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30 outubro 2014

O espantalho da crítica heterodoxa

O espantalho da crítica heterodoxa
Marcos Coimbra e Carlos Eduardo Gonçalves
Valor Econômico, 27/10/2014

Há países ricos que possuem sistemas de bem-estar social generosos, como os nórdicos; há países ricos com sistemas de bem-estar pouco generosos, como os EUA. Mas o que definitivamente não existe são países ricos com políticas macro e microeconômicas de viés heterodoxo com a extensão adotada no Brasil nos últimos cinco anos.
A receita dos que conseguiram saltar a difícil barreira do crescimento sustentável – conhecida como armadilha da renda média – é conhecida: plena liberdade política e econômica para amplos setores da sociedade, rigor na condução da área fiscal, estabilidade monetária e financeira, regras e regulamentação estáveis e, finalmente, investimento público eficiente em capital humano (saúde e educação) e infraestrutura.

Há saudável controvérsia sobre o efetivo papel desempenhado por políticas desenvolvimentistas em alguns casos de sucesso, como, por exemplo, as políticas industriais adotadas pelos Tigres Asiáticos, há cerca de três décadas. De um lado alega-se que essas políticas foram cruciais para que eles desenvolvessem parques industriais importantes. De outro, argumenta-se que elas foram irrelevantes, e o que de fato os teria levado aos atuais patamares de renda por habitante foram os investimentos maciços em capital humano. A verdade, possivelmente, está no meio do caminho. Contudo, frise-se que esses casos de sucesso são contrabalançados por um número muito maior de casos de fracasso, como na maioria dos experimentos levados a cabo na América Latina, por exemplo. Por estas bandas, fizemos bastante política industrial, mas não conseguimos os mesmos resultados.
Não avançamos na educação por má governança no setor público e incertezas regulatórias
Políticas de proteção existem, de fato, em muitos países, mas o que nos soa mais significativo é que os detalhes das políticas desenvolvimentistas mais bem sucedidas apresentam diferenças marcantes com a política industrial “à brasileira”, como, por exemplo, a fixação de metas claras de desempenho e a natureza temporária da proteção. O Brasil recente destoa pela extensão da intervenção pública, pela sua longevidade e pela falta de transparência dos benefícios concedidos sem avaliação de resultados.
Voltando à nossa lista de condições necessárias ao desenvolvimento, existe liberdade política no Brasil, mas a nossa democracia ainda é carente de controles sobre a concessão pública de benefícios a grupos escolhidos, além de sujeita a recorrentes casos de corrupção. Tudo isso, claro, afetando a produtividade final da economia. Adicionalmente, são enormes as barreiras burocráticas à entrada nos mercados de bens por parte de empresas novas, fato que, em conjunto com a política de escolha de vencedores via crédito público, restringe o que chamamos de liberdades econômicas.

O rigor fiscal, duramente conquistado após 2000, foi abandonado. O superávit primário real nesse ano, por exemplo, está para perto de 0% do PIB, ou menos. Além disso, os mecanismos criativos reduziram a transparência e a credibilidade da política fiscal, marcos da LRF de 1999. Por sua vez, a condução equivocada da política monetária, reduzindo o juro na base do voluntarismo, resultou em inflação resiliente e em desancoragem das expectativas.
Seguindo na lista: o aumento das restrições ao comércio exterior, por meio de barreiras tarifárias e não tarifárias, isolou ainda mais a economia brasileira do comércio internacional. E as intervenções discricionárias, como no caso da energia, fragilizaram empresas, prejudicaram a produtividade e comprometeram o ambiente de negócios. Por fim, não conseguimos avançar na educação e na infraestrutura por má governança no setor público e incertezas regulatórias.
O resumo é que a produtividade estagnou, o que compromete nosso crescimento econômico sustentado, e a nova matriz macroeconômica resultou apenas em um legado de inflação alta num mundo de inflação baixa, além de graves desequilíbrios fiscais a serem enfrentados nos próximos anos.

Como reagem alguns dos economistas heterodoxos, direta ou indiretamente ligados ao governo, a essa crítica? Criando um argumento-espantalho. A invencionice vai na seguinte linha: os economistas que pregam rigor fiscal e reformas querem na verdade desfazer as conquistas sociais, estão contra a redução de desigualdade, alcançada via programas governamentais como o Bolsa-Família.

