Translate

19 outubro 2013

Rir é o melhor remédio

O que faziam os nossos ancestrais, já que não existia a internet. Eis algumas atividades, com as vantagens e desvantagens:





Adaptado daqui

Fato da Semana

Fato: A pressão do parlamento europeu para que o Iasb considere, na sua estrutura conceitual, a questão da prudência. A sustentação dos trabalhos do Iasb depende de doações. Hoje, um terço das doações tem sua origem na Europa, que adota as normas internacionais de contabilidade há anos. Entretanto, durante a crise financeira, algumas demonstrações contábeis apresentaram uma visão otimista, o que enfureceu alguns reguladores europeus. A troca do dinheiro pela prudência – em lugar da representação fidedigna que atualmente existe na estrutura conceitual do Iasb – seria, segundo o presidente do Iasb inaceitável e ameaçaria a independência da entidade.

Ao mesmo tempo, o Iasb não tem conseguido adeptos de peso para suas normas. Os Estados Unidos evitam comprometer-se. E o Japão, recentemente, decidiu também não impor cronograma para sua adoção.

Qual a relevância disto? Muita coisa está em jogo: a independência do Iasb, o financiamento das despesas da entidade com sede em Londres, a mudança de um paradigma moderno, o poder de pressão do parlamento europeu, entre outros aspectos. É uma questão política, mas com influencia sobre a consolidação das normas internacionais.

Positivo ou Negativo?  Depende do lado. Para o Brasil que abraçou as normas internacionais de contabilidade sem muito debate e questionamento, um eventual recuo da comunidade europeia seria muito ruim. Mas a discussão sobre a questão da prudência é útil e importante.

Desdobramentos – Será que o parlamento europeu irá comprar esta briga? Em caso afirmativo, a sobrevivência do Iasb no longo prazo pode estar ameaçada. Mas particularmente não acredito nisto. Ademais, o presidente do Iasb é um político (lembre-se que ele é historiador por formação e possui poucos conhecimentos de contabilidade, conforme já afirmou no passado) e foi escolhido exatamente para fazer esta função.


A escolha do fato da semana é muito difícil para este blogueiro. Em algumas semanas, mais de um fato importante, como é o caso desta semana (a questão fiscal também foi importante, onde incluiu o anúncio da SRF sobre o RTT). Em outras, a semana tem poucas novidades. 

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1 – Apesar da controvérsia sobre a qualidade do trabalho dela, esta gestora foi eleita, pela revista Fortune, a executiva mais poderosa do mundo
Dilma Rosseff, presidenta
Graça Foster, da Petrobras
Luiza Trajano, do Magazine Luiza

2 – Este país anunciou que não possui um prazo para adoção das normas internacionais. Atualmente as empresas podem adotar as normas dos Estados Unidos, as IFRS e as normas locais.
China
Japão
México

3 – Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Reino Unido são países com elevada responsabilidade fiscal. Na contabilidade, estes países possuem em comum:
Inexistência do Senado
Orçamento participativo
Regime de competência

4 – No balanço do JP Morgan foi destaque esta semana. Também pudera: a folha de pagamento da instituição financeira foi menor que
As baixas com empréstimos
As despesas legais
As participações no lucro

5 – Uma lista onde os ricos descansam, o primeiro lugar foi
Aspen, EUA
Cote D´Azur, França
St. Moritz, Suíça

6 – O Nobel de Economia foi dividido entre Shiller, Fama e Hansen. Este ganhador é o economista mais citado no período entre 1970 até os dias de hoje.
Fama
Hansen
Shiller

7 – A CVM pretende divulgar uma orientação para as empresas de capital aberto relacionada
Com o uso de redes sociais
Referente à captação de empréstimos do BNDES
Sobre a utilização da estrutura conceitual

8 – A Competition Commission determinou que as empresas devem promover a troca a cada dez anos
Da auditoria
Do conselho fiscal
Do presidente da empresa

9 – Das empresas que pediram recuperação judicial no Brasil quantas saíram recuperadas do processo
1% do total
10% do total
5% do total

