Translate

22 abril 2022

Aposte no Semibeta

 Bollerslev et al. (2022) mostram que é possível decompor o Beta do CAPM em 4 Semibetas definidos pela covariância entre o mercado e o ativo de retorno individual. Considere as quatro combinações possíveis de retornos positivos e negativos para o ativo individual e o mercado: ambos os retornos são positivos (o estado P), ambos negativo (N), sinal misto com retorno de mercado positivo (M+) e sinal misto com retorno de mercado negativo (M -).




A estrutura de média-variância sugere que a covariação decorrente dos dois estados onde o retorno de mercado é positivo (P e M+) não deve ganhar nenhum prêmio de risco. Por outro lado, qualquer covariância associada a relação negativa dos retornos de mercado e de ativos individuais (N) deve ser compensada ​​positivamente, enquanto a covariância decorrente de retornos negativos de mercado e retornos positivos de ativos individuais (M) deve ter um prêmio de risco negativo. Essa interpretação é resumida no gráfico abaixo:






A teoria de precificação de ativos de média-variância prevê que apenas dois dos semibetas devem ser precificados, sendo que um corresponde ao conjunto de covariância negativa (N) que tem um prêmio de risco positivo, e o outro está associada a um retorno negativo de mercado e um retorno postivo do ativo (M- ) que tem prêmio de risco negativo.

Os autores estimaram o prêmio de risco anualizado para N seja de cerca de 23%, enquanto o prêmio de risco anualizado para M   é de cerca de -9%, em comparação com um prêmio de risco para o CAPM de cerca de 4%. Essas descobertas empíricas se baseiam em semibetas realizados calculados a partir de duas décadas de dados intradiários de alta frequência do S&P 500. 

Eles mostram ainda que estratégias de negociação simples que apostam em N e contra M  
levam a índices de Sharpe que são mais do que o dobro do mercado. Levando em conta
custos de transação, essas estratégias também produzem alfas ajustados ao risco grandes e fortemente estatisticamente significativos. 

Resumindo, não aposte contra beta, aposte a favor e contra os semibetas certos.




18 abril 2022

Inflação e o fim de uma ilusão econômica

 Inflation’s return marks a tipping point. Demand has hit the brick wall of supply. Our economies are now producing all that they can. Moreover, this inflation is clearly rooted in excessively expansive fiscal policies. While supply shocks can raise the price of one thing relative to others, they do not raise all prices and wages together. 

A lot of wishful thinking will have to be abandoned, starting with the idea that governments can borrow or print as much money as they need to spray at every problem. Government spending must now come from current tax revenues or from credible future tax revenues, to support non-inflationary borrowing. 

Stimulus spending for its own sake is over. Governments must start spending wisely. Spending to “create jobs” is nonsense when there is a widespread labor shortage. 

Unfortunately, many governments are responding to inflation by borrowing or printing even more money to subsidize energy, housing, childcare, and other costs, or to hand out more money to cushion the blow from inflation – for example, by forgiving student loans. These policies will lead to even more inflation. 

Expanded social programs and transfers must be funded from stable long-run tax revenues, from taxes that do not impose undue costs on the economy. These facts will make it much more difficult for policymakers to continue ignoring budgets and the disincentives that are embedded in many social programs. 

The bailout bandwagon will end. The 2008 financial crisis was met with a torrent of borrowed and printed money to stimulate the economy and bail out banks and their creditors. The COVID-19 recession was met with a tidal wave. Once again, government money went to bail out creditors, prop up asset prices, and provide more stimulus. 

Given these precedents, our financial system now firmly trusts that the government will borrow or print money in the event of any future crisis. But once fiscal space has run out and given way to inflation, the government’s ability to stop the next crisis may evaporate. When people no longer have confidence that the borrowed money will be repaid, or that the printed money will be soaked up again, they will not lend more. Today’s small (so far) inflation is a taste of this fundamental change. 

