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25 abril 2008

Plágio nas Revistas




Aqui mostra que a The Republic copiou a capa da Time, que por sua vez copiou da Newsweek, que inspirou em Pablo Picasso. Nada se cria, tudo se copia.

26 dezembro 2021

Links


 Neste índice de liberdade econômica o Brasil está muito mal - 143o. lugar no mundo. Estamos muito mal na eficiência da justiça e na integridade do governo. Melhores padrões em impostos e liberdade monetária

Fasb avança na estrutura conceitual - novos conceitos (incluindo perdas e ganhos) e apresentação - breve voltamos ao assunto

40 frases de pessoas famosas - gostei de "roubar de uma pessoa é plágio; de muitas, pesquisa"

Os piores anúncios de 2021 (foto)

16 fevereiro 2021

Doutorado e Política na Alemanha


Na Alemanha, os políticos parecem gostar de ter um doutorado:

Em 2011, por exemplo, os 622 membros do Bundestag incluíam 115 com doutorado (18 por cento), enquanto no gabinete um surpreendente 10 de 16 ministros (63 por cento) tinha Ph.Ds (...) A própria chanceler Angela Merkel é famosa por ter um Ph.D. em química quântica; seus gabinetes também tiveram diversos doutores em direito, medicina, administração, sociologia, educação e até mesmo teologia.

No parlamento atual, quase 82% dos legisladores têm diploma universitário e cerca de 17% têm Ph.Ds. O antecessor de Merkel, Helmut Kohl, tinha Ph.D. em história; Primeiro-ministro da Baviera - e possível sucessor de Merkel - Markus Söder tem doutorado em direito. No Presidium dos Democratas Cristãos, um órgão de governo que geralmente compreende líderes políticos em nível federal e estadual, três dos sete membros têm doutorado.

O problema para alguns: plágio nos trabalhos. 


05 agosto 2012

Ética

Eis um caso interessante de ética narrado por Rodolfo Araújo

(...) Numa rápida googlada encontrei o possível motivo de seu comportamento errático: Lehrer estava sendo acusado de auto-plágio, caracterizado pela reutilização de material próprio, previamente publicado, sem referência ao original. O autor requentara alguns textos antigos na The New Yorker. Uma falha grave, mas pequena em comparação com o que viria a seguir.

Em Imagine, um profundo estudo sobre as origens da criatividade e como ela funciona, Lehrer usa Bob Dylan como exemplo para alguns dos conceitos que explora no livro. Mas Michael C. Moynihan, jornalista do Tablet e fã ardoroso do ídolo pop americano, encontrou inconsistências nas referências a Dylan e começou a questionar Lehrer.

Profundo conhecedor da biografia do autor de Like a Rolling Stone, Moynihan pressionou o autor de Imagine, até que ele confessou: algumas frases e contextos haviam sido fabricados. Lehrer citou frases que Dylan nunca pronunciou e distorceu alguns fatos para embasar suas teorias.(...)


07 dezembro 2014

Artigos de segunda

Sobre publicação de pesquisa científica, da VEja:

Um espectro assombra a comunidade científica in­­ternacional: o dos periódicos sem credibilidade. Não é difícil entender o porquê. Alguns dos avanços mais extraordinários da ciência vieram a público pela primeira vez sob a forma de artigos editados em veículos de peso. Neles prevalece aquilo que está no coração da própria metodologia científica, a peer review, ou seja, a revisão pelos pares. Esse processo visa a replicar os resultados de um estudo, a fim de comprová-lo, sem a presença de seu autor ou autores. Não há outra maneira de fazer a ciência merecer esse nome — e andar para a frente. Dois exemplos bastam para dar a dimensão exata da importância dos autênticos periódicos científicos: a teoria da relatividade, do alemão Albert Einstein, teve seu registro de nascimento documentado numa série de quatro ensaios veiculados entre março e setembro de 1905 nos Annalen der Physik, um dos mais antigos mensários do gênero, fundado em 1790, em Berlim; já a estrutura do DNA, desvendada pelo britânico Francis Crick e pelo americano James Watson, foi apresentada ao mundo num breve texto assinado por eles na edição de 25 de abril de 1953 da Nature, prestigiosa revista inglesa cujo número de estreia circulou em novembro de 1869. Além de colocarem as novas pesquisas — e seus autores, claro — no centro das atenções, as publicações que primam pelo rigor científico impulsionam os estudos nas áreas envolvidas, fazendo girar, assim, a roda do conhecimento.