Não é verdade, é cortina de fumaça. Não defendemos o fim de programas sociais eficientes para redução da pobreza, nem algo que se assemelhe a “Estado Mínimo”, nem impostos mais baixos para os mais ricos, ou coisas do tipo. Essa tentativa de desqualificação da divergência é instrumento utilizado pelo baixo clero do debate intelectual. Inventam-se pretensos argumentos para rejeitar outros pontos levantados pelos críticos. Inventa-se, enfim, um espantalho.
Defendemos políticas sociais focalizadas nos mais necessitados; a maior qualidade da política pública em educação e saúde por meio da melhora da gestão e do reconhecimento meritocrático, permitindo melhores resultados com os recursos já disponíveis; a volta do rigor fiscal e do combate à inflação; transparência dos subsídios e proteção setoriais, que preferencialmente deveriam ser horizontais e submetidos a constante avaliação de resultados, para que não joguemos mais dinheiro público em empresas ineficientes; maior abertura econômica, que favoreça o consumidor brasileiro e diversas empresas que usam insumos importados, aumentando nossa inserção nas cadeias produtivas globais e, portanto, alavancando a produtividade.

Ser crítico dos equívocos da política econômica dos últimos anos não tem nada a ver com defender o fim das conquistas sociais alcançadas desde 1990. Argumentar nessa direção é fugir do debate sobre a condução da economia nos últimos anos. O espantalho pode ser eficaz para afastar os corvos. O debate, porém, merece mais. O país também.

Imposto da internet

O governo da Hungria, na tentativa de resolver o déficit público, resolveu taxar a internet, segundo noticiou a Reuters. Isto provocou uma irritação na população daquele país. Cerca de cem mil protestaram na terça contra o imposto sobre o fluxo de dados. Foi o maior protesto contra o governo que assumiu o poder em 2010. Anteriormente o governo já tinha criado impostos especiais sobre os bancários, setor de varejo, energia e telecomunicação.

O protesto foi organizado através do Facebook e a marcha exigiu a retirada da proposta, com cartazes onde se lia "ERROR". A proposta era tributar 150 florins por gigabyte.

Hallowen

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As fantasias mais procuradas no dias das bruxas de 2009 até 2013. Em primeiro, fantasia de bruxa. Vampiro sempre esteve entre os três primeiros e Pirata foi um sucesso até 2013. Nos anos recentes, as fantasias de Batman e Zumbi estão entre as preferidas. Atleta, gato e superman são escolhas estranhas. 

Dívidas dos clubes

O gráfico mostra a evolução da dívida dos grandes clubes brasileiros. O passivo aumentou 700 milhões em 2013. A maioria dos clubes não está pagando em dia suas dívidas.

Barba

A figura à esquerda está concorrendo ao campeonato mundial de barba e bigode,que está ocorrendo em Portland. Outros concorrentes podem ser vistos aqui.

Os concorrentes do ano passado - sim, já tivemos isto antes - podem ser observados aqui, com mais de 164 candidatos.

Listas: Os Países que mais estão contribuindo com o clima


4 – Dinamarca
5 - Reino Unido
6 - Portugal
7 - Suécia
8 - Suíça
9 - Malta
10 - França

Fonte: GermanWatch

(Os três primeiros lugares não foram considerados, pois nenhum país merece esta distinção). Agora os piores

61) Arábia Saudita
60) Cazaquistão
59) Irã
58) Canadá !!!
57) Austrália !!!
56) Rússia
55) Estônia
54) Turquia
53) Coréia do Sul !!!
52) Taiwan
51) Malásia

A posição do Brasil é intermediária:



A seguir, o mapa do mundo (de vermelho, os países que não ajudam o clima do mundo):

29 outubro 2014

RDC

Criado há dois anos com o intuito de desburocratizar as licitações, o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) não está gerando o efeito esperado no setor de infraestrutura rodoviária. Desde 2012, 261 lotes foram à licitação pelo novo regime, mas apenas 127, ou seja, menos da metade, foram de fato contratados. Segundo especialistas, o despreparo do funcionalismo para trabalhar com a nova modalidade e a redução na margem do preço das obras foram os principais fatores que impediram o avanço do RDC.

