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Mostrando postagens com marcador valor de mercado. Mostrar todas as postagens
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03 abril 2008

Ofensa da SEC

Ainda a questão da marcação a mercado. Segundo informa Norris (aqui ou aqui), a SEC determinou que se os preços dos investimentos do Nível 3 estão num patamar reduzidos a empresa deveria ignorar o valor de mercado.

Para o blog Big Picture isto significa um convite a fraude. Seria uma "ofensa" da SEC.

Aqui um outro link, comentando o SFAS 157

26 março 2008

Marcação a mercado é problema?

Para David Merkel não. Este assunto tem sido discutido pela volatilidade nas demonstrações contábeis, que pode provocar um certo pânico. Mas Merkel considera que a capacidade de geração de caixa não se altera e, assim, a marcação a mercado não é um problema.

Aqui o blog e aqui um link para o texto completo

05 março 2008

Marcação a Mercado e a Crise

A adoção da marcação a mercado ajudou a crise financeira mundial? Segundo alguns pesquisadores, sim. Quando o preço dos ativos aumenta, melhora o patrimônio líquido. O inverso também é verdadeiro. Eis o que diz o Financial Times

Only now, in the middle of a global credit crisis, is the impact of the broad introduction of mark-to-market accounting becoming clear. The critical concerns are around how much these changes helped to inflate the credit bubble and whether they will increase the speed and destructive power of its collapse.

To be fair, the US banks protested at the outset that the move would change their role in the economy. So did the French banking federation before similar changes came to Europe in 2005. It warned that fair-value accounting "could even further increase the euphoria in a financial bubble or the panic in the markets in a time of crisis". Tobias Adrian, an economist at the New York Fed, and Hyun Song Shin of Princeton University, have produced a string of work about this kind of "pro-cyclicality" in finance and the economy, culminating in a paper last September entitled Liquidity and Leverage .

(...) The lesson for regulators is that the solution to one problem almost always contains the seeds of another.


Aqui para mais detalhes

06 novembro 2007

Citibank

A notícia da semana (desta e da passada) refere-se a crise do Citigroup. O jornal Estado de S. Paulo de 5/11/2007 faz um balanço desta crise, com algumas observações contábeis interessantes:

O presidente do Citigroup, Charles Prince, renunciou ontem à tarde, dias depois de o banco anunciar prejuízos de bilhões de dólares com investimentos lastreados em hipotecas. O anúncio foi feito após uma reunião de emergência convocada pelo Conselho de Administração do Citigroup. O conselho também discutiu um novo anúncio de perdas bilionárias por causa da crise das hipotecas de alto risco (subprime).

Prince acumulava as funções de CEO (presidente) e presidente do Conselho de Administração do Citi. Como presidente do Conselho de Administração, será substituído por Robert Rubin, ex-secretário do Tesouro americano e atual presidente do comitê executivo do banco. Win Bischoff, presidente do Citi na Europa e membro dos comitês de gerência e operações do grupo, ocupará o cargo de CEO interinamente.

É a segunda baixa importante em grandes instituições financeiras em apenas uma semana, por causa da crise do subprime. Na segunda-feira, o presidente da Merrill Lynch, Stanley O'Neil, anunciou que deixaria a instituição. O Merrill Lynch perdeu US$ 8,4 bilhões em créditos de risco e hipotecas. Em sua edição eletrônica, o jornal The Wall Street Journal, disse que o Citi deve anunciar hoje a revisão de preço de seus ativos, que pode levar a perdas de US$ 8 bilhões a US$ 11 bilhões em sua carteira de crédito. A instituição deve "marcar a mercado" parte dos títulos que mantém, ou seja, vai reduzir o valor dos papéis seguindo a queda na cotação dos títulos no mercado.


