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26 julho 2011

Ficar desempregado é melhor do que sofrer no trabalho

Ficar desempregado é melhor do que sofrer no trabalho – Postado por Isabel Sales

Sabe aquele seu vizinho que não trabalha, mas vive sorrindo? A explicação pode estar num estudo realizado por cientistas australianos, que acompanharam 7.155 homens e mulheres entre 20 e 55 anos de idade e concluíram: ficar desempregado, seja por vontade própria, seja por demissão, pode aumentar o nível de felicidade das pessoas.

Ao longo de sete anos os pesquisadores aplicaram questionários para medir o grau de felicidade dos voluntários, cujos empregos também foram analisados em quatro aspectos: nível de desafio, grau de autonomia, salário e perspectivas de carreira. O objetivo era determinar quais empregos eram bons ou ruins.

As pessoas que estavam trabalhando, em bons empregos, eram sempre as mais felizes – marcando em média 75,1 pontos na escala criada pelos cientistas. Em seguida vinham os desempregados e os trabalhadores com empregos ruins, ambos com 68,5 pontos. Empate. Então desemprego é a mesma coisa que emprego ruim, certo?

Errado: o desemprego é melhor. Ao longo do estudo, quem trocou o desemprego por um emprego ruim viu sua felicidade cair ainda mais, perdendo seis pontos a cada ano. Já quem continuou sem fazer nada perdeu apenas um ponto.

Ou seja; ficar sem emprego é ruim, mas sofrer no trabalho é ainda pior: “O emprego ruim faz a pessoa perder saúde mental”, diz Peter Butterworth, psiquiatra da Universidade Nacional da Austrália e coordenador da pesquisa.


Fonte: Fernando Badô e Bruno Garratoni, Superinteressante, ed. 294, ago. 2011.

27 maio 2011

Índice de "Vida Melhor"

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançou ontem um índice de "vida melhor" para medir a felicidade dos países, que vai bem além das cifras do Produto Interno Bruto (PIB).

Símbolo da ortodoxia econômica, a entidade marcou ontem seus 50 anos de existência avaliando que chegou o momento de medir o desenvolvimento das sociedades através de indicadores como renda, emprego, educação e habitação, mas também levando em conta a satisfação com a vida e segurança.

"Mesmo se o dinheiro pode, mas não compra felicidade, é importante medir um melhor padrão de vida e de bem-estar", diz a OCDE. A ideia é ilustrar a qualidade de vida capturando a diversidade e prioridades das sociedades.

No lançamento do índice, foram examinados os 34 países da OCDE, teoricamente ricos. A partir do ano que vem, possivelmente a questão sobre até que ponto os brasileiros são felizes também será incluída. Um assessor disse que simplesmente faltaram estatísticas brasileiras para completar a comparação com os ricos.

Austrália, Canadá, Nova Zelândia e os países nórdicos têm os melhores resultados, ou seja, seriam os mais felizes pelos padrões da OCDE. A Coreia do Sul aparece com o seu bem-sucedido sistema de educação, mas perde em outros pontos.

Mas os latinos da OCDE mostram outra realidade. É o caso do México e do Chile. Embora com uma população em boa parte pobre, a medida de satisfação de vida dos mexicanos é maior do que a de italianos e portugueses. O Chile fica na lanterna em vários indicadores, como renda, educação, meio ambiente. Mas 66% da população se diz satisfeita com a vida, acima dos 59% em média no conjunto dos países da OCDE. (A.M.)


Fonte: Valor Econômico via Itamaraty

16 setembro 2010

Preço da Felicidade

Para saber até que ponto dinheiro compra felicidade, estatísticos analisaram um banco de dados gigantesco nos EUA. Descobriram um valor a partir do qual mais riqueza não significa mais bem-estar: R$ 11 mil por mês.

"Uma renda pequena exacerba as dores emocionais associadas a problemas como divórcio, doença ou solidão", diz Daniel Kahneman, da Universidade Princeton, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2002 e coautor da nova pesquisa publicada na revista científica "PNAS".

Para ser feliz, então, o importante não é ser rico, mas sim não ser pobre, revelam entrevistas feitas com mais de 450 mil americanos.


