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17 abril 2008

Competitividade no Espaço

O gráfico mostra os países mais competitivos na corrida espacial (100 é o valor máximo). Achei estranho a presença do Brasil. Fonte: Futron/The Economist

Desastres e Seguros

Nem sempre os maiores desastres naturais significa maiores seguros. A tempestade de inverno na Europa representou maior peso para seguradoras, mas o ciclone de Oman/Iran trouxe maior número de vítimas. Obviamente que o valor do seguro também depende do grau de penetração da idéia de seguro na população de um país. Fonte: Aqui

16 abril 2008

Rir é o melhor remédio

Cortando custos: deve existir uma maneira mais esperta de cortar custos

Links

1. Uma calculadora que estima o valor de imóvel na Inglaterra

2. Uma ilha construída com garrafas plásticas

3. CVM critica divulgação de informações sobre PEtrobrás

4. Propaganda da série Numb3rs

5. Quantidade de auditoria fiscal cai nas grandes empresas

Casamento


Casamento vale a pena? O custo de uma núpcias é de quase 30 mil dólares. Aqui calcula-se o valor deste montante como se fosse um investimento. Já em The Fiscal Costs of Marriage and Divorce, de Justin Wolfers para o New York Times e o blog Freakonomics lembra algumas pesquisas interessantes sobre o tema.

Elizabeth Ananat e Guy Michaels, que será publicado no Journal of Human Resources, faz uma vinculação entre divórcio e renda. Existe uma dificuldade de determinar se o divórcio causa redução de renda ou se a redução de renda causa o divórcio.

Existe uma maior tendência ao divórcio se o primeiro filho for menina. Uma vez que este é um evento aleatório (o sexo do bebê), este fenômeno é merece estudo. Ananat e Michaels que o divórcio tem conseqüências na renda. Aqui outro texto sobre o assunto

Um relatório, também citado por Wolfers, diz que a fragmentação da família custa $112 bilhões por ano para os contribuintes norte-americanos. Quem ganha com isto? A resposta é "a ciência do direito".

Mudança de Logo

Depois do fundo hedge londrino GLG comunicar a redução no lucro por problemas contábeis, o blog nakedshorts propôs a mudança do seu logo:

Testosterona




Quando os corretores da bolsa têm um elevado nível de testosterona, principal hormônio sexual masculino, têm mais tendência a assumir riscos e obtêm maiores ganhos, revelou um trabalho de pesquisadores britânicos divulgado nesta segunda-feira (14) nos Estados Unidos.

A pesquisa permite também explicar decisões irracionais responsáveis por bolhas especulativas e "cracks" na bolsa, segundo os pesquisadores da Universidade de Cambridge.

Os cientistas acompanharam 17 corretores da Londres durante oito dias de trabalho consecutivos e mediram seus níveis de testosterona por meio de amostras de saliva duas vezes por dia: às 11h, em plena atividade da bolsa, e às 16h, ao final da sessão.

A cada vez que mediam o nível de testosterona eram registradas também as perdas e os ganhos.

Comparando os dados recolhidos, os pesquisadores determinaram que os ganhos obtidos eram muito maiores que a média diária quando os corretores tinham níveis de testosterona muito mais elevados.

Confiança

Baseando-se em estudos anteriores, os cientistas acreditam que o fenômeno seria explicado pelo fato de que a testosterona aumenta a confiança em si mesmo e o gosto pelo risco.

A influência dos esteróides, especificamente a testosterona e o cortisol ou hidrocortisona, poderia também explicar por que os operadores de mercados custam a reagir racionalmente frente a bolhas especulativas ou a uma quebra, exacerbando as crises financeiras.

O testosterona é um hormônio determinante para o comportamento sexual e a competitividade, já que atua sobre a agressividade. Este hormônio aumenta em um atleta antes de uma competição e segue aumentando em caso de vitória, mas diminui em caso de derrota.

"O aumento dos níveis de testosterona e de cortisol predispõem os corretores aos riscos", afirmou o doutor John Coates da Universidade de Cambridge, co-autor do trabalho e ex-corretor de bolsa.

