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17 outubro 2011

Você e o horário de verão 2011




E lá vamos nós mais uma vez: ontem começou o horário de verão no DF e em 11 estados [neste ano a Bahia também entrou na “economia”]. Com isso, há impactos no nosso corpo, relógio biológico descompassado, os dias rendem menos até nos acostumarmos. Ao menos para alguns de nós [leia-se: para mim]. Quando eu tenho que acordar uma hora mais cedo que o normal, meu raciocínio fica super lento pela manhã! E quem está na pós-graduação sabe que não há muito tempo para se permitir certas regalias, tipo: dormir um pouco mais [ou mais cedo].

Mas tenhamos paciência! A ciência diz que nesses primeiros dias é normal estarmos irritadiços e mal humorados. Também ficamos mais cansaço e sonolentos. A boa notícia é que em média isso se altera com uma semana. E a partir daí só há espaço para melhorias. Serão 133 dias com o ajuste no relógio. Quando o desânimo estiver intenso, lembrem-se ao menos como será maravilhoso quando esse horário acabar e pudermos ficar uma hora a mais dormindo! [Suspiro!]

Algumas dicas:

Segundo o médico Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas, o melhor sono ocorre duas a três horas depois de escurecer e por conta da alteração do horário, o hormônio regulador do sono "melatonina", acionado pela falta de luz, é alterado.

"Para se adaptar ao novo horário, o ideal é evitar situações estimulantes no final da tarde ou na parte da noite", afirma, explicando que quanto mais estímulo maior a dificuldade do organismo em relaxar. Ele observa que outros hormônios, como o cortisol e o hormônio do crescimento, também sofrem variações durante o dia.

Evitar o consumo de café ou chá preto é uma das dicas dadas pelo médico do HC. "Exercícios físicos muito extenuantes também devem ser evitados", observa, citando ainda outras atitudes que podem prejudicar o descanso, tais como se alimentar demais no jantar, ir dormir sem comer, tomar banho muito frio ou muito quente, e ler livros ou ver filmes muito estimulantes nas horas que antecedem o sono.

Segundo o médico, outra dúvida comum é em relação aos horários das medicações. "A orientação é seguir o horário do relógio", diz. E complementa com outra dica: "aproveite o final de tarde e início de noite mais claros para fazer atividades prazerosas e caminhadas".

Leia também:

Horário de verão
O horário de verão representa uma economia de custo?

Petrobras


Sobre a relação entre o preço do petróleo interno e o preço praticado no Brasil:

A Petrobras deixou de ganhar R$ 9 bilhões nos últimos oito anos por causa da defasagem dos preços da gasolina e do diesel em relação às cotações do mercado internacional, conforme cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). "Quando o preço do petróleo sobe muito, a Petrobras subsidia o custo no mercado interno; quando cai, quem subsidia é o consumidor e o acionista", afirma o diretor do CBIE, Adriano Pires.

Esta é uma afirmação estranha: o correto é que quando o preço do petróleo sobe muito, o acionista subsidia; quando cai, o consumidor subsidia o acionista. Assim, uma notícia de aumento externo do preço do petróleo deveria fazer com que as ações da Petrobras perdessem valor. Entretanto, vejam este gráfico:

Este é o comportamento do preço da ação da empresa nos últimos dez anos. Compare com este:
Trata-se do comportamento do preço do petróleo também nos últimos dez anos. A princípio os dois gráficos guardam uma elevada relação, indicando que quando o preço do insumo aumenta a cotação da ação da empresa também aumenta.
Imagem: aqui

16 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Quatro imbecis e um brilhante engenheiro

A história não oficial da contabilidade no Brasil - 2

Ontem comentei que uma de minhas postagens preferidas fala sobre a história não oficial da contabilidade no Brasil. (Infelizmente não posso dizer que o livro de Jorge Caldeira é, também, um de meus preferidos, pois vergonhosamente ainda não o li. Ou adquiri.).

Pois bem. A postagem escrita pelo professor César fala sobre o controverso livro “História do Brasil com Empreendedores” (Jorge Caldeira, ed. Mamuleco). Controverso? Sim! Por isso a postagem foi intitulada como “A História Não Oficial da Contabilidade no Brasil”!

Mona Dorf explica a polêmica: “[...] os livros de história sempre ensinaram que a economia colonial era baseada no latifúndio que exportava a riqueza para fora do país. Caldeira, no entanto, traz novos dados para mostrar que a economia era tão dinâmica, que bem antes da chegada da Corte, em 1800, era bem maior do que a de Portugal, graças à figura do empreendedor”.

O professor César acrescenta: “Sabe-se que antes da criação de escolas formais de contabilidade, a mesma era ensinada nas famílias. E no Brasil, como isso ocorreu? Talvez fosse necessário alguém investigar a história não oficial da contabilidade para descobrir a frequência que isto ocorria [Alguém sentiu um cheirinho de tese de livre docência por aí? A gente torce, né?!]. O livro de Caldeira já é relevante por revelar outra visão da história brasileira: existia um intenso mercado interno no Brasil colônia, a economia não dependia da exportação e os trabalhadores eram em sua maioria pessoas livres.”.

