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17 dezembro 2023

Efeito colateral do combate à corrupção na China

Em suas recentes pesquisas, William Megginson, Kedi Wang e Junjie Xia descobriram que a campanha anticorrupção do Partido Comunista Chinês teve um impacto negativo no desempenho e na firmeza dos gerentes. A pesquisa, focada nas inspeções disciplinares aplicadas a empresas estatais chinesas durante a campanha anticorrupção, revela que essas ações resultaram em uma significativa redução nos investimentos de capital, levando a uma queda expressiva na lucratividade, inovação e no índice Tobin's Q.


Os autores destacam que as inspeções disciplinares, destinadas a combater a corrupção e fortalecer o controle do Partido Comunista Chinês, geraram ansiedade e medo entre os gerentes. Isso levou a uma relutância em realizar investimentos arriscados, impactando negativamente o desempenho das empresas estatais. A pesquisa também destaca que, após as inspeções, os gestores reduziram os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, bem como despesas com entretenimento e viagens.

A campanha anticorrupção, iniciada em 2012, resultou em disciplinas e acusações contra milhares de funcionários, incluindo líderes de empresas estatais. Apesar de seus objetivos positivos de reduzir a corrupção, a pesquisa destaca as consequências não intencionais, evidenciando que a pressão sobre os gerentes para evitar riscos prejudicou o desempenho das empresas. 

Fogo e Floresta: risco e mudança do clima

Fire is an important risk in global forest loss and contributed 20% to 25% of the global anthropogenic greenhouse gas emissions between 1997 and 2016. Forest fire risks will increase with climate change in some locations, but existing estimates of the costs of using forests for climate mitigation do not yet fully account for these risks or how these risks change inter-temporally. To quantify the importance of forest fire risks, we undertook a global study of individual country fire risks, combining economic datasets and global remote sensing data from 2001 to 2020. Our estimates of forest fire risk premia better account for the risk of forest burning that would be additional to the risk-free and break-even price of credits or offsets to promote carbon sequestration and storage in forests. Our results show the following: (1) forest fire risk premia can be much larger than the historical forest area burned; (2) for some countries, forest fire risk premia have a large impact on the relative country-level break-even price of carbon credits or offsets; (3) a large spatial and inter-temporal heterogeneity of forest fires across countries between 2001 and 2020; and (4) the importance of properly incorporating forest fire risk premia into carbon credits/offset programs. As part of our analysis, and to emphasise the possible sub-national scale differences, our results highlight the heterogeneity in fire risk premia across 10 Canadian provinces.



Artigo completo aqui

Uso inadequado da IA

Atualmente a Austrália está com um pé-atrás com as empresas de auditoria. Nada melhor que colocar mais polêmica na fogueira. No início de setembro, um grupo de acadêmicos foi chamado para falar sobre o assunto para o parlamento australiano. E o que ocorreu, em lugar de suportar os críticos das grandes empresas, serviu como alerta (e ajudou) às grandes empresas de auditoria. 

Usando o Google Bard, um dos acadêmicos apresentou algumas situações onde as grandes empresas tinham falhado substancialmente.  Em uma das acusações, a KPMG era considerada cúmplice em um escândalo na 7-Eleven. A mesma empresa teria auditado o Commonwealth Bank. A Deloitte foi acusada de cometer erros na empresa Probuild e na Patisserie Valerie. 

Tudo errado. E diante da notícia da falha, o professsor pediu desculpas. 

Anteriormente tínhamos citado o referido acadêmico: aqui e aqui

Banco Nacional da Costa Rica

 

O Banco Nacional da Costa Rica (foto) foi furtado em 6 milhões. Os ladrões foram capturados não cometendo o delito, mas gastando o dinheiro obtido com o mesmo. É um exemplo interessante de como a ausência de controles internos pode conduzir a possibilidades de desvios. 

O funcionário conhece os pontos fracos do sistema de vigilância. Com esse conhecimento, a retirada de recurso passando pela vigilância pode ser mais fácil. Oito funcionários foram presos, mas um funcionário, o tesoureiro, era o responsável pela retirada do recurso. Um fato interessante é que a última contabilidade física do dinheiro do banco tinha sido feita em 2019, antes da pandemia, portanto. Existia uma determinação interna de adiar algo básico na contabilidade, mas a captura dos meliantes ocorreu por motivos mais triviais: um dos envolvidos começou a gastar seis mil dólares por dia em loteria. 

Fonte: BoingBoing

Ensino EaD

 Os dados do Censo da Educação Superior mostram que a cada 100 estudantes que ingressaram em cursos EaD em 2018, só 34% continuavam matriculados em 2020. Nos cursos presenciais, eram 53%. Considerando os números brutos, dos 1,4 milhão de estudantes que ingressaram em cursos de graduação EaD em 2018, só 481 mil ainda estavam matriculados dois anos depois. Nos cursos presenciais, entraram 2,1 milhões em 2018, restaram 1,1 milhão em 2020.


Via aqui. Mesmo assim, parece que os alunos estão preferindo o curso EaD. São mais cômodos e com menor custo. Mas a qualidade e a chance de não conclusão ... 

IA e ética: caso da Sports Illustrated

Tudo começou quando o site Futurism denunciou que a famosa revista Sports Illustrated estava publicando textos usando inteligência artificial. Alguns dos textos eram toscos a ponto de fazer afirmações como “o vôlei pode ser um pouco complicado de se começar, especialmente sem uma bola de verdade”.

Além disso, os textos tinham pistas de que os autores eram falsos. Os autores das reportagens receberam uma descrição do tipo:


"Drew passou grande parte de sua vida ao ar livre e está animado para guiá-lo em sua lista interminável dos melhores produtos para impedir que você caia nos perigos da natureza", dizia. "Atualmente, raramente há um fim de semana que se passa onde Drew não está acampando, caminhando ou apenas de volta à fazenda de seus pais."

Mas Drew Ortiz nunca foi localizado fisicamente. Ele não existe, obviamente. E sua foto exibida no texto também estava à venda em um site que gera imagens por inteligência artificial.


No passado, a revista ficou famosa por sua qualidade. Escritores como William Faulkner e John Updike chegaram a publicar por lá. Após a denúncia, a empresa que atualmente controla a revista desmentiu. Depois, jogou a culpa em uma terceirizada que tinha sido responsável pelos textos. E, como as ações caíram, resolveu demitir seus executivos.

Qual a relação do fato com a contabilidade? Primeiro, a questão da produção de texto pode ser uma reflexão sobre ética e fraude. A revista não estava preocupada em esclarecer, para o leitor, que o texto foi gerado por inteligência artificial e não por um profissional. Depois das evidências, negou sua responsabilidade.

Outro aspecto que interessa é que o fato diz respeito ao corte de custos. Se agora eu tenho um instrumento que produz um texto mais rápido e de forma mais barata que um jornalista, meu interesse é no lucro. A inteligência artificial serve não como instrumento de melhoria de qualidade ou de produtividade.


No mesmo instante em que ocorria o escândalo da Sports Illustrated, veio à tona a notícia de que a NewsAnchored estava vendendo serviços de publicação garantidos (foto acima), sem ter de lidar com os jornalistas. A empresa é dona de sites onde é possível a publicação de qualquer coisa por 1.500 dólares por mês. Os sites são muito parecidos com sites da Rolling Stone, USA Today e outras marcas de mídia.


