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07 agosto 2018

Custo da compra de um produto

O comercial abaixo lembra que quando compramos produtos no supermercado também estamos consumindo recursos naturais. E isto tem um custo.


The Real Cost from Jorch Diaz on Vimeo.

Valor Pago por aluno adicional no Reuni

O programa Reuni foi um ambicioso plano de expansão do ensino superior nas universidades federais do Brasil. Muito dinheiro foi alocado pelo governo pensando na expansão das vagas, além do aumento no número de instituições. A análise deste programa já foi realizada, individualmente, em uma série de trabalhos acadêmicos. Uma análise geral era necessária e o seu resultado foi publicado agora na Revista da Controladoria-Geral da União. Usando os dados orçamentários e tendo como medida de atividade o número de matrículas, o artigo Valor Pago por Aluno Adicional nas Universidades Federais Brasileiras com o Programa Reuni procura verificar, por universidade e pelo conjunto das universidades, qual o peso para sociedade desta expansão.

Os dados corrigidos pela inflação mostram que cada aluno adicional que entrou em uma universidade federal representou um valor pago de 36,6 mil reais. O texto toma o cuidado de não indicar que este é o custo, pois está tratando de orçamento (financeiro). Entretanto, como uma universidade federal típica tem como maior custo o pagamento de funcionário (professor e administrativo), muito provavelmente o valor pago pode ser considerado uma proxy bastante razoável deste custo.

Como se trata de um artigo acadêmico, o juízo de valor é deixado de lado. Em algumas universidades, o valor adicional é bem superior a média encontrada; principalmente, nas instituições localizadas em grandes centros e com o foco na área de saúde. Mesmo tratando do valores médios, a quantia de 36,6 mil reais é muito elevada. Observe que muitas instituições poderiam aproveitar a economia de escala e de escopo, mas preferiram optar pela diversificação dos cursos ofertados. Em alguns casos, o foco foi na contratação de pessoal administrativo ou área meio; em outros, a expansão geográfica, que garante votos, mas muitas vezes significa investimentos com baixa rentabilidade social.

Neste primeiro retrato mais amplo do Reuni, o programa não resiste na análise econômica-financeira.

Observação adicional: Durante anos, a Universidade de Brasília procurou mensurar o custo por aluno, segundo as grandes áreas do conhecimento. Além de desenvolver um trabalho pioneiro, a equipe responsável pelo sistema foi dar sua contribuição na docência em diversas universidades do país: Beatriz Morgan, Fernanda Fernandes (co-autora do Curso Prático de Contabilidade), Francisca Souza, José Lúcio Tozetti, entre outros. Infelizmente, recentemente a UnB descontinuou o sistema de apuração de custos, mas a série histórica, de 2002 a 2015, ajuda a contar um pouco a história do custo do aluno. A decisão de descontinuidade, infelizmente, está muito mais associado a atender a certos interesses do que a decisão de mensuração efetiva de desempenho.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

06 agosto 2018

20 anos de IPCA


Serviços de saúde e a mensalidade das faculdades subiram bem acima da inflação. O salários também tiveram ganhos substanciais em relação à inflação. Os veículos se tornaram mais acessíveis e o preço das TVs caíram pela metade.

Fonte:aqui

Um nova chance para o Brasil

Analisando a situação estrutural do Brasil, Margolis, da Bloomberg, comenta sobre a dificuldade de abrir um negócio no país, a burocracia imensa, a judicialização excessiva, entre outros aspectos. Em berço esplêndido (foto). E conclui:

Estranhamente, o até agora campo lotado de candidatos tem sido silencioso ou evasivo nas reformas estruturais impopulares necessárias para tornar o Brasil mais competitivo. Uma razão pode ser que muitas das reformas vitais para reiniciar a economia são politicamente tóxicas. O abandono dos subsídios corporativos e a redução das tarifas comerciais ameaçam as companhias nacionais carcomidas, enquanto a privatização de empresas estatais deficitárias irrita grandes sindicatos do setor público. E a maioria dos candidatos se esquiva de confrontar com funcionários públicos de elite que relutam em abrir mão de um sistema previdenciário que permite que eles se aposentem aos 50 anos com salário integral.


Medalha Fields e a Revelação

A cerimônia de premiação da Medalha Fields deste ano foi destaque por um motivo pouco louvável: uma das medalhas foi roubada, na primeira vez que esta premiação é feita no hemisfério sul. A cada quatro anos, os matemáticos com até 40 anos podem ser premiados com a medalha, podendo ser premiados de um a quatro matemáticos. Um dos premiados já era conhecido das pessoas da área, o alemão Peter Scholze - que também era o mais jovem de todos.

Mas dois prêmios interessam a economia e, de certa forma, a contabilidade. Alessio Figallie e Constantinos Daskalakis publicaram artigos em periódicos de economia. O trabalho dos dois origina-se do leilão Myerson, de um artigo de 1981. Em um leilão, usar este tipo de leilão permite que os compradores revelem a sua avaliação. Derivado do trabalho de Myerson, tem-se o princípio da revelação, uma “pancada” que até hoje os contadores não aprenderam a entender e absorver.

