Locomóveis

 De um anúncio de 1894, no Jornal Correio Paulistano (ed 11213):

Fiquei imaginando o que seriam locomóveis e, pesquisando na internet, descobri que eram máquinas a vapor móveis usadas no século XIX e no início do século XX. Sua função era gerar energia para serrarias, moinhos e equipamentos, utilizando o vapor produzido. A ausência de uma rede de energia elétrica adequada na época criou a demanda por locomóveis. No caso do anúncio, o fabricante era alemão, e a máquina podia ser operada com carvão, madeira, serragem e casca de café.

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O custo da controvérsia para Harvard

Uma entidade do terceiro setor vive de doações e, eventualmente, de receitas oriundas de seu patrimônio, construído no passado. Acompanhar a variação das receitas de doações é acompanhar a saúde financeira da entidade. O caso da Universidade de Harvard é um exemplo interessante.

No passado, Harvard acreditou estar em sintonia com os novos tempos e nomeou, como reitora, uma pesquisadora polêmica. Claudine Gay fez algumas declarações consideradas antissemitas, o que desagradou a muitos dos ricos doadores simpatizantes de Israel. Além de ser pressionada por sua postura política, suas atitudes levaram à análise minuciosa de sua obra acadêmica, revelando sérios problemas de plágio.

No início deste ano, após afastar diversos doadores e gerar bastante polêmica, Claudine Gay renunciou ao cargo. Seu sucessor, Alan Garber, está tentando reaproximar a universidade desses doadores, combatendo o antissemitismo e o viés anti-Israel.

Os efeitos dos últimos meses de turbulência ficaram claros nas demonstrações contábeis. No exercício encerrado em 30 de junho, as receitas de doações caíram 14%, totalizando US$ 1,18 bilhão. A queda foi mais acentuada nos valores com algum tipo de restrição e menor liquidez, enquanto as doações de uso corrente aumentaram.

Apesar disso, muitos doadores já afirmaram que não farão mais contribuições para a universidade devido às atitudes antissemitas. Mesmo com essa diminuição, Harvard ainda é uma das universidades mais ricas do mundo. Seu fundo de investimento está avaliado em US$ 53,2 bilhões, com um retorno de 9,6% no último exercício. No entanto, o crescimento das despesas tem superado o aumento da receita.

Baseado: DealBook Newsletter de 18 de outubro

Os documentários e o efeito do streaming

Aqui um artigo que discute como o streaming transformou os documentários em termos de alcance e formato, mas também trouxe alguns desafios para o gênero. Com o crescimento das plataformas de streaming, leia-se Netflix e demais, os documentários ganharam mais visibilidade, chegando a um público global muito maior e diversificado (vide gráfico acima).

 A lista dos documentários mais vistos na Netflix encontra-se acima. O primeiro colocado certamente enquadra-se bem nesse aspecto. E sobre a qualidade, veja o gráfico abaixo que mostra as notas por gênero, com destaque para linha azul.

 

Esse ambiente criou oportunidades para narrativas antes marginalizadas e permitiu que documentários de nicho se destacassem. No entanto, o sucesso também trouxe consequências negativas. A demanda por conteúdo incessante fez com que muitos documentários fossem produzidos rapidamente, muitas vezes com histórias em andamento e sem a profundidade necessária (gráfico anterior). 

Além disso, o foco nas métricas de audiência influenciou a criação de documentários com mais apelo sensacionalista, sacrificando o rigor e a investigação de qualidade em prol de histórias chamativas. Isso resultou em uma produção massiva que dilui a autenticidade e o propósito original do gênero​

O caso da falsificação de uma moeda

Uma imitação pode ser um ativo? Depende. Um caso interessante envolve uma descoberta em Norfolk, na Inglaterra. Uma cópia de uma moeda do Imperador Honório, que governou entre 393 e 423 d.C., foi declarada tesouro. A imitação representava uma moeda usada como pingente, lembrando que nesse período o Império Romano havia se tornado cristão, e o tesouro apresentava traços do cristianismo.

Todo o contexto histórico transformou o pingente em uma relíquia, mesmo sendo uma falsificação. Então a resposta para a pergunta inicial é um sim.

IA e auditoria

Um artigo discute os riscos que o uso da inteligência artificial (IA) traz para os auditores. Embora a IA tenha o potencial de melhorar a eficiência e precisão das auditorias, ela também apresenta desafios significativos, como a dependência excessiva em sistemas de IA, riscos de cibersegurança, e a dificuldade em explicar decisões automatizadas em contextos regulatórios. A falta de transparência nos algoritmos pode complicar o trabalho dos auditores e aumentar o escrutínio sobre seus processos.

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 Eis a relação de contábeis: