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21 agosto 2009

O que é o trabalho do Auditor?

Se ha creado una cierta confusión sobre el papel que desempeñamos los auditores y sobre lo que es un informe de auditoría. A veces, es mejor empezar clarificando lo que no es:

* No informa de la calidad de la gestión de una empresa.
* No informa sobre si ha obtenido unos resultados mejores o peores de lo previsto, ni sobre si podría haber obtenido unos resultados mejores de los presentados.
* No informa de posibles fraudes o irregularidades que se hayan podido cometer en la empresa.
* No garantiza la continuidad de las operaciones por tiempo indefinido.

Una vez indicado lo que no se debe esperar de un Informe de Auditoría, veamos lo que en realidad aporta. El auditor realiza su trabajo sobre las Cuentas Anuales de la empresa auditada que ella prepara y la responsabilidad de su confección e información es exclusivamente de su órgano de administración que, en el caso de una sociedad mercantil, son sus administradores. El objetivo del auditor, profesional e independiente, y lo que plasma en su informe es expresar una opinión sobre si dichas cuentas se han preparado de acuerdo con los principios de contabilidad de obligado cumplimiento y si contienen toda la información que se considera necesaria para su comprensión. En definitiva, el informe de auditoría indica si la información económico-financiera es "real", con independencia de que sea buena o mala. Una información puede ser "mala" porque muestra pérdidas, pero al mismo tiempo "real" porque representa la situación de la compañía. Los informes de auditoría pueden ser de cuatro tipos (intentaré explicarlo con un lenguaje sencillo para el lector): a) Informe de Auditoría "limpio" ó "favorable": el auditor opina que la información de las cuentas anuales muestra la realidad económico-financiera de la empresa. b) Informe de Auditoría "con salvedades": el auditor opina que, excepto por algunos aspectos que indica explícitamente y que, si es posible cuantifica, todo lo demás se ha preparado de forma adecuada. c) Informe de Auditoría "adverso": el auditor, explicando y cuantificando los motivos, opina que las cuentas anuales no presentan de forma adecuada la realidad económico-financiera de la empresa. d) Informe de Auditoría "denegado" (es el más difícil de comprender): el auditor, también explicando los motivos, indica que no puede expresar una opinión sobre si las cuentas anuales presentan o no de forma adecuada la realidad económico-financiera de la empresa. Esto no debe confundirse con que el auditor "no es capaz de emitir un informe de auditoría". Espero haber puesto un granito de arena en la comprensión de los informes de auditoría, por su gran trascendencia actual.

El objetivo del auditor es expresar una opinión sobre si las cuentas anuales se han prepara-do de acuer-do a los principios contables

Informe de auditoría - Cinco Días - 21/8/2009 - Nacional - 015 - Agustín Checa

Conselho de Administração

Conselho de administração: Regra que dá poder a acionistas enfrenta fogo cerrado
Joanna Chung e Brooke Masters, Financial Times, de Nova York e Londres

Grupos empresariais prometeram combater as propostas da comissão de valores mobiliários americana (SEC) que dão aos acionistas poder para nomear diretamente conselheiros das companhias de capital aberto.

Nos últimos dias, centenas de cartas inundaram o escritório da SEC, que avalia quando e como os acionistas podem ter candidatos paras as eleições de conselheiros nas companhias americanas.

Esta é a terceira vez em seis anos que a SEC considera essa possibilidade. Mas, desta vez, a proposta vem acompanhada por uma onda de apoio aos direitos dos acionistas depois da crise financeira.

Atualmente, as companhias nomeiam seus conselheiros. Os acionistas podem votar nos conselheiros, mas não nomeá-los, exceto se optarem por um processo complexo em que têm que contatar os acionistas às suas próprias custas.

A regra proposta pela SEC sobre "acesso por procuração" permitiria aos acionistas nomear até um quarto dos membros do conselho de administração. Os acionistas poderiam nomear conselheiros se tiverem de 1% a 5% de ações, dependendo do tamanho da companhia. A proposta da SEC iria substituir uma regra federal que dá à administração da empresa o poder de excluir nomes colocados pelos acionistas. Os argumentos dos interessados na questão, que agora estão sendo pesados pela SEC, ressaltam as antigas rixas entre empresas e investidores. No entanto, ambos os lados tornaram-se muito mais "estridentes", disse John Wilcox, um especialista em governança empresarial que é chefe da consultoria Sodali.

Alguns dos maiores gestores de recursos do mundo apoiam a proposta, mas muitos na comunidade empresarial afirmam que ela dará aos sindicatos e a grupos de interesse específico muito poder de interferência na administração das companhias.

A regra em discussão é "provavelmente a proposta mais defeituosa e impraticável" que a SEC já elaborou sobre acesso por procuração, escreveu a Câmara de Comércio americana, o grupo de lobby empresarial, em sua carta à SEC. Tom Quaadman, o seu diretor executivo para mercados de capital, disse ontem que a entidade mantém todas as suas opções em aberto, o que inclui um processo judicial contra a SEC.

A Wachtell, Lipton, uma firma de advocacia de grande porte de Wall Street, disse que a proposta teria "consequências negativas" para as companhias e a competitividade dos Estados Unidos.

Entretanto, o fundo de pensão Calpers, o maior dos EUA, considera a proposta "uma reforma histórica que permitirá que os investidores mantenham os conselhos sob escrutínio e que vai restabelecer a confiança nos mercados de capital." Um carta assinada por 80 acadêmicos de direito, administração, economia e finanças instou a SEC que aprove a medida "sem modificações que poderiam diluir o valor da regra para os investidores".

A SEC lidou com o tema do acesso por procuração pelo menos cinco vezes desde que os técnicos pesquisaram o assunto na década de 1940 - e a proposta atual é a terceira vez que possíveis reformas vão para audiência pública desde 2003.

