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11 setembro 2009

Basileia e Alavancagem

Um ano de crise: Comitê de Basileia estuda adotar alavancagem restrita a 20 vezes o capital dos bancos

Modelo canadense torna-se referência
Assis Moreira, de Genebra - Valor Econômico - 11/9/2009

O Comitê de Basileia de Supervisão Bancária examina se usará o modelo do Canadá para criar uma rígida barreira ao endividamento dos bancos, na nova regulamentação para o setor financeiro, revelaram fontes bancárias ao Valor.

Pelo índice de alavancagem imposto pelo Canadá a seus bancos, o total de ativos não pode ser maior do que 20 vezes o capital, embora esse múltiplo possa chegar a 23 vezes em casos individuais aprovados pela autoridade supervisora canadense.

A tarefa para aplicar o modelo é gigantesca, como indicou o presidente do Banco Central do Canadá, Mark Carney, numa conferência em março. Ele estimou que os bancos internacionais, para baixar seus índices de alavancagem aos níveis canadenses, necessitariam de mais de US$ 1 trilhão em capital adicional, e isso antes de qualquer depreciação de ativos.

Na última década, os ativos bancários tiveram um crescimento desmesurado, alcançando entre uma vez e meia a seis vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Canadá, dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e do resto da Europa. Nesses países, com exceção do Canadá, a progressão foi financiada principalmente pela alta da alavancagem (significa obter recursos para investimentos e realização de operações, na prática investindo mais do que de fato possui).

A relação ativos/fundos próprios médios dos bancos de investimentos americanos aumentou a 25 vezes antes da atual crise, nos bancos da zona Euro chegou a 30 e em grandes bancos internacionais a mais de 40 vezes.

Existe agora consenso de que a excessiva alavancagem dos bancos contribuiu para a mais dramática crise financeira e econômica global dos últimos 60 anos.

Foi nesse cenário que, reunidos no domingo em Basileia (Suíça), os principais bancos centrais e autoridades supervisoras concordaram em introduzir um índice de alavancagem como medida suplementar ao capital mínimo, que será harmonizado internacionalmente.

Na sua forma mais simples, os índices de alavancagem são definidos como percentual do "core capital" ou capital de nível 1 ("tier one") dos bancos - que inclui o capital formado por ações ordinárias e lucros retidos - pelo total dos ativos.

O "core capital" representa o valor efetivamente aplicado pelos acionistas na instituição e é utilizado pelos supervisores para uniformizar o critério de avaliação do mercado financeiro.

EUA, Canadá e Suiça já introduziram índices de alavancagem. Mas o Comitê de Basileia tende a preferir o modelo canadense, que inclui tanto os ativos dentro do balanço como fora (sobretudo derivativos) em seu cálculo.

Mas acordo mesmo só há no momento pelo princípio de os bancos não poderão passar um determinado limite de alavancagem, independente do risco de cada ativo. Ou seja, as instituições financeiras do mundo inteiro deverão baixar seus níveis de endividamento, diminuindo seus ativos e elevando seus fundos próprios.

O jornal "Financial Times" considera "provável" que o limite do endividamento dos bancos seja 25 vezes o capital, portanto ligeiramente maior que o limite do modelo canadense.


É interessante notar que segundo o Financial Times a medida tem a aprovação do pessimista Taleb ("Cisne Negro")

Rir é o melhor remédio


"empresário brasileiro precisa trabalhar 2600 horas para pagar imposto"

Fonte: aqui
Dica da Fernanda (Grato)

Contabilidade e Crise

Essa é uma das lições que a crise financeira que levou o mundo a uma recessão profunda. Sabemos agora que os grandes bancos escondiam ativos duvidosos fora de seus balanços e "esticavam" as regras. Sabemos que o seu capital era claramente insuficiente para os riscos que estavam correndo. (...)

Esforços estão sendo feitos para melhorar as regras, com algum sucesso. Mas os bancos estão convencendo os políticos de ambos os lados do Atlântico que o verdadeiro problema estava (...) quando eles revelaram as suas perdas.


Accountants Misled Us Into Crisis - Floyd Norris - NY Times - 11/9/2009

Ambiente nas Demonstrações

As evidências empíricas apontam que a maior parte (82,85%) das informações ambientais foi encontrada no relatório da administração e não passou pela avaliação dos auditores externos; 61,60% destas informações são do tipo declarativa; e a grande maioria (90,22%) atribuem crédito à imagem da empresa. As evidências analisadas sugerem que as variáveis tamanho, riqueza criada e natureza da atividade exercem influência direta e significativa sobre o nível de divulgação ambiental. Estes resultados são coerentes com os de alguns estudos anteriores e estão de acordo com os pressupostos da teoria da divulgação.

