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20 junho 2014

Brasil para "mãos de vaca"

Se você vai a Nova Iorque e nunca leu "Nova Iorque para mãos de vaca", recomendo. É um ótimo guia local, que virou moda e agora podemos encontrar similares de diversos países. Enquanto não sai um do Brasil, os turistas "dão um jeitinho".


Por Walter Brandimarte

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Centenas de torcedores com pouco dinheiro encontraram uma maneira mais barata de acompanhar a Copa do Mundo no Rio de Janeiro, uma das cidades mais caras do Brasil – acampar na praia de Copacabana.

A maioria viajou milhares de quilômetros vinda de outros países sul-americanos para apoiar suas seleções, evitando voos caros e os preços notoriamente altos dos hotéis do Rio.

O maior contingente de torcedores acampados na praia é de argentinos, mas colombianos, chilenos e equatorianos também são vistos estacionando carros antigos, trailers e até pequenos ônibus transformados em dormitórios ao longo da Avenida Atlântica.

“Vamos ficar aqui até a Argentina vencer a Copa. E certamente mais alguns dias depois disso”, afirmou Emmanuel Estrada, de 29 anos, que trabalha como encanador em Buenos Aires. Ele e o amigo Damián Pérez, de 32 anos, passaram quatro dias dirigindo da capital argentina a São Paulo para a estreia do Mundial na quinta-feira passada, e de lá seguiram ao Rio para a primeira partida de sua seleção.

Ambos são parte de um grupo de 50 a 60 argentinos que conduziram ônibus capengas e peruas a Copacabana durante o último final de semana. O Rio sedia a final do torneio no dia 13 de julho.

O planejamento da viagem começou anos atrás, mas viajar barato era a única opção para lidar com os preços estratosféricos do Brasil e a moeda fraca da Argentina, que perdeu cerca de 20 por cento de seu valor só este ano.

“Nosso dinheiro não vale nada aqui”, reclamou Pérez sobre o Rio, onde um quarto para duas pessoas em um hotel mediano chega a custar 700 dólares durante a Copa.

SEM PROBLEMAS

Embora sua presença tenha incomodado alguns moradores, muitos brasileiros os receberam bem. Ele também não foram molestados pela polícia, disseram vários campistas.

Normalmente não é permitido acampar nas praias centrais do Rio, e os carros devem pagar para estacionar na maior parte da cidade, mas até agora as autoridades fizeram vista grossa à presença dos campistas da Copa.

Um policial militar posicionado perto do grupo argentino disse ser responsabilidade da guarda municipal do Rio agir, e um membro da guarda nas proximidades declarou que só interviria se os campistas causassem problemas.

Entretanto, turistas estrangeiros ficaram contentes de ver um policiamento ostensivo em Copacabana.

"Sentimo-nos seguros aqui," disse Fabián Álvarez, mecânico chileno que dirigiu mais de cinco mil quilômetros de Santiago a Cuiabá, onde viu a seleção do Chile derrotar a Austrália na sexta-feira, e depois ao Rio no dia seguinte.

Álvarez disse ter decidido dormir na van depois de procurar sem sucesso hotéis com preços acessíveis no Rio. Ele planeja gastar cerca de 1 milhão de pesos chilenos (1.790 dólares) durante a viagem, incluindo gasolina, alimentação e talvez mais um ingresso de jogo.

Como a maioria dos campistas, Álvarez afirmou que a excursão é exaustiva, mas que a faria de novo.

“Tudo vale a pena. É tão emocionante quando cantamos o hino no estádio. Fico todo arrepiado”.

Listas: Índice Global da Paz

1. Islândia
2. Dinamarca
3. Áustria
4. Nova Zelândia
5. Suíça
6. Finlândia
7. Canadá
8. Japão
9. Bélgica
10. Noruega

91. Brasil

Fonte: Aqui

Inscrições estão abertas para dois Exames: de Suficiência e de Qualificação Técnica

CFC Informa:

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) está com inscrições abertas para os dois exames que realiza: o Exame de Suficiência, aplicado semestralmente, e o Exame de Qualificação Técnica (EQT), que ocorre apenas uma vez ao ano.