Bill Donaldson e Chris Cox, dois ex-presidentes da SEC, levantaram a possibilidade de acesso por procuração em anos anteriores. Donaldson abandonou a ideia porque não conseguiu consenso entre seus diretores. Cox teve que se mexer por conta de uma decisão judicial em 2006 que desafiava a regra da SEC contra o acesso por procuração.

Nas duas vezes, a proposta atraiu forte oposição dos grupos empresariais. Em 2007, a SEC, sem um dos diretores da base Democrata, votou para restabelecer a proibição dos conselheiros nomeados por acionistas, mas prometeu voltar ao tema.

Desta vez, os ventos parecem estar do lados dos grupos de direitos dos investidores. Mary Schapiro, atual presidente da SEC, apoiou publicamente a proposta, dizendo que gostaria que ela entrasse em vigor antes da próxima temporada de assembleias no começo do ano que vem. (Colaborou Kate Burgess, em Londres)

Valor Econômico 20/8/2009

Empresa e o Social

A questão social e o capitalismo é sempre um assunto polêmico. A grande maioria das discussões gira em torno de juízos de valor, sem nenhuma constatação mais sólida. O texto a seguir, da Business Week, trata de um livro sobre este assunto. Será a abordagem diferente?

Gestão: Lucro também combina com iniciativas sociais

Nanette Byrnes, BusinessWeek
"SuperCorp" - Rosabeth Moss Kanter. Crown. 320 páginas, US$ 27,50

Em meio a uma recessão mundial, pode-se estranhar a publicação de um livro intitulado "SuperCorp", especialmente tendo em vista que algumas das maiores empresas do planeta, nomes como AIG e Lehman Brothers, contribuíram para nos colocar nestas agruras. Mas Rosabeth Moss Kanter parece se encaixar no tipo de pessoas para as quais copos pela metade estão a caminho de ficar cheios - e não esvaziar. E seu livro, com o subtítulo "How Vanguard Companies Create Innovation, Profits, Growth, and Social Good", pinta um quadro róseo do futuro.

Seu otimismo é evidente já nas primeiras páginas. Só mais à frente Kanter se antecipa a críticos que classificariam seus exemplos de benevolência empresarial como exceções à regra de que "ganância é bom". Para Kanter, essas companhias são modelos do que empresas podem ser e em que deveriam se converter.

A profundidade do trabalho de campo coloca o livro de Kanter, professora na Harvard Business School, acima do patamar de aplauso fácil. Ela e uma equipe de pesquisadores passaram mais de três anos realizando mais de 350 entrevistas em 15 companhias em mais de 20 países. Foram compilados casos pontuais e identificadas práticas comuns. Kanter destila essas "melhores práticas" em lições que encerram cada capítulo do livro. Também lista as características de líderes no comando de companhias desbravadoras e as "dez coisas que qualquer pessoa pode fazer para permanecer na vanguarda" (entre elas, recomenda enfatizar inovações, criar redes e tratar funcionários como se fossem voluntários.)

As seções mais convincentes do livro são as que vinculam claramente iniciativas empresariais de ativismo social a crescimento e sucesso financeiro. Uma série de passos que funcionários da IBM deram para ajudar vítimas do tsunami que varreu o Oceano Índico em 2004 e outros desastres naturais constituíram um curso prático de gerenciamento para jovens funcionários indianos e revelou inovações técnicas que a empresa passou a vender no programa "Smarter Planet".

No Brasil, o Banco Real começou com a limpeza de ruas nas imediações de suas instalações. Isso acabou levando à criação de uma linha de crédito pessoal de finalidades ambientais e concessão de microcrédito a pequenas empresas. Dispositivos eletrônicos de mão dotados de leitores de identificação de dedos desenvolvidos pelo banco indiano ICICI para ajudar uma clientela analfabeta em locais remotos comprovaram ser economicamente viáveis e à prova de fraudes - e estão se convertendo em "padrão-ouro", no setor, para todo tipo de transações e clientes.

Na raiz dessas inovações está uma filosofia empresarial empenhada em algum tipo de "bem mais do que meros lucros". Ao mesmo tempo, iniciativas de fundo social podem ser também boas para a lucratividade. David Kenny, ex-CEO da Digitas, uma agência de publicidade hoje pertencente ao Publicis Groupe - e uma das companhias que Kanter louva - vê uma mudança no cenário. "Não podemos mais vender coisas, porque (o mundo) digital dá às pessoas poder para que façam suas próprias escolhas", escreve Kanter citando Kenny. "Por isso, precisamos ser generosos, [do contrário] as pessoas não nos escolherão. Generosidade fomenta retornos."

Num período de crise financeira, mudanças climáticas, enormes disparidades econômicas e pandemias, a existência de companhias que tentam minorar iniquidades e endireitar coisas é, certamente, tranquilizante. E com base nas descrições de Kanter - a mexicana Cemex, a japonesa Omron e a americana Procter & Gamble também estão em sua lista de "SuperCorps"- tendem a ser bem administradas e lugares prazerosos para trabalhar. O que falta ao livro, porém, é uma clara discussão da difícil ponderação de vantagens e desvantagens inerente à eleição de um comportamento moral. Afinal de contas, fazer o bem pode custar caro. Outro senão é a escolha de exemplos por Kanter. Nenhum parâmetro específico precisou ser mensurado para que uma companhia fosse considerada "SuperCorp".

Apesar disso, em seu conjunto, as companhias escolhidas por Kanter equivalem a um argumento no sentido de que imperativos sociais, tanto quanto uma cultura empresarial aberta e o foco em produtos para solução de problemas, caracterizarão as empresas de vanguarda nas décadas futuras. Elas não substituirão organizações não governamentais e a liderança política proativa. mas certamente passarão a contribuir cada vez mais para fazer do mundo um lugar melhor.

(Copyright 2009 The McGraw-Hill Companies)

Valor Econômico - 20/8/2009

Balanço da Eletrobrás

Atraso no balanço e perda bilionária pesam na ação da Eletrobrás
Por Graziella Valenti, Josette Goulart e Silvia Rosa, de São Paulo
Valor Econômico - 20/8/2009

O balanço do segundo trimestre da Eletrobrás, divulgado ontem, trouxe dúvidas extras à tradicional complexidade associada aos resultados da estatal.

