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19 outubro 2008

Rir é o melhor remédio


Caixões para Geeks

Rir é o melhor remédio


O capitalismo está morto. Cartoon da The Economist da semana

Artigo de Buffett

Comprem ações. Eu compro
Warren Buffett *
O Estado de São Paulo - 18/10/2008

O universo financeiro está um caos, tanto nos Estados Unidos quanto no resto do mundo. Além disso, seus problemas contagiaram a economia em geral e o gotejamento agora virou uma torrente. No curto prazo, o desemprego aumentará, a atividade das empresas declinará e as manchetes continuarão assustadoras.

Por isso, resolvi comprar papéis americanos. Estou falando da minha conta pessoal, na qual antes só tinha títulos do governo dos Estados Unidos. (Estou excluindo minhas ações na Berkshire Hathaway, todas comprometidas com instituições filantrópicas).

Se os preços continuarem atraentes, meu patrimônio líquido, com exceção do que está na Berkshire, logo será 100% formado por ações americanas.

E por que motivo? Costumo seguir uma regra simples nas minhas compras: tenha medo da ganância dos outros e seja ganancioso quando os outros se mostrarem temerosos. Certamente, agora, o medo é geral e toma conta até de investidores experimentados.

A bem da verdade, eles têm razão de se mostrarem cautelosos com entidades extremamente alavancadas ou com empresas que não têm boas condições de competitividade. Mas não faz sentido temer pela prosperidade, a longo prazo, de muitas empresas saudáveis deste país. De fato, essas empresas terão ganhos oscilantes, como sempre ocorre. Mas a maioria das grandes companhias acabará estabelecendo novos recordes de lucro, daqui a cinco, 10 e 20 anos.

Devo esclarecer um ponto: não tenho como prever os movimentos das bolsas no curto prazo. Nem como prever se as ações subirão ou baixarão daqui a um mês ou a um ano. Entretanto, é provável que o mercado registre altas maiores, talvez substanciais, bem antes de os sentimentos ou a economia se recuperarem. Portanto, se se esperar muito, as oportunidades poderão passar.

Gostaria de lembrar aqui uma pequena história: durante a Grande Depressão, a Dow atingiu sua maior baixa, 41 pontos, no dia 8 de julho de 1932. Entretanto, as condições econômicas continuaram se agravando até a posse de Franklin D. Roosevelt, em março de 1933. Naquela altura, o mercado já havia avançado 30%.

Lembremos ainda dos primeiros dias da Segunda Guerra Mundial, quando as coisas iam mal para os EUA, na Europa e no Pacífico. O mercado atingiu o fundo do poço em abril de 1942, muito antes de a sorte se voltar para os aliados.

No início da década de 80, a melhor época para comprar ações foi quando a inflação arrasou a economia, lançando-a na crise mais profunda. Em suma, as más notícias são as melhores amigas do investidor: elas permitem comprar uma fatia do futuro dos Estados Unidos a preços de liquidação.

No longo prazo, as notícias da bolsa melhorarão. No século 20, os EUA enfrentaram duas guerras mundiais e outros conflitos militares traumáticos e dispendiosos; a Grande Depressão; várias recessões e pânicos financeiros; choques petrolíferos; uma epidemia de gripe; e a demissão de um presidente que caiu em desgraça. E no entanto a Dow Jones subiu de 66 para 11.497.

Poderia se achar impossível que um investidor perdesse dinheiro em um século marcado por ganhos tão extraordinários. Mas alguns investidores perderam. Os desafortunados compraram ações somente quando se sentiram confortáveis para fazê-lo, e depois as venderam quando as manchetes dos jornais fizeram com que se sentissem enjoados.

Hoje, as pessoas que têm equivalentes de dinheiro se sentem confortáveis. Pois não deveriam. Elas optaram por um ativo terrível a longo prazo, que praticamente não paga nada e cujo valor, com certeza, se deprecia.

Na realidade, a política que o governo adotará em suas iniciativas para aliviar a crise atual provavelmente será inflacionária e portanto acelerará o declínio do valor real das contas em dinheiro.