DETERMINANTES DO NÍVEL DE DIVULGAÇÃO AMBIENTAL NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE EMPRESAS BRASILEIRAS - Josué Pires Braga (USP), José Renato Sena Oliveira (Universidade Estadual de Feira de Santana) e Bruno Meirelles Salotti (USP)

Trabalho muito interessante, onde os autores pesquisaram as demonstrações contábeis em busca de informação ambiental. As tabelas do trabalho mostram que boa parte das informações estão nos Relatórios de Administração ou Notas Explicativas. As informações geralmente são positivas (valorizado a empresa)

Teste #142



Hugh Hefner (foto) fundou a revista Playboy. Segundo informação deste endereço, Hugh recebe um salário mensal de $116 667 dólares da revista, 1 896 do seguro social, 121 099 de dividendos e juros, 17 058 de aluguel de propriedade, 15 808 de lucro da HMH Productions e mais algumas outras fontes no valor de 18052 por mês. Atualmente Hugh possui 306 548 dólares em dinheiro, 36 802 558 em ações e títulos e 6 122 990 com uma conta conjunta com outra pessoa, totalizando 43 232 096, excluindo aqui as ações da Playboy e imóveis. Ele gasta 53 593 de aluguel, 18 mil de comida, 25 mil de diversão, 10 130 de colégio e 3 215 com plano de saúde. Com base somente nestes valores, você seria capaz de mensurar o lucro mensal de Hugh Hefner?

Resposta do Anterior: $100 bilhões (fonte: aqui)

Links

Djokovic imita McEnroe no US Open - vídeo aqui

Efeito Streisand - tentativa de censurar uma informação da internet que foi amplamente divulgada. No Brasil seria o Efeito Cicarelli

Um jogo chamado Guerra dos Ditadores

Valor da Educação em países ricos



A OECD realizou um estudo para verificar o ganho com educação para um país. Este ganho é medido pela riqueza que irá ser gerada para cada pessoa pelo fato de ter um diploma. Em média o ganho é de 82 mil dólares com o ensino, valor presente usando uma taxa de 5%.

Gasto em Educação


O gráfico mostra que o Brasil gasta muito em educação. O volume desembolsado corresponde a mais de 15% do gasto total e cresceu nos últimos anos (5,8% em relação a 2000). Então, qual a razão para que a nossa educação seja ruim?

Uma possível explicação é que gastar mais não significa gastar melhor. Outra possibilidade é que o dinheiro que está sendo realizado desembolsado hoje já foi realizado por outros países em períodos anteriores (construção de escolas, por exemplo).

Desafios e Dificuldades

George, um leitor do blog, pergunta:

Qual sua opinião sobre a adoção do IFRS no Brasil, nossas principais dificuldades e desafios.


Minha resposta:

A principal dificuldade é o material humano. Não acho que temos mão-de-obra suficiente para implantar com qualidade as IFRS. Veja, por exemplo, a CPC da Imparidade. O que se pede ali é uma avaliação de ativos usando técnicas complexas de matemática financeira. Pelos pareceres da IPO - onde a qualidade da mão-de-obra é melhor, mas onde se encontra muitos erros conceituais - podemos esperar de tudo.

O principal desafio será fazer chegar a IFRS nas pequenas empresas.

10 setembro 2009

Mudanças e Contador 2

Escritórios de contabilidade investem em formação e tecnologia

Adriana Aguiar, de São Paulo - Valor Econômico - 10/9/2009

A transição da escrituração fiscal e contábil do papel para arquivos digitais - Sped Fiscal e Contábil - exige também mudanças na formação e no modo de agir dos contabilistas, que passaram a ter ainda mais responsabilidades sobre as informações geradas pelas empresas e transmitidas ao fisco. "O profissional deixará de ser um funcionário apartado da empresa para passar a atuar diretamente na gestão da companhia", diz o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento (Sescon) no Estado de São Paulo, José Maria Chapina Alcazar.

