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24 agosto 2012

Rir é o melhor remédio

(Via Gabriel Ferreira Silva, grato. Foto: Perelman, que é humilde mesmo)

Panamericano

O Ministério Público Federal informou nesta quinta-feira que protocolou na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, em São Paulo, denúncia contra 14 ex-diretores e 3 ex-funcionários do Banco Panamericano, por supostos crimes contra o sistema financeiro nacional. Entre os denunciados estão o ex-presidente do Conselho de Administração do banco, Luiz Sebastião Sandoval, e o ex-diretor superintendente, Rafael Palladino.

Todos foram denunciados com base na lei nº 7.492/86, que trata dos crimes contra o sistema financeiro nacional. Entre 2007 e 2010, período em que se concentraram as investigações, eles são acusados pelo MPF de fraudar a contabilidade do Banco Panamericano, melhorando o resultado dos balanços em pelo menos R$ 3,8 bilhões (em valores não atualizados). Segundo o MPF, nesse mesmo período eles receberam mais de R$ 100 milhões da instituição financeira, na forma de "bônus", e outros pagamentos considerados irregulares pelo Ministério Público.

De acordo com o MPF, a ação não trata da possível fraude na venda do Panamericano para a Caixa Econômica Federal, que está sendo investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal. Mas, segundo afirma em nota o procurador da República Rodrigo Fraga Leandro de Figueiredo, autor da denúncia, haveria "indícios fortes no sentido de que os 'vendedores' agiram com dolo, ocultando fraudulenta e conscientemente os problemas da instituição financeira durante a negociação da participação acionária".

Além dos crimes apontados no relatório da Polícia Federal, a análise do MPF identificou outras possíveis irregularidades na gestão do Panamericano, como o pagamento de propina a agentes públicos, pagamento de doações a partidos políticos com ocultação do real doador, pagamento a escritório de advocacia em valores aparentemente incompatíveis com os serviços prestados e fornecimento de informações falsas ao Banco Central.

O MPF diz que "o esquema era coordenado por Sandoval, Palladino, Wilson Roberto Aro, diretor financeiro, Eduardo de Ávila Pinto Coelho, diretor de tecnologia, Cláudio Barat Sauda, gerente de controladoria, Marco Antônio Pereira da Silva, chefe de contabilidade e Marcos Augusto Monteiro, responsável pela administração das carteiras de crédito e suas cessões", informa o MP em nota publicada em seu site.

De acordo com as informações, lançamentos manuais na contabilidade do Panamericano teriam permitido fraudar a contabilização das carteiras cedidas em R$ 1,6 bilhão e a contabilização das liquidações antecipadas em R$ 1,7 bilhão. O valor que deveria ser indevidamente contabilizado era estabelecido em reuniões mensais, com a participação de vários dos denunciados. Segundo a denúncia, fraudes na contabilização das carteiras cedidas eram realizadas para cobrir "rombos" decorrentes de anteriores fraudes nas liquidações antecipadas e vice-versa.

"As fraudes estavam interligadas e o conhecimento de uma implicava o de outra", afirma Fraga. O procurador diz não ter dúvidas de que Sandoval e Palladino eram os mentores dessas fraudes. "Sandoval era o principal beneficiário, entre os dirigentes do Banco Panamericano, do aumento artificial do resultado do banco, pois recebia os maiores "bônus" entre os dirigentes e acabava por utilizar o suposto bom resultado do banco para continuar operando todo o grupo econômico", afirma a denúncia.


Agência Estado

Hans na RBC 2

Com respeito ainda a entrevista do presidente do Iasb, Hans Hoogervorst (foto), para a Revista Brasileira de Contabilidade.

Lembro-me que atuava como professor de contabilidade na minha universidade, mas não tinha o diploma de contador (hoje tenho). Várias vezes tive problemas do conselho de contabilidade por este motivo: certa vez tive um trabalho recusado no Congresso de Contabilidade do CFC por não ter o registro; em outra, minha universidade recebeu uma correspondência do Regional exigindo minha saída de sala de aula.

O tempo passa... Agora o Iasb possui um presidente que não é contador. E que já reconheceu, no passado, que não entende de contabilidade. E que não consegue responder, numa entrevista, sobre os desafios para profissão de contador...