A avalição dos ativos do banco irá provocar uma redução no seu patrimônio líquido através do prejuízo com os títulos. Este valor provavelmente está estimado para baixo, o que significa dizer que o prejuízo pode ser maior. A reportagem continua:

Na semana passada, o Citigroup já havia anunciado uma perda de US$ 6,5 bilhões por causa de investimentos em títulos lastreados em hipotecas e outros instrumentos financeiros de alto risco. Com isso, o lucro do Citigroup no terceiro trimestre caiu 57%. As ações do Citigroup caíram 31% neste ano e 9% só na semana passada. Além disso, a instituição está sendo investigada pela Securities and Exchange Commission (SEC), a comissão de valores mobiliários dos EUA, por causa de fundos de investimentos mantidos fora dos balanços do banco, os SIVs, que têm ativos de US$ 80 bilhões. O Citi seria o maior beneficiário de um plano de resgate anunciado recentemente pelos bancos, com apoio do Tesouro. Prince, de 57 anos, dirigia o Citigroup desde outubro de 2003 e havia sido criticado por muitos acionistas porque as ações da empresa estavam perdendo valor em relação à concorrência. As ações do grupo fecharam a sexta-feira em US$ 37,73, acumulando perda de 20% no mandato de Prince. Rubin, de 69 anos, está no Citigroup desde 1999 e é bastante próximo de Prince. Entre 1995 e 1999 foi secretário do Tesouro e já trabalhou na Goldman Sachs.
Patricia Campos Mello e Agências - Robert Rubin assumirá comando do Citigroup
5/11/2007 - November 2007- O Estado de São Paulo - p. b3


Observe que o Citi buscou serviços em uma pessoa bem relacionada (ex-secretário do tesouro), assim como ocorre no setor financeiro no Brasil, onde os grandes bancos possuem um relacionamento muito próximo com o poder.

Existem uma série de reportagens interessantes sobre o problema do Citi na internet e gostaria de destacar algumas.

1) Uma conferência com os analistas pode ser encontrada aqui

2) Uma comparação rápida com escandâlos contábeis anteriores e a possibilidade da crise ser pior, aqui

3) Críticas a Robin e o papel que poderá desempenhar na crise => aqui

4) Uma análise da razão histórica dos problemas do Citi e o conceito de "financial supermarket", aqui

5) Um texto mostrando que o problema do Citi era antigo e já estava relatado nas demonstrações contábeis, aqui

6) A dificuldade de estimar o tamanho do problema - aqui

7) Os ativos "nível 3" do Citi, que representavam 135 bilhões, aqui. Os ativos nível 3 são ativos avaliados por parâmetros com dificuldade de serem observados.

8) Mais sobre ativos "nível 3" aqui

O que diz o mercado? O gráfico abaixo é a cotação do Citigroup nos últimos cinco dias.



O seguinte é a cotação nos últimos cinco anos.



Fonte: CNN Money.

13 setembro 2007

As maiores empresas do mundo

Uma forma de apresentar as maiores empresas do mundo é através do seu valor de mercado. Em agosto de 2007 as dez maiores eram:

1. Exxon Mobil
2. General Eletric
3. ICBC
4. PetroChina
5. Microsoft
6. China Mobile
7. AT&T
8. Royal Dutch Shell
9. Gazprom
10. Citigroup

Ou seja, das dez maiores, três são chinesas, refletindo a alta do mercado acionário daquele país, e três são empresas de petróleo. A revista The Economist (1/09/2007, fonte deste dados) chama a atenção para o fato de que o mercado acionário chinês ainda é reduzido (35% do PIB versus 150% do PIB nos EUA e 100% do PIB na Índia).

31 agosto 2007

Valor justo em discussão

Existe uma tendência de adoção do valor justo na contabilidade. Até que ponto esta opção é adequada? Existe uma corrente que defende seu uso pela qualidade da informação em relação ao custo histórico. O valor justo seria mais útil para o usuário da informação.

Entretanto, outra vertente tem preocupação com a volatilidade nos valores dos balanços e seus efeitos. Agora, uma pesquisa parece indicar que o uso do valor justo pode levar a redução na informação devido a flutuação dos preços dos produtos. Isto muda um conceito arraigado de que "quanto mais informação, melhor" (eu não acredito nisto).

O texto da The Economist, que trata deste item e que reproduzo a seguir, finaliza parodiando um famoso general alemão que dizia que a guerra é muito importante para se deixado nas mãos dos generais. A contabilidade também?