Para Homero Rutkowski , representante do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no projeto do SPED, "essas exigências criaram um novo paradigma que traz consigo uma nova forma de repensar a profissão". Isso porque as mudanças dão maior responsabilidade ao contabilista perante o fisco, que deverá conferir as informações transmitidas de forma eletrônica com muito mais facilidade e agilidade.

Para se qualificarem para essa nova realidade, diversos contabilistas têm frequentado palestras em suas entidades de classe. Em agosto, cerca de mil profissionais participaram dos seis eventos realizados pelo Sescon sobre o Sped Fiscal e Contábil e a Lei nº 11.368, que obriga as companhias a se adaptarem às normas contábeis internacionais. "O profissional que não se atualizar ficará excluído desse novo mercado de trabalho", afirma Chapina.

Além do investimento pessoal, os escritórios de contabilidade também terão que investir em tecnologia, segundo o consultor tributário do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP), Henri Paganini. As mudanças trarão, em um primeiro momento, problemas para as pequenas e médias empresas, que não têm recursos disponíveis para investimentos em equipamentos. "Isso deve gerar uma procura maior pelos grandes escritórios, que já contam com uma estrutura mais consolidada. Mas aos poucos os pequenos e médios vão se adaptar à nova realidade", diz.

Mudanças e Contador

Mudanças dão lucro para contador
Adriana Aguiar, de São Paulo - Valor Econômico - 10/9/2009

Sped Fiscal, Sped Contábil e Nota Fiscal Eletrônica (Nfe). As novas obrigações fiscais que representam despesa para as empresas em geral, para as consultorias contábeis e escritórios de contabilidade são sinônimo de novos clientes e aumento de faturamento. Essas obrigações, estabelecidas pela Receita Federal nos últimos dois anos, foram responsáveis por aumentar a demanda por profissionais da área, ocupados agora em adaptar os sistemas das empresas às exigências contábeis e ainda orientar as companhias de capital aberto e de grande porte no cumprimento da Lei nº 11.368, de dezembro de 2007 , que alterou as regras para a publicação de balanços.

A Delloite, por exemplo, passou a assessorar 480 novos clientes, entre setembro do ano passado e maio deste ano. Para atender a esse público, que já utiliza ou precisa se adaptar ao Sped Fiscal e Contábil, a empresa treinou 50 profissionais especialmente para a atividade. A Confirp também registrou um aumento de 12% no total dos clientes de dezembro de 2008 para cá, o que já resulta em 966 empresas atendidas pela consultoria. O impacto é um faturamento maior. A empresa faturou cerca de R$ 11 milhões no ano passado e a prevê passar a casa dos R$ 12 milhões neste ano.

A KPMG também já menciona uma elevação no número de clientes em 2009. A empresa, além de qualificar seus profissionais internos, vem oferecendo cursos para diversos contabilistas sobre esses novos temas, como o Sped Fiscal e Contábil. A IOB também já atende novos clientes, preocupados principalmente com o Sped Contábil. A empresa já prestou consultoria a mais de 40 empresas que foram obrigadas a entregar a nova escrituração em junho deste ano. Já pequenos e médios escritórios, como o Aleixo & Associados Consultores Contábeis, buscam a especialização no atendimento de determinados setores.

O sócio da Deloitte e líder da área de Sped, José Othon de Almeida, afirma que a procura pelos serviços deve aumentar nos próximos dois anos, tempo previsto para que todas as empresas se adaptem aos novos sistemas. Um número bem maior de empresas, por exemplo, deve estar sujeito ao Sped Contábil a partir de 2010. Em junho deste ano, oito mil empresas foram obrigadas a fornecer escrituração digital. No ano que vem, o número das companhias obrigadas deve chegar a 170 mil, pois a medida abrange todas as empresas enquadradas no regime do lucro real.

Com a adaptação à era digital, as empresas deverão ter um cuidado ainda maior com a qualidade dos dados fornecidos à Receita, afirma Almeida. "Até então a empresa produzia as informações e só as apresentava caso ocorresse uma fiscalização. Agora, é como se o fisco tivesse feito uma visita a cada uma dessas empresas", afirma.

Em razão dessa preocupação, a IOB oferece um programa chamado de auditor eletrônico a mais de 150 empresas. O programa tem a função de antecipar as análises que o fisco fará ao avaliar as escriturações digitais contábeis e fiscais. Segundo o diretor de soluções da IOB, José Adriano Pinto, a empresa possui cerca de 50 colaboradores que fornecem consultoria sobre o Sped.

