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10 novembro 2010

Panamericano

SÃO PAULO - A descoberta de uma fraude contábil bilionária levou o Grupo Silvio Santos a fazer um aporte de R$ 2,5 bilhões no Banco Panamericano, que tem como sócia minoritária a Caixa Econômica Federal. O dinheiro foi obtido por meio de um empréstimo ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), criado em 1995 com objetivo de proteger os depósitos dos clientes do sistema financeiro no País.

Segundo o Estado apurou, o rombo é resultado de ativos e créditos fictícios registrados por diretores do Panamericano supostamente para inflar os resultados da instituição e, suspeita-se, melhorar os bônus dos executivos. Até agora, não foram encontrados indícios de desvio, mas o Banco Central (BC) vai encaminhar representações à Polícia Federal e ao Ministério Público para investigar as suspeitas.

Segundo apurou a reportagem, o rombo foi descoberto há cerca de um mês pelo Banco Central. Tinha passado despercebido pelos controles internos do Panamericano, seus auditores independentes e pelo pente-fino feito pela Caixa quando comprou uma participação de 49% do capital votante do banco, no fim de 2009. O patrimônio do empresário Silvio Santos foi colocado como garantia para o empréstimo concedido pelo FGC.

O Panamericano abre as portas nesta quarta-feira com nova diretoria, nomeada em conjunto pelo Grupo Silvio Santos e pela Caixa. Os antigos executivos foram demitidos ontem. O diretor superintendente passa a ser Celso Antunes da Costa, ex-diretor de Integração do Banco Nossa Caixa.

O Conselho de Administração será escolhido na próxima semana, também por meio de acordo entre os acionistas.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o próprio Panamericano afirma que "inconsistências contábeis não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade".

Durante esta terça-feira, circularam rumores no mercado, dando conta de que o Banco Central interviria em alguma instituição financeira após o encerramento dos negócios, como antecipou a colunista do Estado Sonia Racy.

Nas mesas de operação, o principal "candidato" era o Panamericano. Por isso, os papéis preferenciais (PN) do banco desabaram. Caíram 6,75% e, no ano, já acumulam perdas de 35%. No chamado pós-mercado, as ações recuaram ainda mais: 8,54%.

Segundo o fato relevante, o dinheiro "destina-se a restabelecer o pleno equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional da instituição, de modo a preservar o atual nível de capitalização".

Inédito. O crédito para o Panamericano equivale a cerca de 10% do patrimônio do FGC, que somava R$ 25,8 bilhões no fim de setembro. É uma saída inédita no País. Um especialista explicou que o banco provavelmente não encontrou no mercado um interessado (nem mesmo a Caixa) justamente por causa do rombo recém-descoberto.

Os R$ 2,5 bilhões que estão sendo aportados superam o atual patrimônio líquido da instituição, de R$ 1,6 bilhão. O Panamericano é o 21.º do ranking nacional, com ativos de R$ 11,9 bilhões ao fim de junho. Em dezembro de 2009, a Caixa comprou 35% do capital total do banco. Pagou R$ 740 milhões.

Um analista explicou que, caso o aporte não fosse feito, o Panamericano ficaria fora das regras do BC e teria de sofrer uma intervenção. Apesar do aporte, o BC, segundo apurou o jornal, não descarta intervir no banco.


Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, recebe R$ 2,5 bi para cobrir fraude - David Friedlander e Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo

Crédito de carbono

Os negócios de compra e venda de créditos do mercado de carbono estão em compasso de espera no País, e só vão decolar a partir da instauração de regras, nos âmbitos federal e estadual, sobre o funcionamento das transações neste mercado, principalmente nos aspectos jurídico, fiscal e contábil. A análise partiu do advogado Antonio Fernando Pinheiro Pedro, da Pinheiro Pedro Advogados, um dos consultores responsáveis pelo estudo "Organização do Mercado de Créditos de Carbono no Brasil", que faz parte do conjunto de cinco estudos sobre o tema feito pela BM&FBovespa, Banco Mundial e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

"Em nosso levantamento, a preocupação com a ausência do marco regulatório é unânime", afirmou Pinheiro Pedro. Hoje, as três organizações responsáveis pelos estudos realizaram seminário para apresentar propostas que possam desenvolver mais este mercado no País. Entre os destaques está a necessidade de uma regulamentação maior dos ativos ambientais no Brasil. "A demanda (por créditos de carbono) já existe. Mas há um desejo, entre os interessados, de uma maior segurança jurídica e regulatória para o mercado", afirmou Pinheiro Pedro.

