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14 fevereiro 2007

Sarbox e outros custos

Conforme Daniel Gross (4/2/2007), um dos maiores problemas para se fazer negócios nos Estados Unidos não é a Sarbanes Oxley, mas o tratamento dado os viajantes estrangeiros. Alguns executivos estão sendo destratados em longas filas nos aeroportos. Algumas pesquisas têm mostrado os Estados Unidos como o pior país do mundo para esses executivos.

06 dezembro 2007

Sarbox e o custo

Após cinco anos, Sox ainda gera despesas
Gazeta Mercantil 6/11/2007

São Paulo, 6 de Dezembro de 2007 - Com cinco anos completos em 30 de julho de 2007, a Lei Sarbanes-Oxley (Sox), aprovada de forma quase unânime pelo Congresso norte-americano, com o intuito de restabelecer a confiança do investidor no mercado de capitais, ainda causa reações controversas no mercado. "Muitos a consideram extremamente onerosa e burocratizante, prejudicando, muitas vezes, a competitividade de uma empresa e a sua agilidade na tomada de decisões", avalia Sidney Ito, sócio da firma de auditoria e consultoria KPMG, que coordenou a segunda pesquisa de práticas de governança corporativa realizada pela empresa.

As 33 companhias brasileiras que negociam ADRs (recibos de ações) cumpriram as exigências da lei. Entre elas, a certificação da seção 404, que trata dos controles internos, e precisa ser feita anualmente. Mesmo que a companhia tenha problemas nos controles, ela pode obter a certificação desde que relate as deficiências, pois isso mostra que está a caminho de sua resolução. De acordo com a pesquisa, apenas três companhias fizeram a certificação relatando problemas: Copel, Sabesb e Tele Norte Leste. Na citação anterior, cinco haviam relatado problemas: Copel, Tele Norte Leste, Embratel, Petrobras e CSN.

A pesquisa mostra que a certificação dos controles internos exigiu que muitos administradores voltassem a implementar controles internos nos seus principais processos operacionais e sistemas de tecnologia da informação e contratar pessoas para monitorar a eficácia desses controles, o que fez com que aumentasse o número de republicações de balanços. Segundo Ito, muitos dos principais executivos e diretores financeiros, ou mesmo os auditores externos, preferiram deixar a empresa ao perceberem problemas graves de governança, ou na preparação e apresentação das demonstrações financeiras.

De acordo com a pesquisa, todas as empresas estudadas apresentaram um acréscimo nos gastos com os honorários de auditoria independente. Isso ocorreu porque a seção 404 exige do auditor um parecer sobre os controles internos da empresa, bem como sobre o processo de certificação dos controles realizado pela administração da empresa. As companhias com faturamento inferior a R$ 6 bilhões tiveram um acréscimo de 67% no gasto com os honorários de auditoria em relação ao que dispendiam anteriormente. O gasto com auditoria pós-Sox foi equivalente a 0,046% do faturamento da média de dez companhias com faturamento até R$ 6 bilhões analisadas pela pesquisa. O custo deve cair na próxima certificação, já que houve uma flexibilização nas exigências que evita retrabalhos. Agora a auditoria externa não precisa mais opinar sobre o trabalho da administração, audita apenas os controles internos, conforme Ito.

Permissão

A Security Exchange Commission (SEC) concedeu permissão para que o conselho fiscal de companhias brasileiras exercesse as funções do comitê de auditoria (exigência estabelecida na seção 301 da Sox). Conforme a pesquisa, a maior parte das empresas optou por turbinar seu conselho fiscal para atuar na função do comitê de auditoria nos moldes estabelecidos para empresas norte-americanas. Entre as 32 empresas estudadas, 15 optaram pela implementação de um comitê de auditoria e 17, por utilizar o conselho fiscal. Ito afirma , porém, que as empresas começam a mostrar uma maior procura pelo implantação de comitê de auditoria. "O comitê tem uma vantagem em relação ao conselho fiscal, porque evita conflitos de atuação. A função do comitê é de gestão e a do conselho fiscal, conforme previsto na Lei das SA, é fiscalizar a empresa", afirma o sócio da KPMG. Em 2006, 13 empresas tinham comitê de auditoria e 19 usam o conselho fiscal para essa função.