The “secular stagnation” debate is settled. Since 2000, long-term growth has fallen by half, representing one of the great unsung economic tragedies of the twenty-first century. After rising by an average of 3.6% per year between 1947 and 2000, US real (inflation-adjusted) GDP growth has since averaged just 1.8% per year. 

Was this sclerosis a case of demand-side “secular stagnation” that, given persistently low interest rates, had to be addressed with oodles of “fiscal stimulus?” Or did it follow from a reduction in supply owing to the corrosive effects of protected and over-regulated industries, or to deeper problems such as the erosion of educational performance or a lack of innovation? 

We now know that it was supply, and that more stimulus will bring only more inflation. If we want growth – to reduce poverty; to pay for health, environmental protections, and transfers; or for its own sake – it will have to come from unleashing supply. Tariffs, industrial protections, labor-market distortions, restrictions on skilled immigration, and other supply-constraining policies have direct costs that cannot be offset by printing more money. 

[...]

The era of wishful thinking is over. Those who come to grips with that fact now will look a lot less foolish in the future. 





Links


 Governo tem passivo de R$1 tri

Lições da pandemia na visualização de dados

Índice Voldemort - um extenso artigo mostrando como a elite, no mundo, obtém aquilo que querem

Cinco maneiras de demonstrar amor (palavras de afirmação, atos de serviço, tempo de qualidade, presentes e toque físico)

João e Maria (Hansel e Gretel no original): fraude impressionante da história

17 abril 2022

NFTs e uma nova realidade do mercado


Parece que o mercado de NFTs sofreu uma queda. A estimativa é que um terço das NFTs não possuem valor. E que outro terço está abaixo do custo. Mas o link acima dá um motivo importante para que o mercado continue existindo: lavagem de dinheiro. Acrescentaria também a corrupção. 

Neste sentido, a NFTs seria uma forma moderna tanto de lavar dinheiro quanto de corromper alguém. Um político pode lançar NFTs e vendê-las por valores acima do preço que seria justo. O comprador seria uma empresa ou alguém interessado nos favores.

Um autor brasileiro

 Em Two Hundred Years of Accounting Research, obra de 2008, dedicada a Richard Mattessichi, entre as várias obras, nas referências, eis que surge um autor brasileiro:


16 abril 2022

Links


Google é a marca mais influente do Brasil

Laura Pausini, drone e o céu de Roma (acima)

Franquias de esportes também podem (mas raramente o fazem) entrar em falência

Multa de US$100 mil para ex-KPMG nos EUA - maior multa individual, para o escândalo de 2016

"IFRS está falhando com a sociedade com as propostas de sustentabilidade" - foco em alguns usuários e pretensão de ajudar na avaliação da entidade

Rir é o melhor remédio

Seu único problema

Carga tributária - 2000-2021

 A carga tributária bruta do governo geral subiu para 33,9% do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil em 2021. Este é o maior nível da série histórica, iniciada em 2010. Subiu 2,14 pontos percentuais em relação a 2020. A alta reflete o fim dos incentivos fiscais implementados na pandemia e a recuperação econômica, segundo o Boletim de Estimativa da Carga Tributária Bruta do Governo Geral. O boletim foi publicado nesta 2ª feira (4.abr.2022) pelo Tesouro Nacional







14 abril 2022

Gráficos do Statista

Diariamente o site Statista manda um e-mail com dois gráficos sobre assuntos diversos. Uma seleção dos últimos gráficos. 

 Presença da criança em mídia social - Apesar da idade recomendada ser de 13 anos, 80% das crianças com 12 anos possui algum tipo de perfil no Reino Unido. TikTok e Youtube prevalecem, embora alguns considerem que o Youtube não seja uma forma tradicional de mídia social. E um terço dos pais sabiam da idade mínima. Apesar do efeito sobre a saúde mental

A mortalidade infantil da África tem reduzido substancialmente. Em 1955 era de 183 por mil nascidos vivos. Em 2020 chegou a 83. A razão foi a expansão do serviço de saúde, melhorias na nutrição, acesso a água potável e imunização. E a redução da pobreza extrema. Apesar disto, a África está bem atrás da Europa (4), por exemplo. Mas há previsão que sua taxa chegue a 25 em 2050. 

