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21 junho 2011

Argentina troca Porsche por vinho

Para cada unidade vendida na Argentina do Porsche 911 Carrera, uma máquina de 345 cavalos que vai de zero a 100 km/h em menos de cinco segundos, o empresário Hugo Pulenta terá de exportar mais de duas mil caixas de vinho e dezenas de vidros de azeitona em salmoura. Pulenta é, ao mesmo tempo, dono de uma das adegas mais tradicionais de Mendoza e responsável pela comercialização da marca alemã de luxo no país. Por essa "coincidência", nas palavras dele, o empresário usou o setor vinícola para fechar acordo esdrúxulo com o governo argentino.

Desde o início do ano, quando ficou assustado com a deterioração da balança comercial, o Ministério da Indústria adotou a política do "um por um" nas importações de veículos. Para cada dólar importado, as montadoras precisam exportar outro dólar. Como muitas delas não têm sequer uma fábrica de parafusos na Argentina, precisaram fazer essa compensação em diversos setores - mecanismo aceito pelo governo.

Fonte: Daniel Rittner -Valor Econômico

20 junho 2011

Rir é o melhor remédio











Teste 491

Na sexta-feira, nas páginas do Valor Econômico, foram publicadas as Demonstrações Financeiras da Zema. Esta empresa representa uma rede de supermercados de Minas Gerais, com uma receita líquida de vendas de1,3 bilhão de reais. Ao acessar o endereço da empresa é possível encontrar um link para o relatório de sustentabilidade da empresa... de 2006. Nas demonstrações publicadas, eis a composição do patrimônio líquido:

Capital Social .... 23 305
Reservas de Reavaliação ... 20 937
Lucros (prejuízos) acumulados ... 86 340
Lucros (prejuízos) do exercício ... 23 274
Total do Patrimônio Líquido … 156 856

O que existe de estranho nestes valores?

Resposta do Anterior: 25 de erros. Provavelmente um valor muito elevado para qualquer contabilidade. Fonte: Telegraph

Incentivo

No filme Freakonomics, um dos autores lembra que sua filha pequena não estava conseguindo fazer as necessidades no vaso. Como economista, decidiu criar um sistema de incentivos para a situação: toda vez que sua filha usasse o vaso ganharia um M&M. Três dias depois, a menina não somente estava usando regularmente o vaso, como aprendeu a fazer aos poucos. Em meros três dias, uma criança de três anos já sabia como burlar o sistema de incentivos criado.

Notícia recente mostrava que:

Beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida pedem demissão do trabalho para se enquadrar no limite de renda para adquirir um imóvel financiado pela Caixa Econômica Federal. Famílias que receberam ontem as chaves de seus apartamentos, em Blumenau (SC), disseram ao Estado que largaram o emprego para ter renda familiar de até R$ 1.395, teto estipulado pelo governo para obter o financiamento.

Um dos casos era o seguinte:

"Eu tive que sair do meu serviço para ter acesso a isso. Na assinatura do contrato, tive que sair do emprego", afirmou Maria Janete da Silva, de 52 anos, que trabalhava havia 14 anos na Souza Cruz e assinou contrato com a Caixa no mês passado. Instalada numa moradia provisória, ela recebeu ontem as chaves do apartamento de 41,36 m², durante a cerimônia que contou com a participação de Dilma.


Janete contou que ganhava cerca de R$ 700 por mês atuando no controle de qualidade da empresa. Somando esse valor ao salário do marido, auxiliar de caminhoneiro, a renda superava o teto da Caixa. Ela optou pelo desligamento do emprego, pouco antes de apresentar a documentação ao banco.

Futebol

Se o valor dos ingressos de futebol é sempre um número redondo (R$ 15, R$ 20, R$ 50), por que a renda divulgada é sempre quebrada? Exemplo: Avaí 4 x 1 Goiás, ano passado, foi R$ 20 757,50.
Francisco Gaiga, Florianópolis, SC

A regra não é clara: varia de acordo com o campeonato e o responsável pelo jogo. Nesse caso, a conta é quebrada porque, para cada sócio que comparece, o Avaí agrega à renda R$ 2,50 - simbólicos, já que os sócios não compram ingresso, pagam mensalidades. Como, no jogo que você citou foram 7 313 sócios avaianos, o dinheiro imaginário de R$ 18.282,50 foi responsável por 88% da renda.


Fonte: Super Interessante

Livros de negócios mais vendidos em junho

Por Isabel Sales

Essa é a lista publicada pelo jornal The New York Times, em 19 de junho, dos livros de negócios (paperback) mais vendidos na semana:

1º Drive, de Daniel H. Pink. Em português: Motivação 3.0, editora Elsevier – Campus.

2º The Checklist Manifesto, de Atul Gawande. Em português: Checklist – Como fazer as coisas bem feitas, editora Sextante.

3º The Big Short, de Michael Lewis.

4º The Tipping Point, de Malcom Gladwell. Em português: O ponto da virada, editora Sextante.

5º Freakonomics, de Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner. Em português: Freakonomics, editora Campus.

6º Too Big To Fail, de Andrew Ross Sorkin – Esse não apareceu na última lista que postamos.

7º Unfair Advantage, de Robert T. Kiyosaki.

8º Superfreakonomics, de Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner – Também não apareceu na última lista que postamos. Em português: Superfreakonomics, editora Campus.