Um fenômeno recente, no entanto, está pondo em risco esse círculo virtuoso: a proliferação de editoras que mantêm periódicos cujo único obstáculo para a veiculação de artigos pseudoacadêmicos é o pagamento de uma taxa de publicação, que varia muito, mas costuma começar na casa dos 600 dólares. Pouco importa se os textos se baseiam em má ou nenhuma pesquisa; se são originais ou plagiários; se obedecem a mínimos critérios de metodologia e seriedade. Como a produção ensaística é um valioso critério para ascensão profissional no universo acadêmico, e tendo em vista que a publicação de artigos em veículos de credibilidade costuma seguir um implacável e lento processo de seleção, um número cada vez mais expressivo de cientistas tem recorrido ao expediente de pagar para ter, rapidamente, seus textos editados. Se para os pseudocientistas o volume de artigos publicados pode permitir galgar importantes degraus de prestígio intelectual — inflando também a vaidade pessoal —, para os proprietários dos periódicos científicos de segunda linha, como em qualquer negócio, o aumento de clientes costuma significar um faturamento maior.

Não era esse, é verdade, o objetivo inicial das publicações do chamado modelo open access, surgidas na Europa e nos Estados Unidos na década de 90. A ideia era ampliar a difusão do conhecimento e oferecer mais oportunidades aos intelectuais de países em desenvolvimento. Não demorou, porém, para que o escopo ganhasse outros contornos. Abrindo mão do rigor — a americana Science (1880), para se ter uma ideia, publica apenas 7% dos artigos que recebe — e reduzindo ao mínimo o tempo para a veiculação dos textos, os novos periódicos viraram um atalho para os maus cientistas e uma boa fonte de renda para quem se dispôs a, digamos assim, empreender nesse novo ramo. As revistas e jornais científicos tradicionais não cobram especificamente pela edição de artigos, embora, muitas vezes, exijam que os textos venham acompanhados de gráficos e fotos, o que incorre em custos, e, após a divulgação, cobram de todos aqueles que quiserem visualizar o paper — em média, 32 dólares. De qualquer modo, não parecem exigências descabidas.

Nem todo veículo open access, ressalte-se, tem como principal característica o desleixo científico; entretanto, todo meio científico desleixado é open access. O Brasil aderiu a esse modelo com preocupante entusiasmo. Já são mais de 1 000 publicações no gênero, o que põe o país atrás apenas dos EUA (onde elas passam de 1 200). Ao mesmo tempo, um rápido levantamento on-line permite constatar que é grande o número de pesquisadores brasileiros que recorrem a periódicos questionáveis, daqui ou do exterior, para divulgar seus trabalhos. Impressiona ainda mais o fato de muitos desses veículos serem bem avaliados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), agência de fomento à pesquisa ligada ao Ministério da Educação. Sob sua batuta está o Qualis, um sistema de avaliação da qualidade dos periódicos científicos, que atribui a eles conceitos A, B e C, decrescentes, segundo determinados parâmetros. Tais notas são consideradas por universidades e instituições na hora de conceder financiamentos ou mesmo promoções aos pesquisadores que frequentam as páginas daqueles veículos. Se as publicações que desprezam o apuro científico forem bem avaliadas pela Capes — e isso ocorre, como se verá adiante —, é evidente que decorrerá disso uma grave distorção.Haverá pesquisadores beneficiados a partir de falsos méritos. E isso, muitas vezes, com recursos públicos. Agora, o pior: é possível detectar entre os clientes dos meios sem credibilidade professores que fazem parte da Capes, ou seja, exatamente aqueles que deveriam zelar pela excelência da produção acadêmica do país.

