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14 outubro 2010

Receita

Um clima de indefinição ronda o setor imobiliário brasileiro. Faltando aproximadamente seis meses para a largada da divulgação dos números consolidados do ano, construtores e auditores ainda não chegaram a um consenso sobre a adesão ao padrão internacional, o chamado International Financial Reporting Standards (IFRS).
O centro da discussão é a alteração no reconhecimento de receita das companhias do ramo de construção, tanto as de capital aberto como as fechadas, com faturamento acima de R$ 300 milhões.

No Brasil, os balanços do setor acompanham o desenvolvimento das obras, o modelo Percentage of Completion (POC) - ou percentual de conclusão, na sigla em inglês. Na nova regra, obedecendo a lógica do negócio, o dinheiro só entra oficialmente quando as chaves forem entregues ao proprietário do imóvel.

Ainda há muita polêmica e falta de clareza sobre o tema, admite Tadeu Céndon, sócio da Price. No entanto, isso não pode fazer com que as empresas deixem de alertar seus acionistas sobre os possíveis impactos das alterações.

"A nova norma pode pressionar o Valor Geral de Vendas, principal indicador das companhias do setor. A atenção dos analistas será redobrada, pois há muita pressão para que as empresas entreguem o que prometeram", diz.

Céndon lembra que uma das formas de tranquilizar o mercado é abastecê-lo com um número maior de informações. Balanços trimestrais robustos, recheados com notas informativas e cenários para esclarecer como a empresa pretende honrar o fluxo de pagamento de dividendos, serão ferramentas usadas pelas empresas que fizerem a lição de casa.

"Os benefícios da divulgação são maiores que os eventuais prejuízos em não divulgar a alteração adequadamente. As empresas precisam deixar claro que seus fundamentos permanecem." Em outras palavras: o novo modelo contábil não tem o poder de tornar uma empresa melhor ou pior do que era.

Se para as companhias listadas a principal preocupação é comunicar os impactos da nova norma para que o mercado não castigue suas ações na bolsa, para as de capital fechado os focos de atenção são outros, diz Julian Clemente, sócio de auditoria da Crowe Horwath RCS. "Elas temem ver suas receitas encolherem temporariamente, o que pode fazer com que os bancos dificultem ou simplesmente não aceitem abrir linhas de financiamento."

A regra que altera a forma de contabilizar as receitas das empresas do setor é tão complexa que tem provocado discussões acaloradas no mundo todo. E por aqui não tem sido diferente. Um grupo formado por grandes empresas de contabilidade, analistas de bancos de investimentos e representantes das companhias tem debatido o tema, cujo desfecho deve ocorrer entre o fim deste mês e o próximo.

A decisão de adotar a norma está condicionada à definição de uma dúvida: as empresas do segmento fazem uma venda com entrega futura ou são meras prestadoras de serviços. "A norma sobre receitas se aplica ao primeiro caso", diz Walter Dalsasso, da Deloitte.

Mas o que de fato parece inquietar as empresas nesse processo é o ciclo das obras. Ou seja, o intervalo que uma incorporadora demora entre o lançamento de um projeto e a efetiva entrega da unidade a seu proprietário. No Brasil, esse tempo é maior, de cerca de 30 meses, estima Dalsasso. E deixar de fora dos balanços receitas por todo esse tempo é a grande preocupação do setor.

Consenso

Segundo o professor Eliseu Martins, um dos grandes especialistas em contabilidade internacional no Brasil, a discussão está bastante evoluída e deve levar a um consenso rapidamente. Ele faz parte do grupo de trabalho da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que discute o tema desde março.

Qualquer adiamento é descartado. "Não há qualquer previsão ou intenção de postergar. O prazo para aplicação das normas está mantido", afirma José Carlos Bezerra, gerente da superintendência de normas contábeis e auditoria da CVM.


Novo Modelo Contábil Coloca Setor Imobiliário no Muro - Brasil Econômico - Via Contabilidade e Controladoria

Grafismo

Professor, o autor do texto publicado em seu blog comete uma serie de equivocos qto aos preceitos da analise tecnica (AT). Acho que seria interessante que o sr. publicasse a reportagem da Folha de SP (link abaixo) sobre as escolas de investimento: tecnica e fundamentalista.

Sou eng agronomo de formacao, mas, na pratica, sou investidor iniciante em mercado de acoes e estudioso da analise tecnica ou grafica, como eh mais conhecida.

Ao contrario do dito no texto, a analise tecnica nao anteve nenhum movimento do mercado. Ela simplesmente monitora o comportamento do mercado e busca, como objetivo mais importante, determinar a tendencia do ativo que se pretende negociar.

Qto ao status de bruxaria ou profecia auto-realizavel a que muitos atribuem a AT, isso tambem nao eh verdadeiro. A AT trabalha, entre outras coisas, com figuras graficas, as quais, conforme literatura especializada, apresentam diversos graus de probabilidade de sucesso na ocorrencia de determinados movimentos. A partir dessa constatacao, aumenta a probabilidade de se trabalhar com cenarios estatisticos favoraveis, ja que busca-se iniciar operacoes apenas com esperanca matematica positiva.

Na minha visao de AT, a unica bruxaria de algumas escolas de grafistas, sao as ondas de Elliot. A dificuldade e o atraso na identificacao na formacao das ondas retardam a entradaem uma operacao, o que reduz a possibilidade de ganho e torna o uso dessa tecnica muito complexo. A contagem das ondas eh muito dependente do movimento dos precos, alterando a numeracao das ondas, conforme o desenrolar do mercado.

Qto ao Fibonacci, assim como eh dito pelo Odir Aguiar (Didi), um dos grafistas mais respeitados do pais, seu uso eh dispensavel, ja que todo o mercado como um todo ja se encontra "Fibonaccizado", o que se verifica pelas localizacoes dos suportes e resistencias, muitas vezes coincidentes com os numeros de Fibonacci.

Caso o professor queira entrar em contato com verdadeira autoridade no tema, sugiro entrar em contato com o Didi. Outro analista muito competente e mais acessivel eh o Raphael Figueredo, analista do Forum da MYCAP corretora. Ele tem diversas analises de acoes publicadas em diversos jornais e sites, como o Infomoney.

Nessa reportagem da FOLHA de SP, ha um "confronto ideologico" entre um analista fundamentalista e um tecnico, nesse caso, o Didi. Vc vai notar as sultilezas da AT, atraves das respostas do DIdi.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/809349-qualquer-um-pode-ficar-rico-com-a-bolsa-diz-analista-de-mercado.shtml

Gustavo

Fisco

Os governos estaduais e o governo federal a cada ano estão aperfeiçoando os processos de fiscalização por meio de tecnologias inteligentes, com o objetivo de reduzir ou acabar com a sonegação fiscal no Brasil.

Algumas perguntas surgem neste cenário: o que as empresas têm a ver com isto? Minha empresa será atingida? Vou pagar mais impostos ou menos? A empresa que sonega irá sobreviver?

Atualmente, o governo tem controle sobre as compras que as pessoas e as empresas realizam utilizando o cartão e crédito, a compra e venda de imóveis, a movimentação financeira por meio dos bancos, sobre os produtos que as empresas compram e vendem usando a nota fiscal eletrônica e o sistema público de escrituração fiscal, sobre a contabilidade das empresas através do sistema público de escrituração contábil, entre outros. Todo esse controle exercido já chegou a ser apelidado de “Big Brother Fiscal”.

O que esses controles têm a ver com minha empresa? As empresas sonegadoras terão a cada dia menos oportunidade de burlar a lei, e, com isso, a concorrência será mais leal. Será mais difícil que os preços dos produtos e dos serviços se tornem menores (e, portanto, mais competitivos que os do mercado) à custa da sonegação.

A dúvida é se as empresas que sonegam sobreviverão, caso paguem todos os impostos, sendo que utilizam o não-pagamento das taxas para concorrer. A resposta é simples e complexa ao mesmo tempo. A grande diferença será a capacidade que as empresas terão de demonstrar para se manter e crescer gerenciando suas ações e não mais vivendo ou sobrevivendo da sonegação.

Gerenciar envolve conhecer o processo empresarial, desde entender o que os clientes querem com o produto ou serviço da empresa, passando pela gestão dos recursos financeiros, máquinas, custos e, principalmente, pela capacidade da empresa buscar e a manter profissionais qualificados para exercer suas funções.

Não tem volta em relação ao aprimoramento dos controles fiscais pelo governo, com o objetivo de reduzir a sonegação fiscal, o que as empresas precisam fazer é buscar incansavelmente como melhorar sua gestão e participar constantemente da sociedade através da participação nas entidades que podem representá-la.


Sua empresa, os impostos e a fiscalização - PAULO FELICIONI , DIRETOR-TESOUREIRO DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE JARAGUÁ DO SUL (ACIJS) - 14 Out 2010 - A Noticia

13 outubro 2010

Quem ganha e quem perde

... Com a escolha de Hans Hoogervorst:

Ganha:

Eurocentrismo - novamente uma europeu comandando o Iasb.

Mercado Financeiro/Bolsa de Valores - o novo chefe tem experiência em regulação do mercado financeiro. O papel o investidor deverá ser enfatizado.

Perde:

Países não europeus - a esperança de que o novo chefe fosse pelo menos neo-zelandês acabou.

Profissão contábil - ter um não contador como presidente do Iasb, órgão mundial responsável pelas normas contábeis. Precisa dizer mais?

Rir é o melhor remédio



No Facebook de Clark Kent, fotos da infância e um recado da sua mãe, para comprar leite quando voltar de Saturno.

