Translate

27 março 2012

Prazo de Estocagem

Definição – quantos dias o estoque fica na empresa. Mostra o tempo, em dias, que a empresa leva para vender seus estoques.

Fórmula – Prazo de Estocagem = (Estoque médio / Custo da Mercadoria Vendida) x 360

Sendo

Estoque Médio = corresponde a média do estoque inicial mais estoque final, dividido por dois.
Custo da Mercadoria Vendida = refere-se ao valor das mercadorias que foram vendidas pela empresa no período

Unidade de Medida – O valor está expresso em dias.

Intervalo da medida – O índice varia entre zero a infinito. Maiores valores indicam que os estoques duram mais nas prateleiras da empresa. Normalmente o valor máximo não deve ultrapassar a um ano.

Como calcular – As informações estão disponíveis na demonstração do resultado e nos balanços patrimoniais.

Vamos usar o exemplo da Magazine Luíza, uma empresa de comércio varejista. A figura a seguir mostra o balanço patrimonial da empresa:


A média dos estoques é dado por:

Estoque médio = (1264 657 + 849 799) / 2 = 1 057 228

O custo da mercadoria vendido é obtido na demonstração do resultado da empresa:



Observe na figura que está incluso na linha de custo também captações para operações financeiras. A empresa detalha a parte referente a mercadoria vendida em notas explicativas.

Assim, o Custo da Mercadoria Vendida que deve ser usado corresponde a R$4 163 438 mil reais. Com estes valores podemos calcular o prazo de estocagem:

Prazo de Estocagem = (1 057 228 / 4 163 438 ) x 360 = 91 dias

Ou seja, o estoque permanece na empresa por 91 dias.

Grau de utilidade – Elevado. O índice é muito importante para empresas comerciais e industriais, mas pouco expressivo para empresas prestadoras de serviços.  Entretanto, para fins de política econômica, o índice pode sinalizar o comportamento da economia. Geralmente em situações de recessão, as empresas tendem a acumular um grande volume de estoques num primeiro instante, o que aumenta o prazo de estocagem. Em momentos de saída da recessão, as indústrias de produção de insumos tendem a aumentar o volume de estocagem.

Controvérsia de Medida – Nenhuma.

Observações Adicionais

a) O prazo de estocagem pode ser influenciado por variações sazonais. No caso da empresa analisada, a mesma promove uma grande liquidação em janeiro. Isto justificar o prazo aparentemente elevado encontrado no índice.

b) O prazo de estocagem pode ser influenciado por variações de longo prazo. A criação de um canal de distribuição mais eficiente, aliado a melhoria na logística no país, pode indicar uma redução no prazo de estocagem.

c) Em períodos inflacionários, o estoque pode ser usado como uma forma de redução das perdas com inflação. Isto tende a aumentar o prazo de estocagem, já que as empresas compram mercadorias para se protegerem da inflação.

d) De uma maneira geral, comércios são mais eficientes quando possuem prazos reduzidos de estocagem. Entretanto, esta redução pode ter como consequência uma perda de clientes, em razão do aumento no número de mercadorias não repostas, que leva a perda de vendas.

e) O prazo de estocagem pode ser influenciado pelo setor de atuação. Isto é particularmente verdadeiro para indústrias, onde o processo produtivo impede reduções drásticas no nível de estocagem.


Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram:

Seja feliz, seja contador

A revista Forbes divulgou uma pesquisa realizada pelo sítio de empregos Careerbliss. Usando a opinião de mais de cem mil empregados, entre fevereiro de 2011 a janeiro de 2012, foram questionados os fatores que afetam a felicidade no trabalho (remuneração, ambiente, reputação, tarefas diárias etc).

O trabalho escolhido como o mais feliz foi na área de software. Mas em oitavo lugar tem-se o Contador !

Enecic

Já está disponível a programação do XXVI Enecic, que será realizado em Santa Catarina. O evento ocorrerá entre os dias 3 a 6 de junho de 2012 no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

A Comissão Organizadora, composta por membros do Centro Acadêmico de Ciências Contábeis da UFSC e estudantes da respectiva instituição, assume a responsabilidade de organizar um evento digno dos estudantes da classe contábil. Tendo como tema central a “Contabilidade Tributária e o Crescimento Econômico”, o evento trará palestrantes renomados e de grande importância para o cenário brasileiro atual. O encontro ainda contará com três super festas, que serão realizadas nas melhores casas noturnas da badalada Floripa. O evento contará com o apoio de diversas entidades públicas e privadas. A rede hoteleira estará disponível com preços mais adequados aos estudantes que participarem do evento

Custos da Constituição e a Informalidade Laboral


Desde os anos 30 do século XX, uma legislação trabalhista rígida e complexa, desemprego elevado, trabalho informal são problemas da economia brasileira. Não obstante, a Constituição de 88 , formulada com o intuito de prover mais proteção os trabalhadores, ampliou a complexidade e rigidez dessa legislação e, por conseguinte, os custos trabalhistas. Em 90, algumas alterações foram implementadas no sentindo de reduzir a rigidez da CF/88.Legislações trabalhistas corrigem falhas de mercado e, ao mesmo tempo, promovem interferências no funcionamento do mercado de trabalho. Um ordenamento jurídico-trabalhista muito rígido, como no Brasil, cria incentivos para trabalhadores e empresas contorná-lo através de acordos informais de emprego. Ademais, reduz a sensibilidade dos salários às condições macroeconômicas.

No working paper do FMI: Institutions, Informality, and Wage Flexibility: Evidence from Brazil, os autores têm por objetivo examinar como a sensibilidade dos salários reais alterou-se de acordo com as condições do mercado de trabalho ,no período de 1981 a 2009, e se o mercado informal promoveu uma menor redução da rigidez salarial . Eles concluem que: " nosso principal resultado é que a sensitividade dos salários reais às condições dos mercados de trabalho regionais foi reduzida depois da passagem da Constituição de 1988, o que pode ter contribuído para as taxas de desemprego mais altas vigentes desde então. Além disso ," nós encontramos que estados com maiores aumentos na informalidade (i.e.trabalho informal) depois de 1988 tiveram menores reduções na sensitividade dos salários reais às condições macroeconômicas, o que sugere que um dos papéis da informalidade é atuar como válvula de escape para um ambiente econômico sobre-regulado.