Se fossem quadros de baixo escalão, já seria péssimo. Contudo, o próprio presidente da instituição, o biomédico Jorge Almeida Guimarães, aceitou se valer de um veículo de credibilidade duvidosa para publicar o trecho de um livro do qual é coautor. Mediante pagamento de 670 euros (cerca de 2 100 reais), a editora croata InTech Open disponibilizou na internet o capítulo “Lesão renal aguda induzida por cobras e artrópodes venenosos”, escrito por Guimarães e dois pesquisadores das universidades federais de Minas e do Rio Grande do Sul. No texto, eles afirmam que picadas de cobras e de artrópodes venenosos são importantes problemas de saúde pública negligenciados pelas autoridades brasileiras e estrangeiras. A InTech, que já mudou de nome pelo menos quatro vezes desde que foi fundada, em 2004, está na lista negra de periódicos científicos elaborada por Jeffrey Beall, bibliotecário da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, uma referência no assunto. A exemplo do índex preparado por Lars Bjørnshauge, ex-diretor das bibliotecas da Universidade de Lund, na Suécia, a relação montada por Beall é consultada periodicamente por instituições e pesquisadores do exterior na hora de fazerem suas avaliações. Procurada por VEJA, a assessoria de imprensa da Capes respondeu que Guimarães não tinha disponibilidade de agenda para tratar do assunto.

Outro acadêmico cuja posição implicaria cuidar da qualidade das pesquisas no Brasil, mas que também usufrui as facilidades dos veículos de baixa credibilidade, é Jailson Bittencourt de Andrade, professor da Universidade Federal da Bahia, conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e consultor do CNPq, da Capes, da Fapesp e da Finep. Andrade — que não respondeu ao pedido de entrevista da reportagem — assina como coautor um texto publicado na Scientific Research Publishing (Scirp) ao preço de 1 000 dólares (pouco mais de 2 500 reais). Essa editora chinesa é a mesma usada pelo egípcio Mohamed El Naschie, pretenso contestador da teoria da relatividade, cuja trajetória de derrapagens foi apontada pela Nature em 2008. Em 2010, a revista publicou outro texto alertando para as práticas antiéticas da própria Scirp, que copiava artigos respeitáveis de outros sites e os adicionava às páginas de seus mais de 200 jornais com o propósito de fazê-los parecer confiáveis. Além disso, a Scirp acrescentava ao seu quadro editorial nomes vistosos que nem sabiam de sua existência.

Esse recurso, aliás, é mais frequente no submundo acadêmico do que se poderia supor. Dele se vale, para ficar em apenas mais um caso, a editora Multidisciplinary Digital Publishing Institute (MDPI) — onde também constam artigos de Andrade. O fundador da MDPI, Shu-Kun Lin, tem seu nome associado a casos de corrupção e plágio.

A editora diz estar baseada na Suíça e até cobra pela publicação de artigos na moeda local, no entanto grande parte de seus funcionários fica na China. O biólogo e geneticista italiano Mario Capecchi, que ganhou o Nobel de Medicina em 2007, foi incluído no conselho editorial da MDPI sem ser consultado. Nessa problemática editora, que cobra 1 600 francos suíços (4 200 reais) para veicular artigos científicos, foi publicado o paper “Diagnóstico molecular e patogênese da hemocromatose hereditária”, que tem entre seus autores o pr­ó-reitor de pesquisa da USP, José Eduardo Krieger. “Em trabalhos escritos a muitas mãos, nem sempre minha vontade prevalece”, justifica-se Krieger.

Pode-se alegar que muitos pesquisadores acabam publicando artigos em veículos sem rigor acadêmico induzidos pela pontuação que eles ostentam no Qualis. O nigeriano African Journal of Agricultural Research aparece com o conceito A2 na classificação da Capes, ou seja, apenas um degrau abaixo da nota máxima, A1, atribuída à Science e à Nature. Pois bem: o jornal virou motivo de chacota na Indonésia no início deste ano após aceitar um documento científico copiado da web e com o nome dos verdadeiros autores substituído pelo de dois artistas da região.

