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27 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Wally: Onde está meu trabalho?

Caixa da Petrobrás

Sobre a postagem do dia 23 de fevereiro, uma interessante observação de Paulo Diniz:

Para a Petrobrás não houve entrada de caixa no momento da capitalização. Para a União, não houve saída de caixa mas existem sim um custo. A contrapartida deste custo é o aumento do capital da União na Petrobrás gerando futuras entradas de caixa através de maiores dividendos.

Quanto à receber R$ 75bi pela licitação é desconsiderar pontos vitais:
- a cessão onerosa foi concedida no pré-sal e nenhuma licitação foi aberta de 2.010 para cá aguardando a nova legislação,
- a cessão onerosa foi concedida pela lei vigente na época que foi posteriormente alterada para as áreas do pré-sal
- não há incidência de participação especial que não é característica das licitações feitas pela antiga lei.

Pesquisa em Econometria

O blog Prosa Econômica apresenta algumas sugestões para se fazer uma pesquisa em Econometria. Eis algumas sugestões que também são válidas para uma pesquisa em Contabilidade:

Algumas pessoas ficam petrificadas diante do desafio de escolher um tema a ser abordado. Apesar de não ter uma regra de ouro, é importante selecionar um tema atrelado ao interesse do estreiante ao mundo da pesquisa.

Escolher algo ligado à Ecologia, Macroeconomia ou Economia Brasileira não é suficiente. É necessário afunilar ainda mais. Dizia um professor de Técnicas de Pesquisa, se seu tema puder ser resumido em menos de 5 palavras, chances são que ele está amplo demais. Na dúvida, ler alguns artigos da grande área de interesse pode ajudar bastante a detalhar ainda mais seu projeto.
Para que se chegue a um nível de particularização ideal, é essencial que sejam respondidas as questões: o que pesquisar?, por quê?, como?, qual?, onde?, quando?.


Mais adiante, sobre a parte empírica:

Nesta etapa, conhecer e dominar alguns comandos básicos de um pacote estatístico é fundamental durante a condução de toda pesquisa empírica. Alguns programas: STATA, SPSS, R (livre), Gretl (livre), Eviews e MATLAB. (...)


Reforço que não é necessário preocupar-se em aprender muito sobre o pacote já no início da pesquisa. Primeiro, procure saber como abrir uma base de dados no programa escolhido. Depois, com o decorrer da pesquisa e conforme a necessidade de produzir alguma estatística ou de rodar algum modelo, pode-se consultar algum manual tendo em mão termos de pesquisa mais específicos.

Iasb no Brasil

O International Accounting Standards Board (IASB) e o Financial Accounting Standards Board (FASB) anunciaram que o projeto conjunto sobre reconhecimento da receita será debatido em diversos encontros entre março a maio de 2012. Os encontros acontecerão em Londres, Norwalk (EUA) e Tóquio, todos em abril, além de uma rodada adicional em maio, nos Estados Unidos.

Além disto, o Iasb irá promover encontros no dia 26 de março em São Paulo e Kuala Lumpur.

Recomendação

Aqui uma lista de livros recomendada por Nassim Taleb (que escreveu A Lógica do Cisne Negro e Iludidos pelo Acaso, ambos em língua portuguesa). Entre várias obras, o livro de econometria de Paul Kennedy (A Guide to Econometrics). É interessante que eu gosto muito deste livro e recorro muito quando tenho uma dúvida mais prática de métodos quantitativos. Entretanto, a edição existente está um pouco defasada.

Toque do Celular

Um novo estudo publicado no Journal of Environmental Psychology mostra o efeito do toque do celular sobre as pessoas. Mais especificamente, os toques “musicais”.

Quando um toque musical é escutado, a nossa capacidade de lembrar o que estávamos fazendo e de voltar a tarefa original é mais lenta. Ou seja, o tempo de reação é mais demorado. Apesar do efeito também se aplicar aos toques normais, aqueles que simulam músicas de sucesso possuem uma capacidade de distração maior.

Leia mais em Your ringtone is making me stupid

Dívida de Jovens, Controle e Auto-Estima

Artigo publicado na revista "Social Science Research" explora a psicologia da dívida entre jovens americanos. De autoria dos sociólogos Rachel Dwyer, Randy Hodson e Laura McCloud, a pesquisa "Youth Debt, Mastery, and Self-Esteem" ("Dívida de Jovens, Controle e Auto-Estima") demonstra como a dívida passou de perigo a necessidade. "Neste início de século, os jovens adultos crescem numa era de acesso sem precedentes ao crédito, mas crescimento vagaroso de ganhos. O resultado é uma alta dramática do endividamento", diz Rachel.

Como resultado, o momento em que um americano entre 18 e 24 anos contrai sua primeira dívida, seja para consumir com o cartão de crédito, seja com um empréstimo estudantil, se tornou uma espécie de rito de passagem. "Ambos os tipos de dívida aumentam a autoestima e a sensação de controle dos jovens", diz a socióloga. "Para os jovens, a experiência da dívida é um investimento no futuro." Essa sensação é mais forte entre os jovens de origem humilde, que se veem, enfim, capazes de aceder plenamente à sociedade de consumo. Tanto para os ricos quanto para os pobres, porém, a satisfação proporcionada pelas dívidas começa a desvanecer a partir dos 24 anos: é o momento em que passam a ter de pagá-las.


Fonte:As muitas caras da dívida

Ensino superior do futuro


Gustavo Ioschpe
Revista Veja, 22/02/2012


O ensino superior do futuro

Há uns anos, fui dar uma palestra em uma universidade privada. Perguntei ao diretor qual era o maior desafio deles. Imaginei que ele fosse me dizer que eram outras universidades semelhantes, ou a universidade pública, mas não: “O que nos atrapalha é esse pessoal que engana os alunos dizendo que curso de dois anos é ensino superior”. Eis um bom retrato do nosso ensino superior: não só pequeno como atrasado. Hoje, nosso primeiro problema é termos uma taxa de matrícula de 22%, entre um terço e um quarto da dos países desenvolvidos, metade da de países como Chile, Venezuela e Peru e abaixo da de todos os Brics, exceto a Índia.

