28 setembro 2006
Freakonomics 2
Um parasita do afeto humano

De um artigo do biólogo Fernando Reinach:
"quando o meio ambiente se modifica, os seres vivos incapazes de se adaptar são extintos. Por esse motivo um dos aspectos mais interessantes da biologia são as estratégias utilizadas pelos animais para sobreviver em novos ambientes. Meu exemplo favorito é uma espécie que desenvolveu a capacidade de explorar nossa habilidade de dar e receber afeto. Utilizando sua capacidade de parasitar diretamente nossa mente, esse animal conseguiu garantir a sobrevivência de sua espécie. Como todo parasita, teve de abrir mão de sua liberdade, mas valeu a pena: da maneira como o homem vem alterando o planeta, provavelmente essa espécie será a última do seu grupo a se extinguir, pois associou definitivamente seu destino ao nosso. É o cão.
(...) Mas para conquistar o privilégio de serem sustentados e protegidos pela espécie mais poderosa do planeta, eles tiveram de abrir mão de muitos privilégios, inclusive sua liberdade reprodutiva: muitas raças entregaram aos seus protetores a liberdade de escolher seus parceiros sexuais. O domínio que esses parasitas exercem sobre o sistema amoroso de seus hospedeiros é de tal ordem que a maioria dos humanos realmente acredita que ama seus cães. É impressionante o sucesso da estratégia evolutiva dessa espécie, talvez o único caso em que um parasita controla a mente de seu hospedeiro. Reconhecer esse fato só faz aumentar minha admiração pelos cães."
Do Estado de S. Paulo de ontem, p. A20
27 setembro 2006
Notícias
O segundo, a General Motors Corp. planeja exigir uma "contribuição de equalização", que poderia ser uma bolada de bilhões de dólares, da Nissan Motor Co. e da Renault SA para aceitar uma possível união entre as três. Clique aqui para ler.
Matemática é último reduto masculino
Matemática é último reduto masculino
ANTÔNIO GOIS
enviado especial da Folha de S.Paulo a Caxambu (MG)
VINICIUS ABBATE
colaboração para a Folha de S.Paulo
Não há área de ensino no Brasil em que as meninas não estejam dominando - ou muito próximas disso. Elas são maioria no ensino superior, têm taxas de evasão e reprovação menores no ensino médio e se saem melhor do que os meninos em quase todos os testes que avaliam aprendizado no ensino fundamental. Mas um setor resiste a essa supremacia: o aprendizado de matemática.
Esse quadro não é exclusivo do Brasil. Dos 42 países avaliados no Pisa (exame da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico que analisa o desempenho de alunos), os meninos foram melhor em matemática em 33.
Em alguns casos, a diferença não é estatisticamente significativa, mas, em 12 deles, não há dúvidas de que as meninas estão aprendendo menos. Já nos oito casos em que a diferença é a favor das meninas, em um deles, a Albânia, ela é significativa.
O Brasil aparece com destaque na tabela comparativa em matemática porque aqui a diferença a favor dos meninos é a maior entre todos os países analisados, ao lado de Áustria e Coréia do Sul. Esse melhor desempenho masculino, no entanto, não se repete em todas as áreas. Pelo contrário, em testes de leitura, a situação se inverte e a supremacia feminina é incontestável em todos os países.
Razões
Foi esse quadro que instigou os pesquisadores Márcia Andrade, Creso Franco e João Pitombeira de Carvalho, da PUC-RJ, a buscar razões que nos levam a ter uma das maiores diferenças do mundo em matemática. O trabalho foi apresentado no 15º Encontro Nacional de Estudos Populacionais, que aconteceu na semana passada em Caxambu (MG).
Estudos sobre essas diferenças têm gerado debates, principalmente quando se discute se essas diferenças são fruto de aspectos culturais ou biológicos.
O estudo da PUC quis verificar se variáveis socioeconômicas ou do ambiente escolar explicavam o resultado. Eles trabalharam com dados do Saeb (exame que avalia a qualidade) no último ano do ensino médio. Como o Pisa, ele mostra significativas diferenças a favor dos meninos em matemática.
A primeira hipótese era se o melhor desempenho não era causado pelo fato de muitos dos meninos mais pobres abandonarem a escola antes de completar o ensino médio, algo menos intenso entre meninas.