No mesmo evento, o gerente de produtos ambientais da BM&FBovespa, Guilherme Fagundes, comentou que já foram realizados três leilões de crédito no mercado de carbono no País, mas o desempenho ainda não reflete um mercado maduro. "O mercado está se desenvolvendo. Precisamos trabalhar para desenvolver o mercado local, e os estudos são propostas para que trabalhemos neste sentido", afirmou Fagundes.

Os consultores contratados pelas instituições para a elaboração dos estudos fizeram uma análise do funcionamento dos mercados de carbono em outros países, e chegaram a conclusão que, no Brasil, é preciso regras próprias para as transações, além de desenvolvimento de instrumentos de negociação para os mercados à vista e derivativos. Um dos obstáculos para o pleno desenvolvimento do mercado no País também seria a ausência de um tratamento tributário e contábil voltado especificamente para as negociações de crédito de carbono.

Para o especialista em energia do Departamento de Desenvolvimento Sustentável para a América Latina e o Caribe do Banco Mundial, Christophe de Gouvello, ainda é muito cedo para estimar, em números, o potencial do mercado de carbono no Brasil. Mas ele ressaltou que o mercado de carbono é apenas um instrumento para se alcançar um objetivo maior, que seria a redução de emissões de gases poluentes na atmosfera. E fez uma ressalva: é preciso destacar as metas deste mercado, que foi criado como uma alternativa aos países com dificuldades na redução de emissão de gás carbônico. "Não é possível existir um mercado de carbono sem um objetivo quantitativo obrigatório", resumiu.

Mercado de crédito de carbono ainda depende de regulação - Ter, 09 Nov 2010, Yahoo

Auditoria do Banco do Brasil

O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, que se encontra na Malásia, no Continente Asiático, participando do Congresso Mundial de Contabilidade, tomou conhecimento dos fatos referentes à licitação para auditoria externa das demonstrações financeiras para 2011 do Banco do Brasil, que teve repercussão no Brasil e no exterior, envolvendo grandes empresas de auditoria, como: KMPG, Ernest & Young Terco e PricewaterhouseCoopers.

Juarez solicitou ao Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC SP) que formalize um pedido de informações junto ao Banco do Brasil e às empresas de auditoria envolvidas no processo para a devida análise dos fatos e providências legais e cabíveis, se for o caso.


Presidente do Conselho Federal de Contabilidade Solicita Esclarecimentos sobre Licitação do Banco do Brasil, CFC via Alexandre Alcantara

Qual seria o papel do Conselho neste caso? Faz sentido o Conselho agir? Isto feriu alguma norma profissional?

Estátua


Na foto, a mais alta estátua de Jesus do mundo. Fica em Swiebodzin, Polônia, e possui 52 metros, sendo 33 metros - a idade de Cristo - o tamanho do corpo. O Cristo, do Rio de Janeiro, possui cerca de 40 metros de altura.

09 novembro 2010

Rir é o melhor remédio

Brincadeira com a lua. Fonte: aqui












Links

Pesquisa com executivos no Brasil mostra que corrupção age como barreira de entrada

Dicas para uma dissertação ou tese

As drogas mais perigosas: primeiro lugar, álcool

Brunei: rei gastou US$400 milhões contra o irmão para recuperar US$6 milhões

Como aumentar as respostas em pesquisa científica

Teste #379

Uma empresa de crédito, Capital One, oferece empréstimos para automóveis a taxas de 2,3%, 2,7%, 3,1% e 3,5%. A questão é que a taxa de juros varia conforme o navegador utilizado: Explorer, Firefox, Safari e Safari para iPad. Ou seja, os juros que você pagaria no empréstimo depende da marca do navegador usado. Qual o navegador que "possui" a maior taxa?

Resposta doa Anterior: Enron. Fonte: O que se passa na cabeça dos cachorros. Malcolm Gladwell, Sextante, 2009, p. 177.

Falta de transparência na norma da SEC

Andrew Sorkin discute (A Lack of Transparency in S.E.C. Disclosure Rule, NY Times) uma norma da SEC, reguladora do mercado financeiro dos Estados Unidos, sobre evidenciação.

Sorkin cita os casos da Microsoft e da Google, que optaram por divulgar informações contábeis nos sites, sem uma divulgação mais ampla. Segundo Sorkin, no dia 28 de outubro, as 4:15, a Microsoft publicou o relatório 8k. As 4:28 a empresa apresentou a informação para SEC. E meia hora depois, as 4:44, a imprensa tradicional foi avisada, através de um link para o site.

