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03 maio 2011

Processos movido pela SEC

Por Pedro Correia


Participantes do mercado americano desembolsaram US$ 2,85 bilhões por conta de processos movidos pela Securities and Exchange Commission (SEC) no ano fiscal de 2010, encerrado em setembro. O valor é 17% maior do que os R$ 2,44 bilhões gastos um ano antes e supera em 176% o total exigido em 2008.

A SEC divide esses pagamentos em dois grupos. No ano fiscal de 2010, por exemplo, US$ 1,82 bilhão se referem à devolução de lucros obtidos ilegalmente e US$ 1,03 bilhão foram pagos por conta de multas ou acordos firmados com os envolvidos.

Segundo um porta-voz da SEC, a maioria dos processos movidos pelo órgão é encerrada por negociação entre as partes, sem a necessidade de julgamento. Esse tipo de solução, entretanto, só é eficaz quando pessoas que cometem fraude são afastadas do mercado, quando ganhos obtidos indevidamente são devolvidos e quando se passa uma mensagem ao mercado de que a “fraude financeira não compensa”.

Apesar de muita gente achar que é comum que pessoas envolvidas em irregularidades no mercado de capitais americano vão parar na cadeia, o órgão regulador dos EUA diz que uma “porcentagem pequena” dos casos é levada para a esfera criminal, notadamente quando os casos são mais graves e há mais provas sobre os delitos.

Não há tendência clara sobre o tipo e o volume de irregularidades cometidas no mercado. Entre 2008, por exemplo, a SEC moveu 671 processos sancionadores, número que caiu a 664 no ano seguinte e subiu a 681 em 2010.

Nos três anos, os casos mais comuns foram aqueles que envolvem problemas de transparência e divulgação, seguidos pelos ligados a ofertas de valores mobiliários. Essas duas categorias respondem por cerca de 40% dos processos. Casos considerados mais graves, como aqueles que envolvem negociação de ações com informação privilegiada, têm uma participação menor, com uma fatia de 5% a 8% do total nos últimos dois anos. O mesmo ocorre com as acusações de manipulação de mercado, com uma participação ainda menor no total de processos.

Um ponto que está sob o foco dos agentes da SEC neste momento são as empresas chamadas de “microcap”, de valor de mercado bem reduzido. Elas costumam ter patrimônio médio de US$$ 6 milhões, sendo que metade tem ativos líquidos inferiores a US$ 1,25 milhão. Recentemente, elas têm sido usadas para “fusões reversas” e como “empresa-casca” para companhias de capital fechado se tornarem de abertas sem passar pelos trâmites tradicionais de registro – opção que tem sido oferecida a brasileiras.

Segundo o órgão americano, esse tipo de empresa tem pouca exigência em termos de divulgação de informação, o que as torna mais vulneráveis a manipulações e fraudes, o que justifica uma atenção especial a esses casos.

Fonte: Fernando Torres, Valor Economico

O Espírito Animal

Postado por Pedro Correia


O espírito animal, que parece inspirado no latim “spiritus animales”, foi uma expressão usada por John Maynard Keynes, considerado um dos mais importantes economistas da história, que a utilizou no seu livro “Teoria Geral do Emprego, Juros e Moeda” (1936), considerado por muitos como a bíblia da moderna teoria econômica. Vem sendo muito utilizada, recentemente, quando está ocorrendo uma revisão da chamada macroeconomia, reconhecendo que as autoridades têm um papel importante no desenvolvimento econômico, proporcionando indicações para a ação do setor privado. Contrapõe-se à ideia neoliberal que o mercado resolve todos os problemas de forma mais adequada. Keynes colaborou na formação das Nações Unidas ao término da Segunda Guerra Mundial.

A ideia é que os empresários, na procura do lucro, contam com uma qualidade de identificar oportunidades para empreendimentos que promovem investimentos que resultarão em benefício de todos, criando empregos e bens que serão destinados ao bem-estar de toda a população.