10 – A SRF confirmou que irá acabar com
A Declaração de PF
O RTT
O SPED

11 – As empresas brasileiras levaram um puxão de orelhas da Transparência Internacional. Suas notas sobre políticas contra corrupção foram horríveis. O pior desempenho entre as empresas brasileiras ficou com
Marcopolo
Odebrecht
Votorantim

12 – Esta empresa, com intuito de economizar e cortar custo, resolveu reduzir os gastos com manutenção, colocando a vida dos usuários e empregados em risco
Azul
Havaianas
Infraero

Acertando 12 ou 11 questões = medalha de ouro; 10 ou 9 = prata; 6, 7 ou 8 = bronze

Respostas: (1) Foster; (2) Japão; (3) Regime de competência; (4) despesas legais; (5) Cote D´Azur, França; (6) Fama; (7) uso de redes sociais; (8) auditoria; (9) 1%; (10) RTT; (11) Odebrecht; (12) Infraero

Ação do Google ultrapassa mil dólares

O Google – que responde pelo blogspot – atingiu uma marca nas suas ações: cada ação tem um valor acima de mil dólares. Com isto o valor da empresa é de 336 bilhões de dólares. Apesar disto, o Google ainda está distante da Berkshire Hathaway, a empresa do legendário investidor Warren Buffett, onde cada ação custa 175 mil dólares.

Apesar disto, o valor de mercado da Apple ainda é muito superior a empresa de busca, conforme o gráfico abaixo.


 Mas a diferença de avaliação entre as duas empresas diminuiu em relação aos 400 bilhões de dólares, ocorrida em 2012.

Governo facilita pagamento de tributos

As empresas brasileiras com filiais ou coligadas em outros países terão até oito anos para pagar tributos sobre os lucros referentes às atividades internacionais. Na próxima semana, o governo editará uma medida provisória (MP) com o novo regime de tributação para os lucros do exterior. A MP também ampliará, de dez para 15 anos, o prazo do parcelamento de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) devido pelas companhias.

Atualmente, o governo cobra a diferença entre os impostos pagos lá fora e os tributos devidos no Brasil. A diferença é quitada no ano seguinte à apuração no balanço da companhia. Com a MP, as empresas poderão parcelar os tributos sobre o lucro em oito anos, pagando parcelas de 2,5% mais juros nos sete primeiros anos e uma parcela final de 82,5% no oitavo ano.

O pagamento será atualizado para variação do câmbio e pela Libor (taxa de juros variável internacional). O benefício não vale para filiais e coligadas instaladas em paraísos fiscais e para rendas passivas (não relacionadas à atividade da empresa, mas à valorização de ativos e a receitas financeiras). Nesses casos, as empresas terão de pagar integralmente os tributos no ano seguinte ao registro do lucro no balanço.

Além de parcelarem o pagamento do IR e da CSLL, as empresas poderão abater do cálculo do lucro no exterior os dividendos recebidos pela matriz no Brasil e o pagamento do IR retido na fonte sobre o pagamento de juros, royalties e serviços. Segundo a Receita Federal, os itens devem ser descontados da tributação sobre o lucro porque o imposto foi pago em uma etapa anterior (na fonte).

Segundo o secretário executivo interino do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, a mudança tem como objetivo aproximar a legislação brasileira da de outros países, que oferecem incentivos para as empresas que instalam subsidiárias no exterior. "Existem países como Japão, China, Argentina e Holanda que não tributam os lucros do exterior. A medida vai melhorar a competitividade das empresas brasileiras no cenário internacional", justificou.

O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, ressaltou que a legislação é fruto de dois anos de discussão com o setor privado. De acordo com ele, era necessário modernizar a tributação de lucros no exterior, porque o nível de internacionalização das empresas brasileiras cresceu nos últimos anos, gerando disputa judicial. "Muitas empresas passaram questionar na Justiça se a variação cambial deveria ser computada como lucro e se a cobrança de lucros no exterior não implicava dupla tributação", explicou.

Por causa das contestações na Justiça, a Receita estima que o montante da dívida das empresas com filiais ou coligadas no exterior com o Fisco esteja entre R$ 70 bilhões e R$ 100 bilhões, em valores corrigidos e acrescidos de juros e multas. Na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.865, que institui o parcelamento dos débitos das companhias em até dez anos, com desconto nas multas e nos juros, desde que o empresário desista da ação na Justiça.

A nova MP ampliará os benefícios da renegociação. O prazo do parcelamento será ampliado de 120 meses (dez anos) para 180 meses (15 anos). Além disso, o governo permitirá que o empresário use o prejuízo do ano anterior para abater até 30% da dívida total no pagamento à vista. O desconto podia ser aplicado no pagamento a prazo. Segundo Barreto, o governo pretende arrecadar de R$ 5 bilhões a R$ 8 bilhões apenas com o parcelamento.


Fonte: Brasil Econômico

18 outubro 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Estrutura Conceitual: Receita e Despesa - Parte 1

Receitas e Despesas

O CPC 00, que apresenta a estrutura atual da contabilidade brasileira e dos países que adotam as normas internacionais, define receitas e despesas. As receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante um período contábil, sob a forma de (a) entrada de recursos ou (b) aumento de ativos ou (c) diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais.

Já as despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de (a) saída de recursos ou (b) redução de ativos ou (c) assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais.

Conforme Niyama e Silva (2013), as definições de receitas e despesas são espelhadas:

A figura (adaptada de Niyama e Silva) mostra que atualmente a definição de receitas e despesas é ampla e existe uma relação entre elas.

A grande novidade da proposta de estrutura conceitual do Iasb é que não existe novidade na definição de receita e despesa. Ou seja, tudo permanece como está (muito embora estejamos na expectativa que a tradução do CPC seja mais “amigável”). Isto de certa forma é ruim, pois a definição atual é muito longa e está muito associada ao mecanismo de partidas dobradas. Quanto a este aspecto, observe que a definição propriamente dita de receita está na primeira sentença: aumento nos benefícios econômicos. O restante refere-se a equação contábil: sob a forma de entrada de recursos (receita à vista), aumento de ativos (receita a prazo ou o escambo), redução de passivo (receita antecipada), exceto o aumento de capital. O mesmo se aplica a definição de despesa.

As definições de receitas e despesas devem considerar, e tentar resolver, as seguintes questões: (a) a questão de obtenção de serviço, oferecendo como pagamento ações da entidade; (b) a distinção com ganhos e perdas; (c) alguns tipos de lucros.


Com respeito ao primeiro tópico – obtenção de serviço em troca de ações – um caso típico seria os executivos das empresas que recebem ações ao longo do tempo. Nestas situações, a posição do Iasb é que devem ser considerados como despesas. Os dois outros aspectos apresentam maiores nuances. 

Prouni

Os grupos de ensino superior vão entrar na Justiça no próximo mês para derrubar a Instrução Normativa nº 1.394 da Receita Federal, que muda as regras de isenção de tributos do Prouni, programa do governo federal de concessão de bolsa de estudos. A nova norma estabelece várias mudanças, mas duas são as mais relevantes. Uma delas é a incidência do Imposto de Renda adicional de 10% sobre o LL que, até então, não era tributado para os grupos educacionais participantes do Prouni. A outra modificação é que a partir de janeiro de 2014 o cálculo para isenção do imposto passa a ser feito com base em um valor financeiro pré-determinado e não mais sobre a quantidade de bolsas ofertada. Trocando em miúdos: a faculdade que conceder 50% de R$ 100 mil em bolsas terá isenção de 50%. Atualmente, as faculdades que concedem bolsas de estudo são isentas de IR. Desde a criação do ProUni em 2005, as faculdades deixaram de pagar quase R$ 4 BI em impostos e beneficiaram cerca de 1,7 MM de alunos. "Há uma série de inconsistências que já foi mapeada. Estamos reunindo várias entidades e sindicatos do setor pra ingressar com a contestação", disse Elizabeth Guedes, vice-presidente da (Anup)."

Fonte Aqui

Slow Science

(...) Agora, da terra do resistente Asterix, nos chega uma nova onda do slow movement: a slow science. Seus arautos condenam a cultura da pressa e do imediatismo que invadiu, nos últimos anos, as universidades e outras instituições de pesquisa. A fast science, segundo os rebeldes franceses, busca a quantidade acima da qualidade. Aprisionados pela lógica do “produtivismo” acadêmico, os pesquisadores tornam-se operários de uma linha insana de montagem. E quem não se mostrar agitado e sobrecarregado, imerso em inúmeros projetos e atividades, será prontamente cunhado de improdutivo, apático ou preguiçoso.