O Google divulgou os resultados do segundo trimestre e quatro horas depois a rede de notícias Reuters ainda não tinha informado.

Isto é um grave problema, numa época onde as transações são realizadas rapidamente e segundos podem ser relevantes.

O debate sobre a divulgação começou em 2006 com Jonathan Schwartz, então executivo-chefe da Sun Microsystems. Ele pressionou o SEC para permitir às empresas fazer revelações em seus sites, em vez de através de press releases que são amplamente distribuídas.


A discussão, de certa forma, envolve o papel da Internet na democratização da notícia do mercado de capitais, conclui Sorkin.

Ética na empresa

P. Seu chefe pediu para você fazer algo que parece antiético. Como você pode saber se sua suspeita está correta?

R. A intuição é sempre muito confiável, disse Stephen Paskoff, o presidente da Employment Learning Innovations, uma empresa de Atlanta especializada em submissão no ambiente de trabalho, ética e treinamento comportamental.

É claro que existem outros sinais como "ser aconselhado a não contar para ninguém, que tal coisa você terá de fazer somente uma vez, não registrar nada daquilo em papel ou que todas as pessoas fazem isso", disse Paskoff. E receber a ordem de realizar atividades como fabricar ou destruir documentos, mentir para os clientes, enfim, qualquer coisa fora da normalidade dos negócios deve levantar suspeita, afirmou.

Se os sinais são mais nebulosos que esses, pergunte para alguém que confie. Você deve discutir os efeitos potenciais de qualquer comportamento que venha a adotar, disse Steven Mintz, um professor de contabilidade especializado em ética da Universidade Estadual Politécnica em San Louis Obispo. É também possível que você tenha entendido mal o pedido. Peça a seu chefe que repita. A repetição dá uma chance para que seu chefe pense novamente, disse Kirk Hanson, professor de ética social e diretor-executivo do Centro de Aplicação da Ética Markkula da Universidade Santa Clara.

P. Se você tiver objeções, como deve se posicionar?

R. Evite confrontar. Pergunte: "Nós temos uma política sobre isso?"

"Você não quer dizer, 'você é antiético'. Em vez disso, concentre-se para entender a situação corretamente", disse Hanson. Depois, você pode explicar o porquê de se sentir desconfortável.

Mary Gentile, pesquisadora escolar experiente da Universidade Babson em Massachussets e autora do livro "Giving Voice to Values", disse que pessoas que sugerem com sucesso outros caminhos sempre mostram que entendem as preocupações por trás do negócio. "Eles dizem, por exemplo, 'eu sei que nós precisamos fazer com que as vendas cresçam, mas acho que obteremos mais sucesso se fizermos X do que Y'", disse.

P. E se seu chefe insistir, indiferente aos seus receios?

R. Então, você terá de recorrer a alguém acima do seu chefe. Mas redija primeiro um texto descrevendo como foi a conversa com seu chefe, disse Mintz. "Seja bem específico, porque você quer se proteger se nada for feito", disse. Se for censurado por seu superior, não hesite em procurar o executivo-sênior ou a direção da companhia.

Muitas companhias têm uma linha telefônica anônima para reportar problemas. Se você usá-la, Paskoff disse, seja específico.

P. Quais riscos você corre por expor suas objeções?

R. "Você não será necessariamente demitido, mas vi situações em que a pessoa foi rebaixada ou não conseguiu promoções", Mintz disse. "Algumas companhias podem fazer sua vida tão miserável que você decide sair".

Geralmente, existem proteções legais para quem aceita as situações. Mas há consequências sérias para quem decide ficar quieto. Se a sua consciência despertar na segunda vez que seu chefe pedir para fazer alguma coisa antiética, ele lembrará você que já fez a mesma coisa no passado, Mintz disse.

"Isso se torna um círculo vicioso". "É difícil desistir e pular fora".


Lidando com um chefe antiético - 8 Nov 2010 - Folha de São Paulo - Eilene Zimmerman

HP

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

08 novembro 2010

Rir é o melhor remédio


Adaptado daqui

Teste #378

Esta "famosa" empresa pegou o mercado acionário de surpresa. Mas um observador mais atento poderia notar que nos últimos cinco anos de sua existência, em quatro a empresa não pagou imposto de renda, sendo um indício de que a empresa não estava ganhando dinheiro. A empresa é:

Enron
Lehman Brothers
Worldcom

Resposta do Anterior: publicação do segundo volume do Summa. Fonte: aqui

Links

Coca-Cola do MacDonald´s contem mais açúcar

O melhor jogador de xadrez do mundo, Carlsen, noruguês de 19 anos, decidiu que não irá disputar o título mundial

Um vídeo mostrando a dificuldade de fazer negócios nos Estados Unidos. A razão: o governo

Argentina está de volta ao mercado de investimento internacional?