A pesquisa funciona assim: entrevistadores pedem que as pessoas relatem a frequência com que se sentiram felizes ou sorridentes recentemente. Perguntam o mesmo com relação ao estresse. Pedem também que, em uma escala de zero a dez, digam o quanto estão satisfeitas com as suas vidas --a "nota" média dada pelas pessoas foi de 6,76. Cruzam, então, as respostas obtidas com dados sobre a vida dos entrevistados.



Assim, eles descobriram, por exemplo, que gente solitária se sente muito infeliz até em comparação com quem sofre de um problema crônico de saúde.

Ter filhos, por outro lado, traz felicidade. Mas, curiosamente, em média o efeito é menor do que o de ter um plano de saúde --ao menos em países em que o sistema público de hospitais é ruim, como os EUA e talvez o Brasil.

Surpreende também a correlação entre envelhecer e se sentir mais feliz. Aparentemente, os anos fazem com que as pessoas aprendam a lidar com as dificuldades.

O fator campeão de bem-estar, porém, é ser uma pessoa religiosa. Angus Deaton, também de Princeton, esboçou uma explicação para a Folha sobre isso.

"Quem vai à igreja faz amigos por lá, e isso tem um impacto muito bom. A religião também ajuda os fiéis a entender algumas questões mais difíceis da vida, e isso pode servir de apoio em tempos difíceis. Além disso, muitas igrejas oferecem cuidado médico ou apoio social."

A fé é o único fator que consegue até ganhar do dinheiro na busca pela felicidade.

O valor de R$ 11 mil reais, claro, serve como indicador, mas é bom ter em mente que, como ele se refere aos Estados Unidos, uma margem de erro precisa ser levada em consideração ao adaptá-lo ao Brasil --onde, ao menos em algumas cidades, o custo de vida pode ser bem diferente.

"Nós sabemos, por exemplo, que os latino-americanos costumam se sair bem em medições de felicidade", recorda Angus Deaton.


Felicidade custa R$ 11 mil por mês, aponta estudo - RICARDO MIOTO (enviado por Glauber Barbosa, grato.

Sobre este assunto, este link informa que o principal benefício de hospedar uma copa do mundo é a felicidade da nação. Aqui, um link para notícia sobre o preço da felicidade, em junho, por este blogueiro. E aqui, o remorso por ganhar dinheiro.