Parte do problema está em como o público chega a esses sites? Parte da resposta está no comércio da pesquisa e das páginas dos navegadores. Parte, na preguiça do leitor. 

16 dezembro 2023

Ricos e Clima

O super-iate de US $ 500 milhões, com um mastro triplo de Jeff Bezos, está longe de ser favorável ao clima (...) "Koru" é o maior iate à vela do mundo. Produz 7.154 toneladas de gases de efeito estufa por ano, ou cerca de 447 vezes a pegada de carbono anual da família média dos EUA

E uma família média dos Estados Unidos emite muito carbono. A fonte está aqui, de onde adaptei o cartoon. 


15 dezembro 2023

Rir é o melhor remédio

Aquecimento global
 

Presença e Ausência no apoio ao ISSB

Cerca de 400 organizações, de 64 jurisdições, assinaram uma declaração de apoio para promover a adoção ou uso da divulgação de relatórios relacionados ao clima da International Sustainability Standards Board (ISSB).  Essa declaração foi anunciada durante a COP28. Seria um sinal de que o ISSB teria legitimidade entre empresas, investidores, bolsas de valores, profissionais de contabilidade, organizações multilaterais, ONGs, universidades, provedores de análises de dados, consultores corporativos e outros.

O documento enfatiza a importância de considerar os riscos climáticos, que estariam afetando as empresas. Entre os assinantes do documento é possível notar a presença da Organização Internacional de Comissões de Valores Mobiliários (IOSCO), do Conselho de Estabilidade Financeira do G20, do Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidades das Nações Unidas, Banco Mundial e Banco Asiático de Desenvolvimento.

Entre os brasileiros, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC, Itaú Unibanco Holding SA, a Itaúsa, APIMEC Brazil – Brazilian Association of Investment Professionals in Capital Markets, B3 - The Brazilian Stock Exchange, Natura &Co. Há na lista de assinantes empresas conhecidas por serem poluidoras. Mas veja na listagem dos assinantes brasileiros a ausência dos profissionais certificados brasileiros e de instituições oficiais de crédito do governo. 


Recondução no ISSB

Os Trustees da IFRS Foundation informaram que o Chair da International Sustainability Standards Board (ISSB) foi reconduzido ao cargo. O francês Emmanuel Faber foi o primeiro a ocupar o cargo e um segundo mandato indica uma confiança no trabalho que está sendo feito por ele. Outro ponto é que o mandato de Faber termina no final de dezembro de 2024 e o anúncio foi feito um ano antes. 

No comunicado isso foi destacado. Para a Fundação, a antecipação na recondução seria o reconhecimento de que a atual gestão está conseguindo criar uma base global verdadeira de divulgações de sustentabilidade. 

14 dezembro 2023

IFRS na COP

O Presidente dos Curadores da IFRS Foundation, Erkki Liikanen, realizou um discurso na COP28, atualmente realizada em Dubai, Emirados Árabes Unidos, para refletir sobre o progresso alcançado desde que a IFRS Foundation anunciou a decisão de estabelecer o International Sustainability Standards Board (ISSB) na COP26.

No discurso, Liikanen confirmou os três compromissos adicionais a seguir nos esforços da IFRS Foundation para apoiar mercados de capitais eficientes e resilientes por meio de divulgações financeiras robustas relacionadas à sustentabilidade:

Implementar o programa de capacitação da IFRS Foundation para que jurisdições em desenvolvimento e emergentes estejam em melhor posição para adotar e usar o IFRS S1 Requisitos gerais para divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade e IFRS S2 Divulgações relacionadas ao clima;

Promover a adoção jurisdicional da IFRS S1 e IFRS S2 por meio de diálogos bilaterais com governos e reguladores. Para conseguir isso, a IFRS Foundation continuará trabalhando em estreita colaboração com a Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (IOSCO) e o Conselho de Estabilidade Financeira, que desempenham papéis essenciais no trabalho de adoção; 

e Avançar novas iniciativas de definição de padrões para desenvolver a linha de base global de divulgações relacionadas à sustentabilidade após feedback da recente consulta sobre a agenda futura do ISSB.

Fonte: IasPlus

Fraude e AI: auditoria

Nada contra, mas talvez fosse importante disfarçar melhor a propaganda. 

A EY implementou inteligência artificial (IA) em seus processos de auditoria [1], levando à detecção de atividades fraudulentas [2]. Das primeiras 10 empresas avaliadas por esse novo sistema, atividades suspeitas foram identificadas em duas, as quais foram posteriormente confirmadas como fraudes pelos clientes.

Kath Barrow, sócia-diretora de garantia da EY no Reino Unido e Irlanda, comentou sobre a eficácia do sistema [3], indicando que esses resultados iniciais demonstram sua utilidade potencial na auditoria.

Embora a EY tenha se recusado a revelar os detalhes de seu software [4] ou a natureza das fraudes descobertas, Barrow disse que os resultados sugeriam que a tecnologia tinha "potencial" para a auditoria.

A EY começou a experimentar com IA em auditoria em 2018 [5].

Naoto Ichihara, um sócio de garantia da Ernst & Young ShinNihon LLC no escritório de Tóquio, sempre teve paixão por programação. Sua expertise no desenvolvimento de modelos e sistemas para auditoria o levou a explorar a aplicação de aprendizado de máquina na análise de dados contábeis.

A extensa pesquisa de Naoto em artigos acadêmicos existentes [6] e algoritmos despertou sua percepção de que havia uma maneira melhor de detectar anomalias por meio de aprendizado de máquina.

Impulsionado por sua visão, Naoto codificou uma solução de IA que podia identificar entradas anômalas em grandes bancos de dados. Essa tecnologia se tornou pioneira no campo da auditoria e foi posteriormente patenteada [7].

Reconhecendo a necessidade de colaboração, Naoto formou uma equipe de auditores e desenvolvedores para testar e aprimorar o método de detecção da solução, que foi posteriormente chamada de EY Helix GL Anomaly Detector ou Helix GLAD [8].

continue lendo aqui

[1] Não deixa de ser uma ferramenta de marketing. 

[2] As empresas de auditoria gostam de afirmar que isso não é tarefa delas. Parece contraditório, exceto se olharmos sob a ótica de estratégia de marketing. 

[3] Falta um rigor aqui, não? Uma pessoa da própria empresa que está vendendo a solução confirma que funciona. 

[4] Se quiser saber, compre. 

[5] Aqui destaca que a empresa já está no ramo há tempos. 

[6] Pesquisei ele no Google Acadêmico, que é uma base democrática de artigos. Posso estar enganado, mas não achei nenhum artigo na área. 

[7] Se quiser usar, pague

[8] A solução paga

Lembrando o passado de emissão de CO2

No total, os seres humanos coletivamente emitiram 2.558 bilhões de toneladas de CO2 (GtCO2) na atmosfera desde 1850, o suficiente para aquecer o planeta em 1,15°C acima das temperaturas pré-industriais.

