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20 setembro 2014

Listas: Universidades que mais produziram bilionários

1. University of Pennsylvania — 25

2. Harvard University — 22

3. Yale University — 20

4. University of Southern California — 16

5. Cornell University — 14

5. Princeton University — 14

5. Stanford University — 14

8. University of California, Berkeley — 12

8. University of Mumbai (India) — 12

10. London School of Economics (United Kingdom) — 11


Fonte: Aqui

19 setembro 2014

Rir é o melhor remédio

Pesquisa sobre a independência da Escócia:


Resenha:Sem Lugar para se Esconder


Este livro conta a história de Edward Snowden, o programador que denunciou a espionagem da NSA, uma entidade do governo dos Estados Unidos. Snowden era um funcionário terceirizado e que teve acessos aos processos de espionagem. Em 2013 ele procurou o jornalista Greenwald, do jornal The Guardian, que trabalhava no Rio de Janeiro e que é o autor do livro. Os dois se encontraram em Hong Kong e Snowden forneceu para Greenwald as provas para diversas reportagens que foram publicadas no jornal britânico.

Apesar de ter cinco capítulos, o livro pode ser dividido em três partes. Na primeira, que abrange os dois primeiros capítulos, Greenwald narra como o furo de reportagem ocorreu. Na segunda, ele descreve como o sistema de coleta da NSA funcionava. Finalmente, a última parte discute a questão da vigilância proporcionada pela internet nos dias atuais. Honestamente: a primeira parte é muito boa, com lances de suspenses, descrição dos fatos de maneira cativante e que prende o leitor. A segunda e terceiras partes quebram o clima do livro.

Vale a pena? Se você gosta de uma obra de suspense, os dois primeiros capítulos são muito bons. Gostei do livro por esta parte. Se você tem interesse sobre a tecnologia e outras discussões, os três últimos capítulos podem valer a pena. Mas confesso que não gostei, pois quebra o ritmo da obra


GREENWALD, Glenn. Sem Lugar Para Se Esconder. Edward Snowden, A NSA e a Espionagem do Governo Americano. Rio de Janeiro: Primeira Pessoa, 2014.


Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

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Deloitte multada na Espanha


O Instituto de Contabilidad y Auditoría de Cuentas (ICAC), entidade ligada ao Ministério da Economia da Espanha, multou em 12,4 milhões a Deloitte. A empresa era a auditoria do Bankia, um dos maiores grupos financeiros espanhóis, que foi nacionalizado em 2012.

Segundo o El País, a decisão é controversa, já que o CNMV, o Banco da Espanha e o Tribunal de Contas são contrários a multa.

El ICAC, presidido por Ana María Martínez-Pina, acusa a Deloitte de una infracción “muy grave” y otras dos graves que vulneran la Ley de Auditoría de Cuentas por no actuar con independencia ya que además de ser auditor realizó otros trabajos para Bankia. Entre estos está una ayuda a la segregación de activos de la matriz, el Banco Financiero y de Ahorros (BFA) respecto a su filial Bankia. También le multa por no seguir las normas técnicas de auditoría, es decir, no realizar correctamente algunos trabajos. El ICAC no cuestiona la validez de las cuentas de Bankia ni el informe de auditoría. Tampoco se plantea retirar la licencia a Deloitte para seguir auditando en España.

La CNMV, el Banco de España y el Tribunal de Cuentas coinciden en criticar al ICAC porque la base de la sanción a Deloitte es que realizó unos trabajos de ayuda a Bankia, entonces presidida por Rodrigo Rato, que se los encargó la propia Comisión de Valores, como ha quedado demostrado en una carta. Los dos supervisores admiten que esta práctica es habitual en otros países y que eso no puede hacer presuponer que exista falta de independencia del auditor.

Cade

A figura a seguir mostra casos "inusitados" da entidade que defende a concorrência no Brasil, o Cade:

Fonte: BASILE, Juliano; MARCHESINI, Lucas. Cade Coleciona e condena casos inusitados de cartel. Valor Econômico, 15 de setembro de 2014.
e
Para empresas, combinar preços é algo natural. idem.

Custo da moedinha


Reportagem da Quartz  mostra que, nos Estados Unidos, o custo de produzir uma moeda de um cent custa 1,6 cent. A razão é o custo do zinco (gráfico), que aumentou o custo total de produção. A decisão mais óbvia seria parar de produzir a moeda, a exemplo do que ocorreu no Canadá. Entretanto, existe uma questão simbólica: a moedinha expressa o esforço de economizar. 

Nariz ...

Um estudo do ano passado descobriu que os narizes masculinos são 10% maiores do que os narizes femininos, em média. Isso significa que, para uma mulher e um homem com o mesmo tamanho, o homem ainda tem um nariz maior. Por que isso? Segundo os pesquisadores, os homens têm mais massa muscular do que as mulheres, o que exige mais oxigênio. Narizes maiores podem levar mais oxigênio. (...)

Continue lendo aqui

Conexão à Internet

O mapa acima mostra o acesso à internet. Áreas em vermelho são aquelas onde existem muitas pessoas conectadas. Estas regiões predominam nos Estados Unidos, Canadá e Europa. No Brasil um grande volume de acesso na região litorânea e um vazio no Centro e Norte.

Listas: As melhores universidades do Brasil

Segundo a QS 2014

Universidade de São Paulo (USP) – 132 lugar
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – 206 lugar
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – 271 lugar
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - 421-430*
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - 451-460
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - 471-480
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) - 501-550
Pontificia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – 551-600
Universidade de Brasília (UnB) – 551-600
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - 551-600
Universidade Federal da Bahia (Ufba) – 601 - 650
Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) – 651-700
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – 651-700
Universidade Federal do Paraná (UFPR) – 651-700
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) – 701-800
Universidade Estadual de Londrina (UEL) – 701-800
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – 701-800
Universidade Federal de Viçosa (UFV) – 701-800
Universidade Federal do Ceará (UFC) – 701-800
Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) – 701-800
Universidade Federal Fluminense (UFF) – 701-800

18 setembro 2014

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Curso de Contabilidade Básica: Fato Relevante

As demonstrações contábeis possuem uma periodicidade. A grande maioria de empresas fazem suas demonstrações anualmente; as maiores empresas, com ações negociadas na bolsa de valores, divulgam suas demonstrações trimestralmente. A contabilidade reflete os eventos que aconteceu no período, como o trimestre e o ano.

Num mundo tão dinâmico, com a grande expansão dos fluxos de informações, a divulgação de demonstrações contábeis ao final de cada trimestre parece algo arcaico. Os eventos que acontecem hoje terão reflexo sobre o desempenho da empresa no próximo período. Mas o usuário provavelmente gostaria de ter uma ideia sobre estes eventos. A imprensa econômica pode ajudar a divulgar estas informações. Entretanto, nem sempre a imprensa divulga o que ocorre com as empresas.

Para estes fatos que ocorrem entre a divulgação das demonstrações contábeis e a próxima divulgação a empresa pode fazer uma divulgação. Nas companhias com ações negociadas na bolsa a divulgação de eventos que sejam importantes para o desempenho de uma empresa é obrigatório. A divulgação dos fatos importantes pode evitar problemas legais.

Recentemente o Santander, uma instituição financeira espanhola, informou que estava adquirindo uma empresa canadense na área de financiamento de automóveis. Apesar do valor ser relativamente reduzido e, segundo o Santander, a operação não ter influencia sobre a empresa, o fato foi divulgado:

Mas nem sempre a empresa usa esta divulgação para ajudar o usuário. Veja o caso das empresas EBX. Este grupo empresarial teve um grande crescimento e atraiu a atenção dos investidores. Mas no transcorrer do tempo estes investidores descobriram que estas empresas estavam prometendo mais do que deveria. Como as empresas faziam isto? Divulgando informações positivas para a empresa. Ao mesmo tempo, os seus executivos aproveitaram deste fato para ganhar dinheiro com estas informações. E isto é considerado ilegal e por este motivo estes executivos estão sendo processados (vide aqui um texto sobre este assunto). Neste caso, a divulgação tinha a finalidade de manipular e influenciar o investidor. Veja um trecho sobre este assunto divulgado num jornal econômico:

A autarquia acompanhou 82 fatos relevantes divulgados pela empresa de outubro de 2009 a abril de 2012. Verificou que em 54 deles informou ao mercado sobre a presença de indícios de hidrocarbonetos durante campanha exploratória de perfuração dos poços. Em alguns, havia declarações de executivos, inclusive de Eike, superlativas sobre a relevância das descobertas. A CVM ouviu a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e acompanhou a divulgação de informações de outras empresas do setor. Concluiu que a simples presença de indícios de hidrocarbonetos não configura fato relevante.