Também em relação a composição do Conselho de Administração (deve possuir um regimento interno que estabeleça parâmetros para sua composição, além de seus objetivos e normas de funcionamento), a pesquisa mostrou uma maior preocupação com a sua composição. A maioria das empresas brasileiras possui um Conselho composto por oito a dez membros, chegando a ter de 14 a 17 membros.

A pesquisa foi feita com base no formulários 20-F, como são conhecidos os relatórios anuais das companhias exigidos pelo órgão relator do mercado de capitais dos Estados Unidos. Os relatórios contém informações sobre projeções de riscos, conselheiros, políticas de governança corporativa, além de informações sobre controles internos e demonstrações financeiras.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(L
ucia Rebouças)

31 outubro 2013

Expansão da Price

A empresa de contabilidade e consultoria PricewaterhouseCoopers fechou acordo para comprar a Booz Co, de consultoria corporativa, visando fortalecer seus negócios de assessoria e tributos. As empresas disseram que o acordo está sujeito à aprovação do sócio da Booz Co, com votação prevista para dezembro. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados. A Booz Co se separou em 2008 de Booz Allen Hamilton, consultoria mais conhecida por seu trabalho com as agências governamentais norte-americanas. As duas empresas já não estão relacionados.

Fonte: Aqui

É interessante que esta decisão da Price acontece dez anos após as grandes empresas de auditoria terem ensaiado um movimento de sair da área de consultoria. A Sarbox impediu, em geral, que empresas de auditoria fizessem auditoria para o mesmo cliente. Em 2002 a PwC vendeu a sua consultoria para IBM.

Além disto, as receitas na área de auditoria não tem evoluído rapidamente, ao contrário da área de consultoria. Por este motivo, a PwC tem feito, desde 2009, grandes aquisições na área de consultoria.

O valor da compra deve ter sido US$1 bilhão. Este seria o valor da receita da Booz.

09 maio 2013

Ex-executivo da Enron e a prisão

O ex-executivo da Enron, Jeff Skilling, fechou um acordo com o Ministério Público Federal dos Estados Unidos dez anos antes de cumprir seus 24 anos de prisão. O executivo foi condenado pela fraude na Enron e deveria deixar a prisão em 2017. Para isto, Skilling abriu mão de 40 milhões de dólares e desistir da apelação da condenação.

O escândalo da Enron mostrou uma empresa que manipulava sua contabilidade e iniciou uma série de divulgação de outras fraudes contábeis. A consequência foi a promulgação da Sarbox, uma lei que aumentava o rigor com executivos envolvidos em crime do colarinho branco.

26 julho 2012

Teste 571

Estamos comemorando agora dez anos de um evento importante que ocorreu nos EUA mas que afetou contabilidade mundial. Trata-se:

Atentado das Torres Gêmeas
A Lei Sarbox
Norwalk Agreement

Resposta do Anterior: Playfair.

12 maio 2017

Lobby para minar a SOX

As quadro grandes empresas de auditoria - Deloitte, EY, KPMG e Price - e a AICPA estão usando o momento político dos Estados Unidos para tentar mudar a Lei Sarbanes-Oxley, segundo afirma Francine McKenna. Esta lei, também conhecida como Sarbox ou SOX, foi aprovada em 2002 e alterou a forma de trabalho das empresas de auditoria.

Com a vitória de Trump abriu-se a oportunidade de reverter algumas reformas implementadas nos últimos anos. O atual presidente dos Estados Unidos é claramente favorável a redução de regras que “impedem” os negócios. Para a área de auditoria, a SOX é um obstáculo. Este conjunto de regras surgiu após os problemas com a empresa Enron e o trabalho incompetente da empresa de auditoria Arthur Andersen. Ambas entidades não existem mais, mas os efeitos dos problemas da Enron e da Andersen foram sérios, a ponto de levar a criação da SOX.

