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28 maio 2011

Dívida aumenta e seu custo também

Editorial Econômico - O Estado de S.Paulo
25 de maio de 2011

A dívida do setor público federal continua crescendo, em grande parte em razão da inclusão dos juros não pagos. O estoque da dívida somava, em abril, R$ 1,734 trilhão, com aumento de 2,34% no mês, porcentual seguramente maior que o da inflação do mês e do crescimento do PIB no período. E o preocupante é que ela continua em elevação.

O lado positivo é que a dívida externa apresentou redução de 2,32%, enquanto o estoque da dívida mobiliária crescia 2,38%. Nesta última, verifica-se que a emissão líquida em abril foi de R$ 25,5 bilhões, mas o Tesouro teve de emitir R$ 15,62 bilhões para pagar os juros que o superávit primário não conseguiu cobrir.

O Plano Anual de Financiamento (PAF) do Ministério da Fazenda fixa normas para que a composição da dívida pública não ultrapasse o desejável. O objetivo do PAF é ter a maior parte da dívida em títulos prefixados (mínimo de 36% e máximo de 40% desses títulos). Mas em abril os títulos prefixados, que oferecem a vantagem de o Tesouro poder prever os encargos com mais precisão, ficaram em 34,8%, abaixo do mínimo; e os títulos com taxa flutuante ultrapassaram o limite máximo (de 32%). Nessa categoria estão incluídos papéis cuja remuneração é pela taxa Selic, o que tira das autoridades monetárias a liberdade de fixação da taxa de juros básica, por conta das consequências sobre o custo da dívida.

27 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Se houvessem grafiteiros antigamente, como seriam as pinturas famosas:






Fonte: aqui

Financiamento do Iasb

Ao longo de várias postagens neste blog mostramos a preocupação com a questão do financiamento das atividades do Iasb. O órgão internacional de contabilidade depende substancialmente das doações; em particular, do dinheiro das grandes empresas de auditoria. Isto levanta a questão sobre a real independência de uma entidade que deveria ser neutra.

Aparentemente esta questão também preocupa o próprio Iasb. Num texto recente postado no seu sítio, denominado IFRS Foundation financing, estão expressas algumas opiniões de Robert Bruce. Apesar do Iasb afirmar que as opiniões não representam a Fundação, a divulgação no endereço oficial é representativo.

Bruce reconhece que a questão do financiamento é sensível para o Iasb. Para ele o Iasb tem trabalhado para conseguir recursos de forma eficaz e suficiente e não comprometer sua independência. Bruce afirma que nos primeiros momentos ocorreu uma dependência maior das contribuições voluntárias, as que o Iasb tem-se esforçado para reduzir isto. Segundo ele, em 2005, dois terços dos recursos eram provenientes de contribuições voluntárias. O problema deste tipo de recurso é, nas palavras de Tom Seidenstein, da Fundação IFRS, “a preocupação que este financiamento poderia levar a alguma forma de acesso especial ou de uma situação onde as empresas poderiam ameaçar cortar o financiamento porque não gostam de uma determinada norma”.

Para resolver este problema, a Fundação IFRS tentar substituir este financiamento por patrocínio público ou mecanismos intermediários. Segundo estimativas do próprio Iasb, este ano as contribuições de empresas devem ficar em 34% das receitas, sendo 26% das empresas de auditoria. Uma alternativa, lembra Bruce, são as receitas de publicação. Mas isto pode reduzir o incentivo para países menores.

O lado da despesa também é interessante. Apesar de ter uma equipe menor que o Fasb, por exemplo, os membros do Conselho são quinze.

Apesar de certo otimismo, a equação financeira do Iasb ainda parece não resolvida, na opinião deste blog.

Links

Americanas.com proibida de vender no Rio

O que aconteceu com os demos dos jogos?

Salários e outras informações sobre professores entre os G20

Incentivando a procrastinação

Aversão a perda e como não brigar com o esposo (a)

Bioluminescência em fotos

Tabela completa do histórico do salário mínimo

Video: Markowitz e a teoria de portfólio

Lobby e a crise financeira

A nota C para a Fedex: a idéia que um professor de Yale não gostou

A história de escândalo de um presidente dos EUA

Xadrez

Terminou o torneio para escolha do desafiante do título de campeão de Xadrez. O vencedor foi o israelense Gelfand, atualmente em 17o. lugar do mundo no rating. Gelfand soube aproveitar o cansaço do adversário, que escolheu uma abertura, para o último jogo, que ele é especialista.

Mas de uma maneira geral, o torneio foi chato: a ausência do norueguês Carlsen, que recusou jogar o torneio, o péssimo momento de Topalov, o último desafiante ao título, e os erros do favorito Aronian, além da "aversão a perda" dos candidatos contribuíram. A disputa do título será em 2012, contra o atual campeão, o indiano Anand. 

Exame de Suficiência

Eis a nota do Conselho sobre o resultado do Exame de Suficiência (via blog do Orleans)
O CFC publicou hoje, 26 de maio, no Diário Oficial da União, os resultados das provas da primeira edição de 2011 do Exame de Suficiência. As provas para bacharéis em Ciências Contábeis e para técnicos em contabilidade foram realizadas em todos os Estados no dia 27 de março.

Os resultados publicados já contemplam a anulação das seguintes questões: nº 26, da prova para bacharel em Ciências Contábeis; e nº 01, da prova para técnico em contabilidade.

Segundo a vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC e coordenadora da Comissão Estratégica para validação das provas e procedimentos para a realização do Exame de Suficiência, Maria Clara Cavalcante Bugarim, o índice de aprovação nas provas - 30,83% para bacharel em ciências contábeis e 24,93% para técnico em contabilidade - foi considerado baixo, fato que era previsto pelos membros da Comissão, mesmo sabendo que o nível das provas não era considerado difícil.

Segundo estabelecido no edital nº 01/2010, o Exame de Suficiência tem por objetivo comprovar conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de Bacharelado em Ciências Contábeis e no curso de Técnico em Contabilidade.

"O CFC lutou muito pela instituição legal do Exame de Suficiência porque tinha ciência do nível insatisfatório do ensino de grande número de faculdades de Ciências Contábeis brasileiras", afirmou Maria Clara.

Para a vice-presidente do CFC, o baixo índice de aprovação no Exame de Suficiência deverá forçar as Instituições de Ensino Superior (IES) a melhorar os seus cursos de graduação, caso contrário, poderão ver seus alunos migrarem para faculdades que apresentaram resultados satisfatórios no Exame.

"Os estudantes vão cobrar a melhoria do ensino de Ciências Contábeis de suas IES", disse Maria Clara, acrescentando que, em função dessa realidade, a tendência é que nas próximas edições do Exame de Suficiência o índice de aprovação seja maior.

Pan Americano

O Banco PanAmericano --socorrido em 2010 após apresentar rombo de R$ 4,3 bilhões-- já havia sido autuado pelo Banco Central em 2002 por ter cometido infrações consideradas graves.

Na época, o BC multou o banco em R$ 25 mil (cerca de R$ 39 mil em valores de hoje) e impôs pena de inabilitação para cargo de direção no mercado financeiro a Rafael Palladino, então responsável pela área de crédito.

As punições, no entanto, nunca foram colocadas em prática. Em 2005, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, a quem o PanAmericano apelou contra a decisão do BC, cancelou as punições impostas.

Depois disso, Palladino acabou sendo promovido e se tornou o principal executivo do PanAmericano.

Segundo o BC, o PanAmericano realizou 3.943 empréstimos a pessoas físicas, para a compra de automóveis, disfarçadas de financiamento de capital de giro para empresas no fim da década de 1990. O objetivo da camuflagem era permitir que os clientes do banco pagassem menos impostos.

Fonte: aqui

Currículo


Mas, entre os 42% que afirmam que os brasileiros exageram nas informações, 48% apontam as responsabilidades em seu cargo atual ou anterior como o ponto em que as informações costumam ser aumentadas.

O segundo ponto com mais exageros é o conhecimento de línguas (46%), seguido por razões de deixar o último trabalho (42%).

Currículos brasileiros exageram em responsabilidade e idioma - Folha de São Paulo

Índice de "Vida Melhor"

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançou ontem um índice de "vida melhor" para medir a felicidade dos países, que vai bem além das cifras do Produto Interno Bruto (PIB).

