Translate

22 fevereiro 2016

Alphabet: A nova maior empresa do mundo

Por Alex Hern em 09/02/2016 na edição 889
Texto publicado originalmente no The Guardian, sob o titulo How Alphabet became the biggest company in the corld 2/2/2016. Tradução de Jo Amado


O Vale do Silício – e Wall Street – têm um novo rei. Alphabet, a empresa até agora conhecida como Google, parece pronta para se tornar a maior empresa de capital aberto do mundo na próxima terça-feira graças a um aumento no preço de suas ações, além de ter conseguido resultados excepcionalmente bons e de uma decisão sobre como ganha e gasta seu dinheiro. Menos de um ano depois de ter deixado para trás Berkshire Hathaway, Exxon Mobil e Microsoft em seu rumo ao topo, o valor da empresa superou o da Apple.

Somente nos últimos seis meses, desde que a empresa Google passou por uma reestruturação para se tornar a Alphabet, seu capital aumentou em 200 bilhões de dólares, quase duplicando seu valor total. Isso é surpreendente porque, durante esse período, os produtos da Alphabet continuaram sendo praticamente os mesmos que sempre foram. Não houve sucesso súbito e inesperado algum, nenhuma vitória importante nos campos legal, político ou comercial. A empresa simplesmente arrecada, com firmeza e continuamente, bilhões de dólares por ano.

Em termos comerciais, quando dizemos Alphabet queremos dizer Google. A antiga empresa ainda é responsável pela grande maioria das receitas da Alphabet e quase todos os seus negócios (o que inclui o mecanismo de busca, os mapas, o YouTube, a publicidade e o Android) ainda são comandados pela Google e seu novo executivo Sundar Pichai. O restante da Alphabet pode representar as apostas nas indústrias do futuro, mas por enquanto é a Goggle que paga as contas.

E não é apenas a velha Google que paga as contas na nova Alphabet – são também as partes mais velhas da velha Google. As receitas da Google por segmento chegaram a 74,5 bilhões de dólares em 2015, gerando um lucro de 23,4 bilhões de dólares. Embora conte com uma rede de publicidade lucrativa e popular que distribui anúncios em outros sites, a maior parte de sua receita publicitária ainda vem de seus próprios websites: 13,037 bilhões de dólares, para ser preciso.

Palavras-chave mais caras podem custar 50 dólares por clique
Isso mostra como são fortes os alicerces da empresa que Larry Page e Sergey Brin construíram. O mecanismo de busca ainda é a joia da coroa da Google – ainda é o que faz melhor e é uma imensa máquina de fazer dinheiro. Isso se deve, principalmente, a dois motivos. Um deles, muito discutido e o outro, raramente percebido, mas ambos têm raízes nos primórdios da Google. O primeiro é o PageRank, a invenção que deflagrou a empresa como um todo. Com seu surgimento na época em que Larry Page e Sergey Brin ainda estavam em Stanford, ele substituiu os índices de busca obsoletos que então existiam por uma habilidosa abordagem na forma de um algoritmo.

Ao invés de investigar manualmente os antecedentes na internet, como faziam os primeiros mecanismos de busca, ou simplesmente classificar as páginas de acordo com o número de vezes que aparecem os resultados da busca, como fez a geração seguinte, o PageRank interpreta um link a uma página como um voto. Quanto mais links tiver uma página, mais respeitável ela é. E o algoritmo é recorrente: um link de uma página que já tenha uma porção de links é mais valioso que um link de uma página desconhecida.

Isso significou que, ao ser iniciada, a experiência do mecanismo de busca da Google era astronomicamente superior à de qualquer concorrente – e compensava financeiramente. A empresa foi criada em agosto de 1998 e com um mês já tinha 10 mil buscas por dia; com seis meses, tinha 500 mil buscas por dia; três anos depois, tinha 150 milhões. Segundo os dados mais recentes, recebe atualmente cerca de 3,5 bilhões de buscas por dia.

Mas a outra faceta do sucesso da Google veio de algo que só foi compreendido quando já tinha alcançado a supremacia: não existe lugar algum que tenha mais valor para anunciar do que numa página de resultados de busca. Por definição, se você está buscando algo, você está interessado em descobrir sobre o assunto. Isso torna você mais valioso para os anunciantes do que quase qualquer outro olhar. Sim, os anunciantes querem conquistar pessoas que nunca se interessaram por seus produtos, mas, mais ainda do que isso, querem gerar vendas. Se você faz uma busca por “férias”, ou “laptops”, ou “aumento do pênis”, ou “falsos amigos do Facebook” – e a Google não opina –, então você demonstra que provavelmente você está a ponto de abrir sua carteira e pagar.

Portanto, os anunciantes estão dispostos a entregar enormes somas de dinheiro para aparecerem na página dos resultados de busca: as palavras-chave mais caras, nas buscas de coisas como advogados e seguros de saúde, podem custar até 50 dólares por clique.

A aquisição mais importante veio de mansinho
[...] O futuro da publicidade está em duas áreas diferentes: os dispositivos móveis e o vídeo. E, com duas aquisições feitas em pouco mais de um ano, a Google explicou como iria tratar dessas tendências.

Uma delas veio em outubro de 2006, quando a Google comprou o YouTube por 1,65 bilhão de dólares. Criado em fevereiro de 2005 por Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Kari, o site já se tinha consolidado como o principal destino para vídeos online quando foi comprado. Na época, o conteúdo do YouTube era visitado 100 milhões de vezes por dia. Atualmente, é de bilhões por dia.

Na época da aquisição, o YouTube não tinha um modelo de receita (Hurley, um dos fundadores, disse que a empresa estava explorando “uma porção de opções”; tanto ele quanto Chen acabaram saindo da Google pouco depois da compra e Kari já havia saído da empresa pouco após sua criação). Mas a Google tinha: publicidade. Tanto os anúncios que antecederam os vídeos com barra de rolagem quanto os anúncios pop up existem no site até hoje, assim como um nível de assinaturas para quem queira assistir aos vídeos sem anúncios e exclusivamente o conteúdo.

Compensou. Analistas da indústria publicitária avaliam que a receita de anúncios do YouTube cresceu 40,6% no ano passado, chegando a 4,28 bilhões de dólares no mundo inteiro. Na opinião de Martín Utreras, analista de e-marketing, “como a Google continua a diversificar suas ofertas de publicidade, imaginamos que o YouTube vá desempenhar um papel cada vez mais importante nos lucros da Alphabet”.

Mas a aquisição mais importante veio de mansinho, pouco mais de um ano antes da Google ter gasto bilhões com o YouTube. Em agosto de 2005, a Google gastou 500 milhões de dólares para comprar o Android, um sistema de operações móvel desenvolvido por ex-funcionários da Apple, da Microsoft e da Philips, liderados por Andy Rubin. O Android vinha sendo desenvolvido desde 2003, mas seu primeiro protótipo só foi revelado em novembro de 2007, dois anos depois de sua aquisição pela Google. Atualmente, o vínculo desse sistema com a Google é tão forte que é difícil imaginar que existisse anteriormente.