O exemplo mais emblemático, segundo o presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor), José Alberto Pereira Ribeiro, é o da BR-381, a chamada “Rodovia da Morte”, em Minas Gerais. O primeiro aviso de licitação foi feito em 30 de novembro de 2012. Desde então, já transcorreram quase 700 dias. Houve quatro licitações, com formatos diferentes (presencial e eletrônico) e regimes de execução também diferenciados, por preço global e contratação integrada. “Não há construtora que consiga entender esse processo, com tantas mudanças. Essa é a maior obra executada pelo DNIT hoje e há sucessivos fracassos no certame. Os dois principais trechos que chegam a Belo Horizonte seguem sem contratação”, afirma Ribeiro.

(...) “O mote do RDC era tornar mais ágeis as contratações, mas isso não está acontecendo. O DNIT não está preparado para trabalhar na modalidade e muitas empresas deixaram de participar por causa do referencial dos preços, que está muito baixo”, afirma o presidente da Associação.

Além da queda proporcional no número de contratos efetivados, a Aneor aponta uma dificuldade maior na realização de grandes obras. “Dos 38 lotes licitados pelo RDC em 2012, 21 eram obras pequenas, de restauração e conservação”, enfatizou Ribeiro. Na opinião do jurista Rafael Valim, presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Jurídicos da Infraestrutura (Ibeji), a ineficácia na implementação do RDC terá como consequência, em vez da economia de tempo, um custo maior para o erário. “Um dos problemas do RDC é fazer a licitação pelo critério do menor preço por leilão.

Isso está gerando um número grande de licitações desertas (sem interessados). E mesmo quando são bem-sucedidas, a margem de preço é tão apertada que pode ser insuficiente para a conclusão do empreendimento, gerando um grande volume de obras inacabadas, que acabam custando muito mais aos cofres públicos”, analisou.

O especialista em infraestrutura de transportes Vicente de Britto Pereira também avalia que, na prática, o RDC não está conseguindo ser viabilizado. “Muitas licitações estão ficando desertas porque, pelo RDC, o risco do empreendimento passa a ser todo do contratado, enquanto pela 8.666 os contratados tinham uma margem de aumento do preço em até 25% durante a execução da obra”, comparou.


Regime Diferenciado de Contratações Públicas atrasa obras pelo país - Brasil Econômico - Mariana Mainenti

Rir é o melhor remédio

Capas de álbuns (as piores)








Resenha: Você não é tão esperto quanto pensa

Quando você demora muito para ler um livro existem duas possíveis explicações. A primeira e mais óbvia é que este livro é pouco interessante e realmente não prende a atenção. A segunda razão é que a obra gera tantas reflexões que você sente a necessidade de parar para ganhar fôlego, antes de continuar. O livro “Você não é tão esperto quanto pensa”, de David Mcraney, enquadra-se no segundo caso. É um livro muito bom e com uma estrutura bastante agradável. Nas suas duzentas e poucas páginas, Mcraney apresenta 48 maneiras de se autoiludir.

Adquiri o exemplar do livro durante as férias de julho, ao encontrar por acaso com a obra na livraria do aeroporto. E somente agora terminei a leitura. Em cada um dos 48 capítulos, o autor apresenta o equívoco, logo a seguir a verdade e depois uma explicação, baseada em pesquisas científicas, para o engano. Veja por exemplo a falácia do mundo justo (capítulo 18). O equívoco é imaginar que as pessoas que estão perdendo no jogo da vida devem ter feito algo para merecer. A verdade é que as pessoas com sorte geralmente não fazem nada para merecê-la e as pessoas más geralmente se safam sem sofrer as consequências. Nós fingimos que o mundo é justo.

Mcraney não dá esperança: o mundo é injusto. Corruptos irão morrer nas suas mansões sem pagar pelos seus crimes, políticos sem escrúpulos continuaram sendo eleitos e reeleitos, aquele motorista que ocupa a vaga do deficiente não será multado e assim por diante. Você é um tolo em acreditar na justiça do mundo, afirma o autor.

Vale a pena? Muito. É um dos melhores livros que já li na área comportamental. Leitura fácil, com capítulos curtos, o texto é atraente para aqueles que buscam um livro para ler aos poucos. É bem verdade que em algumas partes fica a sensação de “já li isto antes”. Mas isto é decorrente a área que está sendo expandida com novas pesquisas e discussões.

 MCRANEY, David. Você não é tão esperto quanto pensa. Leya, 2012.

Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

Se decidir comprar o livro, sugerimos escolher um de nossos parceiros. O blog é afiliado aos seguintes programas:
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SouBarato.com.br-

Felicidade

Ao contrário dos pensamentos, as emoções não vivem inteiramente na mente; elas também estão associados com as sensações corporais.

Graças a um novo estudo, pela primeira vez temos um mapa das ligações entre emoções e sensações corporais. 



Pesquisadores finlandeses induziram emoções diferentes em 701 participantes e, em seguida, coloriram num mapa do corpo onde eles sentiram aumento ou diminuição da atividade.

Abaixo estão os mapas do corpo para seis emoções básicas.
 


O amarelo indica o nível mais elevado de atividade, seguido do vermelho. O preto é neutro, enquanto o azul e azul claro indicam baixa e muito baixa atividade, respectivamente. 


É fascinante que a felicidade é a emoção que enche todo o corpo com atividade, incluindo as pernas, talvez indicando que pessoas felizes se sentem prontas para entrar em ação.


Adaptado daqui

Erros...

A Petrobras contratou (1) duas empresas independentes (2) especializadas em investigação (3) para apurar as denúncias feitas pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. Conforme apurou o Valor (4), tratam-se de dois escritórios de advocacia (5) - o brasileiro Trech, Rossi e Watanabe (6) e o americano Gibson, Dun e Crutcher. O objetivo é "apurar a natureza, extensão e impacto das ações que porventura (7) tenham sido cometidas". (8)

(1) a notícia foi divulgada ontem. Somente ontem, meses após as denúncias, é que a Petrobras fez o contrato.
(2) a independência de uma empresa pode ser questionável diante do porte das empresas contratadas.
(3) não são especializadas em investigação. A página da Gibson na Wikipedia informa que a empresa é especializada em litígio. O que é muito diferente de investigação. Para investigar teriam que contratar empresas como a Kroll ou uma das Big Four. Por sinal, enquanto a Gibson possui uma receita de 1 bilhão, a EY, por exemplo, possui receita de 30 bilhões de dólares. Obviamente que a EY tem muito mais condições de ser "independente" que a Wikipedia.
(4) é uma ironia? Após saber da notícia da contratação, o jornal Valor Econômico foi apurar: afinal quem eram estas empresas? Certamente se fosse a Kroll ou a EY, por exemplo, isto não seria necessário.
(5) você, caro leitor, contrataria um escritório de advocacia para fazer uma investigação?
(6) conforme a Wikipedia, a Gibson possui representação em São Paulo. Então qual o motivo de contratar um escritório brasileiro?
(7) o funcionário diz que enriqueceu ilicitamente, mostrou a conta em banco no exterior e ainda existe dúvida? Quem escreveu este texto foi a Velhinha de Taubaté?
(8) e os mecanismos de controle interno? E a auditoria externa? E os conselhos?

Matemática do Cupido

Sobre um livro que utiliza dados do sítio OK Cupid:

(...) Alguns dos "insights" de Rudder são perturbadores. Ele pode dizer, por exemplo, que, embora 84% dos usuários do OKCupid consultados em uma pesquisa tenham afirmado que o racismo é um obstáculo a qualquer relacionamento, os homens consideram as mulheres de sua própria raça mais atraentes e, com exceção dos homens negros, acham as mulheres negras pouco atraentes. No OKCupid, em que os usuários dão notas uns aos outros em um sistema que vai de uma a cinco estrelas, "ser negro basicamente custa a você cerca de três quartos de uma estrela em sua avaliação", escreve Rudder.

Rudder também é um investidor no Shiftgig, um site de busca de empregos para serviços temporários, e assim tem acesso aos seus dados, "as ações fragmentadas de milhões [de pessoas]". Esses números o ajudam a confirmar as teorias dos cientistas sociais sobre as vantagens que as pessoas atraentes têm. Quanto mais bonita a mulher, no perfil que leva ao Shiftgig, mais solicitações de entrevistas ela recebe, mesmo quando a pessoa que está procurando candidatos no site é também uma mulher. De volta ao OKCupid, talvez não seja nenhuma surpresa o fato de os homens de praticamente todas as idades preferirem mulheres na casa dos 20 e poucos anos.