Custo de Oportunidade

Apesar de ser um conceito muito conhecido e citado na literatura, o custo de oportunidade geralmente não é mensurado, por uma série de razões. Uma delas é a falta de oportunidade de se ter uma situação prática onde seria possível medir, claramente, a escolha que uma pessoa faz em termos das alternativas disponíveis.

Num trabalho que fiz em co-autoria com dois professores da Universidade Federal de Goiás, Michelle Machado e Lúcio Machado, foi possível obter o custo de oportunidade numa situação prática. A situação acontece na justiça, mais especificamente na Procuradoria da União em Goiás, onde as pessoas são chamadas a aceitar ou não os cálculos realizados pela PU. Aceitar significa receber mais cedo; contestar pode trazer um valor maior no futuro, mas o tempo de espera é maior. Para medir esta diferença, utilizou-se a taxa interna de retorno, que produziu um valor de 3,23% para 654 processos. Este seria o custo de oportunidade desta situação.

Além disto, a pesquisa observou que aqueles que recebem um grande valor tendem a ser atraídos pelo fluxo de caixa mais imediato, aceitando o acordo. Outro aspecto interessante é que o gênero influencia: o homem recebe mais, mas com um prazo de recebimento maior.

Leia mais aqui o texto.

Orçamento do IBGE

Um ponto interessante colocado pela Folha de S Paulo e o orçamento do IBGE

O IBGE pleiteava um orçamento de R$776 milhões para 2014.

Seu pedido foi negado pelo ministério, que só prevê uma despesa de R$204 milhões – suficiente apenas para as despesas correntes do órgão e para a realização da POF (Pesquisa de orçamentos Familiares), que serve para atualizar o IPCA, índice oficial de inflação (...)

É isto mesmo? Olhando o valor do orçamento do IBGE (via Siga Brasil) temos os seguintes valores em R$ milhões:


O orçamento para 2014 do IBGE foi de 2,2 bilhões de reais. Observando a série histórica temos a existência de um crescimento no orçamento do IBGE (em 2010 o saldo deve ser em decorrência do censo e por isto não pode ser considerado). Mesmo considerando a inflação não é possível afirmar que o orçamento tem-se reduzido.

Aparentemente ocorreu uma confusão nos números, já que os valores informados no texto são bem menores que os valores do Siga Brasil.

Aparência e política

Seria incorreto dizer que a beleza é capaz de definir uma eleição para presidente. Mas é inegável que uma aparência adequada - que inclui linguagem corporal, postura e figurino - é uma ferramenta bastante eficiente para impactar os eleitores. (Vanessa Barone, Aparência, um cabo eleitoral de peso, Valor Econômico , 9 de setembro de 2014)

Este é um assunto interessante. No passado conduzi uma pesquisa com um aluno de graduação. Tomamos os cinco políticos mais bem votados do Paraná e cinco com baixo nível de votação. Escolhemos o Paraná por ser um estado distante onde a pesquisa foi realizada e, por isto, não poderia exercer influencia sobre o resultado.

Com as fotografias dos políticos, projetamos para uma classe de alunos as fotografias, dispostas aleatoriamente. Fizemos uma projeção dos retratos em poucos segundos e os alunos deveriam marcar o grau de confiabilidade nos políticos. O resultado mostrou que a turma sabia distinguir os políticos “vencedores”, atribuindo notas mais elevadas, dos políticos “perdedores”.