O número de novas contas no Twitter, no dia da invasão da Ucrânia, aumentou de 13 mil para 38 mil. Isto pode indicar a criação de contas suspeitas para propaganda. Algumas das contas foram criadas para espalhar spam, incluindo um golpe envolvendo criptomoeda e Ucrânia. 

Ambiente ou economia? - Anualmente o Gallup tem realizado uma pesquisa para verificar se as pessoas preferem ambiente ou economia. Nos anos 90 a preferência era clara pelo ambiente. Isto mudou com a crise financeira de 2008, mas logo depois, a partir de 2015, prevaleceu o ambiente. Recentemente, novamente com uma crise, a preocupação com a economia voltou. 

A inflação voltou - Nos Estados Unidos está caminhando para os dois dígitos. É o maior valor em 40 anos (dezembro de 1981). Lembrando que neste momento o FAS 33 estava em vigor. E a Turquia (segundo gráfico) está ingressando realmente no clube dos países com hiper inflação. Em março foi de 61%. 
O médico mais famoso do mundo é o Google. O gráfico mostra os países que mais usam a internet para obter informação. Na Finlândia são 8 de cada 10 que recorrem a internet para obter informações sobre a sua saúde. Isto é 22 pontos percentuais a mais que em 2011. 
A Meta (ou seja, Facebook) gastou 27 milhões em segurança com Zuckerberg e família. Desde 2013 isto corresponde a um valor acumulado acima de 120 milhões. Enquanto isto, a segurança de Bezos custou 1,6 milhão em 2021 e 631 mil a segurança de Tim Cook. O valor gasto com Mark Zuckerberg não seria uma paranoia do executivo? 

Contribuições em entidades sem fins lucrativos


 O Fasb propôs, em setembro de 2020, uma mudança no relato das contribuições - que incluem as doações, presentes, serviços voluntários e outros termos - das entidades sem fins lucrativos. O documento, intitulado Presentation and Disclosures by Not-for-Profit Entities for Contributed Nonfinancial Assets sugere segregar as contribuições em caixa e outros ativos financeiros, das contribuições em ativo não financeiro, como terrenos, edifícios, equipamentos, utilitários, materiais, suprimentos, ativos intangíveis, serviços e promessas incondicionais desses ativos. 

Acima um exemplo desta evidenciação

Cutucadas e pandemia

O conceito da cutucada (nudge) foi popularizado no livro de 2008, de co-autoria de Richard Thaler e Cass Sunstein. A cutucada é algo que altera o comportamento das pessoas sem alterar os incentivos econômicos, mas focando na “forma” para fazer esta mudança.

O exemplo que tornou-se popular foi um problema no Aeroporto de Amsterdã, onde os banheiros masculinos estavam sujos. A administração do aeroporto decidiu pintar cada mictório com uma “mosca”. Este simples desenho melhorou a pontaria dos homens, reduzindo a sujeira dos banheiros.

A popularização da ideia foi tamanha logo assim que o livro Nudge foi lançado. Diversos governos decidiram criar uma unidade que envolvesse o estudo da forma como as opções são apresentadas ao usuário. Sunstein foi trabalhar para o governo Obama, onde procurou incentivar o uso das cutucadas na formulação de políticas federais. A Inglaterra criou um unidade comportamental, onde tal estratégia contribuiu para redução na prescrição de antibióticos pelos médicos de família. O fisco inglês conseguiu um aumento no número de contribuintes, através de uma mensagem para alguns deles.

As críticas não demoraram a aparecer. Algumas delas focavam na “manipulação” das cutucadas. A chegada da pandemia trouxe algum prejuízo para as pesquisas na área. Em primeiro lugar, alguns defensores das cutucadas se posicionaram de forma polêmica: o chefe da equipe inglesa na área, David Halpern, foi acusado de ser contra medidas enérgicas. Um investigação subsequente mostrou que a opção do governo Johnson por medidas mais brandas partiu da suposição que as pessoas não iriam fazer o bloqueio.