Microsoft está pesquisando os taxistas para melhorar os mapas

O escândalo envolvendo Brett Favre, segundo uma televisão de Taiwan (vídeo animado)

A partida tripla

Según el Diccionario Contable y Comercial publicado por Valleta Ediciones, la partida triple rusa fue desarrollada por Esersky, en Moscú; su estudio fue recomendado especialmente por el Congreso Científico de Contabilidad reunido en Charleloy, en 1912, que llegó a determinar la necesidad de llevar un libro Diario que exponga de una manera constante las modificaciones del patrimonio neto, es decir, que llene la falta de la partida doble: La síntesis permanente.

La partida rusa, opera con tres libros principales:

a). El Libro “Capital” o Diario;
b). El Libro de “Cuentas Sistemáticas” o Mayor;
c). El Libro “Sumario” o Balance.

Su inconveniente radica en el excesivo cómputo de registraciones y operaciones (En el 2009 esto ya no es ningún inconveniente con un software debidamente potencializado), lo que lo convirtió (en esa época) en un método teórico (O. Chilkowski).

Ramiro Romero Hernández[1] refiere que la “partida doble” permanece inmutable por ochocientos años, aproximadamente; periodo en el que surgieron movimientos en favor y en contra de su aplicación. Señala que en la Unión Soviética no bien instaurado el socialismo, el Pleno del V Congreso del Partido Comunista vetó la partida doble, achacándola de instrumento servil del capitalismo, acordando su inmediata “expulsión” de la URSS, y dispuso su reemplazo por la “partida triple”, que desde 1912 venía siendo estudiada por T.d´Eserky, por expresa recomendación del Congreso Científico de Contabilidad, que se llevo a cabo en Cherleroy, en dicho año.


La Partida Triple - Contabilidad - 05 Noviembre, 2010 - Derecho PErú

Congresso: Convite

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizará nos dias 18 a 20 de abril de 2011 (segunda a quarta-feira), simultaneamente, o 4º Congresso UFSC de Controladoria e Finanças e o 4º Congresso UFSC de Iniciação Científica em Contabilidade, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, em Florianópolis/SC.

Os eventos visam reunir e favorecer o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre profissionais, estudantes, professores e pesquisadores das áreas de Contabilidade, Controladoria e Finanças de todo o Brasil.

O público alvo é composto por estudantes, pesquisadores e profissionais das áreas de contabilidade, administração, economia, engenharia de produção e direito, bem como de outras demais áreas afins.

O prazo para submissão de artigos vai de 01 de outubro de 2010 a 17 de dezembro de 2010. Visite a página dos Congressos na Internet (http://www.ccn.ufsc.br/congresso/) para obter informações adicionais e atualizações, conhecer as áreas temáticas e a programação dos eventos.

Cade

Não bastasse o tempo de espera no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), há uma verdadeira via-crúcis que os empresários precisam enfrentar no Judiciário para aguardar decisões finais de ações envolvendo companhias brasileiras. Só no Judiciário, esses casos levam em média 5,3 anos para serem julgados após passarem pelo Cade, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Direito Público (SBDP), em convênio com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Cade. O estudo será divulgado hoje em São Paulo.

"O sistema não tem dado a resposta célere que a atividade econômica exige hoje e isso traz uma instabilidade tremenda", diz ao Estado o coordenador da pesquisa, Fabricio Cardim de Almeida. Do total de tempo na Justiça, a pesquisa constatou que a demora média de um processo na primeira instância é de dois anos e dois meses, enquanto nas superiores gira em torno de três anos nos Tribunais Regionais Federais (TRFs) e um ano no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Levantamento do Cade mostra que nos atos de concentração, em que são julgadas fusões e aquisições, o tempo médio de avaliação no Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) era de 252 dias em 2005 e caiu para 165 este ano. Só no Cade, os processos demoram, em média, 40 dias - há dois anos, eram 50. Não são raros, porém, casos que ficam anos no SBDC, principalmente os mais complexos e de maior relevância.