As ações quase certamente superarão o rendimento do dinheiro na próxima década, e provavelmente em um grau considerável. Os investidores que guardam seu dinheiro, apostam que saberão quando chegará o momento certo para dar-lhe outro destino. À espera de uma boa notícia, eles ignoram o conselho de Wayne Gretzky: “Eu vou para onde o disco vai estar, e não para onde ele estava.”

Não gosto de opinar em matéria de bolsa, e volto a enfatizar que não tenho a menor idéia de como o mercado se comportará no curto prazo.

Entretanto, pretendo seguir o exemplo de um restaurante que abriu em um banco vazio e depois anunciou: “Ponha a boca onde estava seu dinheiro”.

Hoje, meu dinheiro e minha boca estão em ações.

*Warren E. Buffett é diretor executivo da Berkshire Hathaway, uma holding diversificada.

Colômbia e IFRS

Contabilidad: la norma global es clave
Nancy Rocio Velandia Ardila
Portafolio - 18/10/2008

Colombia tiene otro reto frente a la mejoría de su competitividad: a adoptar los estándares internacionales de la contabilidad.

Aunque se trata de un asunto estrictamente técnico, limitado al proceso de cómo pasar desde sistemas de contabilidad basados en normas nacionales (Pcga) al sistema Ifrs (International Financial Reporting Standards), aplicarlo cobra cada vez mayor importancia.

Está claro que hay una tendencia global de tomar como marco de referencia contable las Ifrs y que mantenerse apartado frente a esta tendencia global con las experiencias ya vividas por muchos países sería desaprovechar tal experiencia y correr el riesgo de no tener información financiera comparable, transparente y de la más alta calidad frente a esta tendencia global

pero ¿qué ventajas puede traer la adopción de las normas internacionales de contabilidad?

El objetivo es tener un conjunto único de estándares mundiales de información financiera que permita información comparable, transparente y de la más alta calidad, contenida en estados financieros preparados con base en esos parámetros.

Para lograr ese objetivo, el principal (pero no único) obstáculo es la diversidad de los sistemas y de las normas nacionales. La diversidad de los sistemas se ha solucionado vía los avances en las tecnologías de la información y las comunicaciones (bases de datos relacionales, enterprise resource planning (ERPs) y XBRL, principalmente). La diversidad de las normas se ha solucionado por medio de la armonización de tales normas.

Lograr la armonización de las normas implica que haya entendimiento tanto en las normas como en los emisores de las normas. Para ello se dispone de diversas experiencias:

a)Adopción de los estándares internacionales: La autoridad (por ejemplo: la European Commission) incorpora en su derecho interno (los hace obligatorios) los IFRS (información financiera) y los ISA (estándares internacionales de auditoría y aseguramiento) vía un proceso específico (comisiones y endoso)

b)Convergencia entre los US-GAAP (United States Generally Accepted Accounting Principles) y los IFRS: Los emisores (en este caso, US-FASB e IASB) acuerdan un proceso ('mapa de ruta') para eliminar las diferencias entre sus estándares (US-GAAP e IFRS). Similares procesos se están dando entre el emisor internacional y los emisores de estándares de Japón y China.

c)Adopción con ajustes: los emisores nacionales (por ejemplo: Australia, Nueva Zelanda) adoptan los IFRS con algunas excepciones menores.

Desde el punto de vista técnico, la adopción es el paso desde sistemas de contabilidad basados en reglas al sistema internacional IFRS, basado enprincipios. La adopción, entonces, es un método técnico ventajoso que facilita el tránsito desde el sistema de contabilidad local hacia el sistema internacional (IFRS) permitiendo mostrar las diferencias (en utilidad/pérdida, en patrimonio, en impuestos, etc.) de ese cambio.

FACTOR DE COMPETITIVIDAD

La competitividad de un país depende de un conjunto de diversos factores.

Tener un solo sistema de contabilidad (IFRS) es reconocido como un elemento que favorece la competitividad porque elimina barreras (de carácter legal, profesional, tecnológico), disminuye costos y facilita el acceso a fuentes de financiación o capital. Todas las diferencias en relación con el sistema internacional constituyen costos adicionales (tener que preparar varios tipos de información y adicionalmente hacer conciliaciones; tener que pagar mayores costos de capital; dificultades para acceder a los mercados en igualdad de condiciones) y mayores riesgos (riesgo de tomar decisiones equivocadas a causa de no tener una base comparable en la información).