Segundo McKenna, as empresas de auditoria e a AICPA desejam voltar no tempo onde não existia uma entidade que regulasse as suas atividades. Segundo dados apresentados por McKenna, somente a Deloitte gastou 560 mil dólares no primeiro trimestre de 2017 na atividade de lobby. As outras empresas também estão fazendo “investimentos” pela alteração das normas, o que poderia, eventualmente, incluir a extinção do PCAOB.

Outro problema é a pressão exercida no passado para separar a auditoria da consultoria. Duas das grandes empresas de auditoria desfizeram da área de consultoria em razão da pressão ocorrida logo após a falência da Enron. Afinal, a atenção que a Andersen deu a consultoria pode ter provocado as falhas cometidas na Enron. Mas a área de consultoria é vantajosa e tem um crescimento bastante interessante. Por isto, as restrições de fazer auditoria e prestar serviço de consultoria representam um obstáculo para o crescimento das Big Four. O que se observa mais recentemente é a retomada dos serviços de consultoria.

No final de 2015, a Reuters revelou que as Big Four fizeram lobby para minar o presidente do PCAOB. Recentemente, sócios das empresas em diversos países, inclusive no Brasil, foram punidos pelo PCAOB. E um funcionário desta entidade repassou informações sobre fiscalização para a KPMG. Os problemas da Big Four com os reguladores não param e isto pode ser um indutor para o lobby das empresas de auditoria.

02 dezembro 2006

Adesão a Sarbox


Segundo reportagem do dia 1o. de dezembro da Gazeta Mercantil (Mesmo sem obrigatoriedade, firmas nacionais aderem à lei) uma pesquisa realizada pela Adviser mostrou que empresas "não auditadas pela SOX" (?) fizeram adaptação aquela lei.

Esta lei norte-americana obrigou a mudança nos controles das empresas com ações negociadas no mercado dos EUA.

O problema é que a reportagem informa que a pesquisa foi realizada em quatro multinacionais, o que torna precipitado qualquer conclusão sobre este assunto.

As pessoas que foram ouvidas pela reportagem destacaram o lado positivo da norma, apesar de ser "um pouco trabalhosa por conta dos trâmites burocráticos de adequação. Mas, ao término do processo, o trabalho da empresa fica mais prático e fácil", conforme declarou o controller regional Tyco Dinaço, Francisco Roberto Correa.

28 julho 2012

Teste da Semana

1 - Um fato inusitado ocorreu com o auditor José Cassoni Rodrigues Gonçalves: mesmo foragido da justiça, com sinais claros de enriquecimento ilícito, terá seu salário depositado na sua conta corrente. Cassoni trabalha em que organização?

Ibracon
INSS
Receita Federal

2 – O Iasb decidiu reconduzir os membros de uma comissão que teriam seu mandato finalizado este ano. Assim, somente em 2014 estes membros terão fim ao mandato perante a comissão que analisa qual assunto?

Entidade Governamental
Leasing
Pequena e Média Empresa

3 – Esta semana completou-se dez anos de um importante marco para a contabilidade dos EUA. Este efeméride refere-se a:

Crise da Enron
Norwalk Agreement
Sarbox

4 – Para que um ser humano qualquer seja este personagem de ficção o custo seria de 600 milhões de dólares. Este personagem é:

Batman
Neal Caffrey
Willy Wonka

5 – As pessoas buscam os produtos de menor custo. Isto também ocorre na área de saúde, levando a deslocamentos de pessoas para fazerem tratamentos médicos. O turismo médico traz estrangeiros para fazer cirurgias plásticas no Brasil, por exemplo. A Sérvia é outro caso procurado pelos estrangeiros para fazer que procedimento cirúrgico?

