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23 outubro 2012

Comércio de Rim

O Irã é o único país onde a compra e venda de um rim é legal. O resultado desta política é a existência de "competição" na venda de órgão, segundo o economista premiado com o Nobel em 2012, Al Roth. Esta competição aparece em "propagandas" em árvores e na existência de um eBay do Rim nas ruas de Teerã.

O sistema é controverso, sendo elogiado por alguns e criticado por outros. O preço oficial de um rim é de 7 milhões de rials ou aproximadamente 1150 reais. A maioria dos vendedores possui entre 20 e 30 anos de idade.

Estes dois aspectos (o preço e a idade) mostra que a maioria das pessoas que vendem seus rins são pobres.  O resultado do sistema iraniano é que não existe lista de esperada na doação desde 1999, como ocorre em outros países, inclusive no Brasil.

Previsão e Prisão

Seis cientistas italianos e um ex-funcionário do governo foram condenados a seis anos de prisão durante o terremoto de 2009 em L'Aquila. Os promotores disseram que os réus deram uma declaração falsamente tranquilizadora antes do terremoto

Fonte: aqui

Internet, Privacidade e Política

Um interessante artigo do ProPublica (How Companies Have Assembled Political Profiles for Millions of Internet Users, Lois Beckett) destaca que alguns cookies, instalados nos nossos computadores, estão dando informação sobre as nossas preferências políticas. Estas informações, em conjunto com estimativa de salário, onde você mora, entre outras, estão alimentando empresas, como a CampaignGrid. Esta empresa, por sinal, montou uma apresentação onde informa que os usuários da internet não são anônimos (foto ao lado). 

O ProPublica identificou sete empresas capazes de rastrear as preferências políticas dos usuários. Algumas destas empresas estão trabalhando em conjunto com companhias maiores tais como Facebook, Yahoo ou Microsoft. As informações coletadas abrangeriam 80% dos eleitores dos Estados Unidos. 

Atlas do Espaço Rural Brasileiro


Atlas mostra agropecuária brasileira cada vez mais moderna

IBGE destaca que, além da mecanização, o destaque atual do setor tem sido o uso de irrigação, sementes certificadas e transgênicas, entre outros 


19 de outubro de 2012 | 11h 57
Daniela Amorim, da Agência Estado
RIO - O consumo intensivo de capital intelectual, por meio de uma série de técnicas e inovações, tem marcado o atual processo de produção nas áreas rurais do País, segundo o Atlas do Espaço Rural Brasileiro, divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As máquinas e os insumos agrícolas marcaram a modernização da agricultura, mas o destaque atualmente tem sido o uso de irrigação, sementes certificadas e transgênicas, acesso a assistência técnica, aplicação de plantio direto, produção de eucalipto, entre outros.
Na pecuária bovina, destacam-se municípios que apresentam estabelecimentos com transferência de embriões, rastreamento, uso de rações industriais, confinamento e inseminação. O atlas combina dados do Censo Agropecuário 2006 com outras pesquisas do instituto, com o objetivo de retratar a realidade territorial do campo brasileiro.
A pesquisa aponta que o País tem 5,2 milhões de estabelecimentos agropecuários e 3,9 milhões de proprietários rurais, sendo que 82% eram analfabetos ou não tinham completado o ensino fundamental. As mulheres, que respondiam por cerca de 13% dos estabelecimentos agropecuários, tinham a maior taxa de analfabetismo (45,7%), contra 38,1% dos homens. As maiores taxas de analfabetismo, tanto para os proprietários quanto para os ocupantes, se concentravam nos municípios das regiões Norte e Nordeste do País.
Escolaridade
A maior fatia de produtores proprietários com nível médio de instrução (regular e profissionalizante) ficava nas áreas de maior dinamismo da produção, com destaque para o Centro-Sul, especialmente onde há domínio da cultura de soja e outras commodities de exportação. De acordo com o IBGE, os dados mostram uma correlação entre o aprimoramento técnico da agricultura e o nível de instrução do produtor rural.
O bioma que mais sofre pressão da agropecuária, entre os seis presentes em território nacional, é o Pampa, que tem 71% de sua extensão ocupada com estabelecimentos agropecuários. Em seguida, aparecem os biomas Pantanal (com 69% da área ocupada), Mata Atlântica (66%) e Cerrado (59%).
Segundo o IBGE, apenas 20% dos estabelecimentos agropecuários no País tinham matas destinadas a Áreas de Preservação Permanente ou Reserva Legal. Outros 40% dos estabelecimentos agropecuários não usam nenhuma das principais práticas agrícolas capazes de prevenir e controlar a erosão do solo, como o plantio em nível, o uso de terraços, a proteção de encostas, o plantio direto na palha, o pousio (interrupção de cultivo para permitir o descanso da terra) e a rotação de culturas.
Logística
O transporte da produção agropecuária ainda é concentrado no modal rodoviário, que detém uma fatia 70% das cargas no País, em comparação com 26% nos Estados Unidos e 8% na China. O IBGE ressalta que o Brasil tem mais de 29 mil quilômetros de rios navegáveis, mas que apenas 5% da safra de grãos são transportados pelas hidrovias. Outros 67% dos grãos seguem por estradas. Quanto aos portos, o instituto aponta dois problemas "cruciais" para o produtor, que são o acesso aos terminais e o alto custo das operações.