Os cientistas signatários da slow science entendem que o mundo da ciência sofre de uma doença grave, vítima da ideologia da competição selvagem e da produtividade a todo preço. A praga cruza os campos científicos e as fronteiras nacionais. O resultado é o distanciamento crescente dos valores fundamentais da ciência: o rigor, a honestidade, a humildade diante do conhecimento, a busca paciente da verdade.

A “mcdonaldização” da ciência produz cada vez mais artigos científicos, atingindo volumes muito além da capacidade de leitura e assimilação dos mais dedicados especialistas. Muitos trabalhos são publicados, engrossam as estatísticas oficiais e os currículos de seus autores, porém poucos são lidos e raros são, de fato, utilizados na construção da ciência.

Os defensores da slow science acreditam que é possível resistir à fast science. Sonham com a possibilidade de reservar ao menos metade de seu tempo para a atividade de pesquisa; de livrarem-se, vez por outra, das demandantes atividades de ensino e das tenebrosas atividades administrativas; de privilegiar a qualidade em detrimento da quantidade de publicações; e de preservar algum tempo para os amigos, a família, o lazer e o ócio.

A eventual chegada da onda da slow science aos trópicos deve ser observada com atenção. Por aqui, cruzará com a tentativa de fomentar a fast science. Entre nós, o objetivo de aumentar a produção de conhecimento levou à criação de uma slow bureau-cracy, que avalia e controla o aparato científico. A implantação gradativa da lógica fast, com seus indicadores e suas métricas, pretende definir rumos, estabelecer metas, ativar as competências criativas da comunidade científica local e contribuir para a construção do futuro da augusta nação. Boas intenções!

Os efeitos colaterais, entretanto, são consideráveis. A lógica fast está condicionando os cientistas operários a comportamentos peculiares. Sob as ordens de seus capatazes acadêmicos ou por iniciativa própria, eles estão reciclando conteúdos para aumentar suas publicações; incluindo, em seus trabalhos, como autores, colegas que pouco ou nada contribuíram; e assinando, sem inibição, artigos de seus alunos, aos quais eles pouco acrescentaram. Tudo em prol da melhoria de seus indicadores de produção.

Enquanto as antigas gerações vão se adaptando, aos trancos e barrancos, ao modo fast, as novas gerações de pesquisadores já são formadas sob os princípios da nova doutrina. Aqui, como ao norte, vão adotando o lema da fast science: publish or perish (publique ou desapareça). E, se o objetivo é publicar, vale tudo, ou quase tudo. Para onde vão os cientistas e a ciência? O destino não é conhecido, mas eles estão indo cada vez mais rápido.


Slow science - Thomaz Wood Jr. - (dica de Alexandre Alcantara)

Análise de sentimentos pela voz

Este é um sistema de detecção usado para analisar, não o significado das palavras das pessoas, mas as entonação de sua voz: "Conflito entre o desejo e o autocontrole. Solidão, fadiga, frustração emocional", dizia o teletexto acima da cabeça de Jobs enquanto ele falava. Instantes mais tarde, sugeriu outro diagnóstico: "Insistência, teimosia. Possivelmente egoísmo infantil". E a conclusão: "Tristeza mesclada a felicidade. Possivelmente nostalgia".

Os seres humanos em geral sentem-se desconfiados quando seus interlocutores, por ansiedade ou sarcasmo, pronunciam frases em voz alta que contradizem seus sentimentos íntimos. Agora, novas técnicas de análise de voz computadorizada prometem ajudar as máquinas a identificar quando frases que soam como jocosas como a de Jobs trazem certa frustração e até dor. Embora o software ainda se encontre em sua fase inicial, desenvolvedoras como a Beyond Verbal, uma startup de Tel-Aviv, oferecem essa tecnologia incipiente como uma abordagem mais profunda para os call centers e outros serviços ao cliente que procuram ler e responder às emoções dos consumidores em tempo real. A companhia afirma que seu software pode detectar 400 variações de humor diferentes.

