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22 fevereiro 2020

Dilema do Prisioneiro

Este é um jogo famoso, que muitos devem conhecer. Uma variante interessante, contada por Tim Harford:

Uma vez um pianista foi preso pela polícia secreta e acusado de espionagem. Ele estava carregando folhas de papel cobertas com um código misterioso. Apesar de protestar que era apenas a partitura da sonata ao luar de Beethoven, o pobre homem foi levado para a prisão. Algumas horas depois, um interrogador sinistro entrou.

- É melhor você nos contar tudo, camarada - anunciou ele com um sorriso fino. “Pegamos seu amigo Beethoven. Ele já está falando.


Tim prossegue com um exemplo interessante:

Os dilemas do prisioneiro existem. O exemplo mais premente hoje é a mudança climática. Toda nação e todo indivíduo se beneficiam se outros restringem sua poluição, mas todos nós preferimos não ter que restringir a nossa.

PCAOB irá desaparecer?

O governo Trump quer eliminar a entidade que regula empresas de auditoria. A Casa Branca diz que seu objetivo é eliminar a duplicação de esforços. Mas os críticos dizem que isso eliminaria a supervisão de que o setor precisa. As quatro grandes empresas - PricewaterhouseCoopers, KPMG, Deloitte & Touche e Ernst & Young - auditam quase todas as grandes empresas americanas. Recentemente estas empresas de auditoria tiveram uma série de escândalos, auditorias deficientes e outros problemas. As empresas da General Electric, a Under Armour e a Mattel estão enfrentando questões contábeis. As inspeções do PCAOB, a entidade que seria eliminada, descobriram que quase um terço das auditorias analisadas têm algum tipo de deficiência.

(Leia mais aqui)

Clima e Auditoria no Reino Unido

A entidade responsável pela regulação da auditoria no Reino Unido informou que irá estudar como as empresas estão apresentando o risco de mudança climática. Isto inclui, obviamente, o papel dos auditores. E irá trazer uma divulgação mais rigorosa para as empresas listadas

De acordo com as diretrizes que entraram em vigor no Reino Unido no início deste ano, os fundos de pensão e os gestores de ativos devem divulgar seus registros de voto como acionistas sobre questões climáticas e publicar relatórios anuais sobre questões ambientais, sociais e de governança que consideram ao fazer investimentos.

Rir é o melhor remédio

Fantasia de carnaval

21 fevereiro 2020

Taxas de juros : 800 anos de história


Interest rates sure are weird these days. Five central banks currently hold policy rates negative; several are dabbling with unconventional bond-buying. The one bank that tried to raise them, the Federal Reserve, found itself back cutting rates within a year. Meanwhile, some $11 trillion worth of bonds have negative rates—guaranteeing losses for buyers that hold those to maturity.

But however weird this moment might be, it’s also entirely predictable—with the benefit of 700 years of hindsight, that is.

That insight comes courtesy of a fascinating working paper by economist Paul Schmelzing, which reconstructs real interest rates in advanced economies dating back to 1311. The study—what the author says is the first construction of a dataset of high-frequency GDP-weighted real rates (i.e. the difference between the nominal yield and inflation)—features a staggeringly rich collection of records culled from diaries, account books, local archives, and municipal registers and includes everything from Medici bank loans to France’s “Revolutionary loans” to the US government.

Fonte: aqui

Dicas para fazer um parecer

Uma lista de 12 dicas para um parecerista, segundo Publons (com adaptações)

1) Veja se você realmente possui os conhecimentos necessários para fazer o parecer. Muitas vezes é melhor recusar a solicitação, do que fazer um parecer inadequado.

2) Veja na página do periódico se existe alguma instrução específica para o parecer. Isto inclui a verificação do formato e a padronização das referências, caso já não tenha sido feita.

3) Dê uma olhada geral no texto para ter uma noção ampla da pesquisa. Sublinhe as palavras relevantes.

4) Escolha um local calmo e leia o texto criticamente. Veja se as tabelas/figuras/fórmulas/referências estão visíveis. Faça perguntas como: o título é relevante; a pergunta da pesquisa é importante; as principais referências estão citadas; os dados e o método são adequados e corretos; a pesquisa é original e importante;

5) Faça anotações sobre as mudanças principais e secundárias que precisam ser feitas. Isto deve estar no parecer. 

