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14 janeiro 2010

Erros

Quatro gigantes de Wall Street admitem erros diante de comissão de inquérito
13 de janeiro de 2010 - Por Sílvio Guedes Crespo - Blog do Estadão

Representantes de quatro dos principais bancos dos Estados Unidos prestaram contas nesta quarta-feira à Comissão de Inquérito da Crise Financeira, órgão criado pelo governo para examinar as causas do baque que atingiu a economia norte-americana.

Ao mesmo tempo em que eles admitiram falhas, defenderam-se, como relatam os sites do Financial Times e do Wall Street Journal. Eles assumiram, por meio de uma nota conciliatória, que houve erros, mas afirmaram que, à época, não era possível prever que se chegaria a uma crise desse porte.

Estavam presentes Lloyd Blankfein, do Goldman Sachs, Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, John Mack, do Morgan Stanley, e Brian Moynihan, do Bank of America. Os três primeiros são presidentes do Conselho do banco, enquanto o último é presidente-executivo.

“Eu queria que nós estivéssemos muito menos alavancados à época. Eu faria algo diferente sabendo o que eu sei hoje? [...] Como poderia não fazê-lo?”, perguntou retoricamente o representante do Goldman Sachs.

Dimon, do JPMorgan, disse que o país não pode repetir os eventos do final de 2008. “Nenhuma instituição, incluindo a nossa, deve ser grande demais para falhar”, afirmou, como registrou o WSJ. Sua tese é de que, por enquanto, existem instituições financeiras que, quando erram, causam estrago muito grande em todo o sistema financeiro. “Precisamos de um sistema regulatório que permita que até os maiores bancos possam falhar”, acrescentou.

“Muitas empresas estavam alavancadas demais, assumiram riscos em excesso e não tinham recursos suficientes para gerenciar esses riscos de forma efetiva em caso de rápida mudança no ambiente [financeiro]”, admitiu Mack, do Morgan Stanley.

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