Implante de cabelo
Silicone nos seios
Troca de sexo

6 – Encontrou-se num software da Microsoft, numa linha de programação, a palavra (em inglês):

Demônio
Ódio
Seios

7 – O investimento realizado pelo Brasil numa base do Polo Sul foi destruído há meses por um incêndio. Suspeita que a causa do incêndio tenha sido:

Uma festinha organizada pela equipe de pesquisadores
Um curto circuito por conta de uma ligação via celular
Um grupo de pinguins que acendeu um isqueiro

8 – Após críticas apontadas pela SEC, esta entidade está separando o cargo de Chairman do CEO:

FASB
Fundação IFRS
PCAOB

9 – As empresas estão menos lucrativas. Esta conclusão foi obtida pela Receita tendo por base:

A arrecadação do PIS
A lucratividade das companhias abertas
O recolhimento do IRPJ e CSLL

10 – Este blog escolheu como fato da semana passado o seguinte evento:

A decisão sobre a presidência da CVM
A posição da SEC com respeito a convergência
A reação dos bancos espanhóis as medidas do seu governo

(Para saber o resultado, basta clicar em comentários)

13 agosto 2008

Efeito Sarbox

Um novo estudo das empresas estrangeiras que sumiram das Bolsas americanas depois que a Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana) facilitou a fuga delas em 2007 indica que as empresas desertoras eram, sobretudo, aquelas cujo crescimento lento e fraco desempenho de mercado haviam reduzido a necessidade e a capacidade delas de atrair capital americano.

Há, inclusive, algum indício de que o mercado acabou punindo as empresas que decidiram sair mesmo quando ainda podiam explorar o capital.

O que o estudo mostra, disse um dos autores G. Andrew Karolyi, professor de finanças da Ohio State University, é que o mercado não reagiu de modo favorável quando as empresas escaparam das regras americanas.

Em vez disso, o estudo escrito por Korolyi, junto com René M. Stulz, também da Ohio State University, e Craig Doidge, da Universidade de Toronto, concluiu que os preços das ações sofreram nos poucos casos nos quais as empresas estrangeiras, com boas perspectivas de crescimento, abandonaram as Bolsas americanas. "Quando elas optam por sair mesmo quando estão se beneficiando" da listagem americana, disse Karolyi numa entrevista, "os acionistas podem se perguntar se há algum motivo oculto".

Fuga de empresas estrangeiras é questionada - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - The New York Times - 13/08/2008


Esse é um exemplo do que os economistas chamam de sinalização. As empresas que abandonaram o mercado de capitais dos Estados Unidos sinalizaram para o investidor algo negativo: preferem participar de um mercado acionário onde as condições de controle são menos rígidas.

18 março 2009

Reapresentação das demonstrações

O número de empresas nos EUA que apresentaram novamente as demonstrações contábeis caiu nos EUA no ano de 2008, informa a revista CFO (The State of Restatements: Sharply Falling, Stephen Taub, 10/3/2009). Baseado na pesquisa da Audit Analytics, o número foi de 869 em 2008 versus 1235 em 2007. Este é o menor número desde 2003, um ano após a Sarbox. Além da redução do número, também diminuiu o valor médio envolvido (6,1 milhões de dólares, versus 22,5 milhões em 2006, por exemplo).

30 dezembro 2008

A Mudança Contábil e seus Efeitos

(...) [A Sarbox] essencialmente matou a criação de novas empresa abertas nos EUA (...) Mas o maior crime do FASB contra a economia e o povo dos EUA ocorreu quando se decidiu mensurar o impossível: despesas com opções.

Washington Is Killing Silicon Valley - Michael S. Malone – 22/12/2008 - The Wall Street Journal - A19

27 abril 2007

Sox é problemática?