La adopción de los estándares internacionales (IFRS, pero también de auditoría/aseguramiento de información, control interno y gobierno corporativo) ayuda a tener ventajas competitivas. O en otras palabras, no tener el mismo sistema equivale a darles las ventajas competitivas a los competidores.

EMPLEO PARA CONTADORES

Con los estándares internacionales los contadores tienen que ajustarse a las nuevas condiciones.

Ya no se acepta (como tampoco se acepta que sea el Estado) que los contadores sean los que creen los institutos profesionales, señalen los códigos de conducta profesional y determinen las normas técnicas profesionales, vigilen el ejercicio y tengan aprovechamiento económico de la aplicación.

Hoy a nivel internacional se requieren roles diferentes (emisores de estándares, reguladores, supervisores, analistas, preparadores, auditores, etc.) cada uno de ellos trabajando de manera independiente.

Los contadores, como personas, pueden participar en cualquiera de esos roles y ello implica que sus posibilidades de trabajo, en lugar de disminuir se incrementan. Lo que no pueden es simultáneamente ejercer varios de esos roles.

- Usted podrá escuchar a los expertos en globalización contable y estándares de información financiera en el foro que realizarán PORTAFOLIO, Deloitte y el Grupo Planeta el lunes 10 de noviembre en el Club El Nogal de Bogotá. 353 5354 ó 018000 110 301.

No tener el mismo sistema equivale a darles las ventajas a los principales competidores del mercado".

En Colombia hay sectores de contadores que critican la adopción, mientras que otros la aceptan. Sin embargo, en el país hay empresas que están usando los IFRS como su sistema de información, así sea con el sobrecosto de dos modelos de contabilidad. Todas las entidades que o bien son subsidiarias de matrices que consolidan su información financiera bajo IFRS o son compañías colombianas que realizan negocios con empresas europeas, con banca multilateral y con inversionistas extranjeros, y por lo tanto deben reportar con base en IFRS.

¿EN QUÉ VAMOS?

18 outubro 2008

Rir é o melhor remédio

Sobre a crise de confiança no sistema bancário:



Clique na imagem para ver melhor.

Islândia e quem mais? 2

Quais os países em dificuldades financeiras? Nesta postagem isto foi discutido. A Slate publica um cartoon que mostra a situação da Venezuela e resume muito a atual situação do petróleo, com a queda de preços. A figura é o presidente Chavez, posando de herói.

CVM e derivativos

CVM exige informações detalhadas sobre derivativos em balanços
AE Conjuntura e Finanças

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) passou a exigir, nos balanços do terceiro trimestre deste ano, informações mais abrangentes e detalhadas sobre os instrumentos financeiros derivativos detidos pelas companhias abertas. A regra consta da Deliberação nº 550 da autarquia que completa a Instrução n.º 235/95, que regulamenta a apresentação de informações sobre esses instrumentos em nota explicativa às demonstrações financeiras.

Conforme a CVM, a Deliberação somente será aplicável ao balanço do trimestre encerrado em 30 de setembro deste ano, sendo que as companhias que já tiverem entregado o referido documento deverão reapresentá-lo com as adaptações exigidas até o dia 14 de novembro. As empresas que entregarem as informações trimestrais até o dia 24 de outubro também poderão reapresentá-lo, atendendo às novas exigências, até o dia 14 do mês que vem.

A CVM considera que, no geral, o conteúdo informativo das notas explicativas sobre instrumentos financeiros derivativos que vêm sendo produzidas pelas companhias poderia ser aperfeiçoado. Assim, promoverá, no processo de adequação das demonstrações aos padrões internacionais de contabilidade, a melhoria desse conteúdo. "Adicionalmente, em vista do atual cenário de volatilidade nos mercados nacional e internacional, considerou conveniente a adoção dessa medida já para o balanço do terceiro trimestre de 2008", diz o comunicado da autarquia.

Conforme a CVM, com esta medida, pretende-se garantir a disponibilização de informações mais objetivas e completas acerca da eventual exposição das companhias abertas, em 30 de setembro, em razão das posições em instrumentos financeiros derivativos detidos, bem como de impactos decorrentes dessa exposição no terceiro trimestre.