Resultado

Além disso, metade dos casos que vão parar na Justiça após serem decididos pelo Conselho tem resultado diferente do inicial - apenas foram levados em conta processos encerrados que não aceitam mais recursos: foram 10 contrários e 11 favoráveis. A pesquisa avaliou 39 decisões do órgão que se desdobraram em 41 processos judiciais e 52 recursos analisados pela Justiça de 1994 a abril deste ano.

De modo geral, segundo o coordenador da pesquisa, não é possível identificar uma tendência de sucesso ou fracasso no desfecho das demandas levadas ao Judiciário. "Isso significa ainda, ao menos sob uma perspectiva quantitativa, que o Judiciário brasileiro não tem se revelado, necessariamente, mais ou menos interventivo", resumiu.

Quando são selecionados casos que já foram definidos, mas ainda podem receber recursos em uma instância superior, o número passa para 24 (61,5%) com manutenção da decisão do conselho, contra 15. "O sistema processual brasileiro é cheio de meandros", ressaltou Almeida. Ele salientou que, como a maior parte dos processos já definidos é mais antiga, quando foi estruturado o Novo Cade, em 1994, é comum esperar uma decisão diferente da Justiça. "Era uma situação embrionária a do Cade. Era esperado que no início se errasse mais."

Diferença

O próprio presidente do Cade, Arthur Badin, disse ontem que no início dos trabalhos é natural que haja mais erros, quando comentou sobre a atuação do SBDC em relação ao desmonte de cartéis. Atualmente, segundo Badin, as decisões do Cade têm respaldo legal mais amplo e mais difícil de contestação ou dúvida pela Justiça.

A pesquisa detectou também que não há diferença muito grande entre os casos que chegam ao Judiciário provenientes de processos administrativos (21 de 39) ou atos de concentração (18 de 39) que passaram pelo Conselho. Entre os processos administrativos, o maior número de casos que acabam na Justiça (10 de 19) refere-se à prática de cartel.

Decisão do Cade enfrenta mais de 5 anos na Justiça - Por Célia Froufe - Estado de S Paulo

Regime de Caixa, Regime de Competência e o Fisco

A Receita Federal publicou ontem no Diário Oficial da União uma instrução normativa que estabelece os procedimentos para colocar em prática uma lei de junho deste ano, que regulamentou a mudança de regime para apuração das variações cambiais por parte das empresas, no momento de calcular os tributos devidos.

Pela regra geral, já vigente antes da lei, as empresas devem optar no primeiro dia do ano pelo regime de caixa - quando o pagamento das variações monetárias de câmbio é feito apenas no fim do ano - ou pelo regime de competência - com pagamentos mês a mês. No entanto, até o ano de 2009, as empresas podiam mudar de regime no decorrer do ano a qualquer momento, o que trazia instabilidade para a arrecadação federal.

Um dos casos mais emblemáticos foi a polêmica operação realizada pela Petrobras no fim de 2008, quando a gigante estatal aproveitou a brecha na legislação e mudou de regime retroativamente a todo o ano-calendário. Com essa manobra, a companhia chegou a compensar cerca de R$ 4 bilhões em tributos.

Pela nova regra, criada em junho e ainda sem prazo para entrar em vigor, mudanças de regime só poderão ser feitas quando houver uma elevada oscilação cambial durante o ano. No entanto, a Receita ainda trabalha numa portaria ministerial que vai determinar o porcentual a ser considerado como "elevado" para os fins da aplicação da norma. Na prática, a mudança de regime durante o ano está proibida até a publicação dessa portaria, ou até 1.º de janeiro de 2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Receita revê regras que beneficiaram Petrobras - Estado de S Paulo - Sex, 05 Nov 2010

07 novembro 2010

Escolhendo o Contador

Saiba como selecionar bons profissionais e o que fazer após sua contratação

NA SELEÇÃO

1-Verifique se o ramo em que o contador costuma trabalhar corresponde ao da sua empresa. Quanto mais especializado ele for no seu setor de atuação, melhor será

2-Avalie o grau de confiança que você temno profissional. Ele terá toda a informação fiscal de sua empresa

3-Observe a disponibilidade do profissional. Você precisará dele com frequência, e a demora no atendimento pode significar perda de prazos, multas e até dificuldade de participação em licitações públicas

4-Desconfie de valores muito baixos de serviços de contabilidade e verifique os valores de mercado

5-Procure indicações de contadores com pessoas de sua confiança

ANTES DA CONTRATAÇÃO

1-Consulte o registro do contador ou do escritório de contabilidade no Conselho Regional de Contabilidade

