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16 julho 2025

Efeito nas receitas públicas da política de Trump


Veja que interessante:

Os parceiros comerciais dos Estados Unidos, em grande parte, não retaliaram contra as amplas tarifas impostas por Donald Trump, permitindo que um presidente zombado por “sempre recuar” arrecadasse quase US$ 50 bilhões em receitas extras de alfândega a um custo relativamente baixo.

Quatro meses após Trump dar o tiro de abertura em sua guerra comercial, apenas China e Canadá ousaram revidar contra Washington, que impôs uma tarifa global mínima de 10%, taxas de 50% sobre aço e alumínio e 25% sobre automóveis.

Ao mesmo tempo, as receitas dos EUA provenientes de tarifas alfandegárias atingiram um recorde de US$ 64 bilhões no segundo trimestre — US$ 47 bilhões a mais do que no mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro dos EUA na sexta-feira.

As tarifas retaliatórias da China sobre importações americanas, as mais consistentes e significativas entre todos os países, não tiveram o mesmo efeito, com a receita geral proveniente de tarifas alfandegárias apenas 1,9% maior em maio de 2025 do que no ano anterior.
 

Não tinha lido isso na imprensa brasileira. O fato de não ter existido retaliação seria por receio de começar uma guerra econômica ou por acharem que Trump irá recuar?  Imagem aqui

Foi provisionado ou não?

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, deve depor em um julgamento de US$ 8 bilhões movido por acionistas que o acusam, junto com outros executivos, de operar o Facebook de forma ilegal ao violar um acordo de 2012 com a FTC para proteger dados de usuários. O caso está relacionado ao escândalo da Cambridge Analytica, que, em 2018, acessou indevidamente dados de milhões de pessoas para fins políticos. Os acionistas exigem que Zuckerberg e os réus reembolsem a Meta pelos custos e multas, incluindo um pagamento recorde de US$ 5 bilhões à FTC em 2019.


Entre os acusados estão Sheryl Sandberg, Marc Andreessen, Peter Thiel e Reed Hastings. O julgamento, em Delaware, será sem júri e deve durar oito dias. Os investidores alegam que Zuckerberg e outros executivos falharam no dever de supervisão e mantiveram práticas enganosas de privacidade. A defesa nega as acusações e argumenta que o Facebook criou equipes de compliance e foi enganado pela Cambridge Analytica.

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui
 

15 julho 2025

CPC 51 finalmente disponível (IFRS 18)

Depois de levar quase um ano para "traduzir" uma norma, a CVM colocou em audiência pública o documento. E concedeu dois meses e meio para discussão e manifestação da norma. 

O documento pode ser obtido aqui 

Lacuna Tributária Britânica

Relatórios recentes revelam que empresas estrangeiras operando no Reino Unido deixaram de pagar cerca de £19 bilhões em impostos, um valor que pode indicar que a lacuna tributária britânica (tax gap) está significativamente subestimada. Os dados, obtidos pela consultoria UHY Hacker Young e baseados em números da HMRC, apontam que empresas norte-americanas são responsáveis por £8,8 bilhões desse montante, o que representa aproximadamente 46% do total.

O blog Tax Research UK argumenta que o valor oficial da lacuna tributária divulgado pela HMRC não leva em conta toda a evasão de grandes corporações internacionais, sugerindo que o déficit real pode ser muito maior.


Já o Accountancy Daily destaca que a maior parte do valor corresponde a impostos corporativos subdeclarados por multinacionais, sobretudo do setor de tecnologia e serviços. 

Mentiras e os documentos históricos

Sobre o uso de documentos históricos para tentar entender o passado:  


Historiadores têm problemas de confiança — e deveriam ter. Quando estudiosos avaliam textos, obras de arte, objetos materiais e histórias orais do passado, eles estão mergulhando em fontes profundamente pessoais e inerentemente humanas. E os humanos mentem o tempo todo. Como profissionais, entendemos que nenhuma fonte isolada é uma voz de autoridade. O processo de pesquisa exige contextualização, sobreposição de informações e uma compreensão sutil das dinâmicas interpessoais. Na minha sala de aula, isso é um problema.

Meus alunos frequentemente têm dificuldade em ver os personagens históricos como pessoas reais. Eles não têm dificuldade em entender que Abraham Lincoln foi uma pessoa real — que nasceu em 1809 e viveu uma vida concreta até sua morte prematura. O problema deles está em pensar em Lincoln como um adolescente preocupado em entrar para o time de luta livre. (...)

Assim como hoje, as pessoas no passado distorciam a verdade em documentos pessoais porque sabiam que esses documentos poderiam ser usados mais tarde para sustentar reivindicações em tribunais ou para verificar a posse de propriedades para fins de tributação. Mesmo em nossos diários e cartas mais pessoais, os humanos descontextualizam e exageram para salvar as aparências. O trabalho de um historiador é ver as pessoas como elas são — humanas

Isso é muito interessante. Há alguns exemplos no texto que mostra isso, levando o pesquisador a questionar as fontes. 

Parecido com achar que as demonstrações contábeis contam a vida de uma empresa. Humanos mentem e contadores são humanos.  

BRB e Master


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu, no fim de junho, uma investigação contra a administração do Banco de Brasília (BRB) para apurar possíveis irregularidades relacionadas às demonstrações financeiras de 2024 e convocação de Assembleia Geral Ordinária (AGO) fora do prazo legal [1]. No total, são 14 acusados — entre eles, Paulo Henrique Costa, CEO do banco, Dario Garcia Junior, diretor financeiro, e Marcelo Talarico, presidente do comitê de auditoria. A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pelo E-Investidor.

O processo foi aberto em 23 de junho e, três dias depois, encaminhado à Gerência de Controle de Processos Sancionadores (GCP) da CVM. Isso indica que, após uma investigação preliminar, a autarquia já começou a formular acusações e avaliar a aplicação de penalidades. Agora, os envolvidos estão sendo citados. Procurado, o BRB informou que ainda não teve acesso ao processo e vai se manifestar no “momento oportuno”.

As demonstrações financeiras do BRB já haviam sido questionadas por acionistas minoritários anteriormente. Em maio, durante a assembleia para aprovação das contas referentes a 2024, investidores apontaram falta de transparência sobre o impacto da compra do Banco Master, anunciada em março, nos números do banco. Também afirmaram que as DFs estavam fora do padrão internacional de contabilidade, conhecido como IFRS [2], e que não continham informações detalhadas sobre subsidiárias.

[1] Parece que levou tanto tempo para isso acontecer. Deixaram "esfriar" a notícia?

[2] Se for só isso, todas empresas brasileiras deveriam ser condenadas 

Fonte: aqui