A Deliberação contém também, em seu artigo 4º, recomendação para que as companhias divulguem análises de sensibilidade de suas posições em instrumentos derivativos em relação a três cenários que são especificados, fornecendo assim aos seus acionistas e ao mercado referenciais concretos para a avaliação do risco trazido pelas posições assumidas pela companhia.

A autarquia diz ainda no comunicado que a nova regra inspira-se nos pronunciamentos do International Accounting Standards Board (IASB) que tratam da contabilização e da divulgação de informações sobre instrumentos financeiros, antecipando em parte o teor daqueles normativos. A CVM lembra que, junto com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, irá em breve e conforme calendário divulgado pelas entidades no início deste ano, colocar para audiência pública o pronunciamento contábil que trata do reconhecimento, mensuração e evidenciação de instrumentos financeiros, que será editado no âmbito da regulamentação da Lei 11.638/07.

A norma incorpora, ainda, partes das recomendações das áreas técnicas da CVM - de Relações com Empresas e de Normas Contábeis - feitas por meio do Ofício Circular/CVM/SNC/SEP nº 01, de 14 de fevereiro de 2007.

O Prejuízo da Aracruz

Derivativos levam Aracruz a prejuízo de R$ 1,57 bilhão
Cesar Bianconi
O Estado de São Paulo - 18/10/2008

Apenas com as operações cambiais de alto risco, empresa teve perda de R$ 2,1 bilhões

A Aracruz teve prejuízo líquido de R$ 1,569 bilhão no terceiro trimestre deste ano, ante lucro de R$ 260,506 milhões no mesmo período de 2007, pelo padrão brasileiro de contabilidade (BR Gaap). A receita líquida subiu de R$ 610,580 milhões para R$ 666,534 milhões na mesma comparação. O resultado financeiro foi R$ 1,548 bilhão negativo de julho a setembro. Um ano antes, foi de R$ 116,861milhões positivos.

A companhia, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, teve uma despesa financeira consolidada de R$ 2,462 bilhões, incluindo variações monetárias e cambiais. Um ano antes, a cifra foi de R$ 141,3 milhões. O resultado recente foi fortemente influenciado pela contabilização de perdas de R$ 2,1 bilhões com derivativos, segundo a empresa.

Uma das operações com derivativos de câmbio da Aracruz estabelece que a empresa tenha uma perda equivalente a duas vezes a variação cambial, caso ela ocorra em direção distinta à aposta feita pela Tesouraria da companhia. Ou seja, a empresa se dispôs a correr o risco de pagar duas vezes a variação cambial em alguns contratos com derivativos que fez.

Ao divulgar o resultado, ontem, a empresa disse que sua posição de caixa no terceiro trimestre, sem derivativos, estava em R$ 1,1 bilhão. Em 25 de setembro, ela anunciou que a sua exposição a derivativos podia ter excedido os limites previstos na política financeira. No início deste mês, informou que o valor justo de seus contratos com derivativos estava negativo em R$ 1,95 bilhão em 30 de setembro.

Essa perda financeira levou o Grupo Aracruz a ter um prejuízo líquido consolidado (incluindo empresas coligadas e controladas) de R$ 1,657 bilhão no terceiro trimestre de 2008, ante lucro líquido de R$ 263,248 milhões de julho a setembro do ano passado.

A receita consolidada nos três meses até setembro foi de 801,6 milhões, queda de 8% na comparação com o mesmo intervalo de 2007. A geração de caixa medida pelo Ebitda ficou em R$ 323,7 milhões, com margem de 40%. Isso se compara a um Ebitda de R$ 394,4 milhões um ano antes, com margem de 45%. O volume de vendas de celulose no trimestre foi de 679 mil (-10%), enquanto a produção totalizou 810 mil toneladas (7% na comparação anual).

A Aracruz vai antecipar a parada para manutenção da fábrica em Barra do Riacho, no Espírito Santo, do primeiro trimestre de 2009 para o quarto trimestre deste ano. Segundo a empresa, isso vai representar uma redução de 64 mil toneladas na produção de celulose no período. Considerando outras paradas já realizadas ao longo do ano, a meta de produção para 2008 foi revisada, passando de 3,1 milhões a 3,2 milhões de toneladas, ante 3,3 milhões de toneladas anteriormente.

