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10 fevereiro 2023

Por que as pessoas (geralmente) aprendem menos à medida que envelhecem?

A pergunta feita por Scott Young é bem pertinente. O seu texto a seguir tem a sua resposta. Se estou postando aqui certamente eu gostei bastante. Um adendo pessoal aqui: recentemente recebi um desafio de ensinar algo que não era a "minha" especialidade. Isto tomou um grande tempo. Neste momento que faço esta postagem estou estudando um assunto muito desafiador, que já conhecia superficialmente, e que agora pretendo entender mais. 

Recentemente, fui convidado em um podcast em que o anfitrião perguntou por que as pessoas estão menos interessadas em aprender à medida que envelhecem.

Embora haja certamente exceções, a observação parece válida. Quase toda a educação formal está concentrada em nossa infância e idade adulta. Histórias de pessoas que voltam para a escola nos anos de crepúsculo são dignas de nota precisamente porque isso é raro.

Também se encaixa na minha observação informal de que as pessoas são muito mais relutantes em adquirir novas habilidades ou tópicos à medida que envelhecem. Aprendi a esquiar aos trinta anos, mas só conheço pessoalmente algumas pessoas que começaram muito mais velhas do que eu.

Esta é uma tendência preocupante. Aprender é parte integrante da boa vida; portanto, se as forças dificultam (ou tornam menos desejáveis) o aprendizado, parece que seria útil entendê-las. Vamos considerar três teorias e ver o que elas sugerem que podemos fazer para desafiar a tendência.

Teoria # 1: Custos de oportunidade e horizontes de investimento

A primeira explicação é econômica: aprender é um investimento. Ao investir em algumas habilidades, mas não em outras, você obtém um retorno maior das atividades em que possui um treinamento considerável. Assim, o custo de sua oportunidade para aprender coisas novas aumenta. Portanto, uma falha em aprender coisas novas é perfeitamente racional, mesmo que possa resultar em inflexibilidade à medida que envelhecemos.

Uma maneira de dizer isto é o horizonte temporal que você precisa para recuperar um investimento. Presumivelmente, uma pessoas de vinte anos tem quarenta anos para recuperar um período de treinamento árduo. Uma pessoa de cinquenta anos tem apenas dez. Portanto, os jovens devem poder fazer investimentos mais longos e arriscados do que aqueles que precisam deles. 


Outra maneira de isso ocorrer é se o investimento em uma habilidade torna o tempo gasto em novas habilidades comparativamente menos atraente. Se eu tenho zero conhecimento de programação e em contabilidade, mas capacidade potencial igual, os dois são aproximadamente os mesmos para mim. Por outro lado, se eu tiver uma década de experiência em programação, uma hora de programação será muito mais valiosa do que uma hora gasta aprendendo contabilidade. A economia incentiva a especialização, mesmo que preferimos o contrário.

Teoria 2: estamos muito ocupados

Outra explicação para a curiosidade cada vez menor é que a vida fica mais ocupada à medida que você envelhece. Eu sinto isso intensamente hoje. Quando comparo minha agenda agora, com uma criança em casa e um negócio que emprega várias pessoas, sinto-me muito mais tempo restrito do que quando estava na casa dos vinte anos.

Aprender coisas novas leva tempo. Embora a eficiência possa ajudar, o custo de tempo para um aprendizado bem projetado pode ser proibitivo para profissionais ocupados em comparação com os jovens.


A energia pode importar ainda mais que o tempo. Se você trabalha em período integral em um emprego com demanda mental e tem responsabilidades em casa, pode não ter a energia necessária para investir em um projeto com demanda cognitiva. Olhar compulsivamente a Netflix pode não ser onde você idealmente gostaria de gastar seu tempo, mas faz sentido se você se sentir cronicamente exausto.

Isso também ajuda a explicar por que pode haver um desejo repentino de aprender após a aposentadoria. Com os filhos saindo de casa e sem o trabalho, as pessoas finalmente têm tempo para se envolver em projetos de aprendizado que estavam deixando de lado durante sua carreira.

Teoria # 3: mentes mais velhas podem também não aprender 

A explicação mais popular que ouço sobre o declínio da educação é que, quando você é mais velho, seu cérebro simplesmente não pode absorver novas informações tão rapidamente.

Há um grão de verdade nisso. A inteligência fluida atinge o pico nos seus vinte e poucos anos e diminui depois. No entanto, o declínio é gradual e mínimo. O pesquisa que eu já vi parece indicar que é apenas um problema sério em idade avançada. Mesmo assim, há uma alta variação, com algumas pessoas se tornando senis e outras experimentando poucos problemas.

Dito isto, a idade costuma ser uma vantagem para o aprendizado. As pessoas mais velhas geralmente são mais responsáveis e organizadas, o que ajuda a manter um projeto. Além disso, o conhecimento acumulado pode facilitar o aprendizado. Sua experiência passada pode ser um grande benefício ao se aprofundar em assuntos que você estudou anteriormente ou em áreas relacionadas.


No geral, estou menos convencido que a idade é por si só um fator significativo, embora seja frequentemente citado.

Como podemos sustentar a aprendizagem ao longo da vida?

Dadas as possíveis teorias, acho que há algumas coisas que podemos fazer para continuar aprendendo :

Reduza o esforço para aprender - Sempre carregue um livro com você. Configure seu ambiente para que os projetos de aprendizado possam começar e parar sob demanda. Escolha projetos que se sobreponham às metas de carreira, sociais ou de família para justificar o investimento de tempo.

Reserve um tempo para experimentos - O cálculo direto sugere que fazer o que você já é bom tem a melhor recompensa. Mas você não encontrará tantas oportunidades se nunca aprender algo novo. Deixe um tempo para os hobbies em que você é ruim, livros que você não conhece nada ou habilidades que nunca praticou; podem parecer um desperdício, mas é uma boa prática evitar ficar preso em uma rotina.

Afaste seu foco das habilidades que envolvem raciocínio rápido para aqueles que dependem do conhecimento acumulado - O declínio na inteligência fluida é superestimado como explicador das dificuldades de aprendizagem. E também, há uma razão pela qual matemáticos inovadores são mais jovens que os historiadores. Mudar para assuntos intensivos em conhecimento parece uma estratégia geral sólida.

Acima de tudo, porém, acho que perder o interesse em aprender é uma escolha. Para cada tendência, há exceções. Com a atitude certa, você pode ser um deles.

Rir é o melhor remédio

 

09 fevereiro 2023

Viés da Confirmação

Narciso acha feio o que não é espelho, canta Caetano Veloso em Sampa. Contudo, não foi em São Paulo, mas em Londres, na década de 1960, que o psicólogo Peter Wason deu o nome de "viés de confirmação" para o mecanismo que induz a mente a aceitar as informações que sustentam as próprias crenças, em vez de questionar e ter abertura para analisar outros tipos de informação.

A ideia de uma mente racional, a serviço de apreender a realidade tal qual ela é, seguiu sendo desacreditada na década seguinte. Em 1979, foi realizado um estudo na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, com estudantes universitários que tinham opiniões opostas sobre a pena de morte. Com base em dois artigos falsos - um que argumentava a favor e outro contra a pena de morte -, os estudantes apoiaram justamente aquele artigo que confirmava sua crença original. O estudo mostrou que ter as certezas contestadas serviu apenas como reforço para as próprias convicções.