Os grandes escritórios de contabilidade também oferecem para as empresas a possibilidade de deslocar um de seus funcionários para gerenciar o cotidiano da companhia. A Confirp, por exemplo, criou uma área denominada de "outsourcing" para atender essa demanda. Em consequência das novas exigências, a área apresentou um crescimento de 20% em relação ao número de contratos fechados em 2008, segundo Richard Domingos, sócio diretor da Confirp. "Essa forma de atuar tem feito com que haja uma integração maior das informações da empresa, gerando menos inconsistências". Para Domingos, esse tipo de trabalho deve ficar cada vez mais usual.

A mudança no perfil do profissional da contabilidade, levou a KPMG a investir ainda mais na qualificação de seus funcionários, segundo o sócio-líder de Auditoria da KPMG no Brasil, Charles Krieck. "Modificamos todo o material de treinamento para atender a essa nova realidade", diz. A empresa também passou a oferecer treinamentos à distância, via internet, o chamado e-learning, para seus empregados. O sucesso dos cursos à distância, levou a empresa a oferecê-los ao mercado em geral, diz Krieck.

Os cursos oferecidos tanto pelos grandes escritórios de contabilidade quanto pelos próprios sindicatos da categoria, tem auxiliado os pequenos e médios escritórios. É o caso do Aleixo & Associados Consultores Contábeis. O sócio-diretor, João Aleixo Pereira, afirma que seus funcionários frequentaram diversos cursos oferecidos pelos sindicatos. "A profissão de contabilista exige estudo diário para a atualização com relação a novas normas e obrigações", diz. Para assegurar a qualidade no trabalho oferecido, Aleixo optou por assessorar apenas empresas do segmento de prestação de serviços. "Ao se especializar na área, podemos dominar essas regras aplicadas a esse segmento com mais profundidade."

Apesar de os escritórios afirmarem que já fizeram grandes investimentos em tecnologia para suprir essa nova demanda gerada pelo Sped Fiscal e Contábil, ainda há muito a ser feito nessa área, como avalia Marco Zanini, diretor comercial e operacional da NFe do Brasil - empresa especializada em inteligência fiscal eletrônica. Para ele, os contadores também estão deixando para última hora para investir em tecnologia que armazene todas as informações geradas pelo Sped Fiscal e Contábil. "Ainda não há uma movimentação intensa desses contadores à procura de tecnologia. Acredito que isso deverá aumentar a partir do início do ano que vem, quando muitos deverão entregar a escrituração digital do Sped Contábil e Fiscal."

Novas normas do CPC

Contabilidade: Normas internacionais vão a audiência ainda neste mês
Sérgio Bueno de Porto Alegre- Valor Econômico - 10/9/2009

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) vai colocar em audiência pública ainda neste mês as seis normas que faltam para a adoção integral dos padrões internacionais de contabilidade (IFRS, na sigla em inglês) no Brasil a partir do ano que vem. A informação é do diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Eliseu Martins, que fez ontem uma apresentação sobre as novas regras para empresários, contadores e auditores na Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul).

As seis normas tratam das demonstrações consolidadas e separadas, dos investimentos em coligadas e joint-ventures, dos contratos de construção no setor imobiliário e da retirada do patrimônio pertencente à União dos balanços das concessionárias de serviços públicos. Outros quatro pronunciamentos, que se referem à marcação a mercado dos instrumentos financeiros, estão em audiência desde agosto até o dia 25 deste mês e a expectativa do diretor é que as primeiras sugestões das empresas e profissionais interessados cheguem a partir do dia 20.

Segundo Martins, as novas normas sobre instrumentos financeiros são um "refinamento" do pronunciamento a respeito do assunto que saiu no ano passado e não devem gerar grandes dúvidas. Uma exceção pode ficar por conta da determinação de que as provisões somente poderão ser feitas a partir de perdas efetivas e reconhecidas, ao contrário do critério atual que inclui o provisionamento de perdas estimadas. "Mas provavelmente os bancos não vão aplicar essa norma e o Iasb [grupo encarregado de elaborar os padrões internacionais de contabilidade] ainda pode mudar essa concepção até 2010", ressalvou.

Outro ponto que pode gerar dúvida determina que bancos e empresas que venderem instrumentos financeiros (recebíveis, por exemplo) sem repassar contratualmente para o comprador o risco pela realização dos ativos não poderão dar baixa dessas carteiras de seus balanços.