Uma redução do "ativo regulatório" maior do que a esperada pelo mercado, que resultou num efeito negativo de R$ 1 bilhão, teve como resultado prático uma queda de 3,3% nas ações ordinárias da companhia num dia em que o Índice Bovespa subiu 0,7%.

O ajuste, lançado na receita da companhia, pesou na última linha do balanço da estatal, que teve prejuízo de R$ R$ 2,1 bilhões, ante lucro de R$ 142,8 milhões em igual intervalo de 2008.

As ações já tinham caído no fim da semana passada, com o atraso na divulgação do balanço [1]. O prazo legal para entrega dos números era dia 15.

De acordo com Astrogildo Quental, diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, o motivo da demora foram questionamentos do auditor independente, a PricewaterhouseCoopers (PwC), sobre uma disputa antiga entre a construtora Mendes Júnior e a Chesf, sua controlada.

"Eles [PwC] pediram uns dias a mais." A partir deste ano, todas as companhias controladas são auditadas pela mesma firma.

Mas o que deixou os analistas perplexos foi uma questão matemática. A companhia afirmou no balanço que o impacto negativo do ativo regulatório acumulado no semestre foi de R$ 2,4 bilhões. Porém, a soma dos montantes divulgados no primeiro e no segundo trimestre dá R$ 1,95 bilhão, deixando os analistas em busca dos quase R$ 500 milhões de diferença. A explicação não está claramente detalhada no comunicado sobre as demonstrações financeiras. [2]

A justificativa da perda também não é das mais fáceis, nem para os especialistas. De forma simplificada, trata-se da marcação a valor de mercado do crédito que a Eletrobrás possui pelo financiamento de Itaipu. Parte desse crédito, que é em dólar, é corrigido pela inflação americana. Como os indicadores para isso foram negativos nos últimos meses, por conta da recessão naquele país, o valor da correção desse crédito caiu.

Itaipu tem uma dívida de US$ 18 bilhões com o governo federal e com a Eletrobrás, que financiaram a construção da usina. Desse total, US$ 6 bilhões são compromissos da usina binacional com a estatal brasileira. Essa dívida era, até o fim de 2007, corrigida por juros da ordem de 7% ao ano mais os índices de inflação americana. Desde o ano passado, porém, foram retirados da correção da dívida de Itaipu os índices inflacionários dos Estados Unidos. Mas, para isso não afetar a Eletrobrás, esse crédito foi transformado numa conta chamada ativo regulatório, que vai direto para a tarifa de repasse da energia de Itaipu, separada da dívida.

Quando foi feita essa segregação, no fim de 2007, o valor do ativo regulatório era da ordem de R$ 4 bilhões. No fechamento de junho, esse total havia sido reduzido para R$ 2,7 bilhões, fruto da variação dos índices americanos.

Contudo, esse crédito será pago num prazo de 14 anos, até 2023. Portanto, trata-se do valor presente da expectativa desse ganho ao longo do tempo. Até sua efetiva concretização, tal impacto poderá não existir ou ser até mesmo positiva. "Num intervalo tão grande, inflação é sempre positiva. Não há recessão que dure tanto", ressaltou Quental, diretor financeiro e de relações com investidores da estatal.

Além do efeito sobre a correção pelos indicadores americanos, como o crédito é em dólar, o valor em reais também sofreu com a valorização da moeda nacional. No total, a empresa tem recebíveis de US$ 7 bilhões, e o efeito negativo da queda do dólar foi de R$ 2,9 bilhões no balanço trimestral.

Quanto à diferença do ativo regulatório entre o acumulado no semestre e a soma dos valores divulgados para o primeiro e segundo trimestres, a explicação é que o conceito inclui a recomposição da tarifa emergencial, herança ainda da época do apagão e isso não foi detalhado no texto.

Mas não foi só a comunicação que trouxe insatisfação no balanço do segundo trimestre. Além da variação cambial, a queda na demanda por energia, em função do desaquecimento da economia doméstica, também afetou o resultado das empresas controladas. "A geração de caixa também foi muito fraca, em função da queda do consumo de energia, principalmente no setor industrial", afirmou Rosângela Ribeiro, analista da SLW Corretora.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) somou R$ 1,1 bilhão de abril a junho, 13,8% menor do que de igual intervalo do ano passado. "O resultado geral foi muito fraco, com custos superiores ao esperado e a linha de resultado final prejudicada pelo câmbio", escreveu Renato Pinto, analista da Fator Corretora.

Apesar do desaquecimento dos números trimestrais, a Eletrobrás encerrou junho com uma posição de caixa de R$ 12 bilhões, ante R$ 8,7 bilhões um ano antes. Para Pinto, da Fator, esse montante dá mostras de que ela teria condições de pagar os bilionários dividendos em atraso. Contudo, o tem não anima os analistas. "A questão fica cada vez mais distante de uma conclusão em 2009, o que poderá agravar ainda mais a performance das ações", destaca Rafael Quintanilha, da Brascan Corretora.

O balanço trouxe ainda uma ressalva do auditor quanto aos créditos tributários de R$ 1,3 bilhão que a estatal tem, por conta da compra de energia aquisição por suas empresas controladas do segmento de distribuição situadas na região Norte. A auditoria destaca que a companhia não apresentou estudo sobre as condições e o tempo de realização desses créditos, o que, na prática, dificultou a averiguação da necessidade de ajuste sobre esse montante.

A ausência do estudo deve-se à expectativa de que o tema seja tratado na Medida Provisória 466, que irá alterar a conta de consumo de combustíveis. A expectativa de Quental é que fique mais claro para as companhias a validade, no tempo, de tais créditos, garantindo sua utilização.