Para os especialistas, a política e o futebol são campos de florescência do viés de confirmação. "A partir do momento em que você se expõe, você se cristaliza naquele posicionamento e aí você vai polarizando, polarizando...", diz a neurocientista Claudia Feitosa-Santana. "As pessoas estão polarizando até em relação a Neymar e Richarlison por causa da política."

Segundo Claudia, as conversas não ajudam a reduzir a polarização porque as pessoas acham que o diálogo está a serviço de desconstruir o argumento do outro. "A polarização política, da forma como ela é, só ajuda os próprios políticos. Eles conseguem conversar entre si, eles fazem acordos a portas fechadas, o eleitorado não." Há quem coloque na conta da empatia a solução. Acontece que a empatia, relacionada à verdadeira escuta, custa energia cerebral ou glicose, que é um recurso limitado.

"É muito difícil você conseguir empatizar com o que não faz parte do que você considera seu círculo moral", diz Claudia. "As pessoas hoje em dia focam em empatia, sendo que ninguém tem empatia com ninguém. Usam a palavra empatia para cobrar do outro empatia, não para ser empático. O foco na verdade é a palavra respeito e ninguém se respeita".

Alinhada ao viés de confirmação, a polarização política já chega formatada. "Quem é de esquerda tem que ser a favor do aborto. Se você é de direita, você tem que ser contra. Alguns autores chamam isso de identidade prêt-à-porter, uma identidade que já vem pronta, você só vai ali e veste", diz Sérgio Rodrigo Ferreira, pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo. "De certo modo, isso vai matando o aspecto mais subjetivo e mais diverso. Nós temos tido muita dificuldade de conviver com o contraditório por conta disso".

Se um ambientalista e um executivo de companhia petrolífera buscarem na internet por "mudanças climáticas", os resultados das buscas serão diferentes.

"Cada vez mais o monitor do nosso computador é uma espécie de espelho que reflete nossos próprios interesses, baseando-se na análise de nossos cliques feita por observadores algorítmicos", escreve o ativista Eli Pariser no livro O Filtro Invisível: O Que a Internet Está Escondendo de Você (Editora Zahar).

Ao mapear as preferências do usuário, o algoritmo forma as chamadas bolhas, delimitando as respostas de acordo com seus gostos. Isso gera uma autossatisfação viciante que pode isolar o indivíduo num sistema de conhecimento unilateral, reforçando sua visão em vez de expandi-la, assim como acontece com o viés de confirmação.

Mais do que as bolhas, existem ainda as câmeras de eco, que recebem a contribuição dos usuários para manter o alinhamento das crenças. "Quando recebe algum posicionamento diferente, além de ser ferrenhamente contrário a ele, o usuário exclui pessoas e conteúdos que divergem de si", explica Sérgio. "Não é apenas o algoritmo que está criando a bolha, mas os usuários ativamente estão construindo esses espaços fechados."

O constante reforço da própria opinião, evitando ter valores e crenças questionados, é abertura para a desinformação e para as fake news.

"O mundo é extremamente complexo hoje em dia. Nós temos muita dificuldade de enxergar e compreender a dimensão das várias camadas das coisas que acontecem e, de certo modo, na câmara de eco há uma simplificação do mundo a partir do que previamente eu já entendo, compreendo e creio. Eu faço o mundo caber na minha crença", considera Sérgio.

Claudia Feitosa-Santana traz um contraponto, lembrando que fazemos parte de grupos diversos, como veganos ou petlovers. "Nós não estamos todos exatamente dentro das mesmas bolhas. Nós temos muitos grupos e é isso que confere estabilidade para a nossa sociedade."

A falta de tempo, de conhecimento e de fontes confiáveis para filtrar a enxurrada de informações que recebemos pode colocar também a ciência no balaio do descrédito.

Amanda Moura de Sousa, pesquisadora na Universidade Federal do Rio de Janeiro, vem estudando a desinformação na área da saúde e a infodemia, o enorme fluxo de informações que invade a internet, diante da pandemia de covid-19.

"Para economizar o esforço de tentar lidar com algum fato, às vezes a gente precisa recorrer às nossas crenças, só que essas crenças podem levar para um caminho não muito saudável, que é eliminar a dúvida e se focar na certeza que você já tem", diz a especialista em ciência da informação.

Ela lembra de mensagens que circulavam no início da pandemia, dizendo que os laboratórios não tinham avançado suficientemente em seus estudos e usavam as pessoas como cobaias na aplicação de vacinas. Mais de 71% das mensagens falsas naquele período circulavam pelo WhatsApp, segundo análise do aplicativo Eu Fiscalizo, desenvolvido por pesquisadoras da Fiocruz. "Pela relação de desconfiança que as pessoas muitas vezes têm com os cientistas ou com o próprio fazer da ciência, que às vezes escapa à compreensão delas, elas acabam aderindo à desinformação sem buscar outra fonte", afirma Amanda.

O medo da complexidade e o viés de confirmação são também citados pela pesquisadora de Nova York Sara Gorman no livro Denying to the Grave: Why We Ignore the Facts That Will Save Us (Negando Até o Túmulo: Por Que Ignoramos os Fatos Que nos Salvarão, em tradução livre).

Segundo a autora, é tendência da mente enfatizar um pequeno risco, fortalecendo, assim, as próprias crenças. "Recusar-se a vacinar uma criança é um exemplo disso: aqueles que têm medo da imunização exageram o pequeno risco de um efeito colateral e subestimam a devastação que ocorre durante uma epidemia de sarampo ou apenas o quão letal a coqueluche pode ser", escreve.

Se a ciência é vista muitas vezes de forma distorcida, o próprio fazer científico não está imune ao viés de confirmação - simplesmente porque cientistas são também humanos.

Kelley Cristine Gasque, da Universidade de Brasília, investigou as percepções de cientistas em relação ao viés de confirmação no processo de busca e uso das informações em seu fazer científico.

"Uma questão que achei bastante interessante que surgiu é que esse viés pode ser influenciado pelo financiamento da pesquisa, pela exigência dos resultados e expectativa do mercado", comenta Kelley. "Empresas, por exemplo, que têm interesses econômicos vão investir muito em pesquisa e é óbvio que querem tal resultado. Então, você tem a tendência de buscar pesquisas em uma base que vai corroborar com aquilo que eles querem."

Também o desejo de que a pesquisa dê certo foi citado pelos cientistas como gatilho para o viés de confirmação.

O antídoto para o problema seria, segundo os próprios cientistas, ter uma boa formação acadêmica, buscar fontes diversificadas, manter o espírito aberto para pontos de vista diferentes, desenvolver o pensamento crítico e a criatividade.

"O ser humano não é que nem um bezerro ou um potro que sai da mãe já andando. Nós somos extremamente dependentes até nossos 2, 3 anos de idade. Nós dependemos dos outros para sobreviver e isso é extremamente assustador", observa João Luiz Cortez, especialista em programação neurolinguística.

Se a sobrevivência de hoje implica depender de um cuidador nos primeiros anos de vida, em tempos passados a dependência do grupo tinha peso e medida maiores. "Nós nos perpetuamos como espécie porque adquirimos a capacidade de viver em sociedade e é isso que nos fez resistir numa floresta inóspita com animais muito mais fortes do que nós", conta João.