Fonte: aqui

Links

Ciclo Menstrual e compra por impulso

Tempo para formar um hábito: de 18 dias a 254 dias

Aversão a perda no tenis

Racionalidade do goleiro no penalti

Menina gasta mais que menino

Estudo mostra que crianças com menos de 10 anos são mais hábeis com tecnologia do que com leitura ou escrita

Cliente, ponto de venda e ciência da compra

Teste #365

O anunciado presidente do Iasb, a partir de 2011, é graduado em:

Contabilidade
Economia
História

Resposta do Anterior: Alemanha. Fonte: aqui

Notícias sobre o novo chefe do Iasb XI

O texto menos convencional foi do Financial Times, que destaca o fato de não ser um contador e publica também uma foto não convencional de Hans hoogervorst:

The non-accountant at the IASB - Jennifer Thompson - Oct 12 15:20.

Call off the search. After a year-long global quest and the examination of more than 300 applications, the International Accounting Standards Board has found its man.

And he’s not an accountant. He’s this man:


Hans Hoogervorst, the former Dutch Minister of Finance, will succeed Sir David Tweedie as chairman of the IASB at the end of June next year. Ian Mackintosh, current chairman of the UK Accounting Standards Board, will become vice-chairman.

From the press release:

Hans is a senior and well-respected securities regulator who has a strong record defending the principles of transparency and independence. Ian is an accomplished accounting expert and international standard-setter.

And from Sir David Tweedie:

Their skill sets are entirely complementary. This is an excellent outcome.

So there you have it.

Hoogervorst and Mackintosh will certainly have a rather big job on their hands — not least driving forward international accounting convergence.

There are also relationships to be managed closer to home. The IASB came under fire earlier this year from L’Autorité des Normes Comptables, a new accounting standards body, concerning new lease accounting and governance.

So for the moment, it could well pay off to be a diplomat, not a beancounter at IASB HQ

Notícias sobre o novo chefe do Iasb X

Aqui, no endereço oficial do Iasb:

Trustees appoint Hans Hoogervorst to succeed Sir David Tweedie
12 October 2010

The Trustees of the IFRS Foundation, the oversight body of the International Accounting Standards Board (IASB), today announced the appointment of Hans Hoogervorst as chairman and Ian Mackintosh as vice-chairman of the IASB.

Mr Hoogervorst will succeed Sir David Tweedie on his retirement as chairman of the IASB at the end of June 2011. He is currently chairman of the Netherlands Authority for the Financial Markets (AFM), the Dutch securities and market regulator, chairman of the Technical Committee of the International Organization of Securities Commissions (IOSCO) and co-chair of the Financial Crisis Advisory Group (FCAG), an independent body of senior leaders formed to advise accounting standard-setters on their response to the global financial crisis. He will step down from all his present positions in order to join the IASB.

Mr Mackintosh, a former chief accountant of the Australian Securities and Investment Commission, has more than 30 years experience of national and international accounting standard-setting. He is currently chairman of the UK Accounting Standards Board and chairman of the group of national accounting standard-setters, a body in which more than 20 national and regional accounting standard-setting organisations participate.

Under the 10-year leadership of Sir David Tweedie, the IASB has succeeded in establishing International Financial Reporting Standards (IFRSs) as the accepted set of financial reporting standards in more than 100 countries. As the organisation’s second decade begins, the goal of a single, high-quality and globally accepted set of accounting standards is within reach. The new chairman brings a strong understanding of, and an ability to navigate through, the challenges facing the IASB on the path to global IFRS adoption.

Mr Mackintosh’s significant experience in the standard-setting field will assist the IASB as it seeks to establish IFRSs as the global standard. Both Mr Hoogervorst and Mr Mackintosh have demonstrated a firm commitment to protecting the independence of the standard-setting process and acting in the interest of investors and other stakeholders.

The appointments mark the end of a nearly year-long international search process. Trustees sought nominations from more than 500 stakeholder organisations, considered more than 300 candidates from 28 countries before compiling a reduced list of 45 individuals from 20 countries. The appointments were unanimously approved by Trustees during their October 12 and 13 meeting in Seoul, Republic of Korea.

Commenting on the appointments, Tommaso Padoa-Schioppa, chairman of the Trustees said:

I am delighted that we have succeeded in identifying a strong team to lead the IASB in its second decade. Hans is a senior and well-respected securities regulator who has a strong record defending the principles of transparency and independence. Ian is an accomplished accounting expert and international standard-setter.

In announcing the appointments, I would also like to express my deep thanks to Sir David Tweedie, who through a combination of personal determination and limitless energy has transformed the international financial reporting landscape.

Finally, I want to thank Sir Bryan Nicholson, who as chairman of the Trustees’ nominating committee led the search process to a successful conclusion.


Sir David Tweedie, current chairman of the IASB said:

I am delighted that the Trustees have chosen Hans, supported by Ian, to lead the IASB. I got to know Hans when he co-led the Financial Crisis Advisory Group and I have worked with Ian for many years. Their skill sets are entirely complementary. This is an excellent outcome.


Hans Hoogervorst, chairman-elect of the IASB said:

As a securities and market regulator I have investor protection in my DNA. I strongly believe that a global set of accounting standards, set for investors by an independent standard-setter, is an essential component for the world’s financial markets. These will remain my priorities.

The IFRS story is a remarkable one. I relish the opportunity to build on the great work of Sir David Tweedie and to lead the organisation into a second decade of success.

Ian Mackintosh, vice-chairman-elect of the IASB said:

I welcome the opportunity to serve as vice-chairman of the IASB, and to work with Hans and my new colleagues on the Board in developing the highest quality standards.

As a national standard-setter and someone long involved in the standard-setting process I understand the challenges facing the organisation. I am strongly committed to the cause of global standards.

Further information related to the appointment process is available from the IFRS Foundation website at www.ifrs.org.

Biography for Hans Hoogervorst

Mr Hoogervorst is chairman of the executive board, the Netherlands Authority for the Financial Markets (AFM), chairman of the IOSCO technical committee, co-chair of the Financial Crisis Advisory Group to the International Accounting Standards Board and chair of the IFRS Foundation Monitoring Board.

Between 1998 and 2007 Mr Hoogervorst held a number of positions in the Dutch Government, including minister of finance, minister of health, welfare and sport, and state secretary for social affairs. Prior to this Mr Hoogervorst served both as a member and senior policy advisor to the Dutch Parliament and the Ministry of Finance. He also spent three years as a banking officer for the National Bank of Washington in Washington, DC.

Mr Hoogervorst holds a Masters degree in modern history (University of Amsterdam, 1981) and a Master of Arts degree in international relations (Johns Hopkins University school of advanced international relations, majoring in international economics and Latin American studies).

 

Biography for Ian Mackintosh

Ian Mackintosh is chair of the UK Accounting Standards Board.

Originally from New Zealand, Ian has spent much of his career in Australia, first with Coopers & Lybrand and later as a consultant in his own practice. In November 2000, he was appointed Chief Accountant of the Australian Securities and Investment Commission and following that was Manager, Financial Management, South Asia at the World Bank.

Mr Mackintosh has played an active role in standard-setting since 1983. He was a member, and later Deputy Chairman, of the Australian Accounting Standards Board, as well as chairing its Urgent Issues Group. Mr Mackintosh is also a member of the International Accounting Standards Board's Standards Advisory Council. He has substantial public sector experience, having chaired both the Australian Public Sector Accounting Standards Board and the IFAC Public Sector Committee.

Notícias sobre o novo chefe do Iasb IX

The new International Accounting Standards Board (IASB) chairman must be part-politician and part-technician, a head of the IASB’s oversight committee has said.

Tommaso Padoa-Schioppa, chairman of the IASB trustees, said the newly-elected IASB chairman Hans Hoogervorst, who will replace Sir David Tweedie in June next year, has the right mix of political and technical experience needed to move the body forward.
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“Some of the key challenges facing the organisation in the next two or three years are technical but also highly political,” he said.

The nationality of the candidates was not a factor in the final decision, he told Accountancy Age from Seoul.

“The discussion…was not one where geographical factors played a significant role, it was much more about the profile and what sort of person the IASB would need in the coming years,” he said.

“The final decision gives a blend of political and policy-making experience, negotiating ability and leadership technical, expertise that I think that was seen by all trustees as the lend we need for the future.”

Hoogervorst will begin his new post just as the US is in the final stages of deciding whether to adopt international standards. The IASB has been trying to harmonise international and US accounting rules despite differences in how the two boards account for financial instruments.

Padoa-Schioppa said Hoogervorst had strong US connections.

“Hans has excellent relationships in the United States, he has co-chaired with Harvey Goldstein on the Financial Crisis Advisory Group.

He has a very strong relationship with [US Securities and Exchange Commission chairman] Mary Schapiro and he chairs the International Organisation of Securities Commissions (IOSCO) committee. He has lived in the US and worked there.”

Hoogervorst will also have to navigate a changing political landscape when he begins, with Japan, Argentina, Canada, Mexico and South Korea officially switching to international accounting rules in the next twelve months.

Hoogervorst said he had investor protection “in my DNA”.

“I strongly believe that a global set of accounting standards, set for investors by an independent standard-setter, is an essential component for the world’s financial markets. These will remain my priorities,” he said.

He will also have to work with European finance ministers, who have had a rocky relationship with the IASB since adopting of international accounting rules in 2005. The IASB has so far resisted pressure from Europe to change its accounting rules to meet regulatory needs.

Padoa-Schioppa believes Hoogervorst will be a balanced chairman who will not always agree with regulators.