A fim de testar a idoneidade de editoras do modelo open access com perfil duvidoso, o biólogo e jornalista John Bohannon enviou um manuscrito científico falso a 304 periódicos sediados em dezenas de países. Um deles foi a publicação brasileira Genetics and Molecular Research (GMR), de propriedade do biólogo Francisco Alberto de Moura Duarte, professor titular aposentado da Universidade de São Paulo e presidente da Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto. Além de o trabalho conter erros crassos, os biólogos que o assinavam (Roboodee Agnor, Annyassee Barree e Bellakah Motoday) foram simplesmente inventados, assim como o Instituto de Medicina Wassee, do qual diziam fazer parte, supostamente sediado na Eritreia. Das 304 editoras, 157 caíram na armadilha do americano e publicaram o artigo falso. A GMR, que tem jornais classificados com as notas A1 e A2 no Qualis, estava entre elas. “O jornalista agiu de m­á-fé”, defende-se Duarte. A experiência de Bohannon, que rendeu uma longa reportagem na Science no ano passado, lembra um escândalo que ficou conhecido como Caso Sokal. Em 1996, o físico e matemático Alan Sokal, da Universidade de Nova York, enviou propositalmente um artigo-embuste para a revista pós-moderna Social Text, vinculada à Duke University Press. A ideia era comprovar que um ensaio cheio de meias verdades e teorias sem sentido poderia ser publicado se fosse bem escrito e exaltasse as posições ideológicas dos editores. O paper afirmava, entre outras coisas, que o número pi, uma das mais antigas constantes da geometria, não passava de um produto do pensamento ocidental, ou seja, se tivesse sido descoberto por chineses, não seria igual a 3,1416 — e ainda assim foi publicado sem restrições. Simultaneamente com a veiculação da Social Text, Sokal anunciou a fraude em outra publicação, a Lingua Franca, e descreveu o artigo como “um pasticho de jargões esquerdistas, referências aduladoras, citações pomposas e completo nonsense”.

Embora os efeitos perversos dos periódicos científicos desleixados sejam ainda pouco discutidos — e até pouco conhecidos — no Brasil, em outros países já provocaram terremotos acadêmicos. Em fevereiro deste ano, Ibrahim Gashi, reitor da Universidade de Pristina, em Kosovo, foi parar na imprensa por divulgar artigos em várias revistas suspeitas. Seu objetivo era acelerar um processo de promoção. Os estudantes da universidade se revoltaram e precisaram ser contidos pela polícia. A situação só se acalmou quando Gashi renunciou. Caso similar ocorreu naquele mesmo mês na Universidade da Islândia, onde Þórhallur Örn Guðlaugsson, professor associado de administração, que ganhava bônus por texto publicado, foi suspenso após a descoberta de que se valia de veículos sem credibilidade para divulgar seus artigos.

A revolta dos estudantes de Kosovo é completamente justificável. Ao usufruir os serviços de um jornal, revista ou site acadêmico que tudo publica mediante pagamento, o pesquisador contribuiu para uma cadeia de equívocos — que pode até influenciar na escolha de uma universidade bem posicionada num ranking de instituições de ensino superior baseado, em parte, na produtividade do corpo docente. Tal tipo de distorção, infelizmente, já alcança o Brasil. Na análise da Thomson Reuters, empresa com a maior base de dados sobre trabalhos científicos no mundo, o país galgou onze posições, entre 1993 e 2013, no ranking das nações que produzem a maior quantidade de estudos — hoje ocupa o 13º lugar.