Valores são construídos de forma complexa e ancorados na afetividade desde a primeira infância. Por isso, mudar certas certezas é difícil e vai além da questão do orgulho narcisístico. A base de crenças é esteio para a sobrevivência emocional.

Charles Peirce, filósofo e pedagogo americano nascido em 1839, afirmava que só a dúvida leva ao conhecimento e, para chegar a ele, passamos por uma alternância entre o desconforto da dúvida e a segurança da crença. Os métodos de fixação da crença listados por Peirce incluem apego, imposição, gostos e também, mas não apenas, o método científico.

Segundo João, ignorar fatos reais para proteger a estabilidade emocional representa um estado limitado de desenvolvimento pessoal. "À medida que eu vou me fortalecendo emocionalmente, espiritualmente, eu tenho uma estrutura, uma musculatura que me permite lidar com a realidade como ela é."

Apesar das bolhas, grupos, e algoritmos, não há o que unifique a experiência humana. "A maneira como nos sentimos nunca se repete no tempo e jamais é igual à forma como outra pessoa se sente", escreve Claudia Feitosa-Santana no livro Eu Controlo Como Me Sinto. "E os filósofos já sabiam disso havia muito tempo. Na Grécia Antiga, Heráclito, um dos pensadores mais antigos que conhecemos, afirmou o seguinte: Não podemos nos banhar no mesmo rio duas vezes."

Para além da soberania da razão, Caetano cantaria: "Alguma coisa acontece no meu coração". 

Originalmente publicado no Estado de S Paulo, por Sibélia Zanon, 21 de janeiro de 2023. Foto: Alice Yamamura

Rir é o melhor remédio

 




08 fevereiro 2023

Ponto ou Vírgula: a confusão da notação

Suponha que você faça a divisão de 10 por 4; o resultado será igual a dois e meio. Como você escreve este resultado?

Não é tão simples assim a resposta. O correto seria: depende. Em primeiro lugar, onde você está? Se estiver no Brasil, a forma correta de escrever o resultado é:

2,5

Se você estiver na China, Índia, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, você deveria escrever:

2.5

Para facilitar, eis um mapa do mundo mostrando onde um sistema é usado e onde prevalece o outro:

Isto facilita muito. Mas veja que não temos um padrão comum sobre como escrever "dois e meio". E tem pessoas que sonham em padronizar a contabilidade... 

De onde surgiu esta divergência? Parece que a origem está em Newton e Leibniz. Os dois grandes gênios da matemática fizeram proposta distinta para o uso de notação na matemática. Newton era inglês e propunha usar o "x" para indicar a multiplicação; Leibniz era alemão e sugeriu o "." para esta mesma operação. 

Com a expansão tecnológica e econômica dos Estados Unidos, é muito comum que calculadoras, softwares quantitativos e livros usem a notação de origem inglesa. Mas aqui, na América do Sul, na Europa e alguns outros países, devemos escrever "2,5". 





Pirataria da Internet

 


Os gráficos mostram que a pirataria - de filmes - reduziu substancialmente nos últimos anos. Em 2006 apareceu o The Pirate Bay e quatro anos depois Avatar é o filme mais pirateado da história. O aparecimento da Netflix, que torna a possibilidade de assistir bons programas na televisão de forma razoável - em termos financeiros, reduz o interesse pela pirataria. O streaming sente, no entanto, algo próximo a cópia de filmes piratas do início do século: a repartição da senha. A estimativa é de uma perda de 9 bilhões de receitas somente para Netflix. A Netflix tenta resolver este problema.

07 fevereiro 2023

Uma visão alternativa do Chatbot

Uma visão alternativa sobre os chatbots. O texto é de Cathy O'Neal, autora de Weapons of Math Destruction:

Ultimamente, tem havido uma enorme quantidade de confusão na imprensa de tecnologia em torno da mais nova geração de chatbots, sendo a versão ChatGPT a mais celebrada e / ou temida.

Não acho que a celebração ou o medo sejam justificados.


Antes de tudo, não precisamos temer que o ChatGPT substitua os seres humanos. Não tem um modelo para a verdade; é simplesmente escrever palavras e frases semelhantes aos padrões observados no discurso histórico em que foi alimentado. Portanto, em outras palavras, não está realmente respondendo a uma pergunta de maneira ponderada ou relevante. Qualquer tipo de consideração que possa ser observada em sua produção é uma combinação da sabedoria humana incorporada em seus dados de treinamento e do crédito projetado que tendemos a dar aos outros quando os ouvimos tentando formular pensamentos.

Mas e os alunos trapaceando usando o ChatGPT em vez de escrever por conta própria? O problema da tecnologia é que ela está interferindo nas proxies muito fracas que temos de medir a aprendizagem dos alunos, a saber, trabalhos de casa e testes. A verdade é que a internet permitiu que os alunos burlasse a lição de casa por um longo tempo e, nesse caso, muitos testes, e agora eles têm uma maneira um pouco melhor (embora ainda imperfeita) de trapacear. É apenas mais um lembrete de que é realmente difícil saber o quanto alguém aprendeu alguma coisa e, especialmente, se não estamos conversando diretamente com eles, mas contando com algum sistema automatizado ou quase automatizado ampliado para medir isso para nós. Suponho que haverá muito mais exames orais individuais no futuro, pelo menos quando se trata de testes de alto risco de conhecimento [o de instituições de ensino sérias]. E, nesse caso, haverá menos testes, porque muitos tipos de "conhecimento" que os humanos precisaram memorizar podem não ser necessários se a Internet estiver sempre disponível.

Em seguida, acho que também não temos motivos para comemorar. Não há sabedoria no ChatGPT ou em outro assim. Para ilustrar esse ponto, considere Galactica, uma IA que foi introduzida e depois comprada pela Meta, empresa controladora do Facebook. Galactica foi treinado em artigos científicos para produzir parágrafos científicos. Foi muito bom nisso. 

Galactica deveria ajudar os cientistas a escrever seu artigo e ajudar todos a procurar conhecimento científico. Às vezes funcionava, mas muitas vezes fazia merda. 

De qualquer forma, aqui está uma coisa que nunca fará: criar nova ciência. E é por isso que não há nada aqui para se animar.

Outra maneira de dizer é que a Galactica pode nos mostrar o que é "fácil" ao escrever artigos científicos: o idioma, o jargão, o estilo autoritário da terceira pessoa etc. versus o que é difícil: as novas idéias. Galactica pode fazer todas as coisas fáceis, mas nenhuma das coisas difíceis, e por que devemos ficar impressionados??

[Traduzido pelo Vivaldi] [Fonte original aqui]. Foto: Possessed Photography

Futebol europeu e folha de pagamento

Do Trivela

O Paris Saint-Germain tem a maior folha salarial do mundo para um clube profissional de futebol, com impressionantes € 728 milhões por ano, de acordo com o European Champions Report 2023. Além disso, o clube registrou prejuízo de € 369 milhões na mesma temporada analisada, 2021/22. Ou seja: é um clube que gasta muito, mas mesmo com os aumentos de receita, ainda não se paga. Claro, nem precisa, porque o QSI (Qatar Sports Investment, braço do governo do Catar que controla o clube) tem dinheiro a perder de vista.