“There are some regulators concerned with financial stability which may have in some cases different views as to what the best accounting methods will be, just as tax authorities will have accounting rules which are different,” he said

“The credentials of Hans are fully in line with the mission of IASB.”

He will be joined by the UK Accounting Standards Board’s current chairman Ian Mackintosh, who as appointed to the newly-created vice chairman position. Speaking from Seoul, Mackintosh said he had really enjoyed working at the ASB “and working with the fine folk involved with it”.

In an earlier statement he said he has been long-involved in the standard-setting process and understands the challenges facing the organisation.

“I am strongly committed to the cause of global standards,” he said.

Baroness Hogg, chairman of the UK’s reporting regulator, the Financial Reporting Council, congratulated Ian on his appointment and said he would join the IASB at a critical time for international standards.

New IASB chairman must be part-politician, says trustee chief

"The final decision gives a blend of political and policy making experience" trustee head Tommaso Padoa-Schioppa tells Accountancy Age


Mario Christodoulou - Accountancy Age, 12 Oct 2010

Notícias sobre o novo chefe do Iasb VIII


Bruselas, 12 oct (EFECOM).- El ex ministro holandés Hans Hoogervorst fue elegido hoy presidente del Consejo de Normas Internacionales de Contabilidad (IASB, por sus siglas en inglés), el organismo que establece los principios contables que se emplean en un centenar de países, entre ellos los Veintisiete de la UE.

La tarea principal de Hoogervorst en la segunda década de vida del IASB será la de ampliar los estándares internacionales de información financiera (IFRS, siglas en inglés), que no son empleados en Estados Unidos, explicó el consejo en una nota de prensa.

Hoogervorst, que en la actualidad preside la comisión de valores holandesa, sucederá a partir de junio a sir David Tweedie, que ha ocupado el puesto durante una década, mientras que Ian Mackintosh, antiguo jefe de contabilidad del organismo regulador australiano y actual presidente de la junta de estandarización de normas de contabilidad británica, hará lo propio como vicepresidente.

El nombramiento de un político para un trabajo antes desempeñado por un tecnócrata se ha interpretado como un reflejo de la importancia política y la controversia alcanzadas por la contabilidad financiera a raíz de la crisis económica.

El comisario europeo de Mercado Interior y Servicios Financieros, Michel Barnier, celebró el nombramiento del antiguo ministro de Finanzas holandés en un comunicado y expresó su confianza en trabajar con él para cumplir el compromiso alcanzado en el G20 de lograr una mayor convergencia global en reglas de contabilidad.

"En particular, deseo que la US Securities and Exchange Commission (SEC, regulador bursátil estadounidense) apruebe el empleo de las normas IFRS por sus usuarios nacionales, lo que debería suceder en 2011", dijo Barnier.

"IFRS es la única opción creíble si queremos crear un marco único de contabilidad para las compañías cotizadas de todo el mundo". añadió.

Sin embargo, el Congreso estadounidense mantiene ciertas cautelas ante una pérdida de soberanía del organismo nacional en este sentido, por lo que el nuevo presidente del Consejo de Normas Internacionales de Contabilidad tendrá que desplegar sus habilidades para lograr este cambio, según los analistas. EFECOM


Ex ministro holandés presidirá el organismo mundial de normas de contabilidad
12/10/2010 - Agencia EFE - Servicio Económico

Notícias sobre o novo chefe do Iasb VII

LONDON, Oct 12 (Reuters) - Hans Hoogervorst, head of the Dutch markets regulator AFM, was named as the new chairman of the International Accounting Standards Board (IASB), marking a new emphasis on winning political support for its global rules.

Hoogervorst, a former Dutch government minister, will take up the full-time position for an initial five-year period after current chairman David Tweedie steps down in June 2011, the board's trustees said in a statement.

Ian Mackintosh, current head of the UK accounting standards board, has been appointed in the new post of vice-chairman.

The selection of another European to replace Tweedie will please European Union governments and lawmakers who have complained the IASB is not transparent or accountable enough in its workings.

Tweedie, a Scot and an accountant by training, has been chairman for 10 years -- effectively from the IASB's start -- and his sometimes feisty, technical approach has ruffled feathers of politicians in the EU and United States.

Mackintosh is a former chief accountant of the Australian Securities and Investment Commission and his appointment will help address concerns in Asia that the London-based IASB is too heavily influenced by Europe.

"The geographical span is broadened and I think this should be welcomed," said Tommaso Padoa-Schioppa, who chairs the IASB's trustees.

"I don't expect a change of policy," Padoa-Schioppa told Reuters in a telephone interview from Seoul where the IASB's trustees voted unanimously for the changes.

Hoogervorst said investor protection, a single global set of accounting rules and independent standard-setting "will remain my priorities".

DIPLOMAT

The IASB has emerged as a powerful, global lawmaking body, its standards used in over 100 countries -- they are mandatory for the 8,000 listed companies in the European Union but not used in the United States.

The IASB is locked in talks with its U.S. counterpart, the Financial Accounting Standards Board (FASB), to converge their rules into a single set of global standards, as called for by the Group of 20 leading countries.

The U.S. Congress has been wary of adopting IASB rules, which would effectively give up sovereignty in standard-setting to a board seen as having been swayed by European influence, even though Congress forced FASB to make changes too.

The need to win over U.S. lawmakers to adopt IASB rules and to keep EU politicians fully on board is a task that now requires strong diplomatic skills.

Padoa-Schioppa said the new chair was chosen for his extensive global diplomatic and policymaking background -- Hoogervorst is not an accountant by training.

The role of overseeing the technical detail of IASB rules can then be left to Mackintosh, a veteran accountant, who can reassure the industry that rulemaking will independent.

"There is clearly a different profile for the new chairman," Padoa Schioppa said.

"He has a lot of diplomatic skills and the trustees felt this was the appropriate profile for the future chairman. He also has strong experience in investor protection practices which is one of the main concerns of the trustees," Padoa Schioppa said.

Michael Izza, chief executive of the ICAEW, an accounting industry body, said Hoogervorst's appointment heralds a new era for financial reporting and the board should continue to persuade the United States to adopt IASB rules.

"It is critical that Mr Hoogervorst engages with key IFRS stakeholders across the world at an early stage to understand their views and concerns," Izza said.

EU Internal Market Commissioner Michel Barnier said he looked forward to working with Hoogervorst to continue "strengthening the governance and accountability of the IASB".

The board has already begun reforming its fair value or mark-to-market rule which came under fire at the height of the financial crisis.

It forced banks to value assets at the depressed going rate, triggering firesales and heavy pressure from EU finance ministers and the European Commission to water it down.

But FASB has proposed extending the use of mark-to-market, helping to slow down convergence with IASB rules so that a June 2011 set by the G20 for reaching a full single set of global standards will now be missed by several months at least.

"Convergence is important but ultimately what really matters is adoption of IFRS by the United States... which is strongly backed by the G20," Padoa-Schioppa, a former Italian treasury minister, said.


UPDATE 2-Dutchman Hoogervorst to chair IASB accounts body - 12 October 2010 - Reuters News - Huw Jones

Notícias sobre o novo chefe do Iasb VI

Neste texto, o WSJ destaca a questão política na escolha:

On the face of it, a former Dutch finance minister with no accountancy qualifications is an odd choice to succeed David Tweedie as chairman of the International Accounting Standards Board. Hans Hoogervorst was only appointed at the eleventh hour after European politicians effectively vetoed Ian Mackintosh, an Australian standard-setter who had emerged as front-runner following an exhaustive yearlong search. For a body that prides itself on its independence, analytical rigor and commitment to the needs of investors, the decision to appoint a politician as chairman looks ominous.

In fact, Mr. Hoogervorst, who is currently chairman of the Dutch securities and markets regulator, may turn out to be an inspired choice. As co-chairman of the Financial Stability Action Group, a high-level global committee set up to advise both the IASB and the U.S.'s Financial Accounting Standards Board, he came out strongly in favor of accounting transparency and the need for global accounting convergence.

What is more, Mr. Hoogervorst's political skills and experience should be an asset to the IASB as it tries to improve its frequently strained relations with the European Union over its perceived lack of accountability. His relationship with FASB should help keep global efforts to achieve accounting-standards convergence on track. The appointment of Mr. Mackintosh as deputy chairman will further reassure practitioners that the IASB remains committed to high-quality independent standards.

The IASB has changed beyond recognition since it was set up nine years ago. From a scrappy start-up providing a parallel internationally comparable basis for accounts used in only a handful of countries, it is now a global body whose standards have been adopted by 130 countries, including every major economy with the exception of the U.S. It is a tribute to Sir David's success that the IASB has needed to turn to two people to replace him.


The Politicization of Global Accounting - Simon Nixon - 12 October 2010 - The Wall Street Journal (Online and Print)

Notícias sobre o novo chefe do Iasb V

The top securities regulator of the Netherlands was named to head the panel that sets global accounting rules.

Hans Hoogervorst, chairman of the Netherlands Authority for the Financial Markets, will become chairman of the International Accounting Standards Board in June. He was appointed by the trustees of the IFRS Foundation, which oversees the IASB's operations and selects its members.

Mr. Hoogervorst, a former Dutch finance minister, will succeed Sir David Tweedie of the U.K., who is retiring.

As chairman, Mr. Hoogervorst will play a key role in accounting "convergence," the effort to bring U.S. and international accounting standards closer together. Accounting rule makers have long wanted a single set of accounting rules to apply world-wide, as opposed to the current system in which international rules differ in some respects from U.S. generally accepted accounting principles. U.S. regulators are slated to decide next year on whether to adopt International Financial Reporting Standards, as the global rules are known, for American companies.