A principal explicação para esse acanhamento no ensino superior é a falência da nossa educação básica. Mas, se algum dia consertarmos esse problema (crença que se aproxima cada vez mais do dito sobre o segundo casamento: é o triunfo da esperança sobre a experiência), nossos graduandos se defrontarão com um modelo de ensino superior defasado. Esse não é um problema só brasileiro. No começo do ano participei de um seminário sobre ensino superior em países em desenvolvimento na Universidade de Oxford, e o que se discutiu lá, mais aquilo que já vem sendo pensado aqui, nos permite ter uma ideia de como será o ensino superior da próxima geração. Eis os horizontes mais relevantes (agradeço a Jamil Salmi, até recentemente líder da área de ensino superior do Banco Mundial, por muitos dos exemplos abaixo).

Flexibilidade - Durante séculos, o ensino superior foi algo que acontecia em universidades, em cursos de quatro anos, preparando o aluno para uma carreira específica. No futuro, o ensino se dará em universidades, em escolas técnicas e em outros formatos que ainda não conhecemos que permitam o lifelong learning, o aprendizado ao longo de toda a vida. Os cursos poderão ser presenciais ou on-line. Mais frequentemente, serão das duas formas. Terão dois, três ou quatro anos de duração. Tratarão de várias áreas do conhecimento, e estarão mais preocupados em ensinar a pensar do que em transmitir conhecimentos e habilidades específicos, pois a obsolescência do saber será ainda maior do que é hoje.

Menor duração – O Brasil tem três tipos de formação: bacharelado, licenciatura e curso de tecnólogo. Esse último dura entre dois e três anos, focado no desenvolvimento de uma competência profissional específica, normalmente para cargos de salário médio. No Brasil, só 10% das matrículas em cursos presenciais está nesse tipo de curso. Na China, é mais da metade. Nos países desenvolvidos (OCDE), é um terço (dados disponíveis em twitter.com/gioschpe). Em vez de ser percebido como a melhor alternativa para a pessoa que busca um diferencial rápido e eficaz no mercado de trabalho, o curso de tecnólogo ainda é erroneamente visto como um “primo pobre” do ensino “de verdade”.

Laços com o ensino básico – Nas últimas décadas, o ensino superior se massificou e deselitizou (o Brasil ainda chegará lá), e o ritmo de inovação no mercado de trabalho fez com que um diploma de uma boa universidade não fosse mais suficiente para uma carreira cada vez mais longa. Assim, a distinção entre educação básica e superior vai ter cada vez menos sentido. Ambas estarão dentro de um contínuo, que começa na pré-escola e só termina com a morte. Na Alemanha, as faculdades de engenharia e escolas politécnicas já estão em contato com jardins de infância para atrair futuros bons engenheiros. No Brasil, teremos um problema adicional a resolver: as áreas de licenciatura e pedagogia, hoje patinhos feios da academia, terão de ganhar em importância e prestígio. As universidades terão de entender que sem um aluno bem formado no ensino básico não conseguirão fazer o seu trabalho com qualidade.

Tecnologia – No Brasil, só reconhecemos diplomas de instituições brasileiras, mas certamente em breve validaremos o ensino dado nas melhores universidades do mundo. Hoje já é possível assistir, on-line e sem custo, a aulas de instituições como o MIT e Stanford. Nos EUA, um sexto das matrículas do ensino superior já é feito em cursos on-line. O Brasil está chegando perto, com uma em cada sete, depois de uma explosão que levou o número de matriculados de 200 000, em 2006, para 930 000, em 2010. Stanford, Purdue e Duke são universidades que já gravam todos os seus cursos, para que os alunos possam baixá-los e rever as aulas quantas vezes quiserem. Há algumas semanas, a Apple lançou uma plataforma de venda de livros didáticos para o iPad. Além do texto, tem vídeos, animações, lugar para resumos. Em breve, serão compartilháveis.

Desabou a Torre de Marfim – À medida que o ensino superior se massifica, desaparece a noção da academia como instituição alheia (e superior) ao mundo “real”. Haverá cada vez mais forte competição entre instituições pelo aluno, o que faz com que as universidades precisem se desdobrar para atender às demandas dos alunos e de seus futuros empregadores. A Universidade do Sul da Flórida dá uma garantia a seus alunos de engenharia: se, durante seus cinco primeiros anos no mercado de emprego, eles sentirem a necessidade de competências que não aprenderam na faculdade, podem voltar e aprendê-las de graça.

Currículo – Oscar Wilde (1854-1900) escreveu que nada que vale a pena saber pode ser ensinado. O desafio das universidades do futuro será ensinar apenas aquilo que vale a pena saber, o que demandará novos currículos e nova didática. Um exemplo é o Olin College of Engineering, nos EUA. O ensino é centrado na resolução de problemas, sempre em equipes. Não há departamentos acadêmicos e os professores não recebem cátedra. O currículo é baseado em um triângulo entre engenharia (o projeto é exequível?), empreendedorismo (é viável?) e humanas (é desejável?).

Interdisciplinaridade – Os problemas do mundo real são complexos e não respeitam fronteiras departamentais. A universidade do futuro terá de respeitar essa realidade. Todo aluno de graduação nos EUA passa por todas as grandes áreas do saber. Só no início do terceiro ano é que ele precisará decidir qual será a sua “major”, a área em que vai se diplomar. Antes disso, o futuro cientista estuda sociologia e o historiador estuda matemática. A especialização virá mesmo só na pós-graduação. Algumas universidades federais no Brasil tomaram a iniciativa de criar um “bacharelado interdisciplinar”. É um bom começo, ainda que a iniciativa seja limitada pelo fato de que o aluno estuda apenas uma de quatro grandes áreas (artes, humanidades, saúde e ciência e tecnologia).

Nada é de graça – Um sistema educacional que matricule perto de 100% dos jovens (EUA, Finlândia e Coreia do Sul já estão chegando perto disso) é caro. Não é possível estender esse benefício a número tão grande de alunos e esperar que os contribuintes paguem a conta. Com exceção de México, República Checa e países escandinavos, todos os países da OCDE cobram mensalidades de seus alunos em universidades públicas. Passaremos por mais algumas invasões de reitorias, mas chegaremos lá.

26 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Dois trabalhos de Glennz: coelho e futebol


Ratings

Seis das sete agências de classificação de risco de crédito atuantes no Brasil apresentaram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sugestões na audiência pública da minuta que regulará sua atuação no País. O grupo inclui as três grandes instituições de rating internacionais - Standard & Poor's (S&P), Moody's e Fitch Ratings -, que apresentaram relatórios minuciosos. As nacionais LF Rating, SR Rating e Liberum Rating também participaram.