"Não é o que você diz, mas como diz", explica Dan Emodi, vice-presidente de marketing da Beyond Verbal. "Ouvindo estes diferentes padrões, podemos fazer com que as máquinas compreendam pela primeira vez o lado emocional das nossas mensagens."

Os consumidores, no entanto, podem se assustar com a ideia de que um operador estranho vai invadir sua "psique". Segundo analistas do setor, as companhias que adotam a detecção da emoção teriam de ser transparentes com os consumidores, alertando-os sobre a utilização e a análise dos seus dados, além da informação que estamos acostumados a ouvir: "Para a sua segurança esta ligação poderá ser gravada". "A questão é de privacidade, você está gravando a conversa do consumidor", diz Donna Fluss, presidente da DMG Consulting, empresa que faz pesquisa de mercado focando o setor de call centers.

Riscos. "Tenho a impressão de que o maior risco desta tecnologia não está no fato de ela violar a privacidade das pessoas, mas de as companhias acreditarem nela e a usarem para fazer julgamentos sobre clientes ou empregados em potencial", observa George Leowenstein, professor de psicologia na Carnegie Mellon University. "Ela pode acabar sendo usada para tomar decisões arbitrárias e até mesmo discriminatórias."


New York Times - Natasha Singer - publicado Estado de S Paulo, 15 de out de 2013 - B13

Multis brasileiras e corrupção

Um estudo da Transparência Internacional divulgado nessa quarta-feira, 16, na Alemanha, mostra que as principais multinacionais brasileiras precisam aprimorar os mecanismos de combate à corrupção, aumentar a transparência organizacional e a prestação de contas sobre suas atividades no exterior. O levantamento - Transparência em Relatórios Corporativos: Avaliando o Mercado das Multinacionais Emergentes - faz uma análise da ética nos negócios por parte das 100 maiores companhias internacionais de 16 países emergentes.

Para a Transparência Internacional, as grandes empresas do Brics - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - e de países como Chile, Hungria, México, Turquia e Malásia, entre outros, ainda são pouco transparentes e estão distantes dos modelos de combate à corrupção e de abuso de poder adotados na Europa e nos Estados Unidos. Em uma escala de 0 a 10, na qual as maiores notas indicam mais transparência, a média das 100 companhias foi de 3,6 e apenas 1 em 4 multinacionais receberam nota acima de 5.

As empresas brasileiras estão bem aquém dos critérios defendidos pela Transparência Internacional. A nota média das 13 companhias analisadas foi de 3,4 - acima apenas do índice das 33 estatais chinesas analisadas, quando se considera os cinco países do Brics. A mais bem classificada no ranking, a Marcopolo, está em 30.º lugar, com nota 4,8, e apenas uma das empresas, a Votorantim, tem regras explícitas de proibição ao pagamento de propina a agentes públicos. O pior desempenho entre as brasileiras é o da Odebrecth, com 0,2 na escala da entidade. (...)


Fonte: Estado de S Paulo, Multis brasileiras têm nota baixa contra corrupção - Jamil Chade - 17 de outubro de 2013

Reino Unido e Big Four

O gráfico mostra o mercado de auditoria no Reino Unido nas maiores empresas da bolsa de Londres. A PwC tinha um pouco menos de 40% do mercado em 2001 e 30% em 2010. As outras empresas tiveram um aumento na participação. Parece que a situação piorou, mas existe um pequeno problema no gráfico: Andersen. Com a saída da empresa do mercado, o número de empresas auditadas por "outras empresas de auditoria" caiu de 10% do mercado para menos de 5%.

De qualquer forma, a ilustração é mais uma prova do oligopólio no setor de auditoria.

Futebol e Ranking da Fifa

Recentemente a Fifa, a entidade que promove a Copa do Mundo, anunciou que os cabeças de chave para este torneio irá respeitar o seu ranking. E surgiu a surpresa de que dos países que serão considerados os mais importantes em cada grupo: Espanha, Alemanha, Argentina, Colômbia, Bélgica, Suíça, Uruguai (se classificar) e Brasil (por ser o país sede).