A questão é que a responsabilidade por essa emissão não é igualitária, no tempo, na distribuição geográfica e entre pessoas. Uma análise realizada com dados históricos mostra que os Estados Unidos foi o maior responsável pelo aquecimento global, com 21%. A China aparece depois, mas há um grande destaque para as antigas potências coloniais. 


Considerando a história da emissão, a responsabilidade da Comunidade Européia mais Reino Unido para o aquecimento é de 19%. 

Em termos temporais, países como Índia e Indonésia são mais relevantes na responsabilidade pela emissão nos anos mais recentes. Em termos mais antigos, o Reino Unido tem muita relevância, em razão da emissão não somente pela industrialização, mas também pelas colônias. 

Já em termos de pessoas, uma análise das emissões por pessoa mostra que os Países Baixos e Reino Unidos são os maiores emissores. Mais que Rússia e Canadá. Um holandês foi responsável por emitir 2.014t de CO2. Um russo responde por 1.922tCO2 e um canadense 1.524tCO2. Isso é muito mais que China (217tCO2 por pessoa) e a Índia (52tCO2). 

Essas descobertas reforçam a significativa responsabilidade histórica dos países desenvolvidos pelo aquecimento atual, especialmente as antigas potências coloniais na Europa.

Embora representem menos de 11% da população mundial hoje, juntos, os EUA, UE e Reino Unido são responsáveis por 39% das emissões históricas acumuladas e do aquecimento atual relacionado ao CO2.

Alguns dos países que historicamente foram grande emissores, agora apoiam uma resposta climática global. E isso inclui os países menos desenvolvidos. 

13 dezembro 2023

Sustentabilidade acima de qualquer suspeita

 Ironia. Mas a notícia é:

A B3 comunicou nesta terça-feira (5) que as ações da Braskem deixarão de integrar a carteira de seu Índice de Sustentabilidade Empresarial a partir de sexta-feira, em meio ao agravamento da situação envolvendo minas de extração de sal-gema da petroquímica na capital do Estado de Alagoas.

“Em função da situação de emergência decretada pela prefeitura de Maceió, envolvendo uma mina da Braskem, a B3 iniciou em 1 de dezembro o Plano de Resposta a Eventos ESG relacionados ao ISE B3”, afirmou a empresa de infraestrutura para o mercado financeiro.

Fazia sentido a Braskem estar no índice? 

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui
 

32 bi de amortização de marca

A British American Tobacco (BAT), dona da Souza Cruz, disse nesta quarta-feira (6) que vai fazer um baixa contábil de cerca de US$ 31,5 bilhões no valor de algumas de suas marcas de  cigarros nos Estados Unidos, reconhecendo que seu modelo tradicional de negócios enfrenta desafios a longo prazo.


A medida da BAT ocorre em um momento em que a regulamentação cada vez mais rígida e a crescente conscientização sobre os riscos à saúde gerados pelo fumo pressionam os negócios tradicionais de empresas de tabaco, provocando quedas nos volumes de vendas.

A fabricante dos cigarros Lucky Strike e Dunhill também apontou para os desafios econômicos nos EUA, onde alguns consumidores estão migrando para marcas mais baratas e o aumento de vapes descartáveis pressionam sua divisão de cigarros no país.

A BAT disse que esses fatores, combinados com o afastamento mais amplo do fumo, significam que a empresa terá de ajustar a forma como algumas de suas marcas norte-americanas são tratadas em seu balanço, mudando o valor para uma vida útil finita de 30 anos.

Isso resultará em um encargo de redução de valor recuperável de cerca de 25 bilhões de libras (US$ 31,5 bilhões), disse a BAT. As marcas Newport, Camel, Pall Mall e Natural American Spirit foram afetadas, acrescentou um porta-voz.

O presidente-executivo da BAT, Tadeu Marroco, descreveu a medida como “a contabilidade se aproximando da realidade”.

Embora não acredite que os cigarros desapareçam em 30 anos, o executivo disse que não é mais possível justificar um valor indefinido para essas marcas, que equivalem a cerca de US$ 80 bilhões no balanço patrimonial da BAT.

A BAT acrescentou que começará a amortizar o valor remanescente de suas marcas nos EUA em 2024, tornando-se a primeira das principais fabricantes de cigarros a reconhecer que o valor de suas marcas de tabaco tem uma data de validade.

As ações da BAT despencaram mais de 8% no início do pregão nesta quarta-feira, atingindo mínimas de quatro anos e meio, e eliminando cerca de 4 bilhões de libras do valor da empresa. As ações da rival Imperial Brands caíram mais de 2%.

Assim como seus rivais, a BAT vem investindo pesadamente em alternativas ao fumo, como os vapes.

Nesta quarta-feira, a companhia acrescentou uma nova ambição de gerar 50% de suas receitas a partir de produtos sem combustão até 2025 e disse que agora espera que seus negócios com essas “novas categorias” atinjam o ponto de equilíbrio em 2023, um ano antes da projeção atual.

James Edwardes Jones, analista da RBC Capital Markets, elogiou a meta da empresa, embora tenha se surpreendido com o valor da baixa contábil nos EUA e a perspectiva “sombria” da BAT.

“Meu Deus, esse é um número grande”, disse ele sobre a redução no valor dos ativos, acrescentando que exemplifica os “perigos do setor” e envia sinais menos confiantes sobre as perspectivas para os cigarros.

A BAT disse que o crescimento da receita para o ano provavelmente ficará na extremidade inferior de uma faixa de 3% a 5%. A companhia também espera um crescimento baixo de um dígito na receita e no lucro ajustado das operações em 2024.

Fonte: Reuters. Não deixe de ler sobre a lucratividade da BAT

Páginas mais visitadas da Wikipedia 2023

 Eis os campeões:

A premier League da Índia foi bastante visitada, já que a enciclopédia teve 8,5 bilhões de acesso no país asiático (versus 33 bilhões nos Estados Unidos e 9 bilhões no Reino Unido). A estatística contou somente com a versão em língua inglesa (tentei achar a estatística em língua portuguesa e não consegui). E foram eliminados os acessos por bots

Sonoridade de linguagem e Temperatura

Quando o estereótipo tem uma explicação científica: 

Todos nós ouvimos esses estereótipos retratando pessoas que falam idiomas latinos, sejam espanhóis, franceses ou italianos, soando mais "apaixonadas" ou até "em voz alta".


Acontece que o estereótipo pode resultar de alguma verdade, pois um novo estudo publicado na quinta-feira (5 de dezembro) sugeriu que as temperaturas influenciam a maneira como falamos.

Dr. Søren Wichmann, linguista da Universidade de Kiel, na Alemanha, juntamente com colegas da China, demonstrou no estudo publicado na revista online Nexo PNAS que a temperatura ambiente média influenciou a sonoridade de certos sons de fala.

Os idiomas nas regiões mais quentes são mais altos que os das regiões mais frias, segundo um estudo de linguística

Søren explicou: “De um modo geral, os idiomas nas regiões mais quentes são mais altos que os das regiões mais frias."

Para resumir o estudo, estamos cercados pelo ar quando falamos e ouvimos; portanto, as palavras faladas são transmitidas pelo ar como ondas sonoras, conforme Phys Org Como resultado, as propriedades físicas do ar influenciam a facilidade de produzir e ouvir a fala.