Dentre os questionamentos levados ao órgão regulador pelas estrangeiras está a exigência de que tenham um funcionário específico e independente no Brasil responsável pela implementação e cumprimento das regras e controles internos da empresa (compliance). As agências alegam ter uma estrutura global e pedem que a CVM flexibilize a regra, permitindo que o suporte de compliance possa ser feito por suas operações no exterior.(...)

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Em 2006, Muhammad Yunus recebeu, em conjunto com o Grameen Bank, o prêmio Nobel da Paz pelo trabalho desenvolvido com o microcrédito. Foi uma decisão controversa do Comitê Norueguês, mas após a premiação muitos países, inclusive o Brasil, tentaram desenvolver instrumentos parecidos.

Mas notícias da Índia mostram um dos efeitos perversos do microcrédito: aumento da taxa de suicídio. Moradores endividados da província de Andhra Pradesh estão cometendo suicídio para não pagar suas dívidas. Segundo número compilado pelo governo do sul da Índia, mais de 200 pobres se mataram no final de 2010. O governo culpa as empresas de micro-finanças, que concedem empréstimos aos pobres, de pressionar as pessoas. As empresas negam. Mas alguns documentos das próprias empresas parecem indicar que seus funcionários tinham informações sobre alguns dos suicídios.

As investigações parecem apontar que empregados molestam verbalmente os mutuários endividados, incluindo humilhações.

O sucessor

O investidor Warren Buffett é um dos mais carismáticos investidores. Com sua firma Berkshire Hathaway tem conseguido, ao longo de muitos anos, obter retornos acima do mercado. Agora, na sua carta anual aos acionistas, Buffett afirmou que já escolheu alguém para sucedê-lo. Com mais de oitenta anos, o futuro executivo-chefe da empresa já era aguardado há anos. Segundo Buffett, a transição será tranquila "quando o momento chegar".

O nome do sucessor não foi revelado, mas acredita que já trabalha na empresa.

Buffett, que tem 81 anos, dirige o Berkshire Hathaway há quase meio século e transformou a empresa, que era apenas uma fabricante de têxteis debilitada, em um conglomerado com interesses em ferrovias, varejo e seguro, além de ter uma carteira gigante de ações negociadas em bolsas.

Na carta aos acionistas, Buffett afirma que ainda não tem planos de se aposentar dos cargos de presidente, executivo-chefe e diretor de investimentos do Berkshire. O empresário disse que está com uma "saúde excelente" e que não irá a lugar algum e destacou que os acionistas não devem interpretar a carta como sinal de que o próximo CEO assumirá o posto em breve.

25 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio





Crise da Grécia.

Don't lie to me, Argentina

Desde a semana passada, a The Economist deixou de utilizar os dados sobre a inflação divulgados pelo governo argentino:

Since 2007 Argentina’s government has published inflation figures that almost nobody believes... From this week, we have decided to drop INDEC’s figures entirely. We are tired of being an unwilling party to what appears to be a deliberate attempt to deceive voters and swindle investors. For Argentine consumer-price data we will look instead to PriceStats, an inflation specialist, which produces figures for 19 countries that are published by State Street, a financial services firm.



Aqui outra reportagem sobre o mesmo tema.

Frase


À medida que o capitalismo financeiro se expande, a produção de bens tangíveis é cada vez mais deslocada pela invenção de produtos intangíveis. Isso é verdade tanto no mercado de arte como no mercado de ações.
Fonte: Mark C. Taylor em "Refiguring the Spiritual: Beuys, Barney, Turrel, Goldsworthy"

China

EDUARDO DE CARVALHO ANDRADE, 44, doutor em economia pela Universidade de Chicago, é professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) - Folha de São Paulo


(...)Um país atrasado tecnologicamente pode conseguir elevadas taxas de crescimento do PIB durante um determinado período. Isso pode ocorrer se existir uma diferença significativa entre a fronteira tecnológica mundial e a desse país. Um exemplo ilustra essa possibilidade.

Ao longo dos anos, a indústria de computadores nos países desenvolvidos desenvolveu novos processadores, passando por 286, 386, 486 e Pentiums, até o Quad Core.

Um país atrasado, sem acesso a computadores, pode adotar a última tecnologia disponível, sem a necessidade de passar por todas as etapas anteriores. Ele não vai pagar o custo da inovação, mas sim o da imitação, geralmente menor.

O salto de produtividade é gigantesco em um curto espaço de tempo, assim como o consequente crescimento econômico. Esse salto é maior do que aquele verificado pelos países que foram obrigados a passar por todas as etapas do processo de evolução da tecnologia.

Processo dessa natureza ocorreu com a China quando ela decidiu se integrar à comunidade econômica internacional. Em 2000, ano em que entrou para a Organização Mundial de Comércio (OMC), o seu PIB per capita era de um país de renda baixa, o equivalente a 10% do PIB per capita que os EUA tinham em 1985.

Demorou somente sete anos para ela passar a ser uma economia de renda média, com o PIB per capita correspondendo a 20% do PIB per capita dos EUA em 1985.

O Japão e o Brasil, por exemplo, demoraram, respectivamente, 37 e 17 anos para dar o mesmo salto, como mostraram os economistas Stephen Parente e Edward Prescott, que desenvolveram essa ideia de adoção de tecnologia.

Quanto mais tardiamente um país entra no jogo, mais espetacular será o "milagre".
Assim, é totalmente injusta a comparação do desempenho econômico recente do Brasil com o chinês -ou até mesmo com o indiano, frequentemente utilizado por analistas.

A colocação desses países no mesmo saco ("Brics") é enganosa. É de se esperar um crescimento mais vigoroso da China, dado o seu estágio de desenvolvimento. Apesar do seu sucesso recente, ela tem ainda um PIB per capita de 70% do brasileiro.

À medida que a diferença entre os desenvolvimentos tecnológicos da China e da fronteira do mundo se reduz, o mesmo ocorrerá com as suas taxas de crescimento. É verdade que os chineses investem substancialmente em educação e que os pais cobram dedicação dos seus filhos aos estudos. Mas eles vão ter de parar de imitar e vão ter de criar, o que é mais difícil.(...)