27 maio 2008

Dinheiro e Felicidade


Dinheiro traz a felicidade? - 20/05/2008
Marcelo Côrtes Néri – Valor Econômico
O senso comum nos informa que a felicidade pode ser considerada como o objetivo último na vida de cada pessoa. O estudo da satisfação com a vida tem interesse intrínseco, bem como outras motivações, como a avaliação de políticas públicas alternativas e a solução de quebra-cabeças empíricos da economia. Em relação a este último aspecto, provavelmente o paradoxo mais intrigante a ser explicado é a correlação extremamente fraca que diversos estudos apresentam entre renda, a variável mais venerada em economia, e felicidade. Inúmeros países que experimentaram um aumento drástico na renda real desde a Segunda Guerra não observaram um aumento no bem-estar auto-avaliado pela população, pelo contrário, a mesma diminuiu. Em um dado ponto no tempo, a renda mais alta está positivamente associada à felicidade das pessoas, mas ao longo do ciclo de vida e ao longo do tempo esta correlação é fraca, como no chamado Paradoxo de Easterlin. As pessoas adaptam suas aspirações aos maiores ingressos e se tornam mais exigentes à medida que a renda sobe. Como veremos mais adiante, esta visão foi recentemente desafiada por resultados empíricos apresentados por Angus Deaton (2007). É muito cedo para escolher o lado da discussão, mas o lançamento dos novos dados do Gallup World Poll que cobrem mais de 132 países ampliou o horizonte geográfico da discussão, e o trabalho pioneiro de Deaton baseados neles embaralhou novamente as cartas de felicidade com as notas de dinheiro. Sem ainda fazer apostas em dinheiro como causa principal da felicidade, discutimos a partir dos microdados deste mesmo conjunto de informações, cujo acesso foi propiciado pelo projeto sobre Qualidade de Vida do Banco Interamericano (BID), as relações entre renda e felicidade.
A fraca e volúvel relação entre renda e felicidade nos estudos empíricos motivou pesquisadores a irem um passo adiante da posição "objetivista" da teoria econômica, baseada somente nas escolhas feitas pelos indivíduos e que podem ser observadas. Na abordagem tradicional, a utilidade individual depende apenas de bens tangíveis, serviços e lazer, e é inferida quase que exclusivamente do comportamento (ou preferência revelada). A abordagem axiomática da preferência revelada explica que as escolhas feitas fornecem toda a informação necessária a partir da utilidade dos indivíduos. De acordo com Sen (1986), "a popularidade desta visão pode ser atribuída à crença peculiar de que escolha (...) é o único aspecto humano que pode ser observado". A partir do trabalho de Easterlin (1974), cuja relevância aumenta a partir da última parte da década de 90 - quando um conjunto de economistas começou a realizar análises empíricas de larga escala sobre os determinantes da felicidade em diferentes países e períodos -, o interesse econômico na mensuração do bem-estar individual subjetivo cresceu consideravelmente.
Uma visão subjetiva de utilidade reconhece que cada pessoa tem suas próprias idéias sobre felicidade e sobre o que é uma vida boa. Nesta perspectiva, o comportamento observado seria um indicador incompleto para o bem-estar individual. A felicidade dos indivíduos poderia ser captada perguntando diretamente às pessoas o quão satisfeitas estão com suas vidas. As variáveis de interesse estão baseadas no julgamento das pessoas por elas mesmas, de acordo com a premissa de que elas são os melhores juízes sobre a qualidade geral de suas vidas e, portanto, nenhuma estratégia poderia ser mais direta do que perguntar a elas sobre seu nível de bem-estar. A principal idéia é que o conceito de felicidade subjetiva nos possibilitaria captar diretamente o bem-estar humano em vez de mensurar renda ou outras coisas que não são exatamente o que, ao fim e ao cabo, as pessoas querem, mas são os meios através dos quais se pode conseguir - ou não - usufruir da felicidade.
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A elasticidade-renda de longo prazo da felicidade geral das nações é constante: para cada 10% de incremento de renda, a felicidade sobe 1,5%
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Como as pessoas medem seu nível de bem-estar subjetivo em relação às circunstâncias pessoais e às outras pessoas, incluindo experiências passadas e expectativas futuras, alguns sugerem que medidas de bem-estar subjetivo sirvam como medidas de utilidade. Além disso, de acordo com Diener (1984) - baseado em estudos como Fernandez-Dols e Ruiz-Belda (1995), que apontam a alta correlação entre felicidade reportada e sorriso, e Honkanen Koivumaa et alli (2001), que encontram a mesma relação entre infelicidade, cérebro e atividade cardíaca - "estas mensurações subjetivas parecem conter quantidades substanciais de variação válida".
Angus Deaton (2007) desafia as interpretações mais ou menos estabelecidas da literatura empírica prévia, em particular que "dinheiro não traz felicidade" (ou seja, satisfação com a vida no longo prazo), através dos dados do Gallup World Poll, algo mais rico em número de países em relação às pesquisas anteriores. O artigo de Deaton (2007) é a referência-chave dissonante da literatura empírica.
Iniciamos pelos mesmos dados do Gallup World Poll de 2006 que está disponível para 132 países, explorando exercícios simples bivariados de satisfação com a vida em níveis e diferenças, através de diferentes horizontes, em comparação com o PIB per capita ajustado por paridade de poder de compra, a fim de compararmos laranjas com laranjas entre países. O mergulho inicial do impacto da renda mundial sobre a satisfação com a vida nos informa que Togo ocupa a lanterninha, com 3,2, numa escala de 0 a 10, e a Dinamarca o ápice, com 8,02. O Brasil está numa posição mais chegada à nação européia do que à africana, atingindo 6,64, situando-se acima da norma internacional de felicidade dado o seu PIB per capita.
Deaton trabalha basicamente com regressões de médias entre países (cross-country regressions) e sugere que uma especificação log-linear se ajusta melhor aos dados do que uma especificação em nível implicando numa relação côncava. A dupla relação em logaritmos aqui proposta parece adequar-se melhor aos dados - é inclusive mais condizente com o modelo teórico usado pelo próprio Deaton. Neste último caso, o coeficiente estimado nos informa diretamente a elasticidade-renda de longo prazo da felicidade, que seria constante: para cada 10% de incremento de renda, a felicidade subiria algo como 1,5% no longo prazo.
Enviado por Ricardo Viana (grato)


Aqui,aqui , aqui, aqui e aqui outras postagens sobre o assunto.