Se esses estudos fossem de boa qualidade, teriam impacto em outro levantamento, o da revista britânica Times Higher Education. Trata-se do mais respeitado ranking internacional de universidades, que leva em conta treze indicadores para elencar as 500 melhores instituições de ensino superior do mundo. A excelência das pesquisas é o item que mais influencia a classificação. Há anos que apenas duas universidades brasileiras figuram entre as 500 e, de 2011 a 2014, tanto a Universidade de São Paulo (USP) como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) perderam posições — a USP caiu 35 e a Unicamp, 38. Diz o editor Phil Baty, responsável pelo levantamento da Times Higher Education: “O Brasil não deve se preocupar em aumentar o volume de suas publicações, mas, sim, focar em estudos de alto impacto que ampliem os limites de nossa compreensão do mundo”. Em outras palavras, as instituições acadêmicas do país precisam não perder de vista que veículos científicos de segunda só publicam artigos de segunda. E, com eles, a ciência não vai a lugar algum.

06 outubro 2012

Aumento de estudos científicos fraudulentos

Segundo um novo estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, a fraude é um verdadeiro problema em publicações científicas e tem aumentado no decorrer das décadas.

O estudo analisou 2.047 artigos sobre pesquisas biomédicas (desde 1973) que foram mais tarde desacreditadas e retiradas de publicações científicas - constatou-se que a principal razão para a retratação não foram erros honestos (não propositais), mas sim fraude.

Mais de 40% das retratações foram devido à descoberta de fraude e 23% de plágio. A taxa de retratações de artigos publicados, apesar de pequena em porcentagem (cerca de 2.000 entre dezenas de milhões publicados nas últimas quatro décadas), está crescendo: aumentou cerca de 10 vezes nos últimos 37 anos.

Essa tendência é preocupante, porque mesmo um número muito pequeno de artigos fraudulentos pode acarretar enormes danos. A maior fraude mencionada no estudo é do Dr. Andrew Wakefield, um inimigo de vacinação. Seu trabalho científico falso relatava uma ligação entre autismo e vacinas, o que teve um impacto devastador sobre a saúde e o bem-estar de bebês e crianças de todo o mundo, pois as mães entraram em pânico e não quiseram vacinar seus filhos com medo deles ficarem doentes. Apesar do artigo ter sido retratado e desacreditado, muitos ainda continuam achando que Wakefield estava certo.

Recentemente, um médico britânico, Benjamin Goldcare, denunciou uma prática da indústria farmacêutica de omitir resultados negativos de novos remédios para vendê-los como se fossem eficazes. A cada ano, são testados e lançados uma infinidade de novos medicamentos. O sistema de teste e aprovação desses remédios coloca controle excessivo nas mãos dos fabricantes, de forma que eles quase sempre podem definir qual o veredicto sobre qualquer medicamento em fase de experimentos. Em busca de proteger os próprios interesses econômicos, os laboratórios farmacêuticos nem sempre liberam os remédios ao mercado com a garantia de que farão bem aos pacientes. Esse mecanismo coloca uma série de medicamentos no mínimo ineficazes no mercado. Além de não surtirem o efeito esperado, podem ocasionar novos problemas no organismo.

Com tudo isso, nos perguntamos: até que ponto devemos confiar em pesquisas científicas e na indústria farmacêutica?

Arthur Caplan, chefe da Divisão de Ética Médica do Centro Médico Langone da
Universidade de Nova York (EUA), acredita que denúncias são um grande passo para acreditarmos nos médicos e cientistas. A capacidade de admitir que há fraudes e “maçãs podres”, significa que o meio está alerta e consciente da necessidade de mais esforços para mudar esse cenário.

Caplan suspeita que a natureza cada vez mais competitiva da ciência, o desejo de garantir mais subsídios, patentes e patrimônios, a proliferação de revistas que não estão fazendo um bom trabalho de revisão também são culpados pelo aumento das fraudes. Segundo ele, a biomedicina tem de agir para deter essa tendência crescente. Mais educação para jovens investigadores científicos, sanções mais duras para fraude, e aumento dos recursos e recompensas para revisão científica podem ajudar a interromper essa onda.