"No entanto, se a testosterona se tornar excessiva no organismo, como pode ocorrer facilmente em situações de bolhas especulativas, o gosto pelo risco pode se tornar obsessivo", acrescentou.

O estudo foi divulgado nos "Anais da Academia Nacional de Ciências" dos Estados Unidos desta segunda-feira.


Fonte: Aqui

Efeito Tiger Woods


Tiger Woods terminou em segundo lugar no Masters tournament deste ano. Segundo analistas do BNP Paribas, quando Woods ganha o troféu, o retorno médio do Lehman Brothers Aggregate Bond Index é de 1.09% e um retorno médio de 1,11% para Treasurys. Em quatro ocasiões Woods venceu o Masters: 1997, 2001, 2002 e 2005. Quando não venceu, o Lehman Aggregate teve um retorno negativo de 0.12% e Treasurys também ficou negativo (0,33%).

Eis mais um caso de correlação espúria.

Fonte: Aqui

Corrupção e contabilidade


Em 2005, as autoridades federais concluíram que um consultor da Monsanto visitou a casa de um alto funcionário da Indonésia e, com a aprovação de um executivo sênior da empresa, entregou um envelope recheado de notas de US$ 100. O dinheiro era suborno para obter regulamentos ambientais mais brandos para as safras de algodão da Monsanto, segundo documento judicial. E teria ocultado o suborno com faturas falsas. Alguns anos antes, na era da Enron, acusações dessa natureza resultariam em indiciamento criminal. Em vez disso, a Monsanto foi autorizada a pagar US$ 1 milhão e evitar ação criminal ao entrar num acordo de monitoração com o Departamento de Justiça.

Numa importante mudança de estratégia, o Departamento de Justiça, outrora conhecido por processar grandes corporações, como o Arthur Andersen, adiou o processo de mais de 50 empresas suspeitas de má conduta nos últimos três anos. Em vez disso, muitas empresas, de boutiques a gigantes corporações, evitaram o custo e o estigma de se defenderem contra acusações criminais com os chamados acordos de processo diferido, que permitem ao governo arrecadar multas e indicar um monitor externo para impor reformas internas, sem julgamento.

(...) Os especialistas dizem que a tática pode ter enviado sinais errados para as corporações - a promessa, de fato, de terem um cartão para se livrarem da cadeia. A aplicação crescente de processos diferidos também sugere um roteiro que o Departamento de Justiça pode seguir nas investigações suscitadas pela crise hipotecária subprime. Os acordos de processos diferidos (DPA, na sigla em inglês) são mais controversos por causa do acordo de uma companhia de suplementos médicos para pagar US$ 52 milhões para a consultora de John Ashcroft, ex-promotor geral, como monitora externa para evitar uma ação criminal. Esse acordo suscitou inquéritos no Congresso e pedidos de diretrizes mais rigorosas. (...)

EUA mudam estratégia e fazem acordo com acusados de fraude
Gazeta Mercantil - 16/4/2008
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(The New York Times)


O que isto mudaria na contabilidade do passivo? Provavelmente a mensuração é simplificada.

Leia o texto completo aqui

Finanças Comportamentais: artigo


O jornal Valor Econômico traz hoje um artigo de Andre Delben Silva onde se comenta, resumidamente, alguns dos problemas existentes no processo decisório. Apesar do autor não usar o termo "finanças comportamentais" (ou algo próximo), os aspectos abordados são provenientes de pesquisas da área.

O ser humano é muito menos racional do que nos faz crer as teorias tradicionais de finanças. A experiência tem mostrado que, no mercado financeiro, as decisões dos investidores, das mais simples às mais complexas, nem sempre seguem a racionalidade. No processo de julgamento, é muito comum esses investidores serem afetados por questões psicológicas, que pode levar a um comportamento equivocado no mundo dos investimentos, como as principais que são abordadas a seguir:

- Excesso de confiança e otimismo: Ocorrem quando as pessoas se classificam como acima da média e acham que os outros irão julgá-las melhores do que são realmente. Excesso de confiança sugere que o investidor superestima a habilidade de prever eventos futuros. Na prática, a grande maioria dos investidores não pode estar acima da média.