23 abril 2008

A riqueza traz felicidade?


É interessante notar que a resposta desta questão tem sido discutida intensamente pela economia. Seria o dinheiro o caminho necessário para que as pessoas sejam felizes ou dinheiro não traz a felicidade?

Se a resposta for afirmativa, os países mais ricos são aqueles onde o povo é mais feliz. Aqui, na coluna Freakonomics para o New York Times, a questão é discutida. E, tudo leva a crer, que dinheiro traz felicidade, sim.

11 fevereiro 2008

Adaptação

A palavra "adaptação" é muito conhecida de todos nós. Um texto de 1978, “Lottery winners and accident victims: Is happiness relative?”, de Brickman et al, mostrou que pessoas paraplégicas não são menos felizes de outros grupos. Agora, quatro autores (Andrew Clark, Ed Diener, Yannis Georgellis e Richard Lucas) fizeram uma pesquisa observando seis eventos na vida de uma indivíduo, como o casamento. O interessante é que os autores fizeram uma espécie de série histórica, mostrando como as pessoas evoluíram em termos de satisfação. Observe o gráfico abaixo mostrando a satisfação do homem antes e depois do desemprego e do casamento (nesta ordem).



O gráfico seguinte mostra a situação do divórcio e casamento para uma mulher.



Observe que em ambos os casos, o nível de felicidade com o casamento (segundo gráfico) aumenta para depois voltar ao normal.

23 abril 2007

Quantas crianças você deve ter?

A mãe com uma criança é 20% mais feliz que a mãe sem filho. O ganho de felicidade do pai é menor. Além disto, o ganho de felicidade do pai é maior se o primeiro filho for homem. Já com a mulher, o sexo do primeiro filho não altera a felicidade.

O segundo e terceiro filho não adiciona felicidade ao pai e a mãe.

Isto tudo parece loucura? Clique aqui para ler mais

P.S. A questão do desaparecimento das abelhas também parecia ser, mas uma reportagem da Veja desta semana confirma o problema

02 dezembro 2006

Países mais felizes


Diversos estudos procuram determinar que país tem a população mais feliz. Os resultados, alguns deles controversos, foram reunidos através de uma ferramenta denominada meta-análise. Através da meta-análise os diferentes estudos são reunidos num único.

O resultado final de uma pesquisa, realizada por Adrian White, mostram uma relação da felicidade com o nível de saúde (correlação de 0,62), riqueza (0,52) e educação (0,51). A supresa ficou com países da Ásia, como China, India e Rússia, considerados locais onde o povo não é muito feliz (82o., 125o. e 167o., de um total de 178 países)

A classificação:

1. Dinamarca
2. Suiça
3. Aústria
4. Islândia
5. Bahamas
6. Finlândia
7. Suécia
8. Butão
9. Brunei
10. Canadá
11. Irlanda
12. Luxemburgo
13. Costa Rica
14. Malta
15. Holanda
16. Antigua
17. Malásia
18. Nova Zelândia
19. Noruega
20. Seicheles

Os piores

176. República Democrática do Congo
177. Zimbabue
178. Burundi

07 outubro 2006

Dinheiro traz felicidade

Jonathan Gardner e Andrew Oswald fizeram um estudo dos ganhadores de loteria esportiva da Inglaterra que receberam entre 1.000 e 120 mil libras de prêmio. Utilizaram o teste chamado General Health Questionnaire (GHQ), que embora eu não tenha encontrado nenhuma referência ao mesmo na Wikipedia, os autores afirmam que o mesmo é comum em pesquisa médica e como indicador de stress.

Dois anos após vencerem na loteria, os ganhadores apresentaram uma melhoria no resultado do GHQ de 1.4 pontos.

Fonte: Money and mental wellbeing: a longitudinal study of medium-sized lottery wins
Journal of Health Economics, prelo, 2006.

Clique aqui para ter acesso ao texto em PDF e inglês