6) Existe preocupação por parte do autor com os erros comuns.

7) Elabore uma lista de itens para verificar. Por exemplo, o estudo citado no texto está nas referências?

8) Avalie a gramática e verifique se o estilo é do periódico. O texto tem uma linguagem fluída? Há conexão entre as partes? É conciso e objetivo?

9) É nova pesquisa? Verifique as publicações anteriores dos autores e de outros autores no campo para garantir que os resultados não foram publicados anteriormente.

10) Resuma suas anotações para o editor. Isso pode incluir visão geral, contribuição, pontos fortes e fracos e aceitabilidade. Você também pode incluir a contribuição / contexto do manuscrito para os autorese, em seguida, priorizar e agrupar as principais revisões e revisões menores / específicas no feedback. Tente compilar isso de uma maneira lógica, agrupando coisas semelhantes em um cabeçalho comum sempre que possível e numerando-as para facilitar a referência.

11) Dê recomendações específicas aos autores para alterações. Em que você quer que eles trabalhem? 

12) Dê sua recomendação ao editor.

Acrescento: leia mais de uma vez, de preferência alguns dias depois da primeira leitura.

Comercial de software de imposto



Um comercial canadense de software de elaboração do imposto de renda. Em alguns países, o governo NÃO fornece o aplicativo para você fazer sua declaração de imposto de renda.O comercial enfatiza a tranquilidade, se você usar o Turbo Tax, o que é impossível quando você tem que prestar contas ao governo.

Rir é o melhor remédio

Na cama com a Netflix

20 fevereiro 2020

Fracasso dos carros autônomos

When it comes to self-driving cars, the future was supposed to be now.

In 2020, you’ll be a “permanent backseat driver,” the Guardian predicted in 2015. “10 million self-driving cars will be on the road by 2020,” blared a Business Insider headline from 2016. Those declarations were accompanied by announcements from General Motors, Google’s Waymo, Toyota, and Honda that they’d be making self-driving cars by 2020. Elon Musk forecast that Tesla would do it by 2018 — and then, when that failed, by 2020.

But the year is here — and the self-driving cars aren’t.

Despite extraordinary efforts from many of the leading names in tech and in automaking, fully autonomous cars are still out of reach except in special trial programs. You can buy a car that will automatically brake for you when it anticipates a collision, or one that helps keep you in its lane, or even a Tesla Model S (which — disclosure — my partner and I own) whose Autopilot mostly handles highway driving.

But almost every one of the above predictions has been rolled back as the engineering teams at those companies struggle to make self-driving cars work properly.

What happened? Here are nine questions you might have had about this long-promised technology, and why the future we were promised still hasn’t arrived.

[..]

Fonte: aqui

Segredos de um professor

Uma pergunta no Quora, What are the dirty little secrets of a teacher?, traduzida 

1. Seu comportamento conta como 20% da sua nota;
2. Estou online há mais tempo que você, então conheço todos os lugares onde as pessoas compram trabalhos prontos;
3. Se você é um aluno que que só tira D, e de repente começa a entregar um trabalho A, é bem provável que você esteja trapaceando;
4. Sim, eu realmente leio as coisas que assino;
5. Corrijo a ortografia porque me preocupo com o seu futuro. Os empregadores rejeitarão os pedidos que parecem ter sido escritos por analfabetos. Se você acha que isso não importa, está errado;
6. Não uso o "Fakebook" porque tenho melhores usos para o meu tempo, não porque não saiba o que é;
7. Você tem mil amigos online agora? Maravilhoso. Quantos deles farão seu trabalho por você? OK? Acho que é melhor que você mesmo o faça;
8. Tornei-me professor porque gosto de aprender e queria compartilhar com os outros;
9. A correção de provas leva tempo. Seja paciente, por favor;
10. Quando não estou ensinando, estou escrevendo, lendo ou curtindo a natureza;
11. Um fato é algo que pode ser verificado por três fontes independentes e separadas. Isso significa que você precisa de confirmação;
12. Só porque está online, não significa que isso seja verdade;
13. O mundo é uma grande sala de aula. Cabe a você aprender as lições.