Símbolo da ortodoxia econômica, a entidade marcou ontem seus 50 anos de existência avaliando que chegou o momento de medir o desenvolvimento das sociedades através de indicadores como renda, emprego, educação e habitação, mas também levando em conta a satisfação com a vida e segurança.

"Mesmo se o dinheiro pode, mas não compra felicidade, é importante medir um melhor padrão de vida e de bem-estar", diz a OCDE. A ideia é ilustrar a qualidade de vida capturando a diversidade e prioridades das sociedades.

No lançamento do índice, foram examinados os 34 países da OCDE, teoricamente ricos. A partir do ano que vem, possivelmente a questão sobre até que ponto os brasileiros são felizes também será incluída. Um assessor disse que simplesmente faltaram estatísticas brasileiras para completar a comparação com os ricos.

Austrália, Canadá, Nova Zelândia e os países nórdicos têm os melhores resultados, ou seja, seriam os mais felizes pelos padrões da OCDE. A Coreia do Sul aparece com o seu bem-sucedido sistema de educação, mas perde em outros pontos.

Mas os latinos da OCDE mostram outra realidade. É o caso do México e do Chile. Embora com uma população em boa parte pobre, a medida de satisfação de vida dos mexicanos é maior do que a de italianos e portugueses. O Chile fica na lanterna em vários indicadores, como renda, educação, meio ambiente. Mas 66% da população se diz satisfeita com a vida, acima dos 59% em média no conjunto dos países da OCDE. (A.M.)


Fonte: Valor Econômico via Itamaraty

Qualidade de Vida x Riqueza

Baseado no índice do post anterior a The Economist apresentou este gráfico:




Mais informações no site do OCDE.

Ações

Uma reportagem do “Wall Street Journal” com o título “EUA ficam para trás na listagem de ações” mostra que o número de papéis listados em bolsa de valores nos Estados Unidos despencou 43% desde 1997, num caminho inverso ao que vem ocorrendo no resto do mundo.

O jornal afirma que recentes casos de sucesso de IPOs (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações, o momento em que uma empresa entra na bolsa), como o da empresa de internet LinkedIn, escondem essa realidade, fazendo parecer que a bolsa americana está atraindo cada vez mais companhias.

A reportagem atribui esse quadro a uma combinação de fatores, como o aumento do número de fusões, menor número de empresas abrindo capital, baixos custos de abertura de capital em outros países, entre outros.

Veja a variação do número de ações listadas nas bolsas de países selecionados, segundo dados da Capital Markets Advisory Partners publicados no “Journal”:

País Nº de ações listadas
1997 2011
EUA 8.823 5.072
Reino Unido 2.513 2.938
China 745 2.151
Brasil 545 375

O jornal não dá detalhes sobre os critérios usados no levantamento. Sobre o Brasil, eles citam 375 papéis, mas, no
site da BM&FBovespa, a lista tem mais de 500 empresas.

Fonte: Silvio Guedes - Estadão

Silvio Santos vai vender o Baú

A rede de lojas Baú da Felicidade, do empresário e apresentador Silvio Santos, deve ser vendida entre 60 e 90 dias, segundo revelou o vice-presidente do grupo Silvio Santos, Lásaro do Carmo Junior, em entrevista ao portal de internet iG.

No ano passado, um grupo mexicano já havia feito uma oferta pelo Baú, mas o negócio não se concretizou então.

A primeira venda foi a do próprio PanAmericano, comprado em janeiro deste ano pelo BTG Pactual. Na ocasião, Silvio Santos disse que não venderia mais nenhuma outra empresa. "A única coisa que foi vendida foi o banco", afirmou. "As minhas empresas que estavam como garantia foram liberadas."

Na segunda-feira (23), o grupo Silvio Santos anunciou a venda de outra empresa, a Braspag, de soluções de pagamentos e serviços financeiros. A compradora foi a Cielo, de meios de pagamento eletrônico.

Na semana passada, o banco Panamericano anunciou balanço com lucro líquido de R$ 76,1 milhões no primeiro trimestre deste ano.

Segundo a reportagem do iG, o grupo Silvio Santos quer se concentrar em três áreas: comunicação, consumo e capitalização. Entre as empresas que ficam com Silvio Santos, estão o SBT, a Jequiti Cosméticos e a Liderança Capitalização, que gerencia a Tele Sena.

Fonte: UOL

26 maio 2011

Rir é o melhor remédio


Ioga

Teste 481




Uma das habilidades de um bom contador é saber mensurar. A seguir, três pinturas. Uma delas já foi vendida por 140 milhões de dólares. Qual?

Pintura 1:


Pintura 2


Pintura 3


Resposta do Anterior: Imprensa, Educação e Marketing foram as que atrairam maior atenção. Fonte: aqui

Contador = Impostos

A profissão contábil está muito vinculada a questão de tributos. Existem diversas situações onde isto aparece. Numa nova ferramenta do Google, denominada Correlate, você pode inserir uma palavra aparecem resultados com elevada correlação. Se você digitar “accountant” seis resultados vinculados a “tax” (impostos). Assim, “accountant” e “taxability” possuem correlação de 0,8617 nos resultados das pesquisas, entre 2004 a 2011.

Impostos 3

How Corporations Get Out of Paying Taxes
Via: OnlineMBA.com

Impostos 2

O Fisco diz que finalmente está alcançando a tão propalada inteligência fiscal (Protocolo ICMS 66/2009). Tal empreitada é seriamente comprometida por um fenômeno que há décadas emperra o desenvolvimento do país. Trata-se do descompasso entre a prolixa e indecifrável complexidade da legislação tributária e a sua efetiva aplicabilidade. Basta lembrar que os técnicos de uma conceituada “software house” alemã não conseguiram preparar o mais poderoso sistema de gestão conhecido para atender as necessidades fiscais da maior empresa do Brasil. Isso, apesar de muito dinheiro despejado no projeto. Se uma empresa de porte gigantesco, que investe maciçamente na capacitação do seu capital intelectual passa diariamente por dificuldades relacionadas ao cumprimento das normas tributárias, que dirá as que não dispõem de tantos recursos. (...)

Reginaldo de Oliveira - O Rastro da Onça

Leitura 2

Uma continuação do post sobre leituras em geral de economia; sobre política, cultura, etc. há outros blogs que leio com bastante frequência. Sobre política, Greg Sargent, Josh Marshall, Digby e gosto muito do blogueiro Atrios, que costuma usar todas as palavras que eu não posso usar. E sou um grande fã do pessoal de Crooked Timber.

Alguns perguntaram se não costumo ler sites conservadores. Na realidade, não. Leio tudo o que, segundo me informam, é interessante ou importante; mas não conheço sites de economia ou política desse lado que apresentem em geral análises ou informações que eu deva levar a sério. Sei que precisamos fazer de conta de que ambos os lados sempre têm razão; mas a verdade é que, na maior parte das vezes, não têm. As duas partes não são igualmente irresponsáveis; Rachel Maddow não é Glenn Beck; e um blog conservador, quase por definição, é um blog escrito por alguém que escolhe não se preocupar com esta assimetria. Além disso, a vida é muito curta…

Outras leituras - 9 de março de 2011 - Paul Krugman Dica de Marlon Fernandes, grato.

Leitura

Várias pessoas pediram a lista dos blogs sobre finanças, economia etc. que costumo ler. Não sei se conseguirei ser sistemático. Entretanto, o que posso mencionar é o que leio em geral pela manhã.

Para começar, evidentemente The New York Times - o que faria mesmo que o jornal não fosse o meu empregador. Contudo, é uma leitura imprescindível. Depois olho o Financial Times. Leio os dois jornais impressos, embora, quando viajo, costume lê-los online.

Quanto aos blogs, o primeiro é Economist View, de Mark Thoma, em parte pela profundidade de Mark, em parte por se tratar de uma espécie de bolsa de informações. Em seguida, frequentemente vejo alguns dos links que ele recomenda.

Leio então o Wonkbook, de Ezra Klein, e tudo o que ele traz. E muitas vezes sigo também alguns dos links. A revista Washington Monthly é excelente para acompanhar o que acontece em política.

E lá pelo fim do dia, por causa do horário da Califórnia, Brad DeLong.

Não pretendo com isto menosprezar outros blogs. Leio Calculated Risk, Econbrowser, Rortybomb, Naked Capitalism, Yglesias, o Jon da revista The New Republic, e outros, inclusive não tão sistematicamente.