“Dada as condições de mercado, a companhia decidiu remarcar a parada para manutenção das linhas A e C da Unidade Barra do Riacho para o quarto trimestre de 2008. A parada para manutenção da Unidade Guaíba foi realizada no terceiro trimestre”, informou a empresa.

DEMANDA EM BAIXA

Segundo a Aracruz, ao longo do terceiro trimestre a redução do crescimento da economia global e as paradas sazonais na produção de papel na Europa reduziram a demanda do setor de papel e celulose, resultando em redução de preço da commodity em setembro para todas as regiões. Nesse cenário, as vendas de celulose da empresa ficaram em 679 mil toneladas de julho a setembro, volume 12% inferior ao do segundo trimestre e 10% menor que o do mesmo período de 2007.

A empresa também informou que está tomando medidas para reduzir os desembolsos e conservar o caixa. Adiou a expansão da fábrica de Guaíba (RS) em 1 ano e reduziu a compra de terras e formação de florestas para uma nova fábrica da Veracel, joint venture com a Stora Enso, na Bahia, além de suspender a aquisição de áreas com as mesmas finalidades para o projeto de uma unidade produtiva em Minas Gerais.

Na terça-feira, a Aracruz informou que resolveu cancelar o crédito e o pagamento de juros sobre capital próprio no valor de R$ 84 milhões, previsto para ocorrer a partir de 15 de outubro. A decisão decorreu dos problemas enfrentados com operações de derivativos e em meio ao “atual cenário nacional e internacional”.

A direção da empresa disse ainda que a liquidez tem “sido severamente” afetada pela restrição de crédito e pelo aumento da percepção de risco do mercado global.

A Aracruz ainda informou ter encerrado setembro com dívida líquida de R$ 2,676 bilhões, um aumento de 55% sobre a posição de junho. Isso decorre, principalmente, do impacto da variação cambial sobre os empréstimos em moeda estrangeira e aos investimentos no período. Houve uma despesa financeira líquida sobre a dívida de R$ 450,1 milhões, pela variação cambial sobre os empréstimos em moeda estrangeira.

17 outubro 2008

Rir é o melhor remédio

Mais uma do PhD Comics (Clique na imagem para ver melhor)

O mercado não é bobo

Em 1986, o onibus especial Challenger explodiu no momento do seu lançamento em Cabo Canaveral. O desastre estava sendo televisionado e, naturalmente, foi repetido a exaustão. No momento que soube da notícia, o mercado acionário reagiu com uma queda nos preços das ações das empresas que tinham algum vínculo com o projeto de construção do ônibus espacial. A redução no preço chegou a 6% para algumas empresas alguns minutos após a tragédia.

Entretanto, as ações as empresas começaram a subir novamente ao final do dia, reduzindo a queda substancialmente. Neste momento, não era possível saber o que tinha provocado o problema no ônibus espacial, que foi conhecido somente meses depois.

A recuperação no preço das ações das empresas envolvidas na construção da Challenger ao final do dia só não ocorreu com as ações de uma empresa chamada Thiokol. Ao final do dia 28 de janeiro, data do incidente, o preço da ação desta empresa era de 12% a menos. No dia seguinte as ações da empresa continuavam num nível reduzido, apesar de não existir nenhuma pista sobre o que tinha ocorrido. Mas o mercado apontava, misteriosamente, para a empresa.

E o mercado estava certo. Com efeito, a comissão encarregada de estudar as causas do acidente, presidida pelo legendário físico Richard Feynman, mostrou que os anéis de vedação da Thiokol não eram resistentes.

O caso da Thiokol foi estudado por dois autores, Maloney e Mulherin, que não conseguiram descobrir a razão da premonição do mercado (Este caso está também relatado no início do livro A Sabedoria das Multidões, de James Surowiecki, p. 27 a 29).

O motivo para lembrar-se deste caso é para dizer algo importante no momento que se discute as mudanças das regras contábeis em razão da crise financeira: o mercado não é bobo. Ao mudar as regras, os órgãos reguladores cederam a pressão de bancos e políticos, mas a mensagem pode ter sido: não confie na contabilidade e nos seus reguladores.