Quem tem o futuro garantido?
Comparado ao YouTube, o Android poderia ser considerado um investimento de baixo desempenho. Ao longo de sua existência, a plataforma só produziu 31 bilhões de dólares em receita – de publicidade em dispositivos móveis e ao aceitar uma redução em apps e aplicativos de mídia. Mas isso decorre da estratégia da Google de oferecer o sistema operacional gratuitamente, ao invés de tentar obter lucros através da venda de fones de ouvido (como faz a Apple), ou de uma taxa de licença pelo software (como faz a Microsoft, numa estratégia que a condenou à irrelevância em tempos da era dos dispositivos móveis). Talvez não produza dinheiro, mas contribuiu com dividendos para a Google de outra maneira: atualmente existem 1,8 bilhões de telefones Android pelo mundo afora, quatro vezes mais do que iPhones. Numa escolha aleatória, é muito provável que qualquer smartphone esteja funcionando com o software da Google.

Na primeira década deste século, a Google estava comprando empresas para se preparar para as batalhas da década seguinte. Essa é uma estratégia que continua até hoje. Em janeiro de 2014, a Google comprou a DeepMind, uma empresa britânica de inteligência artificial recém-criada, por 400 milhões de libras esterlinas. A empresa foi fundada pelo ex-prodígio de xadrez e neurocientista Demis Hassabis, que construiu sua carreira produzindo jogos com desenvolvedores Bullfrog na década de 90 e cujo objetivo é nada mais nada menos do que desenvolver computadores que pensem como humanos.

O tipo de tecnologia que a DeepMind constrói já está funcionando nos serviços da Google, desde uma busca por imagem que consegue reconhecer o conteúdo de uma fotografia até uma tecnologia de reconhecimento de voz que consegue entender o significado de uma frase, e não apenas as palavras-chave, mas os produtos da linha de frente da aquisição ainda se afastam bastante no sentido do extremo oposto, da mera pesquisa. Em janeiro de 2016, a DeepMind ganhou as manchetes com o primeiro computador que era capaz de vencer um jogador profissional no tradicional jogo asiático Go, uma façanha que se buscava realizar há dez anos.

A DeepMind ainda está sendo orientada pela Google em relação à estrutura da Alphabet, mas outros setores da empresa têm liberdade para voar sozinhos. Um exemplo é o Nest de Tony Fadell, uma empresa famosa por ter inventado um termostato inteligente e um alarme de fumaça. Criada por Fadell, que ficou famoso por sua contribuição para o desenvolvimento do iPod, na Apple, a empresa vem desenvolvendo uma reputação por projetos de hardware que a própria Google ainda não tem. Também adota um distanciamento em relação aos aspectos de invasão de privacidade de sua empresa-irmã: para muita gente, a ideia de convidar a Google para sua casa ainda parece desagradável.

Embora a Alphabet esteja em ascensão, há um outro fator em jogo que contribui para o fato de ela ser a maior empresa do mundo: a trajetória descendente da Apple. Enquanto a Alphabet aumentou seu capital de mercado em 200 bilhões de dólares [R$ 870 milhões], a Apple perdeu o equivalente em função dos temores do fato de iPhone, iPad e o MacIntosh estarem tropeçando no mercado simultaneamente (e o Apple Watch, a quarta principal linha de produção da empresa, aparentemente ainda é uma força menor em termos de receita).

Para que a Alphabet suplante a Apple, portanto, isso não depende apenas do que fizerem Sergey Brin, Larry Page e Eric Schmidt; também depende uma contínua fragilidade no Vale do Silício. A Apple ainda ganha muito mais dinheiro que a Alphabet, assim como é mais lucrativa. Mas o consenso em relação a quem tem o futuro garantido mudou de direção – pelo menos, por enquanto.

N.R. O PROJOR tem uma parceria com a Google no projeto Grande Pequena Imprensa.

***

Alex Hern é repórter de tecnologia do Guardian

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

21 fevereiro 2016

Instagrams de Contabilidade

Além do Instagram do Contabilidade Financeira, há diversas contas relacionadas a contabilidade. Colocamos algumas abaixo.... você indicaria mais alguma?
(Não incluímos contas vinculadas a escritórios ou outros fins comerciais)

- Ensinando Contabilidade: Instagram do Túlio Rocha ligado a conta no YouTube com o propósito de ensinar contabilidade:
Uma foto publicada por Ensinando Contabilidade (@ensinandocontabilidade) em


- Contabilidade Tributária: De um analista tributário para troca de informações

- Amo Contabilidade: é uma conta irmã da nossa, mas que também dá algumas dicas de estudos, além das queridas piadas de contador


- Suficiência Contábil: Ajuda e auxilia (e faz companhia) para quem está estudando para o Exame de Suficiência


Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

20 fevereiro 2016

Fato da Semana


Fato: Finanças públicas do Brasil
Data: Durante a semana
Fonte: Agência de notícias

Precedentes
2011 a 2014 - Durante o primeiro mandato da presidente Dilma Roussef, o ex-ministro da fazenda traça uma série de medidas de incentivo a economia. Ao mesmo tempo, os gastos públicos continuam em crescimento, sem o aumento proporcional das receitas. O desequilíbrio das contas é coberto em alguns anos por receitas extraordinárias e, no final do mandato, por manipulação da contabilidade pública.

2015 - Joaquim Levy é indicado para o cargo de Ministro da Fazenda, mas não consegue executar os cortes de gastos necessários, saindo ao final do ano. A área técnica do TCU condena as manobras orçamentárias realizada no ano anterior, o que pressiona o governo a corrigir os problemas ainda em 2015.

2016 - Barbosa como ministro da Fazenda tenta reduzir os gastos públicos, mas a pressão política impede medidas mais radicais.

18-fev-16 - A SP rebaixa novamente o risco de crédito do Brasil baseado a piora do quadro fiscal

19-fev-16 - A revista Piauí publica um texto onde analistas afirmam que o país deverá dar um calote na dívida interna.

Notícia boa para contabilidade?
O problema das contas públicas também é um problema contábil. E o caso brasileiro os especialistas do assunto já alertavam para o desequilíbrio desde 2011. Uma discussão importante neste caso é se o regime de competência e a melhor transparência das contas públicas poderia ter evitado os problemas atuais. Outro aspecto é se os mecanismos de controle da área pública foram suficientes. A discussão tardia destes elementos indica que esta não é um notícia boa para a contabilidade.

Desdobramentos
Tudo indica que o ano de 2016 será tão ou mais difícil que 2015. Programas que anteriormente eram considerados fundamentais deverão ser cortados. Uma discussão urgente sobre a vinculação excessiva do orçamento também necessita ser feita (mas provavelmente não será). A questão fiscal pode ser decisiva para os rumos políticos do país.