9º Predictably Irrational, de Dan Ariely. Também não apareceu na última lista que postamos. Em português: Previsivelmente irracional, editora Campus.

10º The Quants, de Scott Patterson.


Postagem anterior: livros mais vendidos em abril

Numb3rs

Por Pedro Correia

A série Numb3rs foi comentada no post Como gostar de métodos quantitativos :
"Trata-se de uma série de investigação que passou na televisão a cabo brasileira e foi lançada no mercado de vídeo. Em cada episódio, o FBI estava diante de um problema e um grande matemático ajudava o Bureau. Em cada episódio, pelo menos um novo método. Nos Estados Unidos a série era acompanhada de um material didático, com aplicações e exercícios. Mas mesmo sem esta ajuda, é muito interessante acompanhar os irmãos Eppes nas aventuras da série."

Cinco temporadas do seriado estão disponíveis para download aqui.

SEC X Agências de rating

Por Pedro Correia


As agências de rating como a Moodys, Fitch e Standard & Poor têm uma grande parcela de culpa pela crise financeira. Estas agências deram ratings "AAA" para milhares de títulos lastreados por hipotecas do subprime.

O Wall Street Journal informa que a SEC irá impetrar ações judiciais contra as agências de rating por seu papel no desenvolvimento da crise financeira. No entanto, a SEC não está fazendo nada a respeito do conflito de interesses entre as empresas que pagam pelo rating e estas agências.Em verdade, os investidores precisam de informação livre de conflitos.

Leia mais aqui.

Brasil faz 18 leis por dia

"Dá-me os fatos e te darei as leis", diz a máxima sobre o trabalho de um juiz. Pois os juízes brasileiros tiveram de lidar com muitas na última década: de 2000 a 2010, o país criou 75.517 leis, somando legislações ordinárias e complementares estaduais e federais, além de decretos federais. Isso dá 6.865 leis por ano - o que significa que foram criadas 18 leis a cada dia, desde 2000.

Mas, em vez de contribuir para a aplicação do Direito, boa parte dessa produção só serviu para agravar os problemas da máquina judiciária. A maioria das leis é considerada inconstitucional e acaba ocupando ainda mais os tribunais com a rotina de descartá-las. Outras, mesmo legítimas, viram letra morta, pois o juiz as desconhece ou prefere simplesmente ignorá-las. E outras têm a relevância de, por exemplo, criar o Dia da Joia Folheada ou a Semana do Bebê.


Fonte: Blog do Noblat


Os ensinamentos dos orientadores de pós-graduação

Por Pedro Correia

Os ensinamentos dos orientadores de pós-graduação via aqui:

Não existe nada mais antigo na pós-graduação que a relação de amor entre orientador e orientado. Mas seria injustiça dizer que os orientadores não exercem um papel fundamental na vida profissional de todo pós-graduando. Pensando nisso, elencamos algumas das lições valiosas ensinadas com todo o amor e paciência:

Meu orientador me ensinou hierarquia:
“É porque eu acho que fica melhor assim e pronto.”

Meu orientador me ensinou sobre antecipação:
“Espera só chegar a sua banca que você vai ver.”

Meu orientador me ensinou a ter paciência:
“Envie o trabalho para o meu e-mail que assim que puder eu corrijo.”

Meu orientador me ensinou responsabilidade:
“Se você não vier ao laboratório todo dia, corto a sua bolsa.”

Meu orientador me ensinou economia:
“Vou passar para você fazer os orçamentos do meu projeto.”

Meu orientador me ensinou redação:
“Isso está muito ruim, é melhor reescrever tudo.”

Meu orientador me ensinou sobre administração do tempo:
“Você tem que terminar esses artigos até amanhã.”

Meu orientador me ensinou didática:
“Preciso que você dê uma aula no meu lugar amanhã.”

Meu orientador me ensinou humildade:
“Um dia você vai saber tanto quanto eu.”

Meu orientador me ensinou sobre dedicação:
“O que é que você faz da meia-noite às seis?”

Meu orientador me ensinou sobre disponibilidade:
“Atendo alunos somente com hora marcada.”

Meu orientador me ensinou a importância do descanso:
“Você consegue terminar os resumos do congresso nesse final de semana?”

Meu orientador me ensinou a compartilhar:
“Vamos colocar os nomes dos meus outros orientados no seu artigo também.”

Abertura de empresa

O Senado aprovou ontem, por unanimidade, e agora vai à sanção presidencial, o projeto de lei de iniciativa do deputado Marcos Montes (DEM-MG) que trata da empresa individual de responsabilidade limitada. (...)


A proposta acaba com a obrigatoriedade de incluir dois sócios na constituição de uma empresa. Dornelles chamou-o de "Projeto anti-laranja", porque, na maioria das vezes, alegou "o outro sócio não tem interesse na empresa, formando uma sociedade limitada originalmente fictícia, apenas para afastar o risco de afetação do patrimônio pessoal do empresário".


De acordo com o projeto, só o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas dela, excluindo-se o patrimônio pessoal do empresário. (...) 


O texto aprovado pelos senadores prevê que a nova empresa jurídica tenha um patrimônio mínimo integralizado de pelo menos 100 salários mínimos (R$ 55 mil). A empresa individual de responsabilidade limitada só será obrigada a honrar dívidas no limite de 100 salários mínimos, ficando o patrimônio pessoal do empresário protegido.


Cai exigência de dois sócios para abrir firma - Estado de S Paulo, 17 jun 2011, B8