"Nesse caso a norma entende que a carteira é uma garantia por um empréstimo e o dinheiro recebido pela empresa é uma dívida", explicou Martins. Segundo ele, a nova regra está em linha com práticas semelhantes que começam a ser adotadas pelo Banco Central.

"O compromisso é que as normas saiam ainda em 2009 para vigorar em 2010", afirmou o diretor. De acordo com ele, a intenção é evitar problemas como os provocados em 2008, quando o primeiro bloco com 14 normas foi editado para vigorar a partir do mesmo ano por conta da lei 11.638, de 2007.

Outro pronunciamento, relativo à contabilização dos benefícios pagos a empregados e complementos de aposentadorias, já foi aprovado em audiência pública e deve ser publicado pela CVM nos próximos 15 dias, acrescentou.

Com as novas normas o Brasil será ainda "um dos primeiros países do mundo" a adotar uma única contabilidade para os balanços individuais e consolidados, disse Martins.

Segundo ele, isso foi possível porque a Receita Federal (que utiliza as demonstrações individuais para fiscalizar as empresas) aceitou que a adoção de normas contábeis para melhorar as informações a investidores, credores, sindicatos e fornecedores não irá provocar aumento ou redução da tributação.

Rir é o melhor remédio


As tirinhas do PhD Comics possuem como tema a universidade. Entre os personagens, nesta tirinha temos o professor (o velhinho da tirinha) e a estudante (aqui, desesperada por um chocalate).

Comitê de Auditoria dos Bancos

Diante das transformações que o mercado financeiro e de capitais vem passando para atender a demanda social, da necessidade de maior supervisão dos controles internos, da regulamentação de práticas que contribuam para melhorar a eficácia na coibição de fraudes e riscos de crédito, o Conselho Monetário Nacional, em 2004, aprovou a Resolução nº 3.198. Esta resolução institui, entre outras regras, a criação dos Comitês de Auditoria nos conglomerados financeiros. Considerando a relevância da criação Comitê de Auditoria destacado pela Resolução nº. 3.198/04 do Conselho Monetário Nacional (CMN) no intuito de garantir maior transparência e credibilidade às instituições financeiras no Brasil, este estudo teve como proposta fazer uma avaliação dos sete maiores bancos a partir do ranking apresentado pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Com uma metodologia empírico-descritiva de cunho bibliográfico e documental, foram analisadas tais instituições com o objetivo de verificar, como a resolução em estudo está aplicada no sistema financeiro nacional. O resultado da pesquisa confirmou o cumprimento das determinações emanadas pela Resolução nº. 3.198/04 do CMN por parte das instituições financeiras brasileiras submetidas à análise e constatou a necessidade de maior evidenciação das atividades realizadas pelos Comitês de Auditoria divulgados em seus relatórios resumo.

O COMITÊ DE AUDITORIA DE ACORDO COM A RESOLUÇÃO Nº 3.198/04 DO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL: UMA AVALIAÇÃO DAS MAIORES INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS A PARTIR DO RANKING APRESENTADO PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL.
Wolney Resende de Oliveira; Jorge Katsumi Niyama; Jaildo Lima de Oliveira (UnB)

Trabalho apresentado no Congresso USP deste ano. A Tabela 2 apresenta um bom resumo da pesquisa.

Links

Iasb e a Accounting Standards Board of Japan (ASBJ) assinaram acordo para acelerar a convergência das normas japonesas para a International Financial Reporting Standards (IFRSs)

As Ltda têm mais dificuldades que as SAs para se adequarem as IFRS

O gasto em educação dobrou (ajustado pela inflação), mas o desempenho nos testes de matemática e de leitura permaneceu constante.

Estudo da E&Y sobre a implantação da Lei 11638

Empresas ainda usam Lucros Acumulados

09 setembro 2009

Setor Bancário

Regras mais rígidas mudam setor bancário

Kevin Drawbaugh, Reuters, de Washington
A atividade bancária deveria ser uma coisa chata. É assim, meio de brincadeira, que lobistas e assessores do Congresso americano explicam o que o futuro aguarda para o setor bancário, enquanto os governos preparam uma regulamentação mais rígida. Dos padrões de adequação de capital mais rígidos e supervisão mais dura, aos lucros e bonificações menores, a atividade bancária mundial promete ser um negócio menos lucrativo nos próximos anos.