Isso se justifica porque o que mais interfere no desempenho escolar é o nível socioeconômico. Se há menos garotos pobres que concluem o ensino médio, espera-se que, quando é feito um exame entre os que chegaram lá, a nota média aumente por haver menos alunos em condições desfavoráveis, que puxariam a média para baixo.
Para evitar que isso influenciasse no resultado, a pesquisa só comparou estudantes de mesmo nível socioeconômico e que estavam na mesma escola. Os dados mostraram que a distância entre eles e elas diminuiu, mas, ainda assim, meninos se saíam melhor.
Iguais
O segundo passo foi separar escolas que atendem crianças de baixo poder aquisitivo das onde os alunos têm nível socioeconômico mais alto. A partir daí, constatou-se que, nas escolas onde estudam os mais pobres, a diferença persistia.
No entanto, nas escolas para alunos de renda mais alta, a diferença se torna desprezível, com meninos e meninas tendo quase o mesmo desempenho.
Uma hipótese é que, nesse ambiente, as famílias apóiem e aceitem mais o interesse de meninas pela matemática. "Freqüentemente estão em condições materiais e ideológicas mais favoráveis para o rompimento de papéis tradicionais em relação a gênero", afirmam.
O estudo aponta também que o professor pode ser fundamental para reverter esse quadro. Em escolas onde havia mais cobrança de deveres de casa, a diferença diminuía.
Aprender
O Moodle é um sistema muito interessante e vale a pena conhecê-lo.
26 setembro 2006
Enanpad
A primeira sessão da área de Contabilidade para Usuários Externos teve cinco trabalhos, a maioria na área social. O primeiro trabalho, no entanto, fala do uso de análise discriminante para prever insolvência bancária. De Domingos Pandelo Jr, do Ibmec, o estudo tentou verificar quais a variáveis que explicam a falência das instituições financeiras no Brasil. O autor descobriu que no Brasil, ao contrário de outros países, a principal variável é a estrutura de custos. Isto é explicado pela normatização da provisão para crédito de liquidação duvidosa que existia até 2000. Um fato que dificulta inferências refere-se ao pequeno número de entidades que participaram do estudo, que pode ser crítico no uso da técnica de análise discriminante.
O segundo trabalho da sessão - Evidenciação Social Corporativa: Estudo de caso da Empresa Petróleo Brasileiro S.A - é de Adolfo Henrique Coutinho e Silva e Moacir Sancovschi. O primeiro autor foi aluno da UnB e da UFRJ e está vinculado ao BNDES. O segundo autor é docente da UFRJ. A pesquisa foi realizada nos relatórios da Petrobrás e como esta empresa faz a evidenciação dos seus problemas ambientais. No período analisado a Petrobrás evitou falar destas questões para os usuários externos. Este trabalho está vinculado ao texto apresentando pela doutoranda Darliane Ribeiro Cunha e pelo seu orientador José Mariano Moneva, da Universidad de Zaragoza, com o título La Divulgación de Información Medioambiental: un Estudio Comparativo del Sector Petrolero. No estudo de Cunha e Moneva faz-se uma comparação entre Petrobrás e Repsol em termos da divulgação ambiental ao longo do tempo.
Sady Oliveria e João Eduardo Tinoco, da Unichapecó, fez um estudo comparativo entre a literatura especializada de balanço social e a visão que os gestores da Unichapecó possuem sobre o assunto. Apesar da conclusão no sentido de que existe uma coesão entre as informações que devem ser divulgadas - na literatura e na visão dos gestores - a conclusão não pode ser extrapolada.
Pesquisadores do Mackenzie fizeram um trabalho denominado Estudo sobre Divulgação dos Investimentos em Capital Humano (Disclosure) e Desempenho Empresarial. Usando como variável dependente o desempenho econômico e como variável independente os investimentos em capital humano, mais especificamente os gastos em treinamento, a pesquisa encontrou uma baixa relação quando se utiliza medidas tradicionais de rentabilidade, como é o caso do ROI. Mas a correlação foi significativa quando se utiliza o Market Value Added (MVA). Temos aqui um possível problema em decorrência do tamanho pequeno da amostra: 28 empresas.