Seria um fator muito importante para provocar um processo de desenvolvimento econômico e social, hoje condicionado também a ser sustentável, ou seja, com respeito ao meio ambiente e com adequada distribuição dos benefícios. Eles teriam um papel fundamental e as autoridades deveriam estimular este espírito animal, ao mesmo tempo em que asseguraria as condições para regular a economia, de forma que ocorra uma adequada distribuição dos seus benefícios.

Fonte: Paulo Yokota, economista brasileiro (dupla nacionalidade japonesa), ex-professor da USP, ex-diretor do Banco Central do Brasil, ex-presidente do INCRA. Viveu e trabalhou nestas regiões. Foi comissário do governo brasileiro, temporariamente, na Expo Tsukuba 85. Supervisionou os escritórios de uma trading brasileira na Ásia.

Combate à corrupção e improbidade administrativa

Por Pedro Correia


Ministério Público de SP começa a utilizar o "Simba", que envia dados do sistema bancário pela internet, para deter corrupção e improbidade administrativa
O Ministério Público de São Paulo ganhou um importante aliado no combate à corrupção e improbidade administrativa: o Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias (Simba), sofisticado instrumento para rastreamento de contas e aplicações financeiras de acusados por fraudes a licitações e desvios de recursos do Tesouro.

O Simba permite a transmissão pela internet, após autorização judicial, de dados oriundos de quebra de sigilo bancário entre instituições financeiras e órgãos públicos responsáveis por investigações contra organizações que ocultam e lavam dinheiro ilícito. Propicia velocidade jamais vista no repasse de informações - medida que levava de seis meses a até um ano para ser executada pela rede bancária agora sai em dez dias. O programa sepulta a era da montanha de papeis e códigos indecifráveis e dribla a prescrição de delitos.

Também permite ampla segurança (com criptografia) na captação, processamento e análise de operações bancárias porque acaba com o trânsito de CDs e cópias de extratos. Revela ainda a origem, destino e tipos de transações financeiras.

Há duas semanas, o perito criminal da Polícia Federal Renato Barbosa apresentou o Simba a 200 promotores e procuradores de Justiça. Barbosa, que atuou no esclarecimento de alguns dos casos mais emblemáticos da história recente do País - Banestado, sanguessugas e mensalão, é um dos responsáveis pela implantação do Simba.

Para Barbosa, é fundamental que o investigador faça um planejamento prévio antes de pedir documentos ao sistema financeiro. "São muitos os casos em que verificamos uma bagunça generalizada nos autos porque não se faz um simples esboço", atesta.

O perito anota que órgãos de investigação adotaram uma prática, "e não se sabe quem inventou isso", por meio da qual é requerida a abertura dos últimos cinco anos de movimentação e fluxo de valores. "Isso provoca acúmulo de quantidade desnecessária de informações. É preciso ter foco e método."

Márcio Fernando Elias Rosa, subprocurador-geral de Justiça e Gestão do Ministério Público de São Paulo, avalia que o Simba vai dar dinamismo às investigações. "São novos mecanismos, facilitadores das funções precípuas dos promotores." Para Elias Rosa, o Simba "tem uma vocação forte para as áreas de combate à improbidade e criminal".

O procurador Nilo Spínola Salgado Filho, coordenador do Centro de Apoio Operacional à Execução (CAEx) - braço do Ministério Público que emite pareceres técnicos - destaca que o rastreamento bancário, hoje, obedece a um modelo primitivo, braçal. O Simba, afirma, será primordial no cerco à corrupção. "O corrupto não tem como prescindir do sistema financeiro, até para lavar dinheiro sujo ele precisa. De alguma forma ele ingressa no sistema bancário, o dinheiro não fica aí ao Deus dará."