Brocolis na dieta de ricos e pobres

Talvez o brócolis também não goste de você.
Fonte: Aqui
O brócolis é nutritivo e ele sabe disso. Desde que os humanos e outros animais que comem plantas passaram a ter motivo para consumir um bocado de brócolis, o legume começou a produzir “goitrin”, um composto que têm sabor amargo para pessoas com certos genes – que funciona como uma defesa contra ser comido. Outros vegetais que vêm da mesma planta, como o couve de Bruxelas, empregam estratégias de proteção similares.

Mas como o podcast Surprisingly Awesome apontou, o sabor-armadura do brócolis pode ser bastante efetivo, como evidenciado pela reação de desgosto de várias crianças ao experimentá-lo pela primeira vez. Mas essas crianças podem aprender a eventualmente apreciá-lo: um estudo realizado em 1990 descobriu que é necessário apresentar novas comidas às crianças entre 8 a 15 vezes antes que elas comecem a aceitá-la. Isso, claro, não sai barato.

Uma vez rejeitada, boa parte das 8 a 15 porções de brócolis (ou cenoura, ou grãos integrais, ou peixe) vão parar no chão e depois vão para o lixo. E, ainda, os pais precisam comprar comida reserva confiável para suprir a falta alimentar.

Quem pode custear esse tipo de gasto?  Não os pais com um orçamento alimentar apertado.

Um estudo demonstrou que o preço de inclusão de alimentos saudáveis nas dietas alimentares infantis é o suficiente para fazer com que uma quantidade significante de pais nem tente. Essa decisão de corte de custos pode explicar algumas das diferenças entre como americanos ricos e pobres comem.

Leia mais aqui (em inglês).

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

19 fevereiro 2016

Frase

Contabilidade foi o curso que me ajudou mais do que qualquer outra coisa.
- Julian Robertson



Listas: 10 marcas mais poderosas e mais valiosas

Mais poderosas:
Disney: Empresa norte-americana de entretenimento
Lego:Fabricante de brinquedos da Dinamarca
L'Oréal: Companhia francesa de cosméticos
PwC: Empresa norte-americana de consultoria e auditoria
McKinsey: Empresa norte-americana de consultoria
Nike: Empresa norte-americana de calçados e roupas
Johnson's: Empresa norte-americana de produtos pessoais
Coca-Cola: Fabricante norte-americana de bebidas
NBC: Empresa norte-americana do setor de mídia
Google: Empresa norte-americana de tecnologia
As marcas mais valiosas
A consultoria também faz um ranking com as marcas mais valiosas:

Mais valiosas:
Apple: US$ 145,92 bilhões
Google: US$ 94,18 bilhões
Samsung: US$ 83,19 bilhões
Amazon: US$ 69,64 bilhões
Microsoft: US$ 67,26 bilhões
Verison: US$ 63,12 bilhões
AT&T: US$ 59,9 bilhões
Walmart: US$ 53,66 bilhões
China Mobile: US$ 49,81 bilhões
Wells Fargo: US$ 44,17 bilhões

Fonte: Aqui

Brasil vai dar calote na dívida?


Quem acompanha o debate econômico no Brasil começou a perceber uma inflexão no discurso dos analistas mais críticos ao governo de Dilma Rousseff. Desastre fiscal, dívida explosiva, destruição de valor e até um alçapão que nos espera debaixo do fundo do poço passaram a compor o repertório da crise. A expressão ainda oculta nesse caldeirão de jargões econômicos é… moratória. Em última análise, é esse o temor dos economistas que falam em dívida insustentável. A questão é que, no Brasil, falar em moratória ainda é mais ou menos como evocar o Voldemort de Harry Potter – aquele-que-não-deve-ser-nomeado, para que não apareça por aí assombrando todo mundo. Não custa lembrar que as palavras ainda não adquiriram o condão de alterar a realidade.

Segundo os dicionários econômicos, a moratória se dá quando um devedor posterga o pagamento de uma dívida ou obrigação, de forma negociada ou unilateral. O Brasil já fez duas no passado recente – uma em 1987, sobre a dívida externa, e outra em 1990, sobre a dívida interna, quando Collor confiscou a poupança. E já está acontecendo em pelo menos dez estados, alguns dos quais importantes, como Rio de Janeiro, Minas Gerais ou Rio Grande do Sul, que deixaram de pagar o funcionalismo e/ou confiscaram depósitos judiciais – e agora tentam conseguir mais dinheiro com a União.

No caso do governo federal, quem olha os indicadores sente calafrios. A dívida, que hoje corresponde a 66% do PIB, não pára de crescer e, segundo as estimativas mais confiáveis, chegará a mais de 80% do PIB até 2018. Não haveria grande problema no fato de o Brasil ter uma dívida tão alta se não fossem os juros. Os Estados Unidos devem perto de 100% do PIB e o Japão, 245%, e ninguém está muito preocupado. Acontece que esses países tem juros próximos de zero ou negativos, e os juros brasileiros são de 14,25% ao ano (ou 7%, descontada a inflação), o que faz a brincadeira ficar muito cara.

Cara e complicada de gerenciar. Só de juros, o governo deve pagar neste ano algo como 400 bilhões de reais. Os títulos que vencem até dezembro vão exigir do Tesouro mais 602 bilhões em 2016. O trilhão que resulta da soma dessas duas parcelas é equivalente a tudo o que o governo arrecada de impostos e contribuições em um ano, de modo que o Brasil não pode pagar – e não paga – a dívida toda de uma só vez.

[...]

Continua aqui

Concentração bancária nos EUA

Big Four Banking Oligopoly


bank-chart

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio



Indicado por Manoel Henriques, a quem agradecemos.

18 fevereiro 2016

Receita pode acessar dados bancários

André Richter – Repórter da Agência Brasil

Por 6 votos a 1, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (18) manter a validade da Lei Complementar nº 105/2001, que permite à Receita Federal acessar informações bancárias de contribuintes sem autorização judicial. O julgamento foi interrompido e será retomado na semana que vem, com os votos dos quatro ministros que ainda não votaram.

Até o momento, votaram a favor de continuidade do acesso os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber e Dias Toffoli. Somente o ministro Marco Aurélio votou pela inconstitucionalidade da norma, por entender que o compartilhamento dos dados entre o Fisco e as instituições bancárias trata-se de quebra de sigilo fiscal. “No Brasil pressupõe-se que todos sejam salafrários, até que se prove o contrário. A quebra de sigilo não pode ser manipulada de forma arbitrária pelo poder público”, disse.