[1] Desconfiado, o mercado puniu antecipadamente a empresa. Onde há fumaça, há fogo.
[2] Esta imprecisão e a complexidade da empresa gera mais desconfiança.

Importância da Matemática

Suponha que uma amiga da leitora receba o resultado de uma mamografia anexada a um terrível diagnóstico: um pequeno ponto na imagem indica a presença de um tumor. Quase que como uma confirmação do destino anunciado, o médico ainda diz que a margem de erro do exame é de aproximadamente 10%*.

A paciente conclui, então, que há 90% de chances de ela ter câncer de mama - convicção que não é desmentida pelo médico. Simplesmente porque ele não sabe.

Mas Mlodinow explica brilhantemente porque tanto a paciente quanto o médico estão errados. E embora a primeira não tenha obrigação de saber os motivos, o segundo certamente tem. A razão está na lógica bayesiana - um conceito de simples exemplificação, como veremos a seguir. (...)

Por que seu médico precisa ser bom em matemática?

Emprego de Contador

CONTADORRES TEM DE SE ADAPTAR A NORMAS CONTABEIS INTERNACIONAIS

Sai na frente quem é especialista em elaborar balanços no novo padrão

Lilian Primi
A carreira de contabilidade passa por uma grande transformação, com a publicação da Lei 11.638/07, que ira adequar as praticas contábeis brasileiras as internacionais. “É um marco na carreira”, diz a especialista em Auditoria e Contabilidade Internacional, Carla Bellangero. “Hoje o contador não é só aquele funcionário que anota mecanicamente os registros da empresa. Isso o computador faz. Ele deve ajudar o empresário na tomada de decisão”, completa o presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP), Sergio Prado de Mello

Demanda Especifica
A adequação proposta pela lei e uma forma de facilitar os investimentos estrangeiros no País, que crescem nos últimos anos. E cria uma demanda especifica em um mercado de trabalho já bastante aquecido. “A procura por profissional treinado nas praticas internacionais é muito grande. Dificilmente uma pessoa com esse perfil ficará desempregada”, avisa Mello.

O CRC-SP vai promover uma atualizado sobre o assunto durante a 21a. convenção dos contabilistas do Estado de São Paulo, de 19 a 21 de agosto, no Anhembi. “esperamos reunir 2.500 contabilistas para discutir principalmente Contabilidade Publica; Internacional; Ambiental e a voltada ao Terceiro Setor. Todas com amplo campo e grande oferta de vagas” diz Mello.

Para ser contador, a pessoa pode fazer um curso técnica ou superior em ciências contábeis. “As boas perspectivas do mercado fizeram o curso superior ser um dos mais procurados”, diz Mello. O salário inicial de um profissional de nível técnico é de R$1.200 e para nível superior, R$2.500. “O técnico em contabilidade pode perfeitamente alcançar postos elevados na carreira. Ele só não pode fazer auditorias, pericias ou revisões”, explica o presidente do CRC.

A maior parte dos mais de 400 mil contabilistas brasileiros esta empregada nos escritórios de contabilidade, que somam hoje 69.779 organizações ativas. A indústria também é grande empregador. Segundo Mello, a área contábil é uma das que mais abrem vagas no mercado de trabalho. “Os empresários precisam de profissionais que possam fornecer elementos e relatórios que os ajudem a atravessar os momentos de turbulência e a criar melhores alternativas para a organização”.

Pesquisa
A pesquisa mensal da empresa Ricardo Xavier Recursos Humanos aponta que as carreiras relacionadas à administração e finanças seguem em alta há 18 meses. Os contabilistas aparecem com a terceira profissão mais procurada, perdendo apenas para engenheiros e administradores. Na Catho Online são oferecidas 4797 vagas de estagio de nível superior e 74 colocações para trainess.

A demanda provocada pela Lei 11638 antecipou ainda o inicio das “big four”, campanha de seleção de trainees. O objetivo é prepará-los para o numero crescente de projetos e para a Contabilidade Internacional. Mello destaca que o profissional contábil pode escolher entre mais de 30 especializações.

Atualmente, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) mantém 4.244 estudantes de nível superior em programas de estagio nesse segmento e 266 alunos de nível técnico, em todo o Brasil. No momento, estão abertas 243 vagas (nível superior) no Pais, 53 delas na cidade de São Paulo. E 15 vagas para Técnicos em Contabilidade, três na capital paulista.


Estado de S Paulo, 16 de Agosto de 2009, Ce2 Empregos

Há cinco anos

Há cinco anos, a empresa Google fez uma oferta pública de ações. Em 19 de agosto de 2004 a empresa era negociada pela primeira vez na Nasdaq.

O preço inicial foi de 85 dólares cada ação. Era considerado um preço elevado naquele momento. Em 2007 a ação chegou a 600 dólares, mas fechou recentemente perto da casa dos 450 dólares.

Mais sobre a data, aqui

Insolvência e ações

Quando Secker comparou empresas com escore Z [indicador de insolvência de Altman] com o movimento de preço [das ações] ele descobriu que empresas com fraco desempenho no seu balanço patrimonial tiveram desempenho ruim em dois terços do tempo.

The A-Z of value investing through a recession - Patrick Mathurin - 15/8/2009 - Financial Times - London Ed1 - 08

20 agosto 2009

Rir é o melhor remédio


Evolução - Fonte: Aqui

Homem x mulher

Dois textos discutem a diferença entre o homem e a mulher no mundo dos negócios. Frederick Lim, em Do men and women invest differently? ; Women tend to be more conservative, say experts publicado em 14 de agosto de 2009, no jornal Today, de Cingapura, afirma que a personalidade é diferente e que isto se reflete em como eles investem o dinheiro.

Citando uma funcionária do Prudential, Tricia Tan, o texto afirma que geralmente a mulher é mais conservadora quando comparada ao homem. Para Tan, uma mulher casada foca na proteção da renda da familia e dos dependentes.