A Lisandra Gehrke, que acompanha o blog, acrescentou um comentário super pertinente, que merece ser destacado:

Estou lendo o livro do jornalista Jorge Caldeira - Mauá Empresário do Império [Companhia das Letras], que conta a saga do menino Irineu Evangelista de Sousa, que por meio da contabilidade se transformou no grande Visconde de Mauá. O pequeno Irineu, aos nove anos de idade iniciou sua vida como caixeiro, e, depois de muito esforço, oportunidade e dedicação aos estudos, chegou ao posto de guarda-livros chefe. Uma leitura maravilhosa para nós contadores. Uma narrativa clara da história do Brasil e da contabilidade no Brasil.”.

Você já leu algum desses livros? Duas dicas de leitura pra rechear a sua semana! Que tal?




Leia também:

História


A história da economia

Aprender a ensinar ou ensinar a aprender?

Texto do blog do excelente Rodolfo Araújo:

"Educação tem sido um tema recorrente aqui no blog [Não Posso Evitar]. Algumas vezes é o meu lado ogro falando da falta dela. Outras, é dentro de um dos meus esportes favoritos: dar pitaco sobre o que não sei. Este texto encaixa-se na segunda categoria, tomando Educação no sentido puramente pedagógico.

O ponto de partida é o excelente
Disrupting Class: How Disruptive Innovation Will Change the Way the World Learns (McGraw-Hill, 2008), de Clayton Christensen e Michael Horn. Na obra, os autores fazem uma profunda análise do sistema educacional adotado atualmente, destacando seus prós e contras e, principalmente, sugerem uma radical solução de transformação.

Os autores valem-se, basicamente, a teoria de Inovação Disruptiva do próprio Christensen para fundamentar suas ideias que, embora espelhem o modelo americano, servem à maioria dos países, por adotarem metodologias semelhantes.

Grosso modo, o estudo parte do conceito de Inteligências Múltiplas de Howard Gardner, que sustenta a tese de que cada pessoa tem um tipo particular de inteligência predominante, da qual desenvolve suas habilidades características. Gardner identificou ao menos sete diferentes características.

Um atleta ou bailarino, por exemplo, tem a Inteligência Cinética mais desenvolvida, que alia a coordenação dos seus movimentos a uma percepção espacial mais desenvolvida. Do mesmo modo, um artista terá como habilidade principal a Inteligência Estética ou a Inteligência Sonora, conforme o caso.

O reflexo disso no aprendizado é que cada uma destas predisposições influencia no modo como cada pessoa aprende. Se uma pessoa tem uma Inteligência Visual diferenciada, aprenderá melhor através de estímulos visuais - o mesmo se aplicando para as demais.

Ocorre que o sistema educacional ocidental foi desenvolvido com o objetivo de atender ao maior número possível de pessoas, numa época em que ainda não havia estudos mostrando as diferentes formas de aprendizado. Noutras palavras, as escolas hoje buscam a melhor maneira de ensinar - que não necessariamente coincide com a melhor maneira de aprender.

Esta padronização - que serviu muito bem ao objetivo da inclusão - deixa sérias lacunas no quesito efetividade. Enquanto alguns alunos se destacam por se adaptarem bem ao atual modelo, a maioria fica para trás, passando de ano aos trancos e barrancos. Em
Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us, Daniel Pink deixa claro que passar na prova de Francês é uma coisa e aprender o idioma é outra, completamente diferente.

A solução apontada por Christensen e Horn apoia-se no aprendizado individualizado, possível através da informatização das salas de aula. Eles alertam, no entanto, que entupir as escolas de computadores está longe de ser a solução. Até porque a maioria das experiências neste sentido falhou em melhorar o nível do ensino, uma vez que continuavam reproduzindo o atual modelo de ensino.

Na proposta dos autores, softwares específicos preparariam os planos de aulas mais adequados à forma como cada aluno melhor aprende, a partir de bancos de conteúdos preparados pelos professores - e até pelos próprios alunos ou seus pais.

(...)

Mas talvez a maior contribuição destes exemplos seja mostrar, no sentido mais amplo da palavra, como temas desinteressantes nas aulas com a tradicional combinação cuspe e giz (ou mesmo datashow), podem se tornar interessantes e estimulantes dependendo do formato. E, mais do que isso: alguns destes formatos já estão disponíveis por aí.

A pergunta passa a ser, então: por que não experimentar?"

Fim das concessões da CTEEP




O fim das concessões da Companhia de Transmissão Paulista (Cteep) em 2015 está limitando o alongamento da dívida da empresa usada para reforços em seu sistema de transmissão. Cerca de 90% da dívida da empresa, ou R$ 1,2 bilhão, está limitada a este prazo em função de o governo federal ainda não ter se decidido se vai permitir ou não a prorrogação das concessões. Todo esse financiamento é proveniente do BNDES.

Cerca de 80% da receita da empresa diz respeito hoje a linhas e subestações que têm a concessão vencendo em 2015. O presidente da empresa, Cesar Augusto Ramirez Rojas, disse hoje em reunião com investidores promovida pela Apimec, que a empresa tem expectativa de que as concessões sejam renovadas, mas que mesmo que o governo se decidida pela relicitação a companhia estará preparada para disputar os leilões.

(...)




Ainda neste ano, a Cteep planeja emitir notas promissórias em torno de R$ 150 milhões e também se prepara para uma emissão de debêntures de R$ 500 milhões no próximo ano. A Cteep foi privatizada pelo governo de São Paulo em 2006 e adquirida pelo grupo estatal colombiano ISA. A atividade brasileira representa 53% da receita toral da companhia.

Fonte texto: Josette Goulart Valor




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