Além disso, eles apresentam outras consequências de um mercado de trabalho sobre-regulado e suas implicações econômicas negativas :

" A importância crescente da informalidade na flexibilidade salarial no Brasil demonstra a rigidez da regulamentação do mercado de trabalho no país. No entanto, eles escrevem: "a informalidade tem muitas facetas sombrias, incluindo possíveis efeitos deletérios sobre a produtividade e o crescimento. Primeiro, os trabalhadores informais tendem a ser menos apegados aos seus postos de trabalho, reduzindo o incentivo para as empresas a investir em seu capital humano. Segundo, porque as grandes empresas não podem escapar da fiscalização do governo, assim, as empresas que contratam trabalhadores informais têm incentivos para permanecerem pequenas e são, portanto, incapazes de explorar economias de escala. Como resultado, as empresas maiores tendem a ser mais produtivas, mas também pagam tributos e acabam enfrentando uma concorrência desleal por parte das menores.

Com um mercado reduzido para os seus produtos e serviços, as empresas no setor formal também enfrentam menores incentivos para investir e crescer. Os efeitos deletérios da informalidade tendem a ser ampliadas, porque a informalidade é "contagiosa"; uma vez uma empresa contrata trabalhadores sem um compromisso formal , uma rede de relações informais (caracterizada por evasão fiscal) com fornecedores e clientes precisam ser estabelecidass para evitar a detecção. Estes fornecedores e clientes precisam ser informais, bem como para cobrir seu relacionamento com a empresa informal. Como resultado,a informalidade se espalha na economia.

Os resultados deste estudo sugerem que as reformas do mercado de trabalho precisa ser projetadas cuidadosamente para incentivar a participação na economia formal, sem afetar a flexibilidade dos salários; Por exemplo, mudar o foco de protecção do emprego para assegurar melhores mecanismo de seguro para os desempregados, enfraqueceria a segmentação entre os empregados e os candidatos a emprego e reduziria os incentivos à informalidade, melhorando a rede de proteção para os desafortunados. De modo mais geral, visando a regulamentação dos fatores básicos que afetam o bem-estar dos trabalhadores - seguro contra choques ruins e renda mínima, sem aumentar a rigidez e os custos, reduziria o papel das relações de trabalho informais (e os potenciais efeitos colaterias negativos dessa relação).

26 março 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Estadão, 24 de março de 2012.

Valor Adicionado sobre Receitas

Definição – quanto da receita da empresa corresponde a valor que foi adicionado a economia. Representa a contribuição da empresa para economia.

Fórmula – Valor Adicionado sobre Receitas = (Valor Adicionado Produzido / Receita Líquida de Vendas) x 100

Sendo

Valor Adicionado Produzido = corresponde ao que a empresa adicionou, em termos econômicos, as vendas realizadas no período.

Receita Líquida de Vendas = refere-se às vendas de produtos e serviços, líquida de impostos sobre vendas, abatimentos e devoluções. Inclui também as receitas relativa a construção de ativos próprios.

Unidade de Medida – O valor está expresso em percentual.

Intervalo da medida – O índice varia entre zero a 100%. Quando mais próximo do cem por cento, maior a agregação de valor da empresa para economia.

Como calcular – As informações estão disponíveis na demonstração do valor adicionado.

A seguir encontra-se a DVA da empresa MPX Energia. No ano de 2011 a empresa gerou um valor adicionado de 943 milhões de reais para uma receita de 1203 milhões.


Assim, o índice é dado por:

Valor Adicionado sobre Receita = (942 949 / 1 202 709) x 100 = 78,4 %

Ou seja, a empresa adicionou 78,4% para a economia.

Grau de utilidade – Regular. A demonstração do valor adicionado não é muito usada em outros países. Assim, isto impede uma comparação internacional. Além disto, é uma inovação recente da legislação brasileira, o que significa dizer que não existe uma tradição de análise desta informação.

Controvérsia de Medida – Para os teóricos do livre mercado, o importante é a empresa gerar lucro. Entretanto, em razão do exposto anteriormente, não existe uma efetiva controvérsia neste índice em razão do grau de utilidade.

Observações Adicionais

a) Observe que usamos a receita da DVA. Este valor é diferente da receita obtida na demonstração do resultado em razão da inclusão de receita na produção de ativos próprios. Para a MPX, a receita da DRE foi de 168 milhões de reais, bem inferior a receita usada no cálculo.

b) É importante também observar a destinação do valor que foi agregado pela empresa.

c) Uma empresa industrial deverá apresentar um índice mais elevado do que uma empresa comercial em razão das características do setor de atuação.

d) Para a economia de um país é importante o valor adicionado. Assim, quanto mais uma empresa gerar de valor adicionado, mais isto terá consequências em termos do PIB. Por este motivo, é interessante acompanhar a evolução no tempo deste índice. No exemplo da empresa MPX, no ano de 2010 ela gerou R$1657 milhões de valor adicionado para uma receita de 1734 milhões de reais. Ou seja, o índice foi de 95,5%. Assim, em relação a 2010, o valor do ano de 2011 mostra menos valor adicionado.

e) Empresas em fases pré-operacionais tendem a gerar mais valor adicionado que empresas que estão em operação.

Veja também

Margem Líquida
Giro do Ativo
P/L
Retorno sobre Patrimônio Líquido
Endividamento Oneroso
Endividamento
Ebitda
Margem Operacional
NIG sobre Vendas
Valor do Empreendimento
Capitalização
Margem Bruta
ROI
Liquidez Corrente

Apple

O gráfico mostra a participação da Apple nos mercados acionários (SP 500, dos EUA e mundiais, na ordem). A empresa representa 1,1% do mercado acionário mundial e 4,5% do SP 500.

Campeão do protecionismo


Legítima defesa - de quem mesmo?
Marcelo de Paiva Abreu
O Estado de São Paulo, segunda-feira 19 de Março de 2012


É difícil de acreditar, mas é fato. Protecionismo virou política explícita do governo brasileiro. Em contraste com o passado, quando o País se destacou na defesa do desmantelamento do protecionismo agrícola - como ficou claro nas fracassadas negociações na OMC -, agora o Brasil tornou-se campeão do protecionismo. Alega que só se defende de políticas desestabilizadoras de seus principais parceiros comerciais.