"I strongly believe that a global set of accounting standards...is an essential component for the world's financial markets," Mr. Hoogervorst said in a statement.

The IFRS Foundation also named Ian Mackintosh vice chairman of the IASB. Mr. Mackintosh, a New Zealand native, is a former chief accountant of the Australian Securities and Investment Commission and currently serves as chairman of the U.K. Accounting Standards Board.


Hoogervorst Is Tapped to Head Global Accounting Board - Michael Rapoport -
12 October 2010 - The Wall Street Journal (Online and Print)

Notícias sobre o novo chefe do Iasb IV

Hans Hoogervorst, co-chair of the committee that helped steer accounting standard-setters through the financial crisis, will replace Sir David Tweedie at the IASB.

Former Dutch finance minister Hans Hoogervorst has been tapped to succeed Sir David Tweedie as chairman of the International Accounting Standards Board. The appointment was announced Tuesday by the trustees of the IFRS Foundation, the parent organization of the IASB.

Tweedie, who will step down at the end of June 2011, has been the only chairman of the IASB since its founding in 2001. His legacy undoubtedly will be his effort to establish international financial reporting standards as a global set of rules. Today, IFRS has been adopted by more than 100 countries.

Hoogervorst is currently chairman of the Netherlands Authority for the Financial Markets, the Dutch securities and market regulator; chairman of the technical committee of the International Organization of Securities Commissioners; and co-chair of the Financial Crisis Advisory Group (FCAG), an independent body of senior leaders formed to advise accounting standard-setters on their response to the global financial crisis. He is also chair of the IFRS Foundation Monitoring Board. He will give up these roles when he joins the IASB next summer.

Hoogervorst's experience and background made him an "immensely attractive" candidate, says Robert Glauber, vice chair of the IASB trustees, the group that appoints board members. "On the crucial issue of independence, his record is crystal clear: he is deeply committed to investor protection and to the independence of standard setting, and he is willing to stand up and speak strongly in defense of what he believes."

Board independence became a high-profile issue during the height of the financial crisis. At the time, politicians from the European Union forced the IASB to circumvent its due process and quickly push out accounting rules related to financial instruments as a way of addressing a perceived disadvantage between U.S. and EU corporations. Hoogervorst will "strongly" defend the board's independence, "partly because of his background and partly because of his personality," says Tom Jones, former vice chair of IASB and currently director of Pace University's Center for the Study of International Accounting Standards. "You can't set standards by negotiation, it's impossible, and [Hoogervorst] is the guy that knows that well," says Jones.

Indeed, in a May 2009 interview with CFO, Hoogervorst spoke candidly about the forces that strong-armed the IASB during the financial crisis. The banks and politicians who apply "continuous pressure" on standard-setters to alter fair-value and impairment rules have "no natural interest in transparency," he said. As co-chair of the FCAG, he said he felt "increasingly uncomfortable" with the "lopsided" standards that could result if the politicians got their way.

Hoogervorst's appointment comes two weeks after Robert Herz announced his retirement as chairman of the Financial Accounting Standards Board. Herz left FASB 2 years shy of his second term, while Tweedie is finishing out his 10-year stint at the IASB.


Former Dutch Regulator to Head IASB - Marie Leone - 12/10/2010

Parmalat

MILÃO (AFP) - O tribunal de Milão (norte da Itália) aceitou o pedido de prisão apresentado pela promotoria contra Calisto Tanzi, ex-dono do grupo Parmalat, cuja falência em 2003 deixou um rombo de 14 bilhões de euros, informaram nesta terça-feira fontes judiciais.

Tanzi, de 71 anos, que se encontra livre devido à idade, não será preso até que a corte de cassação se pronuncie em definitivo.

Os advogados do ex-fundado e ex-dono da Parmalat anunciaram que apresentarão um recurso ante o tribunal.

Tanzi foi condenado em 2008 a dez anos de prisão por informação privilegiada no mercado de ações e cumplicidade em falsos balanços, pena confirmada em maio passado.


Tribunal italiano aceita pedido de prisão de ex-dono da Parmalat
Ter, 12 Out, 04h51

Notícias sobre o novo chefe do Iasb III

Michel Barnier, the EU's internal market commissioner, has hailed the appointment of ex-Dutch Finance Minister Hans Hoogervorst as head of the International Accounting Standards Board, the international standard-setter. He will take over from David Tweedie, the sitting head, next June. The move will be closely watched by European policy makers anxious to push the US to adopt the IASB's new International Financial Reporting Standards (IFRS), which are currently being absorbed into EU law. "IFRS are the only credible option if we want to create a single accounting framework for listed companies worldwide," Barnier said in a statement, on 12 October. The US intends to make a decision next year on whether it will change over from its GAAP (Generally Accepted Accounting Principles) system, although the problem of how to value assets in the event of future market crashes continues to cause divisions on both sides of the Atlantic.


BARNIER WELCOMES NEW IASB HEAD - Europolitics

(ADPnews) - Oct 12, 2010 - The International Accounting Standards Board (IASB) on Tuesday named Hans Hoogervorst its new chairman, replacing Sir David Tweedie, the Financial Times reports.

The former finance minister of the Netherlands, who now heads the country's stock market regulator, is to take the place of Tweedie, who has held the post for ten years, at the end of next June.

The appointment of Hoogervorst, who is not an accountant but a former politician, reflects the important role ascribed to accounting by governments after the financial crisis.

Ian Mackintosh, who heads the UK Accounting Standards Board and was tipped by some as the front-runner to replace Tweedie, was named vice-chairman of the IASB, which sets the International Financial Reporting Standards.


Hans Hoogervorst to become IASB chairman
British Business Monitor

Notícias sobre o novo chefe do Iasb II

A notícia da Nova Zelândia destaca Ian Mackintosh, o "preterido":

Wellington, Oct 13 NZPA - A New Zealand accountant who missed out on replacing the ground-breaking British chairman of the International Accounting Standards Board (IASB) has been appointed deputy to a former Dutch politician, Hans Hoogervorst, who took the job.

New Zealander Ian Mackintosh -- who currently chairs the UK Accounting Standards Board -- is reported to have been considered a front-runner to replace the outgoing chairman, Sir David Tweedie, but "apparently the idea of naming two IASB chairmen in a row from the UK proved to be too much to stomach", according to an accountancy news website, WebCPA.

The Wall Street Journal reported that Mr Hoogervorst -- currently Holland's top securities regulator -- was only appointed at the eleventh hour after European politicians effectively vetoed Mr Mackintosh, who had emerged as front-runner following an exhaustive year-long search.

Mr Mackintosh has previously worked in Australia for Coopers and Lybrand, and as a consultant in his own practice, and is a former chief accountant of the Australian Securities and Investment Commission.

The New Zealander and the Dutchman will be taking over from Sir David, a Scotsman who has chaired the IASB for 10 years and will be retiring when his term expires next June.

Sir David has made it his mission to spread International Financial Reporting Standards (IFRS) across the globe, with the major holdout being the United States, and the transition in leadership has raised a question over whether the USA will continue moving towards adopting a comparable standard.

The Securities and Exchange Commission will make a decision next June on whether the process is sufficiently advanced to allow IFRS to be incorporated into the US financial reporting system.

Mr Mackintosh and Mr Hoogervorst will have a full agenda as they try to make sure the US and the rest of the world don't give up on the IFRS standard, while also doing more outreach to Africa, Asia and Latin America to spread the global accounting standards, the website reported.


NZ expert relegated to deputy of accounting body - New Zealand Press Association

Notícias sobre o novo chefe do Iasb

A seguir, uma conjunto de notícias sobre o novo chefe do Iasb.

Farewell, then, to Sir David Tweedie, stepping down as chairman of the International Accounting Standards Board after almost a decade. The Scot has led the push to harmonise international accounting standards and persuaded more than 100 countries to sign up to IFRS guidelines. Plaudits flowed for Sir David as his replacement was named yesterday, but his legacy is far from secure. European regulators are bitterly divided about how banks should account for losses in the wake of the financial crisis and the United States continues to drag its heels about whether to adopt IFRS. Hans Hoogervorst, the Dutchman who will take over, has his work cut out.


Farewell, then, to Sir David Tweedie, [...]; City Diary - Catherine Boyle - 13/10/2010 The Times

Sir David Tweedie will be a tough act to follow. In nearly a decade as chairman of the International Accounting Standards Board, he has achieved a degree of global harmonisation of standards that looked pretty inconceivable in 2001. The forceful Scot has persuaded more than a hundred countries to sign up to the IFRS rules. But there is much for his successor, Hans Hoogervorst, to do.

The US regulators have still not decided whether American companies should adopt IFRS, in place of US GAAP. And European regulators are divided over how banks should account for losses in the wake of the financial crisis.

It is no coincidence that, after a year-long search, the IASB has opted for a European politician with regulatory experience. Mr Hoogervorst, a former Dutch minister, is at present head of the Dutch equivalent of the Financial Services Authority.

Mr Hoogervorst, with his political contacts and experience, will be teamed with an experienced standard-setter in the form of Ian Mackintosh, a Kiwi who is currently chairman of the UK Accounting Standards Board.

The boards looks to have picked a good team. It needs one.


Strong team for a tough job; Business Editor's commentary - David Wighton - The Times

Presentes

Dicas para não estourar o orçamento no Natal:

1. Faça uma lista com o nome das pessoas que quer presentear e uma estimativa para o valor máximo que pretende gastar com cada item.

