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Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Satyam. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
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15 fevereiro 2011

Do céu ao inferno

Em 2006 VSP Gupta recebeu o “Recognition of Commitment Award (ROC)” do “The Institute of Internal Auditors, USA (IIA)”. Segundo a empresa que empregava Gupta, era um reconhecimento das melhores práticas adotadas pelo auditor interno. É isto, Gupta era auditor interno.

Hoje, Gupta está preso em razão da fraude contábil ocorrida na Satyam.Ele era diretor de auditoria interna e a prisão ocorreu em novembro de 2010.

27 janeiro 2018

PwC apela da expulsão da Índia

Recentemente a empresa de auditoria PwC pegou uma pena de dois anos sem trabalhar na Índia em razão das falhas cometidas com a Satyam. Em 2009 a auditoria não conseguiu captar a manipulação que estava ocorrendo na empresa.

Agora, segundo o Accounting Today, a empresa apelou para a revisão da pena. E parece que a análise será feita de forma bastante ágil, até final de fevereiro.

01 julho 2019

Big Four ameaçadas na Índia

Global auditors have had a torrid time of late. kpmg is haemorrhaging clients in South Africa after allegations of fraud linked to its work for the powerful Gupta family; Deloitte is under investigation in both America and Malaysia relating to scandal at 1mdb, a Malaysian state-development fund. In Britain the Big Four face threats of break-up after the failure last year of Carillion, a big government contractor for which all four had done work. Now Indian prosecutors have the auditors in their sights.

The most serious case concerns the collapse last year of il fs, a monstrously complex financial firm with deep state ties. On July 15th the corporate-affairs ministry will argue before a commercial court to have Deloitte’s and kpmg’s local affiliates suspended from doing audits for five years because of flaws in their work for an il fs subsidiary. Ernst Young (ey) is under fire, too: its local affiliate audited il fs and another subsidiary. It had already been suspended for a year from doing bank audits because of its work for Yes Bank, India’s fourth-biggest private lender. pwc, meanwhile, faces a two-year suspension relating to work for Satyam, a computer-services firm that went bust a decade ago.


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15 fevereiro 2009

Auditoria e Reputação

No livro Teoria da Contabilidade afirma-se que as empresas de auditoria possuem interesse em realizar um bom trabalho para defender sua reputação. Neste sentido, preservar o “nome” da empresa de auditoria seria um motivo suficiente para a busca por um bom trabalho. Entretanto, este aspecto talvez não seja suficientemente forte num ambiente de oligopólio. Um texto a revista Business Week (For Accounting Giants, nowhere to Hide?, Nanette Byrnes & Michael Orey, 16/2/2009, 56, Volume 4119) mostra que o arranjo realizado por estas empresas pode estar com os dias contados.

Apesar das grandes empresas de auditoria (PricewaterhouseCoopers, KPMG International, a Deloitte Touche Tohmatsu e Ernst & Young) possuírem receitas de mais de 100 bilhões de dólares no ano passado, sua exposição ao risco é limitada devido ao fato de estarem constituídas como uma rede de empresas independentes. Ou seja, ações judiciais são limitadas.

Agora, dois casos podem ameaçar esta situação. Em janeiro o juiz do distrito de Nova Iorque decidiu que um júri irá analisar “se Deloitte é responsável por alegada negligência contabilidade italiano pela sua operação em 2003 o colapso do produtor de leite Parmalat”. Na terça-feira dia 17 de fevereiro, “um tribunal estadual júri, em Miami está agendado para considerar se a [empresa] baseada em Bruxelas BDO International deve ajudar a pagar de US $ 521 milhões do veredicto.”

Estes problemas acontecem num instante em que as empresas de auditoria podem enfrentar a possibilidade de assumir responsabilidade por casos como o da empresa indiana Satyam e os fundos Madoff. As empresas de auditoria estão se defendendo afirmando que são independentes.

18 dezembro 2015

Fatos da Semana

De janeiro até dezembro tivemos 49 fatos da semana. O fim do ano é um momento interessante para fazer um apanhado sobre o que ocorreu através da coluna de postamos todo sábado neste blog.

Como o leitor já sabe, classificamos os fatos em positivo, neutro ou negativo. Foram 16 positivos, nove neutros e 23 negativos ou 47%. Não queremos destacar o lado ruim, tanto é assim que diariamente convidamos o leitor a rir; mas 2015 está sendo difícil. Dos fatos destacados aqui, 60% são nacionais, sendo que em sete semanas, ou 14%, o destaque foi a Petrobras. A estatal apareceu principalmente no início do ano, com a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2014, onde mostrava, parcialmente segundo a opinião deste blog, o estrago da corrupção.