Fonte:Fausto Macedo-O Estado de S. Paulo - 02/05/2011

Tweeter e a morte de Bin-Laden

O gráfico mostra a reação no número de Tweets por segundo antes, durante de depois do anúncio da morte de Bin Laden. (Aqui sobre o efeito no mercado financeiro)

02 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Capacetes criativos. Fonte: aqui







Links

Como a produção de Pyrex (um tipo de vasilhame de vidro) afetou a indústria de crack

PanAmericano lança o primeiro cartão de crédito pré-pago

Doenças transmitidas por alimentos e os custos para sociedade

Shiller: Sobre a necessidade de novas medidas para a economia

Vídeo: Messi jogando ping-pong para Herbalife

Sokol versus Buffett Órgão da Inglaterra não informa sobre a crise no RBS (aqui também)

Como a Goldman Sachs criou a crise de alimentos

Executivos da Sony se curvam
diante do escândalo dos cartões de crédito do PS3 (foto)

Manual do Ministério da Fazendo para pleitos (dica de Caio Tibúrcio)

Google sabe onde você está (dica de Alexandre Alcantara)

Vídeo: Pipoca do Valdir (dica de Alexandre Alcantara)

Teste 467

A receita Federal está cobrando da Petrobrás um volume elevado de impostos. Este valor é de:

Acima de R$1 bilhão e abaixo de R$10 bilhões
Acima de R$10 bilhões e abaixo de R$20 bilhões
Acima de R$20 bilhões

Resposta do Anterior: Barcelona

Grã-Bretanha irá adotar IFRS para empresas fechadas

A autoridade da Grã-Bretanha em contabilidade, o Accounting Standards Board, lançou uma consulta sobre os planos para substituir os padrões do Reino Unido para empresas de capital fechado, publicado pela primeira vez em 1971, por uma nova versão baseada em normas internacionais.
Atualmente, a maioria das pequenas empresas fechadas podem utilizar uma versão simplificada das normas do Reino Unido conhecido como FRSSE, que exige menso divulgações.
Private companies face accounting upheaval - The Telegraph É interessante notar que alguns mitos que se criam. Aqueles que acreditavam que a Europa adotou as IFRS de maneira plena, a notícia mostra que não é bem assim.

Conselho mais profissional

O aumento do número de consultas feitas ao Banco de Conselheiros do IBGCE mostra uma nova realidade nas empresas. 


A estratégia de escolher profissionais renomados do mercado financeiro e órgãos governamentais para compor conselhos de administração - até então obrigatória entre grandes companhias de capital aberto - está sendo revista. 


Prova disso é o aumento da procura por conselheiros por meio do Banco de Conselheiros do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Trata-se de uma ferramenta que possibilita o cadastro, pesquisa e consulta de profissionais qualificados para compor conselhos das mais diversas organizações, sem que seja revelado seu nome. 


"O objetivo é facilitar a busca por conselheiros experientes e preparados", afirma Alberto Whitaker, vice-presidente do conselho de administração do IBGC. 


Entre setembro do ano passado e meados de abril, o IBGC recebeu aproximadamente 40 consultas, de diferentes companhias: empresas já listadas em bolsa, em fase de estruturação para abril capital, familiar ou mesmo empresas que apresentam crescimento consistente e querem reforçar o conselho de administração e conselho fiscal. 


O Banco de Conselheiros, lançado em 2009 como projeto-piloto, foi relançado em fevereiro do ano passado com algumas modificações. "Aproveitamos experiências internacionais para aperfeiçoar o projeto inicial", diz Alberto Whitaker. Atualmente, o aplicativo contabiliza mais de 500 profissionais. 


O funcionamento é simples: a companhia seleciona profissionais cujos atributos - formação acadêmica, setores de atividades, atuação em conselhos ou comitês, fluência em idiomas, entre outros - sejam compatíveis a sua demanda. Na próxima etapa, a empresa manifesta interesse de entrevistá-lo ao IBGC, que entra em contato com o escolhido. A companhia só saberá o nome do profissional caso ele permita. 


"O IBGC não se envolve no processo de seleção do executivo. Só pedimos para o profissional nos avisar caso tenha sido contratado a fim de atualizar seu currículo", aponta o vice-presidente do conselho de administração do IBGC. 


Outra curiosidade diz respeito à utilização por empresas e headhunter. "O banco acaba sendo consultado não apenas para conselheiros, mas também para outras funções executivas", completa o executivo.