24 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Evolução (Star Wars)

EUA irá adotar as IFRS

Apesar das normas internacionais de contabilidade, as IFRS, serem adotadas por mais de cem países, segundo apregoa o Iasb, o principal mercado acionário do mundo (e a maior economia) sempre manteve distância das IFRS. Até agora.

Uma declaração do contador chefe da SEC, que regula o mercado acionário das empresas dos Estados Unidos, parece indicar que em poucos meses a maior potência mundial irá endossar as IFRS. A declaração ocorreu num painel em Londres, justamente onde fica a sede do Iasb.

As declarações foram bem recebidas pelo Iasb e também pelas grandes empresas de auditoria, que fizeram (e estão fazendo) um grande investimento nas normas internacionais. Uma declaração de um executivo da Deloitte afirma que os termos usados por Kroeker, o contador chefe da SEC, confirma claramente que os EUA irão usar as IFRS.

O presidente do Iasb, o historiador Hans Hoogervorst, afirmou: "acho que eles estão no caminho certo".

Entretanto, apesar do otimismo daqueles que são favoráveis as normas internacionais, as palavras de Kroeker não são plenamente precisas. Ele usou o termo "poucos meses", mas isto é realmente vago. Este mesmo termo foi usado em dezembro, durante uma conferência do AICPA. No passado a SEC usou o termo "condorsement" para descrever como seria o processo de adesão dos Estados Unidos. Agora parece que Kroeker rechaçou este termo ao afirmar que não seria uma boa ideia inventar palavras. Sua preferência parece ser pelo termo "aval" (endorsement).

Ouro

O gráfico mostra o uso de ouro em 2011 no mundo. Quando pensamos no outro pensamos em investimento. Mas investimento representa somente um terço do uso deste metal. Quase a metade vai para jóias. Mas os eletrônicos (8%) e as moedas (6%) também são relevantes. Dentistas (1%), Medalhas (2%) e outros usos (2%) completam a figura. Fonte dos dados: aqui

Crise na Grécia e os efeitos sobre os balanços

O banco escocês RBS obteve prejuízo de £ 1,997 bilhão (US$ 3,1 bilhões) no ano de 2011, 78% maior do que o registrado no ano anterior.

A instituição afirmou que as incertezas com a Grécia levaram a um aumento nas provisões para perdas - fatia dos ganhos reservada para fazer frente a possíveis calotes.

No ano, as provisões para perdas com títulos soberanos somaram £ 1,1 bilhão, sendo que esse gasto não existiu no ano anterior. O RBS declarou que detém £ 1,45 bilhão (US$ 2,2 bilhões) em títulos do governo grego. (...)



Fonte: aqui

Gagos

De acordo com reportagem publicada ontem pelo site do jornal O Estado de S. Paulo, cidadãos portadores de "distúrbios na fluência e temporização da fala" - ou seja, os gagos - têm direito a pagar apenas metade da conta.

Sob uma presumível nobreza de propósitos, existe uma lógica de imbecilidade retumbante: tais cidadãos, por suposto, gastam ao telefone o dobro do tempo necessário. Portanto, nada mais justo que paguem metade da fatura.

O autor dessa preciosidade certamente se esqueceu de propor descontos de 75% para ligações de um gago para outro - ou de excluir os pacotes de dados do benefício.

Até onde se sabe, distúrbios na fluência e temporização da fala não tornam mais pesados os textos e fotos transmitidos por SMS e MMS.

Além disso, a lei diz respeito apenas aos telefones celulares - não se estendendo à telefonia convencional. Ou seja: no Mato Grosso do Sul, atestado de gagueira só vale para conversas que viajam pelo éter; mas não para os diálogos travados via cabo.



Fonte: Brasil Econômico

Basileia 3

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) avalia que o edital para as regras de aplicação de Basileia 3 no Brasil, publicado na sexta-feira, trouxe "novidades importantes (e positivas)". Entre os pontos que agradaram a instituição está o fato de os bancos poderem seguir o cronograma internacional para a dedução dos créditos tributários gerados nas provisões de créditos.

Antes, previa-se que o Banco Central anteciparia essas deduções, que poderiam começar a ser feitas já neste ano. Agora, espera-se que entrem em vigor só em 2014. Daqui a dois anos, o crédito tributário que tem origem em provisões de créditos começará a ser descontado do capital a um ritmo de 20% ao ano, até ser totalmente eliminado da conta do capital principal em 2018.

A entidade alerta, porém, que a diferença entre as regras contábeis e fiscais no Brasil gera "montantes desproporcionalmente elevados" nos balanços dos bancos. No Brasil, os créditos tributários representam 34,2% do patrimônio líquido das instituições. Na Europa, esse índice é de 16,6%; nos Estados Unidos, de 16,3%; e na Ásia, de 17,3%.



Fonte: aqui

Escalada da inadimplência

A escalada da inadimplência no Brasil está obrigando os bancos a guardarem um volume recorde de recursos para cobrir o rombo deixado pelos maus pagadores — uma fortuna de R$ 115 bilhões até dezembro do ano passado. Comparado ao fim de 2010, esse colchão anticalote cresceu 21,5% e tem custado às instituições uma fatia expressiva dos lucros. Os dados do Banco Central mostram que esse montante se expande a cada dia, e mais: evidenciam que o setor privado, sobretudo o estrangeiro, é o que exige menos garantias para emprestar e, portanto, tem registrado as maiores taxas de incremento nas provisões.

Os bancos particulares elevaram suas reservas em 25,5%, enquanto as instituições públicas aumentaram a rubrica em 14%. Na abertura entre nacionais e estrangeiros, os primeiros elevaram as provisões em 24,6% e os demais em 28,1%. Na visão dos especialistas ouvidos pelo Correio esse avanço decorre da rápida expansão do crédito em 2009 e 2010, que levou o brasileiro a um endividamento sem precedentes. Atualmente, quase 50% da renda familiar está comprometida e, agora, a fatura dessa farra dos empréstimos começou a cair no colo dos bancos. A inadimplência do consumidor está em 7,3% e, conforme mostram os dados do Banco Central, os clientes “A”, de risco quase nulo e maior poder aquisitivo, têm liderado os calotes. “É um número muito alto, mais que o dobro da média mundial”, alerta o economista Roberto Luís Troster.