Há muita informação por aí; se o mundo não estivesse indo para o inferno, seria um lugar formidável.

O que eu leio - 9 de março de 2011 - Paul Krugman. Dica de Marlon Fernandes, grato.

Também tento acompanhar o NY Times e o Financial Times. O Economist View também acompanho, mas não é o favorito. Sempre uso o Reader, a sensacional ferramenta do Google, para estas (e outras) leituras.

Impostos

Cerca de 10% dos poloneses com renda não declarada se dedicam à prostituição, ou pelo menos é isso que eles alegam ao fisco para evitar pagar altos impostos, já que os lucros derivados dessa atividade não são tributados no país. "Obviamente é um número muito elevado, por isso que é evidente que, na maioria dos casos, se trata de uma afirmação falsa com o objetivo de evadir impostos", disse à EFE a contadora Aneta Tomaszek.

O certo é que na Polônia os serviços sexuais em troca de dinheiro não estão proibidos, mas como os bordéis estão, eles costumam existir de forma clandestina. Embora o pagamento por sexo seja permitido, a prostituição se trata de uma atividade remunerada que não é submetida à tributação, o que a transformou em uma fórmula recorrente para justificar ao fisco altas quantias de dinheiro na conta bancária.

Mas esta maneira fácil de evitar o controle do fisco pode ter os dias contados, já que o governo decidiu exigir que as pessoas que asseguram viver do sexo demonstrem que realmente exercem a prostituição e que sua renda provém desta atividade. "Como prova servem as faturas de hotel, as fotos, as anotações no calendário de trabalho ou os e-mails", disse a porta-voz do escritório fiscal de Lódz (centro da Polônia), Agnieszka Pawlak, em declarações à imprensa.

No escritório de Lódz, pioneira na luta contra a fraude, os contribuintes que afirmam se dedicar à prostituição são submetidos a uma entrevista com dois funcionários, na qual devem provar a existência de uma atividade sexual remunerada. "No geral, eles não chegam a essa etapa", acrescentou Agnieszka, já que a maioria de pessoas que dizem se prostituir são incapazes de provar e acabam desistindo.

Os esforços do fisco polonês pretendem reduzir o peso da economia informal no país, onde, segundo um recente relatório do Banco Mundial (BM), corresponde a cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB).

Não se sabe o número de poloneses que realmente exercem a prostituição na Polônia, onde a falta de trabalhos formais contrasta com a intensa publicidade de agências de acompanhantes. Segundo o site especializado na análise dos salários na Polônia, wynagrodzenia.pl, uma prostituta de 18 anos ganha uma média de 180 zloti (cerca de US$ 60) por uma hora de serviço, enquanto o valor se reduz para 110 zloti (US$ 40) quando se trata de uma mulher de 50 anos.

Já o custo de uma noite oscila entre 1,2 mil e 1,5 mil zloti (US$ 420 a US$ 520), com Varsóvia como a região mais cara e Poznan como a mais barata na hora de contratar os serviços de uma prostituta.

Além da existência de um mercado de prostituição real, a Polônia é considerada ainda um lugar de passagem da prostituição europeia, já que se estima que cerca de 15 mil pessoas, em sua maioria mulheres, passem a cada ano pelas mãos das máfias para exercer essa atividade em outros países da Europa, principalmente Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Espanha.
Para evadir impostos, 10% dos poloneses dizem se prostituir - Dica de Alexandre Alcantara

Escassez

Profissões com escassez de talentos

1º Técnicos
2º Engenheiros
3º Motoristas
4º Operários
5º Operadores de Produção
6º Representantes de vendas
7º Secretárias e Assistentes Administrativos
8º Trabalhadores de Ofício Manual
9º Mecânicos
10º Contadores e Profissionais de Finanças

Fonte: exame. Dica de André Brandão (grato)

Defesa do Mercado

O gráfico abaixo, da revista The Economist, mostra a crença no livre mercado. Ao contrário do que parece, o povo brasileiro defende o mercado: é o segundo lugar na lista, após a Alemanha. E também a comunista (?) China. O Brasil é o primeiro na defesa "forte" do mercado. Por que isto não aparece nas campanhas eleitorais?


25 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Atualização da língua portuguesa. A seguir um conjunto de palavras e seu sentido para os dias atuais (nesta ordem). Ou Atualização do Português da Velha Guarda:

creme rinse => condicionador
obrigado => valeu
é complicado => é foda
collant => body
rouge => blush
ancião e coroa => véi
bailinho e discoteca => balada
japona => jaqueta
nos bastidores => making off
cafona => brega
programa de entrevistas => talk-show
reclame => propaganda
calça cocota => calça cintura baixa
flertar, paquerar => dar mole
oi, olá, como vai? => e aê?
cópia, imitação => genérico
curtir, zoar => causar
mamãe, posso ir? => véiaaaa, fui!!!
legal, bacana => manero, irado
mulher de vida fácil => garota de programa
legal o negócio => xapado o bagúio
pasta de dente => creme dental
cansaço => estresse
desculpe => foi mal
oi, tudo bem? => e aê, belê?
ficou chateada => ficou bolada
médico de senhoras => ginéco
superlegal => irado
primário e ginásio => ensino fundamental
preste atenção! => se liga!
por favor => quebra essa
recreio => intervalo
radinho de pilhas => ipod
manequim => modelo e atriz
retrato => foto
jardineira => macacão
mentira => kaô
saquei => tô ligado
entendeu? => copiou?
gafe => mico
fofoca, ti-ti-ti => babado
ha ha ha => uhauhauhauha
fotocópia => xerox
brilho labial => gloss
bola ao cesto => basquete
folhinha => calendário
empregada doméstica => secretária
faxineira => diarista
vou verificar => vou estar verificando
madureza => supletivo
vidro fumê => insulfilm
posso te ligar? => posso te add?
tingir uma roupa => customizar
dar no pé, ir embora => vazar
embrulho => pacote
lycra => stretch
tristeza => deprê
beque => zagueiro
rádio patrulha => viatura
atlético => sarado
peituda => siliconada
professor de ginástica => personal
quadro negro => board
babosa => aloe vera
lepra => hanseníase
Ave Maria!!! => Afffff!!
caramba => caraca
namoro => pegação
laquê => spray
de montão => pracarai!
derrame => AVC
chapa dos pulmões => raio-x
sua bênção, papai => "qualé", coroa?
você tem certeza? => ah! fala sério!
banha => gordura localizada
alisamento => chapinha
boteco no fim do expediente => happy hour
costureira => estilista
negro => afro-descendente
professora => tia, profe
senhor => tiozinho
bunduda => popozuda!
Amorrrrrrr! => Benhhêêêêê!
olha o barulho! => ó o auê aí ô!

(Enviado por Caio Tibúrcio, grato)

Teste 480

Uma pesquisa, na Inglaterra, com jovens mostrou o trabalho que estavam interessados. A surpresa é que 10,3% marcaram contabilidade. Isto foi acima de engenharia (9,2%) e direito (9,2%). As três profissões que despertaram maior interesse nos jovens estão listadas abaixo, com 14,1%, 13,9% e 13,6% (não na ordem).

Educação
Imprensa
Marketing

Você saberia colocar em ordem este interesse?

Resposta do Anterior: Impairment. Fonte: Usinas têm déficit de R$635 milhões. Valor, 24 maio de 2011, B6

Livros Digitais

Apesar de ganharem relevância na discussão sobre a migração dos livros em papel para os meios digitais, os livros eletrônicos, ou e-books, ainda desafiam as editoras nos custos de tecnologia.

Segundo empresas ouvidas pela Folha, os gastos para converter os textos impressos para a versão digital e para revisar todas as edições ainda são uma equação não solucionada pelas editoras.

"Para se converter mil títulos para a versão digital, por exemplo, são gastos de R$ 300.000 a R$ 500.000 adicionais, valores que incluem o trabalho e as revisões", afirma Sérgio Machado, presidente da editora Record.




Custo dos e-books desafia editoras - Camila Fusco - Folha de S Paulo

Leia mais sobre o assunto aqui, aqui e aqui. Sem dúvida nenhuma, um bom estudo de caso para aula de custos.