O diagnóstico que pretende justificar a maré protecionista é falho; as reminiscências históricas, distorcidas; e os pretensos remédios para reduzir a vulnerabilidade industrial brasileira, comprovadamente ineficazes. Para não falar de indignações empresariais que vicejam em meio à confusão deliberada entre interesses coletivos e interesses privados.



A despeito do que se afirma, entre 2000 e 2011 a participação da indústria no PIB se manteve em torno de 27%-30%. Em 2011, foi exatamente igual à de 2000. O que está encolhendo é a participação da indústria de transformação (que não inclui petróleo e gás natural, minério de ferro e outras extrativas, produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana e construção civil): a participação era de 17,2% em 2000 e hoje é de 14,6%.
Isso não significa que o produto da indústria de transformação esteja em queda. Está perdendo participação no PIB, algo que decorre da evolução favorável das vantagens comparativas brasileiras em outros setores da economia.

Além disso, essas comparações ocultam variações importantes de preços relativos. Os preços agrícolas no Brasil, por exemplo, aumentaram 20% em relação aos preços industriais no período 2000-2011. Ou seja, em termos reais, a perda de participação da indústria de transformação foi mais modesta do que indicam os valores nominais.



A constatação dessas mudanças estruturais tem sido acompanhada de reminiscências saudosistas em relação à década de 1980, quando a indústria respondia por 47,9% do PIB. A comparabilidade dos dados de longo prazo do IBGE tem problemas insolúveis, mas é provável que tal participação excedesse de fato 40%. O que não tem sido dito é que isso ocorria porque a indústria do País era grotescamente superprotegida. A razão importações/PIB era de 3%, excluindo petróleo, comparados aos 11% de hoje.


Será que pretendemos voltar a esses tempos gloriosos? Seria relevante lembrar que foi um período em que a economia não crescia e a inflação decolava além dos 200% anuais.



As medidas utilizadas para compensar as dificuldades competitivas da indústria de transformação não são eficazes. Concentram-se em tentativas de conter a apreciação cambial, desonerações fiscais discricionárias, tratamento tarifário condicionado a "conteúdo nacional" e prometida intensificação de medidas de defesa comercial. A maior parte das tentativas de interferir no câmbio é "enxugamento de gelo".


Os resultados, em geral modestos, acabam por ser rapidamente erodidos. A ênfase na reversão da apreciação cambial e na redução da taxa real de juros seria bem mais apresentável se fizesse parte de um programa de reformulação radical do nível e da composição dos gastos públicos combinada com reforma tributária. Desonerações fiscais discricionárias diminuem a transparência da sinalização para a alocação de investimentos.


Alguns dos efeitos adversos da questionável legislação sobre IPI e conteúdo nacional só puderam ser contornados porque o setor automotivo é concentrado. O truque não é generalizável para outros setores. Medidas de defesa comercial jamais terão o impacto agregado que pretende o governo. Forçar a adoção de medidas de antidumping e salvaguardas - onerosas administrativamente - despertará a reação de nossos parceiros comerciais.




O governo tem fugido de qualquer compromisso crível com o que é realmente relevante para aumentar a competitividade dos produtos industriais brasileiros ou minorar as consequências de mudanças estruturais inevitáveis: revolução na infraestrutura, criação de incentivos centrados em compensação de falhas de mercado e diminuição da carência de mão de obra qualificada.




Importante empresário do setor siderúrgico defendeu, recentemente, a maré protecionista, devidamente enrolado na Bandeira Nacional, invocando a defesa dos interesses presumivelmente coletivos. É preciso separar interesses coletivos de interesses empresariais, frequentemente não coincidentes. E é preciso alguma coerência: alguns dos mais ardorosos defensores do protecionismo em nome de interesses coletivos têm antecedentes ruins quando se trata da formação de cartéis à custa dos interesses dos consumidores.


Não há nada condenável quando empresários defendem os interesses de seus acionistas. O que deve ser contestada é a defesa de interesses particulares travestidos em interesses coletivos.



É fato sabido que o conceito de vantagens comparativas transita cada vez com mais dificuldade em Brasília, mas a atual política comercial brasileira beira o ridículo. Estamos regredindo com grande empenho. É preciso olhar para o futuro e não repetir o que houve de pior no passado
.


*Doutor em Economia pela Universidade de Cambridge, é professor titular do Departamento de Economia da PUC-Rio.

24 março 2012

Rir é o melhor remédio



Fonte: Um sábado qualquer

Arquivo de Einstein

As descobertas notáveis de Albert Einstein ficaram notórias pela quantidade: foram vários teses e ensaios relevantes que influenciaram mudanças em muitos tópicos da física. Por essa razão, embora haja muito material sobre ele disponível na web, não é tarefa fácil reunir material sobre todos os seus estudos. Será que é possível compilar o máximo do que ele produziu em vida?
Para enfrentar esse desafio, a Universidade Yale (New Haven, Connecticut), dos Estados Unidos, e a Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, conduziram dois projetos paralelos para catalogar o trabalho de Albert Einstein.

A iniciativa da Yale foi produzir uma vídeo-aula, com pouco mais de uma hora de duração, em que todo o trabalho teórico de Einstein é exposto no quadro negro, com exemplos ilustrativos e explicações didáticas. Este projeto foi denominado “Einstein para as massas”, ou seja, pretende levar os enunciados do cientista a todos que não dominam profundamente a física.

Se a faculdade americana produziu um histórico científico de Einstein em vídeo, a Universidade Hebraica faz o mesmo na linguagem escrita. Em uma coleção ainda em expansão, eles já reuniram mais de dois mil documentos a respeito do legado do físico, e a previsão é de que este número ultrapasse a casa dos 80 mil.

A novidade é que, no caso do trabalho de Israel, não há apenas documentos sobre o trabalho científico de Einstein, mas sim uma cronologia de sua própria vida particular. A trajetória do cientista, que criou-se judeu-alemão, é explorada em detalhes como as relações com sua mãe, esposa e outras mulheres, suas visões sobre o conflito árabe israelense e seu olhar sobre o panorama da física.

No acervo, há destaques interessantes, tais como o primeiro manuscrito em que ele desenvolveu a famosa equação e = mc2. Você pode dar uma checada no que já foi levantado a partir deste arquivo online.