Goh, da Providend, lembra que as mulheres tendem um grande volume de dinheiro em depósitos fixos. E o conservadorismo decorre dos fatores da personalidade.
Uma pesquisa em Cingapura constatou que 30% dos homens investem em ativos de maior risco, comparado com 10% das mulheres. Uma possível explicação por esta atração pelo risco refere-se a confiança maior dos homens.

O segundo texto, publicado no blog Stumbling and Mumbling (Gender & decision-making ) é mais abrangente e aponta diversos resultados de pesquisas:

a) as mulheres são mais generosas com estranhos, principalmente quando estão em grupos onde são maioria. Mas grupos só de mulheres são menos generosas que grupos com maioria de mulheres;

b) as mulheres são piores em negociaçaõ que os homens, especialmente quando a situação não é muito clara;

c) as mulheres têm um desempenho pior sob pressão. O exemplo clássico são as mulheres tenistas, que tem mais probabilidade de erros não forçados em momentos cruciais do jogo;

d) os homens são mais confiantes que mulheres. Mas apesar de negociarem mais ações que as mulheres, eles tem uma rentabilidade menor;

e) as mulheres são mais avessas ao risco.

As diferenças são suficientes para que, numa pesquisa na area de investimento, seja necessário verificar o gênero do respondente.

Fila

Como melhorar a fila do supermercado
Carl Bialik, The Wall Street Journal
The Wall Street Journal Americas - 20/8/2009

Na evolução das técnicas para acelerar a passagem dos fregueses pelo caixa, a maioria dos supermercados ainda está no fim da fila.

Mesmo se os consumidores passam relativamente pouco tempo na fila, uma espera que considerem longa demais, ou injusta, pode reduzir a chance de futuras compras. Para evitar isso, alguns varejistas e restaurantes de comida rápida dos Estados Unidos passaram a imitar os bancos e aeroportos, encaminhando os fregueses para uma fila única. Outros varejistas estão experimentando avanços tecnológicos para melhorar a situação, dando aos clientes informações atualizadas sobre o tempo de espera previsto, ou distrações agradáveis.

Mas o objetivo básico não é uma redução do tempo de espera. A maneira mais simples de reduzir a espera é também a mais cara: acrescentar funcionários. E pesquisas mostram que as pessoas têm relógios internos imprecisos, de modo que as empresas acreditam não haver muito benefício em encurtar as filas.

Em vez disso, elas preferem apelar para o senso de justiça dos clientes, garantindo que ninguém seja atendido depois de outra pessoa que chegou mais tarde. E tentando melhorar um pouco a experiência da espera. Tais medidas podem exercer grande efeito na percepção que o cliente tem do tempo de espera, demonstrando que, quando se trata de atendimento ao público, a psicologia é mais importante do que a matemática.

A maioria das pessoas que compra leite e ovos ainda tem de fazer contas mentais para escolher a fila mais rápida, e muitas vezes enfrenta o desprazer de ver a outra fila avançar mais rápido.

Não que a fila ocupe tanto tempo das pessoas quanto elas pensam. Numa pesquisa do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA, por exemplo, as pessoas foram solicitadas a relembrar o tempo que passaram esperando em filas ao fazer compras. Tão poucos mencionaram essa atividade que ela não foi incluída como tendo importância estatística.No entanto, uma única espera longa ou frustrante pode deixar uma impressão duradoura.

O tempo na fila está longe de ser o único fator que define a satisfação. O cliente quer ser tratado de maneira justa. Muitos estudos já mostraram a grande frustração que o consumidor sente ao ver outras pessoas atendidas mais rápido. Segundo Richard Larson, professor de sistemas de engenharia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, os estudos mostram que os clientes se dispõem a esperar até o dobro do tempo para evitar esse tipo de injustiça.

Até o aroma pode fazer diferença. Um estudo australiano de 2002 mostrou que o aroma de lavanda emitido nas áreas de espera em uma agência do equivalente ao Detran do país melhorou a avaliação do atendimento por parte de 200 clientes, diminuindo sua ira por ter de esperar mais de dez minutos, em comparação com outros 200 clientes não expostos ao aroma.

Muitos supermercados tentam resolver a insatisfação com caixas expressos para compradores com poucos itens, para que não precisem esperar as transações demoradas. Mas Lee Holman, principal analista de varejo da IHL Group, observa que dessa forma os supermercados estão tratando seus melhores clientes da pior maneira. É uma medida arriscada em um setor cuja margem de lucro foi um minúsculo 1,8% em 2007-2008, segundo o Instituto de Comercialização de Alimentos — e note-se que esse foi seu segundo mais alto nível de lucratividade nos últimos 25 anos. (Essas margens ajudam a explicar porque os supermercados podem resistir tanto a investir em processos de reengenharia, ou arriscar- se a perder as compras por impulso possibilitadas pelas gôndolas próximas dos caixas.)

Alguns supermercados tornaram suas filas mais justas. Em Nova York, as cadeias Whole Foods Market e Trader's Joe, especializadas em alimentos orgânicos, instituíram a fila única. Uma das lojas do Trader Joe's divide a fila em duas, uma para poucos itens e outra aberta para qualquer freguês. Em determinadas horas as filas são atendidas de maneira alternada, diminuindo o tempo de espera dos clientes com as maiores compras.Quase metade dos supermercados tem alguma forma de caixa automático, segundo Holman. Mas há poucos sistemas desse tipo em relação às tradicionais caixas registradoras, e muitas vezes as filas não avançam depressa devido à falta de familiaridade dos clientes com os escaneadores de códigos de barras. A maioria das empresas de supermercados, porém, age como a Publix Super Markets Inc., do sul do país, que mantém uma fila separada para cada caixa. "Muita gente espera em determinada fila só para ser atendida pelo seu funcionário preferido", diz uma porta voz da Publix.