2. Caso a lista tenha ficado grande demais, pense em alternativas para reduzir o número de presenteados — como um presente único para uma família ou a adoção de amigo oculto (ou secreto) para um grupo de amigos ou parentes.

3. O preço dos presentes deve ser estabelecido de acordo com seu orçamento. É importante resistir a gastar além de suas possibilidades. A criatividade pode ser uma boa aliada para a economia, já que pequenas lembranças podem agradar tanto quanto presentes mais caros.

4. Faça uma pesquisa na internet e nas lojas antes de começar as compras. Compare preços e peça descontos para compras à vista ou em quantidade.

5. Quanto antes começar as compras, maior será a chance de encontrar preços mais baixos e maior variedade de produtos.

6. Se por acaso encontrar um presente que goste muito, mas que ultrapassa o limite estabelecido, faça um esforço para descontar a diferença em outro item.

7. Comece desde já — no salário de outubro — a separar algum dinheiro para as compras de Natal. É melhor parcelar os gastos antes de dezembro.

8. Os ingredientes da Ceia de Natal também podem afetar, e muito, o orçamento. Itens que não são perecíveis podem ser comprados com antecedência com preços menores, como bebidas e azeite. Nozes e aves típicos de Natal começam a aparecer com mais força nas prateleiras nas próximas semanas.

9. Na véspera do Natal, alguns supermercados podem fazer promoções. Mas, neste caso, há risco de não se encontrar exatamente o que queria. Avalie a melhor opção.

10. Resista à tentação de ultrapassar os limites que estabeleceu. Lembre-se que o início de ano reserva gastos extras, como matrícula escola, IPTU e IPVA. Com isso, dívidas acumuladas no Natal podem acabar se arrastando por todo o primeiro semestre do ano seguinte.


Dez dicas para não passar dos limites - 4 Out 2010 - O Globo

Acrescento mais uma: se for economista, tire cópia do artigo da AER que prova que presentear é irracional.

Goodwill

O Financial Times faz um questionamento interessante sobre a contabilidade recente das grandes empresas. A crise financeira recente deveria influenciar o goodwill das empresas. Através do teste de imparidade, as empresas deveriam descontar o fluxo de caixa futuro dos negócios que foram adquiridos no passado. Neste caso, uma crise implicaria em novas estimativas de fluxos de caixa, com menores valores, que conduziria a necessidade de reduzir o valor do ativo. Isto teria, obviamente, com reflexos no resultado.

Entretanto, uma análise nas maiores empresas européias revela que de um gasto entre 2005 a 2008 de 1,7 trilhões de euros em aquisições, que significa um goodwill de 900 bilhões de euros, o volume de baixa contábil, ao final de 2009, foi de 32 bilhões de euros. Este é um valor muito reduzido para novos cenários econômicos, que inclui redução na taxa de crescimento das economias européias.

Uma possível explicação diz respeito ao comportamento da taxa de juros. Como o fluxo de caixa futuro estimado deve ser trazido a valor presente, a redução destes valores poderia ser compensada por menores taxas de descontos. Mas este argumento do Financial Times não faz muito sentido, já que ocorreu também um aumento no risco sistêmico. Ou seja, a taxa de desconto provavelmente não reduziu no período.

Talvez a explicação esteja no próximo título do texto do Financial Times: Goodwill Games. Como o teste de imparidade é uma área nebulosa da contabilidade, em momentos de crise, para evitar notícias ruins, as empresas evitam as baixas do seu goodwill.

Leia mais: Goodwill games - 28 Set 2010 - Financial Times - p. 16

Difficulties with valuing and accounting for goodwill - 1 Out 2010 - Financial Times - 10 - D.R. Myddelton.

Remuneração

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) "está adotando todas as providências cabíveis" para reverter a decisão tomada na última sexta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que concedeu medida cautelar favorável ao Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), suspendendo a divulgação da remuneração de executivos nos balanços das empresas.

De acordo com a assessoria de imprensa da CVM, as providências da autarquia visam "a reversão da decisão judicial que suspendeu provisoriamente os efeitos das decisões unânimes do Tribunal Regional Federal da 2a. Região de revogação da liminar anteriormente obtida pelo IBEF."

A decisão de sexta-feira representa mais um round na batalha jurídica entre a CVM e o IBEF que teve início ainda no primeiro trimestre, com a exigência, pela CVM, via Instrução Normativa, de que as empresas são obrigadas a divulgar a média salarial de toda a diretoria, assim como os valores mínimo e máximo dos salários.


CVM tenta reverter decisão do STJ a favor do IBEF - Por Jacqueline Farid

12 outubro 2010

Convergência, segundo o novo presidente do Iasb

O novo presidente do Iasb não acredita numa convergência total:

Segundo a Reuters (G20 deadline for accounting convergence seen tough, 7/10/2009) a convergência mundial na contabilidade em dois anos é improvável, mas a pressão é útil. O grupo G20 definiu o prazo de 2011 como limite para convergência mundial. Mas segundo
o holandês Hans Hoogervorst, co-chaired do Financial Crisis Advisory Group, a "convergência total não será possível". Ele também afirmou que "Justo valor é de longe o principal problema"


Convergência improvável

Novo Presidente do Iasb é um Holandês


Atenção. Segundo o Journal of Accountancy (Dutch Official to Succeed Tweedie at IASB, 12 de outubro de 2010), o próximo presidente do Iasb será um holandês. Ele irá substituir o polêmico David Tweedie. O nome dele é Hans Hoogervorst. Tweedie irá aposentar em junho de 2011.

Para que imagina que a influência britânica irá reduzir, também foi anunciado o futuro vice-presidente do Iasb, que será o britânico Ian Mackintosh, UK Accounting Standards Board.

Hoogervorst é presidente da Netherlands Authority for the Financial Markets, regulador no mercado da Holanda. Além disto, é presidente da Technical Committee of the International Organization of Securities Commissions (IOSCO, organização que reúne os reguladores do mercado). Juntamente com Harvey Goldschmid, presidiu Financial Crisis Advisory Group, criado durante a crise financeira.

O foco do escolhido é a proteção aos investidores:

“As a securities and market regulator, I have investor protection in my DNA. I strongly believe that a global set of accounting standards, set for investors by an independent standard setter, is an essential component for the world’s financial markets. These will remain my priorities.”


Enquanto o holandês tem uma carreira no governo holandês, Mackintosh tem experiência na Coopers & Lybrand. Mackintosh era o favorito ao cargo, conforme postado anteriormente (aqui e aqui). De certa forma, a escolha representa uma derrota dos franceses, que gostariam de um presidente mais próximo ao usuário governo.

Rir é o melhor remédio


Fonte: New Yorker

Cisco

A Justiça determinou o bloqueio dos bens da Cisco do Brasil no processo em que a companhia é acusada de importação fraudulenta com uso de empresas fantasmas.

Duas delas foram usadas para fazer doação de R$ 500 mil ao PT, na campanha presidencial de 2006, conforme a Folha revelou em 2007.

Com a decisão, a Cisco ficou sem poder movimentar bens e contas bancárias. Recorreu, mas conseguiu liberar somente ativos financeiros. Na última semana, cartórios e juntas comerciais já registravam os bloqueios.

A Cisco é a maior empresa do mundo em equipamentos para redes de computadores. Aparece na 58ª posição no ranking das 500 maiores empresas da revista "Fortune" de 2010. No ano passado, suas vendas somaram US$ 40 bilhões (R$ 68 bilhões).

O congelamento dos bens é o desdobramento de uma das maiores autuações da história brasileira -a Cisco e uma rede de empresas foram multadas pela Receita Federal em R$ 3,3 bilhões devido ao suposto esquema, desvendado pela Operação Persona, realizada pela Polícia Federal em 2007.

A Receita já aplicou multas maiores por sonegação. A Parmalat, por exemplo, foi autuada em R$ 10,7 bilhões, mas conseguiu reduzir o valor para R$ 12 milhões.

Segundo a PF e a Procuradoria da República, a Cisco usava uma rede de empresas fantasmas para importar dos EUA, por valores até 70% abaixo do preço real, equipamentos usados em redes de computadores.

A empresa importou R$ 724 milhões em equipamentos com preços subfaturados, de acordo com a PF.

Em 13 de setembro, a juíza Simone Ribeiro, da 11ª Vara das Execuções Fiscais de São Paulo, acatou pedido da Procuradoria da Fazenda e mandou congelar cautelarmente bens da Cisco, da Mude -distribuidora da Cisco- e de executivos supostamente envolvidos nas importações.

A medida foi tomada, diz a juíza, porque a dívida com a Receita supera em 30% a soma dos bens dos réus, avaliados em R$ 105,3 milhões. O maior patrimônio é o da Cisco, de R$ 49,4 milhões.

DOAÇÃO AO PT

Segundo a investigação da PF, a empresa usou a ABC Industrial e a Nacional Distribuidora de Eletrônicos como biombo para esconder as importações fraudulentas.

As mesmas ABC e Nacional foram usadas para dar R$ 500 mil ao PT porque a lei americana proíbe que corporações daquele país façam doações a partidos.

Após a Folha ter revelado que a companhia articulara a doação ao PT, a Cisco afastou dois funcionários que teriam participado das negociações.

As investigações da PF apontaram indícios de que a doação seria uma compensação para favorecer uma das empresas do esquema, a Damovo, revendedora da Cisco, na disputa por um contrato de R$ 9 milhões com a Caixa Econômica Federal.

Em uma conversa gravada com autorização da Justiça, Sandra Tumelero, então gerente de contas da Cisco que atendia a Caixa, dizia já ter os "recibos" em mãos.