A Receita Federal defende o acesso aos dados fiscais para combater a sonegação fiscal. De acordo com o órgão, o acesso a informações bancárias junto do Banco Central e às instituições financeiras não é feito de forma discriminada e ocorre somente nos casos estabelecidos pela lei. Segundo nota técnica divulgada pela Receita, os dados financeiros do contribuinte são acessados após abertura de procedimento fiscal e com conhecimento dele.

A Corte julgou um recurso de um contribuinte que defendeu a necessidade da autorização judicial prévia para que a Receita possa acessar os dados bancários.

Links

Análise comparativa das Federações de Futebol do RJ e SP

Histórias dos rolos no futebol argentino

Um rio fervente na Amazônia

O Taxi não tem condições de vencer o Uber

Como contadores forenses usam Benford para estimar fraudes (vídeo)

Avaliando a confiabilidade das pessoas olhando no rosto

Homens superestimam as habilidades de outros homens (mas isto não ocorre com as mulheres)

Caixa

O Bank of America Merrill Lynch calcula o índice agregado do saldo de caixa. A posição atual é elevada, indicando um sinal de "compra". É interessante notar que em momentos de recessão (vide no gráfico 2001 e 2008) ter um volume substancial de caixa pode ajudar as corporações nas compras.

Fabulosa evolução da agricultura brasileira:1964-2014



Resumo:

Alexander Gerschenkron understood the development of backward countries as a contextual process that varied from country to country depending on which perquisites were present or absent. In the past twenty years, Brazilian agriculture evolved from “backward” to an agricultural powerhouse. Its production and total factor productivity more than doubled. Brazil is in the worlds’ top five producers of coffee, soybeans, oranges, beef and corn. Yet, some segments of agriculture lag far behind. We draw on the insights of Gerschenkron and Albert Hirschman, inter alia to conceptualize the development process. As an illustrative aid we apply fitness landscapes to the process of development. Fitness landscapes are good representations of a contextual view of development. We portray the process as an evolutionary search for good designs across a large, uncertain and not pre-statable set of possibilities. In such circumstances a controlled strategy of following predetermined stages is not effective. Rather we need an approach relying on creativity and imagination to find solutions to specific problems faced by each country.

Fonte: Economic Backwardness and Catching Up: Brazilian Agriculture, 1964–2014 Lee Alston (Indiana University) and Bernardo Mueller (University of Brasilia) Working Paper No. 21988 February 2016

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui

17 fevereiro 2016

O que acontecerá com a Petrobras?

5 Instagrams de Ciências

O Instagram é cheio de riquezas. Para quem gosta de ciências, eis algumas ótimas contas (em inglês):

@Accounting_Humor
Uma foto publicada por Accountants everywhere (@accounting_humor) em


@asapscience
Uma foto publicada por AsapSCIENCE (@asapscience) em


@bad_science_jokes


@ifuuckinglovescience
Uma foto publicada por I fucking love science (@ifuuckinglovescience) em


@theawkwardyeti
Uma foto publicada por The Awkward Yeti (@theawkwardyeti) em

Gerenciamento de Resultados, segundo auditores e estudantes

O objetivo deste artigo é examinar a percepção de auditores e acadêmicos em relação à Contabilidade Criativa, ao Gerenciamento de Resultados, assim como suas implicações éticas. Além do levantamento bibliográfico sobre o assunto,aplicou -se um questionário para acadêmicos de cinco instituições de ensino superior e auditores independentes de duas empresas consideradas parte do grupo "Big Four". Os resultados obtidos apontam que, ao longo do questionário, os acadêmicos mantiveram uma linha de raciocínio coerente, sendo contra o gerenciamento de resultados. Já os auditores apresentaram comportamento oscilante em relação a perguntas que tratavam do mesmo tema. Em questão específica sobre atitude fraudulenta, houve disparidade entre a maioria das respostas. O estudo está em linha com resultados apresentados por Jones (2011), Dechow e Skinner (2000), que demonstraram que a visão acadêmica sobre a Contabilidade Criativa, especialmente em relação ao Gerenciamento de Resultados, difere do observado entre os profissionais contábeis de forma geral.

Fonte: Aqui

Duas versões

Segundo a CVM:
Segundo o STJ


Resenha: Caixa de Pássaros

O forte do livro é o suspense da “porta fechada”. Hitchcock, o mestre dos filmes de suspense, diz que não há nada mais assustador que uma porta fechada e este livro é um belo exemplo ilustrativo. Há um problema começando a ocorrer na Terra, ninguém sabe exatamente o que é, mas mata. Mais particularmente, você se mata. E é algo relacionado à visão. A solução? Tapar as janelas e trancar as portas, só sair de casa vendado. E assim segue a história...

Você sobreviveria? Conseguiria ficar vendado o tempo todo e não ver o por do sol e muito menos dar “só uma espiadela” para ver do que se trata o caos ocorrendo ao seu redor? Eu não sei se eu conseguiria, mas um dos momentos em que me delicio com livros apocalípticos é a caça a medicamentos e mantimentos por prédios vazios.

Eu acho difícil largar um livro e ir dormir, por isso sempre cuido muito bem dos horários em que leio. Dessa vez tive que conscientemente e calmamente guardar o livro e ir fazer outras coisas, pois eu suspeitava uma possível pala de medo paranoico no meio da noite... Mas continue no outro dia, feliz e contente (e com a luz do sol) e tudo ficou bem.

Esta é uma leitura genuinamente tensa e aterrorizante. Essa é uma história fantástica que foca a arrepiante violência primitiva, instintos de sobrevivência e curiosidade, mantendo-se em um bom nível para a apreciação dos fãs de terror psicológico.

Detalhe: é um livro de estréia do autor! E os direitos para o filme já foram vendidos.

Vale à pena: Sim, para quem quer testar seu medo do desconhecido. Já se você é um pouco mais sensível a descrição de cenas violentas, não leia.

MALORMAN, Josh. Caixa de Pássaros 272 p. Intrínseca, 2015.

Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

Rir é o melhor remédio


16 fevereiro 2016

Jogo Monopólio sem dinheiro

El Banco Central Europeo no es el único que quiere desprenderse de los billetes de 500 euros. La juguetera Hasbro adapta el popular juego de mesa Monopoly a la era de los pagos electrónicos con la venta de una nueva versión sin dinero en efectivo y con un escáner que lleva la cuenta digital de las transacciones. Además, el único riesgo no es acabar en la cartel. Si al jugador le sale una carta de turbulencia financiera también puede acabar arruinado.

Los billetes multicolores se cambian en el Monopoly Ultimate Banking por tarjetas de crédito ficticias y un escáner digital que registra las operaciones que se hacen sobre el tablero. Y como en la vida real, además de comprar y vender, el nuevo sistema de pagos permite transferir fondos entre los usuarios cuando se escanean el dinero plástico y las propiedades. Además, da un giro al juego al incorporar entre las 29 cartas tarjetas con eventos que hacen fluctuar en tiempo real el valor de los activos que se tienen en propiedades, como las turbulencias financieras.