Søren explicou: “Por um lado, a secura do ar frio representa um desafio para a produção de sons sonoros, que requerem vibração das cordas vocais. Por outro lado, o ar quente tende a limitar sons não dublados, absorvendo sua energia de alta frequência."

Esses fatores poderiam favorecer um volume maior de certos sons de fala em climas mais quentes, conhecidos como sonoridade em termos científicos.

O linguista dinamarquês e seus colegas usaram o banco de dados do Programa de Julgamento de Similaridade Automatizada (ASJP) para testar se esses fatores realmente tiveram efeito no desenvolvimento de idiomas.

Estamos cercados pelo ar quando falamos e ouvimos. Portanto, as palavras faladas são transmitidas pelo ar como ondas sonoras. 

Tudo por uma curtida

No final de 2021, o influencer Trevor Jacob divulgou um vídeo onde supostamente seu pequeno avião caiu. Antes disso, ele saltou do avião e conseguiu se salvar. Logo surgiram questionamentos sobre a intenção do vídeo. E evidências que o "desastre" tinha sido montado. 


Mas Jacob não era somente um influencer em busca de curtida. Uma investigação mostrou que Jacob destruiu provas do que tinha feito. Tudo ocorreu logo após o desastre, em dezembro de 2021. Ele e um amigo foram de helicóptero ao local onde estavam os destroços do avião. Os restos foram coletados e Jacob levou para um hangar, onde cortou e destruiu as partes e, durante alguns dias, depositou as partes em lixeiras. 

Em 23 de dezembro ele postou o vídeo no YouTube. Não basta fraudar; é necessário destruir a prova do crime. 

Lavagem Verde

O texto sobre a lavagem verde apresenta alguns pontos interessantes: 

O aumento da consciência social em relação a questões como mudanças climáticas e injustiça social resultou em um aumento correspondente no desejo das empresas de comprovar seu comprometimento em serem mais éticas, mais verdes e mais justas. No entanto, existe uma tensão: em uma sociedade capitalista, as empresas são incentivadas a maximizar o lucro para seus acionistas a todo custo, em vez de analisar sua cadeia de suprimentos ou gastar capital na redução de emissões de carbono. Quando a pressão pública ou de investidores se torna intensa demais para as empresas ignorarem, elas devem ceder e reduzir suas margens de lucro para beneficiar a sociedade ou arriscar danos à reputação que podem ser custosos? Uma terceira rota, mais sinistra, surgiu: o greenwashing.


Greenwashing refere-se à abordagem desonesta e muitas vezes enganosa que muitas empresas adotam para demonstrar compromisso com questões como descarbonização e perda de biodiversidade. Enquanto as empresas afirmam estar dando grandes passos em direção ao cumprimento de metas voluntárias de redução de emissões ou à restauração de ecossistemas, a realidade é que essas alegações são deliberadamente enganosas ou selecionadas cuidadosamente para mascarar seu verdadeiro desempenho em sustentabilidade. Ao fazer isso, elas podem evitar a pressão pública e de investidores, enquanto continuam práticas antiéticas e insustentáveis que lhes permitem maximizar os lucros. O custo do greenwashing é pago pela sociedade, por meio da mineração de confiança quando casos são divulgados e do entrave ao progresso em direção às metas de emissão zero líquida e objetivos mais amplos de justiça ambiental.

Os exemplos desse comportamento são abundantes. Famosamente, a rede de fast-food McDonald's mudou para canudos de papel em 2019 em um aparente esforço para reduzir resíduos plásticos; no entanto, os novos canudos "ecologicamente corretos" não eram recicláveis, enquanto os antigos de plástico eram. A decisão resultou em mais resíduos, não menos. Algumas empresas, incapazes de cumprir padrões externos, simplesmente criaram os seus, alegando conformidade com uma versão alternativa e diluída dos padrões da indústria. Outras empresas buscam deliberadamente verificações e rótulos fracos que parecem impressionantes, mas são insubstanciais, levando a situações em que empresas que afirmam aderir a um padrão ambiental da indústria exibem paradoxalmente emissões tóxicas mais altas do que empresas sem o rótulo. A indústria de investimentos pode ser particularmente culpada. Famosamente, o ex-diretor de investimentos sustentáveis da BlackRock, Tariq Fancy, descreveu toda a indústria de investimentos sustentáveis como um "placebo perigoso" em uma série contundente de ensaios.

Como consumidores, precisamos ser cautelosos ao acreditar nas alegações que as empresas fazem sobre seu progresso em direção à sustentabilidade. No entanto, também precisamos ter cuidado para não usar o rótulo "greenwashing" de maneira inadequada. Em 2023, a ativista Greta Thunberg se retirou publicamente de uma participação no Festival do Livro de Edimburgo, citando os vínculos do patrocinador do festival, a empresa de investimentos Baillie Gifford, com a indústria de combustíveis fósseis como exemplo de greenwashing. Neste caso, o uso do termo greenwashing pode ser considerado injusto. O investimento da Baillie Gifford em indústrias relacionadas aos combustíveis fósseis é apenas 2%, em comparação com uma média do setor de 11%, e 5% de seus investimentos são em empresas cujo único negócio é soluções de energia limpa. A Baillie Gifford pode não ser totalmente limpa, mas se possuir qualquer investimento com vínculos com a indústria de combustíveis fósseis for suficiente para ser rotulado como um problema, haverá muito poucos gestores de investimentos de confiança para onde direcionar nosso dinheiro.

O greenwashing continua sendo um desafio persistente e global. A prevenção do greenwashing e a chamada de atenção para casos claros são cruciais para preservar a confiança do consumidor e garantir que os esforços genuínos de sustentabilidade sejam recompensados. Como consumidores, precisamos ser cautelosos ao acreditar nas alegações que as empresas fazem sobre seu progresso em direção à sustentabilidade e apoiar aquelas que realmente priorizam a responsabilidade ambiental em relação a artifícios de marketing. Em última análise, um esforço coletivo para desmascarar o greenwashing pode nos ajudar a avançar em direção a um futuro mais sustentável.

11 dezembro 2023

Vendendo o peixe..


Uma miscelânea global de regulamentações tornou o acompanhamento do progresso ainda mais difícil. Os Estados Unidos continuam profundamente divididos em relação à ação climática, com 11 estados aprovando leis este ano que limitam o uso de indicadores ambientais pelos fundos de investimento nas decisões financeiras. Isso contrasta com a União Europeia, que a partir de 2025 exigirá que todas as empresas - inclusive algumas grandes corporações americanas que fazem negócios na Europa - informem o impacto ambiental de suas operações.

"Provavelmente há 500 estruturas diferentes, classificações, número de estrelas, o que for", disse Emmanuel Faber, presidente do International Sustainability Standards Board (Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade), um órgão multinacional formado após as negociações da COP de 2021 para definir padrões de contabilidade climática. Faber disse ao DealBook que havia cruzado o mundo nos últimos meses, garantindo acordos de países para seguir as regras do I.S.S.B. "O trabalho foi criado para acabar com essa sopa de letrinhas", disse ele. (DealBook, newsletter, 2 dez 2023)

Um pouco exagerado o número de 500. Mas é preciso vender o peixe...