Eu diria que esse é o resultado mais importante em economia desde Arrow-Debreu-McKenzie

O mesmo texto citado ressalta dois problemas no texto do Myerson: como vender quando existirá intereção no futuro e como vender em situações de empacotamento? O prêmio é um avanço neste direção.

Generalista x Especialista

Na ciência é melhor ser um pesquisador com conhecimentos mais amplo - denominado generalista - ou ter conhecimentos específicos - os chamados especialistas? Esta é uma questão importante. Aparentemente, os especialistas são vencendo a batalha, já que aprofundar em um tema tem sido considerado uma razão do sucesso de alguns países. Quando algumas pesquisas de produção acadêmica destacam os autores mais produtivos em um determinado tema, estamos enfatizando o especialista. O mesmo ocorre quando um periódico encaminha um artigo sobre um tema específico para um autor em particular, que já pesquisou sobre o assunto. No nosso país, é difícil ser especialista, já que temos recursos escassos. Mesmo assim, é cada vez mais comum associarmos um determinado tema, por exemplo contabilidade de seguradora, com um pesquisador.

Mas no fundo não sabemos o que é melhor. Um artigo tentou responder a este dilema usando dados de matemáticos teóricos após a dissolução da União Soviética:

os cientistas generalistas tiveram um desempenho melhor quando o ritmo da mudança foi mais lento e sua capacidade de extrair o conhecimento dos diversos domínios foi uma vantagem, mas os especialistas ganharam vantagem quando o ritmo da mudança aumentou e sua especialização mais profunda permitiu que eles usassem novos conhecimentos criados na fronteira do conhecimento.

Teto de gastos

Trecho da reportagem publicada pelo Valor:
Alguns efeitos já começam a aparecer. Na quinta-feira passada, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou que pode suspender todas as bolsas de mestrado, doutorado e de aperfeiçoamento para professores, num total de quase 440 mil beneficiados se o corte a ser promovido pelo Ministério da Educação no orçamento da entidade no próximo ano se realizar.
[...]
A regra do teto, prevista na Emenda Constitucional (EC) 95, em vigor desde o ano passado, foi criada para evitar que a despesa pública federal cresça mais que a inflação e, assim, se consiga estabilizar a dívida bruta do governo. Até então, os gastos subiam, em média, 6% ao ano em termos reais, sem que as receitas acompanhassem o ritmo. O novo regime fiscal tem duração de 20 anos, com revisão prevista a partir do 10º ano. Estourado o teto fica automaticamente proibida a elevação de despesas obrigatórias, como reajustes de salários e mudanças de carreira para servidores; ganho real para o salário mínimo, abertura de concursos públicos, criação ou expansão de programas do governo e a concessão de incentivos fiscais.
O Jornal Nacional publicou um texto no qual afirma que o teto dos gastos não afetará o orçamento do MEC.

Bancos no Brasil

Os bancos no Brasil prosperam quando o país vai bem e quando o país vai mal. O fenômeno chamou atenção da revista britânica The Economist, que publicou um artigo nesta terça-feira (02/08).

Passando pela hiperinflação dos anos 80 e 90, pelo tímido crescimento de 1% do PIB em 2017 e pelo corte de 2,6% para 1,6% da previsão de crescimento para 2018, o texto descreve a economia do Brasil como algo que “tende a extremos”. Enquanto isso, os grandes bancos do setor privado estariam prosperando independentemente dos cenários.

Essa “resiliência”, conforme aponta o texto, revela muito sobre o funcionamento da economia do Brasil. O setor bancário do país, afirma a revista, é especialmente concentrado — especialmente após o recuo do banco americano Citigroup e do britânico HSBC. Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e BNDES respondem por 82% dos ativos bancários e 86% dos empréstimos.

A revista destaca o papel do governo, que historicamente autoriza empréstimos em condições camaradas para uma minoria de empresas e setores e, ao mesmo tempo, permite altas taxas de juros no crédito ao consumidor, em empréstimos pessoais, cartão de crédito e cheque especial.

Fintechs como Banco Inter, Nubank e Creditas ajudam a tornar o setor bancário mais competitivo, diz a Economist. Com atrativos como novas poupanças ou créditos a juros menores, elas conquistam espaço enquanto buscam “incomodar” os operadores. A revista elogia ações do recentes do Banco Central (BC) para diminuir os custos de empréstimos, além do fim da concessão de empréstimos, por bancos estatais, com taxas subsidiadas.

Uma economia mais forte, por sua vez, poderia ser alcançada se as taxas de juros de longo prazo caírem e “se o próximo presidente estiver decidido a controlar as finanças do Brasil”.


Fonte: Aqui

Brasileira lidera pesquisa sobre a expansão do universo

Marcelle Soares Santos, doutora em astronomia pela Universidade de São Paulo, é da equipe do laboratório que descobriu ondas gravitacionais e é também professora da Universidade de Brandeis, uma das mais conceituadas em física nos Estados Unidos.

Hoje, ela coordena uma pesquisa sobre a energia escura, que busca a luz emitida por eventos geradores de ondas gravitacionais.

Mais: aqui

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui