Muitos afirmaram que não tiveram que fazer muitas alterações de TI.

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BP cria linha para evitar fraude

A empresa de petróleo BP teve que arcar com uma série de pagamentos em razão do desastre no Golfo do México e os vazamentos de petróleo. Entretanto, a empresa percebeu um número maior de pessoas solicitando pagamentos por supostos danos ao seu patrimônio em razão do desastre ambiental.

Isto significa que a empresa provavelmente terá um desembolso maior que aquele previsto no seu passivo. Surgiu a desconfiança de que algumas pessoas estavam agindo de má-fé. Para resolver este problema, a BP criou uma linha direta oferecendo recompensas para pessoas que relataram solicitações fraudulentas. A ligação para o número "1-855-NO-2-FRAUD" é gratuita.

Originalmente, a empresa britânica tinha previsto um pagamento de 7,8 bilhões de dólares. Mas os valores podem ser o dobro.

Fonte: The Telegraph

18 julho 2013

Rir é o melhor remédio




Transtorno disfórico pré-menstrual entrou para o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Para mais, clique aqui.

Barulho para a criatividade

Encontrar o espaço certo para fazer um trabalho criativo pode ser difícil. Dentro do escritório há constantes interrupções, reuniões de última hora e uma quantidade muitas vezes incontrolável de ruído. Por outro lado, se isolar em um ambiente silencioso pode não ser a melhor opção também.

Existe uma quantidade certa de barulho que pode contribuir para a produtividade. Talvez seja por isso que muitos criativos se retiram para espaços públicos, como cafés, que possuem um nível de ruído que provoca a mente.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Illinois, Urbana-Champaign (EUA) testou os efeitos de diferentes níveis de ruído nas habilidades de pensamento criativo dos participantes. Segundo o principal autor da pesquisa, Ravi Mehta, o ambiente de trabalho perfeito para projetos criativos deve conter um pouco de ruído de fundo.

Eles separaram os participantes em quatro grupos e pediram para que todos respondessem alguns testes de pensamento criativo. Na sequência, cada um dos grupos foi submetido a um diferente nível de ruído de fundo (50, 70 e 85 decibéis, e silêncio completo). Quando eles analisaram os testes de cada pessoa, descobriram que aqueles no grupo de 70 decibéis, expostos a um nível moderado de ruído ambiente, tiveram um resultado significativo em relação aos outros três grupos. O ruído de fundo impulsionou o pensamento criativo.

O ruído de fundo cria uma distração, mas o equilíbrio é a chave. Um nível moderado de ruído de fundo é suficiente para tirar as pessoas de seus padrões de pensamento e incentivá-las a deixar sua imaginação vagar, ajudando a melhorar a criatividade. Os autores do estudo explicam que “entrar em um ambiente relativamente barulhento pode desencadear o cérebro a pensar abstratamente, e assim gerar ideias criativas”.

Mas e se você não é livre para vagar por cafés em busca de foco distraído? Você pode recriar o ambiente de um café dentro do seu cubículo ou escritório virtualmente.

Coffitivity: Inspirado pela pesquisa, Justin Kaulzer criou um aplicativo online gratuito que tem um ciclo contínuo de ruído de cafés. O programa inclui ruídos de conversas, assim como os sons de cerveja e servir café. Ele ainda inclui uma função para imitar fones de ouvido em um café, permitindo que você ajuste os níveis de volume do seu computador para o barulho de música e do café parecerem separados.

Ambient Mixer: Uma máquina de ruído em esteroides, o Ambient Mixer apresenta uma série de sons tradicionais. No entanto, este app vai um pouco mais longe e permite combinar sons, ajustar os níveis de ruído, mixar ruído de fundo e compartilhar suas criações com os outros.

Música 99U Mixes: Se você está acostumado demais com suas faixas do iTunes como ruído de fundo, tente estas playlists: cada uma tem um tema diferente para facilitar a seleção com base em onde você está e o que você precisa para começar a trabalhar melhor e aguçar a criatividade.

Foco @ Will: O Foco @ Will toca música ambiente em fases sequenciadas, chamando naturalmente a sua atenção. O aplicativo inclui um cronômetro para que você controle o tempo de trabalho.