Morada

O Banco Morada, que sofreu intervenção do Banco Central (BC) no fim de abril, já apresentava sinais de irregularidades no início da década passada. Em 2002, o próprio BC identificou pagamento realizados a parentes consangüíneos e afins dos diretores do banco. De acordo com a fiscalização, os valores foram registrados como despesas, mas o banco não comprovou a prestação de serviços para justificá-las. No ano seguinte, o Morada e cinco de seus diretores – todos sócios de empresas controladoras da instituição – foram multados em R$25 mil cada um. (...)

BC multou Morada por fraude em 2003 – Valor Econômico – 25 de maio de 2011 – Cristine Prestes

Efeito Streisand

O chamado efeito Streisand recebe este nome em homenagem a cantora e atriz Barbra Streisand. Barbra tentou restringir fotografias de sua residência e, ao contrário do que esperava, tal fato ganhou muito mais publicidade.

O efeito Streisand diz respeito a tentativa de ocultar ou remover um pedaço de informação e que provoca um efeito contrário, ampliando a divulgação do fato. No Brasil sugerimos, no passado, o nome de Efeito Cicarelli

Recentemente o jogador Ryan Giggs, do Manchester United, tentou impedir a divulgação de informação sobre um suposto romance com Imogen Thomas (abaixo, uma foto comportada da ex-BBB da Inglaterra).

Índia

Uma das maiores economias do mundo, a Índia anunciou um recuo na adoção das normas internacionais de contabilidade. (Fonte, aqui). Este é mais um capítulo no esforço que o Iasb está fazendo para conquistar mais países para seu padrão de contabilidade.

Futebol e Finanças 4

O Clube Atlético Paranaense foi a agremiação brasileira com o melhor desempenho financeiro do futebol nacional ao longo de 2010 e leva o título de "Melhor Clube do País" do ranking realizado pelo jornal Brasil Econômico.

O trabalho tem como base as demonstrações financeiras dos 20 times que disputam a Séria A do Campeonato Brasileiro deste ano.

Para chegar ao resultado, utilizamos oito critérios que demonstram a eficiência dos clubes para manter a saúde financeira da agremiação ao longo da temporada aliando também ao desempenho do time dentro de campo.

São eles: receita, ativo total, endividamento geral, patrimônio líquido, superávit do futebol, custo por gol, custo por vitória e custo por ponto ganho.

Cada critério teve a pontuação máxima de 20 pontos sendo atribuída na ordem decrescente até 1 ponto de acordo com o desempenho dos clubes em cada quesito.

Como base para os critérios que avaliam o custo dos times de acordo com o desempenho dentro de campo, foram utilizados apenas os pontos, gols e vitórias do Campeonato Brasileiro de 2010 por ser o único torneio em que todos os times jogam o mesmo número de partidas e com o mesmo grau de dificuldade.

"É uma iniciativa que dá uma maior exposição à situação financeira dos times brasileiros, que por muitos anos sempre foi uma incógnita para todos", afirma Stephen Kanitz.

O Atlético Paranaense obteve o primeiro lugar ao somar 143 pontos de um total de 160 dentro dos oito critérios selecionados.

Na vice-liderança do ranking empataram Atlético Mineiro e Corinthians com 133 pontos. Entretanto, o primeiro critério de desempate é o de custo por vitória, no qual o clube mineiro levou vantagem sobre o paulista. (...)

Fonte: aqui

Futebol e Finanças 3

Há dois anos, o torneio arrecadou em seus 380 jogos o total de R$ 125,7 milhões, tendo um média de público de 17,8 mil torcedores nos estádios.


Caso ultrapasse essas marcas após a última rodada, o campeonato deve movimentar cerca de R$ 700 milhões, considerando a verba de R$ 520 milhões de direitos de transmissão, além dos R$ 20 milhões com o patrocínio da Petrobras.


(...) os jogos que ocorreriam no Maracanã (RJ), Mineirão (MG) e Castelão (CE) vão ocorrer, respectivamente, no Engenhão, Arena do Jacaré e Estádio Presidente Vargas. Com a mudança, o potencial de público desses três locais juntos passa de 218,2 mil torcedores para apenas 92,5 mil pessoas.


Considerando o valor médio de R$ 20 para os ingressos no campeonto, a perda é de R$ 2,5 milhões para cada rodada envolvendo os três estádios.

Brasileirão tenta chegar à casa dos R$ 700 milhões - Fábio Suzuki Brasil Econômico - 20/05/11

Futebol e Finanças 2

Já o gráfico acima refere-se ao valor de cada vitória. R$19 milhões custou cada vitória do atual time de Ronaldinho.

Futebol e Finanças


Uma série de textos do Brasil Econômico focou as finanças dos clubes de futebol. Acima, um gráfico com o preço por gol marcado em 2010. Cada gol do Palmeiras custou 4,3 milhões de reais. 

Oprah e os livros

A apresentadora de televisão Oprah está deixando seu talk-show. Durante anos, a apresentadora indicava livros para seus fãs. Uma indicação de Oprah tinha um efeito fantástico nas vendas. Abaixo, os livros venderam após sua indicação (na ordem, o autor, o título, o ano da indicação e o número de exemplares)

1) Eckhart Tolle - A New Earth - Jan-05 - 3,370,000
2) James Frey - A Million Little Pieces - Sep-05 - 2,695,500
3) Elie Wiesel - Night - Jan-06 - 2,021,000
4) Cormac McCarthy - The Road - Mar-07 -1,385,000
5) Joyce Carol Oates - We Were the Mulvaneys - Jan-01 - 1,348,000
6) John Steinbeck - East of Eden - Jun-03 - 1,314,000
7) Ken Follett - The Pillars of the Earth - Nov-07 - 1,109,000
8) Gabriel García Márquez - Love in the Time of Cholera - Oct-07 - 817,000
9) Gwyn Hyman Rubio - Icy Sparks - Mar-01 - 794,000
10) David Wroblewski - The Story of Edgar Sawtelle - Oct-08 - 770,000

24 maio 2011

Rir é o melhor remédio






Fonte: aqui, aqui, aqui e aqui

Teste 479

“as empresas de geração terão que a cada ano apontar suas usinas deficitárias. Em seu último balanço, três hidrelétricas estavam na lista da Eletrobras: Simplício, Batalha e Passo São João. Juntas elas terão um sobrecusto de R$635 milhões, ou seja, a receita dos empreendimentos não será suficiente para cobrir os investimentos realizados”. O jornal está comentando sobre um conceito novo decorrente da adoção das novas normas contábeis. Você saberia dizer que conceito é este?

Resposta do Anterior: FED. Fonte das fotos aqui

Competências do Contador

No artigo “Existem Competências a serem Priorizadas no Desenvolvimento do Contador?", Ricardo Cardoso e Edson Riccio fazem uma pesquisa com 159 profissionais, buscando, entre 18 competências, as mais relevantes.

Nas palavras dos autores, a pesquisa “tenta entender melhor os impactos das tensões que envolvem atualmente este profissional” e procura verificar se existem competências que devem ser priorizadas.

Os resultados encontrados mostram que quase todas as competências foram elencadas como relevantes: a média de “trabalho em equipe”, por exemplo, foi de 8,82; a medida de “empreendedor” foi 7,83. A primeira foi a variável com melhor média; a segunda, com a pior. Ou seja, as respostas não ajudaram muito.

Talvez a razão esteja no fato de que o questionário foi direcionado para os profissionais. E uma resposta como esta, talvez não seja realmente importante. Talvez o interessante seja pesquisar o que o usuário acha sobre o assunto.

Saúde no Brasil não é Universal

Todos já sabíamos, mas dois pesquisados do prestigioso NBER, Guido Cataife e Charles J. Courtemanche, fizeram uma pesquisa sobre o sistema de saúde brasileiro. E encontraram que existe uma associação positiva entre renda e visitas ao médico, visitas ao médico e despesas médicas. Conforme o cálculo da elasticidade-renda, os autores encontraram que o cuidado através da iniciativa privada ainda é uma necessidade, apesar do atendimento público gratuito. Isto significa que o sistema de saúde pública no Brasil não alcança os que mais necessitam.

Risco País

A tabela mostra os países mais arriscados do mundo (que possuem mercado financeiro ativo. Ou seja, exclui pequenas nações ou países pobres). O risco é medido pela taxa de juros da dívida de cinco anos. Em relação a março, países como Romênia, Hungria, Croácia, Vietnã e Líbano tiveram uma melhora na taxa de juros. Também podemos dizer que a taxa de juros da Venezuela melhorou: de 10,80% acima do patamar para 10,26%. Outros pioraram: Espanha, Ucrânia, Argentina, Irlanda, Portugal e Grécia. Há dois meses o país mais arriscado era a Venezuela; agora é a Grécia. Adaptado daqui. Veja aqui uma análise sobre o caso da Itália.