Foto: v2osk

Financiamento e transição energética

O paradoxo financeiro que bloqueia a tecnologia limpa

A conferência anual das Nações Unidas sobre mudanças climáticas está em andamento aqui em Dubai e, em torno das negociações da COP28, há uma luta internacional complexa e amarga por dinheiro:

Quanto capital está disponível para ajudar os países em desenvolvimento na transição para a energia renovável e no enfrentamento de condições climáticas extremas?

  • De onde virá esse investimento?
  • E, o que é mais importante, que tipos de taxas de juros os credores cobrarão?
  • Não é exagero dizer que as respostas a essas perguntas ajudarão a determinar o destino do planeta.

As temperaturas médias globais já subiram cerca de 1,2 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais. Se não houver um rápido abandono dos combustíveis fósseis, os cientistas alertam que o aquecimento catastrófico destruirá cidades costeiras, devastará terras agrícolas e colocará em risco milhões de vidas.

E, no entanto, há um paradoxo econômico que inibe os esforços para criar um mundo mais sustentável: É relativamente fácil encontrar financiamento para os projetos sujos de que o mundo precisa menos, mas é extremamente difícil financiar os projetos limpos de que o mundo precisa mais.

Essa incompatibilidade está moldando os projetos em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o aumento das taxas de juros está levando grandes empresas a cancelar planos de grandes empreendimentos renováveis. Mas a desconexão é particularmente grave no mundo em desenvolvimento, especialmente na África, onde muitas pessoas têm pouco ou nenhum acesso à eletricidade.

As instituições financeiras e os bancos de desenvolvimento normalmente consideram os investimentos nesses países excessivamente arriscados, tornando os credores mais conservadores. E os esforços dos bancos centrais para controlar a inflação estão produzindo taxas particularmente altas na África.

"O mundo fala muito em tornar o continente africano mais verde", disse Jacqueline Novogratz, fundadora do Acumen, um fundo de investimento de impacto. "E, no entanto, o tipo de capital que investimos nele geralmente é supervalorizado, tem risco insuficiente e é excessivamente de curto prazo."

Isto é, se os credores fizerem os empréstimos. Em muitos casos, os projetos simplesmente não conseguem ser financiados.

Vejamos o caso de Kofie Macauley, um engenheiro de Serra Leoa que está trabalhando para construir um pequeno projeto hidrelétrico que custaria US$ 80 milhões - uma ninharia no âmbito do financiamento de projetos. Ele passou anos cortejando dezenas de parceiros de capital, grandes e pequenos, de todo o mundo, conforme relatou meu colega Max Bearak. Mas depois de uma década de esforços, ninguém está disposto a desembolsar o dinheiro.

Ao escolher entre uma nova usina de carvão e um novo parque eólico igualmente potente, a maioria dos países escolheria o parque eólico. No longo prazo, a ausência de custos de combustível torna os projetos renováveis muito mais econômicos. Isso significa que há uma oportunidade única nos países em desenvolvimento.

"Ao contrário de outros países em que a infraestrutura está bem desenvolvida e é preciso reverter essa situação e torná-la verde, a África pode dar um salto e desenvolver a infraestrutura de energia verde desde o início", disse Bilha Ndirangu, CEO da Great Carbon Valley, uma empresa de desenvolvimento de projetos com sede no Quênia.

Os esforços para disponibilizar melhores opções de financiamento para as nações em desenvolvimento estão ganhando força. O Banco Mundial está sendo pressionado a emprestar mais dinheiro para projetos climáticos a taxas mais competitivas, e a esperança é que, se os bancos de desenvolvimento assumirem mais riscos, grandes quantidades de capital privado sairão das margens. Até o momento, essas reformas estão avançando lentamente.

Quando o dinheiro aparecer, a transição energética poderá ocorrer em uma velocidade surpreendente. Basta olhar para os Estados Unidos.

No último ano, a Lei de Redução da Inflação deu início a um boom na produção de energia eólica, solar, de baterias e de veículos elétricos que está remodelando a economia americana e permitindo que um dos maiores poluidores do mundo diga que está genuinamente no caminho da redução das emissões.

"Essa transição está em andamento", disse Peter Gardett, diretor executivo de clima e tecnologia limpa da S&P Global. "O que nos surpreendeu foi a velocidade e a escala do investimento."

As negociações formais na COP28 provavelmente se concentrarão em compromissos renovados para limitar os ganhos de temperatura global. No entanto, qualquer chance razoável de atingir essas metas dependerá de os líderes mundiais e executivos de negócios reunirem os trilhões de dólares necessários para uma reformulação total da infraestrutura de energia do mundo.

Isso pode significar que os bancos de desenvolvimento assumirão mais riscos, que os credores privados aceitarão retornos menores, que haverá novas parcerias público-privadas ou mais subsídios e incentivos fiscais. Mas não há nenhuma chance de resolver o problema da mudança climática sem resolver também o problema do dinheiro. - David Gelles (New York Times, newsletter, 2 dez 2023)

Cigarro ainda é lucrativo

O gráfico mostra, lado a lado, algumas das empresas mais lucrativas do mundo. Para cada uma unidade de receita da receita é possível notar o lucro operacional (cor azul). Enquanto a Nike tem um lucro de 0,12 para cada 1, a Coca-Cola obteve 0,25. A marca de produtos de luxo, LVMH, saiu melhor, com 0,27. A maior empresa do mercado em termos de valor, a Apple, produziu 0,30. Mas nada bate os 0,38 da BAT. 

A British American Tobacco (BAT) atua em um setor condenado pela saúde pública há mais de 50 anos. A relação entre tabaco e câncer já foi estabelecida, mas o fato de produzir um item barato, com preço estável, com demanda cativa, embora em queda, é um fator relevante aqui. Nem uma recente baixa contábil parece abalar a empresa. 

Retorno da Luckin

A Luckin Coffee nasceu na China em 2017 e teve um expansão muito rápida. Usando um aplicativo móvel e entrega eficiente, é uma loja minimalista. Mas consegue concorrer com a poderosa Starbucks. Abriu seu capital em 2019, mas logo a seguir esteve envolvida em um escândalo contábil. Em 2020 foi revelado que a empresa teria produzido não somente café, mas também receitas de 310 milhões de dólares. Recebeu um multa de 180 milhões da SEC, pois tinha ações negociadas na bolsa. 

Agora a empresa parece voltar aos velhos tempos, com uma grande expansão. Usando pontos autônomos e franquias, a empresa voltou a crescer:


09 dezembro 2023

Rir é o melhor remédio


 Depois do Bitcoin

Custo do julgamento para Trump

Eis um detalhe curioso do julgamento de Donald Trump, que está ocorrendo em Nova York. Só para recapitular, Trump e sua empresa estão sendo julgados por entregar informações superestimadas do seu patrimônio. Se for condenado, o ex-presidente dos Estados Unidos poderá pagar uma multa. Uma das questões envolvidas é quem foi o responsável por prestar informações enganosas, se Trump, sua empresa, seus funcionários ou a empresa de contabilidade. 


Em sua defesa, Trump trouxe especialistas para fortalecer os argumentos. Uma investigação da Business Insider mostrou que alguns dos especialistas chegam a cobrar 1.350 dólares por hora ou 22,50 dólares por minuto. 