Brian Eno’s Music for Airports: Lançado em 1978, este álbum ainda é considerado uma das melhores gravações de música ambiente. Originalmente concebido durante uma longa escala em um aeroporto europeu como forma de tolerar esse nível de tédio, a gravação do Eno realmente foi tocada dentro do aeroporto LaGuardia, em Nova York (EUA), por um breve tempo. Felizmente, ele fez o salto para mp3 e agora pode ser usado em todos os lugares, até mesmo no interior de um café.

Raining.fm: O ruído ambiente mais simples e original: chuva. Raining.fm faz exatamente o que diz e ainda permite que você aumente a quantidade de trovão.

Independentemente do método que você escolher, o truque é explorar apenas um nível moderado de ruído de fundo. Deixe sua mente vagar, mas não muito longe, e aproveite o impulso criativo de foco distraído.

Quais são os seus sites favoritos e aplicativos para lhe fornecer a quantidade certa de ruído de fundo?
Comente!

Fonte: aqui

Lei de Falências

Em vigor desde 2005, a Lei de Falências e de Recuperação de Empresas deixa bastante a desejar, segundo estudo da consultoria Moody's Investor Service direcionado a investidores em companhias brasileiras de alto rendimento. O texto examina os casos de 37 grandes empresas em processo de reestruturação das dívidas. Conclui ser a lei passível de diferentes interpretações no País e não ser capaz de promover rápida recuperação das companhias em dificuldades.

"Enquanto mais de 10 mil empresas iniciaram os procedimentos de liquidação ou de recuperação com base na nova lei, muito poucas conseguiram emergir da quebra, o que torna mais desafiador avaliar a eficácia dessa lei", afirmou Marianna Waltz, a responsável pelo estudo "Insolvência e Classificação Brasileira".

A Lei 11.101 de 2005 substituiu legislação de 1945, cujo objetivo era dispor do patrimônio da empresa para a liquidação de dívidas. Segundo o estudo, havia apenas pequenas considerações sobre os efeitos do calote no mercado e na sociedade. A lei trouxe a preocupação com a preservação da companhia, por meio de sua recuperação financeira e mudanças em sua estrutura, e a manutenção dos seus empregos. A antiga concordata foi substituída pelo estágio de recuperação, com maior flexibilidade para a empresa se reorganizar enquanto prosseguisse com suas operações.

O estudo mostra que, desde a vigência da Lei 11.101, houve sensível redução no número de pedidos de liquidação - de 4.192, em 2006, para 1.929, em 2012. Já os pedidos judiciais de reestruturação aumentaram de 252 para 757. Em 2006, foram iniciados 156 desses procedimentos. No ano passado, 618. Ainda assim, as falhas na legislação impedem uma melhor eficácia nos processos de recuperação.

Os autores do texto defendem a extensão do atual prazo de 180 dias, a partir da apresentação do pedido de reestruturação das dívidas à Justiça, no qual as execuções de débitos ficam suspensas.

A lei tem ainda uma falha estrutural, segundo a consultoria: seus artigos estão sujeitos a diferentes interpretações e nem todos os Estados têm, como São Paulo, um tribunal especial para julgar os complexos pedidos de reestruturação da dívida e de falência. Alguns casos chegaram aos tribunais superiores, mas não houve até hoje uma consolidação das interpretações da lei.

Lentidão. O relatório chamou a atenção para a demora dos processos de recuperação, gerada por longas negociações sobre o melhor plano para escapar da falência. É citado o exemplo do frigorífico Independência, cuja recuperação foi pedida em fevereiro de 2009 e ainda não foi concluída. O Independência foi comprado por R$ 268 milhões, em janeiro, pelo grupo JBS.

A elevada complexidade da estrutura de capital das companhias brasileiras de alto rendimento, com várias categorias de endividamento, gera outra dificuldade no processo para salvar empresas. A maior parte do passivo (43%) das companhias de alta renda está registrada como bônus, debêntures e promissórias. Em seguida estão as linhas oficiais de exportação (ACC, ACE e outras), com 18%, excluídas pela lei dos processos de insolvência.

Os créditos subsidiados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) surgem como a terceira fonte, com 11%. Segundo o estudo da Moody's, a instituição provê R$ 86,6 bilhões em fundos a todas as companhias brasileiras com risco classificado. Somente para o segmento de alta renda, o foco do estudo, são direcionados R$ 16,9 bilhões pelo banco oficial.