A Polícia Federal apreendeu na época dois recibos, de R$ 250 mil cada um. Estavam com um diretor da Mude.

O então tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, confirmou as doações. Em nota, fez a ressalva de que o partido não tinha "obrigação nem possibilidade de aferir se a empresa é suspeita de alguma irregularidade fiscal ou de outra natureza, ou se é investigada pelos órgãos públicos".


Justiça bloqueia bens da Cisco do Brasil - 12 Out 2010 - Folha de São Paulo - José Ernesto Credendio & Mario Cesar CArvalho

CVM quer punir executivos

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu levar a julgamento as 24 pessoas envolvidas nas investigações por irregularidades nas operações com derivativos cambiais (instrumentos financeiros usados para negociar apostas na oscilação de preços no mercado futuro) da Aracruz e da Sadia, em 2008. O prejuízo para as companhias na época chegou a R$4,6 bilhões e R$2,6 bilhões, respectivamente.

O colegiado — instância máxima da autarquia — negou a proposta dos investigados para um acordo, que sugeria o pagamento de indenizações no valor total de R$5,2 milhões. Cada um pagaria o equivalente a R$200 mil, com exceção do ex-presidente Carlos Aguiar e do ex-diretor financeiro Isac Zagury, ambos da Aracruz, que pagariam, cada um, R$400 mil.

Caso sejam condenados, os acusados estão sujeitos ao pagamento de uma multa de até R$500 mil e à suspensão, pelo período de 20 anos, do direito de exercer cargos de administrador ou de conselheiro fiscal de companhia aberta.

O julgamento dos dez envolvidos no caso Aracruz já foi marcado para o dia 7 de dezembro. Ainda não foi divulgada a data para o julgamento dos outros 14 acusados, no episódio da Sadia.

Até o julgamento, os envolvidos podem fazer uma nova proposta de Termo de Compromisso. Mas, diante das razões apresentadas para a rejeição do acordo, é pouco provável que isso ocorra.

Em documento sobre as decisões, a CVM destacou que um acordo seria “inconveniente”, diante do “volume financeiro envolvido, o contexto em que se verificaram as infrações imputadas aos proponentes e a especial gravidade das condutas consideradas ilícitas”.

Casos podem ser usados como exemplo, diz CVM

Além disso, apontou que os casos demandam um pronunciamento norteador por parte do colegiado, “visando a bem orientar as práticas do mercado em operações dessa natureza, especialmente a atuação dos administradores de companhia aberta no exercício de suas atribuições”.

— Foram duas operações emblemáticas, casos inéditos e com perdas significativas. A CVM fecha acordos com frequência, mas nesses casos o julgamento pode ser um divisor de águas — aponta o advogado Marcelo Freitas Pereira, sócio do escritório Siqueira Castro Advogados.

Para o professor do Ibmec Rio Luiz Ozório, mesmo as penalidades máximas previstas para esses casos são brandas diante dos prejuízos causados.

— Nos Estados Unidos, casos como esses seriam encarados como crimes de maior relevância, sujeitos até a restrição de liberdade — disse Ozório.


CVM julgará executivos de Sadia e Aracruz - 12 Out 2010 - O Globo - Lucianne Carneiro

11 outubro 2010

Nobel de Economia

Anunciou-se agora os agraciados com o Nobel:

Peter Diamond

Dale Mortensen

C Pissarides

Estou blogando enquanto o anúncio é feito. É impressionante a Wikipedia. Já está com o verbete atualizado (as 8:03 de Brasília!)

A previsão de premiação para Richard Thaler falhou.

Rir é o melhor remédio


Seminário Eterno de Economia. Fonte: aqui

Teste #364

Este país possui um dos sistemas tributários mais complexos do mundo, com 118 leis e 185 formulários. Trata-se

Alemanha
Brasil
Portugal

Resposta do Anterior: Larry Hagman Fonte: Don’t Mess With J.R.: Citi Gets Hit for $11.6 Million

Novas Resoluções

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) divulgou as seguintes resoluções:

a) Resolução CFC nº 1.292/2010, que aprova NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, e será aplicável aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando será revogada a Resolução CFC n.º 1.110/2007 , que dispõe sobre o mesmo assunto;

b) Resolução CFC nº 1.295/2010, que aprova a NBC T 7 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, e será aplicável aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando serão revogadas as Resoluções CFC nºs 1.120/2008 e 1.164/2009, e o art. 1º da Resolução CFC nº 1.273/2010 , que dispõem sobre o mesmo assunto;

c) Resolução CFC nº 1.296/2010, que aprova a NBC T 3.8 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, e será aplicável aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando será revogada a Resolução CFC n.º 1.125/2008, e o art. 2º da Resolução CFC nº 1.273/2010 , que dispõem sobre o mesmo assunto;

d) Resolução CFC nº 1.297/2010, que aprova a NBC T 17 - Divulgação sobre Partes Relacionadas, e será aplicável aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando será revogada a Resolução CFC nºs 1.145/2008, que dispõe sobre o mesmo assunto.


Fonte: Iob, via Blogabilidade

Leasing

Quando decide adquirir de fabricante estrangeiro, bens, máquinas e equipamentos para seu parque industrial, uma dúvida comumente acomete o empresário: qual a maneira fiscalmente mais atraente de realizar essa importação? A contratação de leasing internacional surge, nesse contexto, como uma das alternativas possíveis.

A legislação brasileira define o leasing, ou arrendamento mercantil, como o contrato entre uma pessoa jurídica (arrendadora) e uma pessoa física ou jurídica (arrendatária) cujo objeto é o arrendamento de bens adquiridos no mercado por aquela, para uso próprio desta - Lei nº 6.099, de 1974, art. 1º.

Didaticamente, o leasing consiste numa espécie de aluguel seguido de uma opção de compra do bem alugado em favor da "arrendatária-locatária".

Todo leasing prevê, portanto, dois tipos de pagamento devidos pela arrendatária à arrendadora: as contraprestações periódicas devidas durante o prazo do contrato e a opção de compra, normalmente devida ao final do contrato.

A lei distingue duas espécies de leasing. No leasing financeiro, as contraprestações cobrem o custo integral do bem arrendado e o valor da opção de compra é livremente pactuado entre as partes, podendo ser, inclusive, antecipado juntamente com as contraprestações. Já no leasing operacional, as contraprestações não podem superar a 75% do custo do bem arrendado, e a opção de compra deve corresponder ao valor de mercado do bem ao fim do contrato, proibida a sua diluição nas contraprestações.

O leasing operacional tem um prazo mínimo de apenas 90 dias, enquanto, no leasing financeiro, o prazo mínimo é de dois ou três anos, conforme a vida útil do bem arrendado seja inferior ou superior a cinco anos, respectivamente.

Estas diferenças ilustram que o arrendamento financeiro é aquele que mais se aproxima de uma compra financiada, afinal as prestações tendem a ser mais altas e a opção de compra sói ser reduzida ou até inexpressiva. Por isso, o leasing financeiro é a modalidade mais adequada à empresa efetivamente interessada em adquirir o bem arrendado. Por que? Porque é muito improvável que, depois de pagar contraprestações em valor condizente com o valor do equipamento, a arrendatária deixe de exercer a opção de compra por preço ínfimo, se comparado ao valor de mercado da época.

Pois bem. Segundo o artigo 11 da Lei nº 6.099/74, as contraprestações pagas pela arrendatária em contratos de leasing são consideradas como custo ou despesa operacional.

Para fins de IRPJ e CSLL, esta é a grande vantagem do leasing em comparação com a compra financiada: nesta, a compradora adquire a propriedade do bem e o escritura em seu ativo, mas não apropriará despesas sobre o valor das parcelas do preço pagas ao vendedor. Afora as despesas com juros, as despesas com a compra financiada serão calculadas não em função do prazo de duração do financiamento, mas em proporção à taxa anual de depreciação do bem, que, por sua vez, depende da sua vida útil.

No leasing, diversamente, o valor integral das contraprestações devidas à arrendadora é havido como custo ou despesa, o que, em última análise, costuma representar a apropriação de despesas mais rapidamente.

Um bem adquirido via compra financiada, cuja vida útil seja, por exemplo, de dez anos, será integralmente depreciado nesse mesmo prazo de uma década, ao passo que, contratando-se um leasing financeiro pelo prazo mínimo, o valor do bem será integralmente aproveitado como despesa no prazo de apenas três anos.

O leasing, portanto, representa, no mais das vezes, uma depreciação acelerada do bem adquirido, comparativamente à compra e venda a prazo.

Por outro lado, o custo de aquisição do bem adquirido via leasing será o valor da opção de compra. Isso quer dizer que a aquisição não incrementará o ativo da arrendatária de maneira relevante, além de expô-la a uma tributação maior do ganho de capital quando da venda do bem - principalmente na modalidade de leasing financeiro, na qual a opção de compra costuma, como se viu, ter valor irrisório.

Já no caso de compra e venda a prazo, o bem será desde logo ativado pelo valor total da operação (deduzidos somente os juros), o que importará um aumento mais significativo do ativo da empresa arrendatária. E, caso esta pretenda vender o bem antes de esgotada sua vida útil contábil, o respectivo custo de aquisição será maior e, consequentemente, a tributação de ganho de capital será menor do que no caso do leasing.

Enfim, ao optar pelo leasing internacional ou pela compra a prazo, a empresa adquirente deverá sopesar uma série de fatores, como o regime de apuração de IRPJ/CSLL adotado, a estimativa de tempo de uso do bem, o prazo legal de depreciação do bem e a necessidade de melhora imediata da situação do balanço patrimonial.


