Translate

Mostrando postagens com marcador obra de arte. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador obra de arte. Mostrar todas as postagens

07 janeiro 2014

Mercado de Arte Chinês e a dificuldade de Avaliação

Em postagem anterior comentamos de alguns dos problemas da avaliação de uma obra de arte. Para o caso no mercado de artes é muito difícil usar as técnicas tradicionais de avaliação, como o fluxo de caixa descontado. Mesmo um painel com opinião de especialistas pode apresentar divergências substancias.

O mercado de artes chinês mostra que o próprio mercado não é um parâmetro adequado. Nos últimos anos, os artistas chineses estão dominando as vendas neste mercado (gráfico). Em 2011 três dos cinco maiores artistas em termos de vendas eram chineses. Um deles, Chang Daí-Chien, um artista que chegou a viver em Mogi das Cruzes, teve suas obras vendidas por quase meio bilhão de dólar.


Existem diversas explicações para a explosão do mercado de artes chinês e da distorção do preço das obras. A mais obvia refere-se a qualidade das obras e o valor das peças seria um reflexo desta qualidade.

Uma segunda explicação é que as obras chinesas chegam aos leilões, enquanto as obras de outros países ou estão nos museus, onde provavelmente não serão levadas ao mercado, ou são transacionadas entre as partes, com pouca divulgação. Esta explicação precisaria de um maior suporte de dados.

Outra possibilidade para explicar a explosão do mercado de artes da China é que neste país a arte pode ser uma maneira de suborno elegante. Em lugar de dinheiro, doa-se um quadro de Chang Daí-Chien, que é um “presente” difícil de rastrear e mais elegante.

Quarto, a resposta pode estar no próprio mercado. Um estudo de um das transações mostrou uma pintura de Qi Baishi, vendida por 65 milhões de dólares, não aconteceu de fato. Depois do leilão da obra, o ganhador não efetuou o pagamento, questionando a originalidade da obra. Isto parece ser um fato comum na China, indicando que o preço dos leilões não é um parâmetro adequado.

Quinto, a liquidez do mercado de artes da China é bastante elevada. Uma pintura de Qi Baishi foi vendida quatro vezes em dez anos. Isto não é comum no ocidente. A maior liquidez das obras chinesa pode ser resultante da existência de uma bolha especulativa do mercado chinês. Parte desta liquidez poderia ser explicada pelo “presente” dado: um empresário compra uma obra de Qi Baishi para presente um funcionário do governo; este, por sua vez, transforma o mimo em dinheiro, levando o quadro ao leilão. Outro empresário compra este quadro para presentear outro funcionário.

Mas o mercado de arte chinês tem um problema adicional: a dificuldade de identificar as obras pelo período em que foi realizada. Enquanto um diletante consegue discernir entre um quadro de um pintor francês do final do século XIX de um pintor espanhol do início do século XX (ou mesmo um quadro de Picasso da fase azul da fase rosa), isto não é possível na pintura chinesa. Um quadro chinês poderia ter sido pintado há 300 anos ou recentemente.

Para complicar ainda mais, os próprios grandes artistas chineses se dedicaram a falsificar suas obras, como é o caso de Chang Daí-Chien (muito embora a questão de falsificação também andou perto de alguns grandes nomes da pintura ocidental, como Dalí).

Para contabilidade, a questão do mercado de arte chinês pode representar um interessante estudo de caso da dificuldade de mensurar obra de arte.

Leia mais em SALMON, Felix. China´s broken art market

24 novembro 2011

O mercado das artes e a formação de bolhas



Muito interesse este artigo:

The Log Periodic Power Law is a model used to define and measure speculative bubbles. This model has proven useful to track bubbles and even predict crashes of liquid asset classes. Using this methodology coupled with properties of cointegration between stocks and art, the 1980s price bubble on Impressionism and Post-Impressionism is analyzed. It is shown formally that there was a bubble in this market between 1986 and 1989. However, when denominating the art index in JPY rather than in USD, no price bubble behaviour was found at all. This observation suggests that Japanese buyers never felt that they were riding a bubble. Despite popular beliefs, no evidence is found that Japanese buyers viewed art as a speculative vehicle instead of a more classic consumption good that was related to their own cultural heritage.

The 1980s Price Bubble on (Post) Impressionism

17 junho 2009

Avaliação de Obra de Arte

Masp ganha ação movida pelo MP e mantém diretoria
Valor Econômico - 17/6/2009

O Museu de Arte de São Paulo (Masp) ganhou ação civil movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo que questionava a saúde contábil, jurídica e cultural do museu e solicitava o afastamento da diretoria da instituição e a reforma de seu estatuto.

A decisão do juiz Alfredo Attié Jr. reconheceu uma situação de má administração e constatou a necessidade de reformulação do estatuto do Masp, mas não impôs a forma como essas medidas devem ser tomadas. "Não se pode falar em má gestão, mas em problemas de ordem administrativa", diz a sentença. "Não se pode afirmar nem imputar culpa", prossegue o texto de oito páginas publicado ontem no "Diário Oficial do Estado".

(...) A perícia constatou que não há problemas sérios na contabilidade do museu. Há polêmica sobre como são avaliadas as obras de arte - todo acervo está registrado por R$ 1 -, mas essa é uma questão sobre a qual os contadores do mundo todo ainda não chegaram a uma conclusão.

O problema é que um quadro não tem "preço de reposição", não está à venda e não tem um valor de mercado facilmente identificável. Os peritos sugeriram um levantamento de todas as obras para serem colocadas em um "registro auxiliar" para facilitar o controle.

No balanço de 2005, há ressalvas e observações no parecer do auditor independente, a PricewaterhouseCoopers (PwC), sobre os problemas do museu. Nos dois balanços subsequentes, o parecer do auditor não foi publicado.