Mais sobre valor justo

Cuando los genios se vuelven sabios
Reuters - Noticias Latinoamericanas - 19/8/2009
Rolfe Winkler, columnista de Reuters

NUEVA YORK, ago 19 (Reuters) - Los creadores del desastre del fondo de cobertura Long-Term Capital Management (LTCM), a fines de la década de 1990, ahora quieren que los bancos se tomen en serio un recorte de su apalancamiento, usando una contabilidad de valor justo en una mayor variedad de activos.

Robert Merton, ganador de un premio Nobel de Economía, escribió en un texto firmado con otros dos colegas el martes en el diario Financial Times, que bancos, supervisores y legisladores están conspirando para ocultar los bajos precios de los activos de los bancos para evitar lidiar con las consecuencias de la insolvencia.

Merton quiere un uso más amplio de la contabilidad de los activos a valor justo, para forzar a los bancos a que confiesen sus pérdidas y junten más capital.

En una entrevista a radio Bloomberg, Myron Scholes, quien recibió el premio con Merton y fue su socio por mucho tiempo, estuvo de acuerdo.

Es refrescante un reconocimiento honesto de la enfermedad que todavía infecta al sistema financiero, el apalancamiento, por parte de dos destacados economistas que aprendieron a los golpes que el apalancamiento mata.

Ultimamente es de rigor decir que lo peor de la recesión ha pasado y que estamos camino a la "recuperación". No hay que preocuparse de que los grandes bancos sigan siendo insolventes.

Si se quitan las garantías del Gobierno, que les brindan financiamiento barato y protegen el valor de sus activos, muchos estarían al borde del colapso.

Como ya argumenté a principios de esta semana, la caída de los precios en los bienes raíces implica pérdidas inmensas para las carteras de préstamos bancarios, pérdidas que podrían borrar de un plumazo lo que queda de su escaso capital.

El lunes tuvimos otro recordatorio de cómo podrían ser las pérdidas. BB&T informó que ajustó en un 37 por ciento el valor de los préstamos que adquirió del quebrado prestamista Colonial Bank.

Una tasa de pérdida la mitad de grande, si se aplica a Citigroup , Bank of America y Wells Fargo , les arrebataría lo que les queda de capital.

En otras palabras, a pesar de los recientes aumentos de capital, su apalancamiento sigue siendo demasiado alto.

Merton y Scholes conocen el riesgo del apalancamiento. Su fondo de cobertura, Long Term Capital Management, estaba apalancado 25 a 1 antes de las pérdidas que aniquilaron su capital, llevando el apalancamiento a 100 a 1.

En esa ocasión, fue necesario el auxilio de firmas de Wall Street para compensar el déficit de capital de LTCM y prevenir un colapso sistémico.

Incluso después de las pruebas de tensión a la banca, los grandes prestamistas aún están apalancados más de 20 a 1. Mucho más cuando se consideran las pérdidas que están escondiendo y los activos fuera del balance que no han reconocido.

El Consejo de Normas Contables Financieras de Estados Unidos (FASB) ya les ha ordenado que reconozcan activos fuera del balance a partir del año próximo y las propuestas de valor justo, de ser aprobadas, llegarían al año siguiente.

No será fácil ponerlo en práctica, es verdad. Las estimaciones del valor justo existentes en los bancos son altamente cuestionables.

No está claro que supuestos están usando en los modelos internos para llegar a los valores. Por eso es que Merton sostiene que las estimaciones deberían ser "validadas en forma independiente por auditores externos".

Si eso es costoso o difícil, ese debe ser el precio que los bancos paguen por invertir en activos difíciles de valorar.

Una crítica legítima a la contabilidad del valor justo es que es procíclica. Valorar los activos a precios de mercado puede inflar el capital cuando los mercados suben y desinflarlos cuando bajan, excerbando las oscilaciones.

Pero eso no ocurre si las autoridades responden dinámicamente a las condiciones de mercado. A medida que se inflan las burbujas, las autoridades deberían incrementar los requisitos de capital para que el apalancamiento no se salga de las manos. De ese modo, cuando los mercados caígan los bancos estarán bien capitalizados.

Desafortunadamente, los reguladores no tienen la flexibilidad para ser indulgentes en este momento. Los bancos no acumularon reservas durante los años de prosperidad, así que las autoridades deben forzarlos a que lo hagan durante la escasez.

La primera medida para resolver un problema es admitirlo. La contabilidad del valor justo obligaría a los bancos a reconocer que todavía tienen un problema de apalancamiento y, con suerte, inspiraría a las autoridades a aumentar los requisitos de capital.

Teste #134

Em 2008 e 2009 um contador foi destaque nos jornais esportivos europeus. Trata-se de:

a) Alberto Contador, vencedor da Volta da França de ciclismo

b) Harry Gregg, goleiro da seleção da Irlanda e jogador do Manchester, que tornou-se contador após despedida dos gramados

c) Thomas Taylor, presidente da Comissão de Doping de Atletismo, também contador britânico

Resposta do Anterior: o livro de Garrison, Noreen e Brewer é o mais vendido

TCU investiga empréstimo

TCU quer verificar os critérios do BB e se as condições do empréstimo seguiram os padrões de mercado

O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação sobre o empréstimo de R$ 4,3 bilhões concedido pelo Banco do Brasil à Oi, no ano passado, para que a operadora pudesse comprar a Brasil Telecom. Os técnicos têm três semanas para apresentar um relatório, que será votado pelos ministros do TCU no fim de setembro.

O empréstimo à Oi foi o maior já feito pelo BB a uma empresa privada. O TCU quer verificar se as condições oferecidas - que prevê o pagamento em sete prestações, a partir de maio de 2010, e um prazo de oito anos - seguem os padrões de mercado. O Tribunal pode pedir a anulação do crédito se constatar irregularidades ou falta de padrão. Mas se isso ocorrer, o mais provável é que o TCU exija garantias adicionais à Oi.