Efeitos tributários da importação por leasing - Texto de Paulo Roberto Andrade publicado no Valor Econômico em 07/10/2010 - Via Claúdia Cruz

Os culpados

Segundo esta notícia, o autor Nassim Taleb, crítico do mainstream de finanças tem um responsável pela crise financeira: o comitê do prêmio Nobel, que "conferiu legitimidade aos modelos de riscos". Isto inclui os prêmios para Harry Markowitz, Merton Miller & William Sharpe

Dicas para não afundar em dívidas

1. Estabeleça o fim das dívidas como objetivo.

2. Saiba o quanto deve e trace uma estratégia para acabar com o problema.

3. Não avance no limite do cheque especial sem saber quando poderá quitá-lo e não comprometa mais do que 30% de sua renda mensal com dívidas de mais de 30 dias.

4. Avalie a possibilidade de trocar de banco para o pagamento da dívida. Com isso, o novo banco pode quitar sua dívida na instituição financeira anterior e cobrar juros menores. A medida é assegurada pelo Banco Central e proíbe a cobrança de qualquer taxa adicional para fazer a quitação.

5. Renegocie só quando for possível pagar a nova negociação. Caso contrário, combate-se o efeito, mas não a causa.

6. Faça um reserva de emergência. Guarde dinheiro suficiente para três meses de despesas fixas se tiver um emprego estável, ou seis meses se trabalha por conta própria. Em caso de imprevisto, as despesas básicas estarão cobertas, e você ainda terá recursos para oportunidades de consumo.

7. Crie metas para o gasto variável, como supermercado, energia elétrica e água e tenha um custo reduzido com prestações. Isso facilita a administração das contas em caso de imprevistos.

8. Planeje por mês quanto pretende gastar com roupas, cinema, restaurantes e afins, e nunca saia de casa sem estabelecer o que quer comprar e quanto pode gastar.

9. Ignore o comportamento consumista. Tenha apenas uma folha de cheque na carteira, deixe o cartão de crédito escondido em casa e saia com o dinheiro contado.

10. Evite "emprestar" seu nome para que terceiros façam dívidas. Eles provavelmente já estão com problemas de endividamento e não serão bons pagadores.

Fontes: Reinaldo Domingos (educador, terapeuta financeiro e presidente do Instituto DSOP de Educação Financeira); Ricardo Pereira (consultor financeiro e sócio do blog Dinheirama).


Dez dicas para não se afundar em dívidas - Por Flávia Gianini

Nudge


Acima, um dos primeiros exemplos de uso do "nudge" de Thaler. O texto diz:

"Você concorda com a reunificação da Áustria com o Reich alemão, que foi promulgada em 13 de Março de 1938 e irá votar no partido do nosso líder, Adolf Hitler;? Sim, Não"

Fonte: Marginal Revolution

Delação Premiada

A empresária Tânia Bulhões Grendene, principal alvo da Operação Porto Europa, aderiu à delação premiada [1] no processo que responde por fraude em importação. Perante o juiz Fausto Martins De Sanctis, da 6.ª Vara Federal Criminal, ela assinou pacto em que se comprometeu a revelar "atividades ilegais exercidas pelos corréus e doleiros" que teriam participado do suposto esquema desvendado pela Polícia Federal em 2009.

Tânia confessou crimes em audiência na sexta-feira passada, na presença de oito advogados, de uma procuradora da República e o juiz. Ela admitiu que fraudava importações para pagar menos imposto. Disse que abriu nas Ilhas Virgens Britânicas a offshore Nineteen International Corporation, sem comunicar às autoridades brasileiras. Contou que a vantagem com o subfaturamento era suficiente para correr riscos. [2]

Seu império é formado por nove lojas de decoração e oito perfumarias espalhadas por São Paulo, Porto Alegre, Rio, Campinas e Salvador, com faturamento declarado de R$ 50 milhões anuais. A empresária disse que "menos imposto era igual a mais produto" e que "todos os pagamentos eram feitos em dinheiro vivo para os intermediários". Segundo ela, o esquema foi montado por Francisco Carlos Oliveira, o Kiko, consultor de negócios e um dos 14 réus do processo.

O juiz fixou em R$ 1,7 milhão o valor da indenização que ela terá que desembolsar a título de reparação ao Tesouro. Parte desse montante já foi quitado - R$ 537 mil vieram das apreensões em moeda nacional feitas pela Polícia Federal na residência e no escritório comercial de Tânia e R$ 340 mil do leilão de uma Mercedes-Benz. O restante, R$ 822 mil, será repassado a entidades beneficentes. Diante da possibilidade de sofrer restrições de direitos, Tânia se dispõe a prestar serviços comunitários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Empresária Tânia Bulhões admite fraude em importação
Por AE

[1] Isto talvez seja um bom sinal que a justiça está funcionando melhor no país. A delação premiada é interessante quando existe a possibilidade de uma punição maior.

[2] Exemplo de relação custo benefício.

10 outubro 2010

Maquiagem

Os bancos deverão divulgar com detalhes truques de "maquiagem" como as notórias transações "Repo105" do Lehman Brothers, de acordo com as novas leis contábeis internacionais.

O Conselho Internacional de Normas Contábeis (Iasb, na sigla em inglês) publicou regras definitivas ontem, que também exigirão maior exposição de itens fora do balanço nas quais o banco ou companhia ainda mantenham algum vínculo, como quando o comprador tem um direito de revender ou que o próprio banco tenha um direito de readquirir os ativos.

A maquiagem, ou "window dressing" na expressão inglesa, tornou-se um tema litigioso este ano quando se soube que o Lehman Brothers havia deslocado até US$ 49 bilhões dos seus livros no fim de cada trimestre para reduzir os coeficientes de alavancagem financeira, que são acompanhados de perto. As operações foram especificamente projetadas para embelezar as contas relatadas e não tinham lógica econômica.

O banco usava operações de recompra de curto prazo, ou "repo", e oferecia garantia adicional - pelo menos 105% do valor do empréstimo - para permitir prestar contas sobre a transação, pelas regras dos EUA, como uma venda legítima, que removia o ativo dos seus livros até que a operação fosse desfeita depois do término do período de divulgação de relatórios.

Embora as normas internacionais não permitissem que os Repo 105 fossem removidos dos livros contábeis (porque estavam baseados num conceito distinto em relação aos padrões dos EUA), as novas normas obrigarão os bancos a divulgar qualquer "quantia desproporcional de transações de transferência", como outras operações repo, que são realizadas perto do fim de um período de apresentação de relatórios. Mais de cem países seguem, ou estão adotando, as normas contábeis internacionais, incluindo todos os membros da União Europeia, Japão, Canadá, Austrália, Coreia do Sul e Brasil.

"As normas ajudarão os investidores a entender melhor os riscos de operações fora dos balanços, e a alertar para a possibilidade da ocorrência das chamadas operações de fachada no fim do período de divulgação de relatórios", disse David Tweedie, presidente do Iasb.

No mês passado, a Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários) atacou o uso das operações de repo para maquiar resultados, propondo que as companhias divulguem os empréstimos medianos e máximos de curto prazo e explicar qualquer discrepância significativa entre os dois.

O órgão regulador do mercado financeiro dos EUA também respaldou a instituição de diretrizes imediatas para deixar claro que, seja qual for o sentido literal das normas, ele jamais considerou que qualquer companhia tivesse permissão para usar operações, como os repo 105, que foram projetados para mascarar o informe sobre sua condição financeira.

Apesar de o Iasb ter evitado exigir que bancos apresentem as divulgações num formato específico, ele vai impor que elas estejam em um lugar, em vez de dispersas por todas as contas. Ele também sugeriu vários formatos. Isso ainda representa um avanço no grau de detalhamento dos seus padrões, que o organismo tem tentado basear em torno de princípios básicos, para evitar a necessidade de seguir os EUA, onde os legisladores tendem a elaborar normas para cobrir cada situação separada.


Novas Regras Vão Dificultar "Maquiagem" de Balanço - Os bancos deverão divulgar com detalhes truques de "maquiagem". - Fonte: Valor Econômico - Via Contabilidade e Controladoria

É difícil acreditar nisto. Sério candidato ao prêmio do Blog de 2010 esta crença da reportagem.

Rir é o melhor remédio







Lençóis

Índice dos imóveis

O Índice Nacional dos Preços de Imóveis, que está para ser lançado pelo governo federal, ganhou a aprovação de analistas que, no entanto, divergem sobre um possível risco de bolha no setor. Professor de finanças do Ibmec, Nelson de Sousa aprova o novo índice, mas afirma que ainda é cedo para fazer prognósticos. Segundo ele, será preciso avaliar os critérios do governo.

— A ideia é bem interessante, principalmente porque, assim, vamos saber quanto os imóveis estão subindo realmente.

E o economista acrescenta:

— Há, sim, risco de bolha. Em algum momento, o mercado vai construir e não terá mais para quem vender.

Já Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), acredita que o novo índice pode servir como um termômetro do mercado, mas que não há qualquer risco de bolha:

— Nunca tivemos crédito habitacional. Agora, com a oferta farta, o brasileiro começou a comprar. Não acho que isso seja uma ameaça.

O novo índice poderá substituir a TR (Taxa Referencial), usada, hoje, na correção dos financiamentos habitacionais e na atualização do balanço dos bancos (das garantias da carteira imobiliária).

Para o empresário Rogério Chor, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi), o índice talvez não traduza a realidade do mercado no país:

— Teremos valores médios, que podem não representar as realidades de cada estado. No Rio, por exemplo, o aumento do preço dos imóveis tem a ver com falta de terrenos.


