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15 julho 2025

CPC 51 finalmente disponível (IFRS 18)

Depois de levar quase um ano para "traduzir" uma norma, a CVM colocou em audiência pública o documento. E concedeu dois meses e meio para discussão e manifestação da norma. 

O documento pode ser obtido aqui 

Lacuna Tributária Britânica

Relatórios recentes revelam que empresas estrangeiras operando no Reino Unido deixaram de pagar cerca de £19 bilhões em impostos, um valor que pode indicar que a lacuna tributária britânica (tax gap) está significativamente subestimada. Os dados, obtidos pela consultoria UHY Hacker Young e baseados em números da HMRC, apontam que empresas norte-americanas são responsáveis por £8,8 bilhões desse montante, o que representa aproximadamente 46% do total.

O blog Tax Research UK argumenta que o valor oficial da lacuna tributária divulgado pela HMRC não leva em conta toda a evasão de grandes corporações internacionais, sugerindo que o déficit real pode ser muito maior.


Já o Accountancy Daily destaca que a maior parte do valor corresponde a impostos corporativos subdeclarados por multinacionais, sobretudo do setor de tecnologia e serviços. 

Mentiras e os documentos históricos

Sobre o uso de documentos históricos para tentar entender o passado:  


Historiadores têm problemas de confiança — e deveriam ter. Quando estudiosos avaliam textos, obras de arte, objetos materiais e histórias orais do passado, eles estão mergulhando em fontes profundamente pessoais e inerentemente humanas. E os humanos mentem o tempo todo. Como profissionais, entendemos que nenhuma fonte isolada é uma voz de autoridade. O processo de pesquisa exige contextualização, sobreposição de informações e uma compreensão sutil das dinâmicas interpessoais. Na minha sala de aula, isso é um problema.

Meus alunos frequentemente têm dificuldade em ver os personagens históricos como pessoas reais. Eles não têm dificuldade em entender que Abraham Lincoln foi uma pessoa real — que nasceu em 1809 e viveu uma vida concreta até sua morte prematura. O problema deles está em pensar em Lincoln como um adolescente preocupado em entrar para o time de luta livre. (...)

Assim como hoje, as pessoas no passado distorciam a verdade em documentos pessoais porque sabiam que esses documentos poderiam ser usados mais tarde para sustentar reivindicações em tribunais ou para verificar a posse de propriedades para fins de tributação. Mesmo em nossos diários e cartas mais pessoais, os humanos descontextualizam e exageram para salvar as aparências. O trabalho de um historiador é ver as pessoas como elas são — humanas

Isso é muito interessante. Há alguns exemplos no texto que mostra isso, levando o pesquisador a questionar as fontes. 

Parecido com achar que as demonstrações contábeis contam a vida de uma empresa. Humanos mentem e contadores são humanos.  

BRB e Master


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu, no fim de junho, uma investigação contra a administração do Banco de Brasília (BRB) para apurar possíveis irregularidades relacionadas às demonstrações financeiras de 2024 e convocação de Assembleia Geral Ordinária (AGO) fora do prazo legal [1]. No total, são 14 acusados — entre eles, Paulo Henrique Costa, CEO do banco, Dario Garcia Junior, diretor financeiro, e Marcelo Talarico, presidente do comitê de auditoria. A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pelo E-Investidor.

O processo foi aberto em 23 de junho e, três dias depois, encaminhado à Gerência de Controle de Processos Sancionadores (GCP) da CVM. Isso indica que, após uma investigação preliminar, a autarquia já começou a formular acusações e avaliar a aplicação de penalidades. Agora, os envolvidos estão sendo citados. Procurado, o BRB informou que ainda não teve acesso ao processo e vai se manifestar no “momento oportuno”.

As demonstrações financeiras do BRB já haviam sido questionadas por acionistas minoritários anteriormente. Em maio, durante a assembleia para aprovação das contas referentes a 2024, investidores apontaram falta de transparência sobre o impacto da compra do Banco Master, anunciada em março, nos números do banco. Também afirmaram que as DFs estavam fora do padrão internacional de contabilidade, conhecido como IFRS [2], e que não continham informações detalhadas sobre subsidiárias.

[1] Parece que levou tanto tempo para isso acontecer. Deixaram "esfriar" a notícia?

[2] Se for só isso, todas empresas brasileiras deveriam ser condenadas 

Fonte: aqui 

Agregação de valor com IA


Sobre a agregação de valor com IA: 

Quando líderes respondem ao pânico imediato, novos riscos de negócios e medidas de mitigação frequentemente surgem. Dois exemplos recentes destacam as consequências de se apressar em implementar e publicar resultados positivos sobre a adoção de IA. O Wall Street Journal relatou, em abril de 2025, empresas enfrentando dificuldades para obter retornos com IA. Semanas depois, noticiou a retratação, pelo MIT, de um artigo técnico sobre IA cujos resultados que justificaram sua publicação não puderam ser comprovados.

Embora esses relatos demonstrem os riscos de dependência excessiva da IA sem salvaguardas de bom senso, nem tudo está fora dos trilhos no cenário corporativo de adoção de IA. Resultados incríveis têm sido alcançados com o uso criterioso da IA e de tecnologias correlatas na automação de processos em diversos setores. Agora que superamos a fase do “medo de ficar para trás” e podemos nos concentrar nos negócios, onde estão os melhores lugares para buscar valor ao aplicar IA na automação de sua empresa?

Embora chatbots sejam quase tão onipresentes quanto novos aplicativos baixados para celulares, as aplicações de IA que de fato geram ganhos em automação e produtividade estão alinhadas ao propósito específico e à arquitetura do sistema de IA em que são construídas. Os padrões dominantes onde os ganhos com IA são obtidos atualmente se resumem a duas áreas: linguagem (tradução e identificação de padrões) e dados (criação de novos formatos e busca em bases de dados).

O texto prossegue com mais detalhes. Clique no link para continuar a leitura. 

Rir é o melhor remédio

Conselhos para um Pequeno Empresário: Como maximizar o que você paga de imposto 

  1. Encontre o contador mais barato que conseguir. Ponto extra se for amigo do primo do seu cunhado, que acabou de formar 
  2. Entregue seus livros contábeis em cima da hora — de preferência, numa sacola de supermercado. 
  3. Não envolva seu contador em decisões importantes — deixe que ele “resolva depois”. 
  4. Tire quanto quiser da conta bancária da sua empresa - afinal, o dinheiro é seu, né? 
  5. Pague seus impostos com atraso e entregue as declarações depois do prazo - a Receita Federal adora um juro extra. 
  6. Sempre escute o seu amigo Davi do bar. A situação dele parece exatamente com a sua. 
  7. Ignore todos os avisos da Receita — se for urgente, eles entram em contato.
  8. Trate seu contador como um preenchedor de formulários, não como um consultor — pra quê desperdiçar o cérebro dele? 
  9. Mantenha registros ruins — ou melhor, não registre nada. 
  10. E por fim, sempre reclame do valor cobrado pelo seu contador. Afinal, economizar algumas centenas de reais ali é bem mais importante do que os milhares que você poderia economizar em impostos. 

Adaptado: daqui