Golpe do Boleto

Microempresários que abrem seus negócios em todo o país estão sendo vítimas do "golpe do boleto".

Trata-se de uma ação de estelionato cometida por "entidades-fantasma" que aparentemente dizem assessorar e defender os interesses das empresas. Mas, na verdade, querem tirar dinheiro de crédulos microempresários.

O golpe ocorre da seguinte forma: uma pessoa dá entrada em um escritório ou contador nos papéis para a abertura de uma microempresa ou MEI (Microempreeendedor Individual).

Cerca de duas semanas após o processo, e pouco antes de sair o CNPJ da nova empresa, o empresário recebe em casa boletos de pagamentos com os mais diversos nomes de associações. (foto)

Os boletos dizem que "sua empresa foi registrada com sucesso" e apontam um valor a pagar: pode variar de R$ 399, caso da fictícia AACIEB (Assessoria a Autônomos, Com. e Ind. do Brasil), a quase R$ 500 na "Associação Comercial e Emp. do Estado de São Paulo".

Os nomes são semelhantes aos de entidades reconhecidas e representativas.

Quase sempre a data do vencimento do boleto é iminente (dois ou três dias) e há poucas informações nele. Isso faz com que muitas pessoas corram ao banco para pagar o valor "devido", temendo ficar com pendências ou débitos na nova empresa.

Nenhuma dessas associações existe de fato. (...)

'Empresa-fantasma' dá golpe do boleto em empreendedores - RICARDO FELTRIN - Folha de S Paulo, 22 de outubro de 2012

Pesquisa eleitoral

O instituto Ipsos, um dos maiores do mundo, começou a fazer pesquisas eleitorais 100% pela internet nesta eleição presidencial dos EUA. É uma revolução porque explode os conceitos de amostra probabilística, de intervalo de confiança e de margem de erro. Se fossem feitas no Brasil, estariam proibidas de serem publicadas porque não se adequariam à lei.

“É o futuro”, diz o CEO mundial da divisão de pesquisas de opinião do Ipsos, Darrell Bricker. “Pode demorar, 5, 10 ou 15 anos, mas virá”, prevê a CEO do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari. Enquanto isso, no Brasil, os institutos ainda são obrigados a fazer pesquisas eleitorais usando questionários de papel só para os partidos poderem contá-los se quiserem.



Lições de 2012 - José Roberto de Toledo - Estado - 22 de outubro de 2012

22 outubro 2012

Rir é o melhor remédio


Indicado por Fernanda Gomes, a quem agradecemos.

Auditoria interna

Se na última década o trabalho de auditoria interna ganhou destaque principalmente por questões ligadas a controles financeiros, por conta de legislações como a Sarbanes Oxley, dos Estados Unidos, nos próximos dez anos os profissionais da área deverão se envolver cada vez mais com a gestão de outros riscos a que estão sujeitas as organizações.

E esse envolvimento deve crescer tanto na identificação como na apresentação desses riscos aos conselhos de administração e comitês de auditoria.

A avaliação é de Richard Chambers, presidente do Instituto Global dos Auditores Internos (IIA Global), que está no Brasil para participar hoje da abertura do Congresso Brasileiro de Auditoria Interna, em Gramado (RS).

"O auditor interno é muito mais eficiente atuando na prevenção do que quando chega depois apenas para apontar quem cometeu os erros", disse ele, em entrevista ao Valor.

Menos "populares" que os auditores externos independentes, que assinam pareceres sobre os demonstrativos financeiros das empresas, os auditores internos servem à própria administração da companhia.

Eles são profissionais com formação variada, o que significa que não apenas os contadores trabalham na função, mas também engenheiros, economistas e analistas de sistemas. O objetivo e escopo de trabalho pode variar bastante de caso para caso, mas costuma estar ligado à asseguração da eficácia de controles e processos, e também à prevenção de riscos, fraudes e corrupção.