Em termos de comparação, o Real Madrid, segundo colocado na lista, tem uma folha salarial, de € 519 milhões – 29% a menos que o PSG. E isso porque houve um aumento na folha salarial de 29% em relação à temporada anterior pelo bônus pago por vencer a Champions League. O Manchester City tem uma folha salarial de € 418 milhões e o Bayern de Munique tem uma folha salarial de € 324 milhões. (,..)

O que fica claro é que o Fair Play Financeiro é absolutamente leniente com o PSG, que tem prejuízos homéricos e ainda assim ganhou um acordo em que recebeu uma punição suave, pode pagar uma multa que ainda será suave se descumprir e não receberá a punição pesada, que seria ficar fora das competições, como aconteceu com outros clubes que descumpriram a regra. (...)

A base das informações são contábeis. E como existe uma ligação entre desempenho e salário, a falta de implantação efetiva do Fair Play significa, em outras palavras, a permissão para o desequilíbrio entre as equipes. 

Rir é o melhor remédio

 Uma seleção:







Fonte: aqui




06 fevereiro 2023

Pesquisa de satisfação do CFC tem um erro de cálculo

De uma página do Conselho Federal de Contabilidade:

A meta de 2022 para o grau de satisfação dos profissionais de contabilidade era de 70%, porém o resultado obtido foi de 76,99%, ou seja, 109,99% de desempenho.

Já no índice de avaliação da profissão contábil perante a sociedade, com meta também de 70% para o período, o resultado alcançado foi de 87,50% e, assim, o desempenho ficou com a marca de 125,00%.


Esclarecendo: 

O CFC fez uma pesquisa de opinião entre os profissionais. A resposta variava entre 1 e 5. Neste ponto vamos tentar extrapolar que o resultado da escala Likert foi transformado em uma escala decimal, de 0 a 10. O Conselho definiu que 7 seria a nota de aprovação. Acho que isto é bem razoável, embora a pesquisa pudesse usar logo a escala de 0  a 10. Ou o resultado trazer o valor obtido entre 1 e 5. 

Agora, se a nota obtida foi 76,99% e a meta era 70%, afirmar que o desempenho foi de 109,99% é ... 

[Complete como achar melhor] [O print da tela está abaixo, para quem não acredita no que leu...]

Na verdade, a variação seria de 9,99% acima da meta ou [76,99/70 - 1] x 100.  

Obviamente dizer que o valor ficou 109,99% da meta é melhor que 9,99%. Mas isto me faz lembrar de um livro publicado nos anos 50, sobre estatística. (Sabem qual?)

Para finalizar: seria interessante que divulgasse não somente a percentagem, mas as estatísticas descritivas (tendência central, dispersão, assimetria e curtose). 



Perdas do grupo indiano Adani

 


A mudança no valor de mercado do Grupo Adani, um conglomerado indiano com ativos em energia, cimento e infraestrutura, nos últimos dias mostra o efeito do relatório publicado pela empresa Hindenburg na semana passada.

O relatório fala em manipulação das ações, endividamento excessivo e problemas contábeis. Em alguns dias, o grupo perdeu 100 bilhões de valor de mercado. Ou quase 60% do seu valor. A empresa opera alguns dos maiores portos da Índia, uma grande quantidade de linhas de transmissão de energia, armazéns e um quinto do cimento do país. 

Braiscompany e a pirâmide financeira

Felipe Pontes divulga o caso da Braiscompany, uma empresa que oferece um investimento em Bitcoin para alguém e depois o investidor cede o ativo em aluguel. Típica pirâmide financeira. O texto completo está aqui. Eis um trecho revelador:


Ano a ano, de 2019 até 2022, eles tiveram respectivamente os seguintes retornos anuais: 88,50%, 83,19%, 87,44% e 83,28%. Isso quer dizer que quem “investiu” R$ 1 milhão em 2019, teria acumulado até dezembro de 2022 cerca de R$ 12 milhões. DOZE MILHÕES!

Como é que eles conseguiram esses retornos, mesmo com o inverno das criptomoedas e mesmo assim não estão conseguindo devolver o dinheiro aos seus “investidores”? Como é que eles estão devendo quase R$ 150.000,00 em alugueis no DF, segundo veículo da Paraíba?

Uma estratégia da empresa é aproximar de "famosos": 

Eles tentam mostrar que são amigos de pessoas famosas, como Romário (também político), Neymar, Falcão (o Rei do Futsal), Ronaldinho Gaúcho, Cafu, além de matérias em revistas famosas, para, mais uma vez, validar toda a sua relevância e inteligência para negócios como “um gênio obstinado”.

Qualidade dos Modelos de avaliação

The key purpose of corporate finance is to provide methods to compute the value of projects. The baseline textbook recommendation is to use the Present Value (PV) formula of expected cash flows, with a discount rate based on the CAPM. In this paper, we ask what is, empirically, the best discounting method. To do this, we study listed firms, whose actual prices and expected cash flows can be observed. We compare different discounting approaches on their ability to predict actual market prices. We find that discounting based on expected returns (such as variants on the CAPM or multi-factor model), performs very poorly. Discounting with an Implied Cost of Capital (ICC), imputed from comparable firms, obtains much better results. In terms of pricing methods, significant, but small, improvements can be obtained by allowing, in a simple and actionable way, for a more flexible term structure of expected returns. We benchmark all of our results with flexible, purely statistical models of prices based on Random Forest algorithms. These models do barely better than NPV-based methods. Finally, we show that under standard assumptions about the production function, the value loss from using the CAPM can be sizable, of the order of 10%.


O artigo original pode ser obtido aqui

Exxon previu o aquecimento global

A empresa Exxon sempre esteve no centro da polêmica sobre aquecimento global. A companhia de petróleo dos Estados Unidos negou, de maneira insistente, os efeitos do clima no futuro. Uma empresa de petróleo tem interesse neste assunto, já que a emissão de carbono é, de maneira geral, considerada uma das causas do aquecimento global, sendo que as empresas de petróleo responsáveis por uma grande parcela do problema. 

Assim, admitir o problema do aquecimento global corresponde, para as petrolíferas, reconhecer parte de sua responsabilidade na questão, o que pode induzir a eventuais passivos futuros. Afinal, governo e sociedade podem querer responsabilizar alguém pelo problema do clima e as empresas de petróleo, com grande volume de riqueza e uma associação com o problema, são as candidatas naturais para ações judiciais.

Entre as empresas do setor, a Exxon, pelo porte e pela posição firme na defesa de que não há um problema com o clima global, é o grande destaque. Uma pesquisa publicada este ano na revista Science expôs um aspecto importante da questão. Segundo os autores do estudo, os cientistas da Exxon previram o aquecimento global com precisão no período de 1977 a 2003. Isto, de certa forma, contradiz o discurso da administração, que negava o problema. 

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores coletaram os relatórios realizados pelos cientistas da empresa e constantes dos documentos internos. Isto permitiu chegar a previsões, que quando confrontadas com a realidade, mostraram muito próximas da realidade. 

Veja o gráfico abaixo:

O gráfico mostra a evolução de dados desde 1960 e vai até o ano de 2080. Este gráfico foi realizado no início dos anos 80. O incremento da temperatura está na parte de baixo do gráfico, onde a previsão é a linha escura e o valor observado a linha vermelha. Na verdade, neste gráfico, a previsão do estudo interno era de um aumento na temperatura acima do valor que foi observado; ou seja, a previsão interna era mais pessimista do que ocorreu, muito embora a diferença não seja tão substancial para uma estimativa de longo prazo. 