Fonte: Hyperscience

Banco de Desenvolvimento do Brics

De acordo com reportagem disponível aqui, o Brasil apoia a criação de um banco de desenvolvimento dos Brics - grupo composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Segundo o ministro de Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, o tema será debatido na reunião do grupo de potências emergentes na próxima semana em Nova Delhi. "O principal ponto da agenda (na quarta reunião dos Brics, que acontece na quinta-feira) é a proposta de criar um banco dos Brics, um banco internacional, de investimento desses cinco países", explicou Pimentel durante uma coletiva de imprensa com corrensponsáveis estrangeiros.

"Temos muito interesse nesta reunião, a consideramos importante", disse o ministro, que advertiu que a proposta de criação do banco, que será impulsionada pela Índia, está ainda em uma etapa inicial e não foi ainda detalhada quanto a suas características operacionais nem em termos de recursos.

Está previsto que os presidentes dos bancos de desenvolvimento dos cinco países firmem em Nova Delhi "os memorandos de entendimento para começar o processo de construção desse banco dos Brics". Ao mesmo tempo, a criação desse banco "não é um abandono dos mecanismos multilaterais", como o Banco Mundial (BM) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e sim uma resposta às necessidades econômicas atuais.

Segundo Pimentel, o BM e o BID possuem funções específicas que cumprem bem, como o financiamento de países de renda mais baixa e de obras de saneamento, mas explicou que as necessidades atuais vão mais além. Pimentel também pediu a rápida criação do Banco do Sul para países sul-americanos, pendente de aprovação no Congresso brasileiro.

"O que será discutido é a possibilidade de criar um banco de desenvolvimento do Brics para projetos de infraestrutura e desenvolvimento, não só nesses países, mas sim também em países em desenvolvimento", explica a subsecretária-geral de Política do Ministério de Relações Exteriores, Maria Edileuza Fonteneles.

A diplomata insistiu também que essa é uma ideia muito embrionária e que da reunião deverá resultar apenas um "anúncio de intenção" e a criação de um grupo técnico para definir objetivos e detalhes.

Inspiração



Bom fim de semana a todos os leitores do blog! Que vocês leiam ótimos livros.


23 março 2012

Rir é o melhor remédio

Propaganda criativa da Seda

Margem Líquida

Definição – corresponde ao que sobra para os acionistas em relação as receitas com vendas e prestação de serviços da empresa. Mostra qual o lucro líquido para cada unidade de venda realizada na empresa.

Fórmula – Margem Líquida = (Lucro Líquido / Vendas) x 100

Sendo
Lucro Líquido – resultado líquido apurado após pagamento de impostos e despesas financeiras
Vendas – refere-se as vendas da empresa, líquidas de impostos sobre vendas, abatimentos e devolução.

Unidade de Medida – Este índice está expresso em percentagem.

Intervalo da medida – O valor das vendas é positivo. Além disto, o lucro é menor, em números absolutos, que as vendas, sendo positivo ou não. Assim, o intervalo do índice pode variar entre -100% a 100%. Existem alguns poucos casos onde este intervalo pode ser maior em razão do prejuízo da empresa.

Como calcular – As informações são obtidas na demonstração do resultado de cada empresa.
Considere a figura a seguir, referente a empresa Minerva. Esta empresa, que atua na produção de carnes e derivados, apresentou a seguinte demonstração do resultado:


Ou seja, em 2011 gerou uma receita de R$3,5 bilhões e um lucro de R$45 milhões. Desta forma, a margem líquida é dada por:

Margem Líquida = (45 364 / 3 469 509 ) x 100 = 1,31%

Assim, de cada unidade monetária de vendas na empresa, o acionista terá um pouco mais de um centavo.

Grau de utilidade – Elevado. É um índice muito usado de rentabilidade para o acionista.

Controvérsia de Medida – Não existe controvérsia na mensuração da margem líquida.

Observações Adicionais

a) A análise conjunta da margem bruta, operacional e líquida é bastante rica. Observe que a empresa do exemplo teve uma baixa margem líquida e o resultado antes dos impostos foi negativo;

b) A análise através da margem líquida olha o lado do acionista. Já a análise da margem operacional observa o comportamento do lucro sob a ótica da empresa.

c) As empresas que são mais lucrativas possuem margem líquida maiores. Entretanto o resultado deve ser analisado dentro de um contexto maior, comparando com os concorrentes e com os fatores externos. Muitas empresas sacrificam a margem para obter mercado, por exemplo; neste caso, o ganho de mercado pode ser compensado por lucros futuros maiores.

Veja também

Giro do Ativo
P/L
Retorno sobre Patrimônio Líquido
Endividamento Oneroso
Endividamento
Ebitda
Margem Operacional
NIG sobre Vendas
Valor do Empreendimento
Capitalização
Margem Bruta
ROI
Liquidez Corrente



Divisão do roubo

O Estado trouxe uma reportagem sobre o atacadão de peças. Um automóvel Hyundai Santa Fé, 2008, com valor de mercado de 80 mil reais, terá a seguinte distribuição de lucro no crime:
O automóvel inteiro, que no mercado tem um valor de R$ 80 mil, irá gerar R$ 42.150 distribuídos entre:
- o ladrão (menos de 5%);
- cortadores;
- dono do desmanche (36%); e
- dono da loja que revende a peça (59%).

Informática

Duas notícias importantes (e interessantes). A primeira:

Uma equipe da Universidade de Brasília (UnB) conseguiu violar um dos dispositivos de segurança da urna eletrônica. Durante uma série de testes públicos da máquina feitos por especialistas em computação e segurança da informação, professores e alunos da UnB conseguiram descobrir a sequência dos votos digitados na urna eletrônica. Mas não conseguiram identificar os autores dos votos.

A segunda:

A cada três e-mails comerciais enviados no Brasil, um não é entregue na caixa de entrada pretendida, segundo pesquisa da Return Path, empresa que emite certificados de correio eletrônico. Segundo a empresa, no primeiro semestre de 2011, 64% das mensagens chegavam ao destinatário. No segundo semestre, o número variou meio ponto percentual para cima.

Casino irá assumir Pão de Açúcar

A rede varejista francesa Casino Guichard-Perrachon informou nesta quarta-feira, em nota à imprensa, que iniciou os procedimentos para tornar-se único acionista controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA). Segundo o comunicado, o Casino enviou uma notificação para o empresário Abilio Diniz, sócio controlador da companhia, informando-o da sua decisão de exercer o direito de nomear o presidente do Conselho de Administração da Wilkes - holding controladora do Pão de Açúcar.