No início da tarde de segunda tivemos o trabalho que talvez tenha despertado mais polêmica. Erasmo Carvalho e Valmor Slomski pesquisaram os bens públicos de infra-estrutura. Houve um questionamento do debatedor, prof. Reinaldo Guerreiro, se o trabalho teria utilidade. Apesar disto, é importante que trabalhos na área pública sejam publicados neste tipo de evento.
Na metade da tarde tivemos duas sessões distintas. A primeira focada em avaliação de empresas. Um trabalho de Sautes, Schvirck e Machado mostraram uma pesquisa realizada entre os analistas para determinar qual o método de avaliação usado por profissionais de investimento. O resultado foi o Fluxo de Caixa Descontado da Empresa.
A segunda sessão foi sobre Contabilidade Internacional. Um trabalho, de Fábio Costa, Luis Santos, Alfredo Sarlo Neto e Eduardo Barbosa, discutiu a questão do conservadorismo e da oportunidade nas empresas com ADRs na Bolsa de Nova Iorque.
24 setembro 2006
Arcabouço Contábil
Clique aqui para ler - em PDF
Petrobrás e o Mercado

O gráfico mostra o comportamento da cotação das ações da Petrobrás no mercado norte-americano nos últimos três meses (linha PBR, azul) e o próprio comportamento do mercado (índice SP500, linha vermelha).
Pode-se observar que os preços das ações da empresa estão em baixa, num momento em que o mercado de petróleo é favorável para estas empresas. Reflexo da Bolívia?
23 setembro 2006
Garch e risco

O modelo GARCH tem sido utilizado em análise de risco. A idéia é que o risco depende do retorno do período anterior e do risco do período anterior. Uma característica importante do modelo é o fato de que o mesmo dá um peso maior para as últimas informações, ao contrário do que ocorre na regressão.
Quando fazemos uma regressão, o peso de um ponto de novembro de 1995 é igual ao peso da observação de setembro de 2006. No GARCH isto não ocorre. Consequentemente, o GARCH permite avaliar o "humor" do risco no atual momento.
Entretanto, o modelo possui algumas limitações. Recentemente o sítio Mahalanobis discutiu o fato de que a estimativa deste modelo somente deve ser feita com um número muito grande de observações: pelo menos 4.000. Entretanto, na prática, tem-se utilizado, em vários casos, cerca de mil observações.
Clique aqui para ler no sítio, em inglês.
(A figura representa o GARCH para bolsa brasileira)
Sobre o custo da Sarbox

Uma das grandes discussões hoje na contabilidade norte-americana é o custo da Sarbox. Esta lei, criada após os escandâlos contábeis e, por isto mesmo, destinada a evitar novos problemas contábeis, tem sido acusada de aumentar o custo da informação.
O Presidente do IBEF, num artigo publicado na Gazeta Mercantil, afirma que "os custos para adaptação à Sarbanes-OxIey têm reduzido a probabilidade de as empresas americanas abrir seu capital, restringindo potencialmente seu acesso aos recursos necessários para expansões". Clique aqui para ler.
Duas outras notícias sobre o mesmo assunto, clique aqui e aqui
Esta discussão do custo tem levado a diferentes estimativas. Um estudo encontrou que o custo de ser uma empresa aberta para uma receita de $1 bilhão aumentou em 33% em 2004, de 2,6 milhões de dólares para 3,4 milhões. Clique aqui para ler em inglês.
Rir é o melhor remédio 3

Numa redação foi apresentado o seguinte texto de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer."
Uma vestibulanda deu a sua versão:
"Ah! Camões, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!.
22 setembro 2006
Banco Imobiliário
Remuneração de Dirigentes
"Remuneração dos Membros do Conselho e Diretoria Executiva
Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva recebem certos benefícios adicionais geralmente concedidos a nossos empregados e suas famílias, tais como assistência médica, despesas educacionais e benefícios de previdência social complementares.
Não celebramos contratos de trabalho com nossos conselheiros que prevejam benefícios por ocasião da rescisão do vínculo com nossa empresa.
Os valores acima refletem os orçamentos aprovados nas Assembléias Gerais de Acionistas e representam os valores máximos a serem desembolsados durante cada exercício fiscal."