Mesmo com estes estudos, a Exxon negava, em público, as conclusões dos estudos. Ou mesmo denegria os modelos climáticos que faziam previsões de mudanças no futuro. 

O estudo é importante pois traz evidências que a empresa previu com precisão o aquecimento global, muito embora adotasse outra postura para o público externo. Para a contabilidade também pode servir de estudo para confrontar o discurso das informações constantes dos relatórios - e das estimativas de mensuração dos valores dos ativos e passivos - com o conhecimento da área técnica. 

Além disto, a divulgação da pesquisa pode servir de munição para àqueles que desejam uma alteração no pensamento das empresas poluidoras mundiais. 

Supran, G., Rahmstorf, S. & Oreskes, N. (2023). Avaliando as projeções de aquecimento global da ExxonMobil. Science. 379(6628). 

Veja também aqui. E aqui

Rir é o melhor remédio

Volte em 5 páginas. Para quem gosta de ler. 
 

Rir é o melhor remédio

 

Fonte: Aqui

05 fevereiro 2023

Musk absolvido

A famosa mensagem que Elon Musk digitou no Twitter sobre o fechamento de capital da Tesla, indicando que teria recursos para fechar a empresa por um valor de 420 por ação teve um julgamento público, quatro anos depois. Os jurados decidiram, depois de duas horas de deliberação e três semanas de juri, que Musk não foi culpado. 


A integridade de Musk esteve em causa no julgamento, bem como parte da sua fortuna que o estabelece como uma das pessoas mais ricas do mundo. Poderia ter sido condenado a pagar milhares de milhões de dólares por prejuízos, se o júri o tivesse considerado culpado pelas mensagens na Twitter em 2018, já qualificadas como falsidades pelo juiz que presidiu ao julgamento.

O julgamento centrou-se em saber se as mensagens de Musk, em 2018, enganaram os acionistas da Tesla, induzindo-os para uma direção que os fez perder milhares de milhões de dólares. O caso civil focou-se m duas mensagens divulgadas por Musk na Twitter, a 7 de agosto de 2018 sobre a retirada da Tesla da bolsa, através da compra das suas ações, o que nunca aconteceu.

Fonte: aqui

Dona da Ortopé é suspeita de fraude

O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação para apurar suspeitas de fraudes envolvendo a fabricante de calçados Dok, dona das marcas Ortopé e Dijean. A empresa é investigada por suspeitas de crimes como fraude, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Há também outros 17 inquéritos instaurados pela Polícia Civil por acusações de estelionato. Procurada há dias pela reportagem, a empresa e seus advogados não responderam.


O grupo é acusado de usar notas frias, com base em vendas simuladas a grandes varejistas, para levantar dinheiro junto a bancos e fundos de investimentos. As transações falsas teriam gerado uma dívida estimada em R$ 382 milhões, com 90 instituições financeiras.

As notas fiscais simuladas indicavam vendas de R$ 20 milhões à Riachuelo, R$ 14,4 milhões com a Renner e R$ 4 milhões com a Puma. O Estadão/Broadcast teve acesso a e-mails e comunicados internos da C&A, Riachuelo e Renner, nos quais elas afirmam não reconhecer as movimentações. Há suspeita de falsificação do carimbo das varejistas para falsificar as operações.

“As referidas cobranças sequer foram acompanhadas dos números de pedidos de compra referentes às solicitações de fornecimento que seriam objeto de aludidas notas fiscais, tampouco foram encaminhados canhotos idôneos relacionados à efetiva entrega das mercadorias. Foram identificados, apenas, canhotos com carimbos e assinaturas falsos”, informou a C&A, em um comunicado interno que circulou no início de janeiro. (...)

Segundo a acusação, o esquema de fraudes teria origem em contratos simulados com grandes varejistas, ou seja, sem que a venda tivesse sido realizada. A partir deles, o grupo buscava antecipar recursos no mercado, com bancos e fundos de investimentos.

A partir de novembro, os títulos devidos às instituições financeiras começaram a atrasar. “Eles alegavam fornecimento contínuo, então todo mês havia liquidação dos títulos. Em dezembro, começou a surgir a inadimplência. Na sequência, os supostos devedores dos títulos [varejistas] começaram a informar que não tinham nenhuma pendência financeira. Ou seja, os títulos eram frios e não tinha ocorrido venda nenhuma”, afirma o advogado José Luis Dias da Silva, representante do Evolut Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios, que negociava com o Grupo Dok.

Fonte: aqui

04 fevereiro 2023

Concentração na música

O mundo da música não é para qualquer um. Somente 33 artistas possuem mais de 50 milhões de ouvintes por mês. Isto não inclui The Beatles. The Weeknd (ok, confesso minha ignorância aqui), Taylor Swift e Ed Sheeran dominam. 

Bieber , possui 70 milhões de ouvintes, recentemente vendeu seu catálogo por 200 milhões de dólares. Mas a relação entre a posição do artista no ranking do Spotify e o seu valor não é absoluta: Bruce Springsteen, em destaque no gráfico e abaixo dos 20 milhões de ouvintes, vendeu sua obra, há dois anos, por 500 milhões. 

03 fevereiro 2023

Pandemia e Capital Humano

Qual o impacto da pandemia no capital humano? Eis uma possível resposta:

A pandemia do COVID-19 levou ao fechamento parcial ou total das escolas em quase todos os países do mundo. Em média, nos países da OCDE, os prédios escolares foram totalmente fechados por 13 semanas e parcialmente fechados por mais 24 semanas entre março de 2020 e outubro de 2021, o que combinado é equivalente a cerca de um ano letivo completo. As perdas de aprendizado decorrentes do fechamento da escola podem ser difíceis de compensar e, portanto, podem ter um impacto econômico a longo prazo nos alunos afetados, com possíveis conseqüências macroeconômicas duradouras (Ilzetzki 2020, Kuhn et al. 2020, Popova et al. 2020).

Figura 1 Duração do fechamento da escola entre março de 2020 e outubro de 2021

Exploramos uma nova medida do capital humano, derivada em Égert et al. (2022), que combina os anos médios de escolaridade (MYS) e os dados da OCDE do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PISA). A nova medida é uma média ponderada pela coorte das pontuações anteriores do PISA (representando a qualidade da educação) da população em idade ativa e os anos médios correspondentes da escolaridade (representando a quantidade de educação). Os pesos para pontuações de PISA e anos médios de escolaridade são estimados a partir de regressões que consideram quão bem as variáveis ponderadas pela coorte explicam pontuações do Programa de Avaliação Internacional de Competências para Adultos (PIACC).

Com base nessa nova medida, podemos calcular separadamente o efeito da pandemia nas pontuações do PISA e nos anos médios de escolaridade (MYS) e alimentá-lo na medida de estoque do capital humano. Para cada coorte impactada, somamos os efeitos da pandemia nos resultados dos testes MYS e PISA para estimar o efeito geral no capital humano. Nós os calculamos usando as elasticidades do MYS e do PISA em relação ao capital humano, estimado em Égert et al. (2022). Em seguida, calculamos uma média ponderada da população do impacto de cada coorte afetada para fornecer o efeito global no capital humano.