Diniz [atual presidente e futuro ex-controlador] idealizou, junto à gestora Estáter, uma tentativa de fusão com o grupo francês Carrefour, sem comunicar Jean-Charles Naouri, presidente do grupo Casino. Naouri disse ter ficado sabendo das negociações por meio da imprensa e acionou Diniz na Câmara Internacional de Arbitragem, por quebra de contrato. A negociação esfriou ante a repercussão negativa junto ao mercado e ao Casino. No Brasil, o envolvimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na estruturação do negócio também foi criticado.


Fonte: Aqui

Caixa da Apple

Até o dia 31/12/20111, a Apple possuía 97 bilhões de dólares de "caixa total", ou seja, a soma de caixa e equivalentes,aplicações de curto prazo e de longo prazo. É oportuno lembrar que as aplicações de longo prazo estão em subsidiárias no exterior e sujeitas a tributação de 35% no momento da sua repatriação. Além da adequada utilização desses recursos para gerar riqueza. Na última segunda-feira, a Apple anunciou que irá distribuir divendos trimestralmente e recomprará 10 bilhões de dólares em ações. A Moody's divulgou um estudo que apresenta alguns dados interessantes:

Apple alone represents $64 billion or 36% of the total $179 billion increase in corporate cash since 2009. And in 2011, overall corporate cash would have actually declined by $6 billion had it not been for Apple’s $46 billion increase. Unless Apple changes its philosophy towards liquidity by instituting a one-time or ongoing common dividend, or if Apple starts to buy back stock, we estimate Apple’s cash balances could increase by more than $50 billion in 2012 and approximate $150 billion.

Supported by our expectations that consumers worldwide will continue to feast on Apple products, we expect overall corporate cash and its concentration will increase in 2012. Apple alone could represent 12% of total corporate cash, about three times more than the next cash king. …

A figura abaixo apresenta as 10 empresas não-financeiras norte-americanas com os maiores caixas totais. As seis primeiras são de tecnologia:


A próxima apresenta a origem e utilização do caixa total de todas as empresas não-financeiras norte-americanas de 2006 a 2011:

22 março 2012

Rir é o melhor remédio

Na foto da esquerda, Demi Moore, segundo propaganda da Helena Rubinstein. Na direita, Demi Moore.  Fonte: Aqui

Links

Contabilidade
Empresa chinesa que faz as roupas de Harry Potter com problemas na auditoria 
Cinema e Contabilidade 

Finanças Pessoais
Na recessão, os solteiros são os mais visados 
Aumenta o endividamento das famílias brasileiras 
O pior vídeo de finanças pessoais: ensina a investir em lotérias. Mais aqui 

Empresas Brasileiras
Vale é a mais lucrativa da América Latina 
O bônus na Anbev 

Brasil
Amazon irá vender no Brasil 
Brasil é 50o. no ranking para fazer negócios 

Governo Brasileiro e Dinheiro nosso
Fim da RTT? 
Uso do dinheiro do FGTS para Copa 

Influência
Idade do jurado influência no julgamento 
Os jornalistas financeiros mais influentes dos EUA 

Giro do Ativo


Definição – relaciona o total das vendas produzidas com o ativo da empresa. Mostra quantas vezes o ativo girou no período. Corresponde a um índice de eficiência no uso dos ativos.

Fórmula – Giro do Ativo = Vendas / Ativo Médio
Sendo
Vendas – corresponde as receitas líquidas de prestação de serviço e venda de produto, líquida de impostos, abatimentos e devoluções
Ativo Médio – refere-se ao ativo inicial mais o ativo final dividido por dois.

Unidade de Medida – É um número absoluto. Geralmente falamos de quantas “vezes” o ativo girou.

Intervalo da medida – Sendo que os dois números são positivos, o valor do giro do ativo pode variar entre zero e infinito. Entretanto, valores entre 0,5 a 5 são mais comuns.

Como calcular – As informações são obtidas na demonstração do resultado e no balanço patrimonial da empresa.
A figura a seguir refere-se a demonstração do resultado da empresa Gol.  Durante o terceiro trimestre de 2011 a receita da empresa foi de 1,8 bilhões de reais.


O balanço patrimonial, apresentado a seguir, mostra o valor do ativo da empresa:

Como a venda é do terceiro trimestre de 2011, para calcular o índice é necessário achar a média entre o ativo inicial e o ativo final. Neste caso, entre 9,195 bilhões e 9,633 bilhões:

Ativo Médio = (9 195 926 + 9 632 749) / 2 = 9 414 338 mil

Assim, o giro do ativo é dado por:

Giro do Ativo = 1 843 698 / 9 414 338 = 0,1958 no trimestre

Assim, em três meses a empresa girou seu ativo em 0,2 aproximadamente. Em um ano isto corresponde a 0,7833 (ou 0,1958 x 4).

Grau de utilidade – Elevado. O giro do ativo pode ser usado em diferentes tipos de setores e empresas.

Controvérsia de Medida – Pouca. Em alguns casos é possível usar o valor do investimento (vide ROI para entender a diferença entre investimento e ativo); em outros, adicionar todas as receitas, incluindo as receitas financeiras.

Observações Adicionais
a) Também é possível calcular o giro do ativo usando o valor inicial do ativo ou o valor final do ativo. Como o ativo não deve sofrer variações substanciais ao longo do tempo, os resultados obtidos por estas fórmulas alternativas devem ser aproximadamente iguais. Veja uma discussão maior no retorno sobre o patrimônio líquido.
b) Este índice é propício a fazer algumas relações interessantes. Se multiplicarmos o numerador e denominador pelo lucro operacional obtém o seguinte: Giro do Ativo = (Vendas / Ativo Médio) x (Lucro Operacional / Lucro Operacional) = (Lucro Operacional / Ativo Médio) x (Vendas / Lucro Operacional) = Retorno do Ativo / Margem Operacional
c) É preciso ter cuidado em saber que o período de tempo usado para as vendas. O giro do ativo usando as vendas trimestrais tende a ser menor que o mesmo índice usando vendas anuais. O correto seria transformar o valor em dado anual, como fizemos no exemplo;
d) Em empresas que usam arrendamento, em razão da falta do registro contábil, o valor do ativo pode estar subestimado.
e) Acredita-se que empresas com maior giro sejam mais eficientes, pois conseguem gerar mais receitas com seu ativo. Entretanto o índice depende do setor de atuação da empresa.