O problema é que uma pandemia seria um evento extremo e as cutucadas foram “criadas” para situações corriqueiras. A questão é saber se as cutucadas poderiam funcionar nas condições apresentadas após março de 2020. As pesquisas realizadas desde então parecem estar mostrando que as cutucadas não foram relevantes nestes casos. Um experimento na Itália mostrou que a maioria das pessoas já sabia o que seria necessário fazer e estavam seguindo as ordens, sem a necessidade das cutucadas.

Pensar que cutucadas podem solucionar os problemas do mundo é uma atitude inocente. Imaginar toda intervenção terá resultado também. As cutucadas funcionam sob certas condições e pandemia ajudou a lembrar disto.

Sobre este assunto, recomendo a leitura do artigo da UnDark, The Subtle Psychology of Nudging During a Pandemic

13 abril 2022

Relatório sobre o clima

Sobre o ED 20222 / S2 Divulgações relacionadas ao clima, do ISSB, a partir da síntese preparada pelo IASPlus, o escopo seria os

riscos relacionados ao clima aos quais a entidade está exposta, incluindo riscos físicos e riscos transitórios

A partir daí, a entidade divulgaria informações sobre o clima que permitiria aos usuários de relatórios financeiros de entender a estratégia para lidar com riscos e oportunidades.

Fica a impressão de que isto já existe, já que qualquer risco que possa afetar uma entidade deveria ser divulgado. Faz sentido?

Ng, do escândalo 1MDB, é condenado

 

O escândalo do fundo soberado da Malásia, onde bilhões de dólares foram desviados, já possui formalmente um acusado. O ex-chefe do Goldman Sachs na Malásia, Ng, foi condenado pelo juri em Nova Iorque. O julgamento durou quase dois meses e Ng, de 49 anos, foi considerado culpado de três acusações, inclusive suborno e violar os controles contábeis do Goldman. Ele foi funcionário do Goldman entre 2005 a 2014 e pode pegar até 30 anos de prisão. Durante o período em que este no Goldman estima-se que Ng tenha recebido 35 milhões de dólares em propina.

O próprio Goldman também tem sua parcela de culpa e já concordou em pagar 2,3 bilhões em multas pelo caso. O chefe de Ng, Tim Leissner, se declarou culpado e espera a sentença. Da outra ponta, Low, talvez o mentor do esquema, está foragido, provavelmente na China.

Parte do dinheiro desviado ajudou a financiar o filme Wolf of Wall Street.

Quem contribui com o colapso ecológico?

Eis o ponto final da interpretação dos resultados de uma pesquisa publicada no Lancet (via aqui):

Esses resultados mostram que os países de alta renda são os principais impulsionadores do colapso ecológico global e precisam reduzir urgentemente o uso de recursos para níveis justos e sustentáveis. Conseguir reduções suficientes provavelmente exigirá que os países de alta renda adotem abordagens transformadoras pós-crescimento e degradação.

A análise foi realizada entre 1970 e 2017. Eis um resultado interessante:

A Austrália aparece com um valor elevado de overshoot per capita, que foi calculado da seguinte forma:


Links


Os mais ricos do mundo - inclui categorias diferentes, como os mais ricos do show-business (acima). Infográfico

Exxon está redirecionando o gás "desperdiçado" para minerar Bitcoin

Montreal será sede de um centro regional do ISSB

Que coisas não fazem mais sentido para você

11 abril 2022

Além do débito e do crédito - 2

 


Mesmo quando estamos preocupados somente com o débito e o crédito é necessário ir além. Quando fazemos um lançamento contábil precisamos saber a data, os valores envolvidos e a conta a ser debitada e a conta a ser creditada. Mas isto é bem mais complexo do que parece. Na graduação simplificamos o mundo, dando uma ilusão que com um pouco de conhecimento seria possível um bom profissional. Determinar quando devo reconhecer um evento pode não ser tão simples assim; trabalhamos basicamente com valores monetários, mas sabemos que muitas coisas que acontecem no mundo são difíceis de serem expressos em unidades monetárias.