Brasil Econômico- Conselhos trocam “figurões” por especialistas Vanessa Correia - 28 de abril de 2011

Derivativos

Por Pedro Correia




O assunto que está em voga, nos EUA, sobre derivativos é o caso da cidade de Jefferson no Alabama. Em 2002, a Agência de Proteção Ambiental ordenou que o município reformasse o sistema de esgoto. Para financiar a reforma o local emitiu títulos de dívida no valor total de 3.2 bilhões. Após a reforma, a cidade alterou os juros dos contratos de pré-fixados para pós-fixados.Isto foi feito, pois executivos do JP Morgam convenceram os gestores locais a comprar complexos contratos de swaps de taxa de juros, para que o hedge fosse feito caso os juros subissem.

No início a estratégia de fazer o hedge foi bem sucedida. No entanto, quando a crise financeira de 2008 eclodiu, os swaps além de falharem na proteção – exarcebaram as perdas.Os juros continuaram subindo e o município não pode mais arcar com suas obrigações relacionadas aos títulos.Além disso, investigações recentes revelaram que há indícios de corrupção durante a execução do projeto.

Atualmente, a cidade está em desequilíbrio financeiro.Há rumores de que, em julho, não terá mais caixa para cumprir com suas obrigações.Adicionalmente, esta situação tende a se agravar e poderá se tornar o maior caso de insolvência de um município americano.A situação de Jefferson é um exemplo do que acontece quando existe a união de corrupção, má administração e desrespeito ao contribuinte.No final, os mais prejudicados foram os moradores locais. O preço da água subiu 300% desde 1997 e as famílias pagam em média 70 dólares por mês pelo seu uso.

Os derivativos são fantásticos instrumentos financeiros, no entanto, controle e acompanhamento é fundamental para evitar que eles não se tornem “armas financeiras de destruição em massa ” (famosa frase de Warren Buffet sobre o tema). Este é o objetivo precípuo da gestão de risco.

Leia mais sobre o tema: aqui e aqui

Derivativos 2

Por Pedro Correia


O Departamento do Tesouro Americano afirmou que irá retirar os swaps e contratos a termo de câmbio da supervisão e regulamentação que será imposta aos demais instrumentos financeiros derivativos. Em outras palavras, estes instrumentos continuarão a serem negociadas em mercado de balcão. A justificativa do Tesouro para a manutenção destes contratos fora das casas de compensação é que, os procedimentos existentes no mercado de câmbio já diminuem os riscos e asseguram a estabilidade desses derivativos.

Os contratos de swap e a termo de câmbio representam 5% do mercado de 600 trilhões de dólares “over-the counter”.Uma vez mais, as empresas, grandes bancos conseguiram pressionar o governo a isentar estes instrumentos financeiros da supervisão regulamentação. Eles argumentaram que as exigência da negociação em casas de compensação é desnecessária,pois a maioria dos contratos expiram após uma semana.

Crise e contabilidade

Um comentário do economista peruano Hernando de Soto enfatiza o papel dos direitos de propriedade nas crises financeiras. De Soto considera, nas suas críticas, as falcatruas contábeis, como é o caso recente da Grécia.

Arnold Kling acredita que toda crise possui um escândalo contábil.
A contabilidade passa por ciclos de precisão e imprecisão? Ou é sempre imprecisa? Existe um ditado que diz "Você só vê quem está nadando pelado quando a maré é baixa".

Por que o rating dos EUA foi rebaixado?

Por Pedro Correia

É interessante observar a justificativa da Standard and Poor's :

The U.S. public sector consistently uses a smaller share of national income than the public sectors of most 'AAA' rated countries, and smaller than those of its closest peers, implying greater revenue flexibility. Political considerations aside, from an economic perspective, the U.S. public sector's smaller share of national income suggests to us there could be room for the U.S. to raise taxes or increase other government revenue while remaining competitive. We believe that this flexibility also enhances the U.S.'s ability to pay.

A agência de rating não questiona a capacidade do país em pagar suas obrigações com os títulos de dívida. O que é questionado é a "vontade" do governo em pagá-las.