Permanece a discussão se a lei Sarbanes-Oxley (Sarbox ou Sox) é prejudicial ou não aos negócios. A Gazeta Mercantil de 26/04/2007 afirma que a Sox possui problemas na área de tecnologia:

Adaptação à Sox esbarra em dificuldades na área de tecnologia

São Paulo, 26 de Abril de 2007 - As empresas brasileiras que negociam ADR (recibos de ações) nos Estados Unidos passaram com facilidade pela fase de diagnóstico e identificação dos procedimentos e controles internos necessários para adaptação as exigências da mais rigorosa lei de governança corporativa atualmente em vigor, a Sarbanes-Oxley (Sox). (...)

Os principais problemas estão na integração e acesso a informações da companhia, atualização da base de dados, desenvolvimento de sistemas e contratação de terceiros. Segundo Gonsales, a informação é um dos capítulos fundamentais para a Sox. As empresas têm encontrado dificuldades em conseguir controles para garantir a integridade da informação quando ela passa de um sistema para outro, diz.

(...) Outro ponto crítico é a subcontratação de terceiros. A Sox exige que, nesses casos, os subcontratados também tenham controles internos. Nesse caso o dilema é distinguir o que é mais adequado para a empresa: procurar parceiros que já tenham os controles - o que não é fácil já que se trata de empresas que precisam estar ok com a Sox -; ou impor seus controles a eles.

Já no desenvolvimento de sistemas o maior problema é testar todos os novos sistemas antes de colocá-lo no ar, sem comprometer a operação da companhia, acrescenta.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)


Já o Wall Street Journal (clique aqui) acredita que o mercado norte-americano ainda é interessante. Esta conclusão tem por base estudos acadêmicos.

Um deles concluiu que a SOX não aumentou o apelo pelo mercado londrino. E que os investidores estrangeiros ainda pagam um prêmio para ter suas ações listadas nos Estados Unidos, o que não ocorre em Londres. Este trabalho foi realizado por Andrew Karolyi e René Stulz, dois autores conceituados da área de finanças.

De qualquer forma, a SEC (Securities and Exchange Commission) está procurando fazer o mercado mais flexível. Um exemplo é a recente possibilidade de empresas usarem os padrões do IASB (clique aqui)

10 julho 2021

Interferência no PCAOB


O PCAOB (Public Company Accounting Oversight Board) foi criado com a lei Sarbox para supervisionar o trabalho dos auditores nos Estados Unidos. Desde sua criação, o PCAOB teve três "escândalos". 

O primeiro ocorreu logo após a criação, quando o governo, através da SEC, nomeou William Webster para ser o primeiro Chairman. Como advogado, Webster tinha trabalhado para o FBI e a CIA. Mas sua nomeação causou constrangimento, seja pelo critério de escolha. Sua aprovação na SEC foi apertada, por 3 votos a 2, mas logo após surgiu a notícia que Webster tinha trabalhado em um comitê de auditoria de uma empresa que estava sendo investigada por irregularidades contábeis. Webster terminou renunciando.

O segundo problema ocorreu quando alguns funcionários da entidade foram contratados por uma empresa de auditoria. A questão é que os funcionários levaram informações sobre a fiscalização que a auditoria seria submetida. As informações poderiam ajudar a auditoria a "melhorar" a qualidade do trabalho que seria investigado pela PCAOB. O resultado foi a condenação desses funcionários. Como resultado do problema, a SEC optou por renovar todo PCAOB, nomeando William Duhnke III em janeiro de 2018. 

A questão é que Duhnke tinha sido funcionário de um político republicano. 

O terceiro escândalo ocorreu agora, no mês de junho de 2021. A SEC informou no início daquele mês que estava removendo Duhnke e que iria também remover os outros membros do conselho. A mudança pode ser vista como uma politização do PCAOB. O novo presidente da SEC, Gary Gensler, que assumiu o cargo em abril, entendeu que o PCAOB deveria ter uma postura mais rigorosa em assuntos como a auditoria de empresas chinesas. A pressão partiu dos senadores Elizabeth Warren e Bernie Sanders. 