ANPCon
Os representantes dos programas de pós-graduação em Contabilidade de todo o Brasil criaram a ANPCon Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Contabilidade, visando congregar e representar as instituições que oferecem cursos de mestrado doutorado em Ciências Contábeis. A constituição da entidade e a posse da diretoria ocorrem na próxima segunda-feira, dia 30, às 8 horas, na sede da Fucape Business School, em Vitória.
Sem fins lucrativos, a ANPCon é uma associação que tem o objetivo de promover a cooperação e o intercâmbio entre as instituições associadas junto à comunidade acadêmica e profissional em geral. As principais atividades da associação são: desenvolver bancos de dados como fonte de informações de interesse da classe; promover e realizar cursos, treinamentos e eventos em geral; oferecer bolsas, criar prêmios, concursos e outras ações de incentivo à pesquisa.
Participarão da reunião cerca de 14 representantes dos programas de pós-graduação em Contabilidade de todo o Brasil, entre eles Fábio Frezatti, coordenador do Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências Contábeis da FEA-USP; Jorge Katsumi Niyama, coordenador de Pós-graduação do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da UnB; José Ricardo Maia, representando o Programa de Pós-graduação em Contabilidade da UFRJ; e Aridelmo Teixeira, coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Ciências Contábeis da Fucape.
Segundo Aridelmo Teixeira, a ANPCon será de grande relevância para os profissionais da área contábil por promover a excelência no ensino, contribuindo para o desenvolvimento educacional no Brasil. A Contabilidade vem ganhando cada vez mais espaço no mercado e, conseqüentemente, maior procura. Como a tendência é a proliferação de novos cursos na área, é preciso haver um certo controle de qualidade, atrelado a um padrão de excelência. Este é um dos objetivos da ANPCon, disse Teixeira.
Espírito Santo é destaque em Contabilidade
O Espírito Santo é um dos Estados que mais vem se destacando na área contábil. Por meio da Fucape, oferece aos profissionais da área cursos inéditos e reconhecidos pelo MEC. Entre as principais conquistas da instituição estão: reconhecimento do Mestrado em Ciências Contábeis pelo MEC; implantação do curso de graduação em Contador Global, inédito no Brasil e formulado pela ONU; MBA em Controladoria e Finanças eleito o 5º melhor do País (Você S/A 2005).
Segundo o diretor-presidente da Fucape, Aridelmo Teixeira, os profissionais da área que moram no Estado não precisam mais se deslocar para grandes centros à procura de cursos desse nível. Além disso, temos alunos de outras regiões do País que são atraídos pela nossa forma inovadora e produtiva de ensino. Hoje podemos comemorar esse grande avanço na educação regional, voltada à área de negócios, afirmou Teixeira.
Fonte: Fucape
21 setembro 2006
20 setembro 2006
Melhores universidades
1. Universidade de Chicago
2. Universidade da Pensilvania (Wharton)
3. Universidade do Texas em Austin (McColombs)
É interessante que a de Illinois, onde muitos doutores brasileiros fizeram sanduíche, não consta.
Ação Social ou Marketing
Ação social ou puro marketing?
Estudo mostra que, para um terço das pessoas, projetos visam só aumento das vendas
Andrea Vialli
Uma pesquisa revela como o brasileiro enxerga as políticas de responsabilidade social das empresas. Segundo o estudo, o brasileiro está familiarizado com o tema responsabilidade social empresarial - 90% disseram conhecer o conceito - e acredita que as empresas que investem em projetos sociais devem divulgar isso em seus produtos (82%).Ao mesmo tempo, também tem uma postura crítica em relação aos objetivos das empresas: 33% acham que o interesse da empresa é vender mais, usando o projeto social como propaganda. Entre os mais jovens (até 18 anos) essa percepção é maior (43%), e diminui entre os mais velhos (acima de 50 anos): 15%.É o que mostra o levantamento feito pelo Instituto QualiBest, especializado em pesquisas de mercado pela internet. O estudo foi feito com 4.350 pessoas, de diferentes faixas etárias e das classes A, B, C e D, de todas as regiões do País, entre os meses de julho e agosto deste ano. É a primeira pesquisa sobre o tema realizada só com internautas no Brasil.'Podemos dizer que, entre os internautas mais velhos e de maior renda, maior é a compreensão e o interesse em responsabilidade social', afirma Daniela Daud, diretora do Instituto QualiBest e coordenadora do estudo. 'Os mais jovens vêem com maior ceticismo as ações sociais das empresas por considerá-las atreladas ao marketing, à venda de produtos.