TCU investiga empréstimo do BB à Oi
Juliano Basile, de Brasília - Valor Econômico

Honestidade

Centenas de carteiras foram deixadas nas ruas de Edinburgo, cidade da Grã-Bretanha. Destas, 240 foram devolvidas. Mas existe um aspecto interessante. Quando os pesquisadores inseriram fotografias mostrando um bebê sorrindo, um cachorrinho bonitinho, uma família feliz ou um casal de velhos o resultado mudou.
Quando a carteira tinha um bebê era mais provável receber a carteira de volta (88%). O animal de estimação, a família e o casal de velhinhos tiveram retornos de 53%, 48% e 28%, nesta ordem. Uma carteira com um cartão de uma entidade de caridade e uma carteira sem nenhum objeto diferenciado tiveram uma taxa de retorno de 20% e 15%.

Fonte: aqui

Elogio

(...) De acordo com os psicológos que trabalham na área, isto é conhecido como "identidade proeminente". Basicamente, é uma forma sofisticada de dizer que você tem mais probabilidade de efetuar mudanças nas pessoas através de elogios que elas são boas, do que lembrando que são ruins. (...)
TRY A PAT ON THE BACK- 10/8/2009 - The Press (Christchurch) - p. 8


Texto que discute o fato dos neo-zelandeses serem pessoas que tomam boas decisões financeiras

Previsão dos analistas

Analistas erraram demais
Lynn Thomasson e Adria Cimino
Da Bloomberg News

Qualquer investidor que tenha seguido as orientações dos analistas de Wall Street em março registrou apenas prejuízos depois da alta da bolsa norte-americana nos meses seguintes, a maior das últimas sete décadas.

(...) As recomendações não se mostraram corretas porque as empresas com os piores lucros encabeçaram a alta de 45% registrada pelo índice Standard & Poor"s 500 desde sua queda para o menor patamar de 12 anos, ocorrida cinco meses atrás. Os bancos de investimentos e corretoras que não conseguiram prever que os papéis mais duramente prejudicados no ano passado seriam os de recuperação mais rápida orientaram os aplicadores para papéis de laboratórios farmacêuticos e de empresas de produtos energéticos, cujo desempenho foi 22 pontos percentuais inferior ao do Índice MSCI Mundial.

"Os analistas se aferram aos fundamentos econômicos", disse Romain Boscher, diretor de transações da Groupama Asset Management, de Paris. "Esta é uma alta de sentimento. Os analistas estavam na defensiva. Houve um ponto de inflexão e eles não viram." (...)

Jornal do Commercio - 19/8/2009

Fraude Contábil

Detonar a própria empresa é elevada à categoria de arte
Por Jonathan Weil, Bloomberg, de Nova York

Podemos tirar o auditor da Arthur Andersen. Não podemos tirar a Arthur Andersen do auditor.

Quase nem seria justo afirmar que deveríamos saber que a Huron Consulting Group, com matriz em Chicago, estava destinada a implodir. É tentador dizê-lo, porém.
A Huron foi fundada por cerca de 20 sócios da Arthur Andersen em março de 2002, mesmo mês em que a agora finada firma de contabilidade foi indiciada como parte da investigação do governo dos EUA em torno da Enron, a falida empresa de energia. Por sete anos, a Huron assessorou outras companhias sobre formas de lidar com complexas questões e investigações contábeis.

Atualmente, a Huron é mais bem conhecida como a operação de contabilidade forense que não conseguiu manter os seus próprios livros em ordem e que, nesse processo, detonou o seu modelo de negócios.

Em 31 de julho, depois do fechamento dos mercados acionários, quando os operadores começavam a ir para suas casas para o fim de semana, a Huron revelou que deverá reapresentar as suas demonstrações financeiras desde 2006, para corrigir erros sobre a forma como a firma reportou despesas com remuneração de empregados. A medida reduzirá drasticamente o seu lucro líquido para o período, em US$ 57 milhões, ou quase metade dos US$ 120 milhões que a Huron havia apresentado antes.

As consequências foram imediatas. O presidente do conselho de administração e executivo-chefe, o ex-sócio da Andersen Gary Holdren, renunciou, sem receber indenização. A Huron disse que seu diretor financeiro e seu diretor de contabilidade estavam deixando a firma, também sem verbas rescisórias. O órgão regulador (SEC) abriu sindicância. O papel da Huron despencou, em queda de 69%, na reabertura dos negócios, em 3 de agosto, eliminando US$ 660 milhões do valor de mercado da companhia. A maldição da Andersen, que não conseguiu deter as fraudes na Enron e na companhia de telefonia de longa distância WorldCom, subsiste.

Não se tem notícia de um fiasco contábil tão repleto de ironias desde que a firma especializada em declarações de imposto de renda H&R Block precisou refazer os seus demonstrativos financeiros em 2006 para corrigir erros cometidos na sua contabilidade para impostos.

Quanto à mera destruição de marca, a revisão da Huron promete ser muito pior. Recordemos o que aconteceu com a carreira do ator "Pee Wee Herman" Paul Reubens, depois de ter sido preso por "exposição indecente" num cinema para adultos em 1991, e teremos uma ideia da escala em que o escândalo da Huron ainda poderá se tornar prejudicial.

A Huron havia construído uma reputação de "Mestre Resolvedor" para companhias envolvidas em apuros contábeis. No seu site na internet, a firma diz que seus profissionais "possuem as qualificações e a experiência necessárias para ajudá-los a solucionar a sua questão contábil, a capacidade de explicar as informações de forma clara e sucinta, e a habilidade de ajudá-los a aplicar a informação na prática". Seus clientes ao longo dos anos incluíram a Fannie Mae, Nortel Networks e Tenet Healthcare.

As demonstrações errôneas se concentraram em quatro companhias que a firma comprou entre 2005 e 2007. A Huron disse que os donos anteriores das companhias redistribuíram parte do produto da venda de forma que não era compatível com seus percentuais de titularidade. Em alguns casos, eles usaram o valor da venda para remunerar empregados nas empresas que haviam vendido, como uma recompensa por continuar trabalhando na Huron ou por atingir metas pessoais de desempenho.