É uma boa lista. Acrescento:
Assim como os alunos falam dos professores, os professores trocam informações sobre os alunos;

Marcas Internacionais

No novo relatório da Brands, as maiores marcas do mundo:
A surpresa é a presença chinesa, com o sexto, nono e décimo. Por países isto é confirmado:
A marcas com boa reputação são as seguintes:
(Deloitte e PwC?). As marcas brasileiras avaliadas são de bancos: Itau (298o.), Bradesco (308o.), Banco do Brasil (481o.) e Caixa (428o.).

Teste Anpad

Em 2009 postei algumas observações sobre o teste Anpad. Alguns leitores colocaram:

Concordo integralmente com sua crítica

Essa prova é ridícula, por diversos motivos

não existem questões sobre administração nele


Um leitor chamou a atenção para existência de pesquisa entre a pontuação do Anpad e desempenho na pós. O leitor indica um link, onde destaco o seguinte ponto:

Não foi encontrada nenhuma correlação significativa entre as notas obtidas no teste ANPAD, tanto a nota geral quanto as notas parciais, e a produtividade científica dos alunos durante o primeiro ano do curso. A nota geral no teste ANPAD não possui impactos no desempenho do aluno ao longo do curso de mestrado e doutorado em Administração, assim como não possui impactos na quantidade de publicações e apresentações de artigos em congressos. No entanto, a utilização do teste ANPAD como parte dos processos seletivos parece ser benéfica aos cursos, já que garante a entrada de alunos com habilidades básicas e com um mínimo de conhecimento. Mas, até que ponto o teste é útil para selecionar alunos com capacidade de produção de conhecimento científico? De acordo com os resultados da pesquisa é possível questionar a validade do papel do teste ANPAD na seleção de futuros pesquisadores da área de Administração. Nessa pesquisa, a produtividade científica foi explorada, exclusivamente, pelo aspecto quantitativo, no entanto, a qualidade da produção é de grande relevância e deve ser analisada em estudos futuros.

O certo é que o teste Anpad procura ajudar os programas de pós em uma tarefa muito árdua: selecionar os melhores candidatos. Depois de mais de duas décadas participando deste processo, posso afirmar que é muito complicado este processo. (No programa no qual atualmente sou coordenador, estamos sempre procurando um método que seja melhor nesta seleção. Não achamos)

Rir é o melhor remédio

Vida e lista da Netflix

19 fevereiro 2020

Evidenciação por engano

Mais uma história para contar para os amigos: evidenciação por engano.

A Gol comunicou nesta quarta-feira que as apresentações preliminares de resultados da companhia de 2019 e as projeções para 2020 e 2021 foram disponibilizadas em seu site de relação com investidores “por equívoco e sem autorização” da companhia.

“A Gol informa que, ao tomar conhecimento, o material foi imediatamente retirado do site”, afirmou a empresa, sem detalhar quando os números foram publicados e atribuindo a responsabilidade a “fornecedor de serviços”.

A companhia aérea reiterou que divulgará balanço e projeções na quinta-feira, dia 20.

Os papéis da Gol subiam 0,64%, a 36,10 reais, por volta de 11:50, quando tiveram suas negociações suspensas pela B3 em razão de divulgação iminente de fato relevante pela companhia. Na véspera, as ações fecharam em queda de 1,4%, depois de recuarem 3,6% no pior momento.

Mais regras

Há uma semana o Fasb divulgou um proposta de atualização de padrões contábeis para as entidades do terceiro setor. Especificamente, o Fasb que mudar a forma como são apresentados e divulgados as doações de ativos não financeiros. Isto inclui doações de prédios, terrenos, equipamentos, alimentos, materiais e até serviços. Pela proposta, cada doação deveria ser apresentado em separado na demonstração de atividades. Isto inclui também eventuais restrições dos doadores.

Outra norma é da Comunidade Europeia para os relatórios não financeiros (Non-Financial Reporting Directive ou NFRD). A tentativa é promover a comparação entre empresas. Isto termina por prejudicar os usuários e aumenta os custos das empresas.