Entre os mais velhos, o conceito parece ser melhor compreendido e associado à estratégia de gestão', diz.Apesar da desconfiança quanto às intenções das empresas, a maioria dos entrevistados quer saber mais sobre os projetos apoiados pelas empresas: 82% gostariam de ver essa informação estampada nos produtos. Para Paulo Itacarambi, diretor superintendente do Instituto Ethos, é um sinal de que os brasileiros estão receptivos a essa nova atitude empresarial, o que pode ser um estímulo na hora de escolher um produto. 'As pessoas acham legítimo que as empresas divulguem suas ações. Posteriormente, isso pode ser um instrumento para sua decisão de compra.',O grau elevado de conhecimento revelado pela pesquisa - 90% já ouviram falar em responsabilidade social - se deve mais aos esforços das empresas em divulgar suas ações do que às entidades ligadas ao tema: 41% dos entrevistados não conhecem nenhuma ONG que trabalha com o assunto, e 58% associem alguma empresa ao conceito. 'As pessoas estão tomando conhecimento do assunto por meio das empresas', diz Daniela, do Qualibest.E muitas no próprio local de trabalho: 42% disseram que a empresa em que trabalham pratica alguma ação alinhada com o conceito, em especial programas de voluntariado em comunidades carentes, educação ambiental, uso de materiais recicláveis e manutenção de escolas, creches e outras instituições. Esse porcentual é ainda maior entre os trabalhadores de empresas de grande porte de capital nacional (69%) e de empresas multinacionais (65%). Também é mais alto em uma uma faixa de rendimentos mais elevados: 56% entre os que ganham de R$ 2,4 mil a R$ 6 mil.
PRESSÃO
Para Ewaldo Kuhlmann Russo, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA) da USP, o cidadão comum está mais atento à atuação social das empresas porque percebeu que o governo não dá conta do recado.'A pressão social chegou às empresas, que agora se vêem diante de um consumidor que, entre outras coisas, já quer saber como aquele produto foi fabricado e se a empresa trabalha para incluir definitivamente as pessoas', diz Russo.Ex-executivo da iniciativa privada - Russo dirigiu por 15 anos o Laboratório Fleury e hoje dá treinamento em gestão para ONGs -, ele concorda que as empresas só acordaram para o tema da responsabilidade social por questões de mercado. 'Essa pressão é de fora para dentro. As empresas adotaram a responsabilidade social porque melhora a imagem e ajuda a construir uma marca forte', diz.
Algo estúpido
Nos Estados Unidos, especificamente, estão discutindo o uso do etanol derivado do milho. Os fazendeiros norte-americanos querem proteger esta indústria da competição do etanol do açúcar brasileiro. Tom Friedman compara favoravelmente o etanol brasileiro em termos de produção de energia e emissão de poluentes e chama a pretensão do lobby dos fazendeiros de estupidez. Greg Mankiw, influente economista republicano, concorda.
Previsão para o Nobel de Economia
1) Jagdish Bhagwati, Avinash Dixit e Paul Krugman - pela contribuição da teoria do comércio internacional.
2) Dale Jorgenson - trabalhos em técnicas quantitativas
3) Oliver Hart, Bengt Homstron e Oliver Williamson - contribuição para economia do custo de transação, contratos, incentivos e governança corporativa.
Esperar para ver.
19 setembro 2006
Salários de Atletas
Basquete (NBA) = US$5 milhões
Baseball (MLB) = 2.8 milhões
Football (NFL) = 1.75 milhão
Hockey (NHL) = 1.5 milhão
Golfe Homem = $973 mil
Tenis mulher = $345 mil
Tênis homem = $260 mil
Golfe Mulher = $162 mil
Alguns pontos interessantes notados pelo blog Free Money
a) provavelmente os números sejam somente de salários
b) Apesar do valor, o Golfe não é uma má profissão quando se leva em conta que um profissional compete por 20 a 30 anos
c) O tênis feminino lucra mais do que o masculino. Um possível explicação deve-se ao fato de que a média foi feita com as 40 melhores tenistas, enquanto dos rapazes foi até o ranking 90.
d) Os homens ganham muito mais do que as mulheres no golfe. Razão: Tiger Woods.