Embora tenha 3,5 mil associados, o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil) estima que 40 mil profissionais atuem nessa área no país.

Chambers listou cinco pontos que ele considera que vão nortear a área de auditoria interna nos próximos anos.

O primeiro deles é reforçar a frequência com que se checa os potenciais riscos das empresas. Segundo Chambers, hoje mais de 80% das grandes empresas fazem esse trabalho ao menos anualmente. Mas ele entende que isso não é suficiente. "Seria como ter uma câmera de segurança que tira uma foto uma vez por dia."

Outro ponto de atenção é melhorar a comunicação com o comitê de auditoria, quando existente, ou com o conselho de administração. "É preciso assegurar que a alta administração esteja ciente dos riscos", afirma Chambers, lembrando da importância de que o auditor interno não se reporte apenas ao presidente da companhia, mas também aos representantes dos acionistas, para garantir independência.

Uma terceira área de desenvolvimento para os auditores internos está ligada ao aumento do uso da tecnologia da informação na análise dos dados. "Usando tecnologia é possível criar filtros para identificar, em questão de minutos, operações suspeitas de lavagem de dinheiro ou para checar se a política de compras está sendo seguida", exemplifica Chambers dizendo que, sem auxílio de sistemas informatizados, algumas dessas tarefas poderiam levar meses ou anos.

Um quarto caminho visto por Chambers para a profissão é que os auditores internos consigam ter um lugar junto da alta administração na mesa de discussões de assuntos estratégicos, como fusões e aquisições ou lançamentos de produtos ou criação de novas linhas de negócio. "O auditor interno devia participar das reuniões não para decidir", diz. "Mas para identificar riscos antes que eles se manifestem."

Como último ponto na lista de prioridades, o presidente do IIA Global afirma que os auditores internos terão cada vez mais que conhecer os segmentos de negócio das empresas em que atuam. Segundo ele, hoje se dedica apenas 20% dos recursos para riscos financeiros, que não exigem essa especialização. A maior parte do tempo e da equipe, portanto, é voltada para riscos operacionais e para "compliance".

Outros temas ligados ao trabalho de auditoria interna são destacados por Renato Trisciuzzi, presidente do conselho de administração da IIA Brasil.

Segundo ele, o tema corrupção vem ganhando espaço, especialmente por causa de legislações mais duras de combate a essa prática nos EUA e Reino Unido.

Trisciuzzi menciona ainda o risco de reputação a que as empresas estão expostas em mídias sociais, algo que é bastante novo no universo das empresas. "O risco de imagem da organização é muito latente", afirma.

Chambers cita outro risco que não estava no radar do auditores externos há cerca de cinco anos, mas que merece atenção: computação em nuvem. "Antes as os bancos de dados estavam nos servidores dentro das empresas. Agora muitas companhias não nem sabem onde estão esses equipamentos", diz ele. (FT)


Auditoria interna renova escopo em leque de riscos - 22 de Outubro de 2012 - Valor Econômico