Analistas divergem sobre bolha, mas apoiam novo índice - 10 Out 2010 - O Globo

09 outubro 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Países com maiores chances de Default

Estes são os países com maiores chances de não efetuarem o pagamento das suas dívidas. Na ordem, o país, a probabilidade e a taxa de juros atual (5 anos em pontos):

1. Venezuela – 54,2% - 1109,2 pontos (ou 11,09% de juros acima do título dos EUA)
2. Grécia – 48,7% - 775,3 pontos
3. Argentina – 40,4% - 749,3 pontos
4. Paquistão – 34,6% - 606,4 pontos
5. Irlanda – 33,0% - 458,3 pontos
6. Ucrânia – 32,3% - 546,8
7. Portugal – 30,2% - 408,8
8. Dubai – 26,5% - 437,4
9. Iraque – 26,4% - 427,1
10. Romênia – 22,1% - 350,9
11. Letônia – 20,8% - 329,7
12. Hungria – 20,4% - 320,6
13. Islândia – 21,7% - 303,3
14. Líbano – 18,7% - 298,8
15. Bulgária – 27,8% - 275,4
16. Lituania – 17,5% - 271,3
17. El Salvadro – 17,5% - 267,7
18. República Dominicana – 17,6 – 266,3
19. Croácia – 16,6 – 254,7

Fonte: Aqui

Pode—se perceber uma relação clara entre a chance de default e os juros pagos. Veja a figura abaixo:

Colocando isto em termos mais formais, fiz uma regressão linear entre a taxa de juros e a chance do default e o resultado foi o seguinte:

Probabilidade = 7,449 + 0,046 Juros

Esta equação apresentou valores fortes na sua qualidade (R2 = 0,912, indicando que os juros explicam 91,2% da probabilidade).

Fui mais além. Resolvi colocar o valor do EMBI+ do Brasil na equação. Antes de apresentar o resultado, é preciso dizer que existe aqui uma mistura de conceitos. Calculei o valor da equação por um método e usei a equação, fora do intervalo do cálculo, que não é adequado, para outra informação. Ou seja, estou assumindo que o EMBI+ substitui o Current 5-year Mid CDS que foi usado na expressão.

Apesar destes problemas, o resultado é que a chance de default do Brasil, usando 198 pontos, é de 16,6%.

Apesar de ser um resultado ainda elevado, indicando que nosso país ainda possui um risco razoável de default, o valor está abaixo de países como Portugal, Argentina ou Venezuela.

08 outubro 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #363


Este ator, famoso em pelo menos duas séries de televisão que fizeram história, acaba de ganhar uma indenização do Citigroup (leia-se Citibank) no valor de 11,6 milhões de dólares, além das despesas judiciais. O pedido foi feito em maio de 2009 e a decisão saiu agora. Trata-se de

Adam West, de Batman
Don Adams, de Agente 86
Larry Hagman, JR de Dallas e Major Nelson de Jeannie

Resposta do Anterior: Deloitte. Fonte: aqui

Links

A falta de relação entre fast-food e obesidade

Influência da competição na evidenciação voluntária

Educação, incentivos aos estudantes e resistência dos sindicatos dos professores: Becker

Impostos pessoais no mundo estão menos complexos, mas os países com fracas instituições a relação entre taxas e renda é menor

Resultados da NBA e efeito da viagem (Scarpin: que tal um estudo destes para o Brasil?)

Ímpeto da Convergência

Um texto do Financial Times (Impetus fades on project to amalgamate Standards, 7 de outubro de 2010, Adam Jones) discute a adoção das normas internacionais por parte dos Estados Unidos. Jones afirma que ainda existem incertezas sobre a convergência, cujo esforço começou em 2002. Nesta data o Fasb e o Iasb comprometeram fazer esforço no sentido de tornar compatível o US GAAP com o IFRS.

Em 2007 acabou a exigência que obrigava as empresas estrangeiras com ações negociadas nos Estados Unidos de usar as normas deste país.

Depois, o ímpeto da convergência diminuiu, apesar da exigência, em setembro de 2009, por parte do G20, da conclusão da convergência em junho de 2011. Entretanto, a pressa em cumprir o prazo do G20 conduziu a uma certa preocupação sobre a qualidade das normas de contabilidade que estão sendo elaboradas sob a pressão do tempo.

Jérôme Haas, chefe da Autorité des Normes Comptables, o regulador da contabilidade francesa, preocupa-se com muitas alterações não urgentes estão sendo processadas ao mesmo tempo (...) "A estabilidade é parte da qualidade das normas", diz ele, acrescentando que as mudanças das normas pode ter importantes repercussões na forma como as empresas são administradas, afetando finanças, estratégia, marketing e outras funções.

Roman Weil, um professor emérito de contabilidade da University of Chicago Booth School of Business, vai mais longe ao dizer que o projeto de convergência está num estado caótico que vai acabar produzindo "baboseiras" em alguns casos.

Mas apesar disto, Sir David Tweedie, presidente do IASB, sustenta que o cenário mais provável é que os EUA vão adotar o IFRS. "Francamente, eu acho que é o que vai acontecer", diz ele.

No entanto, ele reconhece que existem dois outros cenários.

No primeiro, os EUA dizem “não” e fica isolado. No segundo, os EUA, dizem
“não”, mas ao fazê-lo mina a confiança no IFRS na Ásia e América Latina. (....)

Benefícios das flores

Ganhar flores faz com que as mulheres abram sorrisos sinceros e as mantêm (as mulheres, não as flores) mais bem-humoradas por até três dias; dar flores, seja a homens ou mulheres, estimula um comportamento mais agradável por parte do receptor; idosos que ganham flores não só melhoram o humor, como também a memória.

Essas são, em resumo, as conclusões do estudo An Environmental Approach to Positive Emotion: Flowers, que pode ser acessado aqui. O objetivo do trabalho, no entanto, é mais ambicioso que apenas medir os efeitos positivos de se receber um ramalhete inesperado — os autores queriam explorar a interação evolucionária entre flores e seres humanos.

Da mesma forma, por exemplo, que algumas plantas evoluíram meios de atrair insetos — que servem como fonte de alimento ou dispersadores de pólen — outras, diz o argumento, podem ter evoluído flores que despertam reações emocionais favoráveis em humanos e, com isso, conquistado a vantagem de seres cultivadas.

Mas, se flores e seres humanos evoluíram conjuntamente dessa forma — nós cuidando delas, elas nos oferecendo apoio emocional — será que a interação não pode acabar nos fazendo falta, neste mundo cada vez mais duro e urbanizado?

“Muito pouca pesquisa foi feita sobre os efeitos de se privar seres humanos de fontes de apoio emocional vindo de outras espécies. Humanos estão integrados num ambiente maior, sensorial e social, do que o ocupado apenas por sua própria espécie. Privar seres humanos do apoio emocional vindo de fora da espécie pode ser tão ruim para a adaptabilidade e sobrevivência humanas quanto a privação de qualquer outro recurso“, especula o artigo.

O que me faz ponderar três coisas. Primeiro, as fantásticas redes de competição e cooperação que a evolução tece, onde nenhum nicho ou recurso parece ficar inexplorado — onde o poder de alegrar pode se converter numa vantagem tão importante quanto o de alimentar. Segundo, que papel cães, gatos e passarinhos poderiam desempenhar nessa hipotética ecologia da saúde emocional humana.

A terceira coisa é um fala de Sherlock Holmes na aventura do Tratado Naval, publicada em 1893. Ali o detetive diz: “Todas as outras coisas, nossos poderes, nossos desejos, nossa comida, são realmente necessárias para nossa existência em primeiro lugar. Mas esta rosa é um extra. Seu perfume e sua cor são um enfeite da vida, não uma condição para ela”.

Talvez nem tanto, meu caro Holmes. Talvez nem tanto…


Os benefícios de dar flores - por Carlos Orsi - 07.outubro.2010 - Estado de São Paulo

Imóveis e balanços de bancos

O novo Índice Nacional dos Preços de Imóveis, que o governo pretende lançar em 2011, conforme noticiou ontem O GLOBO, deverá ter outra finalidade além do monitoramento do setor imobiliário para evitar bolhas. Ele poderá ser utilizado como índice de atualização monetária do valor das garantias dos imóveis financiados, nos balanços dos bancos. Atualmente, se utiliza o mesmo indexador do contrato habitacional, a TR (Taxa Referencial).

O entendimento de técnicos do governo e do setor privado é que a TR não é um índice adequado, pois não guarda qualquer relação com o comportamento real dos valores dos imóveis. Além disso, em um ambiente de instabilidade, pode gerar distorções e esconder problemas nos balanços das instituições financeiras.

A substituição da TR pelo novo índice não terá impacto para os mutuários, pois os contratos continuarão sendo corrigidos pelo indexador contratado, atualmente a TR. O efeito seria apenas do ponto de vista contábil nos balanços dos bancos.

Segundo técnicos envolvidos nas discussões, a adoção de um índice de preços para corrigir os balanços dos bancos poderia ter evitado, por exemplo, os problemas com financiamentos imobiliários no período de hiperinflação, antes da implantação do Plano Real, em julho de 1994.

Naquela época, os balanços dos bancos informavam que os créditos estavam amparados com folga pelas respectivas garantias (imóveis financiados) — o que não condizia com a realidade. Naquela época, o valor dos imóveis nem de longe acompanhava os índices de inflação e o real valor do imóvel era muito inferior ao saldo devedor.


Índice de imóveis atualizará balanços - 8 Out 2010 - O Globo - Geralda Doca