Existe um viés nesta pesquisa que talvez ajude a explicar o resultado: o político com recursos financeiros provavelmente deve gastar mais contratando um fotografo profissional, sabendo que uma boa imagem é importante para conquistar votos. Já o político com poucos recursos não deve gastar seu dinheiro com um profissional e provavelmente a qualidade da fotografia não é muito adequada. Assim, não seria a aparência o fato relevante, mas os recursos financeiros do candidato.

Listas: As melhores empresas

Para mães trabalharem, segundo a Working Mother:

Abbott
Deloitte
Discovery Communications
Ernst Young LLP
General Mills
IBM
Prudential Financial
PwC
WellStar Health System
Zoetis

(Em destaque, três das quatro maiores empresas de auditoria)

17 setembro 2014

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Curso de Contabilidade Básica: Inflação

Até 1994 a variação dos preços era muito alta no Brasil. Com a contabilidade presta informação basicamente em moeda, foram criados mecanismos para que as demonstrações pudessem refletir o desempenho de cada empresa. Estes mecanismos faziam com que a contabilidade fosse bastante complexa e trabalhosa.

Após a implantação do Plano Real estes mecanismos perderam parte de sua validade. Nos últimos anos a inflação esteve próxima a 6%, uma variação bem reduzida quando se compara com os índices de vinte anos atrás. Isto não signifique que as empresas não estejam atentas ao problema. A gestão financeira sabe que ainda existem aumentos (e reduções) nos preços e algumas destas variações são relevantes na composição dos resultados. Mas provavelmente pouquíssimas empresas usam mecanismos de tratamento à inflação nas demonstrações contábeis (confesso que não conheço nenhum exemplo).

Da mesma forma, é pouco usual que as demonstrações contábeis das empresas expressem sua preocupação com a variação dos preços. Provavelmente os gestores sabem que os usuários não consideram este aspecto relevante na atual situação. Mas existem exceções, como é o caso da Natura, a conhecida empresa de cosméticos. Esta empresa fez a seguinte observação:


A preocupação da empresa é informar o comportamento de duas variáveis econômicas: o câmbio e a inflação. Mais adiante a empresa tece a seguinte consideração:
Esta é uma observação bastante genérica e que não ajuda o usuário a verificar o efeito da inflação sobre o resultado da empresa.


Quarto curso mais procurado

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgaram, no dia 9 de setembro de 2014, os dados do Censo da Educação Superior 2013. O curso de Ciências Contábeis está entre os mais procurados pelos estudantes de graduação e ocupa a quarta colocação no ranking, com 328.031 futuros profissionais.

Em 2013, foram realizadas 7.509.694 matrículas em cursos de nível superior, 7.305.977 em cursos de graduação e 203.717 na pós-graduação. Comparando os resultados de 2012 e 2013, o curso de Ciências Contábeis subiu uma posição na lista de cursos mais procurados, passando da quinta para a quarta colocação, ficando atrás apenas de administração, direito e pedagogia.

Foram 328.031 alunos matriculados em 2013, contra 313.174 no ano anterior. A área contábil sozinha representa quase 5% de todos os cursos de graduação no país, o que significa que um em cada 20 estudantes do nível superior pretende se formar Contador.

A alta procura demonstra ainda o crescimento da profissão contábil, que recentemente atingiu a marca de 500 mil profissionais registrados em todo o Brasil. Os profissionais da Contabilidade paulistas representam quase um terço do total, com 146.152 registros no CRCSP.

O Censo da Educação Superior é publicado anualmente e reúne informações sobre os cursos de graduação e pós-graduação, presenciais e a distância, de todo o país. Os dados foram coletados entre os dias 3 de fevereiro e 15 de maio de 2014 por meio de questionários preenchidos pelas Instituições de Ensino Superior (IES).

O levantamento será utilizado no cálculo dos indicadores de qualidade do MEC, como o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC). O relatório final do Censo da Educação Superior 2013 será publicado no site do Inep.


Ciências Contábeis é o quarto curso mais procurado, segundo o MEC

Por Comunicação CRCSP – Thiago Benevides
 - (Dica de Alexandre Alcantara, grato)

Lápis

Arte feita com lápis:








Estudantes criam aplicativos

Com uma ideia na cabeça e um smartphone na mão, os universitários estão preenchendo, por conta própria, as lacunas deixadas por sistemas arcaicos que gerenciam a vida acadêmica.