Vale, segundo os gringos

Dois dos mais influentes jornais financeiros do mundo, o americano “The Wall Street Journal” e o britânico “Financial Times” publicaram nesta segunda-feira, 23, reportagens apontando o aumento da ligação entre a Vale e o governo. (...)

O jornal britânico chama atenção para o fato de que “os American Depositary Receipts [papéis que representam ações da empresa brasileira, mas são negociados nos EUA] da Vale estão sendo negociados com 30% de desconto em comparação com os seus pares, em parte por causa das preocupações de que o governo não vai permitir que uma empresa com tal importância estratégica siga seus próprios caminhos”. (...)
Jornais estrangeiros veem intervenção do governo na Vale - 23 de maio de 2011 - Sílvio Guedes Crespo

23 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 478

As imagens abaixo fazem parte da propaganda de uma entidade




Que entidade é esta?

Federal Reserve System (Banco Central dos EUA)
ONU
Securities and Exchange Commission

Links

Setores mais lucrativos: petróleo em 114o. lugar

Marcas brasileiras mais valiosas

Business Week: moradores de favela do Brasil estão mais endividados

10 mitos sobre XBRL

O problema da dívida da Grécia parece com o da ARgentina em 2005

O país com mais estrangeiros

O que fazer num ataque de zumbis: o que o governo dos EUA diz sobre o assunto

Produtividade, remuneração e pacto social

Grant Thornton tenta crescer em auditoria

Religião e Renda

Desde Max Weber, com seu livro sobre a ética protestante sabe-se que existe uma relação entre a religião e renda do indivíduo. Um texto recente, publicado no NY Times (Faith, Education and Income, David Leonhardt, 13 de maio de 2011) mostra que os hindus e os judeus possuem uma maior proporção de renda acima de 50 mil dólares nos Estados Unidos: 80 e 81% das famílias. Já os pentecostais e as testemunhas de Jeová são os mais pobres: 29% e 35% das famílias.

Carrefour + Pão de Açúcar ?

O semanário francês Le Journal du Dimanche publicou matéria hoje na qual afirma que o Carrefour SA, maior varejista da França, pode tentar fazer uma fusão entre sua subsidiária brasileira e o maior varejista do Brasil, o Grupo Pão de Açúcar (Companhia Brasileira de Distribuição). Segundo o semanário, isso seria um sinal da crescente pressão sobre o gigante varejista francês para que aumente o valor dos seus ativos antes de uma reunião de acionistas que está marcada para o próximo mês.

De acordo com Le Journal du Dimanche, o Carrefour contratou o banco de investimentos Lazard para se aproximar da família Diniz, dona do Pão de Açúcar, e sondá-la sobre a possibilidade de fusão, em troca de uma participação no Carrefour. A matéria não cita fontes e o Carrefour na França recusou-se a comentar o conteúdo.

A matéria afirma que um complicador potencial para um acordo entre Carrefour e Pão de Açúcar seria o fato de que o varejista Casino, da França, divide com a família Diniz o controle do grupo Pão de Açúcar. O Casino também não comentou a reportagem, bem como uma porta-voz do Pão de Açúcar em São Paulo.

Os planos do Carrefour para vender sua rede de supermercados de descontos Dia, apoiados pelo magnata do varejo francês Bernard Arnault e pela firma americana de private equity Colony Capital, serão postos a voto dos acionistas em 21 de junho. A rede Dia é forte no Brasil e na Espanha. As informações são da Dow Jones.

Carrefour pode buscar fusão com Pão de Açúcar - Por André Lachini - Estadão via aqui

Convergência

É interessante notar que durante o anúncio de mais uma norma sobre valor justo, o Fasb e o Iasb informaram, no "press release", que a nova norma era "largely identical” (muitos idênticos). Existe uma diferença entre "largely identical" e "identical".

Parlamento da Ucrânia é mais interessante que o nosso...



Fonte: aqui, via aqui

Estatística

Pressionada pelo Tribunal de Contas de União (TCU) para reduzir o número de terceirizados nos próximos anos, a Petrobras decidiu mudar o critério de como contabiliza seu quadro de empregados, que passou a excluir funcionários de empresas contratadas que atuam fora das unidades da companhia. Sem que houvesse demissões, quase 20 mil terceirizados sumiram, assim, das estatísticas da estatal no segundo semestre do ano passado, de acordo com dados enviados pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nas estatais Banco do Brasil (BB) e Eletrobras, os números oficiais indicavam aumento de terceirizados em 2010 (...) (O Globo, 22 de mai de 2011)

Educação e Renda

A educação é um determinante importante da renda - uma das mais importantes -, mas é menos importante do que a maioria das pessoas pensa. Se todos tivessem a mesma educação, a desigualdade de renda seria reduzida em menos de 10%. Quando você se concentra na educação você negligencia uma miríade de outros fatores que determinam a renda. As diferenças de renda entre as pessoas que têm a mesma educação são enormes.
(David Kahneman)

Aqui uma crítica sobre a lógica do pensamento de Daniel Kahneman

Criação Destrutiva

Postado Por Pedro Correia


Joseph Schumpeter foi dos economistas que mais contribuiu para a compreensão do processo de desenvolvimento econômico, utilizando expressões como espírito empreendedor, onde a inovação era relevante. Ele entendia que estes empresários eram fundamentais para que a inovação e a mudança tecnológica ocorressem dentro de um país.


Ele ensinou que havia uma criação destrutiva, com as velhas tecnologias acabando sendo renovadas criativamente pelas novas, e que isto era o cerne do processo de desenvolvimento. Ele permitiu compreender que o papel destes inovadores era fundamental e que deveria ser estimulado pelas autoridades.
Isto vem ocorrendo recentemente, tanto nos países desenvolvidos como nos emergentes, e têm muito da contribuição destes conceitos desenvolvidos por estes brilhantes economistas. Schumpeter faleceu em 1950 e sua preciosa biblioteca está no Japão, na Universidade de Hitotsubashi.


Fonte:Paulo Yokota

P/L na história

O gráfico mostra a evolução do índice P/L do mercado dos Estados Unidos nos últimos anos. Pela análise histórica, o mercado está valorizado hoje. Dois momentos onde o mercado estava mais valorizado: antes da crise de 1929 e na bolha da internet. Fonte e mais discussão aqui

O Espírito Animal

Por Pedro Correia

O espírito animal, que parece inspirado no latim “spiritus animales”, foi uma expressão usada por John Maynard Keynes, considerado um dos mais importantes economistas da história, que a utilizou no seu livro “Teoria Geral do Emprego, Juros e Moeda” (1936), considerado por muitos como a bíblia da moderna teoria econômica. Vem sendo muito utilizada, recentemente, quando está ocorrendo uma revisão da chamada macroeconomia, reconhecendo que as autoridades têm um papel importante no desenvolvimento econômico, proporcionando indicações para a ação do setor privado. Contrapõe-se à ideia neoliberal que o mercado resolve todos os problemas de forma mais adequada. Keynes colaborou na formação das Nações Unidas ao término da Segunda Guerra Mundial.

A ideia é que os empresários, na procura do lucro, contam com uma qualidade de identificar oportunidades para empreendimentos que promovem investimentos que resultarão em benefício de todos, criando empregos e bens que serão destinados ao bem-estar de toda a população.

Seria um fator muito importante para provocar um processo de desenvolvimento econômico e social, hoje condicionado também a ser sustentável, ou seja, com respeito ao meio ambiente e com adequada distribuição dos benefícios. Eles teriam um papel fundamental e as autoridades deveriam estimular este espírito animal, ao mesmo tempo em que asseguraria as condições para regular a economia, de forma que ocorra uma adequada distribuição dos seus benefícios.


Fonte:Paulo Yokota, economista brasileiro (dupla nacionalidade japonesa), ex-professor da USP, ex-diretor do Banco Central do Brasil, ex-presidente do INCRA

Desempregada


A irmã da princesa da Inglaterra, Pippa Middleton, recebeu uma oferta de cinco milhões de dólares para fazer um filme adulto. A jovem deverá rejeitar a proposta já que seu “salário reserva” é maior que este valor.