El País

Senado aprova lei que proíbe criação de despesas sem fonte de recursos

Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil

O plenário do Senado aprovou hoje (16), em primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição que proíbe lei federal de impor ou transferir qualquer encargo ou prestação de serviços aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios sem a devida previsão de repasses financeiros necessários ao custeio dessas obrigações.

Além de aprovar o texto original da PEC, do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), os senadores aprovaram uma emenda do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) que inclui a União entre os que não podem receber encargos sem a devida fonte de recursos.

Amanhã (17) serão apreciadas outras duas emendas. Uma delas é do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que ressalva o piso nacional dos professores dos efeitos da PEC. Com isso, o Congresso poderia continuar aprovando anualmente a lei que trata do reajuste do piso, sem precisar apontar uma fonte orçamentária para ele.

Outra emenda que será votada amanhã é do senador Ricardo Ferraço (Sem Partido – ES) e estabelece que o governo federal não poderá promover a isenção ou desoneração de impostos que sejam parcialmente repassados aos estados sem recompensá-los pela perda de arrecadação decorrente desse ato.

A aprovação da PEC faz parte da lista de demandas apresentadas pelos governadores ao presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), na véspera da abertura do ano legislativo. Chamada de pauta do pacto federativo, a lista prevê medidas que ajudem a sanar a grave crise financeira que vem sendo enfrentada pelos entes federados e que tem se refletido, inclusive, na dificuldade de quitação da folha de pagamento dos funcionários públicos.

Após a votação das emendas amanhã, os senadores devem votar a PEC em segundo turno. Como já foi aprovada uma alteração ao texto, a proposta precisará voltar à Câmara dos Deputados para revisão.

Mudança no Blog

Novamente fizemos algumas mudanças no blog (e outras redes sociais). A principal foi ter como primeira postagem do dia o “Rir é o melhor remédio”. Com isto, começamos o dia de bem com vida.

Outra mudança foi não ter um horário fixo para postagem. Geralmente fazíamos as postagens para que fossem para o blog durante a madrugada e que o leitor pudesse, no início da manhã, desfrutar do conteúdo. Isto trazia um grande inconveniente de perder a atualidade de uma notícia. Agora não temos mais hora para postar, o que facilita também a nossa vida pessoal.

Há meses estamos também presentes no Facebook, Twitter e Instagram e as postagens não são iguais a do blog. Isto é uma tentativa de ampliar o público; inicialmente era a Isabel que levava estas redes sociais, mas desejo participar mais deste conteúdo, assim como o Pedro.

Estamos mantendo o fato da semana, agora com uma visão mais didática (esperamos), e retornaremos com a seção sobre a história da contabilidade brevemente.

Sugestões serão sempre benvindas.

Links

As vantagens (?) do bilíngue

Google inventou o espelho inteligente (foto)

Esquema Ponzi na China e perda de 7 bilhões

Rir é o melhor remédio


15 fevereiro 2016

Plágio na eleição no Peru

Recentemente divulgou-se que um dos candidatos a presidência do Peru era acusado de plágio na obtenção do título de graduação e mestrado. Os efeitos: de segundo colocado nas pesquisas, Acuna agora perdeu o posto para um economista:

Tras las revelaciones de cuatro casos de plagio por parte del candidato presidencial y empresario César Acuña, el segundo lugar en la intención de voto para las elecciones generales de Perú, el 10 de abril, lo ocupa ahora el economista Julio Guzmán, de la organización política Todos por el Perú. En las dos encuestas más recientes, mantiene el primer lugar de preferencias Keiko Fujimori, hija de Alberto Fujimori, el exjefe de Estado peruano (1990-2000) que cumple una sentencia de 25 años de prisión por crímenes de lesa humanidad y corrupción.

Dambisa Moyo: O crescimento econômico enguiçou. Vamos consertá-lo



Crescimento econômico é, definitivamente, o desafio de nossos tempos; sem ele surgem instabilidades políticas e sociais, o progresso humano é estagnado, as sociedades se tornam ainda mais obscuras. Todavia, segundo a economista Dambisa Moyo, o capitalismo dogmático não está criando o crescimento que necessitamos. No vídeo é demonstrado que, tanto nos modelos estatais quanto nos voltados para modelos de mercado, o capitalismo está falhando em solver calamidades sociais, nutrindo corrupção e criando desigualdade de rendas. Moyo faz um levantamento do cenário econômico atual e sugere que pensemos no capitalismo como um espectro para que possamos misturar o melhor de diferentes modelos para promover o crescimento.

Legado dos Beatles

Liverpool tiene seis hoteles temáticos relacionados con los Beatles, de entre tres y cuatro estrellas, con 553 habitaciones en total (el 10% de la oferta hotelera del municipio). Vinculadas a John Lennon, Paul McCartney, George Harrison y Ringo Starr hay una sala oficial de exposiciones (con 43 empleados y una tienda de recuerdos), dos museos (las casas done crecieron Mc Cartney y John Lennon) y un bar para actuaciones de música en directo (el mítico Cavern Club, una reconstrucción del primer local donde actuaron los Beatles en 1961), que recibe cerca de 800.000 visitantes al año.

La ciudad acoge también fundaciones, centros de formación, tiendas de recuerdos, tours guiados, cursos y conciertos durante todo el año. Todos estos elementos, señala el estudio, generan un negocio directo vinculado a los Beatles de 39,1 millones de libras. Además, si se añade el impacto secundario, como el gasto en restaurantes y locales no vinculados al grupo, pero que sí se benefician de los turistas que llegan a la ciudad en busca del legado de este, la cifra se eleva a 81,9 millones de libras. (cerca de 105 millones de euros).

Fonte: El País

Links

Fasb pretende reduzir a diversidade de práticas na classificação da DFC

Um contador na indústria pornográfica

Mercado de app ou o vencedor leva tudo (inclui o Brasil entre os 20 países analisados)

Instrumentos para medir a existência de fraudes em eleições (aqui, aplicação na Turquia)

Geografia e crescimento econômico (vídeo)

Alguns países da Europa estão lutando para continuar pagando suas contas com dinheiro (figura)

Rir é o melhor remédio


14 fevereiro 2016

Orçamento público

(...) Nesse contexto, o adiamento para março do anúncio do contingenciamento orçamentário, previsto para esta sexta-feira, confirmam a enorme dificuldade do governo de promover os cortes que se fazem necessários nas despesas da União. Para justificar o não cumprimento da programação financeira, que conforme determina a lei, deve ser divulgada 30 dias após a sanção do Orçamento Federal (que ocorreu no dia 14 de janeiro de 2016), não estava sendo cumprida, o ministro do Planejamento reconheceu que o governo não tinha ainda os números todos, e que estavam “fechando para poder fazer o relatório no mês de março e anunciar o contingenciamento”.