Dois dos especialistas, que trabalham desde o início, afirmaram que não foram pagos. Eram amigos de Trump. Mas nove especialistas provavelmente foram contratados. A estimativa é que o custo talvez chegue a 2,33 milhões de dólares. O professor da Universidade de Nova York, Eli Bartov, foi um dos contratados e afirmou que passou 650 horas trabalhando no assunto. Supondo que ele tenha trabalhado 40 horas por semana, isso corresponde a 16 semanas de labuta, algo em torno de três meses e meio de regime integral. A estimativa do site é que Bartov talvez esteja recebendo pelo menos 877 mil dólares. 

No juri, Bartov afirmou que os bancos ignoraram as informações de Trump e que não tinha nenhuma fraude. 

Além de Bartov, há quatro das testemunhas pagas por Trump da empresa de consultoria internacional Ankura, incluindo o especialista em contabilidade Jason Flemmons, cujo depoimento há um mês contradisse o que Bartov diria esta semana. Para Flemmons, os problemas foram dos contadores externos de Trump. 

06 dezembro 2023

Mentiras profissionais

 Sobre mentiras no currículo:


O estudo da ResumeLab entrevistou quase 2 mil profissionais e descobriu que os trabalhadores mentem muito durante todo o processo seletivo de emprego. A quantidade de mentiras proferidas aumenta nas cartas de apresentação e atinge o pico durante as entrevistas.

As respostas de quando questionados “Você já mentiu em um currículo? foram:

70% dos trabalhadores confessam que mentiram nos seus currículos e 37% deles admitem que mentem com frequência. Outros 33% disseram que já mentiram uma ou duas vezes, 15% que não, mas já pensou em mentir e 5% que não e nunca pensou em mentir;

76% dos trabalhadores admitem ter mentido nas suas cartas de apresentação, com 50% deles admitindo mentir frequentemente;

80% dos trabalhadores afirmam ter mentido durante uma entrevista de emprego, com 44% daqueles que admitem mentir frequentemente.

Aqueles com mestrado ou doutorado relataram maior incidência de mentiras em seus currículos – 58% mentem com frequência e 27% mentiram uma ou duas vezes – em comparação com pessoas sem diploma universitário – 29% mentem com frequência e 42% mentiram uma ou duas vezes. Já aqueles com graduação completa foram os que menos disseram mentir: 30% mentem frequentemente e 33% mentiram uma ou duas vezes.

As principais mentiras contadas nos currículos estavam relacionadas a tornar os cargos anteriores e as responsabilidades já assumidas me mais atrativas (52%), exagerar o número de pessoas que já liderou (45%) e aumentar o tempo de emprego em determinada organização (37%). Confira outras principais mentiras que os candidatos a emprego contam em seus currículos:

atribuir a si responsabilidades que não tiveram na realidade – 52%;

fazer o cargo anterior ficar mais atrativo do que realmente é – 52%;

inventar quantas pessoas eu realmente liderei – 45%;

aumentar o tempo que estive empregado em uma organização – 37%;

mentir o nome da empresa que me contratou – 31%;

inflar métricas ou resultados que alcançou – 17%;

mentir sobre minhas habilidades – 15%;

inventar prêmios ou elogios que recebeu – 13%;

fingir ter feito trabalho voluntário – 11%;

colocar lugares onde não realmente se formou academicamente – 11%;

inventar uma experiência para preencher uma lacuna de tempo desempregado – 9%;

inventar ter conhecimentos técnicos, como saber mexer em ferramentas como Trello, Adobe, pacote Office, etc. – 5%.

Fonte: Forbes. Foto: Político cassado por mentir no seu currículo. 

Um parceiro obscuro

O procurador federal que obteve uma condenação contra Sam Bankman-Fried está supervisionando uma investigação do Departamento de Justiça sobre o comprador esportivo 777 Partners, cujo envolvimento com investidores dos EUA levantou questões sobre suas finanças já obscuras.

Nicolas Roos faz parte de uma equipe do DOJ investigando se a 777 violou as leis americanas de lavagem de dinheiro, entre outras infrações, em sua rápida ascensão de um investidor desconhecido em acordos legais de pagamento único para proprietário de equipes esportivas ao redor do mundo, informaram fontes próximas ao assunto.

O Distrito Sul de Nova York, onde casos importantes de fraudes financeiras costumam ser julgados, está discutindo uma investigação conjunta com a aplicação da lei em Miami, onde a 777 está sediada, disseram algumas das pessoas. O SDNY recusou-se a comentar. Uma porta-voz dos promotores da Flórida não retornou um pedido de comentário.

A 777 começou a adquirir equipes esportivas medianas na Europa e na América Latina nos últimos anos, mas ganhou destaque neste outono ao fazer uma oferta pelo Everton FC, um dos clubes de futebol mais antigos e financeiramente problemáticos da Inglaterra. Questões sobre a origem de seu dinheiro e a saúde de suas operações, que antes circulavam discretamente nos círculos do futebol, ganharam maior destaque nos mundos esportivo e financeiro.

A Semafor relatou que grande parte do dinheiro da 777 vem de várias operações de seguros, muitas delas financiadas por uma seguradora dos EUA cujo CEO exercia grande influência sobre suas operações e, em pelo menos uma ocasião, recebeu um empréstimo pessoal da empresa.

Apostando na Guerra

Veja que interessante: 


Um artigo acadêmico [publicado] esta semana encontrou apostas curiosamente grandes contra ações israelenses alguns dias antes do ataque do Hamas em 7 de outubro. As vendas a descoberto em um índice importante de ações israelenses (o próprio índice é negociado na Bolsa de Valores de Nova York) aumentaram para 28 vezes o nível médio dos últimos cinco anos em 2 de outubro, de acordo com Joshua Mitts, professor na Columbia, e Rob Jackson, ex-comissário da SEC que atualmente leciona na NYU.


A análise encontrou um aumento semelhante em 3 de abril, dois dias antes do início da Páscoa, quando o Hamas havia planejado inicialmente atacar. Os padrões de negociação sugerem algumas grandes apostas em vez de uma série de atividades menores, escrevem os autores.

Os lucros em questão são pequenos, embora Mitts observe que "isso é apenas o que podemos ver" e não inclui derivativos ou outras negociações mais privadas. O artigo também exigiu uma correção relacionada à moeda israelense e ao tamanho de quaisquer lucros obtidos nas negociações. No entanto, ele levanta de maneira crível a questão de se alguém sabia antecipadamente sobre um ataque que nem mesmo a inteligência israelense previu.

Vale ressaltar que os reguladores dos Estados Unidos passaram meses investigando um aumento nas apostas contra companhias aéreas nos dias que antecederam 11 de setembro de 2001. Eles não encontraram nada que não pudesse ser explicado por movimentos legítimos de mercado e, em última instância, atribuíram a responsabilidade a uma newsletter financeira popular que havia recomendado a negociação.

Foto: Levi Meir Clancy

Gráficos 2

 

Os dados da OMS mostram que as rodovias são perigosas na República Dominicana, mas os acidentes de carro não são expressivos em termos de morte na Islândia (onde as estradas não são "boas"). 