Pelas normas contábeis, a Huron deveria ter informado os pagamentos dos proprietários anteriores como despesas com remuneração, pois as "ações dos detentores de interesse econômico numa companhia podem ser imputadas à própria companhia", conforme explicou a Huron.

A Huron omitiu isso. A companhia disse que a revisão das demonstrações deverá reduzir o seu lucro líquido para 2008 em 76%, para US$ 10 milhões.

A Huron espera identificar "uma ou mais deficiências relevantes" nos seus "controles internos sobre relatórios financeiros" como resultado das constatações. Ela disse que a SEC também está apurando para determinar se as práticas de reconhecimento de receitas são apropriadas. Se você fosse um membro do conselho de administração de uma companhia que estivesse à busca de consultoria contábil ou gerencial, estaria em graves apuros para justificar a contratação da Huron neste momento.

A tarefa de liderar a Huron agora recai sobre dois outros veteranos da Andersen: George Massaro, novo presidente do conselho de administração, e James Roth, um fundador da companhia, que foi nomeado executivo-chefe. Massaro atuou como o homem na linha de frente no caso do relatório investigativo de 2006 para a Fannie Mae, que concluiu, entre outras coisas, que "os sistemas contábeis da Fannie eram inteiramente inadequados".

Uma reviravolta nessas circunstâncias pode ser uma expectativa exagerada demais, especialmente numa companhia tão alavancada. Em 31 de março, a Huron possuía empréstimos de longo prazo de US$ 321,5 milhões, uma quantia quase equivalente ao seu patrimônio líquido, de US$ 337,5 milhões. Se por um lado bastam apenas dois minutos para destruir uma reputação, a dívida, por sua vez, não é tão facilmente dispensada.

Uma providência que a Huron tomou acertadamente anos atrás foi a divulgação do fator de risco, que incluiu no folheto informativo de outubro de 2004 para o seu primeiro lançamento de ações.

"Nossa capacidade de manter e atrair novas empresas depende da nossa reputação, da reputação profissional dos nossos consultores e da qualidade dos nossos serviços", disse o folheto. "Qualquer fator que reduzir a nossa reputação ou a dos nossos consultores ou que questionar a qualidade dos nossos serviços poderá dificultar sobremaneira a nossa capacidade de atrair novos compromissos e clientes."
Exatamente em que medida isso poderá dificultar, a Huron está prestes a descobrir. (Tradução de Robert Bánvölgyi)
(Jonathan Weil é colunista da Bloomberg. O texto reflete apenas as suas opiniões)

Publicado no Valor Econômico 19/8/2009. Grifo do blog.

Publicado em Análise de Balanços

19 agosto 2009

Rir é o melhor remédio

A Semana:


Fonte: Toonpool.com

Avaliação por índices

Uma das formas usuais de fazer a avaliação de uma empresa é através dos índices (ou múltiplos). Esta é a forma mais usual para avaliar pequenos negócios, onde a aplicação do fluxo de caixa descontado esbarra na sua complexidade.

Mas mesmo grandes empresas são avaliadas por esta técnica. Utiliza-se muito a relação entre valor e número de clientes nas empresas de comunicações. Estabelecendo, por exemplo, um valor de R$150 por cliente, basta verificar quantos clientes a empresa que está sendo negociada possui e fazer o cálculo do seu valor.

A principal atratividade do índice é sua simplicidade. Conhecendo seu valor, basta proceder uma operação aritmética. Assim, uma farmácia é comercializada como três vezes a receita, mais estoques, menos dívidas. O que o comprador tem que fazer é verificar o valor da receita, contar os estoques e acertar que todas as dívidas anteriores à data de negociação sejam de responsabilidade do vendedor.

O índice de cada setor surge dos "usos e costumes". Geralmente o volume de negócios de compra e venda de empresa faz com que se estabeleça este índice. Assim, o índice de três vezes a receita para uma farmácia é decorrente de uma prática estabelecida no setor. Multiplicar pela receita permite que o valor do ponto comercial seja considerado na mensuração da empresa. O outro grande ativo da farmácia, os seus estoques, também são considerados, líquidos das dívidas com os fornecedores.

Devemos aqui lembrar que uma regra prática, estabelecida pelo tempo, passou pelo teste do mercado. Se a regra dos três vezes a receita não fosse adequada, ela seria ajustada. Com efeito, logo após o Plano Collor, quando poucas pessoas possuiam dinheiro vivo para comprar pequenos negócios, a regra sofreu alterações, permitindo que o comprador parcelasse o valor da compra ou reduzindo o multiplicador para 2,5.

O atrativo da simplicidade e o teste do tempo (ou do mercado) não impede que o índice possua problemas. O primeiro deles é estabelecer este índice. Nem sempre um setor possui um índice tradicionalmente aceito. Geralmente os pequenos comércios possuem esta regra simples; mas grandes empresas ou setores com características específicas (oligopólios, por exemplo) provavelmente não deve ter este índice.

Outro problema é sua suposição. A simplicidade reduz um processo complexo de avaliação em poucas contas - o que é bom; mas deixa de fora variáveis que pode ser relevante. Voltemos ao caso da farmácia. Usar a regra estabelecida deixa de contemplar a importância do dono em atrair a freguesia, por exemplo. O mesmo ocorre quando usamos o P/L para comprar ações - e este é um exemplo de índice usado no processo de avaliação.

Um terceiro problema dos índices diz respeito a reversão a média. Este conceito diz que o desempenho de uma empresa irá voltar a sua média histórica depois de um período de baixa ou de alta. Se o valor do P/L histórico é de 10 e hoje seu valor é de 8, isto significa que a ação está com preço baixo. Mas se isto for verdade, o mercado como um todo reconheceria. Assim, usar a avaliação por índice pode conduzir a um problema de lógica.

Para um exemplo de uso de índice numa empresa grande, a Coca-Cola, leia esta postagem do Seeking Alpha.