Via The Economist

Machismo na política

Só existe um país no mundo onde a maioria do parlamento é feminina: Ruanda. Em diversos países o número de mulheres no parlamento deve ser de no mínimo 30%. No Brasil é de 9,8%. Em termos mundiais, ocupamos o 104o. lugar. (Fonte: aqui)

Custo da família Joli

A vida de estrelas hollywoodianas que Brad Pitt (47 anos) e Angelina Jolie (35) levam não deixa escapar os seis filhos do casal. O tabloide britânico The Sun apurou que os gastos com Maddox (9), Pax (7), Zahara (6), Shiloh (4), e os gêmeos Knox e Vivienne chegam a R$ 16 milhões por ano. O valor equivale a um gasto médio de R$ 222 mil com criança por mês. Cada filho custa R$ 2,7 milhões ao ano. Segundo as fontes do jornal, grande parte desses gastos é destinada à caridade. Mas o casal despende: 
 * R$ 1,4 bilhão com babás  * R$ 152 mil em roupas  * R$ 100 mil em festas de aniversário  * R$ 58 mil em alimentação  * R$ 242 mil em "atividades" 
 Além disso, o tutor de cada criança durante as viagens do casal custa R$ 263 mil (o que totaliza R$ 1,57 milhão em tutores). Mas o maior gasto é com transporte. Não estamos falando de transporte público, evidentemente: Pitt e Jolie gastam R$ 8,1 milhões ao ano em jatinhos particulares.
Filhos de Jolie e Pitt custam R$ 16 mi por ano - Época

Crise Financeira

Por Pedro Correia



Robert Shiller argumenta que as crises financeiras poderão tornar-se previsíveis, se novas formas de mensuração do risco sistêmico forem criadas. Durantes os anos 1920 vários avisos foram feitos quanto a iminência de uma crise financeira.Na década passada alguns afirmaram que uma crise estava próxima. Ambas tornaram-se previsões de Cassandra.Assim, segundo Shiller é fácil concluir que, por não sermos capazes de ver estes eventos se aproximando, isto não significa que nada pode ser feito para evitá-los.

Alguns afirmaram que a recente crise financeira foi mais um "cisne negro"- expressão consagrada por Nassim Talleb. De fato, pessoas inteligentes não conseguiram exergar a bolha imobiliária e a instabilidade do setor financeiro norte-americano. No entanto, de acordo com o autor do livro "Exuberância Racional", a característica extraordinária desses eventos não pode impede que sejam previstos.Por exemplo, os furacões eram "cisnes-negro", mas agora são previsíveis. Robert afirma que vários destes eventos podem ser previstos, mas isto só será possível se as perguntas certas forem feitas e melhores dados forem utilizados. Em suma, ele entende que é necessário uma revolução nos modelos de de mensuração do risco.

Em 2010 foi divulgado artigo de autoria de economistas do FED que afirma que, a crise não foi antecipada,pois o órgão não tinha informações confiáveis em determinadas variáveis.

Outrossim,em 1929 a falta de informações corretas foi indicada como uma das causas da crise.Desse modo, houve na época uma melhora nos sistemas de mensuração.Um dos exemplos foi o surgimento do "Produto Nacional Bruto", da conta de Renda e Produção e da conta de fluxos de capitais. Todas estas integrantes da "nova contabilidade nacional".Estes avanços possibilitaram a criação de modelos macroeconômicos com um incrível poder de previsão e que facilitaram o entendimento das instabilidades macroeconômicas.

No entanto, desde os anos de 1950 não ocorreu uma revolução nos modelos de mensuração.Nas últimas décadas, as instituições financeiras assumiram riscos sistêmicos e o uso crescente de alavancagem e derivativos não aparecem em seus relátórios financeiros .Assim,alguns economistas começaram a sugerir alguns tipos de medidas de alavancagem e liquidez, que poderiam ser coletados.Shiller afirma que precisamos de outra revolução como a mensuração do PIB e fluxo de capitais.