Para o Exame de Suficiência, as inscrições devem ser feitas até o dia 26 de junho. Podem se inscrever para a prova de Bacharel em Ciências Contábeis os candidatos que estejam cursando o último ano do curso ou que tenham efetivamente concluído a graduação na área. Já para a prova de Técnico em Contabilidade, podem se inscrever apenas aqueles que tenham efetivamente concluído o curso.

As provas do Exame de Suficiência serão aplicadas, para bacharéis e para técnicos, no dia 14 de setembro, em todos os Estados e no Distrito Federal, das 9h30 às 13h30 (horário de Brasília).

O Exame de Suficiência é requisito para obtenção de registro nos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs). As inscrições podem ser efetuadas no site da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC) (www.fbc.org.br) ou do CFC (www.cfc.org.br). A FBC é a entidade responsável pela aplicação das provas.

Consulte aqui o edital.

Auditores Independentes

Conforme previsto no edital do 14º Exame de Qualificação Técnica (EQT), publicado pelo CFC no dia 20 de maio, as inscrições permanecerão abertas no período de 10 de junho a 10 de julho e poderão ser feitas no site do CFC.

As provas do EQT possibilitam o registro dos contadores no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI), do CFC, habilitando os profissionais para atuação como auditores independentes no mercado de valores mobiliários, financeiro e de seguros privados.

O Exame de Qualificação Técnica é composto por três provas independentes: [1] de Qualificação Técnica Geral; [2] específica para os contadores que pretendam atuar em auditoria de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BCB); [3] e específica para os contadores que desejam trabalhar em auditoria de sociedades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Os contadores que pretendam atuar em auditoria de instituições reguladas pelo Banco Central ou pela Susep, além da prova de Qualificação Técnica Geral, também deverão se inscrever para a prova específica.

As provas do 14º Exame serão realizadas no mês de agosto, nas seguintes datas: dia 25, Qualificação Técnica Geral; dia 26, específica para Banco Central; e, dia 27, específica para Susep.

Clique aqui para mais informações e inscrições.