O volume de provisões é tão elevado que superou as reservas feitas em 2008, após o agravamento da crise global, para essa finalidade. Em relação àquele período, o colchão dos bancos aumentou 76,4%. Para Troster, o aperto feito pelo BC no início de 2011, que deixou mais caras algumas linhas de financiamento mais longas, aliado à elevação da taxa básica de juros (Selic), complicou ainda mais a vida do consumidor. “Aquele pacote barrou o crédito, mudou a composição das carteiras e as linhas ficaram mais apertadas. Muita gente se enrolou ainda mais”, explica. Em sua avaliação, as famílias deverão permanecer com os orçamentos estrangulados por um longo período, obrigando os bancos a manterem suas provisões altas ao menos até o fim do segundo semestre. Mesmo com um pequeno recuo, para Troster a inadimplência fechará o ano em torno de 5%.


Fonte: aqui

Apple

O sucesso de vendas dos aparelhos eletrnônicos da Apple levou o preço das ações acima de 500 dólares,tornando-se assim a maior empresa dos EUA, com uma capitalização de mercado de 475 bilhões de dólares. Não obstante, seu tamanho gigantesco torna "mais complicado" a análise econômico-financeira de outras empresas norte-americanas, que compõe o S&P 500. Segundo o WSJ:

While most U.S. companies have struggled to meet earnings expectations, the Cupertino, Calif.-based maker of iPads and iPhones has surpassed even the most bullish of expectations, reporting $13.1 billion in profits during the fiscal 2012 first quarter that ended Dec. 31, more than double that of a year earlier. Revenue soared 73% to $46.3 billion. Those earnings account for about 6% of the S&P 500′s fourth-quarter earnings, according to S&P Indices, making Apple the biggest earnings contributor to the S&P 500.”


23 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Numa cerimônia oficial, a Princesa Maria Isabel, da Dinamarca estava distraída. Mas Pentti Arajarv, esposo de Tarja Halonen, presidenta da Finlândia, estava bem atento.

Links

Economia
Grécia está quebrada e não pode ser consertada Divórcio inevitável?

BRICs quase foram RICs

Evidenciação
Pane na CVM atrapalha a divulgação das demonstrações contábeis

Erro de digitação faz Petrobras republicar o balanço

Política
Os países que nunca foram conquistados pelos europeus

Ex-dirigente da Deloitte assume cargo no Iasb

Fraude
Obama recebeu dinheiro na campanha de esquema Ponzi

A contabilidade criativa da Groupon

Ex-presidente da Olympus é detido por fraude

Ex-diretores do PanAmericano querem indenização trabalhista

Governo, muito governo
Inchaço da Infraero e a Privatização dos Aeroportos

Receita Federal de olho nos lançamentos de debêntures

Thaler e as políticas dos governos com bom humor

Empresa brasileira precisa de até 12 carimbos para exportar

Facebook
Damodaran: qual o valor do Facebook? Valor medianao de 70 bilhões

Cartilha dos censores do Facebook

Língua
Língua inglesa é maluca

De quantas línguas precisamos?

Arte
Desenhos com palitos (foto)

15 ebooks sobre Whitney Houston desde sua morte

Fotografia: construindo a Torrei Eiffel

Indústria de Música e Cinema infringe leis de direitos autorais

Cidades
São Paulo é a 45a. melhor cidade do mundo para fazer graduação

Os Banqueiros deveriam mudar para o Rio de Janeiro (Esta cidade eu não conheço)

Custo
Quanto custa construir hoje as Pirâmides? 

Qual o custo da Estrela da Morte (Star Wars)? 

Manchete

Brasil pede à China que controle exportações ao país


O vice-presidente Michel Temer cobrou nesta segunda-feira a China a controlar o fluxo de produtos chineses vendidos ao Brasil, para evitar prejuízos à indústria nacional.

"Nos preocupamos com o aumento maciço e indiscriminado de produtos chineses no mercado brasileiro, o que, somos obrigados a registrar, ocasiona o deslocamento da produção brasileira", afirmou Temer, em discurso durante o segundo encontro da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), em Brasília.

Em seu discurso, antes do almoço com o vice-premiê chinês, Wang Qishan, Temer disse ter solicitado à China que considere um "eventual dimensionamento voluntário" das exportações chinesas ao Brasil.



O governo federal deveria relembrar que para exportar mais você tem que importar mais. A imposição de tarifas e/ou outro tipo de barreiras leva a uma diminuição do comércio exterior. Vide a evolução do exportações e importações sul-coreanas a partir dos anos 80 , a teoria da simetria de Lerner, e a recente falta de insumos para a indústria argentina.

GM

Sobre o resultado da General Motors:

Segundo o diretor da Consult Motors, Valdner Papa, o prejuízo obtido na América do Sul foi resultado da ajuda da unidade brasileira durante e após a crise econômica nos Estados Unidos.

"Foram enviadas altas remessas de lucro do Brasil para o Estados Unidos, que reduziram em 2011 os investimentos em novos produtos, modernização dos parques produtivos", disse.

Segundo Papa, a competitividade de outras marcas também afetou o lucro da GM. "Sem novos produtos para competir, ela abriu mão da margem de lucro para manter as vendas", afirmou.



Fonte da Imagem: Aqui

Facebook

Damodaran, ao comentar sobre a avaliação do Facebook, destaca parte do prospecto da empresa:

Zuckerberg tem a capacidade de controlar o resultado das questões apresentadas aos nossos acionistas para aprovação, incluindo a eleição de diretores e qualquer incorporação, fusão ou venda de todos os nossos ativos. Além disso, o Sr. Zuckerberg tem a capacidade de controlar a gestão e assuntos da nossa empresa como resultado de sua posição como nosso presidente e sua capacidade de controlar a eleição de nossos diretores. Além disso, no caso de Zuckerberg controlar a nossa empresa no momento de sua morte, o controle pode ser transferido para uma pessoa ou entidade que ele designa como seu sucessor.


Damadoram questiona se o Facebook deseja acionistas ou emprestadores de dinheiro.

Caixa = Recursos?

A Petrobrás resolveu contestar um colunista de um jornal sobre a questão de saída ou não de caixa da cessão das reservas do pré-sal:

Refere-se à menção, no artigo, ao fato de ter sido a empresa capitalizada, em 2010, com R$ 75 bilhões de preciosos recursos do Tesouro. A Petrobras viu nessa afirmação um "erro" a ser corrigido. "A verdade dos fatos: na capitalização da Petrobras, a União aportou títulos da dívida pública. Em sequência, recebeu esses mesmos títulos como pagamento, pela Petrobras, do Contrato de Cessão Onerosa. Portanto, para a União, não houve saída de caixa."