Uma das tentativas de "revolução" é o trabalho de Markus Brunnermeier,Gary Gorton Arvind Krishnamurthy, que estão desenvolvendo o que chamam de: "Topografia do Risco".Eles explicam como a moderna teoria de finanças pode nos guiar na coleta de dados que, possam promover uma visão esclarecedora de potenciais problemas econômicos de grande magnitude.

Rober entende que : "Hoje, a nossa prosperidade depende das finanças,que está associada as disciplinas da contabilidade e da macroeconomia. A crise financeira não não apresentou a "debáclê" destas, como diriam alguns. Nós devemos responder da mesma forma que na Grande Depressão, iniciando o longo processo de redefinição de nossos modelos de mensuração para que possamos entender melhor o risco de um novo choque financeiro."

Fonte: The New York Times

O legado de Bachelier

O legado de Bachelier – Por Isabel Sales

Acho que todo pesquisador já passou por isso: Às vezes escrevemos um artigo com todo o afinco, temos certeza de que será publicado com louros e honrarias, mas o contrário ocorre. Outras vezes submetemos um paper só porque ainda não estouramos o limite de artigos naquele congresso e esse é o trabalho aprovado e bem qualificado. Tenho uma amiga que teve uma pesquisa recusada em certo lugar, mas concorreu a melhor da área em outras (e boas) vizinhanças. Vá entender!

Não que eu queira comparar, só estava criando uma leve ambientação numa segunda-feira pós-feriado!!! Mas então tá. Tenhamos em mente que o julgamento dos nossos pares nem sempre nos acrescenta e que seguir os nossos ideais certamente é mais importante que algumas tradições ou que se encaixar em algum tipo de regra invisível de boa conduta.

Hoje eu estava lendo o livro The (Mis)behavior of Markets dos autores Benoit Mandelbrot e Richard L. Hudson (no Brasil: Mercados Financeiros Fora de Controle, editora Campus BB) que conta a interessante história de Bachelier (acometido pelo grande fardo de todo gênio: não foi reconhecido em sua época).

Louis Bachelier foi um matemático francês que defendeu, em março de 1900, a sua tese intitulada “Théorie de la spéculation" que (é claro!) causou pouca impressão em seus professores. Seu orientador era o famoso matemático Henri Poincaré, que avaliou o trabalho de seu pupilo da seguinte forma: “o assunto escolhido pelo senhor Bachelier está um pouco distante daqueles usualmente tratados por nossos candidatos”. A menção foi um respeitável “mention honorable” e não o “très honorable” que teria garantido a Bachelier um bilhete de primeira classe para uma carreira majestosa na matemática.

Até um brasileiro que não desiste nunca (!!!) teria deixado isso de lado, mas não o senhor Bachelier. Ele passou os próximos 27 anos batalhando por reconhecimento da academia francesa. O rapaz acreditava mesmo em seus ideais!

Você nunca ouviu falar desse matemático antes? Pois bem. Essa tese simplesmente estabeleceu alguns dos fundamentos das finanças. Com base nas questões que ele formulou foi construída uma teoria de mercados, investimentos e finanças compreensiva e elaborada (como os preços variam, como os investidores pensam, como administrar seu dinheiro, como definir risco).

Ele morreu desconhecido. Mas, como destacado por Benoit Mandelbrot e Richard L. Hudson, felizmente a tese de Bachelier foi publicada em um importante periódico (cerca de meio século após a defesa) salvando-o do esquecimento. Hum... Daria um bom filme. Mas calma! Não para por aí.

Em 1965 o nome de Bachelier reapareceu na economia como um precursor reconhecido na tese de precificação de opções do economista estudante do Massachusetts Institute of Technology – MIT: Paul A. Samuelson. Posteriormente ninguém menos que Eugene F. Fama, um estudante da Universidade de Chicago, discutiu com seu orientador as ideias de Bachelier além do modelo de incrementos independentes dos preços e subsequentemente elaborou a Hipótese de Eficiência de Mercado.

Um respeitável economista da MIT, Paul H. Cootner, afirma que o Bachelier foi tão “extraordinário em seu trabalho que podemos dizer que o estudo dos preços especulativos teve o seu momento de glória no momento de sua concepção”.