Estes problemas podem ser solucionados com ajuda de outras ciências. Veja o caso da nova moda na contabilidade, a sustentabilidade. Parece existir uma pressão para que os efeitos de uma entidade sobre o ambiente seja considerados e relatados para a sociedade. A Fundação IFRS está procurando buscar um consenso através do ISSB; o regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos já está trabalhando neste assunto. Mesmo a Europa, que poderia contentar em esperar que a Fundação IFRS começasse a produzir seus pronunciamentos, está comprometida com o assunto, já tendo produzido algumas minutas através do EFRAG. As próprias entidades reconhecem a importância do assunto.

Parece que tudo está sendo resolvido. Mas a realidade não é bem assim. Há um vasto campo para pesquisa nesta área e precisamos da ajuda de outras ciências. Mas a contabilidade das empresas necessita levar em consideração algumas questões básicas.

Considere um exemplo: como isto irá aparecer nas informações contábeis? Para responder a esta pergunta precisamos de pesquisar e entender os desafios de cada questão. A entidade pode parar sua preocupação no seu efeito para o ambiente ou pode deve incluir os efeitos da cadeia de valor da qual ela participa. A escolha disto já está sendo debatida. Há uma questão também importante que os reguladores estão respondendo, mas que talvez não seja a melhor resposta: onde divulgar?

Os reguladores estão propondo que as informações sejam divulgadas à parte, fora das demonstrações contábeis. Mas há pessoas insatisfeitas com esta opção e sugerem que isto seja considerado no passivo das empresas. Esta escolha traz resistências por parte das empresas, mas talvez fosse melhor para a sociedade, já que temos um impulsionador para uma ação efetiva das entidades.

Veja agora o caso da área comportamental. Alguns dos conceitos que usamos na área que alguns conhecem como finanças comportamentais, psicologia econômica, economia comportamental ou contabilidade comportamental surgiram há um século, como é o caso do famoso efeito manada. As pesquisas tomaram impulso nos anos 70 e 80. Com este campo aprendemos que a forma é importante e não somente a essência. Que as pessoas cometem falhas nas suas decisões existindo variação de preços na economia.

Considere a situação dos custos perdidos. Na contabilidade de custos aprendemos este conceito. Mas cometemos sistematicamente erros nas decisões, ao considerar tais custos no processo. Existe a falácia do custo perdido e todas pessoas já passaram por situações onde levaram em consideração fatos passados. A relação da área comportamental e a contabilidade é enorme e permite muitas pesquisas.

Vamos olhar agora para um outro campo de pesquisa com elevados desafios: a presença, no mundo atual, de um grande número de dados. Estamos vivendo a era dos grandes dados, mas ainda não a era das informações. Isto abre um campo enorme de pesquisa, mas antes de chegar lá é necessário vencer alguns desafios. Um deles, a necessidade de conhecer instrumentos para trabalhar com os dados. Isto significa, em termos práticos, saber Python ou outra linguagem para tratar os dados.

É interessante notar que esta mudança também afeta os conhecimentos que precisamos ter. Nos últimos anos nós enfatizamos talvez em excesso os econometristas. Agora é hora de estudar a fundo a ciência de dados, que inclui preocupações sutilmente divergentes daquela que tivemos no passado. Veja que isto traz também uma preocupação com o produto da contabilidade. No passado, Kaplan e Johnson questionavam o fato da ênfase na informação contábil estava sendo cada vez maior nas informações trimestrais e esta preocupação era ruim para nossa área. Mas hoje as informações possuem uma periodicidade cada vez menor.

Nós sabemos a reação das pessoas através das mensagens e curtidas das redes sociais, via comportamento de preço de um mercado de capitais mundial e com muitos dados. É bem verdade que dados não significa informação e que muitas empresas conseguem captar dados, mas não produzir informação. Para entender este novo mundo, precisamos ter acesso aos APIs das redes sociais e isto pode ser a cada momento mais urgente.