- Aposta errônea: Quando se trata de probabilidades, a falta de conhecimento pode levar a conclusões erradas. Considere uma série de 20 moedas que, quando jogadas, caíram todas com o lado "cara" virado para cima. Numa aposta errônea, pode-se pensar que é mais provável que a próxima moeda caia com o lado "coroa" virado para cima. Essa linha de raciocínio representa uma compreensão inexata de probabilidade, porque a chance de uma moeda não viciada cair com o lado "cara" para cima é sempre de 50%.

- Ancoragem: Daniel Kahneman e Amos Tversky (1974), conduziram estudo no qual uma roda com números de 1 a 100 seria girada. Os candidatos eram questionados se a porcentagem de países africanos membros das Nações Unidas era maior ou menor do que o número dado na roda. Em seguida os candidatos deveriam fazer uma estimativa atual desse valor. Tversky e Kahneman descobriram que esse valor apresentado na roda mostrou grande influência sobre as respostas dadas pelos candidatos. Por exemplo, quando a roda parou no número 10, a estimativa média dada pelos candidatos foi de 25%. Porém, quando parou no 60, a estimativa média foi de 45%.

- Contabilidade mental: É a tendência que as pessoas têm de separar seu patrimônio em partes com finalidades individuais. Existem casos de pessoas que têm uma poupança para os filhos e que usam o limite do cheque especial. Outras tratam o dinheiro da restituição do imposto de renda como se fosse um prêmio e reservam o valor para um gasto especial. Uma maneira de evitar o mau uso da contabilidade mental é sempre lembrar que o patrimônio, incluindo ativos e passivos, deve ser analisado de forma única.

- Tendência ao exagero e disponibilidade: Uma conseqüência de envolver emoções no mercado financeiro é a tendência ao exagero ante uma nova informação. Boas notícias devem aumentar o preço do ativo, e este não deve cair se nenhuma nova informação for dada. Às vezes, participantes do mercado financeiro criam um efeito de supervalorização do ativo. Segundo a teoria da disponibilidade, as pessoas tendem a dar maior peso às informações mais recentes para uma tomada de decisão. Por exemplo, imagine um acidente de carro que acaba de acontecer num trecho de rodovia de uso diário. É possível que, pelas próximas semanas, você dirigirá com mais cautela pela rodovia. Presenciar o acidente o induziu a tendência ao exagero, porém, em pouco tempo você voltará aos seus hábitos normais.

- Efeito Manada: Eventos no mercado financeiro, como o estouro da bolha da internet, continuam a acontecer dado o efeito manada, que é a tendência do indivíduo em imitar as ações de um grupo maior. Temos a necessidade de agir em conformidade com o grupo onde estamos inseridos. Errar em companhia da maioria é menos estressante. Já conviver com as conseqüências de um erro em virtude de um posicionamento oposto ao do grupo é um constrangimento que a maioria evita.

- Viés de confirmação: No mundo dos investimentos, esse viés sugere que é mais provável que o investidor busque informações que confirmem sua idéia inicial a respeito de um investimento em vez de fatos que contradigam sua opinião. Como conseqüência, isso pode resultar em um processo de decisão errado, dado o conjunto incompleto de informações disponíveis.Viés de retrospecto: Psicólogos atribuem esse viés a nossa necessidade inata de encontrar ordem no mundo por meio de explicações que nos levem a acreditar que os eventos são previsíveis. Muitas pessoas acham, agora, que os sinais da bolha de internet eram óbvios. Se a formação de uma bolha fosse óbvia na época, ela nunca teria existido, pois os investidores teriam medo de comprar à medida que os preços subiam.


Questões psicológicas afetam comportamento do investidor
Valor Econômico - 16/4/2008
Andre Delben Silva