19 junho 2014

Rir é o melhor remédio


Piketty: Um tesouro de conceitos errados

Piketty: Um tesouro de conceitos errados

Donald J. Boudreaux
Capital no Século XXI (ainda sem tradução para o português), de Thomas Piketty, pode figurar em breve, junto com O Capital, de Karl Marx, como uma das obras primas mais influentes da economia dos últimos 150 anos. Mas, infelizmente, o tomo de 696 páginas, habilmente traduzido por Arthur Goldhammer para o inglês não é mais esclarecedor sobre o capitalismo do século XXI do que O Capital de Marx era sobre o capitalismo do século XIX.
Apenas como um fenômeno de vendas, o tratado do professor da Escola de Economia de Paris, que foi saudado por três laureados pelo prêmio Nobel – Paul Krugman, Joseph Stiglitz e Robert Solow – demanda a nossa atenção.  Também é digno de nota como o sintoma de uma ideologia perversa que parece dominar o pensamento progressista, incluindo o dos presidentes Barack Obama e François Hollande, e um método falho de análise econômica.
Muitos de nós nos importamos se, e em que medida, a massa de pessoas melhorou absolutamente as condições materiais de vida. Enquanto Piketty não ignora inteiramente a questão, ele se foca na causa e na cura das disparidades relativas em renda monetária e de riqueza entre grupos de pessoas e através dos séculos. Algumas maneiras de diminuir essas disparidades, como taxas punitivas de impostos, correm o risco de prejudicar a todos, tanto pobres quanto ricos. Mas para Piketty, a importância de diminuir as desigualdades monetárias é tão monumental que ele quase totalmente ignora esses riscos.
O método de Piketty de fazer economia envolve, frequentemente, grandes proclamações de “justiça social” e “evoluções” econômicas, mas ele não oferece nenhuma análise da dinâmica de como as decisões individuais são feitas, o que comumente se chama de “microeconomia”, que deveria ser um ponto central da questão que ele levanta.
Ao contrário, o autor paira na estratosfera econômica, e vê somente o único fenômeno visível a essa distância: grandes estatísticas como o crescimento da população ou a parte da renda nacional “reivindicada” pelos muito ricos. De maneira reveladora, Piketty escreve sobre a renda e a riqueza como sendo reivindicada ou “distribuída”, nunca sendo merecida ou produzida. As estatísticas resultantes são muito agregadas para revelar o que acontece com os indivíduos na terra.
Ao invés de olhar para o comportamento por trás das estatísticas, o autor usa ad hoc e, em última instância, teorias pouco persuasivas sobre o “comportamento” das próprias estatísticas agregadas, incluindo pesados agregados impessoais como o retorno de capital e a razão da riqueza nacional para a renda nacional. Ele imagina que estes agregados interagem de uma maneira robótica, com uma lógica própria, intocáveis pela inciativa, criatividade ou escolhas de seres humanos.
CONSIDERE A TEORIA CENTRAL DE PIKETTY, de que a taxa de retorno do capital, que ele chama de “r”, tende a ser maior do que a taxa de crescimento da economia, ou “g”. Para o autor, o fato de que r é mais rápido do que g – em vários pontos percentuais, segundo a conta dele – é suficiente para selar o destino do capitalismo, porque isto implica que os donos do capital necessariamente ficam mais ricos do que aqueles que não são donos. Como a propriedade sobre o capital é “distribuída” de maneira desigual na sociedade, as diferenças de renda e riqueza devem, por sua vez, piorar, “empobrecendo” tanto a classe média quanto os pobres, enquanto elites ricas relativamente pequena vão ter tanto vastos recursos quanto influência desproporcional sobre as decisões políticas do governo.
Apesar da implicação lógica do retorno de capital ser maior do que o crescimento econômico, Piketty não pensa que a plutocratização da sociedade é inevitável. Primeiro, ela pode ser detida e até mesmo revertida por calamidades como guerras mundiais ou o comunismo ao estilo soviético, já que os efeitos destrutivos desses eventos recaem desproporcionalmente sobre os ricos. Pior, ele opina que as consequências bem vindas dessas ações corretivas são somente temporárias.
Mas outro remédio, mais duradouro, está à mão: tributação contundente. Piketty pede por impostos maiores e mais progressivos, não somente sobre a renda – de pelo menos 80% na fatia superior de renda – mas também na riqueza, de preferencia a ser imposta globalmente, para evitar com que diferentes regimes de tributação façam com que os plutocratas saiam de uma jurisdição com altos impostos e se mudem para uma jurisdição com impostos mais baixos. Enquanto ele não é otimista sobre possibilidade de ocorrer à cooperação necessária entre os governos, ele está disposto a aceitar quaisquer medidas que governos mais iluminados possam tomar para impor altos impostos sobre os ricos – e especialmente medidas que podem ser acompanhadas de um compartilhamento de informações maior entre os países em relação a contas em bancos e outros investimentos de propriedade de estrangeiros.
A grande quantidade de falhas arruínam a saga capitalista contada por Piketty, falhas que surgem, principalmente, do desprezo dele aos princípios econômicos básicos. Nenhuma aparece mais claramente do que a noção errada dele sobre riqueza.
Todo semestre, eu pergunto aos meus calouros o quão rico eles seriam se cada um deles valesse tanto quanto Bill Gates, mas estivessem com todas as ações, títulos de propriedade e sacos de dinheiro em uma ilha deserta, sozinhos. Eles imediatamente veem que o que importa não é a quantidade de dinheiro que eles têm, mas, ao invés, o que o dinheiro pode comprar. Nenhum princípio econômico é mais essencial que perceber que, em última instância, riqueza não é dinheiro ou ativos financeiros, mas sim, acesso imediato a bens e serviços reais.
Piketty mal parece perceber essa realidade, e se foca nas diferenças dos portfólios monetários das pessoas. Ele, portanto, ignora o importantíssimo lado da oferta: o que as pessoas – ricos, classe média e pobres – podem comprar com o dinheiro que tem. Ainda mais: na medida em que as desigualdades são absolutamente relevantes, as únicas que realmente importam são as desigualdades de acesso a bens e serviços reais a serem consumidos. Os aposentos de Bill Gates são maiores e mais elegantes que os meus e, eu arrisco dizer, que os seus também. Mas até mesmo aqueles que são os mais pobres dentro de uma economia de mercado viram a capacidade de consumir decolar com o tempo. E quanto mais pobres eles já foram, maior foi a melhoria na capacidade de consumir.