A nova medida do capital humano mostra uma correlação robusta com a produtividade dos países da OCDE nas regressões do painel de séries temporais entre países. Isso nos ajuda a quantificar as perdas macroeconômicas devido ao fechamento de escolas, refletidas nas perdas nas pontuações do PISA e nos anos médios de escolaridade.

Usando essas estimativas, consideramos três cenários:

O efeito do fechamento das escolas na primavera de 2020 experimentado em muitos países da OCDE, que correspondiam aproximadamente a um terço do fechamento de um ano letivo. Esse período de fechamento se traduz em uma redução de -2,6% nos anos médios de escolaridade correspondendo a uma redução de 1,1% no Pontuações do PISA.

O efeito de um fechamento escolar de um ano, correspondendo amplamente ao fechamento total médio (total e parcial) de escolas observado nos países da OCDE desde o início da pandemia e, de acordo com uma primeira avaliação, à perda de aprendizado dos estudantes mais desfavorecidos dos EUA (Departamento de Educação dos EUA, 2022). Esse cenário se traduz em uma redução de -8,2% no MYS e uma queda de desvio padrão de -0,37 nas pontuações do PISA, correspondendo a uma redução de 2,9% nas pontuações do PISA.

O efeito de um fechamento escolar de dois anos, que ocorreu apenas raramente e amplamente correspondendo ao fechamento total (total e parcial) da escola na Colômbia, Chile, Coréia e México desde o início da pandemia, o que se traduz em uma redução de -16,5% no MYS e de 5,6% e -0,72 desvio padrão cai nas pontuações do PISA

Estimamos o impacto do fechamento da escola na produtividade por meio do efeito do capital humano nesses três cenários. (...)


Envolvimento das empresas de auditoria com a FTX é maior do que o anunciado

Francine McKenna informa que o envolvimento das empresas de auditoria com a ruína da FTX parece maior do que o anunciado inicialmente. 

Recapitulando: a FTX Trading era uma queridinha dos negócios, com seu principal empresário aparecendo na mídia e sendo badalado por políticos (exemplo, Bill Clinton e os Democratas) e outros. Recentemente descobriu que a empresa era uma grande fraude, com uma contabilidade bagunçada. Tendo sede em Bahamas, a empresa parecia que não seria punida por seus problemas. Mas o valor era muito alto para manter os reguladores passivos. 


As primeiras notícias apontavam um vínculo da FTX com duas empresas de auditoria: a Prager Metis e a Armanino. Depois, a Forbes indicou que a PwC e a Deloitte prestaram consultoria para a FTX. E agora, Mckenna mostra que a BDO e a EY também trabalharam para FTX, em diversos escritórios das empresas. 

Lembre-se de que a PwC audita a Tesla que se interessou em possuir ativos de criptografia, a EY audita o Block (Square), que registra mais receita na compra e venda de Bitcoin do que em seus dispositivos de pagamento e a KPMG audita a Microstrategy, que é essencialmente um fundo de hedge Bitcoin que a Deloitte aconselha.

A Deloitte também é a auditor externa registrada da Coinbase, a bolsa pública, corretora, banco pseudo-não regulamentado, custodiante e empresa que possui dois corretores registrados na SEC.

Foto: SUNBEAM PHOTOGRAPHY

Rir é o melhor remédio

Desinformação como arma
 

02 fevereiro 2023

Não recomendo ser um contador pois ...

Qual trabalho é realmente ruim? A pergunta, feita para leitores de um site, pediu aos leitores informaram, com detalhes, as razões que não recomendam sua profissão para outras pessoas. Contava a honestidade aqui. Entre as várias respostas, eis uma que interessa:



Contabilista/Auditor.

É mentalmente cansativo. As pessoas são [***] sensíveis e esquisitas quando se trata de dinheiro. Tenho de pedir informações bastante padronizadas, o que faz com que alguns clientes fiquem muito defensivos. Não estou a questionar a qualidade do vosso trabalho, calma.

As pessoas também não compreendem a importância de pequenas coisas como guardar recibos/faturas. É raro encontrar empresários que estejam organizados e que saibam alguma coisa sobre contabilidade.

Eu ajudei no trabalho de retaguarda de fazer declarações de impostos e surpreende-me que haja pessoas que fazem impostos há mais de 20 anos e, no entanto, ainda temos que pedir a mesma informação todos os anos. Eu sou o tipo de pessoa que depois de 2-3 tentativas, simplesmente [***].

Também é engraçado como há o ditado "se não queres lidar com as pessoas, seja um contabilista"! Grande não. Não só se tem de obter informação das pessoas, como se fala de dinheiro com elas e, como disse antes, é sempre uma questão sensível.

Naturalmente é uma visão pessoal, de uma outra cultura. Mas acho que faz muito sentido. 

Foto: Scott Graham

Visão atual da IFRS pelo seu presidente

O presidente do Iasb, Andreas Barckow, fez um discurso em uma conferência na SEC. Diversos pontos foram tratados e o site do Glenif apresentou um resumo, em espanhol, da palestra. A seguir, um resumo:

Convergencia USGaap / IFRS

En el corazón del Acuerdo de Norwalk del IASB y el FASB había una promesa: “hacer sus mejores esfuerzos para (a) que sus estándares de información financiera sean totalmente compatibles tan pronto como sea posible y (b) coordinar sus programas de trabajo futuros. para garantizar que, una vez lograda, se mantenga la compatibilidad”. 

Esto se refiere a la compatibilidad de estándares, y al mantenimiento de la compatibilidad lograda. 

En lo primero se logró mucho. Hemos convergido, o sustancialmente convergido, en combinaciones de negocios, consolidaciones, medición del valor razonable, arrendamientos, reconocimiento de ingresos, información por segmentos, etc. Y hay áreas en las que no se pudo lograr una compatibilidad total: instrumentos financieros y contratos de seguro.

El camino a seguir

La convergencia es importante para nosotros, a pesar de que el programa formal de convergencia ha concluido. 

A lo largo de los años, nuestro enfoque ha pasado del desarrollo conjunto de soluciones a mantener convergentes los estándares convergentes. Espero que todos estén de acuerdo en el gran beneficio que esto trae a los mercados de capitales globales.

Prioridades del IASB para los próximos cinco años

De aproximadamente 70 sugerencias para nuevos proyectos, redujimos a 7. De los 7 seleccionamos 3 para agregar a nuestra agenda: activos intangibles, estado de flujos de efectivo y riesgos relacionados con el clima en la información financiera.

La norma de activos intangibles tiene más de 20 años y fue escrito con un objetivo diferente en mente. Los modelos comerciales han evolucionado considerablemente y, en muchos sectores, los inversores tienen poca o ninguna idea de lo que impulsa el valor de esas empresas. Habrá áreas en las que la colaboración con ISSB será esencial al pensar en el capital intelectual de manera más amplia.

Nuestra norma sobre el estado de flujos de efectivo, aunque converge con la del FASB, también necesitará una revisión. Está faltando información sobre transacciones que no son en efectivo (las que surgen de los acuerdos de financiación de proveedores). El diseño no parece útil para muchas instituciones financieras.  