E-mails

Em razão do blog, tenho recebido alguns e-mails, sempre interessantes e oportunos. Na medida do possível tento responder dentro de um prazo razoável. Perguntas de alunos, comentários de leitores e solicitações diversas são sempre agradáveis. Faz-nos sentir útil.

Este blog consome muito tempo pessoal. Geralmente tenho no Reader do Google (um agregador de notícias) mais de 600 postagens por dia. Além disto, sempre que possível, dou uma passada de olhos nos jornais brasileiros (em especial Valor, Gazeta e Estado) e estrangeiros (NY Times, Financial Times, Wall Street Journal, The Guardian, The Times e, Los Angeles Times), além de revistas semanais.

Em alguns casos uma notícia escapa, mas geralmente um leitor atento chama a atenção para o fato.

Apesar do trabalho, é uma tarefa que considero interessante e agradável. Num dia com grande fluxo de usuários, o número de leitores ultrapassa a 500. Considerando que um livro de contabilidade no Brasil vende em média 2 mil exemplares, este número de curiosos é um bom indicio de que o esforço vale a pena.

Obrigado a todos leitores.

Situação exdrúxula

As partidas dobradas e o Brasil:

Como a Res. 3617, do CMN, definiu que os bens arrendados na forma de arrendamento mercantil, devem integrar o imobilizado das sociedades arrendadoras, corremos o risco de termos um mesmo bem refletido na arrendadora e na arrendatária (esta, seguindo os dispositivos da Lei 11638/07)

Jorge Katsumi Niyama

Links

A crise cambial brasileira segundo a The Economist

Analise do balanço do Citigroup

Debate entre Batman e Pingüim

Kay considera a situação como típica de uma “Fraude inocente”

Mais mudanças

Segundo Norris (Changing the Rules), apesar do Iasb ter reconhecido a pressão dos bancos e dos políticos, a pressão política deve continuar pois os bancos consideram que as decisões do Iasb não são suficientes. E os bancos desejam que estas mudanças sejam feitas até o final do mês. Não está descartado a possibilidade de ignorar partes do Ias 39 pela Comunidade Européia.

Enquanto isto, Marie Leone, do CFO (Credit Crunch Team in the Works) informa que Iasb e Fasb criaram grupo para ajudar os órgãos a desenvolver resposta coordenada para a crise econômica.

Playboy e situação econômica


A situação economica pode afeta o padrão de mulher que aparece nas páginas da Playboy, revela um estudo. Segundo Catherine Rampell (Demand Curves: Playmate Economics), o estudo (aqui) realizado entre 1960 e 2000, que comparou as condições econômicas com o padrão de beleza (ou seja, as medidas físicas das Playmates) encontrou uma relação proporcional entre situações econômicas difíceis idade, peso e altura das mulheres.

Razões para você não ser rico


Este endereço apresenta algumas razões para você não ser rico. Fiz algumas adaptações na lista, que é a seguinte:

1) você se preocupa com o que seu vizinho pensa
2) você não é paciente
3) você tem maus hábitos
4) você não possui objetivos
5) você não está preparado
6) você tenta fazer riqueza rapidamente
7) Você deixa que outros cuidem do seu dinheiro
8) Você investe em coisas que não entende
9) Você tem medo financeiro
10) Você ignora suas finanças
11) Você cuida para que seu carro esteja sempre bonito
12) Você se sente garantido
13) Você esquece a diversificação
14) Você começa tarde
15) Você não faz o que gosta
16) Você não gosta de aprender
17) Você compra coisas que não usa
18) Você não entende o valor
19) Sua casa é muito grande
20) Você não toma vantagens das oportunidades

Risco e gene



Segundo esta notícia RISK-TAKING: IN THE GENES a nossa attitude perante o risco pode depender, parcialmente, da genética. Dois genes, que regulam a atividade do cérebro, afetam a proporção que uma pessoa investe seus ativos em investimentos de risco.

SEC e bancos

SEC permite mudança que pode adiar baixas contábeis dos bancos
Reuters Focus - 16/10/2008

NOVA YORK/WASHINGTON, 16 de outubro (Reuters) - A Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, aceitou uma proposta dos bancos para permitir que eles adiem baixas contábeis de certos ativos que perderam valor devido à crise de crédito.