O argumento é de um primitivismo estarrecedor. Pouco importa se houve ou não saída de caixa. A União dispunha de reservas de petróleo que, se tivessem sido licitadas, teriam gerado R$ 75 bilhões ao Tesouro, mais de 2,5 vezes o total de gastos do PAC em 2011. Recursos públicos que, num país de tantas carências, poderiam ter tido destino incomparavelmente mais nobre. Basta olhar em volta. É lamentável que a Petrobras não consiga entender quão preciosos, de fato, eram os recursos com que foi aquinhoada na capitalização de 2010. Uma noção clara do uso alternativo que poderiam ter tido ajudaria a Petrobras a ver com outros olhos, por exemplo, os custos do programa de favorecimento à produção local de equipamentos.


Realmente não ocorreu saída de caixa. Mas ocorreu uma capitalização através de ativos.

Vale

Dentre as empresas brasileiras de capital aberto, a Vale anunciou ontem o maior lucro já reportado na história do mercado nacional. O lucro líquido de R$ 37,814 bilhões no exercício de 2011 supera o da Petrobras divulgado em 2010, de R$ 35,189 bilhões, e o da estatal de petróleo em 2011, de R$ 33,313 bilhões, conforme levantamento da Economatica, que comparou os lucros nominais de todas as empresas brasileiras de capital aberto reportados àComissão de Valores Mobiliários (CVM).


Fonte: DCI. É interessante que não foi somente este jornal que comparou o resultado da Vale com a Petrobrás. A Folha de São Paulo também enfatizou a comparação, mas em termos de aumento no valor de mercado:

Desde a privatização, ganho da empresa cresceu 4.900%; no mesmo período, o da petroleira subiu 2.104% (...) Desde que a Vale foi privatizada, em 1997, o lucro cresceu 4.900%. O da Petrobras, que permaneceu com o Estado, subiu 2.104%.

Frase

Fica evidente que a política de preços da Petrobras envolve um conflito de interesses, entre os objetivos políticos do Planalto e a saúde da maior empresa do Brasil.  (Folha de S.Paulo, 17/2/12)

22 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Humor social, mercado acionário e reeleição


Algumas vezes, o mercado acionário reflete tendências econômicas, assim como, a economia pode indicar os rumos políticos. Assim, numa época de crise, quando a economia se recupera, o desemprego cai, os investidores confiantes colocam dinheiro em investimentos mais arriscados e o preço das ações se eleva. Por consequência, os eleitores tendem a recompensar o atual presidente com mais um mandato.

Destarte, pesquisadores utilizaram dados sobre a produção econômica, preços, desemprego e desempenho do mercado de ações e relacionaram essas variáveis com as eleições presidenciais norte-americanas, desde 1792. Nos três anos que antecederam o dia de cada eleição , eles identificaram uma sólida conexão entre a direção do mercado acionário e os resultados das tentativas de reeleição. Os candidatos que atuaram durante os períodos de elevação dos preços das ações (20% ou mais de crescimento nominal do Dow Jones average index) obtiveram mais sucesso na reeleição, do que aqueles que estavam na presidência durante os períodos de queda (10% ou mais de queda do mesmo índice, durante três anos).

Em verdade, o estudo buscou identificar o "humor" social, ou seja, como os cidadãos estavam se sentindo em determinado período, pois, de acordo com a teoria socieconômica, o "humor" social ,que se reflete no mercado de ações, é o indicador mais poderoso dos resultados da reeleição do que variáveis ​​econômicas, como: PIB, inflação e desemprego.

Segundo os autores, um "humor" social cada vez mais positivo produz um mercado de ações em ascensão, bem como votos para o atual presidente, e um "humor" social cada vez mais negativo produz um mercado acionário em queda, bem como votos contra o candidato a reeleição.

Para os autores, é o "humor" social que determina a eleição, e não o mercado de ações. Este é apenas um indicador confiável do temperamento nacional. É bom notar que alguns casos nem sempre seguem a lógica descrita acima, como na vitória de Clinton sobre George H.W. Bush, que não conseguiu se reeleger mesmo com o crescimento de 52% do Dow Jones, durante seu mandato Além disso, é oportuno lembrar que outros fatores estão envolvidos para o sucesso da reeleição,como: aprovação popular,nível de desemprego, guerras et cetera.
Se o estudo for um bom guia para o resultado da eleição de 2012 nos EUA, o senhor Obama pode começar a comemorar, pois o índice Dow Jones average teve um crescimento nominal de 63%, durante o mandato do nobre presidente. Não obstante, nenhum presidente conseguiu se reeleger com a taxa de desemprego superior a 7,2%.

Eu tenho tido a alegria como dom...

Um novo [!!!] estudo publicado no Journal of Consumer Research descobriu que a felicidade significa coisas distintas para pessoas diferentes, dependendo de onde estão focadas: no futuro ou no presente. Como resultado, os comerciantes que estão tentando vender os produtos com base na declaração de que vai fazer os clientes felizes devem ter uma abordagem diferente dependendo de quem é o público alvo.

Os autores do estudo descobriram que as pessoas vivenciam a felicidade, principalmente, de duas maneiras: através da excitação e pela calma. O estudo mostra que os consumidores que associam a felicidade com excitação tendem a ser mais jovens e mais voltados para o futuro. À medida que envelhecem, cada vez mais irão associar a felicidade com calma e com curtir o momento.

A pesquisa revelou que os consumidores que estavam focados no futuro escolheram produtos “excitantes” quando lhes foram oferecidos música, chá ou uma garrafa de água, enquanto isso, os participantes focados no presente tenderam a escolher marcas e produtos calmantes.

O estudo também descobriu que as pessoas podem ser estimuladas a focarem no presente ou no futuro por meio de palavras ou através da meditação.

Como dizer “Eu me sinto feliz” pode significar coisas muito diferentes para as pessoas, o estudo aconselha os setores de marketing a se relacionarem com os consumidores com a promessa de felicidade, considerando que felicidade não significa a mesma coisa para todos

Fonte: Hyperscience

Bolha imobiliária no Canadá

Com os juros em baixa, o mercado imobiliário canadense está crescendo a taxas historicamente altas, elevando os preços domésticos e agravando o endividamento das famílias. De acordo com George Athanassakos , professor de finanças da Richard Ivey School of Business, o Canadá pode estar na iminência de uma correção severa no setor imobiliário:

“Eventually, everything boils down to demand and supply. Whenever this ratio (housing investment as a percentage of gross domestic product) goes over 7 percent, it signifies over-investment in housing and two or three years later, we have a severe correction. We have experienced bubbles and busts before in Canada, it’s nothing new, and I don’t know why this time would be different.”