(...) Pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Microsoft Research descobriram, em um estudo de 2012, que, ao analisar "curtidas" voluntárias no Facebook, podiam determinar com grande precisão a raça, o sexo e a filiação partidária das pessoas. E o mais surpreendente: podiam determinar com 60% de precisão se os pais de um usuário se divorciaram quando ele era criança. Esta é uma informação que os usuários do Facebook podem nem ter a ideia de que estão transmitindo.



Financial Times, via Valor Econômico

Gráfico

Causas de morte na Roma Antiga


Listas: Mais desejadas para se trabalhar

1. Google
2. Apple
3. Unilever
4. Microsoft
5. Facebook
6. Amazon
7. Procter & Gamble
8. GE
9. Nestle
10. PepsiCo
...
32. Deloitte
...
99. Vale

Fonte: Aqui

28 outubro 2014

Rir é o melhor remédio









Risco

Curso de Contabilidade Básica: Passivo em outra moeda 2


Há alguns dias falávamos da situação de uma empresa que faz transações com outras moedas. Comentamos que nestes casos as transações da empresa passavam a contar com um risco adicional, qual seja, a variação do câmbio. Para mostra esta situação, usamos os dados da empresa Fibria referente ao final do primeiro semestre. Naquele balanço a empresa tinha dívidas de 6 bilhões de reais, que correspondia a quase um quarto do ativo. E a maior parte desta dívida era em dólar (R$5,66 bilhões).

No final do segundo trimestre o câmbio US$/real era de 2,2025 e três meses depois a taxa era de 2,45. A desvalorização do real aumentou o passivo da empresa. Mostramos como seria possível calcular o efeito da desvalorização sobre a dívida através dos seguintes cálculos:

Passivo em Dólar = 5.658.243 / 2,2025 = US$2,569,009
Passivo em Real do Terceiro Trimestre = 2,569,009 x 2,45 = R$ 6.294.073
Diferença no Passivo = 6.294.073 – 5.658.243 = 635.829

Na primeira linha convertemos o passivo para dólar, usando o dólar do final do segundo trimestre. Depois voltamos a converter para o real, agora usando o dólar do final do terceiro trimestre. A diferença entre os dois valores, de 636 milhões de reais, seria o efeito sobre o passivo da movimentação do câmbio.

Pois bem, agora saiu o balanço do terceiro trimestre da empresa. Com isto podemos verificar se os nossos cálculos eram razoáveis. Veja a figura a seguir:

A empresa comparou a dívida bruta no final do segundo trimestre com a dívida existente no final do terceiro trimestre. Observe que a variação cambial foi de 643 milhões de reais, bem próximo ao valor estimado por nós.

Este tipo de comparação é útil para que possamos ajustar nossas previsões. Quando cometemos erros podemos verificar o que devemos fazer para melhorar as estimativas. Além disto, podemos antever os efeitos de fatores econômicos sobre os resultados das empresas antes que elas divulguem suas demonstrações. E a divulgação terá uma importante finalidade de confirmar nossas expectativas.



Escrituração digital de estoque

O jornal Valor Econômico informou que a implantação da escrituração digital do estoque, que irá fazer parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), através do Livro de Registro de Controle da Produção e do Estoque, foi prorrogada. O prazo inicial era 1o. de janeiro de 2015 e o novo prazo era 1o. de janeiro de 2016.

A escrituração permitirá que o fisco possa verificar a movimentação completa de cada item do estoque, cruzando os valores apurados com os informados pelas empresas.

Machismo

Numa pesquisa do Google:
Via aqui

Listas: Os Maiores Salários dos Treinadores de Futebol do Brasil

Aqueles que mais faturam

10) Dorival Júnior (Palmeiras) – R$ 200 mil/mês
9) Cristóvão Borges (Fluminense) – R$ 200 mil
8) Enderson Moreira (Santos) – R$ 250 mil/mês
7) Levir Culpi (Atlético) – R$ 300 mil/mês
6) Vanderlei Luxemburgo (Flamengo) – R$ 350 mil/mês
5) Luiz Felipe Scolari (Grêmio) – R$ 350 mil/mês
4) Marcelo Oliveira (Cruzeiro) – R$ 450 mil/mês
3) Muricy Ramalho (São Paulo) – R$ 500 mil/mês
2) Abel Braga (Internacional) – R$ 500 mil/mês
1) Mano Menezes (Corinthians) – R$ 500 mil/mês