Entre 1951 a 2023, quantos anos um país teve recessão? Líbia, Argentina e Síria lideram. De 72 anos, 40% dos períodos a Líbia viveu um crescimento negativo. 

Das 320 mortes de pessoas Trans, 100 ocorreram no Brasil. 
As maiores delegações na COP28. Bom, o gráfico destaca os lobistas de combustíveis fósseis, mas chama a atenção para o segundo colocado, o Brasil, com 3 mil pessoas. É muita gente. Será necessário? Quem está pagando? 


05 dezembro 2023

Gráficos

 

Líderes do banking online. Turquia e Nigéria lideram, com 83% dos entrevistados dizendo que fazem transações bancárias online. A pesquisa foi feita entre abril de 2022 a março de 2023 em 56 países. Alemanha possui uma aceitação baixa. 

O desempenho de diversos países com respeito à proteção do clima. Nenhum país recebeu a classificação "muito alto", mas ranking destaca Dinamarca, Suécia e Chile, seguidos por Marrocos e Índia. A Índia é um dos maiores poluidores, mas como o índice é per capita, seu nome aparece na lista. Entre os piores, Irã, Arábia Saudita e Cazaquistão

Os dados da Charities Aid Foundation revelou que o Myanmar é o país mais generoso do mundo. 

O investimento em inteligência artificial aumentou muito nos últimos anos. Os dados são de oito milhões de empresas com ações negociadas na bolsa ou com capital fechado. 
Quase 50 mil mulheres foram mortas por familiares ou parceiros em 2022, especialmente na África e Ásia. Os dados são da Onu. Nas Américas, a situação é pior no México e Estados Unidos:


Uma outra fonte calculou o custo da violência contra a mulher. Os dados são da União Europeia e revelam o peso da justiça




Rir é o melhor remédio

 

"Humildade é meu maior ativo" (Illustration by Howard Chua-Eoan/Bloomberg)

02 dezembro 2023

Pensamento rápido e pensamento devagar

Tim Harford está bem interessante neste texto sobre o famoso experimento do taco e bola de Frederick. 

Para certos tipos de perguntas, existem respostas simples, elegantes e erradas. Veja o exemplo mais famoso do gênero, a pergunta "bater e bola": se um taco e uma bola juntos custam US $ 1,10, e o taco custa um dólar a mais que a bola, quanto custa a bola?


Isso é conhecido como um problema de reflexão cognitiva, porque foi projetado para ser um teste de sua capacidade de parar e pensar, em vez de um teste de matemática sofisticada. Há uma resposta tentadora e errada: 10 centavos. Mas um momento de reflexão diz que não pode estar certo: se a bola custa 10 centavos, o taco custa US $ 1,10 e os dois juntos não custam US $ 1,10. Algo não se soma.

O problema do taco e da bola foi desenvolvido pelo economista comportamental Shane Frederick, da Universidade de Yale, e ficou famoso pelo ganhador do Nobel Daniel Kahneman em seu livro Pensando, rápido e lento. É uma ilustração elegante do modelo de mente humana de Kahneman, que é que temos dois modos de pensar. Existe um sistema de processamento rápido e intuitivo, que resolve muitos problemas com facilidade graciosa, mas também pode ser atraído por erros, e há um módulo lógico mais lento e mais fácil, que pode determinar a resposta certa quando necessário.

O problema do taco e bola de Frederick oferece um engodo óbvio para o sistema de pensamento rápido, além de ter uma resposta correta que pode ser elaborada usando álgebra simples ou até tentativa e erro. A maioria das pessoas considera a resposta de chamariz de 10 centavos, mesmo que eventualmente produza a resposta correta. A resposta de engodo é mais popular quando as pessoas estão distraídas ou apressadas e a resposta correta leva mais tempo para produzir. (Você já conseguiu?)

O ponto de Frederick não é apenas uma curiosidade: a pesquisa do psicólogo de Cornell Gordon Pennycook e outros descobriu que pessoas que pontuam bem em problemas como o taco e a bola fazem um trabalho melhor para distinguir a verdade das notícias falsas partidárias.

O problema também levanta algumas questões intrigantes sobre o modelo de sistema duplo da mente. Por exemplo, quando as pessoas entendem errado a resposta, que atalho intuitivo as desvia? E eles estão realmente errados porque são descuidados? Ou é porque o quebra-cabeça está além de suas capacidades?

Em um fascinante artigo recente na revista Cognition, Andrew Meyer e Shane Frederick apresentam uma série de novos estudos, muitos deles ajustes sutis do problema do bastão e da bola. Esses ajustes permitem a Frederick e Meyer distinguir entre pessoas que erram porque interpretam sutilmente a pergunta de maneira equivocada e aquelas que subtraem sem pensar o número menor do maior. A verdade é mais complexa do que o modelo de pensamento rápido e lento: existem intuições diferentes e maneiras diferentes de estar errado.

Suponho que isso não deveria ser uma surpresa. Pennycook lembra que "a pergunta do bastão e da bola é apenas um único problema e, se pensarmos sobre como pensamos no mundo real, é óbvio que nossas intuições são variadas e complicadas".

O que me impressionou no artigo de Meyer e Frederick foi a forma como minuciosamente minaram a ideia que tornou famosa a pergunta do bastão e da bola - a de que muitas pessoas podem encontrar a resposta certa se simplesmente desacelerarem o suficiente para evitar a distração. Meyer e Frederick sugerem que isso não é o caso. Eles testam variantes da pergunta: em um caso, as pessoas são informadas: "DICA: 10 centavos não é a resposta"; em outro, recebem a instrução ousada: "Antes de responder, considere se a resposta poderia ser cinco centavos". Ambas as sugestões ajudam as pessoas a encontrar a resposta certa - que é, sim, cinco centavos - mas, em muitos casos, as pessoas ainda não conseguem descobrir.

Alguns participantes do experimento receberam a pergunta, seguida pela declaração ousada e explícita: "A resposta é cinco centavos. Por favor, insira o número cinco no espaço em branco abaixo: ___ centavos." Mais de 20% das pessoas não deram a resposta correta, apesar de serem informadas exatamente sobre o que deveriam escrever. Eles simplesmente não estão prestando atenção? Certamente não.

"Eles definitivamente ESTÃO prestando atenção", diz Frederick em um e-mail. Mais provavelmente, ele diz, eles estão se apegando obstinadamente ao seu primeiro palpite intuitivo e têm medo de serem enganados por um experimentador mal-intencionado.

Pennycook concorda. "Sempre há 20%", ele oferece, de forma um tanto irônica. "Vinte por cento das pessoas têm crenças loucas, 20 por cento das pessoas são altamente autoritárias." E 20 por cento das pessoas não escreverão a resposta correta para um problema de matemática, mesmo quando ela é entregue a elas de bandeja, porque confiam em sua intuição mais do que em truques de um experimentador astuto.

Meyer e Frederick propõem que poderíamos classificar as respostas à pergunta do bastão e da bola em três categorias: as reflexivas (que levam tempo para acertar da primeira vez), as descuidadas (que têm sucesso apenas quando recebem uma instrução para pensar mais) e as desesperadas (que não conseguem resolver o problema mesmo com dicas pesadas).

