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19 setembro 2011

IFRS e USGAAP

A figura mostra a diferença de tratamento de quatro itens entre as IFRS e USGAAP (Fonte: PINTO, Jerald et al. Equity Asset Valuation. Hoboken: Wiley, 2010, p. 155). Observe que em todos os itens as IFRS apresentam duas opções. Assim, quando uma empresa recebe juros, referente a receitas financeiras, a norma internacional trata como operacional ou investimento. Já a norma dos Estados Unidos (USGAAP) considera somente a classificação como operacional (o que é o mais correto).

Já os juros pagos, referente aos empréstimos e financiamentos, são considerados operacional ou financiamento pelas normas internacionais; esta mesma situação recebe a classificação de operacional (infelizmente, pois o correto é financiamento) das normas dos Estados Unidos.

A princípio isto não faz muita diferença, já tudo é caixa. Entretanto, os analista focam sua atenção no fluxo gerado nas atividades operacionais, já que esta informação é crucial para entender a capacidade de sobrevivência de longo prazo da empresa. Assim, com as normas internacionais, uma empresa poderia escolher considerar os valores recebidos como operacionais e os valores pagos como financiamento. Isto aumentaria o valor do fluxo das atividades operacionais.

Qual a razão da IFRS apresentar tantas alternativas? Como um órgão internacional que deseja que suas normas sejam aceitas pelos países, o Iasb busca não ser muito impositivo nas normas. Ou seja, as IFRS são mais flexíveis, o que aumenta a chance dos países adotarem todas as normas.

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