Nova Conta Movimento


Ontem, o Tesouro repassou para o BNDES mais um empréstimo de R$ 20 bilhões de um total de R$ 45 bilhões previstos para este ano. No ano passado, o BNDES já recebera R$ 55 bilhões.
Essas transferências cumprem a função de suprir o BNDES de recursos oficiais destinados a empréstimos de longo prazo, para viabilizar investimentos das empresas tanto públicas como privadas. Mas não são os únicos repasses do Tesouro a bancos oficiais. O Banco do Brasil deve receber neste ano até R$ 8,1 bilhões, e a Caixa Econômica Federal, outros R$ 13 bilhões - como munição para o crédito e para forçar os bancos privados a reduzir os juros nas suas operações ativas.
Embora decididos com as boas intenções de praxe, esses repasses produzem distorções. A primeira é a reedição da chamada conta movimento. Foi a união incestuosa entre Tesouro e Banco do Brasil que financiou despesas do governo com dívida pública e emissões de moeda. Causou enormes estragos à economia brasileira até ser extinta em 1986, no governo Sarney.
O único ponto positivo dos atuais repasses do Tesouro é o de só poderem ser feitos caso, no resto, o governo cumpra um bom programa de responsabilidade fiscal. Mas, se é uma reedição de práticas condenáveis, está visto que não podem acabar bem.
A segunda incongruência já foi reconhecida pelo próprio presidente do BNDES, o economista Luciano Coutinho. Essa gambiarra fiscal, em que dinheiro público gerado com vento é injetado nas veias de algumas empresas brasileiras, impede o desenvolvimento de um mercado de capitais sadio no Brasil - onde qualquer empresa bem administrada e com um bom projeto poderia se financiar com recursos relativamente baratos para a sua expansão. Quem e qual instituição financeira pode concorrer com o BNDES (ou com o Tesouro) no fornecimento de recursos de longo prazo nessas condições? Esse é o maior obstáculo para o desenvolvimento de um mercado de debêntures, ou seja, de lançamento de títulos de longo prazo pelas empresas. O BNDES sempre fornecerá recursos mais baratos do que o mercado vai cobrar.
No passado, a falta de recursos de longo prazo para financiar o crescimento tinha outras causas - como a inflação alta ou a insegurança criada pelos fundamentos frágeis da economia. Hoje, um dos principais motivos é a ausência de poupança de longo prazo no mercado.
Esse desvio leva a outro: os bancos oficiais acabam por fazer concorrência desleal aos privados, em capitais de investimento e de crédito a prazos mais curtos.
Outro fator negativo é a escolha arbitrária dos campeões dos torneios de crescimento econômico. À medida que passa a deter o monopólio da oferta interna dos capitais de longo prazo e escolhe as empresas que vão desfrutá-los, outros elementos de irracionalidade se instalam na economia. Muitas vezes, eleitos assim designados são as melhores opções de investimento. Transferências de recursos com critérios políticos motivam critérios também políticos de aferição de resultado. E isso já se sabe onde vai parar.
Além disso, nem sempre os financiamentos, sejam de que prazo forem, chegam ao grupo empresarial que deles mais necessita. Ao contrário, muitas vezes a empresa já detém reservas para seus planos de investimento. Mas, uma vez que conta com o beneplácito do governo federal, prefere dar-lhes outra destinação.

Ciência e Comunicação

"Passionate about helping scientists and engineers give outstanding presentations because science not communicated is science not done! Talk nerdy to me!"

Melissa Marshall



Rodízio é bom

Pesquisadores de auditoria apresentaram ao Public Company Accounting Oversight Board evidências onde afirmam demonstrar que a rotação do auditor leva a uma melhor qualidade de auditoria.

(...) Scott Whisenant, professor de contabilidade da Universidade de Kansas, revisou uma série de estudos acadêmicos para o Board que sugerem que o rodízio produzirá benefícios que conselho busca. Ele observou que a maior parte do protesto em torno de rodízio obrigatório, com ênfase nos custos, mas poucos estudos concentram nos benefícios possíveis, já que o rodízio é praticado em alguns poucos países.

O resultado de um estudo de 2000 sugere, disse ele, que no longo prazo as relações entre cliente e auditor aumenta significativamente a probabilidade de um parecer sem ressalvas, o que levanta questões sobre a qualidade da auditoria. A exceção, no entanto, é o último ano do relacionamento, quando a probabilidade de um parecer sem ressalvas cai. "Neste último ano, os auditores finalmente soltar o martelo sobre os clientes", disse Whisenant, sabendo que eles estão prestes a entregar o trabalho a uma empresa sucessora que, sem dúvida irá rever seu trabalho.

Whisenant disse que sua pesquisa mais recente com outro co-autor sugere que em países onde a rotação é praticada há evidências de menor gerenciamento de resultados, menor cumprimento das metas de lucros e reconhecimento mais oportuno de perdas. O estudo conclui a qualidade dos mercados de auditoria melhora após a promulgação do rodízio, ele diz, e as evidências sugerem que as preocupações sobre qualquer interrupção ou dificuldade de transição para uma nova empresa de auditoria são mais do que compensados pelos benefícios. (...)

O presidente do PCAOB James Doty elogiou a "extraordinária variedade de pontos de vista", apresentado pelos acadêmicos.

Fonte: Compliance Week

BVA

Uma das irregularidades mais frequentes cometidas pelo Banco BVA era registrar em seus balanços que havia concedido empréstimos a empresas, mas, efetivamente, os recursos não eram liberados. Fiscais do Banco Central investigam, por exemplo, denúncias de uma construtora que opera no Distrito Federal. O BVA alega ter repassado à empreiteira R$ 49 milhões, financiamento garantido em empreendimentos e terrenos da empresa. Mas nenhum centavo chegou ao caixa da construtora que, apenas em setembro último, fez 69 denúncias ao BC. No entanto, somente 17 queixas aparecem nos registros públicos da autoridade monetária e nem todas são da companhia.

Fonte: Aqui

Isto de certa forma contradiz a postagem anterior, onde se comentava que nenhuma irregularidade contábil tinha sido encontrada.