Sua entrevista é destaque de capa da RBC.

Hans na RBC

Leiam o trecho a seguir com atenção. É da entrevista concedida para RBC pelo presidente do IASB responde:

RBC - Quais são os principais desafios para a profissão de contador na América Latina?
Hans - A profissão de contador na região passou por um período de mudanças significativas. A maioria dos países latino-americanos adotou as IFRS nos últimos anos. Esta é uma grande conquista da qual o setor tem motivos para se orgulhar. Agora que esse trabalho está encaminhado, é uma questão de trabalhar os pontos de transição restantes. O Iasb está consultando sua agenda futura e pretendemos dar atenção especial às necessidades dos adotantes recentes das IFRS, como os da América Latina, para garantir que as normas possam ser aplicadas com uma base consistente. 

Perceberam? Ele não respondeu a pergunta.

Fluxo de Cérebros


Bruna Sensêve
22/08/2012 -Correio Braziliense

Brain drain” é uma expressão em inglês utilizada para identificar a saída de cientistas de um país para trabalhar em instituições estrangeiras. Trata-se, cada vez mais, de um fenômeno global. Mas quais países mais “perdem” cérebros, e quais mais atraem pesquisadores? E o que os especialistas levam em conta na hora de buscar trabalho em instituições estrangeiras? Responder questões como essas foi o objetivo de um estudo conduzido no Escritório Nacional de Pesquisas Econômicas dos Estados Unidos que analisou informações de quase 20 mil cientistas espalhados em 16 países, incluindo o Brasil.

Segundo o levantamento, entre as nações estudadas, a Índia é a que mais exporta mão de obra científica, com quase 40% de seus pesquisadores fora do país. No lado oposto do ranking, o Japão consegue reter 96% de seu pessoal. A Suíça, por sua vez, tem uma balança migratória equilibrada. O país europeu compensa o fato de 33,1% de seus cientistas estarem fora do país com um índice de 56,7% de estrangeiros atuando em suas instituições. No Brasil, essa dinâmica também pode ser considerada equilibrada, mesmo que pouco expressiva: 8,3% de seus especialistas estão fora do país, enquanto 7,1% dos cientistas que trabalham aqui vieram de fora.
Não surpreendentemente, os Estados Unidos são o principal destino de emigrantes de 13 dos outros 15 países estudados. Nos dois restantes (Bélgica e Dinamarca), os EUA estão em segundo lugar. Mesmo assim, o país não aparece em primeiro lugar no ranking das nações que mais utilizam, proporcionalmente, contribuições de fora. Lá, 38,4% dos cientistas são estrangeiros, mas três países superam esse índice: Suíça (56,7%), Canadá (46,9%) e Austrália (44,5%).

O professor de química aposentado da Universidade de Brasília (UnB) Peter Bakuzis contrariou o fluxo mundial e saiu, em 1970, dos EUA rumo à Universidade de Brasília. Na época, o norte-americano já havia feito pós-doutorado e encontrava dificuldades em ser aceito em alguma instituição de seu país. Assim, a estada de um ano foi estendida indefinidamente. Foi na capital que ele conheceu a mulher e teve três filhos brasileiros.

Para ele, a situação vivida atualmente é muito diferente da de quatro décadas atrás. Segundo o químico, havia mais liberdade para pesquisas, já que as verbas eram apresentadas à universidade como um todo. “Foi uma das coisas que me atraíram. Hoje é mais difícil, mas não penso em voltar.” A qualidade de vida do brasileiro é outro fator que vigora até hoje para essa decisão. “Aqui, tenho vida fora do laboratório, menos tensão. Ao mesmo tempo, isso é ruim, porque vemos menos pessoas acompanhando a literatura e os avanços do meio.”

Ele considera a mobilidade brasileira muito pequena se comparada à norte-americana, até mesmo dentro do próprio país. “Aqui temos muitas contratações de pessoas que se formaram na mesma instituição. Isso é inimaginável nos EUA. A falta de mobilidade entre as instituições faz com que tudo seja feito da mesma forma sempre, não há renovação de ideias.”