Nome cobiçado

Anguilla é uma ilha do Caribe do Caribe com 13 mil habitantes. A ilha foi descoberta por Colombo, em 1493, sendo colonizada pelos ingleses a partir de 1650. Possui autonomia administrativa, mas é um estado associado a São Cristovão e Névis. O chefe de estado é Isabel II, que conhecemos como rainha Elizabeth.

A ilha teve uma sorte grande: o domínio da internet local é "ai". Coincidentemente, "ai" é a sigla para "inteligência artificial". Quando alguém deseja ter o nome da internet terminado em "ai", paga-se uma taxa de 50 dólares por ano. Parece pouco, mas só em 2018 o valor final foi de 2,9 milhões de dólares.

Anguilla deve sua boa sorte ao grande, ainda que obscuro e muitas vezes peculiar, mercado de endereços na internet. Para se destacar, as startups estão dispostas a usar nomes incomuns na internet ou domínios que terminam em “.ai”. Esse é um mercado que se tornou atraente até para grandes investidores. Uma empresa de private equity, em 2018, comprou a Donuts Inc., uma corporação com direitos a mais de 240 nomes de domínio mais recentes, como “.technology" (.tecnologia) e “.engineering" (.engenharia).

Fotografia

A fotografia de dois ratos em uma estação do metrô venceu o prêmio de melhor fotografia da vida selvagem. A fotografia mostra os ratos brigando por restos de comida que foram deixadas pelo ser humano. O autor do flagrante disse:

Com a maioria do mundo vivendo em áreas urbanas e cidades agora, você precisa contar a história de como as pessoas se relacionam com a vida selvagem

Rir é o melhor remédio


18 fevereiro 2020

Clima, segunda empresas europeias

Um relatório da Alliance for Corporate Transparency foi divulgado ontem, com uma pesquisa sobre como as empresas europeias estão relatando a questão do clima. Foram pesquisadas mil empresas europeias. Em resumo:

as divulgações não são específicas o suficiente para permitir o entendimento da posição de uma empresa e desenvolvimentos futuros. Os relatórios se concentram em apresentar políticas e compromissos gerais, mas não metas concretas, resultados de políticas com relação a essas metas e informações específicas sobre riscos e impactos.

City e o Fair Play

O Fair Play financeiro foi criado para tornar as competições esportivas mais equilibradas. Em alguns esportes, as regras limitam os salários dos atletas; em outras, a prioridade na contratação é dada para os clubes que tiveram pior desempenho no passado. Uma forma de conseguir o Fair Play financeiro é através da limitação dos gastos dos clubes, patrocinadores e atletas. Quando a Speedo desenvolveu um traje para seus nadadores, a proibição do uso da roupa em competições, que ocorreu logo depois, era uma forma de permitir que os atletas que não eram patrocinados pela marca tivessem chances em uma competição. Mais recentemente, um tênis desenvolvido pela Nike também foi proibido em competições de atletismo. O Fair Play financeiro evita que um time de futebol contrate os melhores atletas em razão do seu poder financeiro.

No caso do futebol, o Fair Play vai além do salário dos atletas e da contratação dos melhores por parte de um time. As regras procuram evitar que um grupo financeiro seja proprietário de mais de uma agremiação em uma competição; isto pode ajudar em não se ter uma combinação de resultados entre dois times de um mesmo proprietário.

Na sexta tivemos um fato bastante comentado relacionado com o Fair Play financeiro e a contabilidade. A entidade que regula o futebol na Europa, a Uefa, baniu um dos maiores times do continente, o Manchester City, de participar daquela que talvez seja a principal competição do futebol mundial, a Champions League. O Manchester City não poderá disputar a Champions League por dois anos em razão de dois motivos: (a) inflar as receitas de patrocínio; (b) não cooperar na investigação do caso.