Isso não quer dizer que se trata de algo iminente. O processo de regulamentação bancária internacional se move muito lentamente. Mas alguns analistas do setor estão convencidos de que grandes mudanças estão a caminho. Isso também não significa que os investidores vão desprezar o setor. Pelo contrário: analistas vislumbram oportunidades nos bancos de médio porte inovadores, nos mercados em desenvolvimento e nos bancos que conseguirem criar produtos novos e instigantes.

Mas para os grandes bancos da velha escola - as megainstituições que foram salvas no ano passado por pacotes de resgate governamentais -, o futuro parece limitado, com margens apertadas, riscos de mudanças políticas e um persistente odor de ativos tóxicos. Gigantes como o Citigroup ou o Bank of America, por exemplo, poderão até mesmo responder com a cisão de unidades sob intensa exposição, segundo afirmam analistas.

Alguns acreditam que, na ponta mais baixa da categoria "grande demais para quebrar", os bancos irão encolher de propósito para despertar menos atenção e ganhar liberdade para operar. Um lobista da área de serviço financeiros afirma que "o DNA está mudando em algumas das firmas", na medida em que elas se ajustam a um mundo mais restritivo depois da crise financeira de 2008-09. O grupo global de contabilidade PricewaterhouseCoopers (PwC) afirma em relatório recente: "O setor bancário e os investidores precisam aceitar uma verdade incômoda - retornos patrimoniais menores passarão a ser a norma".

O centro de estudos Institutional Risk Analytics diz em um relatório recente: "No ano passado, as pessoas pareciam preocupadas principalmente com o banco em que tinham dinheiro. Agora elas começam a demonstrar interesse no reemprego de seu capital para recompensar os melhores bancos...em descobrir quais serão os sobreviventes mais saudáveis".

Os ministros das Finanças do G-20, o grupo das 20 nações mais industrializadas do mundo, concordaram no fim de semana que os bancos deveriam manter mais capital como um colchão de segurança contra grandes perdas. A declaração final dos ministros do G-20, que se reuniram em Londres, disse que os bancos "terão de manter um capital maior e melhor assim que a recuperação estiver assegurada". O secretário do Tesouro dos EUA, Tim Geithner, divulgou um plano de princípios básicos para as novas regras de capital dois dias antes da reunião do G-20. Mais detalhes são esperados até o fim do ano. A questão da capitalização também será um tópicos na reunião do G-20 nos dias 24 e 25 de setembro em Pittsbutgh, nos EUA.

Regras de capital mais rígidas - forçando os bancos a terem à mão e à disposição mais recursos para garantir os empréstimos que eles concedem - são esperadas por muitos analistas, para os quais elas poderão ser adotadas já em 2012. Isso poderá ser em grande parte conseguido pelas autoridades reguladoras através de acordos como os da Basileia, ou algo parecido com eles. O envolvimento mínimo de políticos seria necessário para reduzir as chances dos padrões mais elevados serem diluídos como vem acontecendo com outras reformas que estão sendo analisadas pelo Congresso americano.

"Exigências de capital maiores reduzem a lucratividade dos bancos. Isso seria especialmente pronunciado nos grandes bancos", afirma o analista político Jaret Seiberg da consultoria Concept Capital. "Acreditamos ser altamente provável que a maioria dos princípios mais importantes do Tesouro terão seu espaço nas novas regras de adequação de capital dos bancos, embora nenhuma medida seja iminente", diz Seiberg.

Além de um aperto nos lucros provocado pelas exigências de capital mais rígidas, os bancos - tanto os comerciais quanto os bancos de investimento de Wall Street que se transformaram em holdings bancárias - enfrentam outras ameaças depois da crise financeira de 2008-09. Alguns analistas preveem fraqueza crônica na demanda por crédito, embora um aumento do crescimento econômico vá proporcionar um alívio a isso.

Os ativos tóxicos serão um empecilho de longo prazo aos lucros. Mudanças contábeis vêm diminuindo seu impacto sobre os resultados, mas a maioria dos analistas é de opinião que o setor ainda não resolveu esse problema. Uma contração severa dos mercados de securitização de dívida vai impedir uma revitalização dos novos empréstimos, assim como o surgimento de limites à remoção de ativos do balanço, afirmam analistas.

Novas regras para os derivativos no mercado de balcão, se promulgadas, "vão impactar significativamente e reduzir o lucros supranormais obtidos por grandes negociadores no mercado de balcão, como o JPMorgan Chase e o Goldman Sachs", afirma a Institutional Risk Analytics. Os novos padrões de capital poderão incorporar características contracíclicas exigindo que os bancos provisionem mais recursos nas épocas de vacas gordas, limitando os ganhos e exigindo ajustes internos.