Se nós seguirmos o conselho de Adam Smith e examinar a capacidade das pessoas consumirem, nós descobrimos que quase todo mundo em economias de mercado está ficando mais rico. Nós também descobrimos que as diferenças econômicas reais separando ricos da classe média e dos pobres está diminuindo. Avaliando o padrão de vida – em capacidade de consumir – o capitalismo está criando uma sociedade cada vez mais igualitária.
OS EUA SÃO a bête noire (N do T.: Besta Negra, em francês no original) de Piketty e de outros progressistas obcecados com a desigualdade monetária. Mas a classe média americana dá como certa as casas com ar condicionado, carros e locais de trabalho – junto com os smartphones, viagens aéreas seguras e remédios que tratam de hipertensão até disfunção erétil. No final da Segunda Guerra Mundial, quando as desigualdades de riqueza e renda em termos de moeda eram menores do que tinham sido em qualquer momento do século anterior, esses bens e serviços ou não estavam disponíveis para ninguém ou somente aqueles muito ricos poderiam usufruir deles. Então, independentemente de quantos dólares os plutocratas de hoje acumularam e tem acumulado no portfólio, a acumulação de riqueza das elites não impediu que o padrão de vida das pessoas comuns melhorasse de maneira espetacular.
Além disso, essas melhorias em padrão de vida foram, inegavelmente, muito maiores para as pessoas comuns do que para os ricos. Em 1950, Howard Hughes e Frank Sinatra poderiam, facilmente, pagar por coisas como entregas de pacotes no dia seguinte, conversas telefônicas internacionais de horas de duração e casas com ar condicionado. Para os americanos comuns, entretanto, essas coisas estavam apenas na imaginação. Agora, mesmo que os magnatas e celebridades de hoje ainda tenham acesso a essas amenidades, os americanos de classe média e até mesmo pobres tem acesso a elas também. A redução da diferença entre a riqueza real dos ricos e dos pobres devem acalmar as preocupações em relação aos perigos políticos da expansão da desigualdade no terreno da riqueza monetária.
Falhas no ponto de vista macro do autor também estão a vista quando tentamos pensar em termos humanos sobre a inevitabilidade do retorno sobre capital, de 4% a 5%, que é maior que a taxa de crescimento da economia, que vai de 1% a 1,5%. De acordo com o autor, esta diferença de alguns pontos percentuais, quando acumulada através dos anos, pode fazer com que a desigualdade econômica seja “potencialmente aterrorizante”. Mas dois fatores chaves fazem com que esta tendência dificilmente persista por muito tempo na vida da maioria dos indivíduos.
Para começar, idas e vindas, ao invés de permanência, tendem a caracterizar o padrão da maior parte dos empreendimentos bem sucedidos. Mais cedo ou mais tarde, a entrada de competidores e as mudanças nos gostos dos consumidores freiam o crescimento da empresa, quando não reduz absolutamente o tamanho delas ou as leva a falência. Somente em 2013, 33 mil empresas nos EUA declararam moratória, um número típico em anos de expansão econômica. Em segundo lugar, e mais importante, capitalistas bem sucedidos raramente criam filhos e netos que igualam o sucesso dos ancestrais. Existe uma regressão de volta à média. Note que o aterrorizante, bem sucedido capitalista Bill Gates dificilmente irá ser sucedido por Gates mais jovens preparados para se capitalizarem sobre o sucesso dele.
Podemos até mesmo deixar de lado os planos por parte de pessoas como os Gates e Warren Buffet de doar uma grande parte da própria fortuna, ou o papel redistributivo da filantropia. Os dados empíricos sugerem que a rotatividade é a norma entre os capitalistas ricos, ao invés da construção de uma plutocracia permanente. A lista do “Top 400 declarações de imposto de renda” do I.R.S. (N. do T.: Receita Federal americana) nos dá evidências da instabilidade no topo. Ao longo dos 18 anos, desde 1992 até o fim de 2009, 73% dos indivíduos que apareciam nesta lista, apareceram apenas por um ano. Somente um punhado de indivíduos apareceu na lista em dez ou mais anos. A riqueza se dilui com o tempo, quando deixada para diferentes herdeiros, e se dilui ainda mais graças aos impostos, filantropia e mudanças nas condições de mercado.
AS FALAS DE PIKETTY sobre a estabilidade da riqueza dos capitalistas negam esta realidade. Por exemplo, ele escreve que “[O] Capital nunca é quieto: ele é sempre empreendedor e orientado para o risco, pelo menos na origem, e ainda assim ele sempre tende a se transformar em rendas a medida que ele se acumula em quantias grandes o bastante. Essa é a vocação do capital, o destino lógico”. Leia-se: O elemento de risco, empreendedor na formação de negócios, eventualmente regride em importância até o negócio naturalmente evoluir em direção ao “destino lógico” – o de eterna máquina de dinheiro que regularmente cospe “renda”.
Em um caminho similar, Piketty observa, “O que poderia ser mais natural de pedir a um bem de capital do que pedir para produzir ume renda fixa e certa: este é, de fato, o objetivo de um mercado de capital ‘perfeito’, como os economistas definem”. Pode ser “natural” pedir isto de um bem de capital. Mas somente economistas que tratam sobre mercados “perfeitos” de capital são inocentes o bastante para esperar um “sim” como resposta.
Se Piketty realmente acredita em um mercado “perfeito” de capital, dando aos capitalistas uma renda fixa e certa, ele pode se perguntar porque a gigante e falida rede de livrarias Borders não está vendendo mais livros, enquanto a Amazon  cresceu e desafiou toda a rede de varejistas não-virtuais. No mundo de Piketty, o capitalismo é um sistema de lucros. No mundo real, é um sistema de lucros e prejuízos.
O desprezo de Piketty pelo raciocínio econômico básico cega ele de todas as forças importantes do mercado que trabalham no mundo real – forças essas que, se deixadas livres pelo governo, produzem uma prosperidade crescente para todos. Ainda assim, ele alegremente restringiria essas forças com impostos absurdos.
Louvavelmente, apesar de tudo, ele expressa preocupação sobre o potencial do regime de impostos proposto para expandir o tamanho do governo: “Antes de podermos aprender a organizar eficientemente as finanças públicas equivalentes de dois terços a três quartos da renda nacional”, ele diz,  “seria bom melhorar a organização e operação do setor público existente”. De fato, seria “bom” fazer essas melhorias. Eu gostaria de imaginar que, se Karl Marx fosse vivo hoje, ele iria informar ao colega menos experiente que, infelizmente a 150 anos atrás, socialistas tiveram a mesmíssima ideia. Não funcionou da maneira que eles esperavam.
// Tradução de Daniel Coutinho. Revisão de Ivanildo Terceiro. | Artigo Original