Os escândalos atingiram a Portugal Telecom, BVA, BNDES, Styam, FIFA, Volks e IBM. O maior deles foi a irresponsabilidade de uma auditoria que praticamente faliu a Moldávia. Fizemos até um placar das empresas de auditoria, cujo resultado foi o seguinte:

1º. Lugar – KPMG – 3 pontos: BVA, BNDES e FIFA
1º. Lugar – PwC – 3 pontos: Petrobras, Satyam e IBM
3º. Lugar – EY, Deloitte e GT – 1 pontos por Toshiba, CSN e Moldávia, nesta ordem

Os reguladores foram também destaque aqui. Incluindo o CFC, TCU, Iasb e CVM foram 14 fatos relacionados a este assunto ou 29% do total.

Queremos destacar o destaque especial para o comportamento do mercado de trabalho para o contador (três fatos), já que divulgamos dados inéditos aqui no blog. Para finalizar, o fato de 11 junho nos enche de orgulho: três milhões de leitores do blog.

A lista dos fatos encontra-se a seguir:

16 janeiro 2009

Visão da auditoria

Um economista de jornal, Celson Ming, faz no Estado de S. Paulo, uma observação sobre auditoria (Confiança é quase tudo, 16/1/2009):

Ao gosto do freguês - Está generalizada a percepção de que o principal negócio do auditor é fazer uma contabilidade ao gosto do dono da empresa.

Foi esta, em síntese, a reação de muitos leitores que comentaram as críticas desta coluna ao comportamento dos auditores nesta crise.

Mas alguém reclamou de que eu tivesse poupado uma das gigantes do setor, a PriceWaterhouseCoopers.

Não houve a intenção. Aliás, a Price foi afastada da auditoria do escândalo bilionário na indiana Satyam Computer Services, do setor de tecnologia.


Agora substitua na primeira frase a palavra "auditor" por "economista" e "contabilidade" por "previsão" e veja se não ficou melhor.

04 fevereiro 2009

Texto Ruim

Outro texto ruim é A morte da confiança, de Sing-Ming Shaw, publicado no Valor Econômico (3/2/2009). O autor é ex-membro visitante nos departamentos de história nas Universidades de Oxford e Princeton. Mas foi capaz de redigir a seguinte frase:

“Felizmente, o Zimbabué não é um país de real importância para a estabilidade mundial. Mas a República de Weimar e a China da década de 1940 eram. Uma optou por Hitler e a outra por Mao Tsé-tung para restaurar a confiança. Portanto, os riscos são claros.”

[A questão da China não tem relação com a República de Weimar. E os problemas de ambos ocorreram antes de 1940.] A seguir o autor faz a seguinte pergunta:

O primeiro sinal de advertência surgiu em 2001, com o colapso da Enron nos EUA. Sua contabilidade fraudulenta fora autenticada pela Arthur Andersen. Agora, na Índia, descobriu-se que a Satyam, auditada pela PriceWaterhouseCoopers, na verdade tem bilhões de dólares menos em caixa do que acreditávamos. Se não podemos confiar nos melhores auditores, podemos continuar a confiar em contadores habilitados?

11 setembro 2013

Auditoria, Erro e Controle Interno

O setor de auditoria convive regularmente com denúncias de escândalos. Empresas fazem falcatruas na sua contabilidade e o auditor parece que não percebe o que está ocorrendo. Os exemplos são inúmeros e incluem nomes como Panamericano, Lehman, Olympus, Stanford, Satyam, Madoff, HP, entre outros. Recentemente um relatório da entidade que fiscaliza as empresas de auditoria dos Estados Unidos apontava que mais de 20% dos trabalhos das grandes empresas de auditoria tinham algum tipo de problema, sendo que uma das empresas fiscalizadas este índice chegava próximo a 50%. Isto é assustador já que o usuário espera que o relatório de auditoria seja o comprovante que a contabilidade da entidade é confiável.

Alguns apontam que os problemas das empresas diz respeito à forma como o setor opera. As empresas de auditoria são contratadas pelas entidades que serão auditadas e isto gera um viés na opinião do auditor, conforme pesquisas comportamentais já demonstraram. Uma alternativa é permitir que o regulador fizesse o contrato e pague pela auditoria, sendo o custo repassado, posteriormente, para a entidade auditada. Além disto, em razão da economia de escala visando à redução das suas despesas, as empresas de auditoria utilizam uma mão-de-obra composta aprendizes – os famosos traines – sem experiência e vivência de uma situação de fraude. Outros consideram que existe uma acomodação, propiciada pela falta de um rodízio entre as auditorias.