Veja também

Tese

Atenção estudiosos de Natal e região: no dia 11 de abril haverá a defesa de tese de Erivan Ferreira Borges, com o título "Educação Fiscal e Eficiência Pública", as 14 horas, no CCSA, campus da UFRN. A comissão examinadora será composta por José Matias Pereira (orientador), José Antônio Gomes de Pinho (UFBA), Lucianao Menezes Sampaio (UFRN), José Dionísio Gomes (UFRN) e Edilson Paulo (UFPB).

Agendem e compareçam.

Mercado para Auditores

São 40% menos auditores do que o necessário, ou seja, das cinco mil vagas necessárias, o país supre apenas três mil.

Como resultado, a remuneração inicial para o cargo de auditor externo de R$ 1,5 mil pode chegar até R$ 4 mil para universitários.

A estimativa é da KSI Brasil, empresa de auditoria e consultoria com foco nas pequenas e médias empresas.

Na avaliação de Ismael Martinez, sócio-diretor da KSI Brasil, a escassez de profissionais na área deve-se ao aumento da procura por serviços contábeis pelas empresas e a baixa procura dos jovens pela carreira de contabilidade.

Desde 2010, todas as grandes empresas são obrigadas a adequarem seus balanços contábeis à IFRS (International Financial Reporting Standards).

"As pequenas e médias acabam fazendo o mesmo para melhorarem sua imagem no mercado, pois é por meio do balanço patrimonial da empresa que o mercado tem uma leitura da sua situação", afirma Martinez.


Fonte: Aqui

Visite a Amazônia do seu computador

O blog do Google Brasil: Visite o Amazonas no Dia Mundial da Floresta com o...: Em agosto passado, integrantes das nossas equipes brasileira e norte-americana do Street View e do Google Earth Solidário foram convidado...

Continue lendo aqui

Frase


"Societies need to find ways to make adult education, including economic and financial literacy, far more available and far more compelling. If voters are uninformed and easily swayed towards demagogues peddling short-term ill-considered policies, there is little hope for righting the course of capitalist economies”.

21 março 2012

Rir é o melhor remédio

O que é um Doutor (PhD)? Imagine um círculo que contenha todo o conhecimento humano:
Ao terminar a escola primária você conhece um pouco deste círculo:

Terminando o ensino médio, você já sabe um pouco mais:

 Na Faculdade, você decide por um conhecimento mais especializado:
No mestrado, você aprofunda o que você conhece:

 Lendo artigos e fazendo pesquisas, você chega na fronteira do conhecimento humano da sua área:
 Quando você está no limite, você decide fazer o doutorado:
Você está na fronteira:

Até que um dia acontece isto:

Este "dente" é chamado de doutorado:

O mundo para você é diferente agora. Mas não se esqueça do círculo maior: 

Adaptado daqui. Um singela homenagem para Ducineli, no seu dia. 


A Vitória da Padronização


No livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva, apresentamos as vantagens e desvantagens da padronização no primeiro capítulo. Tudo leva a crer que as vantagens sejam superiores as desvantagens, já que na prática contábil a existência do laissez-faire seja uma exceção, predominando o intervencionismo na regulação contábil.

Entretanto, dois aspectos devem ser considerados: o teorema de Arrow e a superprodução de normas.

Na década de cinquenta, o economista Kenneth Arrow desenvolveu um modelo sobre a agregação de preferências de indivíduos. Isto ficou conhecido como Teorema de Arrow ou Teorema da Impossibilidade de Arrow. Arrow estabeleceu algumas regras básicas para que uma decisão coletiva agregasse as preferências das pessoas. Entretanto, Arrow mostrou que não existe nenhuma regra de agregação de preferência que tenha as propriedades desejadas e que não sejam reflexo de um individuo “ditador”.

O teorema de Arrow tem sido lembrado na teoria quando se discute a padronização contábil. Nestas situações, um dos usuários irá exercer o papel preponderante, impedindo que as demandas dos outros usuários sejam consideradas. Isto indicaria que o processo de padronização seria inerentemente injusto. Entretanto, deve-se notar que o teorema de Arrow não é aceito integralmente como verdadeiro nas discussões teóricas sobre o processo de normas contábeis.

O segundo aspecto refere-se a superprodução de normas. Isto decorre de uma proliferação no número de normas além do aumento no detalhamento das mesmas. O fato é agravado pela presença de diferentes reguladores ou do fato de alguns reguladores aprovarem parcialmente algumas das normas contábeis promulgadas. A complexidade do ambiente externo também contribui para o número excessivo de normas.  O problema é que isto afeta o custo de produção das demonstrações contábeis, além de tornar mais complexa a informação contábil.

Referências
RIAHI-BELKAOUI, Ahmed. Accounting Theory. London: Thomson, 2004.
WOLK, Harry et al. Accounting Theory. Los Angeles: Sage, 2008.

P/L = Preço da ação / Lucro por ação

Definição – corresponde a relação entre o preço da ação e o lucro por ação da empresa. Supondo que o lucro líquido é dos acionistas, mede o tempo de retorno do investimento de uma ação

Fórmula – P/L = Preço da ação / Lucro por ação

Sendo
Preço da ação = representa o valor de negociação médio das ações da empresa, numa determinada data.
Lucro por ação = corresponde ao lucro líquido do exercício dividido pelo valor da ação.

Como ambos os itens são divididos pelo número de ação, o P/L corresponde a relação entre o valor de mercado do capital próprio dividido pelo lucro líquido do exercício.

Unidade de Medida – A medida está expressa em número de períodos. Se o lucro usado corresponde ao lucro trimestral, o valor do P/L estará expresso em trimestres. O mais usual é usar o lucro anual e, portanto, o P/L corresponde ao número de anos.

Intervalo da medida – Como não faz sentido usar este índice quando a empresa tem prejuízo, podemos dizer que o intervalo está entre zero a infinito. Em momentos de mercado aquecido o valor tende a ser maior. Valores entre 5 a 20 são normais no mercado.