Observe o gráfico:

Grécia será o novo Lehman ?


Aviso do John R. Taylor:

Global investors either have extremely short memories or they are far too concrete, as my wife the psychologist would say. Saying that Greece is not a bank but a country means nothing. Almost all Europeans argue that a default by the Greek government would now be more straightforward and not as significant as the collapse and bankruptcy of Lehman Brothers in September 2008, especially since the Eurozone, under the influence of the surplus countries, has effectively ‘ring-fenced’ Greece from the other 16 members. Lehman was not a very large factor in the global banking scene with less than one quarter the capital of the biggest US banks and with assets below those of more than 100 banks around the world. Greece might represent less than 3% of the GDP of the Eurozone, but when lined up against Lehman, Greece stands larger in its relevant market.
Anyone can read the newspapers, blogs, and Internet scribblings before the Lehman collapse and see that the impact of its collapse was not expected to be significant. Tim Geithner, then head of the New York Fed, worked to arrange the emergency liquidation of Lehman’s assets and there were expectations that the company could be sold to Bank of America or Barclays, but the Bank of England vetoed a sale to Barclays and the US government refused to lend any support to Bank of America in its effort to buy Lehman.

Rereading the documents and remembering the situation as I set out for a weekend cruise on the Chesapeake, the world was not worried. The market had already seen the rescues or restructuring of Washington Mutual, Countrywide, Fannie Mae, and Freddie Mac, so no one was worried. This looked like another Bear Stearns, a manageable problem but this time the Bush administration was not interested in getting involved – ‘let the market solve this, don’t throw good money after the bad.’ So, what is the difference now? The world is as blasé about a Greek default or departure from the euro as it can be – credit spreads are dropping, the other weak Eurozone sovereigns are financing themselves easily, and everyone thinks the LTRO has solved the problem for the next year or two. Why should we worry about Greece? Who cares if their unemployment is 20.9% and climbing very fast, or that it is now in its fifth year of declining GDP? Let’s teach them a lesson!

Hubris is at the heart of this. Everyone says this cannot happen – we won’t allow it. Says who? The EU says: if it is written in an agreement, it must be totally correct, unchangeable, and followed at all costs. New realities can’t intervene and no slippage is allowed. Why the Germans are so sure that they know the future is beyond me. They are fallible too, but they won’t admit it, and the Greeks can’t make them budge. Haven’t they looked around? Santorini has a different economic and social cost structure than Wiesbaden. Humanity (and common sense) seems totally lacking in the negotiations with the Greeks and a violent backlash would be totally understandable.
Why the countries that have been fattening up their current account surpluses selling products to Greeks, whom they should have known were basically broke – just as they always have been – should be paid 100% on the euro is beyond me. Major losses should apply not only to sovereign borrowings but also to accounts receivable for cars, electronics, and other consumer goods. The market has not opened its eyes to the impact this Greek unraveling will have.
The Eurozone will be mortally wounded and the world will suffer a significant recession – maybe as deep as 2008. European banks will lose much of their capital base and many should be bankrupt, but just as in the Lehman aftermath, the governments will try to save the banks and the banks’ bondholders, solvent or not. As the bank appetite for Eurozone sovereign paper will be decimated, austerity will probably follow shortly, followed by deflation and uncontrollable money creation. The European recession should be one for the record books.

Futebol e Mercado II


Pesquisa do Banco Central Europeu constatou que os traders prestaram menos atenção no mercado acionário durante os jogos de suas seleções na Copa do Mundo de 2010.Semana passada comentamos sobre o assunto. Veja o resumo da pesquisa:

At the 2010 FIFA World Cup in South Africa, many soccer matches were played during
stock market trading hours, providing us with a natural experiment to analyze fluctuations in investor attention. Using minute‐by‐minute trading data for fifteen international stock exchanges, we present three key findings. First, when the national team was playing, the number of trades dropped by 45%, while volumes were 55% lower. Second, market activity was influenced by match events. For instance, a goal caused an additional drop in trading activity by 5%. The magnitude of this reduction resembles what is observed during lunchtime, and as such might not be indicative for shifts in attention. However, our third finding is that the comovement between national and global stock market returns decreased by over 20% during World Cup matches, whereas no comparable decoupling can be found during lunchtime. We conclude that stock markets were following developments on the soccer pitch rather than in the trading pit,leading to a changed price formation process.

Bebida e volante



Três adesivos que alertam sobre o perigo da bebida. Fonte; Aqui

21 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio


"Olá, caríssimos! A charge de hoje remete ao incêndio nos barracões das escolas de samba do Rio de Janeiro. No Brasil, nem o Carnaval tem mais sossego... Vamos rir pra não chorar, né? Abraços!" Por Júlio Cunha Neto

Entraves às exportações

Além das aprovações oficiais, exportadores têm de superar mais de cem leis e 130 encargos

País tem 19 mil pessoas jurídicas exportadoras, metade do número de importadores; governo cogita facilitar processo. Os exportadores brasileiros estão sujeitos aos carimbos de aprovação de até 12 órgãos diferentes do governo. Hoje, há mais de cem leis que regem a área no Brasil e 130 impostos e tributos relacionados à atividade.


Nesse cenário, não causa espanto que o país tenha apenas 19,3 mil pessoas jurídicas exportadoras atualmente. Ou seja, 0,4% das 4,5 milhões das pequenas, médias e grandes empresas brasileiras. No caso de importadores, o número é maior, de 43,5 mil no ano passado, mas ainda representa somente 0,9% do total, de acordo com estudo feito pela AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil). "É essencial que o governo brasileiro racionalize o comércio exterior", afirma José Augusto de Castro, presidente da entidade.

"A burocracia é exagerada e as dificuldades acabam inviabilizando nossa atividade", completa.
A quantidade de documentos necessários para vendas de produtos brasileiros a outros países é enorme. Fazem parte da lista itens como os comprovantes de exportações e de embarque, o certificado de origem e a legalização consular, entre outros.