Um aspecto que geralmente é deixado de lado nestes debates é que a auditoria recebe os holofotes da imprensa, dos blogs e dos reguladores quando cometem erros. Entretanto, não sabemos quantas vezes as empresas de auditoria impediram que os usuários fossem enganados, já que isto não aparece no seu relatório. Em outras palavras, a auditoria parece com o sistema de meteorologia. Diariamente escutamos suas previsões sobre o tempo; quando o sistema acerta, geralmente não damos a devida atenção. Entretanto, quando o sistema falha, alertando para uma chuva que não ocorreu ou deixando de falar da possibilidade de chuva quando ocorreu, lembramos que a previsão do tempo estava errada.

Esta dificuldade é maior uma vez que não sabemos – ou não levamos em consideração na nossa decisão – o universo de empresas auditadas. Se tivermos 500 empresas no mercado e ocorreram problemas com cinco delas, estes cinco casos estarão nas discussões sobre a qualidade do setor. Estas falhas serão lembradas, discutidas pelos reguladores e consideradas nos textos das redes sociais. Mas este nível de erro significa que o processo de auditoria cometeu falhas em 1% dos casos, o que seria uma taxa bastante razoável.

O Grumpy Old Accountants tem um argumento adicional sobre o assunto (Garbage In, Garbage Out - Are Accountants Really to Blame?). Segundo o Grumpy, as estatísticas mostram que cerca de 20% das empresas possuem problemas no controle interno. Além disto, as estratégias de crescimento, particularmente aqueles realizados a partir das aquisições e fusões, quebram controles internos. Assim, segundo o texto, muitos erros contábeis e falhas de auditoria tem sua raiz na falha dos controles internos das empresas.

Neste sentido, a solução para o problema de auditoria passa pela melhoria destes instrumentos. Em outras palavras, trocar o foco do PCAOB pelo Coso. Somente com o fortalecimento deste controle interno é que a auditoria irá deixar de estar associada aos escândalos fraudulentos. E será companheira fundamental para prevenir e antecipar problemas.

Isto parece muito com uma analogia criada por Simons, no seu livro Levers of Control: o que faz um automóvel andar rápido não é o motor potente, mas um sistema de freio confiável. Só podemos dirigir nosso automóvel a 80 km/h se tivermos a segurança que o veículo irá parar no momento adequado. Os controles internos possuem a mesma função para empresa. Somente com controles internos efetivos é que a empresa poderá crescer de maneira sustentada.

(Cartoon adaptado daqui)

26 fevereiro 2009

Problemas com a Epson

Epson inflou lucros no Brasil por nove anos
Folha de São Paulo - 26/2/2009
ÁLVARO FAGUNDES - JULIO WIZIACK

A Epson, fabricante japonesa de equipamentos eletrônicos, como impressoras e projetores de imagens, anunciou ontem os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2008 com uma surpresa: diretores nas subsidiárias do Brasil e do México manipularam os balanços, provocando perdas de US$ 45,2 milhões, sendo US$ 13,4 milhões no ano em exercício e o restante (US$ 31,8 milhões) nos nove anos anteriores.

Em comunicado, a empresa afirma que três executivos brasileiros inflaram os lucros em US$ 42 milhões por nove anos, incluindo o ano fiscal corrente.

Uma equipe de investigação do escritório da Epson nos EUA afirmou que o "incidente" foi causado por um erro na hora de ajustar os diferentes padrões contábeis do Brasil e dos EUA. Mas o mesmo comunicado afirma que os executivos brasileiros devem ter tentado "cobrir suas posições", um jargão que no mercado significa "disfarçar perdas".

No México, um executivo está envolvido acusado de aumentar os lucros em US$ 4,1 milhões por quatro anos. Segundo a Epson, os executivos foram demitidos ou afastados, mas nomes e a situação de cada um não foram revelados.

Como os números divulgados não impactam os balanços anteriores, segundo a Epson, os US$ 45,2 milhões lançados indevidamente serão computados como perdas extraordinárias no balanço do quarto trimestre de 2008. Até setembro de 2008, as receitas fecharam em US$ 9,9 bilhões, queda de 12,6% em relação ao mesmo período de 2007.

Entre os motivos alegados pela matriz japonesa estão a fragilidade do mercado de tecnologia na América Latina, a falta de controle da contabilidade pelos presidentes das subsidiárias e até a diferença geográfica e de cultura dos países.

Ainda segundo a Epson, os presidentes da filial no Brasil e no México terão de aprimorar o controle da contabilidade. A assessoria da Epson no Brasil disse que o presidente comentaria o caso, mas não retornou até o fechamento desta edição. O escritório dos EUA também não respondeu.

É a segunda vez que uma empresa global do setor admite manipulação contábil em dois meses. Em janeiro, o presidente do conselho da Satyam Computer Services, admitiu cometer uma fraude de US$ 1 bilhão.