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13 dezembro 2006

Gol


Notícia da Gazeta Mercantil de hoje:

Governança Corporativa
Exemplo da GOL reforça defesa do guidance por analistas

São Paulo, 13 de Dezembro de 2006 - Na semana passada, em meio à crise no setor aéreo, a GOL, pela segunda vez em 16 dias, revisou para baixo sua previsão de resultados para o ano, em decorrência do cancelamento de vôos e da taxa de ocupação das aeronaves. A medida trouxe impacto imediato. As ações caíram na Bovespa. O Merrill Lynch reduziu a expectativa de alta dos papéis, embora tenha mantido a recomendação de compra.

Apesar das notícias ruins, a atitude da empresa reforçou a opinião dos profissionais que defendem a prática das companhias de divulgar freqüentemente aos investidores suas previsões de desempenho, conhecida como guidance. "Mesmo quando as novidades não são boas, é importante informar o mercado com rapidez, porque isso reduz a possibilidade que os analistas avaliem eventos pontuais como piores do que realmente são", diz Márcio Veríssimo, diretor da MZ Consult. "Quando não tem informação nenhuma, o risco de oscilação das ações é maior", emenda Roger Oey, analista do Banif Primus.

Mais comum nos EUA, o hábito de municiar o mercado com expectativas de desempenho tem ganho força no Brasil nos últimos anos, especialmente entre as novatas da Bolsa. Além da própria GOL, empresas como Localiza, Vivax e Submarino divulgam guidance desde o início. Essa tendência acompanha a evolução do número de empresas listadas nos níveis superiores de governança da Bolsa, em que há maior cobrança por transparência. Esta não é a única explicação. "É mais comum entre as empresas novas, porque muitas estão em crescimento acelerado e o mercado quer projeções", diz Oey.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Aluísio Alves)

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