O valor das marcas e a lealdade dos clientes foram afetados pela crise, criando problemas de marketing para os bancos. A PwC diz que a imagem do setor foi tão arranhada que ele poderá, no futuro, ter problemas para recrutar talentos recém-formados nas faculdades. Os possíveis limites às bonificações poderão dificultar ainda mais o recrutamento.

Mas nem tudo é trevas. Analistas apontam para oportunidades em potencial para os banqueiros no período pós-crise. Por exemplo, a tomada de posição do governo sobre o mercado de balcão também poderá criar novos negócios de gerenciamento de riscos na medida em que parte dos chamado "sistema bancário paralelo" for desaparecendo. Os consumidores também parecem estar dispostos a poupar, o que está levando os bancos a fazer experiências com novos produtos que fornecem mais segurança que os planos de aposentadoria orientados para as ações, mas mais lucros que as tradicionais cadernetas de poupança, afirmam analistas.

Finalmente, os pequenos e saudáveis bancos regionais vão se beneficiar na medida em que o setor continuar encolhendo. Analistas afirmam que os fechamentos de bancos continuarão, reduzindo a competição em algumas áreas. "Nos próximos anos, veremos os maiores bancos e as holdings bancárias se dobrarem às forças do mercado e à necessidade de regulamentações mais rígidas", diz Ed Mierzwinski, diretor de programa de consumo da Public Interest Research Group dos EUA, organização de defesa dos direitos do consumidor. "Ainda teremos uma variedade de instituições regionais menores estimulando a inovação, mas duvido que veremos esses dinossauros crescendo cada vez mais", diz ele.

(Tradução de Mário Zamarian)


Valor Econõmico - 9/9/2009

Rir é o melhor remédio

Para conseguir a aceitação do público sergipano os cinemas locais decidiram mudar os nomes dos filmes. Veja abaixo os novos títulos:

De: Uma Linda Mulher
Para: Uma Quenga Aprumada

De: O Poderoso Chefão
Para: O Coroné Arretado

De: O Exorcista
Para: Arreda, Capeta!

De: Os Sete Samurais
Para: Os Jagunço di Zóio Rasgado

De: Godzila.
Para: Calangão

De: Perfume de Mulher
Para: Cherim de Cabocla

De: Tora, Tora, Tora!
Para: Ôxente, Ôxente, Ôxente!

De: Mamãe Faz Cem Anos
Para: Mainha Nun Morre Mais

De: Guerra nas Estrelas
Para: Arranca-Rabo no Céu

De: Um Peixe Chamado Wanda
Para: Um Lambari, Cum Nome di Muié

De: A Noviça Rebelde
Para: A Beata Increnquêra

De: O Corcunda de Notre Dame
Para: O Monstrim da Igreja Grandi

De: O Fim dos Dias
Para: Nóis Tâmo é Lascado

De: Um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita.
Para: Um Cabra Pai D'égua di Quem Ninguém Discunfia

De: Os Filhos do Silêncio
Para: Os Mininu du Mudim

De: A Pantera Cor-de-Rosa
Para: A Onça Viada

Enviado por Alexandre Alcântara.

Contabilidade Ambiental

O texto a seguir é um pouco longo, mas trata da contabilidade ambiental. Grifo do blog.

WSJ: Los contadores de contaminación se ponen de moda
Dow Jones en Espanol - 9/9/2009 - Ana Campoy - THE WALL STREET JOURNAL

Hasta hace unos años, la misteriosa profesión de Nuno da Silva -el cálculo profesional de polución- era de muy poca utilidad a las empresas.

Sin embargo, ahora que apremian las preocupaciones sobre el calentamiento mundial y abundan las campañas de marketing ecológico, parece que de repente las compañías no se cansan de estos servicios. Los ingresos en la división que dirige Da Silva dieron un salto astronómico del 150% en 2008 y siguen en expansión este año, pese a la recesión. Desde principios de 2008, ha contratado a 13 empleados más, lo que eleva su plantilla a 16.

"Solíamos ser friquis medioambientales", dice Da Silva, que supervisa la división estadounidense de la consultora alemana PE International. "Ahora somos normales".