Sobre o autor

Donald J. Boudreaux
Donald J. Boudreaux é professor de economia na George Mason University, e ex-presidente da Foundation for Economic Education (FEE). Autor do livro "Globalization (Greenwood Guides to Business and Economics)", escreve com frequência no seu blog "Cafe Hayek".

Curso de Contabilidade Básica: A ligação entre as demonstrações contábeis

As demonstrações contábeis estão interligadas. O balanço patrimonial está vinculado à demonstração do resultado pela conta de lucros e prejuízos acumulados. O balanço vincula-se a demonstração dos fluxos de caixa (DFC) pela conta de caixa e equivalentes. E a demonstração do resultado está ligada com a DFC pelo lucro líquido.

De igual forma, a análise também possui vínculo. Muitas vezes começamos analisar um aspecto de uma empresa e quando percebemos estamos observando um aspecto de outra demonstração contábil. Veja o caso da VulcabrasAzaleia

Se você olha o balanço irá notar que a relação entre o capital de terceiros e o ativo, conhecido como endividamento, era de 91% no final de 2011 e chegou próximo a 100% um ano depois. Isto ocorreu em razão do comportamento do PL da empresa, que reduziu de 133 milhões para 5,6 milhões. Esta informação nós obtemos no Balanço da empresa.

Para tentar entender o que realmente ocorreu é necessário observar de perto as modificações que aconteceram no patrimônio líquido. Ou seja, verificar a DMPL:

Durante o período ocorreu um prejuízo de 308 milhões de reais. É um valor elevado. Para entender melhor este montante, precisamos do detalhamento do lucro líquido. E encontramos esta informação na demonstração do resultado:

O resultado bruto da empresa foi de 338 milhões, mas as despesas operacionais atingiram a 443 milhões. Além disto, as despesas financeiras, de R$162 milhões, também contribuíram para o resultado negativo de 308 milhões.