16 outubro 2008

Críticos da Convergência


David Albrecht continua a saga para provar os problemas da convergência das normas dos Estados Unidos com o Iasb analisando textos de Charles Niemeier e Ray Ball.

Charles Niemeier é do PCAOB, entidade criada pela Sarbox para regular o mercado de auditoria. As críticas feitas por Niemeier são diversas e listarei aqui somente aquelas que eu julguei interessante.

Niemeier ataca a afirmação de que a IFRS é baseada em princípios e o US GAAP não. A abordagem conceitual do Fasb é tipicamente uma abordagem fundamentada nos princípios. Ele também não acredita que a adoção da IFRS aumente a comparabilidade dos relatórios financeiros em razão das dificuldades de implantação das normas nos diversos países.

Outro ataque de Niemeier (comprovado pela recente posição do Iasb) é que a normatização da IFRS está mais sujeita as pressões políticas que o GAAP. Veja, por exemplo, o link de hoje.

O texto é longo e você pode ter acesso aqui.

A análise mais interessante é da posição de Raymond Ball. Ball é um dos maiores da pesquisa contábil (seu paper de 1968 é um clássico e divisor de águas na pesquisa contábil). (A análise de Ball pode ser obtida aqui)

Ball cita três razões para não esperar uniformidade nas regras contábeis: (a) diferenças de usuários e necessidades de informações, diferenças nas empresas e setores, diferenças entre países e suas culturas mostram que é difícil imaginar um único padrão para todos os casos; (b) os padrões gerais existem em razão da complexidade do mundo e é difícil cobrir todos os aspectos; (c) as políticas de cada país e a forma de imposição das regras tornam difícil supor que seja possível otimizar o interesse público de todos os agentes.

“A despeito da indubitável integração que ocorreu, notavelmente no mercado de capitais e produtos, muitos mercados e forças políticas ainda são locais e irão permanecer assim por um futuro distante. Consequentemente, não está claro quanto da convergência na prática contábil irá (poderá) ocorrer”


Isto significa dizer que os incentivos dos atores envolvidos no processo de convergência ainda será principalmente local.

01 agosto 2012

Teste 572

Postamos que o custo para ser o Batman é de quase 700 milhões de dólares. Tony Stark é também um bilionário que vive um herói. Qual o custo do herói que Stark se transforma? E qual é este herói?

Resposta do Anterior: Sarbox. O Norwalk ocorreu em setembro de 2012.

21 dezembro 2006

Ainda o custo da Sarbox

Novos custos para as exportações

21/12/2006
Gazeta Mercantil

21 de Dezembro de 2006 - O mercado norte-americano ocupa espaço considerável na pauta de exportações brasileira. Principalmente como consumidor de produtos manufaturados, com maior valor agregado, o que significa empregos de melhor qualidade e maior geração de renda. Por este motivo, merece atenção o alerta do consultor Joel Stern de que mesmo com as sucessivas medidas tomadas pela Securities and Exchange Comission para abrandar as exigências da lei Sarbanes-Oxley, o quadro permanece pouco favorável para as empresas que pretendam "acessar o mercado dos EUA", especialmente as de menor porte.

O principal problema é o custo elevado da obediência desta lei, aprovada em 2002 para combater fraudes contábeis. Desde a implantação da Sarbanes-Oxley, as empresas norte-americanas reclamam do tempo gasto para o atendimento das exigências, em especial as determinadas pela chamada seção 404 do instrumento regulatório que obriga o uso de rígidos controles contábeis internos em todas as etapas de produção e comercialização das empresas. Estas exigências tornavam muito mais curto o prazo de informação periódica ao mercado, impondo rotação de auditorias e alterações de regras de operação e fiscalização dos conselhos de administração. A lei passou a exigir publicação antecipada de balanços trimestrais e anuais para as empresas de capital aberto com valor superior a US$ 75 milhões.