Foi o caso de Lucas Argate, 24. Ele perdeu as contas das vezes em que presenciou seus colegas perdidos durante a embaralhada troca de salas no curso de sistemas de informação, na PUC de Campinas (a 93 km de São Paulo).

Ele viu que havia uma demanda: era preciso organizar o caos. Assim nasceu o aplicativo gratuito "PUC Grade".

O aluno o acessa com a mesma senha que insere no sistema da universidade. Lá encontra a grade curricular, a localização dos prédios do campus e as atividades desenvolvidas no curso.

O aplicativo atualiza as informações do aluno graças a um servidor alugado pelo estudante nos EUA -Lucas gasta US$ 90 por mês com isso.

Na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), alunos de ciência da computação também trabalham para quebrar um ciclo vicioso: o sistema de matrícula da universidade vez ou outra emperra. A cada novo semestre, muitos universitários ficam perdidos pelos blocos do campus.

No rastro desta demanda, surgiu o "Guia UFSCar". O aplicativo tem 4.000 usuários. "A gente adicionou funções que faziam falta no nosso dia a dia", diz Henrique Galo, 24, um dos inventores.

No "Guia", os alunos têm um mapa com a localização dos blocos, o cardápio do restaurante universitário e um gerenciador de faltas.

As iniciativas de Lucas e Henrique são apenas uma mostra dos primeiros passos na carreira que muitos estudantes da área de tecnologia têm dado Brasil afora.

"É o tipo de aluno que identifica o problema e põe em funcionamento uma solução melhor que a existente. Isso requer uma certa maturidade", reflete Leandro Tessler, especialista em ensino superior da Unicamp.

A própria Unicamp é um exemplo disso. Detentora de uma plataforma para os graduandos (com informações como salas, professores e matriz curricular) que era alvo de reclamações, a universidade absorveu ao seu sistema um software criado pelo estudante Felipe Franco, da engenharia da computação.

"[O software] utiliza a linguagem própria dos alunos e permite o acesso das informações em qualquer ponto com acesso à internet", diz a universidade em comunicado.

O fenômeno é mundial. "Os estudantes são sempre mais inovadores do que os burocratas", diz Harry Lewis, do departamento de ciências da computação de Harvard. "Os alunos fazem sistemas com usabilidade muito melhor do que os oficiais."

Os inventores têm opinião parecida. "A universidade não incentiva e não vê o aplicativo como uma necessidade", diz Eduardo Ferreira, 21, criador do "Partiu Bandeja?", que disponibiliza informações do bandejão da UFRJ.

Henrique Galo diz que a ampliação do "Guia UFSCar" ainda engatinha. "Para o mapa sair, fomos anotando à mão a longitude e a latitude de cada bloco. Queremos trazer a biblioteca e a rádio para o aplicativo, mas os sistemas da UFSCar são tão ruins que é desanimador fazer um contato com a direção", diz.

Leandro Leite, 24, partiu por outra via. Ele e um amigo criaram o grupo de pesquisa Web & Mobile, na UFRJ. O desafio é ousado: formar desenvolvedores de aplicativos. "Quem sabe, poderemos fazer disso um negócio", sonha.

Apesar das dificuldades, especialistas dizem que tais aplicativos são uma bela porta de entrada para o mercado de trabalho. "Quando o estudante traduz uma necessidade, supera dificuldades e cria uma solução, ele está cumprindo um ciclo de entrega, como um profissional", analisa Renato Fonseca, gerente de Inovação do Sebrae-SP.

Para Fernando Pires, 25, sócio da Start Apps, empresa que desenvolve aplicativos para celular, a universidade tem a vantagem de permitir ao desenvolvedor experimentar.

"No ramo de tecnologia, a aposta sempre vale a pena. Não se pode ter medo do erro. Todos ainda estão aprendendo. O importante é perceber que o 'app' precisa ter uma razão para existir, ser funcional, pensar qual público pretende atingir."


Estudantes criam aplicativos para driblar a burocracia das universidades - Folha de S Paulo