DENISE CHRISPIM MARIN, CORRESPONDENTE / WASHINGTON - O Estado de S.Paulo - Moody's questiona eficácia da lei de falências

Chefão da F1 envolvido em suborno

O chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, foi acusado de corrupção. Em 2005 Ecclestone foi feita por um tribunal na Alemanha e diz respeito a um pagamento de 44 milhões de dólares a Gerhard Gribkowsky, um ex-funcionário do Bayern Landesbank. Na época o banco vendeu 48% da Fórmula 1 e o funcionário "ajudou" o negócio para Ecclestone. O funcionário já foi condenado a oito anos e meio de prisão e confessou o suborno.

Ecclestone inicialmente tinha negado o pagamento e depois afirmou que tinha sido chantageado.

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Telenovelas e divórcio



Resumo desta pesquisa:

This paper studies the link between television and divorce in Brazil by exploiting variation in the timing of availability of the signal of Rede Globo—the network that had a virtual monopoly on telenovelas in the country—across municipal areas. Using three rounds of Census data (1970, 1980 and 1991) and controlling for area fixed effects and for time-varying characteristics, the paper finds that the share of women who are separated or divorced increases significantly after the Globo signal becomes available. The effect is robust to controlling for potential determinants of Globo’s entry strategy and is stronger for relatively smaller areas, where the signal reaches a higher fraction of the population.


17 julho 2013

Rir é o melhor remédio


Número de Dunbar

Quantos amigos você possui no Facebook? Se o número é maior que 150, provavelmente muitos não são tão “amigos” assim. Um antropologista chamado Robin Dunbar propôs que o ser humano possui um limite físico em manter relações sociais estáveis com as pessoas. Em razão disto, este número de pessoas que podemos relacionar é denominado de Número de Dunbar http://en.wikipedia.org/wiki/Dunbar_number.

Dunbar chegou ao número através do estudo de outros primatas, através de uma regressão. A previsão de Dunbar era de 148, que foi arredondado para 150. Mas em razão do intervalo de confiança elevado (entre 100 a 230), Dunbar pesquisou os grupos sociais na história e novamente encontrou um número próximo aos 150.

A pesquisa de Dunbar possui aplicações nos softwares sociais, no exercito, nos psicólogos, entre outras situações.

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Madoff chinês

O empresário chinês Zeng Chengjie
Zeng teria fraudado mais de 57.000 investidores em cerca de 460 milhões de dólares (Reprodução/Weibo)
O empresário Zeng Chengjie, que saiu da pobreza da província chinesa de Hunan para se tornar um grande homem de negócios, foi executado pelo governo chinês na última sexta-feira, acusado de praticar fraude e captação ilegal de recursos, por meio de um esquema de pirâmide financeira.
A execução do empresário por meio de injeção letal foi feita sem que a família estivesse ciente ou presente. A pena contraria as leis chinesas que permitem que os executados tenham chance de ver suas famílias antes da morte. Contudo, segundo a justiça chinesa, Zeng não quis que a família presenciasse sua execução.
A filha do empresário, Zeng Shen, usou a rede social Weibo para protestar. Segundo ela, os membros dos partidos locais removeram seus investimentos dos projetos de Zeng em 2009, causando pânico entre os outros investidores. Tal debandada fez com que o esquema de pirâmide se desmontasse. De acordo com o site chinês Tea Leaf Nation, Zeng teria fraudado mais de 57 000 investidores em cerca de 460 milhões de dólares.
A fraude fez com que o empresário ficasse conhecido como 'Madoff chinês' - em menção a Bernard Madoff, fundador de uma das maiores firmas de investimento de Wall Street, e também autor de uma das maiores fraudes ocasionadas por uma pirâmide financeira. Madoff drenou mais de 50 bilhões de dólares por meio do esquema e foi condenado 150 anos de prisão.
A execução de criminosos de colarinho branco na China tem se tornado cada vez mais controversa, já que o próprio governo tem uma grande participação nos assuntos econômicos. Segundo a filha do empresário executado, o governo atuou em parceria com Zeng na captação de recursos, mas os membros do Partido Comunista se apressaram em retirar os recursos dos fundos em 2009, antes de mudanças regulatórias que seriam aprovadas pelo governo e prejudicariam milhares de pequenos investidores. Ainda segundo a filha do empresário, a mídia estatal chinesa sempre se referiu a Zeng como um investidor sábio, precavido e consciente
Fonte: aqui