A seguir o texto:

Economics focus
A book-keeping error

Aug 30th 2007
The Economist
The accounting principle that is meant to capture fair value might end up distorting it


AS THE old joke goes, there are three types of accountant: those who can count and those who cannot. What and how they count is often contentious. A long-fermenting issue is how far “fair-value” accounting, which uses up-to-the-minute market information to price assets, should be pushed in banking. The bodies that set accountancy standards believe the more accurate disclosures are, the better. Regulators meanwhile have fretted that market-based accounting would increase fluctuations in banks' earnings and capital, which might increase risks to financial stability. And commercial banks are reluctant to expose the idiosyncrasies of their loan books to the glare of market scrutiny.

The attractions of fair-value accounts are straightforward. By basing values on recent prices (“marking to market”), they paint a truer picture of a firm's financial health than historical-cost measures. These gauge net worth from the arbitrary dates when assets and liabilities were first booked. In principle, fair-value accounting makes a firm's viability plainer and enables shareholders and regulators to spot financial trouble more quickly. Proponents say that market-based accounting would have limited the fallout from America's savings-and-loan crisis and stopped the rot from Japan's non-performing loans much earlier.
An arbitrary past versus a distorted present

New research suggests that the increasing reach of fair-value accounting might be a mixed blessing. A paper* by Guillaume Plantin of the London Business School, Haresh Sapra of the University of Chicago and Hyun Song Shin of Princeton University concludes that fair-value accounting could sometimes generate fluctuations in asset values that distort the very price information that it puts such store by.

The paper examines the incentives of a bank faced with a choice between selling a loan or keeping it on the balance sheet. Because the bank knows its borrower better than anyone else, it has the best idea of what the loan is really worth. Its managers are rewarded according to the accounting profit of the bank.

If loans are valued at historical cost and market values are rising, the loans are likely to be sold if this is the only way of realising profit, even if the market undervalues them. The banks' managers take a profit and get paid accordingly, although shareholders would be better off if the loans were kept. Fair-value accounting gets around this agency problem. Loans do not have to be sold to cash in on their rising value: marking the assets to their market value has the same beneficial effect on profits and on managers' pay.

However, in the wrong circumstances fair-value accounting could also induce wasteful sales—of long-term, illiquid loans. Left on the books and marked to market, a loan will be valued at the price at which others have managed to sell. But when there are only a few potential buyers, that may be especially low. So managers will be tempted to sell in the hope of a better price. Because all banks with similar assets face the same incentives, they will all sell, driving the price down. Their shareholders would have been better off had the loans been kept until they fell due. The temptation to sell is greater for longer-term loans.

In this way, a fair-value regime can itself distort the very prices that are supposed to reflect the true worth of assets. The prospect of lower prices can encourage selling which drives down prices further. The information derived from market prices becomes corrupted, and the result is a growing divergence between reported net worth and true value.

This theoretical model is a challenge to the ideal of fair-value accounting: that more information is always better. Although it is technically feasible to mark to market even idiosyncratic assets such as loans to small businesses, it might not be desirable. The authors point to a well-established principle in economics, that incremental moves towards perfect competition are not always good. Eliminating one market imperfection (such as poor information) need not bring the ideal of a frictionless economy closer, because this may magnify the effect of remaining distortions (such as managerial short-termism or illiquid markets).

The paper also underlines some lessons about market liquidity that have been painfully learned outside of academia in the recent market troubles. There is a fair chance that asset markets will stay liquid (in the sense that willing sellers are matched with willing buyers), as long as the actions of market participants are essentially random. But anything that co-ordinates the actions of sellers—in this case, the disclosure required by fair-value accounting—can easily lead to sharp movements in asset prices.

Is the model of self-defeating co-ordinated selling very realistic? Recently, for example, Bear Stearns, a Wall Street investment bank, held off from selling assets into an illiquid market because the transaction prices would have set a nasty benchmark for its other portfolios. So illiquidity prevented asset sales rather than induced them. Mr Shin replies that in instances like this, where there happens to be a dominant holder of assets, there is less chance of sales into a falling market.

Although more accurate disclosure of balance sheets is desirable, the work of Mr Shin and his colleagues is a reminder that there are always trade-offs to any policy change. These authors put their argument in stark terms: “The choice between these measurement regimes boils down to a dilemma between ignoring price signals, or relying on their degraded versions.” In their advocacy of fair-value accounting, accountants are rightly pursuing the interests of investors. But policymakers have to worry about wider issues. Accountancy may be too important to be left solely to accountants. Even the ones that can count.