Fontes: dth media, BBC News e HyperScience

15 maio 2011

Livros personalizados

Livros personalizados – Por Isabel Sales

Que tal um livro personalizado? E não, você não precisa pedir pra sua irmã fazer uma colagem na capa nem nada do tipo. Segundo uma reportagem do Estadão (indicada por Glauber Barbosa, a quem agradeço) para combater a pirataria, as editoras estão investindo em livros personalizados. Você precisa de apenas um capítulo de um livro? Ao invés de copiar, a editora supre a sua demanda.

A editora Saraiva já apresenta em sua página uma opção para livros personalizados para empresas ou instituições de ensino (e não, não estamos ganhando comissão!). Segundo o site, funciona de uma forma similar a como quando vamos montar um livro para fotocópia (tirar alguns capítulos do livro, incluir capítulos de outras fontes, acrescentar uma mensagem personalizada), com o custo também similar, o que eliminaria as cópias ilegais. Interessante. Alguém já utilizou essa ferramenta? Para que o custo seja análogo a de fotocópias, a entidade terá que fazer um pedido considerável, o que não é atraente a usuários individuais. Ao menos não pra mim. Não sei até que ponto isso altera a pirataria, mas a ideia não deixa de ser interessante.

Será que só utilizam livros da própria editora? Imagino que sim, o que, por sua vez, diminui a atratividade da ideia. Pergunto-me como ficará a questão dos direitos autorais recebidos por escritores a cada exemplar vendido. Vou indagar a empresa, se me responderem posto aqui no blog.

Ainda segundo a reportagem do Estadão, o grupo universitário Estácio vai distribuir tablets aos seus alunos (quanto será a mensalidade dessa instituição?) para a leitura de textos, com base em um programa que está sendo desenvolvido em conjunto com a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos.

Bem... para assimilar algumas novidades eu preciso “ver com as minhas mãos”. Se eu não tocar num desses tablets com o tal do software contra pirataria, sou cética. Acredito que existem tantos gênios da computação que qualquer bloqueio é quebrado ou amolecido. E a partir daí o que vale é a honestidade de cada um, inclusive das editoras que tem cobrado preços absurdos livrarias afora...

Queridos leitores, hoje percebi que as minhas conversas com meu querido amigo, mestrando e professor voluntário da UnB Glauber Barbosa rendem muitas postagens para esse blog. Espero que quando ele terminar a dissertação se torne um blogueiro, pois com certeza terá muito a acrescentar! (Isso me lembrou duma postagem antiga, mas muito legal em que o professor César questiona “por que temos tão poucos blogs no Brasil?”).

Postagens relacionadas:

Por que não faz sentido controlar o preço do livro eletrônico? Aqui.
Plágio: aqui.
Livro eletrônico: aqui.
E-book: aqui.
Dicas de leitura: aqui.

Parceiros do blog:


Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

16 dezembro 2014

Malcom Gladwell acusado de plágio



writer for the New Yorker for almost two decades, Malcolm Gladwell has made a name for himself peddling social theories that attempt to explain our world in simple-to-understand and incorrect ways. Has your boss ever sat you down to explain who in the office is a Connector or a Maven? Have you heard Macklemore rap about the “10,000 hour rule,” which professes that you can become an expert at something by logging that much practice? You can thank Malcolm Gladwell.

Plenty of criticism has been written about Gladwell’s theories, usually along the lines of Gladwell being guilty of “pseudo-profundity.” The 10,000 hour rule in 2008’s Outliers? Bunk. The idea in David and Goliath that maybe you should wish dyslexia on your child for a competitive edge? Zero proof. Virtually every one of Gladwell’s ridiculously popular books has been met with criticism for playing fast and loose with the facts and using anecdotes as evidence of some larger truth. Other criticisms have drilled down extensively on Gladwell’s professional origins as a unabashedly corporate-friendly journalist who has defended everything from tobacco companies to performance-enhancing drugs.

But few have questioned the originality of Gladwell’s work in The New Yorker. After reviewing a very small sample of his articles from the last few years, we’ve found a few that lifted quotes and other material without attribution. One column in particular appears to have lifted all of its material on a historic civil rights protest from one book written 40 years earlier.