Como calcular – Este índice pode ser calculado por uma das duas fórmulas apresentadas. O lucro pode ser obtido na demonstração do resultado da empresa. Já o valor de mercado refere-se o valor cotado na bolsa de valores. Algumas bases de dados fornecem este número já calculado.

A figura seguir mostra o valor do P/L já calculado para a empresa Multiplus, que atua com programas de fidelidade. O índice já foi calculado e o resultado é de 21,3, indicando que com o lucro apurado pela empresa e o preço de negociação da ação no mercado, um investidor levará 21,3 anos para ter de volta o valor investido, considerando somente a geração de lucro.



Grau de utilidade – Moderado. Sua aplicação só pode ser feita para empresas com ações negociadas na bolsa de valores. Isto, obviamente, limita seu uso. Mas este é um índice que também possui aplicações mais abrangentes, sendo usado, na média do mercado, para evidenciar o grau de “aquecimento” do mercado.

Controvérsia de Medida – Alguma. O principal problema talvez seja o cálculo do lucro por ação.

Observações Adicionais

a) Em situações onde existe um mercado aquecido, o valor do P/L tende a aumentar. Assim, é importante a observação de uma série histórica do índice.

b) O cálculo do lucro por ação deve levar em consideração os tipos de ações existentes em cada empresa, o percentual do capital e a cotação no mercado.

c) Como o lucro é uma informação divulgada, para as empresas de capital aberto, a cada três meses, a periodicidade deste índice deve ser também trimestral.

d) Para evitar que o índice seja influenciado pela distribuição de proventos, é comum as bases de dados fazerem um ajuste para proventos no preço das ações.

e) Durante um determinado período podem ocorrer ofertas e cancelamentos de ações. O mais usual é trabalhar com a estrutura de capital mais recente da empresa.

f) Assim como os demais índices, não existe um valor ideal. Valores elevados denotam um preço aquecido, indicando ser um momento para venda das ações; valores reduzidos pode ser um sinal de que o preço da ação da empresa está baixo. É sempre importante fazer um comparativo do histórico da empresa e do mercado.


Veja também:


Apple

O gráfico mostra a evolução do lucro líquido, da mudança no caixa, dos dividendos e recompra de ações na Apple, após o anúncio do início da semana. Note como a mudança do caixa acompanha, razoavelmente bem, o lucro líquido da empresa. 

Em geral, quando o lucro se distancia do caixa, isto pode significar "ajustes" contábeis no sentido de melhorar os resultados da empresa. Não é o caso, obviamente. 

Basileia III

O acordo da Basileia estabelece regras para o capital das instituições financeiras. O terceiro acordo, que ainda será implantado, irá alterar as exigências de capital para alguns bancos brasileiros. Segundo o Brasil Econômico, o mercado acredita que o Banco do Brasil irá precisar de capital novo a partir de 2013:

O BB, dentre os grandes bancos, deve ter o impacto mais intenso e precisar de capital novo a partir do final de 2013, segundo os analistas. (...)


Ao anunciar a audiência pública, o Banco Central já havia adiantado que, devido ao conservadorismo da regulamentação brasileira, os bancos nacionais deveriam realizar "um esforço menor do que o exigido para a maioria dos bancos em outros países".

Consumo de Energia

O consumo de energia mundial, de 1820 até os dias de hoje. A humanidade usa cada vez mais energia, sendo boa parte dela proveniente do petróleo e carvão (verde e vermelho no gráfico). Fonte: Aqui

Poder ao longo da história

O gráfico mostra a participação de nove países na riqueza mundial. No eixo, a variação temporal, do declínio do Império Romano até os dias de hoje. Infelizmente o gráfico não é uniforme no transcorrer do tempo.

De vermelho escuro, a China, que no início da história moderna era a maior potência, juntamente com a Índia (vermelho mais claro). O predomínio dos Estados Unidos começa a partir do início do século XX.

A ascensão da China nada mais é do que a volta daquele país ao centro da economia mundial. Onde já estava antes da Revolução Industrial.

Fonte: aqui

Governança Tributária


Por Roberto Cunha

Roberto Cunha é sócio da Prática de Impostos Indiretos & Aduaneiros da KPMG no Brasil.

Podemos conceituar a Governança Tributária como a prática de controle de todos os processos que afetam as informações operacionais, de negócios e tributárias destinadas à gestão dos tributos a que uma organização está sujeita. Isto inclui os cálculos, a elaboração de guias de recolhimento, a escrituração de livros fiscais e a elaboração de obrigações acessórias relacionadas aos tributos indiretos sobre insumos, mercadorias, produtos e serviços que circulam nos negócios realizados pelo Brasil afora, e cuja tributação representa hoje aproximadamente 47% da arrecadação brasileira.

A maior parcela da arrecadação do país, algo em torno de 73% do total, vem dos tributos que incidem sobre o consumo (impostos e contribuições indiretas) e dos encargos sobre as folhas de pagamento das organizações. No entanto, efetivamente pouco mais de um terço deste percentual representa custos que de fato afetam os resultados líquidos das corporações,equivalentes à oneração das folhas. Os aproximadamente dois terços restantes, que são apurados pela arrecadação dos chamados tributos indiretos (como IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins, que incidem ao longo da cadeia de produção), acabam sendo “financiados” pelas empresas, que recuperam esses recursos pois os valores relacionados a eles acabam sendo ressarcidos pelos consumidores às empresas por terem sido repassados na composição dos preços de bens e serviços oferecidos pelas organizações.


Vale ressaltar que a recuperação completa desses recursos depende de uma eficiente gestão tributária pelas empresas, já que o descumprimento de qualquer regra da legislação tributária - quer pela sua aplicação simples e direta, quer pelo equivoco dos fatos tributáveis - levará o agente à obtenção de resultados que possivelmente lhe serão cobrados no futuro. O resultado irregular se traduz em vantagem pecuniária e competição ilegal que advém do menor preço dos produtos que não incorpora os custos tributários devidos, o que é passível de graves punições pelo Fisco.