Outra leitura interessante é o livro “o mito dos mercados racionais”, que já foi objeto de resenha aqui no blog. Para quem quiser ler mais, a tese de Bachelier foi transformada em um livro em inglês e está a venda pela Amazon nesse link.

Ibracon lança prêmio "Transparência Universitário"

Por Pedro Correia

O Ibracon – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, lançou do prêmio “Transparência Universitário”, destinado a estudantes de graduação em ciências contábeis e que premiará o estudante autor do trabalho e seu professor orientador com uma viagem a Nova York, nos Estados Unidos, para uma visita ao ao Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA) e a uma universidade note-americana que mantenha cursos de Ciências Contábeis.

O prêmio “Transparência Universitário” é uma iniciativa do Ibracon e nessa primeira edição do prêmio, o tema escolhido para o trabalho é: “A Convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade às Normas Internacionais de Contabilidade”. A presidente do Ibracon, contadora Ana María Elorrieta destacou a relevância da parceria com a AICPA, que prontamente acolheu a ideia da realização do concurso que possibilitará que os premiados possam conhecer a experiência do instituto norte-americano.

Além do aluno autor e do professor orientado serem premiados, a Instituição de Ensino Superior (IES)em que o autor está matriculado, receberá exemplares do livro Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), versão mais atual dispoonvel para sua biblioteca. Já a IES que apresentar o maior número de trabalhos inscritos receberá menção honrosa do Prêmio Transparência Universitário e exemplares do livro IFRS, versão mais atual dispoonvel para sua biblioteca.

O objetivo do prêmio “Transparência Universitário” é reconhecer alunos de cursos superiores em Ciências Contábeis que, por meio de suas pesquisas, melhor se preparam para o exercício da profissão, e também o de incentivar os estudantes a produzirem trabalhos sobre questões relacionadas às áreas de Contabilidade e Auditoria independente, sob a supervisão de Professores Orientadores e apoio das IESs - Instituições Superiores de Ensino - a que pertencem.

O prêmio “Transparência Universitário” é uma forma de o Instituto cumprir seu papel de estimular o desenvolvimento de novos profissionais, incentivando a pesquisa acadêmica e contribuindo para difundir os conceitos e princípios da Contabilidade e da Auditoria Independente, declarou Ana María Elorrieta, presidente da Diretoria Nacional do Ibracon.

Para participar, os alunos interessados devem estar cursando bacharelado em Ciências Contábeis em IESs, regularmente registradas no MEC – Ministério da Educação e Cultura, e deverão inscrever seus trabalhos preenchendo uma ficha no Portal do Ibracon (www.ibracon.com.br). Serão aceitos trabalhos entregues até o dia 15 de agosto de 2011. Após a pré-seleção que definirá os trabalhos finalistas, um júri formado pela direção do Instituto e auditores, apontará o vencedor que ganhará uma viagem cultural, em companhia de seu professor orientador, para visitar o AICPA - Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados, parceiro do Ibracon neste concurso cultural, e a uma universidade norte-americana que mantenha cursos de Ciências Contábeis.


Fonte:Ibracon via Alexandre Alcantara

01 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Por Pedro Correia





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As 10 maiores mentiras contadas por pós-graduandos

As 10 maiores mentiras contadas por pós-graduandos – Por Isabel Sales

10. Não me incomoda nem um pouco que o meu amigo da faculdade ganhe US$ 80.000 por ano em Wall Street.

9. Será um prazer revisar seu livro/capítulo/artigo.

8. Meu trabalho tem muita importância prática.

7. Eu nunca namoraria um estudante universitário.

6. O seu último artigo foi tão inspirador!

5. Eu recusei ótimas ofertas de trabalho para estar aqui.

4. Eu tenho apenas mais um livro para ler, aí começarei a escrever.

3. O departamento está me apoiando tanto!

2. Minhas perspectivas de trabalho se aparentam muito boas!

1. É sério, estarei fora daqui em cerca de mais dois anos!

Fonte: Aqui