We wondered how Gladwell, with a less than stellar reputation for accuracy, managed to operate at the New Yorker. As it turned out, he usually didn’t – at least not physically. A 2008 New York profile described Gladwell’s work arrangement:

A couple of miles north in Times Square are Gladwell’s editors at The New Yorker, who don’t see him in the office very often—owing to his self-professed “aversion to midtown”—but who grant him a license to write about whatever he chooses and accommodate him with couriers to pick up his fact-checking materials, lest he be forced to overcome that aversion.

These couriers must have been stuck in traffic a year earlier when Gladwell wrote an article incorrectly claiming that the authors of “The Bell Curve” had called for Americans with low I.Q.s to be “sequestered in a ‘high-tech’ version of an Indian reservation.” The New Yorker was forced to append the article with a correction: “In fact, [the authors] deplored the prospect of such ‘custodialism’ and recommended that steps be taken to avert it.” How had it happened? As Remnick told Upstart, “Malcolm thought he was sure of what it said, and we went with it, and we were wrong, and we corrected it.” But nonetheless, he claimed, “Malcolm doesn’t have a quote-unquote problem with the checking department.”

Remnick might want to revisit with his fact checkers about that. The articles excerpted below were all published in the last four years.


Continua aqui

01 março 2018

Moda e Plágio

Uma forma de defender uma ideia é através do direito autoral. O objetivo do direito autoral é incentivar a criatividade em certas indústrias, como é o caso da literatura ou da patente de um remédio. Muitas vezes esta questão de desvirtuada, como é o caso da Disney.

Uma das áreas onde não existe esta proteção é o setor de moda. E apesar de não existir uma "proteção autoral", o setor de moda continua sendo muito criativo. E por este motivo tem sido um contraponto na discussão da necessidade de existência de patente para que as pessoas sejam criativas. Eis um caso interessante, na área de moda, relatada pelo Animal Politco:

En 2015, la cantante Susana Harp denunció a través de sus redes sociales que en una tienda de San Diego se vendía una blusa típica de Santa María Tlahuitoltepec, Oaxaca, bajo la marca francesa Isabel Marant. La noticia se esparció y acusaron a la marca de plagio. La presión fue tal que la diseñadora francesa reconoció que efectivamente el diseño provenía de una comunidad mexicana y no pretendía adueñarse de él.

Aunque ese caso quizá fue uno de los más conocidos, no es el único. Ocho marcas de ropa, incluso internacionales, plagiaron diseños de comunidades indígenas de Oaxaca, Chiapas e Hidalgo, entre 2012 y 2017, de acuerdo con un análisis realizado por la organización Impacto.

03 janeiro 2023

ChatGPT - 1

Nas últimas semanas o Chatbot chamado ChatGPT despertou a atenção de muitas pessoas. Desenvolvido pela empresa OpenAI, o chat foi lançado em novembro de 2022 e caracteriza pela qualidade das respostas. Além disto, o ChatGPT pode ser usado em redações textuais, com boa qualidade. Em razão desta característica, há previsões que o ChatGPT poderá afetar o trabalho de pessoas como jornalistas e produtores de conhecimento. E até mesmo de psicólogos e psiquiatras.  


Eis algumas das considerações sobre o chat, presentes no verbete da Wikipedia:

Em um artigo de opinião, o economista Paul Krugman escreveu que o ChatGPT afetaria a demanda dos trabalhadores do conhecimento. James Vincent , do The Verge, viu o sucesso viral do ChatGPT como prova de que a inteligência artificial se tornou popular. No The Atlantic, Stephen Marche observou que seu efeito na academia e especialmente nos ensaios de aplicação ainda não foi compreendido.  O professor e autor do ensino médio da Califórnia, Daniel Herman, escreveu que o ChatGPT dará início ao "Fim do inglês do ensino médio".