Quem conhece futebol sabe que Colômbia, Bélgica e Suíça não são forças no futebol mundial. E França, Inglaterra e Holanda foram desprezadas pelo critério da Fifa.

A razão está no fato do ranking da Fifa ser muito ruim. Mas muito ruim mesmo. Aqui um exemplo interessante: o jogo Espanha 4 x 0 Itália, no final da Euro 2012, significou 846 pontos para Espanha no ranking; e o jogo Estados Unidos 5 x 1 El Salvador trouxe 903 pontos para os Estados Unidos. No cômputo da Fifa não se leva em consideração onde o jogo é realizado, a relevância da partida, se os times titulares estão em campo, entre outras variáveis.

A alternativa é um ranking criado por Nate Silver para a ESPN. Pelo critério de Silver os grupos seriam: Brasil (primeiro do ranking), Argentina, Espanha, Espanha, Alemanha, Chile, Colômbia, França e Uruguai. Mas ainda assim a presença de Chile e Colômbia é controversa.

A melhor solução seria um critério subjetivo, onde França, Inglaterra ou Holanda também comandariam um dos grupos.

17 outubro 2013

Rir é o melhor remédio




Adaptado daqui

Em busca da ignorância

Administração pelo resultado

Uma notícia do Estado de S. Paulo informou que a Infraero estaria cortando despesas dos contratos de manutenção:

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) determinou cortes substanciais nos contratos de manutenção preventiva dos aeroportos que administra. As medidas, adotadas apesar de alertas de que podem comprometer a segurança, têm o objetivo de reduzir gastos de custeio diante da previsão de prejuízo operacional de R$ 391,1 milhões.

A diretoria financeira da estatal projeta insuficiência de caixa a partir de janeiro de 2014. As informações constam de memorando interno, ao qual o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, teve acesso. A previsão de uma "situação financeira crítica" revela rápida deterioração do balanço da Infraero no primeiro ano após o início das concessões. Em 2012, houve lucro operacional de R$ 594,2 milhões e lucro líquido de R$ 396,7 milhões.

O desequilíbrio financeiro tem ligação direta com a concessão dos aeroportos de Brasília (DF), Viracopos (SP) e Guarulhos (SP) à iniciativa privada, em 2012. Juntos, eles respondiam por 38% da receita. Agora, a empresa recebe apenas o proporcional à sua participação de 49%, o que representou queda de 31,5% na receita de janeiro a agosto. O prejuízo chega a R$ 201,2 milhões no período e "não existe expectativa de reversão até o final do ano".

A situação tende a se agravar com os leilões de Confins (MG) e Galeão (RJ) no mês que vem. Em julho, o governo autorizou aporte de R$ 1,35 bilhão na empresa. Para 2014, estão previstos outros R$ 2 bilhões.

As medidas excepcionais de contenção foram aprovadas pela Infraero no fim de agosto e atingirão todos os aeroportos sob sua gestão, à exceção dos três já privatizados. Executivos da área operacional avaliam que elas reduzem a possibilidade de reversão do déficit. "Sobretudo, criam situação de alto risco para os gestores dos processos operacionais que envolvem vidas humanas", diz o documento interno. No aeroporto do Galeão, por exemplo, foram cortados 57% de pelo menos nove contratos de serviços de manutenção.

O trecho a seguir usa um termo pouco lembrado na literatura:

A falta de manutenção também pode se refletir em perda de equipamentos e custos mais altos de reposição, além de trazer "consequências operacionais imensuráveis". Os cortes anunciados pelas superintendências regionais da Infraero nos contratos de limpeza levam os superintendentes "a projetar o caos, especialmente na alta temporada de fim de ano e na Copa de 2014". Para o especialista em aviação Respício Espírito Santo, a redução do valor não significa necessariamente interromper a manutenção.

Em outro texto, o mesmo jornal afirma os perigos das medidas:

Às vésperas do leilão que concederá sua gestão à iniciativa privada, em 22 de novembro, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro sofreu cortes de 57% em pelo menos nove contratos de prestação de serviços de manutenção preventiva. O Galeão é um dos aeroportos afetados pela determinação da Infraero de apertar o cinto para reduzir despesas.