Do ponto de vista da indústria pornográfica, por conseguinte, a Srta. Middleton está desempregada.


Leia mais aqui

22 maio 2011

Rir é o melhor remédio







A empresa de óculos Specsavers possui vários comerciais engraçados.

Cadastro positivo demorará a surtir efeito

Por Pedro Correia

Vai levar tempo para que os efeitos do cadastro positivo sejam sentidos no crédito e na economia. A listagem de bons pagadores vai ter que vencer, de um lado, a resistência do consumidor que precisa ter segurança para abrir suas informações. Do outro lado da balança estão os grandes bancos de varejo, que construíram, ao longo do tempo, imensas bases de dados dentro de casa e vão ter que se habituar a fornecer o histórico de seus clientes para a concorrência.

O sinal verde para o cadastro positivo, que tem o potencial de reduzir a inadimplência, aumentar a oferta e, em tese, premiar o consumidor com bom histórico, foi dado pelo Senado na quarta-feira. O texto veio com a mesma redação da Medida Provisória assinada pelo ex-presidente Lula no fim do seu mandato. O projeto agora depende da sanção da presidente Dilma Rousseff.

Alimentar essas bases de dados não será, porém, uma tarefa trivial. O consumidor vai ter que autorizar cada instituição com quem tem relacionamento de crédito para incluir no cadastro as suas informações, atuais ou históricas, segundo o presidente da Equifax, Elias Sfeir. "A alternativa de compartilhamento da autorização não está prevista na lei, o banco não tem como saber que o cliente dele quer que envie o dados se a inclusão no cadastro se originou em outra fonte", diz. A partir do ingresso do CPF num determinado birô, todos os outros passam a ter acesso automático àqueles dados.

No cadastro vão constar todas as operações ativas, o prazo, o número de prestações pagas e se há parcelas em aberto, diz o presidente da Boa Vista, Dourival Dourado. Sua expectativa é de que em dois ou três anos o sistema tenha massa crítica para mexer com a precificação do crédito.

Pesquisa recente da Accenture estima que, se o Brasil assumir a dinâmica de outras economias, o crédito pode dobrar de tamanho em dez anos, superando a casa dos R$ 3 trilhões. Estudo do Banco Mundial com 120 países mostra que aqueles que permitiram a implementação da lista de bons pagadores, em três anos observaram um aumento da ordem de 20% no estoque de crédito. Outro levantamento feito por John Barron e Michael Staten, em 50 mercados, identificou uma queda de até 43% na inadimplência.

Em tempos em que a segurança da informação é frágil, será preciso vencer, primeiro, a barreira cultural do consumidor em compartilhar suas informações de crédito, e, sob a ótica do credor o incômodo de dividir o histórico construído com os demais participantes do mercado, diz Nicola Tingas, economista da Acrefi, que representa as financeiras. "O efeito nas taxas e nos spreads vai depender da velocidade em que esses dois fatores vão se convergir."

Dourado, da Boa Vista, acrescenta que o custo de se manter o cadastro positivo, comparado ao restritivo, tende a ser maior, pois o sistema prevê uma base mais rica de informações.

De qualquer forma, trata-se de um passo para uma mudança que pode ter implicações relevantes, comparáveis ao advento do crédito consignado ou da alienação fiduciária no segmento de veículos, que hoje têm as taxas mais baixas do mercado, diz o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg. E como o cadastro positivo chega num momento de inclusão de novos consumidores no sistema financeiro, há interesse de se construir essa base, acrescenta. "O seu cliente fica mais sujeito à disputa do mercado, mas a base do banco também fica mais ampla."

Para ele, a regulação foi feliz ao permitir que o cadastro seja enriquecido com informações de concessionárias de serviços públicos, como água, luz, esgoto, gás e telefonia fixa, que, segundo estudos internacionais melhoram muito a previsibilidade de perda.

O texto que vai para a sanção presidencial substituiu o projeto de lei nº 263, que tinha sido aprovado pelo Senado no início de dezembro, mas que era genérico, acrescentando apenas um artigo ao Código de Defesa do Consumidor, sem disciplinar como seria o compartilhamento dos dados.

Fonte:Adriana Cotias Valor Econômico

Índice de Debêntures

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) lançará no mês que vem o Índice de Debêntures Anbima (IDA), com o objetivo de refletir os movimentos do mercado de crédito corporativo. O índice terá histórico retroativo, desde janeiro de 2009. O lançamento do indicador foi anunciado hoje, durante o segundo dia do 6º Congresso Anbima de Fundos de Investimento.

A carteira reúne 116 debêntures que possuem classificação de grau de investimento, com emissões acima de R$ 100 milhões. O índice estabelece limite máximo de 10% de peso por emissor e é estruturado de acordo com diferentes indexadores, como DI, IPCA e IGP-M..

A associação trabalha ainda no projeto de modelagem para divulgação diária da curva de juros das debêntures. Atualmente, isso é feito somente com base nas informações enviadas pelos emissores, que são reunidas, organizadas e repassadas ao mercado pela Anbima. O objetivo é criar um padrão para precificação de ativos pouco negociados.

Hedge funds

No segundo semestre deste ano, a Anbima pretende divulgar subíndices para o Índice de Hedge Funds (IHFA). O indicador, criado em 2008, passará a ter benchmarks mais específicos conforme as estratégias dos fundos, informa a associação, em nota.

Fonte: Papo de Bolsa

Como os indivíduos utilizam o tempo?

Por Pedro Correia

Margaret Thatcher, ex-primeira -ministra da Inglaterra,dormia apenas quatro horas por noite. Tal situação, certamente afetaria os franceses, que dormem durante quase nove horas, em média, de acordo com um relatório da OECD. Fiel ao estereótipo, os franceses também gastam mais tempo comendo e bebendo em relação aos outros membros da OECD, outrossim, eles comem quase o dobro dos norte-americanos. Os japoneses parecem ter um uma vida mais difícil, trabalhando por muito mais horas. No entanto, eles também dedicam menos tempo ao trabalho não remunerado, como tarefas domésticas e cuidados com as crianças. Veja o quadro:



Fonte:OECD

Você organiza os arquivos do seu referencial?

[Série "Invadindo o mundo da ciência da informação": Portal CapesAgregador de FeedsDropbox,JabRefPlagius]

Tenho uma amiga muito caprichosa que organiza todos os artigos úteis que lê em uma base de dados criada por ela no Excel. Cool. A algum tempo venho tentando aderir esse comportamento, até tirei algumas dúvidas sobre organização e logística, mas a falta de tempo e a priorização de tarefas nunca me deixou resolver essa questão.

O bom de ser sistemático é que você acaba percebendo que atrai pessoas ainda mais metódicos que você! Prova disso foi um segundo amigo querido me indicar um programa que organiza referências. O detalhe é que ele nem sabia da minha falta de organização ou do meu postergar aqui confessado.

Ontem, após um dia exaustivo lidando com muitos e muitos arquivos embaralhados em uma amalgamação de síndrome de acumulação com obsessão por artigos fresquinhos, decidi finalmente ver se esse programinha freeware era mesmo capaz de algo. Na verdade eu já estava esperando que fosse mais um software inútil que me deixaria a oportunidade de brigar com o dealer e aliviar o meu estresse. Já fui logo narrando as punições para quando tudo isso desconfigurasse a minha dissertação e a perfeita formatação nos padrões ABNT se transformasse em uma monstruosidade. Mas, por sorte de todos os envolvidos e dos leitores do blog: que programa lindo!

Logo telefonei para a amiga caprichosa, aquela do início do texto, pra lá de meia noite. Ela demorou pra entender, parecia estupefata com a minha ligação. Não me dei por vencida, nada grande é alcançado sem entusiasmo (Emerson)! (E algumas latas de coca-cola). Expliquei novamente, li a bula, entramos em harmonia e desligamos com promessas de uma futura faxina virtual.

E viva a vida na pós-graduação!

Amanhã (give or take a couple of days) escreverei “Invadindo o mundo da tecnologia da informação – Parte 3” detalhando o programa e explicando como usar. Quem sabe não vicio mais alguns de vocês? ;)

Agradecimentos especiais a Luciana Ikuno e André Andrade.