El tercer proyecto estará dedicado a los riesgos relacionados con el clima en los estados financieros. A diferencia de los dos proyectos anteriores, este no será un proyecto completo sobre el clima, ya que el ISSB está mejor posicionado para abordarlo.  Queremos revisar si los requisitos del S2 final se vinculan claramente con nuestros requisitos generales de informes de la NIC 1, o si se justifica alguna aclaración para complementar el material educativo ya existente sobre el riesgo climático.

Criptomonedas

Hemos tenido esta área bajo vigilancia durante un par de años y estaba en la lista de 7 finalistas para su consideración final. Pero, se quedó corto en dos criterios: (a) ¿existe una brecha en la literatura y los inversores no obtienen la información que necesitan, y (b) es el problema significativo y frecuente en todo el mundo, jurisdicciones e industrias?

En relación con a) en 2018/19 se solicitó al Comité de Interpretaciones que emitiera una opinión sobre el tratamiento contable de las criptomonedas. Llegaron a la conclusión de que las criptomonedas deben contabilizarse como un activo intangible al costo, con la opción de medir a valor razonable si el artículo se negocia en un mercado líquido, o como inventario a valor razonable, para los corredores de bolsa. Entonces, aunque no existe un estándar específico sobre criptos bajo las NIIF, nuestra literatura existente proporciona un tratamiento contable.

En relación con b) en esta etapa, hay poca evidencia de que la contabilidad de las criptomonedas sea de importancia global o prevalencia para las empresas que informan bajo las NIIF, Por ello, el tema no se agregó a nuestro plan de trabajo por ahora. 

Relatórios ficam cada vez mais longos

Do site da Croner-i, Reino Unido:

O tamanho dos relatórios anuais das empresas cotadas aumentou em 46% em apenas cinco anos devido ao aumento das exigências de relatórios e comentários repetitivos. 


O relatório anual médio acrescentou 5.800 palavras e quase oito páginas por ano, excedendo a duração de muitos romances, encontrou uma pesquisa da Quoted Companies Alliance (QCA).

Com 147.000 palavras ou 237 páginas, o relatório anual médio FTSE 100 é mais longo do que os romances épicos, tais como A Tale of Two Cities e One Hundred Years of Solitude (Um Conto de Duas Cidades e Cem Anos de Solidão). Estes relatórios anuais estão a crescer em 8.400 palavras ou quase nove páginas por ano.

Uma série de novos requisitos de relatórios em áreas tais como remuneração e assuntos ambientais, sociais e de governação (ESG), significa que os preparadores de empresas estão lutando para manter o tamanho dos relatórios anuais sob controle.


A QCA solicita uma revisão urgente das atuais exigências de relatórios e uma melhor orientação para que as empresas possam poupar tempo e dinheiro, ao mesmo tempo que fazem divulgações adequadas aos investidores e à comunidade mais vasta de partes interessadas.

James Ashton, chefe executivo da QCA, afirmou: "A transparência é vital para as empresas de capital aberto; é o que dá aos investidores confiança para investir, mas mais divulgação não significa melhor divulgação. O Reino Unido deve ser capaz de fazer crescer as empresas sem aumentar também os relatórios anuais.

Foto: Anastasia Zhenina e Michael Dziedzic

A Energia Solar vale a pena?

Um artigo sobre energia solar alerta para necessidade de calcular o custo do insumo de forma completa. Isto pode ajudar o contribuinte de cada local, mas também o próprio consumidor e o governo. O artigo foi escrito para o estado do Mississípi, mas o cerne da análise é válido para qualquer situação. Eis alguns trechos (traduzido via Vivaldi): 

Os moradores do Mississippi são constantemente informados de que fontes de energia renovável, como painéis solares, são agora as maneiras mais baixas de gerar eletricidade, mas essas afirmações são baseadas em truques contábeis criativos que examinam apenas uma pequena parte das despesas incorridas para integrar a energia solar na rede excluindo muitos outros.

Quando essas despesas ocultas são contabilizadas, fica óbvio que a energia solar é muito mais cara que as usinas de carvão, gás natural e nuclear do Mississippi e que adicionar mais energia solar aumentará os preços da eletricidade para as famílias e empresas que dependem dela. Uma das maneiras mais comuns de estimar o custo de geração de eletricidade a partir de diferentes tipos de usinas é uma métrica chamada Custo nivelado de energia, ou Levelized Cost of Energy (LCOE)

O LCOE é uma estimativa do custo médio de longo prazo da produção de eletricidade a partir de uma usina. Esses valores são estimados assumindo os custos da usina, como o dinheiro necessário para construí-la e operá-la, os custos de combustível e o custo para emprestar dinheiro e dividindo-os pela quantidade de eletricidade gerada pela usina (geralmente megawatt-hora), durante sua vida útil.

Em outras palavras, as estimativas do LCOE são essencialmente como calcular o custo do seu carro em uma base de milha após contabilizar despesas como investimento inicial de capital, pagamentos de empréstimos e seguros, custos de combustível e manutenção.

(...) a eletricidade gerada por novos painéis solares custaria US $ 50,67 por megawatt-hora ao considerar o fato de que as concessionárias podem aumentar os preços da eletricidade para cobrir o custo de construção de novas instalações solares que recebam aprovação da Comissão de Serviço Público do Mississippi, mais uma taxa de retorno de dez por cento, mostrada como "lucro".

Essas estimativas de custo são, devo salientar, para o custo não subsidiado da energia solar - o que você pode chamar de custo real ou subjacente de produzi-lo. Isso importa porque a enorme lei de redução de inflação de US $ 370 bilhões do governo Biden oferece subsídios maciços para a energia solar, que na superfície parecem reduzir o custo da energia solar. Na realidade, o que os subsídios do IRA fazem é reduzir o custo pago por alguns, repassando os custos ao contribuinte. O subsídio, em outras palavras, não altera os custos subjacentes da energia solar, que permanecem pouco atraentes, independentemente de quantos incentivos o governo federal nos oferece para irmos à energia solar.

(...) Mas espere, há mais.

Os painéis solares não são apenas mais caros do que as usinas de gás natural, carvão e nuclear existentes na rede elétrica do Mississippi, mas também fornecem menos valor porque não fornecem eletricidade se o sol não estiver brilhando, o que é na maioria das vezes. .

Estatísticas da EIA mostram que as instalações solares no Mississípi geraram apenas cerca de 22% de sua produção potencial em 2021, o que significa que as empresas de serviços públicos precisariam instalar 450 megawatts (MW) de energia solar para gerar 100 MW de eletricidade, em média, ao longo de um ano, exigindo uma enorme capacidade de excesso para obter a mesma produção anual de energia.

Criar uma rede elétrica capaz de incorporar todos esses painéis solares extras exigirá levar milhares de acres de terra, construir mais linhas de transmissão para conectar esses painéis à rede e mover a energia para onde é necessária. Esses custos, incluindo os impostos sobre a propriedade associados à terra, às linhas e aos outros equipamentos, serão repassados aos clientes através de suas tarifas de eletricidade.


De acordo com o Operador de sistemas independentes do meio-continente (MISO), essas linhas de transmissão custam rotineiramente entre US $ 2,5 milhões e US $ 3,1 milhões por milha. Apesar de seu enorme preço, os defensores da energia solar geralmente não incluem esses custos de transmissão em seus cálculos de LCOE porque são inconvenientes.