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que o custeio médio mensal dos contratos de manutenção do aeroporto cairá dos atuais R$ 4,274 milhões para R$ 1,823 milhões mensais - excluídos os gastos com água e esgoto.

A Infraero reduziu em 75,5% o valor mensal pago no contrato de manutenção e operação do sistema elétrico do aeroporto, para R$ 267,4 mil, e de 206 para 44 o pessoal alocado nos serviços, prestados pelo consórcio MPE/Consbem. Segundo relatório do superintendente do Galeão, Emmanoeth Jesus Vieira de Sá, os sistemas de Auxílios Visuais e Navegação Aérea ficarão expostos a interrupções não programadas, assim como as pistas.

O relatório afirma que a manutenção preventiva nas pontes de embarque do Galeão será interrompida. Isso porque a Superintendência Regional da Infraero no Rio também reduziu de 50 para 20 o efetivo encarregado, bem como o valor pago.

A falta de manutenção nas pontes, com mais de 30 anos, resultará em "situação fora de controle" e "de gestão totalmente vulnerável frente aos órgãos de fiscalização". Além de reduzir a capacidade operacional do aeroporto, a mudança pode "gerar acidentes com aeronaves, causando prejuízos financeiros incalculáveis".

Como o Galeão será privatizado, não seria de interesse da Infraero fazer manutenção. O problemas seriam corrigidos pela nova administração. Mas isto é uma atitude "burra" já que o preço obtido na privatização seria menor.

A empresa publicou uma "resposta" ao texto. A Diretoria Executiva afirma que o ajuste aprovado não é compatível com os cortes anunciados e não colocam em risco os serviços. Mas está convocando os superintendentes do aeroporto para justificar os cortes.

IPO da Azul

Terceira maior empresa do setor aéreo do Brasil havia desistido duas vezes da abertura de capital por condições adversas do mercado.

A Azul, terceira maior empresa do setor aéreo no Brasil, após adiar duas vezes sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), teve o registro de abertura de capital oficialmente cancelado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O parecer foi publicado na véspera no site do órgão.

Inicialmente prevista para julho, a abertura de capital avaliada em R$ 1 bilhão foi remarcada para setembro e depois ficou em aberto. No entanto, a companhia aérea informou que manteria a intenção de confirmar o IPO em comunicado enviado ao Brasil Econômico no dia 13 de agosto.

"A Azul Linhas Aéreas Brasileiras informa que mantém a intenção de abrir seu capital, entretanto, está acompanhando de perto o mercado de capitais para determinar o melhor momento de realizar sua oferta pública de ações, o qual ainda não está definido".

Os recursos captados na oferta primária seriam usados para expansão de seus negócios, incluindo investimentos em aeronaves para aumento de frota, crescimento do número de rotas e reforço do capital de giro.


Fonte: Aqui

SPED para estrangeiros

(...) O resultado acaba de sair do forno: o livro “Big Brother Tax – The impacts at small Brazilian companies” (“Big Brother Fiscal – Os impactos nas pequenas empresas brasileiras”), pensado a partir dos mais de 15 anos de experiência do autor, com a finalidade de prover executivos procedentes de outros países com informações gerais ligadas à área.

Pioneiro a escrever sobre o SPED no Brasil, com uma série de cinco livros iniciada em 2008, ele agora também é o primeiro a tratar do assunto em língua inglesa, para detalhar aos leitores internacionais as múltiplas variáveis que cercam a implantação dessa sistemática, iniciada por aqui em 2006. (...)

Fonte: Aqui

CVM e Finanças Comportamentais

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) promoverá um seminário sobre educação ao investidor e economia comportamental em dezembro, no Rio. O evento contará com especialistas brasileiros e internacionais e, segundo José Alexandre Cavalcanti Vasco, superintendente de proteção e orientação ao investidor da CVM, faz parte dos trabalhos de comitê sobre o tema criado pela Organização Internacional das Comissões de Valores (Iosco, na sigla em inglês), entidade que reúne as principais autoridades reguladoras de mercados do mundo. Esse comitê é coordenado conjuntamente pela CVM e pela Ontario Securities Commission (OSC), do Canadá, e deverá propor uma política para educação e proteção ao investidor, que será seguida globalmente. 