No jornal Estado de S. Paulo, um artigo Nico Grant e Cade Metz chama a atenção para o fato de que o ChatGPT pode ser uma grande ameaça ao Google, já que é capaz de responder, de forma simples e clara, as dúvidas que temos. Geralmente quando temos dúvida sobre um assunto ou queremos mais informações, usamos o Google. E a empresa, além da resposta correta, indica também possíveis links que são propagandas. O uso do ChatGPT pode ajudar o usuário a ter uma resposta mais precisa e que não inclua os links pagos do Google. 

Apesar dos erros, o fato do ChatGPT conseguir escrever textos razoáveis, a partir do que aprendeu na internet, pode ser uma facilitador na produção de relatórios. Isto deve afetar o trabalho de auditores, analistas de balanços e contadores gerenciais. Pode ajudar os reguladores a redigirem seus manuais de forma mais clara. Na área acadêmica, artigos podem ser escritos, sem serem pegos em um programa de plágio. 

Aqui já tem uma pesquisa comparando o ChatGPT na produção de resumos de artigos científicos. (aqui também)

14 maio 2011

Porque é mais difícil escrever uma dissertação do que ter um filho?

Porque é mais difícil escrever uma dissertação do que ter um filho?
Postado por Isabel Sales

1. Três meses antes do seu prazo o seu doutor não fala: “Quero que você volte e refaça o trabalho do primeiro trimestre”.

2. Ao contrário de orientadores, você pode trocar de doutores sem ter que recomeçar tudo de novo.

3. Conceber neném é MUITO mais divertido que conceber um tópico.

4. Você sabe exatamente quanto tempo dura uma gravidez.

5. Amigos e parentes não questionam o valor de um bebê.

6. Você não precisa explicar repetidamente aos seus amigos e familiares o que é necessário para se conceber um filho e porque você ainda não chegou lá.

7. Ninguém o fará ir pra pós-graduação antes de ter um filho.

8. Todo mundo dirá que seu filho é lindo e você acreditará.

9. Nenéns não demandam notas de rodapé apropriadas e aderência ao manual de estilo.

10. Se você vai ter um bebê, é livre para pegar emprestadas coisas de outras pessoas e não ser acusado de plágio.

11. Ninguém vai reclamar se o seu neném for muito parecido com outro bebê.

- Identifiquei-me (e ri muito) com o 5º. Já o 1º me assustou! Tenso! Com certas coisas não se brinca... ;) -

Fonte: aqui

23 fevereiro 2011

Os que gostam do poder

Os líderes mais antigos no Poder

Etiopia - Meles Zenawi – maio de 1991
Chade - Idriss Déby – dez 1990
Casaquistão - Nursultan Nazarbayev – abril de 1990
Sudão - Omar al-Bashir – junho de 1989
Uzequistão - Islom Karimov – junho de 1989
Burquina Faso - Blaise Compaoré – outubro de 1987
Uganda - Yoweri Museveni – janeiro de 1986
Camboja - Hun Sem – janeiro de 1985
Camarões- Paul Biya – novembro de 1982
Irã - Ali Khamenei – outubro de 1981
Zimbaube - Robert Gabriel Mugabe – abr 1980
Angola - José Eduardo dos Santos -set 1979
Guiné Equatorial - Teodoro Obiang Nguema Mbaso – Ago 1979
Iemen - Ali Abdullah Saleh – julho 1978
Líbia - Muammar al-Gaddafi – setembro de 1969

Fonte: aqui

É interessante notar que o filho do ditador mais antigo da lista acima possui doutorado na London School of Economics. Sua tese foi "THE ROLE OF CIVIL SOCIETY IN THE DEMOCRATISATION OF GLOBAL GOVERNANCE INSTITUTIONS: From 'Soft Power' to Collective Decision-Making?". Ou seja, ele estudo a questão da melhoria das instituições democráticas. Irônico, não? O sítio Boing Boing informa que o trecho "The expansions of the IMF's membership, together with the changes in the world economy, have required the IMF to adapt in a variety of ways to continue serving its purposes effectively" foi retirado do verbete FMI da Wikipedia. Ou seja, plágio.