* “Marking-to-Market: Panacea or Pandora's Box?” Forthcoming in the Journal of Accounting Research.

27 julho 2007

Impacto do acidente

TAM vale R$ 2 bi a menos do que no dia do acidente
Patrícia Cançado - O Estado de São Paulo - 26/07/2007

CRISE SEM FIM - Tranferência de cargas para o Aeroporto de Guarulhos provoca prejuízos às empresas

A TAM já valia ontem R$ 2,1 bilhões a menos que no dia do acidente que matou quase 200 pessoas e agravou ainda mais a crise do setor aéreo. No dia 17 de julho, o valor de mercado da companhia era de R$ 9,9 bilhões. Ontem, fechou em R$ 7,8 bilhões. A Gol, que vale agora R$ 9,4 bilhões, perdeu R$ 1,4 bilhão em sete dias de negociação. TAM e Gol estão entre as companhias aéreas mais valorizadas do mundo. As ações da TAM caíram 21,6% entre o dia 17 e ontem. No dia seguinte ao acidente, a queda foi de 9,1% (ante 2,6% da Gol). Ontem, fecharam em R$ 52. Na Gol, o impacto foi menor que o da TAM no primeiro dia, mas foi aumentando à medida que a tragédia passou a afetar todo o setor. Até ontem, a desvalorização acumulada era de 14,6%. (...)

22 janeiro 2007

Intangível

Artigo do NY Times sobre Steve Jobs


"a empresa pode não ser a mesma sem ele. Infelizmente, investidores têm que contemplar a possibilidade desde que se conheceu as práticas irregulares envolvendo as opções. Mr. Kaiser diz que sua estimativa do valor da empresa poderá mudar radicalmente se Mr. Jobs tiver que deixar [a empresa]".

07 janeiro 2007

Poder da Petrobrás


Apesar da recente redução no preço do petróleo, a Petrobrás ainda é uma empresa muito poderosa. Alguns números de uma reportagem da Gazeta Mercantil (5/1/2007):


O valor de mercado das ações da Petrobras cresceu 323%, em reais, no primeiro mandato do presidente Lula. O salto foi ainda maior em dólares: 600%. Os papéis da companhia somavam US$ 15 bilhões em 2002 e passaram a valer US$ 108 bilhões (ou R$ 230 bilhões) no último dia útil do ano passado - o equivalente a 15% de todo o valor de mercado das ações negociadas na Bovespa (US$ 721 bilhões ou R$ 1,54 trilhão) no fim de 2006. As reservas petrolíferas da maior empresa da América Latina cresceram 19% nos últimos quatro anos, num ritmo menor que a valorização de mercado e os investimentos em novas áreas de petróleo e gás.

28 dezembro 2006

Recorde da Bolsa


Da Gazeta Mercantil de hoje:

O valor de mercado (capitalização bursátil) das companhias negociadas na Bovespa bateu o segundo recorde anual consecutivo, apesar da redução do número de empresas listadas. Segundo dados da bolsa, no ano até ontem, o valor de mercado atingiu US$ 705,75 bilhões, uma elevação de 46,4% em relação ao mesmo período de 2005, de US$ 482,1 bilhões - que era o maior desde 1994. O número de companhias, por sua vez, que era de 381, em 2005, caiu para 350. O recorde nesse quesito ocorreu em 1988, quando a Bovespa tinha 599 empresas listadas.

O aumento do valor combinado à queda no número de empresas reflete a entrada da bolsa em um novo padrão de qualidade. Conforme analistas, isso foi conseguido com a melhora da governança corporativa - que levou para a bolsa empresas com mais vocação de companhia aberta - e com a expressiva elevação da liquidez, promovida pela atuação dos investidores estrangeiros.

Desde o início do governo Lula, em 2002 até ontem, o crescimento do valor de mercado das companhias foi de US$ 568,5 bilhões, ou 543%, conforme estudo elaborado pela consultoria Economatica com 279 empresas da Bovespa.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Lucia Rebouças, Valor das empresas é recorde na Bolsa)