Ficou evidenciado que a decisão de adiar o anúncio do contingenciamento do orçamento de 2016 aconteceu em razão de o governo não dispor de previsibilidade no tocante às receitas. Observa-se que, o governo vem tentando fazer um contingenciamento menor do que o do ano passado, que foi de R$ 78,3 bilhões. Recorde-se que o governo em 2015, conforme definido inicialmente pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), partiu de um superávit primário R$ 66,3 bilhões, o que representa 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), para alcançar no final daquele ano, a um déficit primário de até R$ 111 bilhões, o que representa cerca de 2,0% do PIB.

(...) A decisão da presidente e de sua equipe econômica de analisar por mais tempo as contas federais para definir os cortes mostra como o governo se encontra desnorteado nessa área sensível que diz com a gestão orçamentária. Em que pese tentar minimizar as dificuldades, o governo sabe que a arrecadação de tributos, diante da depressão instalada na economia, vai continuar em queda. Esse quadro desfavorável evidencia que a presidente Dilma terá pela frente sérios obstáculos (tanto no Parlamento como na sociedade) para aprovar a reforma da Previdência Social e a adoção de novas medidas fiscais que melhore a arrecadação. Pode-se argumentar, assim, que o contingenciamento do Orçamento que será realizado no próximo mês de março em nada irá alterar este quadro descrito, pois irá apresentar a mesma falta de previsibilidade do comportamento da receita, com um agravante, o cenário econômico e político, com os desdobramentos da Operação Lava Jato e o andamento do processo de impeachment vai estar bem mais conturbado.


(Estadão Noite, José Matias-Pereira) -  José Matias-Pereira. Economista e advogado. Doutor em ciência política (área de governo e administração pública) pela Universidade Complutense de Madri, Espanha, e Pós-doutor em administração pela Universidade de São Paulo. Professor de administração pública e pesquisador associado do programa de pós-graduação em contabilidade da Universidade de Brasília. Autor, entre outras obras, do Curso de economia política (2015), publicado pela Atlas.

Pirataria acadêmica

Em outubro de 2015, um tribunal distrital de Nova York decidiu a favor da editora académica Elsevier, que tinha acusado Sci-Hub, um site que oferece versões piratas de trabalhos acadêmicos, de violação de direitos autorais. A decisão das autoridades derrubaram o nome de domínio do site, sci-hub.org.

A suspensão de um nome de domínio não exclui um site para sempre; ela só impede os visitantes de saber exatamente onde encontrá-lo. É trivial relançar o mesmo site em outro domínio, como a Sci-Hub fez, instalando-se como sci-hub.io. Agora conhecimento do novo domínio tem se espalhado, com menções dele através de redes sociais (...)


Fonte: QZ

Economia na era do Big Data

Resumo:

The quality and quantity of data on economic activity are expanding rapidly. Empirical research increasingly relies on newly available large-scale administrative data or private sector data that often is obtained through collaboration with private firms. Here we highlight some challenges in accessing and using these new data. We also discuss how new data sets may change the statistical methods used by economists and the types of questions posed in empirical research.

Fonte:  Liran Einav and Jonathan Levin. Economics in the age of big data. DOI: 10.1126/science.1243089 Science 346, (2014)

Pensamento relativo em finanças pessoais


Consider this situation: You’re shopping for headphones. An electronics store has the model you want for $50, a reasonable price. But a sales clerk says: “You know our other branch has this item on sale for $40.” Going to that store will take 30 minutes, and you can’t buy the headphones for that price online. Do you go to the other branch?

Before you answer, consider a slightly modified version of the same situation: Instead of headphones, you are buying speakers. You go to the same store and find the model you want for $400. Again, the price seems reasonable but the sales clerk says it’s on sale at the other branch for $385. What do you do now?

Research by Daniel Kahneman and Amos Tversky, the psychologists whose work helped spawn behavioral economics, suggests that people are more likely to make the trip for the $40 headphones than for the $385 speakers.

At first glance, this makes sense. By taking the trouble to go to the other store, you can save 20 percent on the headphones and only 3.75 percent on the speakers. The bigger percentage in savings is more appealing.

Though intuitive, this way of looking at the choices is mistaken. In each case it will take 30 minutes to save some money. But with the headphones, you save $10; with the speakers, you save $15

It’s as if you had two identical job offers, but one paid $20 an hour and the other $30. Yet you consistently chose the lower-paying job.

We tend to focus on the percentage rather than the amount we save, and fall prey to a mental illusion. After all, when your shopping is done, it is dollars — not percentages — that will be in your bank account.

[...]

Not everyone falls prey to this effect, as Anuj K. Shah, a professor of behavioral science at the University of Chicago, has demonstrated in research done with Eldar Shafir, a psychology professor at Princeton, and me.

For one thing, lower-income people behave more consistently as consumers than more affluent ones. Poorer people tend to value a dollar more consistently, irrespective of the context. It is not simply that those with less money pinch more pennies; it is that they are compelled to value those pennies in absolute rather than relative terms.

Whereas the well-off may dabble in frugality, necessity makes the poor experts in it. To them, a dollar has real tangible value. A dollar saved is a dollar to be spent elsewhere, not merely a piece of token accounting.

The insight here is simple: When it comes to money, stop looking at relative values and start looking at absolutes. Dollars, not percentages, matter. In this case, the well-off can learn something about money management from the poor.


Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio

Corrupção

13 fevereiro 2016

Fato da Semana

Fato: Hans Hoogervorst ganha mais um mandato no Iasb
Data: 12 de fevereiro de 2016
Fonte: Reuters

Precedentes

1981 - Hoogervorst forma-se em história pela universidade de Amsterdam
De 1998 a 2007 - Ocupa diversos cargos no governo holandês, incluindo o de Ministro da Fazenda.
Outubro de 2010 - Indicado para o cargo de Chairman do Iasb por sugestão de uma empresa de talentos.
Junho de 2011 - Assume o cargo, reconhecendo que entende pouco de contabilidade
2016 - Ganha mais um mandato de cinco anos

Boa notícia para a Contabilidade? A recondução de Hoogervorst pode ser um sinal de estabilidade na condução do Iasb e crença de que o holandês fez um bom trabalho. Entretanto, para um executivo que foi contrato para tentar fazer a diplomacia com o Fasb, o primeiro mandato dele foi frustante: não somente os projetos conjuntos não foram concluídos a contento, como os EUA (e outros países significativos) não aderiram as normas internacionais. A renovação poderia dar um alento para o Iasb.

Desdobramentos - O resumo da recondução é "mais do mesmo". Não devemos ter mudanças substanciais no Iasb.  