"O Brasil é um dos países em que se leva mais tempo no desembaraço de itens na aduana, seja para a importação de insumos ou para a exportação de produtos. Ficamos com uma média de espera de cinco a sete dias", diz Jorge Zaninetti, sócio do setor tributário do escritório Siqueira Castro Advogados.

Dados do Banco Mundial mostram que o país caiu da 120ª para a 126ª posição em ranking que mede a capacidade de países de facilitar negociações comerciais.

CADASTRO POSITIVO


A solução pode vir de uma medida em estudo no Ministério do Desenvolvimento.
A ideia é preparar um tipo de cadastro positivo dos exportadores, para que empresas bem avaliadas possam pular etapas no processo de desembaraço de mercadoria. Também há um esforço para unificar a legislação do setor.


O Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) afirmou, por meio da sua assessoria de imprensa, que menos de 10% das exportações precisam ter anuência da pasta.
Ressaltou também que no último dia 1º entrou em vigor o Novoex, sistema de registro de exportações que pode ser acessado diretamente na internet, sem instalação de programas adicionais.


A burocracia, entretanto, não é o único problema dos exportadores, de acordo com Luiz Barretto, presidente nacional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas)."A falta de escala também limita. Tem havido mudanças para favorecer que as pequenas empresas exportem. Uma delas foi o aumento do teto do Simples para as exportadoras", diz.
"O valor dobrou e, desde janeiro, passou a ser R$ 7,2 milhões de faturamento anual, desde que R$ 3,6 milhões venham de exportações."


AVANÇO


O quadro atual não é bom, mas já foi muito pior, diz Ivan Ramalho, presidente da Abece (Associação das Empresas de Comércio Exterior) e ex-secretário-executivo do Mdic.
"Antes, tudo era feito integralmente por meio de papéis. Hoje o exportador já pode usar o Siscomex [Sistema Integrado de Comércio Exterior]", afirma.

Minoritários na Justiça

Duas entidades que alegam proteger o interesse dos minoritários do Pão de Açúcar entraram em fevereiro com uma ação na 12a Vara Cível de São Paulo. Para as entidades, os minoritários foram prejudicados pelo fracasso da tentativa de fusão de Pão de Açúcar e Carrefour, no ano passado.

A ação é movida pelas desconhecidíssimas APAMPA (Associação de Proteção Coletiva dos Acionistas Minoritários Investidores do Pão de Açúcar) e ABRAC (Associação Brasileira de Defesa dos Direitos e Garantias Fundamentais do Cidadão). O valor da causa? 4,6 bilhões de reais.

Os requerentes, representados por dois advogados de Ribeirão Preto, afirmam que dois pareceres de juristas da Universidade de São Paulo embasam a ação. E prometem entrar na justiça americana em três semanas.

Fonte: aqui

Fugaz como a alegria do carnaval

Às sextas feiras o jornal Correio Braziliense publica a “Crônica da Cidade”, escrita por Conceição Freitas. Confesso que não sou uma seguidora exemplar, mas muito sorri com os textos que pude ler. O do dia 18, intitulado “felicidade é para os corajosos” foi perfeitamente publicado em época de carnaval.

A frase de dona Carmo, a mãe de Caetano e Bethânia, virou refrão de música gravada por Jorge Vercillo. “Ser feliz”, disse a baiana de 104 anos, “é para quem tem coragem! Coragem é um dote. Coragem é para quem pode!”.

Fosse um mineral, a felicidade não seria diamantes nem ouro. Seria grãos de areia. A felicidade é granulada, pode estar numa garrafa ou numa praia. É para quem tem coragem, mas não apenas os destemidos experimentam a plenitude do viver. Há quem seja feliz e nem saiba disso.

A felicidade pode ser um dote. Há quem tem tudo para ser feliz e viver arrastando infelicidade pela vida. E quem consegue se equilibrar, vibrantemente, entre abismos. A felicidade é uma vocação.

Mas quem não nasceu com o gene da felicidade não está condenado ao sofrimento eterno. Aprende-se a ser feliz. Uma das primeiras aulas de curso de bem-estar é ensinar ao aluno a arte (corajosa) da renúncia.

Ninguém tem tudo, nunca. Daí que essa insana busca por riqueza carrega consigo a condenação à infelicidade. Não há dinheiro que compre a felicidade, e disso, no escondido de si mesmo, sabem os muito ricos. Os excessivamente pobres nem têm tempo nem estômago para pensar na felicidade. Estão completamente concentrados na luta pela sobrevivência.

Ser uma celebridade também não garante a felicidade. Vejam as mortes trágicas, as internações e as perturbações de muitos dos que conseguiram o sucesso de público. Riqueza, poder e fama são terrenos escorregadios. Ricos, poderosos e famosos correm o contínuo risco de perder o chão, de achar que podem tudo, que a realidade a eles se curva, por bem ou por mal, para o bem e para o mal.

Dia desses conheci uma executiva de grande empresa que está largando a carreira bem-sucedida para, temporariamente, cuidar da família. Ela me disse que o importante na vida não é só a carreira nem só a família nem só viagens e diversões. A vida, ela já aprendeu, é o conjunto de tudo aquilo que nos é essencial. E que agora o que ela mais precisa é de ficar perto da família.

Ser feliz é colecionar grãos de areia. É preciso ter coragem e paciência para tirar da roda-vida aquilo que verdadeiramente nos é indispensável. E saber que areia não dá lucro, não traz poder nem reconhecimento. E, se trouxer, é acessório.

A alegria exultante é fugaz como a alegria do carnaval. É extasiante, e libertadora, vale enquanto incide seus efeitos sobre nós, mas passa. O gosto pela vida não se reduz ao carnaval, à riqueza, ao poder, à fama. Pode até, em algum momento, passar por uma dessas instâncias, mas não se reduz a ela. A felicidade se espalha em grãos quase invisíveis, pelo decorrer da vida – em períodos de mais escassez ou mais fartura. Ela é uma conquista que depende de coragem para reconhecer nossos limites e nossa finitude, para perceber que fomos honrados com o milagre da vida e que o que é importante pra você pode não ser importante pra ninguém mais. E daí?

20 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio


Fonte: Tiras do Euricéfalo

Pós-graduandos, contadores que estão preparando demonstrações para publicação, auditores - geralmente pulam mesmo o carnaval! #BusySeason