Em carta enviada na noite de terça-feira, o chefe de contabilidade da SEC disse ao presidente do Conselho de Padrões Contábeis Financeiros, Robert Herz, que os bancos podem, ao menos temporariamente, tratar os chamados ativos preferenciais perpétuos mais como ativos de dívida quando forem avaliá-los para prejuízos.

Ao explicar a decisão, o chefe de contabilidade da SEC, Conrad Hewitt, disse que tais ativos são "híbridos", com características de ações e de dívida, o que coloca um desafio para os bancos.

Hewitt acrescentou na carta que a SEC "não faz objeção" aos bancos tratarem os ativos preferenciais perpétuos como dívida até que o Conselho forneça uma orientação mais clara sobre como administrar as despesas com prejuízos desses ativos.

Os ativos preferenciais perpétuos são taxados de forma similar a uma dívida, mas são precificados como outros tipos de bônus de longo prazo, mas como os investidores não podem resgatá-los como resgatam dívidas, eles podem ser considerados mais como ações.

(Por Emily Chasan e Rachelle Younglai)

AIG decide rever sua política com os executivos

AIG recuperará pagos a ejecutivos y cambia sus prácticas
Joseph A. Giannone
Reuters - Noticias Latinoamericanas - 16/10/2008

NUEVA YORK, oct 16 (Reuters) - American International Group (AIG), el gigante de los seguros que recibió críticas por los pagos a ejecutivos y sus fiestas en tiempos de crisis, decidió cambiar sus prácticas.

AIG prometió recuperar pagos a ejecutivos y otras compensaciones, eliminar beneficios y otras reformas, un día después de que el fiscal general de Nueva York, Andrew Cuomo, amenazó con emprender acciones legales por sus controvertidos gastos.

(...) Cuomo había objetado los "extravagantes" pagos realizados a ejecutivos que llevaron a la empresa hasta cerca del colapso, incluido un bono en efectivo por 5 millones de dólares y 15 millones de dólares en "paracaídas dorado" para Sullivan a comienzos de este año, así como bonos por 34 millones de dólares para Cassano, cuya unidad generó la mayor parte de las pérdidas de AIG.

Además, AIG no realizará pagos por la salida del presidente financiero, Steven Bensinger, que está pendiente del resultado de una investigación en marcha.

Cuomo dijo que la indemnización para Bensinger habría estado en un rango de 10 millones de dólares. AIG dijo el jueves que nombró a David Herzog como su nuevo presidente financiero.

AIG atrajo fuertes críticas el mes pasado, cuando se supo que había contratado un lujoso complejo hotelero en California para un fin de semana largo para los agentes de seguro de mejor desempeño, con un costo de 440.000 dólares.

AIG, que alguna vez fue la aseguradora más ponderosa del mundo, casi llega a la quiebra el mes pasado debido que su negocio de swaps por créditos incobrables provocó una hemorragia de dinero.

Funcionarios estadounidenses rescataron a AIG proporcionando préstamos de emergencia por 85.000 millones de dólares, los que se incrementaron más tarde a 123.000 millones de dólares.

"Hay una gerencia que obtuvo recompensas multimillonarias en bonos por buen desempeño. ¿Cómo se puede pagar tanto por buen desempeño cuando su desempeño fue nulo?," dijo Cuomo.

Islândia e quem mais?

David Gaffen, em After Iceland, Who Is Next?, levanta a questão de qual país será o próximo a ter problemas financeiros. Standard & Poor’s está pensando em rebaixar Hungria e Ucrania. A lista de outros países inclui Venezuela, Paquistão, Argentina e Cazaquistão. Gaffen lembra que este risco não é eminente, mas indica os países mais vulneráveis.

A presença da Venezuela, rica em petróleo, pode ser respondida no texto Oil Falls Near $70 a Barrel, 16-Month Low, Alarming OPEC, que mostra que o preço do petróleo caiu de 142 dólares o barril para menos de 70 dólares. Neste texto, informa-se que a Venezuela necessita de um preço de 95 dólares para ter um equilíbrio orçamentário.

E hoje, no NY Times, a notícia de que os bancos europeus estão socorrendo a Hungria