Dados de Piketty nao são confiáveis

Resumo:

This exercise reproduces and assesses the historical time-series on the top shares of the wealth distribution for the United States presented by Thomas Piketty in Capital in the Twenty-First Century. Piketty’s best-selling book has gained as much attention for its extensive presentation of detailed historical statistics on inequality as for its bold and provocative predictions about the continuing rise in inequality in the twenty-first century. Those predictions were derived and justified by reference to the historical data, so it is helpful to assess the robustness of the historical evidence presented. Here I examine only Piketty’s U.S. data for the period 1810 to 2010 for the top ten percent and the top one percent of the wealth distribution. I conclude that Piketty’s data for the wealth share of the top ten percent for the period 1870-1970 are unreliable. The values he reported are manufactured from the observations for the top one percent inflated by a constant 36 percentage points. Piketty’s data for the top one percent of the distribution for the nineteenth century (1810-1910) are also unreliable. They are based on a single mid-century observation that provides no guidance about the antebellum trend and only very tenuous information about trends in inequality during the Gilded Age. The values Piketty reported for the twentieth-century (1910-2010) are based on more solid ground, but have the disadvantage of muting the marked rise of inequality during the Roaring Twenties and the decline associated with the Great Depression. The reversal of the decline in inequality during the 1960s and 1970s and subsequent sharp rise in the 1980s is hidden by a fifteen-year straight-line interpolation. This neglect of the shorter-run changes is unfortunate because it makes it difficult to discern the impact of policy changes (income and estate tax rates) and shifts in the structure and performance of the economy (depression, inflation, executive compensation) on changes in wealth inequality.

Fonte: The One-Percent across Two Centuries:A Replication of Thomas Piketty’s DataOn the Distribution of Wealth for the United States- Richard Sutch Edward A. Dickson Distinguished Emeritus Professor of Economics University of California Riverside

Rir é o melhor remédio

O concurseiro:
Fonte: Aqui

12 fevereiro 2016

Auditor preferido

O jornal Independent percebeu que a EY é o auditor preferido das empresas Google, Apple, Facebook e Amazon. E que esta empresa de auditoria tem obtido contratos lucrativos (mais de 200 milhões de dólares destas três empresas recentemente), sendo um boa parcela de consultoria sobre impostos no exterior. Isto significa planejamento tributário.

Um comitê do parlamento do Reino Unido deseja que os conselhos sejam mais responsáveis sobre a geração do lucro e, naturalmente, o pagamento dos impostos.

Plágio de um candidato a presidente

Los rectores de la Universidad de Trujillo (pública) y la Universidad de Lima (privada) investigan ya si el candidato presidencial César Acuña obtuvo su título de ingeniero químico de manera irregular en 1995, y si cometió plagio en su tesis de la maestría en Administración de la Educación en 1998. Hace tan solo unos días se reveló que el político había plagiado su tesis doctoral en la facultad de Educación de la Universidad Complutense de Madrid. Mientras las pesquisas transcurren, miles de peruanos se han volcado en un juego en línea lanzado este viernes, plagiocomocancha.com (plagio en abundancia), en el que los usuarios pueden ayudar a Acuña a copiar un examen mientras un profesor está de espaldas.

Fonte: El País

Links

Carlsen derrotando Bill Gates no Xadrez (facilmente) (vídeo)

Conselhos de Carlsen para jogar xadrez (vídeo)

Quer aumentar o lucro da empresa: promova mais mulheres

Um garoto inglês hackeou um diretor da CIA

Empresas - dos EUA - mais afetadas pela norma de Leasing

Na campanha, "make America great again" made in China

Novo mandato de Hoogervorst

O historiador holandês Hoogervorst foi reconduzido hoje ao cargo de Chairman do International Accounting Standards Board. O mandato de Hans é de cinco anos e deve começar em julho, informou a Reuters.

Hans Hoogervorst foi escolhido por uma empresa de talentos. Anteriormente Hoogervorst teve uma experiência como ministro das finanças da Holanda. Durante o seu mandato como Chairman do Iasb, Hoogervorst tentou finalizar os projetos conjuntos com o Fasb (leasing, reconhecimento da receita e instrumentos financeiros), além de ter buscado novas adesões às normas internacionais. Os projetos conjuntos estão sendo aprovados de forma bem mais lenta que o esperado e sem a chancela conjunta do regulador contábil do maior mercado mundial.

Links

Nestes tempos de alegre e generalizada corrupção, só mesmo um Safadão poderia orientar as esperanças da população (Brasil de Safadão, por Giron) (para assinantes do Valor)

Contabilidade criativa continua, agora com as reservas do Banco Central (mais aqui

Problema de bebida e depressão entre os advogados dos EUA

Correlação espúria

Comercial da Pepsi de 1992 com Cindy Crawford é recriado como paródia  

Quanto maior a remuneração dos funcionários, maior o desempenho das ações

Estatística tradicional x Machine learning

Resumo:

There are two cultures in the use of statistical modeling to reach conclusions from data. One assumes that the data are generated bya given stochastic data model. The other uses algorithmic models and treats the data mechanism as unknown. The statistical community has been committed to the almost exclusive use of data models. This commitment has led to irrelevant theory, questionable conclusions, and has kept statisticians from working on a large range of interesting current problems. Algorithmic modeling, both in theoryand practice, has developed rapidlyin fields outside statistics. It can be used both on large complex data sets and as a more accurate and informative alternative to data modeling on smaller data sets. If our goal as a field is to use data to solve problems, then we need to move awayfrom exclusive dependence on data models and adopt a more diverse set of tools.

Breiman, Leo. Statistical Modeling: The Two Cultures (with comments and a rejoinder by the author). Statist. Sci. 16 (2001), no. 3, 199--231.doi:10.1214/ss/1009213726. .

Rir é o melhor remédio


11 fevereiro 2016

Biquínis e Bolsas: O indicador Sports Illustrated Swimsuit

Há uma reportagem antiga mas interessante na Of Wealth com Eric Fry, na qual ele discorre sobre o índice da Sports Illustrated criado por ele. Antes de passar a palavra a Fry, o editor Marco Polo ressaltou que os seres humanos são animais que buscam padrões. É parte crucial de nossa evolução saber sobreviver ao que a natureza nos joga. Pessoas envolvidas com investimentos são notoriamente obsecadas por padrões. Se tal e tal são altamente correlacionados com isso e isso, diz ele, então muitos concluem haver uma ligação causal.

Polo adverte que muitas estratégias de investimento se basearam em achar padrões nos movimentos de indicadores passados... apenas para descobrir que a correlação acaba assim que a estratégia é aplicada. O texto de Eric Fry fala sobre um prognosticador improvável para retornos acionários. Quando nos deparamos com ele parece impossível haver uma conexão. Mas, por outro lado, poderia haver?

Biquínis e Bolsas: O indicador Sports Illustrated Swimsuit

Há 15 anos descobri uma conexão improvável entre a nacionalidade das modelos que aprecem em cada capa da edição Sports Illustrated Swimsuit e a subsequente direção do valor acionário das ações na bolsa de valores de seu país natal.