Os trabalhos dos reguladores nesse sentido, conta Vasco, começaram com a preocupação de garantir a ampla divulgação de informações aos investidores. No entanto, olhar apenas para isso não é suficiente para uma boa decisão de investimento. "As pesquisas mostram que, nesse campo, educação apenas não basta. Você pode prover toda a informação ao investidor, mas o que vai fazer diferença é o comportamento dele ao tomar suas decisões. E isso está bastante ligados a hábitos particulares de investimento", diz Vasco. Uma comparação possível é com um fumante. Não basta dizer a ele que o cigarro faz mal à saúde para convencê-lo a largar o hábito. 

"Os estudos indicam comportamentos repetitivos que levam indivíduos a tomar decisões às vezes desastrosas, apesar de terem toda a informação", diz. 

 As questões financeiras são intimamente ligadas ao comportamento, uma vez que exigem paciência, perseverança e adoção de um plano a ser seguido. Estudos também já desenvolvem modelos de educação a partir do mapeamento de quais áreas do cérebro são ativadas no momento em que as pessoas investem.

O evento trará, dias 10 e 11 de dezembro, oito painéis sobre o tema, com a presença de economistas, neurocientistas, educadores e psicólogos. "O público-alvo não é o investidor, embora ele esteja convidado, mas sim aqueles que trabalham com educação financeira." 

Entre os participantes, está Richard L. Peterson, autor de livros sobre o tema, e que, por meio de videoconferência, falará sobre a mente do investidor. O evento também terá Noel Maye, principal executivo da Financial Planning Standards Boards (FPSB), e Robert Stammers, diretor de educação financeira do CFA Institute. Eles participarão do painel que tratará da capacidade dos profissionais do mercado de prover educação financeira aos investidores. Haverá sessões específicas sobre estruturação de projetos que possam fazer a diferença na hora do investimento a partir da ótica comportamental e também estudos sobre educação financeira para crianças.

Fonte: Valor Econômico / Paula Ragazzi - 16.10.13 - CVM ORGANIZA DEBATE SOBRE FINANÇAS COMPORTAMENTAIS via aqui

16 outubro 2013

RTT

O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, afirmou há pouco que a proposta para a extinção do Regime Tributário de Transição (RTT) já foi encaminhada à Casa Civil e "pode sair a qualquer momento". Barreto lembrou que o RTT, conforme a previsão inicial da Receita, já deveria ter sido extinto. "Estamos, então, falando da medida que vai aproximar a legislação tributária e a nova contabilidade", explicou. O secretário disse esperar para a próxima semana a Medida Provisória com a extinção do RTT.
Um dos ganhos com o fim do RTT para o contribuinte, segundo o secretário, é a eliminação de pontos controvertidos advindos com o regime. "Há um esforço para que cada vez mais empresas adotem novos critérios contábeis", afirmou.

O secretário confirmou que a proposta para acabar com o RTT vai dispensar a apresentação da Contabilidade Fiscal (FCont) e vai adotar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF), o que permitirá a eliminação da Declaração do Imposto de Renda para a Pessoa Jurídica (DIPJ). Essa mudança valerá a partir de 2015, para o ano-calendário de 2014. A Receita avalia que isso vai diminuir o custo de conformidade das empresas e da administração tributária.

No último dia 2, depois de muita polêmica em torno da Instrução Normativa 1.397, que trata do RTT, a Receita Federal decidiu voltar atrás e anunciou que não irá fazer a cobrança retroativa de Imposto de Renda sobre a distribuição de lucros e dividendos para as empresas que estavam utilizando o critério de apuração por lucro societário.

Sem o RTT, a legislação tributária será adequada às constantes alterações da legislação societária e dos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), segundo o secretário da RF. O subsecretário substituto de Fiscalização, Iágaro Martins, esclareceu que a mudança não é automática. "Os pronunciamentos do CPC serão revistos anualmente para verificar se será necessário fazer alterações na legislação", disse.


Regime Tributário de Transição será extinto, diz RF - Por Laís Alegretti