Observe como o vínculo das demonstrações foi relevante para entender melhor o desempenho da empresa.

The world comes to Brazil

Publicação da “The Economist” sobre a Copa no Brasil… em pdf:


Inclui a tabela da Copa (e a previsão Brasil x Espanha na final), as figurinhas ($$$) do álbum Panini e a reportagem que me atraiu:"Quantos estádios de prestígio o Brasil precisa?". Até do salário mínimo eles falam!

Em inglês.


Harry Potter e Universal Flórida


Por Barbara Liston

ORLANDO Flórida (Reuters) - A muito aguardada ampliação do Wizarding World of Harry Potter, do parque da Universal em Orlando, será inaugurada em 8 de julho, informou o parque temático nesta quarta-feira antes de exibir uma prévia da atração.

Chamada Diagon Alley (Beco Diagonal), a novidade deve reforçar o lucro do parque e o turismo no centro da Flórida.

O Diagon Alley recria o distrito mágico de Londres descrito na saga de romances e filmes da escritora J. K. Rowling. A Universal disse que irá revelar maiores detalhes no final da tarde desta quarta-feira em um evento de tapete vermelho e uma prévia para a mídia.

A novidade amplia a atração Harry Potter original, inaugurada em 2010 e concebida nos moldes do vilarejo de Hogsmeade, lar da escola de bruxaria Hogwarts.

Em janeiro a empresa anunciou que o Diagon Alley terá uma nova montanha-russa chamada Harry Potter and the Escape from Gringotts (Harry Potter e a Fuga de Gringotes), e ainda deverá oferecer lanchonetes e lojas de souvenires, as quais atraíram imensas plateias na atração original do vilarejo de Hogsmeade.

Para visitar as duas seções do Wizarding World of Harry Potter será preciso comprar um passe mais caro para os dois parques, que custa 136 dólares mais impostos, porque Hogsmeade e Diagon Alley foram construídos em dois parques diferentes da Universal.

As duas atrações estão ligadas por um trem chamado Expresso Hogwarts, Express, também presente na série Harry Potter.

E, segundo o Estadão, como é possível que a área dedicada a Harry Potter seja dividida nos dois parques da Universal em Orlando? "Na história original, Hogsmeade fica na Escócia e o Beco Diagonal, em Londres. Por isso dividimos em dois parques" , disse Thierry Coup, responsável pela criação de novas atrações nos parques da Universal durante a apresentação para a imprensa.

Esperemos os relatórios anuais para ver o impacto dessa jogada.

Transparência e desempenho

A transparência afeta (ou é afetada) pelo desempenho? É uma questão interessante. O gráfico acima mostra a percentagem dos projetos completados a tempo nas cidades brasileiras que são sedes da Copa. Brasília, Natal e São Paulo terão mais de 90% completados na Copa. E a outra variável é o nível de transparência das contas do governo. Cuiabá, Salvador e Manaus possuem pouca transparência nos gastos; mas são também cidades com um percentual de finalização dos seus projetos reduzido.

Listas: Os filmes mais caros

10. "The Hobbit" (2012): $257.2 milhões de dólares
9. "Avatar" (2009): $261
8. "Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest" (2006)
7. "Waterworld" (1995): $271.3
6. Harry Potter and the Half-Blood Prince" (2009): $275.3
5. "Tangled" (2010): $281.7
4. "Spider-Man 3" (2007): $293.9
3. "Titanic" (1997): $294.3
2. "Cleopatra" (1963): $339.5
1. "Pirates of the Caribbean: At World's End" (2007): $341.8

Fonte: Aqui

18 junho 2014

Fasb simplifica

O Fasb, entidade que faz as normas contábeis para as grandes empresas dos Estados Unidos, propôs simplifica-las. Dois projetos foram incorporados com este objetivo. O primeiro é a simplificação da mensuração dos estoques. O segundo é eliminar da demonstração do resultado os itens extraordinários. 