2-Faça um levantamento sobre o contador ou o escritório, extraindo as certidões de idoneidade

3-Solicite referências e entre em contato com pelo menos outros dois empresários

ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO DO PROFISSIONAL

1-Solicite, ao menos a cada seis meses, o "check-list"de todas as principais obrigações tributárias (pagamento de tributos) e acessórias (entrega de declarações diversas), comprazo de cumprimento de cada uma delas; mantenha o controle da documentação fornecida pelo contador

2-Arquive sempre o balanço da empresa, as declarações jurídicas e outras obrigações. Assim, se surgirem suspeitas de irregularidades, você terá controle do que de fato foi executado. Lembre-se de que a irregularidade pode ser apenas um equívoco da própria Receita Federal e, assim, você estará protegido

3-Sempre pague diretamente os impostos. Não entregue o dinheiro para que o profissional pague suas guias de tributos. Ao quitálas, guarde os comprovantes. Ficando responsável pelo pagamento e pela manutenção dos documentos, você evita que terceiros se apropriem do dinheiro e mantém controle dos débitos

"CHECK-LIST" DAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

A necessidade de cada documento varia de acordo coma complexidade da empresa. Verifique quais certidões são exigidas para a sua empresa e solicite-as ao contador periodicamente. Entre as mais comuns estão

Certidão Negativa de Débito de Tributos Federais, emitida pelo site da Receita Federal

Certidão Negativa de Débito do INSS, emitida pelo site da Receita Federal Y Certidão Negativa de Débito do FGTS, emitida pelo site da Caixa Econômica Federal

comprovante de inscrição do CNPJ, emitido pelo site da Receita Federal

Certidão de Distribuição de Ações na Justiça Federal, emitida pelo site da Justiça Federal

Certidão de Distribuição de Ações Cíveis e de Família, emitida pelo site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

Certidão de Distribuição de Executivos Fiscais, emitida no site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

Certidão de Distribuição de Ações Trabalhistas, emitida no site do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo Em caso de falência

Certidão de Distribuição de Pedidos de Falência e Recuperação Judicial e Extrajudicial, emitida no site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

Em caso de falência

Certidão de Distribuição de Pedidos de Falência e Recuperação Judicial e Extrajudicial, emitida no site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

Sites para consultas

www.receita.fazenda.gov.br [http://www.receita.fazenda.gov.br]

www.caixa.gov.br [http://www.caixa.gov.br]

www.jfsp.jus.br [http://www.jfsp.jus.br]

www.tj.sp.gov.br [http://www.tj.sp.gov.br]

www.tst.jus.br [http://www.tst.jus.br]

*Nesses casos, o site fornece uma pesquisa não oficial. Caso seja positiva, é recomendável a emissão da certidão Fontes: André Camargo, professor e coordenador do curso de direito para executivos do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa); Tales Andreassi, professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo da FGV; Regina Sevilha, advogada tributarista especializada em contabilidade da Sevilha, Andrade, Arruda Advogados; CRC-SP e empresários


PASSO A PASSO DA ESCOLHA DO CONTADOR - 7 Nov 2010 - Folha de São Paulo

Contador III

Problemas contábeis devem ser reduzidos com as mudanças na legislação que regulamenta a profissão, afirmam especialistas consultados pela Folha.

A lei complementar nº 12.249, sancionada pelo presidente Lula em junho deste ano, determina que o profissional da contabilidade precisa ser aprovado em um exame de suficiência para obter o registro no conselho.

"Se o exame for sério, certamente selecionará melhor e reduzirá os casos de má prestação de serviço", opina Márcio Bonirelli, professor de contabilidade da USP.

A lei também possibilita a cassação por até dois anos dos registros de profissionais que foram condenados pelo conselho de contabilidade.

Atualmente, as penalidades existentes vão de multas a advertências e suspensões. A lei passa a valer a partir de janeiro do ano que vem.


Lei institui exame de suficiência para obter registro profissional - 7 Nov 2010 - Folha de São Paulo

IFRS e US GAAP


A figura acima mostra a diferença, em euros e em 31 de dezembro de 2008, dos ativos do Deutsche Bank, banco alemão, que preparou suas demonstrações segundo as normas da IFRS e as normas contábeis dos Estados Unidos. A grande diferença no total (2.202 bilhões de euros versus 1.030 bilhões) deve-se ao tratamento dos derivativos (1.224 versus 128) nas duas normas.

Segundo Felix Salmon, da Reuters, isto impede de fazer comparações e rankings sobre os maiores bancos do mundo.