Em 2007, última demonstração financeira disponível, o Masp registrou receita de R$ 7,9 milhões e superávit de R$ 12,9 mil. Em caixa, haviam R$ 190, 8 mil para um passivo de curto prazo de R$ 11,8 milhões. Os sócios teriam colocado recentemente R$ 5 milhões no museu, segundo uma fonte. (...)

19 setembro 2008

Beta negativo?

Enquanto o Mercado está em crise, notícias indicam que peças de Damien Hirst devem ser leiloadas por um valor recorde. Seria um exemplo de beta negativo?
Fonte: Aqui

28 maio 2008

Arte e valor


Esse quadro, Benefits Supervisor Sleeping, de Lucien Freud, foi vendido por 33,6 milhões de dólares para um milionário russo. Uma entrevista (What Does $33.6 Million Mean in the Art World?, By Annika Mengisen, New York Times, 23/5/2008) com dois especialistas em economia da arte tenta verificar se o preço pago é algo que expressa seu valor ou não. Além disso, é discutido quais as variáveis que influenciam no preço de uma obra de arte (o artista morto - não, a nudez - não, a inovação da obra - sim, o tamanho da tela - sim, o prestígio que confere a compra -sim).

Os entrevistados lembram que o valor da tela representa 0,1% da riqueza de Abramovich (comprador, dono do clube Chelsea). Ou seja, é muito pouco para ele.

26 maio 2008

Preço

Um dos grandes problemas da contabilidade é estabelecer um preço para diversos ativos. Essa questão instigante necessita de uma resposta na medida em que a adoção de valor de saída, baseado no mercado, tem sido adotada em certos tipos de ativos e para certos países. Por esse motivo, pesquisa sobre a formação de preço e anomalias do mercado são relevantes para a contabilidade.
Uma área de interesse seria o caso de obras de arte. Existiria um anomalia no preço, denominado de “afternoon effect”, que corresponde ao declínio no preço. Aqui , o blog Marginal Revolution (em The "afternoon effect" for artworks) mostra um comentário dessa anomalia para o Mercado de artes da América Latina.

05 maio 2008

Preço no Mercado de Artes

Segundo Nauro Campos, autor do texto, existem quatro puzzles ainda não esclarecidos:

Quais os determinantes do preço em leilão de um quadro?
Por que nem todas as obras são vendidas?
Masterpieces são um bom investimento?
Os preços caem no decorrer do leilão?

Campos afirma que a reputação do artista e a origem do trabalho são mais importantes na determinação do preço do quadro que outros determinantes geralmente estudados como tamanho, tema e meio.Prever quais obras serão vendidas não é uma tarefa fácil, segundo Campos. Uma variável muito utilizada para tal tarefa, a opinião de especialistas, tem poder de previsão limitado.Masterpieces não são um bom investimento, segundo Campos. No período entre 1995 e 2002, o retorno anual médio foi de -1,92%, enquanto não Masterpieces apresentaram um retorno de 5,63%.Há evidências de que o preço caia no decorrer do leilão.


Fonte: Aqui e aqui

18 abril 2008

Frase


O museu Guggenheim de Bilbao (foto) é um dos mais conhecidos da europa. Segundo notícia da CFO (The Art of the Steal, Bilbao-Style, Stephen Taub, 17/4/2008), descobriu-se que Roberto Barrenetxea, diretor financeiro, desviou, desde 1998, quase 800 mil dólares. Roberto prometeu devolver o dinheiro. Depois de dez anos sem ser pego pelo controle interno, para o museu, a situação é "um caso isolado".

Segundo esta reportagem do El País, o museu tinha passado por auditoria externa e pelo controle interno. Num comunicado, o museu afirma que Roberto

asumía «de manera personal el control de costes, tesorería, realización de pagos, control de ingresos y gastos, relación con entidades de crédito, seguimiento y ejecución de cobros…» (fonte: aqui)

Ou seja, descumpriu um princípio básico do controle: divisão de tarefas.

27 dezembro 2007

Pesquisas econômicas do ano

Neste endereço uma seleção de pesquisas econômicas do ano. Algumas delas citamos aqui neste blog. Outras parecem interessantes, como é o caso da pesquisa de Justin Wolfers sobre a discriminação racial dos árbitros da NBA ou as pesquisa de David Galenson sobre arte (a sobre a evolução da música no século 20 é realmente interessante)

Várias delas encontram-se no sítio do NBER, o que é mais um indício da importância de consultar este endereço.

Para a contabilidade, destaco o texto que mostro que a Sarbox não fez Nova Iorque menos competitiva, o texto sobre propriedade intelectual e mágica (mostrando os segredos da ausência de propriedade intelectual no setor) e a relação entre desempenho da empresa e a mansão do seu presidente.

15 agosto 2007

Museus e os novos colecionadores

Os grandes museus foram construídos com recursos de doadores. Em alguns casos, uma boa parte da coleção foi incorporada através de doação de obras de arte quando o colecionador fazia o seu testamento.

Agora, um blog faz uma observação interessante. Este panorama mudou já que os grandes compradores de obras de arte são fundos de investimento e, naturalmente, os bilionários. Os museus não estão presentes nas últimas grandes aquisições de obras de arte (aqui, para ver os quadros mais valiosos)

Um ponto interessante, que o blog não considera, é que esta situação tende a enfraquecer a coleção de obras modernas dos museus.

08 janeiro 2007

Provavelmente um Picasso

Notícia da Wect 6

Especialistas reconheceram que um casal da Carolina são donos de uma obra de arte de Pabrlo Picasso. Os especialistas que analisaram o quadro deram autenticidade. Agora srá feito um teste para datar o quadro. O casal comprou a pintura há uma década por um dolar!