Em um dia friorento em Nova Iorque, enquanto eu passava pela bolsa de valores a caminho do meu escritório em Wall Street 30, notei um passante carregando uma cópia da recém-publicada edição de roupas de banho da Sports Illustrated. Após uma série de aforismos aleatórios, pensei comigo “Não seria divertido se houvesse algum tipo de conexão entre a edição de roupas de banho e o valor das ações?”.

Só para ver no que dava, decidi arregaçar as mangas e me afundar nesse projeto. Após algum tempo de pesquisa e análise de dados, cheguei a esse novo indicador... e publiquei os meus achados na edição de fevereiro de 2000 de “Grant’s Investor”.
“Quando uma modelo de determinado país se torna capa da Sports Illustrated Swimsuit Issue, sua aparição tende a iniciar uma corrida de touros de quatro anos para o mercado acionário de sua terra natal.
Em 1978 a brasileira Maria João apareceu na capa da edição SI swimsuit. Após quatro anos o mercado acionário de seu país subiu surpreendentes 465%.
Em seguida, em 1986, a deslumbrante modelo australiana, Elle Macpherson, fez sua primeira de diversas aparições na capa. Nos quatro anos seguintes os 50 Líderes da Bolsa de Valores da Austrália subiu 91%”.
Se ainda não está claro, querido leitor, eu inventei esse indicador pelo seu valor de diversão e não como valor para investimentos. Mas aqui está a loucura: esse indicador tem apresentado cumulativamente um histórico tão atordoante quanto uma modelo de capa de revista de biquínis.

Por exemplo, no ano 2000, a inspiração para esse indicador, a capa era a beleza tcheca Daniela Pestova. Quatro anos depois, o Índice da Bolsa de Valores de Praga elevou-se para 86%. E os bons tempos não pararam aí...

Em 2001 a revista estampou a bela Elsa Benitez, tornando-a a primeira Mexicana a clamar a honra. Quatro anos depois, a bolsa mexicana tinha mais que dobrado.

Aí, no ano 2002, a Sports Illustrated deu a vez à argentina Yamila Diaz Rahi. Eu admito estar cético. A Argentina aparentava ser uma opção de investimento muito arriscada, dado o histórico da labuta na época. Com uma desvalorização cambial fresquinha, dentre outras dificuldades, a Argentina não aparentava ser uma quente destinação de investimentos. Mas a aparição de Yamila em um biquíni de somente prata e jade argumentou persuasivamente o contrário. Novamente o mercado acionário entregou a promessa de Yamila. Nos anos seguintes o Índice Merval Argentina pulou 73%.

Como a tabela abaixo mostra, de 2000 a 2009 o Indicador Capa da Sports Illustrated produziu seis vencedoras diretas, incluindo um ganho de 106% com a aparição em 2003 de Petra Nemcova.


Não até o ano passado a série de acertos do indicador chegou ao fim. Ninguém contesta a estonteante beleza da russa Irina Shayk. Mas sua aparição em 2011 na capa da revista lançou quatro anos verdadeiramente feios para o mercado acionário russo. Felizmente, perdas como essas são exceções.

Agora que o Indicador tem mais de três décadas, observa-se uma série de ganhos indisputável... se não improvável.

Mas fatos são fatos...

E os fatos não são somente que os mercados acionários tendem a um desempenho melhor se uma beleza nativa é a capa da Sports Illustrated, os fatos são também que a performance desses fortes mercados surraram o Índice MSCI EAFE de ações estrangeiras.

Em outras palavras, o Indicador da Capa tem excelência tanto em termos absolutos quanto relativos a mercados internacionais.


Em media, as bolsas acionárias de mercados estrangeiros indicados pela modelo da capa produziram o dobro de retorno que a média de retornos do MSCI em intervalos temporais idênticos.

Que bolsa o filantropo internacional deveria considerar? A Sports Illustrated não dá resposta.

Esse estranho indicador é, de certa forma, bobo? Claro que sim.

É totalmente fútil? Talvez não.

A seleção da modelo da capa pode refletir uma sutil sensibilidade cultural. Nós gostamos de estar com o time vencedor. E talvez o mundo fashion tenha uma percepção inata para saber qual será o próximo time vencedor.

Qualquer que seja o motivo, o indicador parece funcionar.

Miséria

O índice da Miséria foi uma maneira que os economistas encontraram de mensurar as medidas ruins de uma economia (inflação e desemprego). No ano de 2015 a campeã foi a Venezuela, com uma inflação de quase 100% e desemprego de 6%. Em segundo, a Ucrânia, país em guerra com a Rússia. Depois África do Sul, Grécia e Argentina. O Brasil ocupava a 11a. posição.

Para 2016 a Bloomberg está prevendo o bicampeonato para Venezuela, seguida da Argentina. O Brasil deve ficar em nono.

Boeing

As ações da Boeing caíram na quinta em razão da divulgação, por parte de Bloomberg, que a SEC está investigando se a empresa contabilizou adequadamente os custos de fabricação dos 747 e Dreamliner.

A contabilização dos custos de fabricação dos aviões é um dos temas mais espinhosos da teoria contábil.

Sports Illustrated 2016: Garotas da Capa

Todo ano, mais particularmente em fevereiro, a revista Sports Illustrated lança uma edição especial intitulada “Swimsuit Edition”, na qual apresenta beldades com roupas de banho.

Posar para a capa é sonho da maioria das modelos. Estrelas como Kate Upton, Lily Aldridge, Hannah Davis, sucesso nas passarelas no desfile anual da Victoria’s Secret, são algumas das fotografadas. A brasileira Maria João foi capa em 1978.

Nós falamos aqui sobre a importância da capa da Sports Illustrated para o mundo dos negócios. Geralmente, quando a capa da revista é estampada por uma estadunidense, o mercado acionário deverá crescer ao longo do ano. Este ano há cinco possíveis escolhas: brasileira, estadunidense, sérvia, húngara, e uma quinta a ser anunciada amanhã, no quinto dia de "Rookie Reveals". [Em tempo: a quinta é russa].



Foi anunciado no Instagram que, em 2016, a capa poderá ser a estadunidense Ashley Graham – a primeira plus-size model a ganhar o trabalho. Ela apareceu inicialmente em um anúncio esportivo vinculado na edição de 2015 e neste ano poderá ser a capa. Há cinco concorrentes sendo apresentadas pela revista.
Uma foto publicada por Sports Illustrated Swimsuit (@si_swimsuit) em


Além de Ashley, a brasileira Sofia Resing é outra das cinco possíveis escolhas para a capa:


Você quer que a bolsa norte-americana tenha um bom crescimento ou que a capa seja uma brasileira? Prefere uma plus-size ou uma normal-size?

Em tempo: a capa será revelada amanhã - 13 de fevereiro.

Ações do Twitter