No passado a Uefa impôs algumas regras para permitir um jogo justo no futebol europeu. A entidade estava preocupada com o endividamento excessivo de alguns clubes e da potencial redução da competitividade nos torneios. Neste último caso, mesmo em alguns países com longa tradição no futebol (caso da Alemanha e França), praticamente só existe um time (Bayer de Munique e Paris Saint-Germain). Para isto, a Uefa criou uma regra para impedir que um clube recebesse dinheiro de seu proprietário, mesmo com prejuízo. No passado, os donos injetaram recursos nos times, mesmo em situações de prejuízo. A regra da Uefa para o Fair Play é que os clubes não podem gastar mais do que recebem.

O Manchester City era um clube sem muita expressão continental até ser comprado pela família real dos Emiratos Árabes. Eles investiram muito dinheiro, contratando jogadores caros. Parte dos recursos veio do controlador. Mas em um determinado momento, as regras do Fair Play impediam o clube de receber mais recursos. O time fez um contrato de patrocínio com uma empresa aérea, a Emirates, que pagou pelo patrocínio de ter seu nome do estádio e na camisa do clube. O problema é que a empresa aérea também era do controlador e o valor pago foi muito acima do “valor justo”. Ou seja, foi colocado dinheiro no clube de maneira ilegal. Tudo leva a crer que o patrocínio de 67,5 milhões de libras

O que o Manchester City fez parece que foi grave já que a suspensão de participação de uma competição é considerada uma punição máxima. Além disto, o clube deve pagar uma multa de 30 milhões de euros, embora seja possível recurso.

Inicialmente a Uefa deu uma punição branda para o City: multa e algumas restrições. No passado, outros clubes receberam castigos pesados por parte da entidade. A punição inicial da Uefa foi leve. Mas um conjunto de e-mails apareceu e foi publicado pelo Dier Spiegel. Nas comunicações ficava claro a manipulação contábil por parte do City. O processo foi reaberto e daí surgiu a punição divulgada agora.

A segunda punição - A multa pela segunda punição é decorrente da atitude do clube inglês em relação a investigação. Conta-se que o presidente do clube afirmou ao então secretário-geral da Uefa “preferia gastar 30 milhões [em lugar de pagar uma multa] nos 50 melhores advogados do mundo para processar a Uefa nos próximos 10 anos”. Até o momento, o Manchester City não apresentou provas de que não ocorreu doping financeiro. Seu principal argumento é “perseguição”.

O que vai ocorrer - O City terá direito a recorrer, mas a decisão final deve sair em meados do ano, por conta da Champions 2020/21. As contas que foram analisadas não abrangeram até o último balanço publicado, o que significa que o clube pode ter mais punições e multas. Além do City, o PSG pode ser punido pelo mesmo motivo: a contratação de Neymar e Mbappé foi um claro desrespeito as regras da Uefa.

Efeitos colaterais - Além da multa, a punição pode gerar alguns efeitos colaterais. Jogadores podem tentar anular os contratos, alegando má conduta do clube e o técnico Guardiola pode deixar o clube. O clube também pode ser punido pela Premier League, o campeonato inglês, que possui outras regras, mas também pode ter sofrido a mesma “manipulação” da Uefa. Mais ainda, a atual punição cobre o período de 2012 a 2016; períodos posteriores podem ser analisados, com punições adicionais. Por exemplo, se o City for campeão da Champions, o título pode ser cassado.

Defesa do City - até o momento o City baseou sua defesa em uma perseguição da Uefa. Isto é pouco. Um argumento é que a Uefa usou material hackeado para processar o City. Mas basta uma análise na contabilidade do clube para confirmar ou não o material obtido pela imprensa. Como o processo deverá finalizar em meados do ano, mesmo assim, o City deverá continuar lutando - por exemplo, na justiça comum. É bom lembrar que o City aceitou as regras da Uefa antes de começar a competição; ele não foi forçado a fazer o que fez.

Efeito sobre o valor do City - A punição pode custar US$80 milhões em receitas para o clube em 2020, conforme estimativa conservadora da Forbes. A receita do clube é de 678 milhões de dólares, sendo 73 milhões por jogar a Champions. Segunda a revista, isto corresponde a uma perda de valor de quase 300 milhões de dólares. Dependendo do desempenho, a perda com a Champions seria entre 47 milhões a 102 milhões (se vencer o torneio).

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