Como mostra a história de Bakuzis, os motivos que levam cientistas a sair de seus países são diversos, mas o estudo consegue apontar como principal deles o desejo de melhorar as perspectivas na carreira ao trabalhar em instituições de pesquisa proeminentes. Os laços culturais e linguísticos também são importantes: muitos ingleses vão para a Austrália (21,1%) e para o Canadá (13,5%), por exemplo. E Argentinos, colombianos e peruanos representam cerca de 40% dos pesquisadores estrangeiros vivendo no Brasil.

(...)

Propaganda

Abaixo temos exemplos de propagandas antigas e que hoje seriam rejeitadas: um bebê tomando refrigerante, o DDT (inseticida) é bom para todos, o bebê envolvido no plástico, o médico recomendando um  cigarro, o incentivo a comer mais acúçar pois se come menos e comida com vitaminas. 







23 agosto 2012

Brasília


Como sempre canta a nossa querida-quase-doutora Cláudia Cruz [e de vez em quando Djavan e Caetano Veloso (música: Linha do Equador)]:

"Céu de Brasília, traço do arquiteto, gosto tanto dela assim..."

Alguns deleites do fotógrafo Bento Viana:

















Dica de Paulo Roberto Henriques Sales, o melhor piloto que há. ^.^

Rir é o melhor remédio

Teste 579

A seguir estão seis figuras que representam o primeiro logotipo de empresas famosas em termos mundiais. Você saberia dizer que empresas são estas?






(Dica de Eric Adrian)

Resposta do Anterior: o auditor governamental Mycroft é o irmão de Sherlock.

PCAOB

O PCAOB é uma entidade criada para fiscalizar as empresas de auditorias. Esta semana (sábado, mais precisamente) foi divulgado uma relatório desta entidade sobre a auditoria para corretores. É a primeira vez que uma análise completa dos auditores da maior economia do mundo, que não foi feita pelos pares, é divulgado.

Foram 23 auditorias avaliadas. Eis alguns resultados, segundo Francine McKenna:

=> Em 13 das 23 auditorias os inspetores descobriram que as empresas "não realizaram procedimentos suficientes para identificar, avaliar e responder aos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis devido à fraude."

=> Em 10 das auditorias 23 os inspetores descobriram que as empresas "não realizaram procedimentos suficientes para identificar a existência de partes relacionadas e de transações materiais relacionadas (...)

=> Em 15 das 23 auditorias as empresas "não realizaram procedimentos suficientes para analisar a ocorrência, precisão e integridade de receita."

=> Em 12 dos 23 auditorias as empresas "não realizaram procedimentos suficientes para confiar em registros e relatórios do corretor ou revendedor ou relatórios de organizações de serviço que foram utilizados em procedimentos de auditoria."

=> Em seis dos nove auditorias que valor dos títulos foi incluído na inspeção, as empresas "não realizar procedimentos suficientes para testar a avaliação de títulos."

=> Em quatro dos 23 auditorias, as empresas "não avaliaram suficientemente as deficiências de controle para avaliar o risco de erros materiais ou não avaliaram erros identificados para determinar se uma deficiência de controle existiu."

=> Em sete das auditorias 23 as empresas "não executaram procedimentos de auditoria suficientes para testar a exatidão e integridade de certas divulgações das demonstrações financeiras."

Mulheres poderosas 2

A seguir a lista das modelos que conquistaram maiores receitas ao longo da carreira:

Em destaque, três representantes do Brasil nalista.

Mulheres poderosas

A revista Forbes escolheu as dez mulheres mais poderosas. A lista é uma comprovação de que ainda há espaço para a mulher conquistar. Veja a lista a seguir:

1. Angela Merkel, chanceler da Alemanha
2. Hillary Clinton, Secretária de estado dos EUA
3. Dilma Rousseff, Presidente do Brasil
4. Melinda Gates, da Bill & Melinda Gates Foundation
5. Jill Abramson, Editora do The New York Times
6. Sonia Gandhi, Presidente do Indian National Congress Party
7. Michelle Obama, primeira dama
8. Christine Lagarde, do FMI
9. Janet Napolitano, US Secretary of Homeland Security
10. Sheryl Sandberg, COO do Facebook

Das dez, cinco ocupam um cargo de subordinadas aos homens: Hillary, Melinda, Obama, Napolitano e Sandberg. Uma ausência: a primeira dama da Argentina (em 16o). Além de Dilma, Graça Foster (20o.) e Gisele (83a.)