Rir é o melhor remédio

Álcool e cálculo não se misturam. Por isto não beba e derive (dirija)
Nós temos cerveja tão geladas quanto o coração da sua ex-namorada
De acordo com a química, álcool é a solução
Álcool. Nenhuma grande história começou com alguém comendo uma salada
"Acredite, você pode dançar" - Vodka

Curso de Contabilidade Básica: Desempenho dentro da empresa

Numa grande empresa é comum a existência de diferentes áreas de negócios ou grandes linhas de produtos. Nestas empresas, também é possível encontrar as demonstrações contábeis segregadas por cada uma das áreas. Assim, a análise do desempenho também pode ser feita para cada área, inclusive cálculo de indicadores.

Veja o exemplo da Autopista Fluminense um grupo de empresas que gerencia rodovias. Com uma receita trimestral perto de 1 bilhão de real obtidos sob diversas denominações: Autovias, Centrovias, Intervias, Fernão Dias, etc. Com esta gestão, tem obtido um lucro líquido de 100 mil reais por trimestre, o que representa uma margem líquida de 10%. Mas este desempenho não é igual para todo o grupo. O gráfico mostra os últimos cinco trimestres em termos do lucro:

Na linha vermelha, o comportamento da Autopista (ou Arteris) mostra um lucro entre 90 a 138 milhões reais. Em azul, o resultado líquido da Fernão Dias. Nos cinco trimestres, somente no terceiro de 2013 a empresa teve lucro, de 1,9 milhões; nos demais, prejuízos.

Isto mostra que dentro de uma empresa lucrativa podem existir setores com “problemas”. O usuário deve fazer uma análise para verificar como a empresa pode conseguir reverter este tipo de problema.


Listas: 10 fatores que fazem os funcionários perderem tempo no trabalho

1.  Envio de mensagens pelo celular
2. Fofoca
3. Uso da internet
4. Mídias sociais
5. Pausas para lanche ou fumar
6. Colegas barulhentos
7. Reuniões
8. E-mails
9. Colegas passando pela mesa
10. Colegas de trabalho colocando ligações no viva voz

Fonte: Aqui

17 junho 2014

Sped Fiscal: livro de controle de produção deverá ser digitalizado

CFC Informa:

A partir de janeiro de 2015, os estabelecimentos industriais e os atacadistas deverão informar seus estoques e produção por meio digital ao Sped Fiscal. Com isso, os documentos impressos, com informações contidas nos livros contábeis e fiscais tradicionais, deverão ser transformados em arquivos digitais.

Um deles é o chamado Bloco K, que contempla o controle de todas as movimentações de estoque, incluindo perdas de processo, quebras por transporte, movimentações para terceiros e de terceiros, ajustes de inventario, compras, vendas e outras saídas de qualquer natureza.

Trata-se da digitalização do Livro de Controle de Produção e Estoques, hoje atualizado manualmente com dados das fichas técnicas dos produtos e das perdas ocorridas no processo produtivo, entre outras informações. Com a eliminação do livro em papel, a expectativa é que a emissão de notas fiscais com informações incorretas seja reduzida, assim como notas fiscais subfaturadas, notas fiscais “frias” ou espelhadas, notas calçadas e as meia-notas, além de manipulação dos estoques.

Na prática, o Fisco também passa a ter acesso ao processo produtivo e à movimentação completa de cada item de estoque, o que possibilitará o cruzamento quantitativo dos saldos apurados eletronicamente pelo Sped com os informados pelas indústrias. ”Não estão solicitando a fórmula exata de um xarope de refrigerantes que seja importado e utilizado no produto, mas, apenas, a quantidade necessária deste xarope”, explica o conselheiro do CFC Osvaldo Rodrigues da Cruz.

Segundo ele, com a eliminação das informações do Bloco K no papel, as empresas precisarão ter maior controle em relação aos registros eletrônicos de produção e estoque. A orientação, portanto, é readequar e requalificar os departamentos responsáveis com o objetivo de melhorar o processamento das informações e não deixar para última hora.

“Essa exigência será amenizada desde que as empresas disponham das informações de produção e de seu processo produtivo. Isso requer organização. Assim, a empresa ameniza os riscos de falhas e inconsistências nas informações a serem prestadas. Pela nossa experiência até o Fisco sentia-se pouco à vontade no exame do referido livro”, afirma o conselheiro.