21 maio 2011

Petrobras irá à Justiça para não pagar R$ 4,6 bi de impostos

Postado por Pedro Correia

O gerente de Relações com Investidores da Petrobrás, Hélder Moreira Leite, disse nesta quinta-feira, 19, que a companhia vai recorrer na Justiça da cobrança de aproximadamente R$ 4,6 bilhões em impostos devidos à Receita Federal. Segundo ele, a empresa discorda da cobrança e tentou negociar inicialmente, sem sucesso, em nível administrativo com a Receita para tentar reverter a cobrança.[2]

O executivo afirmou que anteriormente a Receita interpretava as plataformas de produção de petróleo como sendo embarcações e isso as deixava isentas destes impostos. Mas este ano a Receita teria mudado a interpretação e passado a entender a plataforma como sendo um equipamento do setor de petróleo, o que exigiria a cobrança. "Para nós, não faz sentido na mudança da interpretação. Continuamos tendo que nos reportar à Marinha e a plataforma possui tripulação e comandante como uma embarcação. Estamos seguros de conseguir reverter esta cobrança", disse.

Segundo Leite, a empresa ainda não fez provisionamento deste valor por estar ainda no nível inicial do processo.[1] O executivo destacou que o provisionamento só se faria necessário se houvesse risco de a empresa ter que realmente pagar o valor devido. [2]


Fonte: Estadão

[1]Ora,isto não é justificativa para não realizar a provisão. É preciso levar em consideração qual a probabilidade de perda da causa judicial.É claro que o andamento do processo pode alterar as possibilidades de perda.
[2] Em verdade, o risco de pagar o valor devido já é maior, pois não houve um acordo, em nível administrativo, com a Receita.

Bolha de crédito no Brasil

Postado por Pedro Correia




O Brasil exibe hoje as duas condições comuns a bolhas financeiras que estouraram ao longo da história: alta velocidade de expansão do crédito e moeda valorizada. Isso não significa que uma bolha esteja se formando (ou tenha se formado) no Brasil. Mas há riscos.A avaliação é do economista americano Barry Eichengreen, respeitado professor da Universidade de Berkeley, na Califórnia, e ex-consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI).[1]


"Quando os dois fatores ocorrem simultaneamente não quer dizer que uma forte correção esteja obrigatoriamente em curso, mas isso (a correção) acontece com frequência", afirmou, em entrevista exclusiva ao Estado. "Vejo uma bolha no Brasil? Não sei", complementou, fazendo a ressalva de que economistas não são bons em prever esses fenômenos (como a própria história das finanças mostra).

Para afastar de vez a possibilidade de uma bolha, Eichengreen só vê uma saída: o governo deve implementar um ajuste fiscal mais expressivo. A ideia é que, apertando o cinto, o governo compensa a "fartura" de capitais do setor privado. Além disso, reduz a demanda total da economia, o que automaticamente leva a uma desaceleração na procura por crédito.Esse aperto adicional nas contas públicas também serviria para o governo alcançar outro objetivo importante no momento no País: conter o consumo e, por tabela, a escalada da inflação.

Para o professor de Berkeley, que também assina uma coluna no Estado a cada bimestre, o Brasil é incapaz de sustentar, nas condições atuais, o ritmo de crescimento do consumo dos últimos anos. "O Brasil precisa desacelerar o consumo, mas não a economia", frisou.

Eichengreen lembrou que, hoje, o consumo cresce perto de 10% ao ano, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) avança na casa de 5%. "O Brasil pode sustentar um ritmo de alta do PIB de 5%, mas não o de consumo a 10%. É preciso rebalancear os fatores que levam ao crescimento, o que passa por uma racionalidade maior nos investimentos", afirmou. "Será que vale a pena investir tanto em commodities e deixar de lado a educação?"

Fonte:Leandro Modé -O Estado de S. Paulo



[1]Segundo a 9ª regra de investimento de Bob Farrel:"When all the experts and forecasts agree -- something else is going to happen".



Uma variação de custos fixos e variáveis

Postado por Pedro Correia

A Mission Controls projeta e instala sistemas de automação para fabricantes de alimentos e bebidas. Na maioria das empresas, quando as vendas caem e é necessário cortar custos, os altos administradres dispensam funcionários. Os fundadores da Mission Controls decidiram fazer algo diferente quando as vendas caem-eles diminuem seus próprios salários . Isto torna seus próprios salários relativamente variáveis, enquanto o comportamento dos funcionários se comportam mais como custos fixos. O resultado é um a força de trabalho leal e dedicada.

Fonte: Christopher Caggiano, "Employment, Guaranteed for Life,"INC, 15 de outubro de 2002,p.74

EVA , Lucro Residual e o Desempenho das empresas

Postado por Pedro Correia


Diversas empresas, incluindo AT&T,Armostrong Holdings e Baldwin Technology, deixaram de usar medidas de desempenho baseadas no lucro residual depois de a experimentarem. Por quê?Os motivos variam, mas "a evaporaçãode bônus parace ser o calcanhar de aquiles das métrica de criação de valor, como o lucro residual e o EVA- bem como uma causa importante do abandono desses planos". Os administradores tendem a adotar o lucro residual e o EVA quando so bônus são grandes, mas clamam por mudanças das medidas de desempenho quando os bônus encolhem.

Fonte: Bill Richard e Alix Nyberg,"Do EVA and Other Value Metrics Still Offer a Good Mirror of Company Performance"CFO, março de 2001,pp.56-64


Leia sobre o EVA.


As margens brutas podem fazer a diferença

Postado por Pedro Correia

Após anunciar o aumento de 42% do lucro no 1º trimestre de 1999, as ações da Dell caíram mais de 6%. Por quê?De acordo com o Wall Street Journal, os investidores se preocuparam mais com a queda das margens do lucro da empresa."Os analistas disseram que a queda das margens de lucro das margens brutas tinham sido maior do que haviam esperado e mencionaram a existência de um clima difícil para os preços. As margens brutas caíram quase um ponto percentual,de 22,4% das vendas a 21,5%" A Dell havia reduzido seus preços para aumentar sua participação no mercado, o que deu certo, mas à custa de sua rentabilidade.

Fonte: Gary Mc Williams,"Dell not rises, but Margins Spour Worries", The Wall Street Journal, 19 de maio de 1999,p.A3

Certidão negativa trabalhista

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou na terça-feira um projeto de lei que exige das empresas que participarem de licitações públicas a apresentação de uma certidão negativa de débitos trabalhistas. O documento seria emitido on-line pela Justiça do Trabalho, para comprovar a ausência de dívidas com os empregados – desde que estejam apuradas em decisões judiciais transitadas em julgado.

A proposta também condiciona o recebimento de benefícios fiscais à apresentação da certidão, que teria uma validade de 180 dias. O texto aprovado na comissão é um substituto da Câmara dos Deputados ao projeto de lei nº 77, proposto em 2002 pelo ex-senador Moreira Mendes. O projeto segue agora para votação em plenário. Caso aprovado, será encaminhado para sanção da presidente Dilma Rousseff.

A certidão trabalhista se somaria às atuais exigências de regularidade fiscal e previdenciária para participar de licitações. “Formou-se um tripé”, afirma o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), relator do projeto na Comissão de Assuntos Sociais. Ele aponta que, sem essa exigência, as empresas ficam livres para participar de licitações mesmo tendo questões trabalhistas pendentes. Muitas vezes, isso possibilita custos menores em relação às que estão em dia com os trabalhadores. A certidão negativa seria, portanto, um incentivo ao cumprimento dessas obrigações.

A certidão seria expedida em relação a processos em fase de execução, após o trânsito em julgado de sentença condenatória. Outra situação seria em decorrência de execução de termo de ajuste de conduta com o Ministério Público do Trabalho e de termo de acordo firmado perante comissão de conciliação prévia. Ou seja, a simples existência de ações trabalhistas não impediria a obtenção do documento. No caso de dívidas garantidas por penhora ou com a exigibilidade suspensa, será expedida uma certidão positiva, mas com os mesmos efeitos da negativa. A proposta altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e da Lei de Licitações – nº 8.666, de 1993.

Em abril, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, visitou a Comissão de Assuntos Sociais do Senado e apresentou uma nota técnica defendendo a certidão. Segundo Dalazen, de cada cem trabalhadores que ganham uma causa na Justiça do Trabalho, somente 31 recebem seu crédito. Um dos motivos seria a falta de um mecanismo de coerção na Justiça Trabalhista. A certidão negativa, segundo ele, contribuiria para o cumprimento das decisões.