As demandas da Sarbanes-Oxley não se limitam às empresas norte-americanas. Toda companhia estrangeira que opera nas bolsas de valores dos EUA está submetida às mesmas exigências. O custo da implantação dos controles internos é alto, como já perceberam as empresas brasileiras com papéis negociados em Nova York. O custo inicial para atender às regras da seção 404 ultrapassa US$ 1 milhão, além de cerca de US$ 500 mil a cada ano. Na prática, como só grandes empresas conseguem atender tais exigências, a Sarbanes-Oxley acaba por impedir a presença das empresas menores no mercado americano.

(...)
A maior preocupação dos [NORTE-]americanos é a mudança de rota dos capitais na direção dos concorrentes. Em 2005, enquanto pouco mais de uma dezena de empresas brasileiras procuraram o mercado norte-americano, 48 companhias recorreram às bolsas européias. O lobby em Washington apresentou dados de que os "custos regulatórios" estão afastando investidores externos de Nova York.

(...)
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 2)

14 maio 2009

Teste #71

Você deve encontrar uma palavra, com seis letras, usando a tabela de equivalência abaixo (o valor da letra corresponde a ordem do alfabeto) e com as seguintes pistas:


a) a soma das oito letras corresponde a 115
b) a terceira e a última letra são iguais e seu valor é um a menos que a primeira letra e dois a menos que a segunda letra
c) as quatro últimas letras são ímpares e as duas primeiras pares.
d) só existe uma letra que se repete
e) a segunda letra dividida por dois corresponde a quinta letra.



Resposta do Anterior: a) empresa de auditoria, a quinta maior do mundo; b) Public Company Accounting Oversight Board, entidade criada pela Sarbox para fiscalizar as auditorias c) Accounting Standards Board (ASB), regulador contábil da Inglaterra mas também dos EUA

29 novembro 2013

A nova postura da SEC

Um artigo da CFO discute a nova postura da SEC com Mary Jo White na sua presidência. O foco será no combate a fraudes e a criação de um programa de detecção, meses atrás, indica isto. Nos últimos anos o número de investigação da Comissão caiu; alguns consideram que isto seria decorrente da Sarbox, mas os mais céticos desconfiam desta relação. White parece também duvidar disto e resolveu direcionar a agência dos Estados Unidos para esta área. Isto inclui dar uma atenção especial as denúncias e a insistência em forçar que as empresas (e as pessoas) reconheçam publicamente as fraudes. Isto, segundo a CFO, ajudou a obter resultados rápidos, economizar recursos e evitar o risco de litígio.

07 fevereiro 2015

SEC impõe sanções

A entidade que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos impôs as quatro grandes empresas de contabilidade (Big Four) e suas filiais na China penalidades pela recusa em fornecer informações sobre possíveis fraudes. Isto inclui o pagamento de 0,5 milhão de dólar e admissão que estas empresas não produziram "papéis de trabalho". O caso atingiu nove empresas sediadas na China com valores mobiliários registrados nos Estados Unidos.

Pesa sob as empresas a violação da Lei Sarbox, que obriga a entrega de papéis de trabalho para SEC mediante solicitação.

26 julho 2008

Efeito colateral

A implantação da Sarbox apresenta, segundo a Association of Certified Fraud Examiners, um efeito collateral: está mais difícil descobrir a fraude numa empresa.

The ACFE report surveyed 959 cases of reported occupational fraud that were examined by certified fraud examiners from 2006 to 2008. The report breaks down fraud into three broad categories: fraudulent statements (most notably financial statement fraud, but also false employment credentials or falsification of internal and external documents), asset misappropriation (for example, larceny, skimming, fraudulent disbursements), and corruption (including bribery, illegal gratuities, economic extortion, invoice kickbacks, and bid rigging).
Of all of these types of fraud, the report said, financial statement fraud proved the most costly. The median loss for the 99 companies experiencing financial statement fraud during the study period was $2 million.

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