Por fim, é importante lembrar que não importa quantos painéis solares estejam instalados no Mississípi, as necessidades de eletricidade do estado ainda exigirão o uso de usinas de gás natural ou novas e caras instalações de armazenamento de baterias para fornecer eletricidade quando o sol não estiver brilhando, o que acontece toda noite. Como resultado, as famílias e empresas do Mississípi são forçadas a pagar por dois sistemas elétricos: um que funciona quando o sol está saindo e outro que funciona quando não está. (...)

O texto possui, obviamente, um viés, mas alerta para necessidade de decidir baseado em dados. No caso, dados de custos. Há diversos aspectos não considerados na análise, como a existência de um custo político pela dependência energética (favorável à energia solar), o custo de oportunidade da terra (desfavorável), entre outros pontos. Mas veja como é importante discutir com dados

Rir é o melhor remédio

 

Contabilidade e o tipo de empresa

01 fevereiro 2023

Johnson e Johnson perde no tribunal a estratégia para evitar passivo de bilhões

A conhecida empresa Johnson e Johnson adotou uma estratégia marota para evitar um passivo de bilhões de dólares. Conforme postamos em outubro de 2022:

Mas desde 1971 já existe uma desconfiança que os elementos usados na produção do [seu] talco [para bebês], por conter amianto, pode ser cancerígeno. A empresa sempre insistiu que seu produto era seguro para o público externo, embora internamente os cientistas sabiam que isto não seria verdade. 

Mas as evidências levaram um grande número de consumidores a processarem a empresa. Diante de um potencial passivo, de grandes proporções, a empresa usou o mecanismo de falência. Isto é maquiavélico, mas interessante. 

Diante das provas existentes que o talco da empresa poderia provocar câncer, a empresa criou uma subsidiária, denominado LTL (uma sigla para algo como "Lítigio do Legado do Talco"). Esta empresa absorveu todo o passivo judicial relacionado com o talco. Mais ainda, a empresa escolheu, de forma criteriosa, uma sede onde o processo judicial fosse favorável, no caso a Carolina do Norte. Logo a seguir, a empresa entrou com um pedido de falência. Por conta deste fato, as 40 mil ações judiciais - é este o número listado na New Yorker, mas a Wikipedia indica 26 mil - estão sob a decisão de um juiz somente, o responsável pelo processo de falência. 

Na segunda, dia 30 de janeiro, um tribunal da Filadélfia rejeitou a estratégia. A empresa já informou que irá apelar da decisão, pois considera que os produtos da empresa são seguros e não provocam câncer. Mas levanta dúvida sobre a estratégia de falência planejada da empresa para sumir com os litígios do balanço. 


Um especialista em direito da Universidade de Richmond disse ao jornal que a J&J agora terá que apelar para a Suprema Corte dos EUA. "A única perspectiva que resta para J&J é um apelo à Suprema Corte", disse Carl Tobias, "que concede revisão em uma porcentagem minúscula de recursos."

Um júri no Missouri ordenou a empresa, com sede em Nova Jersey, o pagamento de cerca de US $ 4,7 bilhões em danos a dezenas de mulheres que afirmaram que seu câncer foi causado pelos produtos de talco da empresa. A empresa apelou para reduzir o pagamento pela metade, mas ainda pagou mais de US $ 2 bilhões em danos.


Mais de 1.500 ações judiciais foram julgadas sem que a J&J tivesse que pagar nada, e a maioria dos casos que foram a julgamento resultou em vereditos de defesa, julgamentos ou julgamentos para a empresa em apelação, de acordo com os processos judiciais da subsidiária da J&J.

Problemas contábeis no clube Juventus, Parte 3

Anteriormente, postamos (aqui e aqui) sobre a contabilidade da equipe de futebol Juventus, da Itália. Um dos times mais tradicionais do mundo, a Juventus teve que lidar com acusações sobre sua contabilidade criativa


Agora, no final de janeiro, a federação de futebol da Itália penalizou a equipe com perda de 15 pontos na classificação do campeonato italiano. Sendo uma entidade com ações no mercado, o preço dos títulos registraram uma redução de 13% após o comunicado. 

Com a perda dos pontos, dificilmente a Juventus irá se classificar para disputar a rentável Liga dos Campeões: a equipe está em 13o. lugar, com 23 pontos, distante 15 pontos do quarto colocado. A equipe negou irregularidade e pretende apelar. Há alguma chance, já que a promotoria pediu a perda de nove pontos somente

O ocorrido com a Juventus pode trazer alterações na contabilidade de equipes de futebol. 

Lista de credores da FTX

A divulgação da lista dos credores da empresa FTX, divulgada há alguns dias, mostra como a empresa era influente para diversas organizações. No final do ano passado, a FTX reconheceu sua incapacidade de continuar operando com a criptografia. 


A lista tem nomes como Coinbase, Binance, New York Times, Wall Street Journal, Fortune, Netflix, Peloton, Universidade de Stanford em mais de 100 páginas. Isto irá, naturalmente, dificultar o processo de falência, já que existem muitos interesses envolvidos. 

Quando uma pessoa sem graça pode trazer prejuízo para os acionistas

Da Bloomberg (via Boing-Boing)

Se Elon Musk tem uma falha trágica não é seu temperamento, ou o tratamento dado aos subordinados, ou sua recusa em seguir leis de valores mobiliários. A falha trágica de Musk é sua incapacidade de aceitar que ele é extremamente e dolorosamente sem graça.


A aquisição do Twitter quebrou o feitiço de duas maneiras. Primeiro, Musk, que se apaixonou por consumidores de esquerda durante a ascensão de Tesla, tornou impossível ignorar que ele havia entrado em alguns dos cantos mais venenosos da extrema direita. Ele respondeu ao ataque ao marido da ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, Paul, twittando uma teoria da conspiração. (Mais tarde, ele excluiu o tweet.) Ele restaurou o relato do rapper anti-semita Ye (embora mais tarde o tenha banido), misturou-o com um meme de direita conhecido como Catturd2 e sinalizou transfobia e negação de Covid com este tweet: "Meus pronomes são processar / Fauci ." Sobre o Martin Luther King Jr. no fim de semana de férias, ele twittou, e depois excluiu, um meme juvenil que parecia comprar uma teoria da conspiração anti-semita sobre o bilionário George Soros.

"Ele usa o Twitter da mesma maneira que o avô de temperamento curto de todos usa o Facebook", disse Cayle Hunter, gerente de vendas e entregas da Tesla em 2018 Bloomberg "Ele está muito errado e se recusa a se desculpar.".

Custo da Guerra

Measuring the economic impact of a war is a daunting task. Common indicators like casualties, infrastructure damages, and gross domestic product effects provide useful benchmarks, but they fail to capture the complex welfare effects of wars. This paper proposes a new method to estimate the welfare impact of conflicts and remedy common data constraints in conflict-affected environments. The method first estimates how agents regard spatial welfare differentials by voting with their feet, using pre-conflict data. Then, it infers a lower-bound estimate for the conflict-driven welfare shock from partially observed post-conflict migration patterns. A case study of the conflict in Eastern Ukraine between 2014 and 2019 shows a large lower-bound welfare loss for Donetsk residents equivalent to between 7.3 and 24.8 percent of life-time income depending on agents’ time preferences. 


Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio

 

Vamos reduzir a emissão de carbono