Las inquietudes por los gases de efecto invernadero y otras amenazas medioambientales han alentado a los gobiernos y las empresas a tratar de reducir el impacto ambiental de todo, desde los combustibles de automóviles a botellas de agua. El primer paso para lograrlo es calibrar la contaminación que esos productos generan a la Tierra.

La iniciativa ecológica más reciente de Wal-Mart Stores Inc, la mayor cadena minorista del mundo, es una propuesta para etiquetar todos sus productos con información sobre su impacto medioambiental. Si sale adelante, sus cientos de proveedores deberán hacer un inventario de sus niveles de contaminación, lo que supondría un auge sin igual para la profesión del cálculo de polución.

Mediante modelos computacionales, los "contadores de contaminación" como Da Silva procesan información sobre la energía y los recursos que se consumen para fabricar, utilizar y desechar un producto. En cada fase, los efectos de un producto sobre la tierra, el agua y el aire son registrados hasta conformar lo que se conoce como la evaluación del ciclo de vida.

En DuPont Co, compañía química estadounidense, el grupo que se dedica a las evaluaciones de ciclos de vida ha pasado de tres a 10 miembros en los últimos seis años.

En New Balance, fabricante de ropa deportiva con sede en Boston, un "equipo verde" ha empezado a calcular desde el coste medioambiental de las suelas plásticas que utiliza la compañía hasta el impacto de los envíos desde sus fábricas en Asia. Lo que el equipo ha averiguado hasta ahora sugiere que los materiales que se emplean en el calzado deportivo, y no los envíos al extranjero, son los que pasan una mayor factura al medioambiente.

Pese a que estas evaluaciones de ciclos de vida se llevan haciendo desde los años 70 y son bastante comunes en Europa, la práctica no despegó en Estados Unidos hasta hace unos años, dicen los expertos.

La "contabilidad de la polución" puede ser una profesión lucrativa. Calcular el impacto medioambiental de un solo producto puede costar cientos de miles de dólares. Da Silva dice que el salario base en su campo es de unos US$60.000 brutos al año.

El primer paso en una evaluación de ciclo de vida es recaudar información sobre el impacto medioambiental de los diferentes procesos involucrados, desde la extracción de las materias primas a su transformación en una fábrica. A veces, eso implica medir emisiones de chimeneas o tubos de escape, pero a menudo la información estadística proviene de bases de datos compiladas por firmas como PE International.

Los contadores más serios acatan las normas impuestas por la Organización Internacional para la Estandarización -ISO, por sus siglas en inglés-, con sede en Ginebra. Queda a discreción del contador determinar exactamente qué calcular en la producción de un artículo y qué dejar fuera.

Con todo, no hay normas exactas que gobiernen estas evaluaciones y como consecuencia, sus conclusiones pueden variar ampliamente. Pese a que varias organizaciones tratan de imponer un estándar, no logran ponerse de acuerdo y no hay mecanismos de autoridad. Tampoco hay nada que impida a una compañía contratar una evaluación de polución que favorezca sus productos o puntos de vista.

¿Un árbol artificial o real?

La Asociación Estadounidense de Árboles de Navidad, que representa a compañías que producen árboles navideños artificiales, dice que hizo lo que pudo para llevar a cabo un estudio preciso de sus productos en comparación con los árboles naturales. La evaluación, que sigue en fase de revisión, concluyó que un árbol artificial es ligeramente más ecológico, principalmente porque la mayor fuente contaminante en cualquiera de los casos se trata de los consumidores que conducen su coche para desplazarse a comprarlos. La ventaja de los árboles artificiales es que suelen ser reutilizados varios años.

Sin embargo, la asociación, que representa al gremio que planta árboles navideños, cuestiona estos resultados. "Es totalmente absurdo creer que utilizar un producto que no es renovable ni biodegradable y que viene de una fábrica pueda ser más ecológico que comprar un árbol real", señala su portavoz Rick Dungey.

En contraste, destacó una evaluación de ciclos de vida de árboles navideños llevada a cabo este año por otra firma que halló que los árboles naturales son menos perjudiciales para el medioambiente a menos que un árbol artificial sea reutilizado como mínimo 20 años.

Competitividade do Brasil

O Brasil melhorou, comparativamente, sua competitividade global. Na mensuração, que teve mudanças metodológicas, o Brasil aparece em 56o. posição, versus 64a. do último relatório. Entre os pontos fracos, o ambiente institucional e a estabilidade macroeconômica.

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