A Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) iniciou uma consulta pública sobre propostas para introduzir requisitos de relato de sustentabilidade em documentos corporativos. O prazo para comentários da minuta é até dia 26 de dezembro. As grandes empresas listadas no mercado deverão divulgar informações sobre sustentabilidade pelos padrões geralmente aceitos para o assunto. Esses padrões foram publicados pelo Comitê de Padrões de Sustentabilidade do Japão em março de 2025. As informações incluem dados de emissões.
13 dezembro 2025
Sustentabilidade Made in Japan
A Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) iniciou uma consulta pública sobre propostas para introduzir requisitos de relato de sustentabilidade em documentos corporativos. O prazo para comentários da minuta é até dia 26 de dezembro. As grandes empresas listadas no mercado deverão divulgar informações sobre sustentabilidade pelos padrões geralmente aceitos para o assunto. Esses padrões foram publicados pelo Comitê de Padrões de Sustentabilidade do Japão em março de 2025. As informações incluem dados de emissões.
IA e Bolhas
Do colunista Tim Harford:
IA: "pessoa" do ano
Todo ano a revista Time escolhe a Pessoa do Ano. É sempre algo controverso escolhas como essa e no passado Hitels e Stalin foram escolhidos. Ou seja, nem sempre é uma honra ser escolhido.
Para esse ano, o mercado de apostas acreditava que os favoritos seriam a IA, papa Leão e Trump:
Mas a escolha real foi "Arquitetos da IA". Talvez o favoritismo da IA no mercado de apostas tenha influenciado na escolha real feita pela revista. No passado, a Time chegou a eleger o computador, que não é uma pessoa, como "a pessoa do ano". Realmente foi estranha a opção da revista.09 dezembro 2025
Warner, Netflix e Paramount
Comentamos aqui sobre a compra, pela Netflix, dos negócios de filme e streaming da Warner Bros Discovery, por US$ 72 bilhões.
Agora, veio a público uma manobra Paramount que, segundo oValor, vem ressaltando aos acionistas da Warner a dificuldade que será para a Netflix obter aval dos reguladores e que, mesmo se recebido, o processo ainda levará tempo. O principal ponto de atenção seria o risco de a junção da Warner com a Netflix afetar consideravelmente o mercado competitivo, o que poderia ser amenizado caso o acordo ocorresse com a Paramount.
Segundo o Valor, a Paramount apresentou um lance de U$ 108 bilhões, U$ 18 bi a mais que a Netflix. Todavia, esse mesmo valor já havia sido oferecido e recusado pela Warner, que preferiu optar por um comprador de resistir ao escrutínio regulatório, assinar imediatamente e concluir os negócios nos termos exigidos.
O lance da Paramount vem acompanhado de garantia de capital pelos Ellison (família do cofundador da Oracle), pelo fundo de investimento RedBird Capital Partners e por fundos soberanos da Arábia Saudita, Abu Dhabi e Catar. Segundo a própriaParamount, esses investidores concordaram em renunciar a direitos de governança, o que evitaria uma revisão por motivos de segurança nacional.
07 dezembro 2025
Quem irá lecionar contabilidade?
Há alguns anos, escrevemos aqui no blog sobre um dado que me deixava inquieta: “um país com quase três mil cursos de contabilidade… e pouco mais de 250 doutores formados. Quem está lecionando?”
Na época, atualizei os números por conta própria e cheguei a algo próximo de 2.693 mestres e 251 doutores, que achei pouco. Porém, foi considerada também uma vitória, já que os programas no Brasil focados em Ciências Contábeis são relativamente recentes.
Destaquei ainda, naquela postagem, a dissertação do Glauber Barbosa (2011) que concluiu “ocorrência de disfunções no ensino superior das universidades federais, especialmente na sobrecarga de funções para os professores mais titulados e na supervalorização da pesquisa em detrimento do ensino, quando o ideal seria que este e aquela fossem indissociáveis.”
Conforme um texto publicado no The CPA Journal, esse problema não só continua, como em alguns lugares, piorou.
Nos EUA, o alerta agora é de crise aguda de professores de contabilidade com doutorado. O número de estudantes em PhD caiu mais de 40% desde 2007/2008, muitos programas não conseguem formar sequer um doutor por ano e uma boa parte dos formados não tem interesse na vida acadêmica. Some a isso o envelhecimento do corpo docente, a pressão por publicações e o fato de que a carreira fora da universidade muitas vezes é mais atraente financeiramente. Ou seja, lá e aqui, a pergunta continua ecoando: quem está, e quem estará, na frente da sala de aula?
Por lá uma das opções sugeridas foi criar doutorados profissionais em contabilidade, voltados para a prática, para casos reais, para a formação de professores que vêm do mercado e querem ensinar sem precisar passar por um programa tão rígido, teórico e de longa duração quando o acadêmico. Mas, na minha percepção pessoal, se programas profissionais realmente ganharem foco, teremos que discutir critérios claros de qualidade, mecanismos de avaliação, supervisão prática, padrões mínimos de formação e até como garantir que a experiência profissional não substitua, mas sim complemente, a reflexão crítica e a base conceitual que a docência exige.