Fonte: Maíra Magro, Valor Economico

O uso de informação privilegiada realmente é crime?

Postado por Pedro Correia

Robert Murphy responde a esta pergunta num excelente artigo:

A major piece of financial news last week was billionaire Raj Rajaratnam's conviction on 14 counts of securities fraud and conspiracy. Rajaratnam, founder of the hedge fund Galleon Group, was worth an estimated $1.8 billion in 2009. His conviction has pleased those who want the feds to crack down on "insider trading" and show the fat cats on Wall Street that they aren't above the rules.

Although the public generally loves the fall of a ruthless and greedy financial titan — this, of course, is what made Oliver Stone's original Wall Street such a hit — economists have argued for decades that the practice of "insider trading" can actually be beneficial. In practice, the government can use the amorphous "crime" to go after any successful trader it wants. In a free society, there would be no such thing as laws against so-called insider trading.


....Raj Rajaratnam and (even more likely) some of his collaborators may indeed have violated genuine contractual obligations and fiduciary duties to their clients. To the extent that is true, some of their activity might have been illegal even in a truly free-market society.

In general, however, the practice of "insider trading" would not be a criminal offense, because it is impossible to define the concept in a way that wouldn't bar legitimate speculative research and trading. In practice, these laws give the government a very blunt club with which to knock down any profitable firm it wishes.

Leia o artigo na íntegra

Brasil cai para 44º em competitividade

Postado por Pedro Correia

Baixa produtividade e alto custo de vida se somaram a velhos problemas (como sobrecarga tributária e infraestrutura ruim) e derrubaram a posição do Brasil no ranking global de competitividade.O país, atual oitava economia do mundo, ocupa agora o 44º lugar entre os 59 da lista. Em um ano, o Brasil perdeu seis posições --só Grécia e África do Sul perderam mais-- e foi passado por México, Peru, Itália, Filipinas, Turquia e Emirados Árabes.

Fonte: Folha de São Paulo

Governo quer padronizar abertura de empresa

Postado por Pedro Correia

O governo federal pretende implantar até o final do ano um sistema eletrônico para simplificar a abertura de empresas no Brasil.O mecanismo, previsto em lei aprovada em 2007, está em desenvolvimento e integrará todas as cidades do país, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

"Queremos estimular a padronização dos procedimentos para a abertura de empresas, pois, hoje, cada cidade tem as suas próprias regras", diz o diretor do Departamento Nacional de Registro do Comércio, Jaime Herzog.O brasileiro demora hoje 120 dias para abrir uma companhia, de acordo com dados do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O tempo é quase o dobro da média na América Latina, que é de 63,45 dias. Nos EUA, os empreendedores conseguem abrir uma companhia em seis dias.

O número de procedimentos necessários para abrir empresa no Brasil também está acima da média latino-americana e é igual ao da Venezuela, segundo o BID."A impressão é que o problema está no licenciamento das empresas, pois, para a obtenção do registro, são necessários, em média, apenas dois dias", diz Herzog.

A burocracia tem se constituído em uma carga maior que a tributária para as pequenas empresas, de acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP, Alencar Burti."É uma consequência do fato de o Poder Legislativo não ouvir a sociedade como deveria".

Fonte: Folha de São Paulo via CFC

20 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Temos colocado nesta seção diversos comerciais. Este é de uma empresa de contabilidade. É um pouco antigo e comemorava o ano novo de 2008. Mas é de uma empresa de contabilidade! E é bem humorado!

Veja a seguir:



Dica aqui

Teste 477

Este teste é para relembrar as partidas dobradas! A Vale do Rio Doce divulgou demonstrações onde as reservas de lucros ultrapassam o capital social em 22 bilhões de reais. Pela Lei 11 638 (e não 11 632 como está na nossa fonte do teste) não se permite reservas de lucros maiores que o capital social.

Para corrigir esse desajuste contábil a empresa propôs a adição de R$ 25 bilhões ao seu capital social. Este total será composto pelos R$ 22,866 bilhões excedentes das reservas de lucros, R$ 1,867 bilhão das reservas de resultado de operações e conversões em ações e R$ 266,580 milhões das reservas de incentivos fiscais.

Faça o lançamento contábil da operação.

Resposta do Anterior: Considerando uma economia de 50 milhões por ano e 1.100 vagas. Dividindo 50 milhões por 1.100 vagas. Desse resultado, divide por 12 meses. O resultado é aproximadamente R$3800 por mês. Considerando que os encargos representam algo em torno de 100% do salário (é uma estimativa), o salário médio estimado seria 1900 por mês.

Turnover CEO

O gráfico mostra o turnover do CEO no mundo. O Brasil é um dos lugares onde os executivos possuem elevada rotatividade.

Oligopólio das Big Four

Postado por Pedro Correia




As Big Four auditam 99 das 100 empresas, que compõe o índice FTSE 100 e 240 das 250 companhias, que compõe o FTSE250. É interessante observar que, em média, a PWC,KPMG,Deloitte e Ernst & Young, auditam as empresas inglesas, por no mínimo 48 anos. As autoridades britânicas estão cada vez mais atentas a este oligopólio. Como foi noticiado neste blog:"A Comissão da Câmara dos Lordes recomendou uma investigação nas Big Four da auditoria - Deloitte, KPMG, PricewaterhouseCoopers e Ernst & Young - por parte do Office of Fair Trading".

As empresas de auditoria afirmam que apoiam as investigações e discussões do OFT sobre a concentração neste mercado.De acordo com as "Big Four", isto poderá melhorar a qualidade da auditoria, a possiblidade de escolhas, o aumento da competição e por consequência a valorização destas empresas.Não obstante, o OFT afirmou que se não existirem soluções viáveis, eles não irão remeter o caso à Comissão de Competição.​​

O crescimento dos serviços de auditoria não é tão expressivo se comparado aos outros ramos de negócio destas empresas, como: consultoria tributária. No entanto, estas empresas mantêm este oligopólio devido a diversos fatores. Por exemplo, alguns bancos britânicos não emprestam recursos para clientes que não sejam auditados pelas Big Four.Além disso, diversas companhias multinacionais optam por ter a mesma auditoria independente para todas as subsidiárias espalhadas ao redor do globo.Isto dificulta bastante a atuação de outras empresas de auditoria, que muitas vezes não têm condições de realizar um trabalho global.

As investigações do OFT, provavelmente, não irão resultar em alguma mudança significativa no combate à concentração das auditorias.Todavia, as investigações da União Europeia parecem ser mais promissoras. Michel Barnier, o comissário europeu para serviços financeiros,vai fazer uma série de sugestões para uma possível reforma neste ano.Em 2006, foram feitas uma série de propostas de mudanças. Uma bem interessante é escolha da empresa de auditoria para as companhias listadas em bolsa, pelas entidades que as supervisionam.Outra proposta é a de rodízio obrigatório de auditoria.

Não obstante, segundo reportagem da The Economist:"As empresas insistem que a remoção de empresas de auditoria com experiência seria ineficiente e caro para seus clientes. Porém, os reguladores irão ponderar este possível custo com o "abandono de dever" sistêmico dos auditores. O desaparecimento de uma das Big Four, lembrando o caso da Arthur Andersen no escândalo da Enron, seria mais caro ainda. "

Síndrome do estudante

Postado por Pedro Correia

Segundo a Wikipedia:

"A síndrome do estudante refere-se ao fenômeno que muitos estudantes só vão começar a se dedicar inteiramente a uma tarefa logo antes do prazo final. O termo foi originado no livro Critical Chain de Eliyahu M. Goldratt.[1]

Por exemplo, se um grupo de estudantes vai até um professor e pede por um adiamento do prazo final de entrega. Os alunos provavelmente irão argumentar que os projetos serão melhores se houver mais tempo para trabalhar neles; isso é solicitado com a intenção de distribuir o tempo de trabalho pelo tempo que sobra até o prazo de entrega. Porém, a maioria dos estudantes terá outras tarefas ou eventos que também demandam seu tempo. Logo, eles vão acabar se encontrando na mesma situação que começaram, desejando ter mais tempo livre, conforme a data limite se aproxima. "Sempre há algo a ser feito".

[1] Eliyahu M. Goldratt introduziu as ideias da teoria das restrições na gestão de negócios no seu livro: "A Meta: Um Processo de Melhoria Contínua". Leitura obrigatória para contadores.