Se isso fosse apenas sobre quebra-cabeças lógicos engraçados, seria apenas uma diversão inofensiva. Mas as apostas são mais altas: lembre-se de que Pennycook estabeleceu uma clara conexão entre a capacidade de resolver tais quebra-cabeças e a capacidade de detectar notícias falsas. Eu argumentei em meu livro "Como fazer o mundo se somar" que algumas ferramentas mentais simples ajudariam todos a pensar mais claramente sobre os números que nos cercam. Se nos acalmássemos, diminuíssemos a velocidade, buscássemos comparações úteis e fizéssemos algumas perguntas básicas, chegaríamos à verdade.

Na época, eu não tinha o vocabulário, mas implicitamente argumentava que éramos descuidados, não desesperados. Espero que eu estivesse certo. Depois de alguma reflexão, não tenho tanta certeza.

Foto: Simon Reza

Rir é o melhor remédio


 Fonte: aqui

01 dezembro 2023

CR7 e Binance

O jogador de futebol Cristiano Ronaldo (foto) é um dos mais atuantes na rede social. Muitos seguidores tornam o jogador cobiçado para fins de divulgação de produtos. No passado, o português firmou um contrato com uma empresa, Binance, para promover sua criptomoeda. A empresa quebrou e a investigação chegou a uma multa de 4,3 bilhões de dólares em multa para a empresa. 


Agora, investidores que sentiram prejudicados pelo jogador, estão o processando. O jogador lançou uma coleção de NFTs, com valor de 77 dólares e o preço atual é bem menor, um dólar. Como a publicidade do jogador realmente ocorreu, os investidores estão jogando a culpa do prejuízo no jogador. E este sabia, ou deveria saber, das condições da empresa. 

Este é um caso interessante sobre falência de uma empresa e a busca por responsável para cobrir os prejuízos dos investidores. Entender que uma pessoa famosa que incentivou o crescimento de uma empresa e recebeu muito dinheiro, emprestando sua reputação em troca, não deixa de ser interessante. Se a justiça reconhece o dolo de uma celebridade que usa seu prestígio para divulgar uma fraude, um contrato de publicidade começa a envolver risco. Mas, um efeito positivo, é o fato das celebridades ficarem mais atentas aos produtos que vendem. 

Rir é o melhor remédio




 

Shakira faz acordo com o fisco espanhol

Depois de ser inicialmente acusada na Espanha de não pagar alguns milhões de euros em 2018, Shakira finalmente chegou a um acordo com os promotores do país para resolver um caso de fraude fiscal, assim como seu julgamento estava programado para começar.

Esperava-se que a colombiana enfrentasse alegações de fraude fiscal no valor de 14,5 milhões de euros (15,9 milhões de dólares) em um tribunal de Barcelona, segundo o relato da BBC.

Os promotores espanhóis originalmente queriam prender Shakira por oito anos e multá-la em 23,8 milhões de euros (26 milhões de dólares) se ela fosse considerada culpada.

No entanto, a mãe de dois filhos de 46 anos compareceu ao tribunal na segunda-feira (20 de novembro) e concordou em pagar uma multa de 7 milhões de euros (US $ 7,7 milhões).

"Tomei a decisão de finalmente resolver esse problema para o melhor interesse dos meus filhos", explicou a cantora. 

A cantora de Hips Don't Lie negou qualquer irregularidade na seguinte declaração: "Ao longo da minha carreira, sempre me esforcei para fazer o que é certo e dar um exemplo positivo para os outros."

“Isso geralmente significa dar um passo extra nas decisões financeiras pessoais e comerciais para obter o melhor conselho absoluto, incluindo a busca de conselhos das autoridades fiscais mais importantes do mundo, PricewaterhouseCoopers International Limited e Ernst & Young Global Limited, que foram meus consultores durante todo esse processo."

“Infelizmente, e apesar desses esforços, as autoridades fiscais da Espanha entraram com um processo contra mim, como fizeram contra muitos atletas profissionais e outros indivíduos de alto nível, drenando a energia, o tempo e a tranquilidade dessas pessoas por anos seguidos."

[Isso significa que ela se considera de alto nível] 

Traduzido daqui

Mulher e desempenho na empresa

Apesar da sabedoria convencional de que as mulheres membros do conselho impactam positivamente o desempenho da empresa, uma análise detalhada das pesquisas até o momento não revela consenso quanto ao efeito positivo ou negativo das mulheres membros do conselho sobre o desempenho da empresa. Construímos o maior conjunto de dados de nomeações para conselhos australianos já montado até o momento. Utilizamos nossos dados para demonstrar quão difícil é replicar pesquisas existentes, com um exemplo da Austrália e outro dos Estados Unidos. Por meio de estudos de eventos e análises de regressão, demonstramos que há poucas evidências de que a representação feminina no conselho afete o desempenho financeiro da empresa.


O texto completo está aqui. Recentemente uma orientação de graduação que fiz chegou a uma conclusão próxima: 

a presença do gênero feminino no comando de uma empresa não foi fator relevante para seu desempenho durante a crise pandêmica


O Lado bom da Fraude

A fraude pode ter um efeito positivo. Eis o resumo:  


A fraude nas demonstrações financeiras gera muitos efeitos negativos, incluindo a redução da disposição das pessoas em participar no mercado de ações. Se também estigmatiza a contabilidade, pode afetar adversamente a quantidade e qualidade de profissionais dispostos a se tornarem contadores, potencialmente criando efeitos negativos por anos. Examinamos o impacto da fraude na força de trabalho que ingressa na profissão contábil, que é um componente chave na produção de informações contábeis (ou seja, o resultado). Usando dados que descrevem milhões de estudantes universitários nos Estados Unidos, descobrimos que os estudantes que ingressam na faculdade têm uma probabilidade maior de escolher contabilidade quando ocorrem fraudes locais durante seus anos formativos. Esses estudantes também têm mais probabilidade de possuir atributos desejados pela profissão contábil (por exemplo, alta aptidão acadêmica) e são mais propensos a posteriormente atuar na public accounting e se tornar Contadores Públicos Certificados. No contexto de outras áreas (ou seja, todas as especializações universitárias), descobrimos que a fraude estimula o interesse em outras disciplinas de negócios, mas não em especializações fora das escolas de negócios. No entanto, aqueles atraídos por outras disciplinas de negócios geralmente possuem características diferentes. Especificamente, os estudantes que ingressam na contabilidade têm uma probabilidade distintamente maior de apresentar valores defendidos pela profissão contábil, incluindo uma predisposição para o serviço público e uma orientação menos comercial. Assim, motivações não pecuniárias parecem impulsionar de maneira única a matrícula de estudantes de contabilidade após a ocorrência de fraudes. Coletivamente, nossas descobertas sugerem que, embora a fraude seja inegavelmente prejudicial, ela parece ter a consequência não intencional positiva de atrair mão de obra para disciplinas de negócios e, na contabilidade, aumentar a prevalência de características desejáveis entre os ingressantes.

Externalities of Financial Statement Fraud on the Incoming Accounting Labor Force - Robert Carnes, Dane Christensen & Paul Madsen - Journal of Accounting Research, December 2023, Pages 1531-1589 

foto: Bermix Studio