As grandes indústrias serão as primeiras obrigadas a digitalizar o documento, seguida das médias e pequenas empresas. ​

Por RP1 Comunicação – Elton Pacheco

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Default Argentino

Em 2001 a Argentina declarou default para uma dívida de 95 bilhões de dólares. Isto significa dizer que aquele país recusou pagar este empréstimo. Em 2005, a Argentina ofereceu títulos, com condições piores para os investidores. E fez isto novamente em 2010. Diante da incerteza do recebimento, a maioria dos investidores aceitou as condições propostas e 92% da dívida foi trocada. Entretanto, um grupo de investidores não somente recusou a oferta como acionou os tribunais dos Estados Unidos em busca de manutenção das condições iniciais.

Agora a Suprema Corte dos Estados Unidos, equivalente ao nosso STF, decidiu que a Argentina deveria pagar a estes investidores nas condições iniciais, rejeitando o recurso do país. Os investidores ganharam o direito de serem respeitadas as condições iniciais de pagamento, em lugar de receber 30 centavos por dólar investidos.

A Argentina pode tentar um acordo com estes investidores, mas corre um risco elevado de inadimplência. A Argentina chama os investidores de "abutres", já que muitos deles compraram os títulos com desconto para tentar obter a vitória nos tribunais. Não se sabe qual o próximo passo da Argentina. Em 30 de junho vence o pagamento de um título de 13 bilhões e esta pode ser uma data importante no caso.

P.S. A presidente declarou que não irá honrar a dívida!

Rir é o melhor remédio


"VAI NEYMAR" mãe é o Paulinho 
"VAI NEYMAR" mãe é o Oscar 
"VAI NEYMAR" mãe é o David Luís


Via @guagliona
Imagem via Cristina Durmmond

Curso de Contabilidade Básica: Formulário Cadastral

O Formulário Cadastral é um conjunto de informações que as empresas reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários devem preencher. Isto significa dizer que as grandes empresas possuem e deveriam divulgar estas informações.

Geralmente o usuário procura as demonstrações contábeis, as apresentações dos resultados ou outras informações. Particularmente não conheço nenhuma pesquisa baseada neste formulário, o que é uma pena, pois este documento possui muitas informações uteis. Vamos mostrar isto com o Formulário da Hercules.

Como são várias informações, vamos focar naquelas que podem ser mais interessante. De início, algumas informações de identificação da empresa, que inclui a data da constituição (no caso, 1936), a data de registro na CVM (desde 1968 ou 46 anos), o país de origem (é uma empresa brasileira), o setor de atividade (metalurgia e siderurgia), a descrição do que a empresa faz (fabricação e comércio de talheres e artigos similares), o controle (privado), a data do encerramento do exercício social (31 de dezembro) e onde divulga as informações (Diário do Comércio e Diário Oficial do Estado, ambos em São Paulo).



A seguir, o endereço da empresa (correspondência em Porto Alegre, mas sede em São Paulo) e o tipo de segmento (tradicional, desde 1968).
 
A informação sobre o auditor inclui o nome da empresa (KPMG), a data do início da prestação do serviço (desde abril de 2012) e o responsável, com o CPF. Também tem o escriturados de ações (Bradesco, com o início da prestação do serviço, além do endereço – que não aparece na figura). Para finalizar, o responsável pelo relacionamento com os clientes e o contato com os acionistas, ambos com o início da atuação e endereço.


Gestão de Risco

Sobre os modelos de riscos:

Nossa pesquisa recente (Danielsson et al. 2014) considera a precisão das metodologias de previsão de risco de mercado mais comumente aceitos. Nós achamos que o risco dos modelos de previsão de risco de mercado existentes é, na verdade, substancial, especialmente durante a turbulência do mercado e crises. Estes são, presumivelmente, os momentos em que as previsões de risco precisos são mais necessários. Este resultado se aplica igualmente à gestão do risco de mercado no âmbito das instituições financeiras e de métodos de previsão de riscos sistêmicos que dependem de dados de mercado.

Os autores compararam seis metodologias: simulação histórica, média móvel, média móvel ponderada exponencialmente, duas variantes do GARCH e um modelo de valor extremo. Num dos modelos o risco estimado foi de $1, enquanto em outro o risco foi de $10 para o mesmo portfólio.

Os autores tentaram duas justificativas para o desempenho ruim dos modelos: as crises financeiras são raras diante dos dados da amostra; e os modelos tendem assumir que as crises são exógenas. (Cartoon adaptado daqui)