Percebe-se que a atividade de gerir os tributos numa organização é bem ampla e requer grande habilidade e correção na busca e entendimento de toda a operação desenvolvida por ela e por todos os seus departamentos. Tudo isso especialmente diante do fato de que os registros finais das transações são digitais atualmente, em razão da adoção em nível nacional do SPED - Sistema Público de Escrituração Digital

(...) Adicionalmente, o gestor tributário também participa da formação de preços dos bens e serviços a serem praticados, provendo os demais gestores de informações suficientes e necessárias para a adequada precificação. Para isso, precisa conhecer, por exemplo: o percentual de perdas no processo de produção; se a produção se destina ao mercado interno ou externo; se houve alteração nos itens de produção por evolução tecnológica ou qualquer outro motivo; se o fornecedor teve alguma alteração quanto ao sua localização ou cadastro, pois isso poderá afetar alguns detalhes na tributação ou na manutenção de créditos tributários, entre outros fatores.

Concluindo, ter conhecimento e acesso às informações são fatores essenciais ao gestor de tributos, pois, como citado, existem riscos consideráveis relacionados a eventuais falhas ou imprecisões na prestação de contas feita pelas empresas ao Fisco. Dispor de sistemas tecnológicos eficientes, comunicação alinhada entre as áreas da organização e atualização constante de informações e conhecimento relacionados à área são elementos de suma importância que não podem ser relegados a um segundo plano.

20 março 2012

Dia do blogueiro

Hoje é dia do blogueiro segundo a nossa adorável blogueira, é claro, Cláudia Cruz! E tendo em vista a confiabilidade da fonte, nem fui procurar em outros lugares. Já parti para a celebração! E a Amazon, outra adorável em nossas vidas, já sabia e me entregou uma encomenda cedinho!
Ah! Amazon! Sua linda! Me enche de amor e orgulho!



Agora temos a coleção completa do Dilbert e do Calvin & Hobbes. Quer feriadão melhor que este!?

Parabéns para todos os blogueiros mundo afora! \o/

P.S. - Ah. E feliz aniversário para minha irmã caçula. Depois que eu ler todos, empresto pra você. Supervisionado, claro.
P.P.S. - Também veio um livro de Governança em inglês que meus alunos vão ADORAR! Not! ;)

Rir é o melhor remédio

"Ele está bem mais atencioso desde que descobriu que eu tenho uma bomba!"
Adaptado daqui

Links


Internacional
Banco do Vaticano envolvido em polêmica 
O mistério do petróleo saudita 
TV Síria acusa o Barcelona (e Messi) de passarem mensagem cifrada para os rebeldes 

Contabilidade
Privatização da universidade dos EUA e influencia sobre a profissão contábil 
Ganho de capital versus lucro 
Desafios da contabilidade brasileira
Fasb irá definir o que “nonpublic entity” 
A redução do custo de sequenciamento genético 

Apple
Apple irá distribuir dividendos e recomprar ações 
O viés do excesso de Caixa na Apple 
O que ocorreu com as ações da Apple antes do fim de semana 

Internet
A indústria pornografia se adapta aos novos tempos 
Como a Wikipedia matou a Barsa 

Empresas
Dez empresas que lucram com a guerra 
A bilionária das calcinhas 

Retorno sobre o Patrimônio Líquido

Definição – mede o retorno contábil obtido com o investimento do capital próprio. É abreviado como sendo RSPL.

Fórmula – Retorno sobre o Patrimônio Líquido = (Lucro Líquido / Patrimônio Líquido) x 100

Sendo
Lucro Líquido – corresponde ao resultado da entidade após impostos e despesas financeiras.
Patrimônio Líquido – é o capital próprio, originário dos acionistas.

Unidade de Medida – O resultado estará expresso em percentagem.

Intervalo da medida – Pelo menos teoricamente o valor pode estar entre menos infinito a mais infinito. Entretanto, o número de empresas com patrimônio líquido negativo é reduzido, fazendo com que o intervalo mais comum esteja entre menos 100% a infinito.

Como calcular – Para calcular este índice são necessárias duas demonstrações: o balanço patrimonial e a demonstração do resultado. A maior questão com respeito ao cálculo deste índice diz respeito ao valor do denominador. Em geral três soluções são possíveis:
a) Usar o patrimônio líquido do final do exercício – esta solução tem a vantagem de não perder informação quando a análise é feita através da série histórica.  Talvez seja mais usada em pesquisas acadêmicas, mas carece de sustentação teórica;
b) Usar o patrimônio líquido médio – calcula-se a média do patrimônio líquido para obter o denominador. O lucro seria decorrente do capital dos acionistas médio existente durante o exercício social;
c) Usar o patrimônio líquido inicial – considerando que alocar recursos numa empresa corresponde a um tipo de investimento, quando desejamos saber o retorno de qualquer investimento comparamos o que foi investido no início do período com o retorno. Assim, esta seria a melhor alternativa. Entretanto, em séries históricas isto pode significar perder uma informação.

A figura abaixo mostra a demonstração do resultado em R$ mil da empresa Alpargatas  para o quatro trimestre de 2010, de 2011 e anos de 2010 e 2011, nesta ordem. O lucro de 2011 foi de 307 milhões de reais. Este é o valor que iremos usar no índice.

A figura abaixo mostra um extrato do balanço patrimonial da empresa para 31 de dezembro de 2011 e 2010, nesta ordem, em R$mil, com o destaque para o Patrimônio Líquido.
Usando a terceira forma de calculo do RSPL tem-se:

RSPL = 307 420 / 1 348 073 = 22,80%

Isto significa que os acionistas tiveram um retorno de 22,80% ao investirem na empresa.

Grau de utilidade – Elevado. É uma medida relevante do retorno do investimento de uma empresa.

Controvérsia de Medida – Alguma, em especial com respeito a forma de cálculo do patrimônio líquido. Em algumas empresas isto não provoca grandes alterações no resultado final, como é o caso da Alpargatas, onde o RSPL seria de 20,63%, 21,67% e 22,80%, usando o patrimônio líquido final, médio e inicial.

Observações Adicionais

a) O RSPL pode ser comparado com a rentabilidade de investimentos do mercado (por exemplo, a rentabilidade de uma caderneta de poupança) ou com outras empresas;
b) No longo prazo espera-se que a rentabilidade do capital próprio seja superior ao ROI. Isto decorre da taxa de juros do capital de terceiros ser menor que o retorno para os acionistas;
c) Os valores para cálculo do RSPL também podem ser obtidos na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da empresa.

Veja também
Endividamento Oneroso
Endividamento
Ebitda
Margem Operacional
NIG sobre Vendas
Valor do Empreendimento
Capitalização
Margem Bruta
ROI
Liquidez Corrente